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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
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O JB News saúda os Irmãos leitores de Dourados -MS –
Imagens fornecidas pelo Irmão João Batista Grecco Pelloso – (GOMS/COMAB)
(Publique aqui a imagem de sua cidade: jbnews@floripa.com.br)
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.315 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrOsvaldo Pereira Rocha – Síntese Histórica da Inspeção do Trabalho
Bloco 3-IrJosé Eduardo Souza – O Trabalho Maçônico e a Espiritualidade
Bloco 4-IrPaulo Roberto – Sobre os Templos
Bloco 5-IrKennyo Ismail – Entendendo o Salmo 133
Bloco 6-IrRui Jung – Coluna do Rito Schröder (de 31 de janeiro – nr. 37)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 31 de janeiro e versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
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31 de janeiro
 1542 — Descoberta das Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, pelo espanhol
Dom Álvar Núñez Cabeza de Vaca.
 1876 — Os índios são obrigados a mudarem-se para reservas indígenas, pelo governo dos Estados Unidos.
 1891 — Revolta republicana no Porto, primeira tentativa de derrubar a monarquia.
 1912 — Emancipação de Ijuí (Rio Grande do Sul, Brasil).
 1917 — Os cientistas alemães Otto Hahn e Lise Meitner descobrem o protactínio, elemento radioativo.
 1918 — A Alemanha realiza um ataque aéreo a Paris, soltando 14 mil bombas sobre a cidade.
 1927 — Fim do controle militar interaliado na Alemanha.
 1929 — Leon Trótski é expulso da Rússia, no seguimento das lutas pelo poder, após morte de Lenin.
 1938 — Constitui-se oficialmente, em Burgos, o governo presidido pelo general Franco, que substitui a Junta
Técnica do Estado, iniciando quarenta anos de ditadura na Espanha.
 1943 — Segunda Guerra Mundial: As forças militares alemãs, cercadas em Stalingrado, rendem-se
ao exército soviético.
 1944 — Segunda Guerra Mundial: Tropas norte-americanas desembarcam em Kwajalein Atoll e noutras
ilhas das Ilhas Marshall, defendidas pelas forças japonesas.
 1946 — Constituição da Iugoslávia, nos mesmos moldes da União Soviética, integrada por seis repúblicas
(Bósnia e Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Sérvia).
 1949
 Guerra Civil Chinesa: as forças comunistas entram em Pequim, sem confrontos violentos com
o Kuomintang (nacionalistas).
 O Papa Pio XII anuncia, em uma audiência pública, o descobrimento da tumba de São Pedro.
 1950 — O presidente americano Harry S. Truman anuncia o programa para o desenvolvimento da Bomba de
Hidrogênio.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 31º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 334 dias para terminar o ano de 2017
- Lua Nova –
É o 128º ano da Proclamçaõ da República;
195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço
eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 1951 — Posse do presidente Getúlio Vargas, em 2º mandato, no Brasil.
 1953 — Cheias nos Países Baixos causam cerca de 1.800 mortes.
 1956 — Posse do presidente Juscelino Kubitschek no Brasil, assegurada pelo Movimento de 11 de
Novembro.
 1958 — Os Estados Unidos lançam seu primeiro satélite, o Explorer I.
 1959 — Emancipação de Santa Bárbara do Sul.
 1961 — Posse do presidente Jânio Quadros no Brasil.
 1968 — Independência de Nauru.
 1971
 Projeto Apollo: Astronautas da Apollo 14 decolam para uma missão na lua.
 Vários anos depois de interrupção, as ligações telefônicas entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental são
restabelecidas.
 1980 — A Rainha Juliana dos Países Baixos abdica da coroa em favor de sua filha Beatriz.
 1986 — Começam a funcionar os pregões da Bolsa de Mercadorias e Futuros, a BM&F.
 1990 — Inaugurado o primeiro McDonald's em Moscou, na Rússia.
 1996 — Um atentado suicida da guerrilha em Colombo, capital do Sri Lanka, deixa pelo menos 200 mortos e
1400 feridos.
 1999 — SOS: a Rádio Melbourne enviou a última transmissão deste sinal do Código Morse, que foi extinto.
 2000 — O médico britânico Harold Shipman é condenado à prisão perpétua pela morte de 250 pacientes,
entre a década de 1970 e o final da década de 1990.
1754 Aviso desta data, da Coroa Portuguesa, ordenou ao governador da capitania de Santa Catarina, José
de Melo Manuel, que fizesse embarcar para a Corte todos os jesuítas aqui residentes.
1867 Inaugurada, nesta data, a linha telegráfica entre a capital da Província e Itajaí.
1894 Decreto nº 1677, do marechal Floriano Peixoto, prorrogou o estado de sítio no Distrito Federal e
estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com prazo até 25 de fevereiro,
tendo em vista a Revolução Federalista.
1910 Morre, no Rio de Janeiro, o poeta e médico catarinense Luiz Delfino dos Santos.
1951 Assume o governo do Estado de Santa Catarina Irineu Bornhausen sucedendo a Aderbal Ramos
da Silva.
1955 Inaugurada em Florianópolis, a emissora Rádio Diário da Manha.
1956 Assume o governo do Estado de Santa Catarina Jorge Lacerda, sucedendo a Irineu Bornhausen.
1961 Assume o governo do Estado de Santa Catarina Celso Ramos, sucedendo a Heriberto Hulse.
1966 Assume o governo do Estado de Santa Catarina Ivo Silveira, sucedendo a Celso Ramos.
1961 Assume a presidência do Brasil o Ir Jânio da Silva Quadros.
1998 Fundação da Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” hoje “ Loja Especial União e
Fraternidade do Mercosul Hamilton Savi, nr. 70 - (GOSC) Florianópolis.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Contatos: Ir Darci Rocco (Loja Templários da Nova Era) nos telefones
(48) 3233-5069 – 9 9943 1571
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Osvaldo Pereira Rocha*
Grão-Mestre “Ad Vitam” do GOAM.
Colaborador do JB News - Registro DRT/MA 53.
São Luiz - MA
E-mail rocha.osvaldo@uol.com.br
site www.osvaldopereirarocha.com.br
SÍNTESE HISTÓRICA
DA INSPEÇÃO DO TRABALHO
A edição do Decreto nº 1 313, de 17 de janeiro de 1891, marca o início da Inspeção do
Trabalho no Brasil. Em seu artigo 1º o Decreto instituiu a fiscalização de todas as fábricas em
que trabalhassem menores. Os Inspetores do Trabalho, àquela época, eram subordinados ao
Ministério de Interior. Esta foi a primeira iniciativa do governo brasileiro de fiscalizar as relações
do trabalho.
A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT entrou em vigor por meio do Decreto nº 5 452, de
1º de maio de 1943, com a consolidação dos direitos dos trabalhadores em um só documento,
detalhado e abrangente.
A Categoria Funcional inicialmente de Inspetor do Trabalho, passou para a de Fiscal do
Trabalho e, atualmente, é a de Auditor-Fiscal do Trabalho, categoria esta que tem o seu dia
sido legalmente instituído em 28 de janeiro. A repartição pública federal, que abriga esses
servidores era a Delegacia Regional do Trabalho anteriormente e, hoje, é a Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego, com sede nas capitais dos Estados – membros da República
Federativa do Brasil. Esses servidores são os executores das ações fiscais do trabalho, com
vista ao cumprimento da proteção do trabalho e da segurança e medicina do trabalho, inclusive
à legislação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS.
“importante relatar que neste ano de 2017 o Brasil completa 22 anos de combate ao trabalho
escravo. Desde 1 995, quando o governo brasileiro reconheceu essa violação de direitos
humanos no país, através do “Caso Zé Pereira”, no sul do Pará, mais de 50 mil trabalhadores
fora resgatados de condições degradantes de trabalho, submetidos a jornadas penosa e
abusivas. Até 2013, o trabalho escravo em flagrante principalmente em atividades econômicas
rurais, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, de soja e de
algodão. A partir de 2014 a violação se deu preponderantemente na zona urbana em setores
como a construção civil e têxtil”.
2 – Síntese Histórica da Inspeção do Trabalho
Osvaldo Pereira Rocha
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“A definição de trabalho escravo contemporâneo está prevista no artigo 149 do Código Penal.
São quatro as condutas que caracterizam a redução do trabalhador à condição análoga a de
escravo, ou seja, trabalho forçado; servidão por dívida; jornadas exaustivas e condições
degradantes. É importante destacar que não é preciso que as quatro práticas coexistam para a
configuração do crime, sendo suficiente para tanto a constatação de uma das condutas
mencionadas”.
Trabalho Escravo: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é
explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e
violência física ou psicológica.
Jornada Exaustiva: expediente que vai além das horas extras e coloca em risco a integridade
física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de
energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também
fica impedido de manter vida familiar e social.
Servidão por Dívidas: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte,
alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e
descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo.
Condições Degradantes: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a
precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido,
atentando contra a sua dignidade, tais como: Alojamento Precário; Falta de Assistência Médica;
Péssima Alimentação; Falta de Saneamento Básico e Água Potável e Maus Tratos e Violência.
(Colaboração da SRTE no Maranhão).
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IrJosé Eduardo Sousa, M:.M:.
R:.L:. Alengarbe (G:.L:.L:.P:.),
Albufeira, Portugal
O Trabalho Maçónico
e a Espiritualidade
Uma Loja maçónica, que pode simbolizar o mundo, o universo em que vivemos, é uma plataforma
que permite o crescimento do maçon, o seu desenvolvimento espiritual assim como a sua
elevação ética e moral. Uma plataforma, que quando utilizada de forma correcta, de coração
aberto e em verdade, permite ao indivíduo aperfeiçoar-se e crescer, em suma, tornar-se um
homem melhor e mais apto, livremente responsável, que, partilhando um desígnio com os
Irmãos, se aperfeiçoa e aperfeiçoa o meio onde se insere, á sua dimensão.
O trabalho maçónico, para mim, claro está, tem como objectivo tornar o mundo melhor. Isto
parece um objectivo vago e inalcançável, que tudo permite dizer e nada diz. Porém, é minha
convicção que é mesmo isto que fazemos todos os dias.
Uma L.’. maçónica tem por obrigação ser uma escol dos melhores de uma comunidade, mais
capazes e mais aptos a fazer esse mesmo trabalho, o de potenciar o cumprimento dos
homens, desbastando a pedra em bruto, aperfeiçoando-se e realizando-se na sua plenitude,
contribuindo então para deixar o Mundo um sitio melhor do que era quando cá chegámos. Um
primado da Razão e da Filosofia, da bondade Moral e Justeza das acções.
Com os pés no chão, com a certeza de que não resolveremos os problemas todos, nem
mesmo muitos ou alguns, apenas aqueles que conseguirmos depois de a isso nos dispormos.
Esse trabalho faz-se mudando os homens, que através do crescimento espiritual e cultural,
vão, a pouco e pouco, alterando a sua forma de interagir com a comunidade onde se inserem.
Crescendo e aperfeiçoando-se, o maçon muda para melhor, estou em crer, mesmo que
inconscientemente, o mundo que o rodeia. Do somatório puro e simples do aperfeiçoamento
dos maçons, observamos uma transformação na sociedade, quer tenhamos ou não disso
noção. Um processo que se apresenta como profundamente individual assume então a sua
generosidade. O trabalho do maçon é aperfeiçoar-se em L.’.. E como é que isso acontece?
Esse é o trabalho da L.’., há luz dos códigos de elevação moral e espiritual, onde o Ritual
assume um papel preponderante, tornar homens bons melhores, dispostos a preparar o futuro
e construir o presente á luz dos ideais maçónicos. Para isso deve ter a L.’. um critério rigoroso
de escolha dos seus candidatos, sob pena de se transformar num clube de amigos que
transferimos do mundo profano, desprovido de sentido.
Os candidatos devem ser convidados á luz das características dos seus talentos, para que
possam ser uma mais valia para o trabalho que está na génese da Maçonaria e é a sua razão
de existir. E porque talentos per si não valem nada, é aqui que os potenciamos e aprendemos
3 – O Trabalho Maçônico e a Espiritualidade
José Eduardo Souza
JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 9/34
que o que conta é o que com eles realizamos, á luz de um código de moralidade e de valores
que escolhemos livremente e em consciência para nós.
Estes homens que descrevo têm de ser capazes de conceber o Divino; o Indizível; de sonhar;
de terem visão; de terem a Força, a Sabedoria e o desprendimento de se entregar a projectos
aparentemente impossíveis, utópicos e belos; têm de conceber a fraternidade leal fruto da
partilha do Desígnio. Porque é disso que falamos, de uma escol de Cavaleiros, que foram
Cavaleiros da Terra, depois Cavaleiros do Mar e hoje Cavaleiros do Mundo. Essa dimensão
espiritual é a sua característica mais importante. Que passo a explicar como se me apresenta
hoje.
Entendo que a espiritualidade é uma dimensão indissociável da condição humana, mais do que
o bem exclusivo de Igrejas, Religiões ou Escolas de pensamento. Na prática, fala-se de
Espiritualidade para a parte da vida psíquica, fruto da inteligência humana, que nos parece
mais elevada: aquela que nos confronta com Deus ou com o absoluto, com o infinito ou com o
todo, com o sentido da vida ou a falta dele, com o tempo ou com a eternidade, com a oração ou
o mistério. Temos a felicidade de ter na nossa Ordem homens de religiões reveladas
diferentes, de escolas de pensamento diferentes, sem opção por nenhuma das religiões
reveladas, sem se reconhecerem em nenhuma escola de pensamento, homens de profundo
esoterismo e outros que nem por isso.
Não temos porém nenhum despojado da assunção da sua espiritualidade. O respeito por essas
opções é a nossa riqueza, a base para a geração da harmonia. Isto exige uma reflexão
profunda do que é a tolerância maçónica, sempre á Luz de um ideal maior que todas as
religiões e escolas de pensamento. Porque a Maçonaria está num patamar diferente. Não se
preocupa com a forma como cada um vive a sua espiritualidade nem ambiciona ter voto nessa
matéria. A preocupação da Maçonaria é o Individuo e depois o Mundo, onde vivem os homens
hoje e os de amanhã, a sua preocupação última é a vida dos homens na Terra, e não oferecer
salvação ou condicionar a sua existência á salvação eterna. Para isso existem outras sedes,
cujo sucesso e eficácia jamais se poderá questionar ou até medir. A espiritualidade que aqui
tratamos remete-se para a relação do homem com o divino em vida, aqui na Terra e como essa
relação pode condicionar as suas acções com vista ao cumprimento de um ideal ou Desígnio.
E como os seus obreiros são homens plenos em todas as suas dimensões, a Maçonaria não se
demite de aprofundar a relação dos homens com o divino, lutando para que isso os una e
jamais os divida, porque a Maçonaria quer libertar os homens das grilhetas profanas e levar
esses mesmos homens a realizar a sua dimensão espiritual em total liberdade e no pleno
respeito pelas crenças alheias. O que nos une será o sentir o Universo, o Todo, que nos
contem e nos transporta, uma presença universal…Será possível uma espiritualidade
universal? É minha convicção profunda que sim, mais do que uma espiritualidade clerical e
redutora ou do que uma laicidade desprovida de espiritualidade!
Uma espiritualidade universal… Será uma “espiritualidade da imanência, mais do que da
transcendência, da meditação mais do que da oração, da unidade mais do que do encontro, da
lealdade mais do que da fé, do amor mais do que da esperança, e que será igualmente
motivadora de uma mística, ou seja, de uma experiência da eternidade, da plenitude, da
simplicidade, da unidade, do silêncio…”.
É a essa espiritualidade universal que ouso chamar Espiritualidade Maçónica. Mas antes de a
procurar definir, poderei por ventura afirmar que é apenas no trabalho maçónico que ela poderá
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ser verdadeiramente aprofundada. Não um conceito que se aprenda nos livros, tem de se sentir
e de se viver, fruto de um percurso iniciático.
No entanto, a Maçonaria não revela nenhuma verdade superior nem dá respostas cabais ás
questões que atormentam a nossa dimensão espiritual. Pelo contrário, convida os II.’. a
procurarem saber quem são, conhecerem-se a si mesmos, com o intuito de se cumprirem, o
que é profundamente diferente, colocando-os na via dessa procura e dessa realização,
situando-se aqui o verdadeiro significado da iniciação, o primeiro passo de um caminho a
percorrer e trabalho para fazer na construção do nosso templo interior.
Assim, a tolerância apresenta-se como uma das principais virtudes da Maçonaria e do maçon.
Trata-se de uma atitude interior que repousa no respeito pela individualidade espiritual do
candidato, pela liberdade de pensamento e pelo percurso intelectual e espiritual que cada
maçon depois de iniciado escolhe para si. É neste pressuposto que assenta a minha afirmação
de que a Espiritualidade Maçónica é uma Espiritualidade Livre: ao sugerir um caminho
individual para a relação com o divino, constrói também um percurso libertador, é um processo
livre. Para isso ser possível, precisa no seu seio de homens diferentes dos demais.
O nosso trabalho hoje ao escolher esses homens, é com a convicção plena de que hoje se
podem encontrar em qualquer proveniência, podem ter estado ao nosso lado toda a vida,
serem os nossos amigos de infância, familiares ou colegas de profissão, como podem estar por
detrás de um e-mail manhoso sem rosto.
Temos é de estar certos de que estão á altura do desafio, é de critério que vos falo, não de
forma de ingresso nem de sede de relação. Porque é lógico que apenas podemos indicar
homens que conhecemos minimamente e por isso têm de vir das nossas relações pessoais,
todos temos porém pessoas de quem gostamos muito que sabemos não terem os requisitos
mínimos para poderem ser iniciados, por mais que de disso gostássemos, fosse porque razão
fosse. O critério é tudo.
É tudo porque a eles vão ser exigidos sacrifícios, de tempo para dedicar ao trabalho, para
comparecer ás sessões, para se despojarem de títulos e posições, para se disporem a
aprender, a aceitar criticas quando para isso não estão preparados e cuja propriedade da
origem questionam, a aguentar ouvir aquilo que não entendem sem julgar, a sentir que fazem
parte de algo maior e viver com essa avassaladora responsabilidade sem ser esmagado,
quando finalmente se torna clara a missão a que se propuseram.
Por mais capaz que qualquer um seja, tem um percurso a fazer, para poder identificar
ferramentas, e então dedicar-se ao trabalho. Uma L.’. maçónica é uma elite dentro de uma
comunidade, coisa que facilmente assumimos sem complexos nem soberba.
Entre nós deverão estar os mais capazes nas suas áreas de intervenção, que podem ser
profissionais ou não, têm apenas de ser úteis ao projecto, estar dispostos a aprender e a
ensinar partilhando. Ser maçon é uma vivência, uma forma de estar na vida e perante a vida,
onde a Honra, a Ética Moral, o sentido de missão, o espírito cavaleiresco das suas acções,
fruto da Responsabilidade de se ser e sentir Diferente, assumem um aspecto fundamental.
Não somos com certeza homens plenos de virtudes, todos temos as nossas arestas para
desbastar. E este é o local para o fazer, a L.’., depois de responder ao chamamento e
livremente bater á porta do Templo, para servir o Desígnio. Com a orientação de todos os
obreiros, tornar ferramentas capazes em ferramentas melhores. Porque somos ferramentas de
trabalho, somos os que cumprem e efectivam o Desígnio, como outros o fizeram antes de nós.
JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 11/34
Os desígnios dignos desse nome sempre tiveram um cunho marcadamente iniciático, porque
não se prendem com objectivos de pedra, betão ou madeira, mas com a realização dos
sonhos, sendo perpetuados no tempo indefinidos enquanto matéria, mas muito claros quando
conceptualizados por homens que se dispuseram a um processo de transformação e
crescimento como o nosso, essa ideia indizível transmite-se pela iniciação, pelos rituais, pela
via iniciática. E para isso, a dimensão espiritual do homem têm de ser a sua consciência maior,
aquilo que lhe rege as acções e circunscreve as paixões e os sonhos á luz das suas
capacidades e talentos.
E neste trabalho não há espaço para paternalismos com os menos capazes e aptos, para
soberbas profanas ou para alimentar egos com comendas. Não se faz parte da Maçonaria, não
se pertence á Maçonaria, é-se maçon. Da sua relação com a L.’. e da sua condição de maçon
só o individuo pode ser responsável, se não se sente capaz ou a tarefa assusta, mais vale
arrepiar caminho. Sem jamais hipotecar a solidariedade inerente á fraternidade leal, todos
temos momentos menos bons e felizes e para isso cá estamos todos e nessa altura dizemos
presente.
Não estamos é aqui para tomar conta de ninguém, proporcionar benefícios ou oferecer a
salvação, estamos aqui para trabalhar, o nosso tempo é curto e o trabalho imenso. Para que
nos cumpramos á luz do que aqui nos trouxe, temos de ser objectivos, sob pena de se esvaziar
o sentido da Ordem Maçónica e o trabalho ficar por fazer, comprometendo o Desígnio.
Reconhecendo os méritos e as virtudes dos nossos II.’., não potenciando e exacerbando os
seus defeitos, que desses não precisamos, usando o fole com cautela na forja para que a
ferramenta que lá se aperfeiçoa não enfraqueça por falta de atenção ou derreta por excesso
dela. Desbastando a pedra em bruto, com a lealdade que a critica exige, com a fraternidade
que o sacrifício cultiva, com a generosidade a que partilhar o desígnio não é alheia, com o
reconhecimento da força e inteligência para o fazer cumprir. Dessa partilha nasce a riqueza da
Irmandade, do respeito pelo trabalho e pela forma como é executado. Não sendo santos nem
isentos de virtude, temos todos consciência do Desígnio.
Assumamos o objectivo que aqui nos trouxe e não deixemos que nada perturbe a caminhada
para a realização desse mesmo Desígnio, que não assume forma material, mas é apenas uma
ideia que todos partilhamos… Uma ideia de Homem e de Mundo.
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Ir. Paulo Roberto -
MI da Loja Pitágoras nr. 15
Grande Secretário Adjunto Guarda-Selos da GLSC e
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
Escreve aos sábados neste espaço.
prp.ephraim58@gmail.com.br
Paulo Roberto
Sobre os Templos...
A Arquitetura e os Templos
O sentimento religioso foi evoluindo progressivamente buscando a sublimação espiritual,
à medida que o homem tornava-se civilizado. Quando surgiu a arquitetura, com a construção
dos primeiros templos de pedra, ela se tornou sagrada e constituiu-se em um privilégio
sacerdotal.
Os sábios hindus, segundo Spencer, consideravam a Arquitetura como algo sagrado e os
sacerdotes budistas proibiam ao povo de construir as suas moradias com outro material que
não fosse terra cozida ao sol (o passo inicial das olarias), pois a pedra tinha sido reservada por
eles para a construção dos templos.
Os babilônios construíam templos que eram verdadeiros palácios, inaugurando a sua
construção com ritos solenes, nos quais, solicitavam prosperidade aos deuses.
Desde Heródoto, todos os autores são unânimes em afirmar que os egípcios foram o primeiro
povo a construir altares, estátuas e templos. Mas os templos e os túmulos dos reis eram
erigidos conforme os planos dos sacerdotes, pois, tratando-se de assuntos considerados
sagrados, havia para eles medidas e números sagrados.
Um comentarista bíblico, que Mackey cita denominando-o “o douto Montfaucon”, diz em sua
obra “Antiquities” que não parece ter havido, entre os hebreus nenhum Templo no tempo de
Moisés “por não serem mencionados por ele, embora tivesse muitas oportunidades para fazê-
lo”. Era de fato opinião corrente em seu tempo que os livros constituintes do Pentateuco
fossem escritos por Moisés. Esta opinião foi, entretanto, invalidada pela crítica histórica
moderna.
De qualquer maneira, esta autoridade bíblica nos garante não haver referência a respeito de
templos, na época em que se supõe ter vivido Moisés. Diz, entretanto, Mackey em “Symbolism
of Freemasonry” :
4 – Sobre os Templos
- Paulo Roberto
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“A primeira alusão sobre o assunto na Escritura é o Tabernáculo, que era, de
fato, um templo móvel, contendo um lugar dentro dele mais sagrado e secreto que os outros,
chamado o Santo dos Santos, a que corresponde o Adytum nos templos pagãos. O primeiro
templo pagão mencionado na Escritura é o de Dagon, o deus dos Filisteus. Tendo os gregos
recebido muitas coisas dos fenícios, é de se supor terem aprendido deles a arte de construir
templos; e é certo que os romanos receberam dos gregos tanto o culto dos deuses como a
construção de templos.”
A etimologia da palavra Templo
Para designar um templo, os hebreus empregavam o termo beth que significava, literalmente,
uma casa, uma residência. Tirava a sua origem de uma palavra cujo sentido era “permanecer
ou passar a noite”. Também usavam a palavra hekhal, do sumério e-gal exprimindo casa
grande, palácio. A origem deste último termo é uma palavra obsoleta significando “suntuoso”,
segundo Mackey, que continua, em “Encyclopaedia of Freemasonry”, no artigo Temple :
“Isto dá a entender que (os hebreus) tinham duas ideias com referência a um
templo. Quando o chamavam beth Jehovah, ou a “casa de Jehovah”, referiam-se à contínua
presença de Deus nele; e quando o chamavam hekhal Jehovah, ou o “palácio de Jehovah”,
reportavam-se ao esplendor do edifício que foi escolhido para a sua residência.”
Mas a palavra templo é de origem latina. Os romanos, no princípio, davam o nome de templum
à parte do horizonte delimitada com o lituus (báculo), que os áugures (sacerdotes da Roma
Antiga que prediziam o futuro através da observação do voo das aves, do seu canto e das suas
entranhas) escolhiam para contemplar o céu e tirar presságios dos sinais observados.
Posteriormente, este nome foi aplicado a pequenas capelas construídas sobre lugares
elevados e, finalmente, a todos os edifícios religiosos. A palavra, na sua origem, define um
recinto sagrado no qual os áugures observavam os presságios. Varro definiu o templo como “o
lugar dos áugures e dos arúspices (sacerdotes da Roma Antiga que usavam os hábitos dos
animais para tirar presságios)”.
Supõe-se que os áugures, para a sua própria conveniência, erigissem uma tenda dentro do
recinto onde faziam as suas observações, ou melhor, dito as suas contemplações. Este foi o
motivo pelo qual os gregos, assim como, os romanos, estabeleceram edifícios permanentes
como os dos egípcios e dos hebreus. A palavra “especulativo”, tão significativa e importante no
vocabulário maçônico, tiraria a sua origem, segundo Mackey, do termo latino speculor, que
significa observar, olhar em volta. Diz ele:
“Quando o áugure, estando dentro do recinto sagrado do seu
templo aberto na colina do Capitólio, vigia o voo dos pássaros, do qual deduz os seus
auspícios de boa ou má fortuna, diz-se speculari, especular. Assim, a palavra vem, em seu
final, indicar algo semelhante a contemplar do templo, uma investigação das coisas tidas como
sagradas, e assim trouxemos dentro da nossa linguagem técnica o título de “Maçonaria
Especulativa”, para distingui-la por seus desígnios religiosos da “Maçonaria Operativa” ou
“Maçonaria Prática” que é dedicada mais a objetivos materializados.”
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Ir Kennyo Ismail
kennyoismail@hotmail.com
Fonte: www.noesquadro.com.br
ENTENDENDO O SALMO 133
Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso
sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a
bênção e a vida para sempre”.
Infinitas são as interpretações apresentadas na literatura maçônica sobre o Salmo 133 e
não ouso aqui tentar citar alguns exemplos, pois não saberia por onde começar.
Em primeiro lugar, há que se registrar que essa não é a leitura original de Aprendiz no REAA,
que adotava “João 1:1-5″ e, geralmente, apenas em iniciações. Passou-se a adotar o Salmo
133 no Brasil após 1927, e de forma mais predominante entre as décadas de 40 e 50, por
influência da Maçonaria Americana (GLs) e Inglesa (GOB). Por sinal, a passagem de João
tinha mais relação com o Grau de Aprendiz do que tem o Salmo 133, pois trata de trevas e luz.
Para compreender o real significado do Salmo, deve-se conhecer os elementos que
o compõe:
 DAVI: Tem-se o Rei Davi como autor do Salmo 133. O Rei Davi era tido como o grande
cantor dos cânticos de Israel e autor de vários Salmos.
 ÓLEO: o óleo era utilizado na cerimônia de unção dos Reis e Sumos Sacerdotes. Esses
eram ungidos com um óleo especial, o qual era derramado sobre suas cabeças, e dessa
forma, eram considerados “purificados” e “sagrados” para exercer suas funções.
 HERMON: montanha considerada sagrada pelos judeus e chamada pelos árabes de
“montanha nevada”. Localizada ao norte de Israel, marca a divisão geográfica entre
Israel, Líbano e Síria. Pela sua altitude (mais de 2.800 metros), seu cume está sempre
5 – Entendendo o Salmo 133
Kennyo Ismail
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coberto de neve, o que gera um orvalho que literalmente “rega” toda a região ao seu
redor, sendo por isso a região mais fértil de Israel.
 MONTES DE SIÃO: ao contrário do que alguns possam pensar, Sião não é Hermon.
Ambos os pontos são extremidades de Israel, sendo Hermon a extremidade Norte e Sião
a extremidade Sul. Sião foi o local escolhido pelos judeus para servir de sede, sendo a
região onde se encontra Jerusalém (daí a origem do termo “sionista”). Após Sião, o que
se vê é o deserto.
 AARÃO: irmão mais velho de Moisés e primeiro Sumo Sacerdote de Israel, através do
qual se originou a linhagem de Sumos Sacerdotes. Aarão era o porta-voz de Moisés (que
possuía problemas de dicção, provavelmente gago ou fanho), e servia de Orador dos
judeus junto ao Faraó. Na tradição judaica, Aarão participou do episódio do bezerro de
ouro, porém, na tradição árabe ele não teve tal participação.
Conhecendo os elementos, pode-se compreender melhor a mensagem:
Os Irmãos que Davi se refere são, provavelmente, o povo de Israel, divididos em suas tribos
e espalhados entre Hermon e Sião (limites de Israel), mas todos vivendo em união. Davi
relembra então a unção de Aarão como o primeiro Sumo Sacerdote de Israel, momento que
selou o compromisso entre o povo de Israel e seu Deus. Dali nasceu a nação que Davi
representava e defendia. O óleo precioso que ungiu Aarão foi derramado em sua cabeça e
desceu pela sua barba, espalhando-se para as extremidades de sua roupa. Tal unção, que
abençoava Israel, podia ser vista também em sua terra: a neve do cume de Hermon
transforma-se em orvalho, que desce o monte e se transforma em um ribeirão, Banias, o qual
desagua no Rio Jordão, esse que liga Hermon até a outra extremidade de Israel, os Montes de
Sião, antes de desaguar no Mar Morto.
Todas as tribos de Israel estavam espalhadas de Hermon a Sião, sempre próximos às
margens do Rio Jordão. “Jordão” significa exatamente isso, “que desce”. O Rio Jordão,
alimentado pelo orvalho de Hermon, desce até a extremidade sul de Israel, Sião, distribuindo
suas bênçãos, assim como o óleo precioso que desce da cabeça de Aarão até a orla de suas
vestes.
Por fim, Davi afirma que, Sião (Jerusalém) é “ungido” pelas águas que vem de Hermon
porque foi o lugar escolhido por Deus para que o povo judeu habite eternamente conforme
suas bênçãos.
Com esse Salmo, Davi disse ao seu povo que eles deviam permanecer unidos e obedientes
às ordens vindas de Sião, pois essa era a vontade de Deus desde a unção de Aarão,
comprovada pela benção da água, que sai do alto de um monte e percorre 190Km de distância,
derramando bênçãos por onde passa, até chegar a Sião.
É muito claro o motivo das palavras de Davi: ele era apenas o segundo rei de Israel, uma
nação recente, ainda desestruturada, com muitas dificuldades, dividida em muitas tribos e
sujeita a muitas ameaças. Ele precisava manter um discurso de unidade e esperança. Mas pelo
jeito, os ritualistas ingleses, e em seguida os americanos, desconsideraram esse contexto
histórico e adotaram o Salmo 133 por conta das palavras “irmãos” e “união”.
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37ª Coluna do Rito Schröder –
31 de janeiro de 2017
O Rito Schröder, composto pelos Rituais das Lojas de Aprendiz (com a Loja de Mesa e a Loja
de Funeral), Companheiro e Mestre Maçom, é um Sistema de Ensino maçônico adotado a
partir de 29 de junho de 1801 por algumas das mais antigas Lojas na Alemanha e, conforme o
prefácio do Ritual de 1960 da Loja ABSALOM: “... até em continentes distantes, onde maçons
de origem germânica operam de acordo com o Rito de Schröder... (que) ocupa uma posição de
destaque entre os ritos maçônicos por sua concordância com o Rito da Grande Loja-Mãe, da
Inglaterra (Londres, 1717), na eliminação de todos os aditamentos inseridos no final do Século
XVIII, no espírito de puro humanismo, presente em seu cerimonial e no brilho da linguagem
clássica do Alemão”.
No último dia de cada mês o JB News apresenta aos seus leitores esta coluna sob a
coordenação do Ven. Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et
Humanitas" Nr. 56 - Ao Or. de Porto Alegre – GLMERGS, e membro do Colegiado Diretor do
“Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia”.
Caros Irmãos, nesta coluna mensal apresentamos o texto da palestra do Venerável Ir. Walter
Celso de Lima – Mano Lima de SC – um dos mais elogiados palestrantes do VII Seminário
Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser, realizado em 11 e 12 de novembro de 2016
ao Or. de Porto Alegre – RS.
Boa leitura e até a nossa 38ª Coluna em fevereiro de 2017!
6 – Coluna do Rito Schröder (de 31 de janeiro – nr. 37ª)
Rui Jung Neto
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Rituais Maçônicos.
Para que?
Por que?
Suas origens
(no Rito Schröder e no Trabalho de Emulação)
Ir. Walter Celso de Lima
ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4285, Florianópolis
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
1. Rito:
A palavra “rito” tem sua origem na língua latina; ritus, -us que
significa cerimônia. Rito é um conjunto de rituais. Ritual é uma sucessão de palavras, gestos
e atos que, de maneira repetitiva, compõe uma cerimônia completa. O rito pode ser religioso
ou não. Ritual é, então, a execução de uma cerimônia, o experimentar de sensações, a
motivação de valores, a vivência de uma cerimônia. Um rito, por exemplo, o Rito Schröder é
composto por três rituais originais: ritual do 1º Grau, incluídos o de Iniciação e os
cerimoniais da Loja de Mesa e da Loja de Funeral; o ritual de 2º Grau, incluído o de
Promoção; o de 3º Grau, incluído o de Elevação. Acrescente-se a esses rituais originais os
de Confirmação de Garante de Amizade, Cerimonial de Festa das Cunhadas, Cerimonial de
Entrada e Saída do Pavilhão Nacional, Sessão Pública Especial, Adoção de Lowtons,
Confirmação de Casamento, Lançamento da Pedra Fundamental e Sagração do Templo, que
são os da Potência ao qual a Loja for filiada. No Rito Schröder e no Trabalho de Emulação
não existem rituais de graus mais elevados. Na Maçonaria britânica existem graus laterais
ou adicionais os quais não pertencem ao Trabalho de Emulação, mas são corpos maçônicos
próprios. Para comparação: o Trabalho de Emulação não é um rito, pois seus rituais são
apenas: Abertura e Fechamento da Loja, Iniciação, Passagem, Elevação e Ritual de
Instalação.
O ritual é, pois, um conjunto de atividades organizadas, no qual, as pessoas que o
executam se expressam por meio de gestos, de símbolos, de linguagem (também, do
silêncio) e de comportamentos, de atos, que transmitem um sentido coerente com um
objetivo definido. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é
qualquer atividade organizada que constitui um rito.
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Os ritos podem ser jurídicos, militares, morais, familiares, religiosos, diplomáticos,
maçônicos, etc. São empregados sempre que se pretende impor uma determinada ordem a
ser seguida, uma determinada regra, uma diretriz e, por força de lei, ou por costume,
tradição ou, ainda, por consenso; deve ser seguido, sob pena de infringir o sentido, o
intrínseco, que ele pretende simbolizar.
A vida é repleta de ritos que são seguidos até sem se perceber, de tão arraigados que
estão no viver. Efetivamente, vive-se e respira-se ritos diuturnamente. Exemplos: ao se
apertar a mão, em um cumprimento, está-se executando um rito que, no passado,
simbolizava: “ao apertar sua mão ocupo-a tal que me é impossível, também, desembainhar
uma espada contra você”. Vale dizer: “sou amigo, não sou agressivo”. Ninguém, hoje pensa
em espadas, ao apertar uma mão. O beijo é outro rito: demonstração de afeto, carinho.
Simboliza: “ao pressionar meus lábios estou transferindo e usufruindo um sopro de vida a
você”. Quando você beija sua esposa não pensa em transferir um sopro a ela.
Liturgia (λειτουργία, "serviço público" ou "trabalho público") é modernamente, a
celebração de um ritual formal e elaborado. A liturgia pode ser religiosa ou não.
Embora o Rito de Schröder tenha abolido todo ocultismo e misticismo num sentido
lato, a Maçonaria universal engloba algo de místico e esotérico, no sentido explicado em
seguida.
Místico (μυστικός, "relativo aos mistérios"), significava, originalmente, a crença que
admite a comunicação do homem com Deus. Hoje, no sentido maçônico, místico é um iniciado
que alcançou (ou que detém) um segredo importante. A palavra, entretanto, tem sido usada
para todos os tipos de conhecimento esotérico (religioso ou não), isto é, conhecimento não
susceptível de verificação, destinado a uns poucos iniciados. Diferentemente do sentido de
exotérico, que é o conhecimento não susceptível de verificação, destinado à ampla
divulgação. A Maçonaria universal é mística, porque esotérica no sentido de que é destinada
a uns poucos iniciados, em cada grau. Mas o Rito Schröder (e também o Trabalho de
Emulação) não é esotérico num sentido mais lato, isto é, não é misterioso, de ordem
sobrenatural.
Mítico (relativo a mito, do grego μύθος - mythos) é aquilo que pertence a um mito ou
que é originado de um mito. Mito é um relato fantástico, de tradição oral, que, geralmente,
guarda um fundo de verdade, heroico, narrado com objetivo de pregar um fundamento
moral. É uma alegoria. A Lenda de Hiram é uma alegoria, um mito.
Os rituais maçônicos são míticos, porque alegóricos com fundamento moral. A Lenda
de Hiram é um mito, uma alegoria.
Uma vez definidos estes conceitos, é importante lembrar que, na Maçonaria, num
ritual, cada palavra, cada gesto, cada ação (incluindo o silêncio), têm um significado
simbólico. Nada é feito no ritual sem uma razão, sem um sentido. Na maioria das vezes, não
se sabe o significado de cada uma das ações. Mas, certamente, há significados simbólicos
que, aos poucos, se descobre, se desvenda e se revela (isto é, retira-se os véus), em cada
execução do ritual. Aí está uma das riquezas do ritual: a descoberta incessante, contínua,
de cada significado simbólico.
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Raramente, absorvem-se integralmente os textos dos rituais. Absorve-se, assimila-
se, sempre, imagens isoladas, símbolos isolados, frases e fragmentos, dependendo dos
interesses imediatos e do estado mental de cada um naquele momento. Estes fragmentos
passam como fluídos pelas mentes de quem participa. Interessante e importante esta
observação: absorve-se, sempre, de forma fragmentária. Por isso, talvez, os rituais são tão
repetitivos. A cada execução do ritual, a cada repetição, seleciona-se, inconscientemente,
aquilo que se absorve. A seleção é uma escolha de textos benéficos, generosos, isto é, tem
um viés polarizado pelos interesses imediatos e atuais de cada indivíduo, naquele momento.
Por vezes, percebe-se que, a cada vivência do ritual, encontra-se pequenas coisas que
antes não se havia dado conta. E dá-se conta que estas pequenas coisas são importantes. É
como se o ritual se renovasse, embora permaneça o mesmo há muitos séculos. O Trabalho
de Emulação tem exatamente dois séculos, completados em 5 de junho de 2016. O Rito
Schröder é mais antigo, tem 215 anos de idade. Faz-se a comparação entre o Rito Schröder
e o Trabalho de Emulação pois ambos têm a mesma origem e ambos têm muitos pontos em
comum.
Descobre-se sempre, com a repetição, pequenas coisas que não se havia dado conta. É
como se o ritual se reinterpretasse e se corrigisse a si mesmo. Isto é fantástico e depende
só da mente, das sensações, dos hábitos, da existência, do espírito de cada um.
Uma afirmação muito importante: toda corporação que usa rituais litúrgicos, todo e
qualquer ritual e toda ritualística é, apenas, um meio e, nunca, um fim. Coloca-se, então,
uma questão fundamental: meio para quê? Logo abaixo responde-se a esta questão.
2. Origens do ritual:
O ritual maçônico é muito antigo. Originou-se, provavelmente, no século XIV.
Nenhuma pessoa o “compôs” ou o “inventou” --- não existiu um autor. Representava a
perpetuação das atividades e práticas dos maçons operativos (maçons de ofício, os
pedreiros e construtores), de seus usos e aplicações de trabalho e de seus costumes. Não
era nem mesmo um ritual; foi simplesmente chamado de “trabalho” ou “work”. Desde o
século XIV e até hoje, no Reino Unido, é chamado de “work” e não de ritual. Ritual e rito
são palavras que apareceram, na Maçonaria, em França, no século XVIII. Foram adotadas
pelos alemães e pelos brasileiros, além de outros países, mas não pelos britânicos.
Do que constava esse “work” dos maçons operativos ou maçons de ofício? Um
exercício de imaginação, baseado em evidências, pode-se visualizar um ritual (“work”). O
que está abaixo são conjecturas, suposições. Não existe nada escrito sobre isso.
Todo novato que entrava para uma guilda de maçons operativos tinha, certamente,
que fazer um juramento, promessa ou compromisso. Por quê? Juramento para não revelar
os segredos de construção, pois não havia plantas, planejamentos ou cálculos, somente
segredos, conhecimento pragmático, conhecimento que importa o êxito prático e
conhecimento desprovido de teorias. Acresce o fato que a grande maioria dos maçons
operativos era analfabeta. E as catedrais góticas levavam muitas gerações para serem
construídas. A catedral de Notre Dame, em Paris, por exemplo, demandou 182 anos de
construção (seis gerações, à época). A catedral de Colônia (Kölner Dom), na Renânia, sua
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construção teve início em 1248 e terminou em 1880, ou seja, demorou 632 anos ou cerca de
20 gerações à época. Uma curiosidade: segundo lenda, atrás do altar da catedral de Colônia,
estão os restos mortais dos três Reis Magos: Baltazar, Melchior e Gaspar. Outra
curiosidade: na 2ª Grande Guerra, a catedral recebeu 14 bombardeamentos aéreos e não
caiu. Foi reconstruída e completada em 1956.
Uma ideia de como trabalhavam e viviam os maçons operativos na construção de
catedrais, pode ser lida num romance de Ken Follet1
(Follet, 1992) --- “Os Pilares da Terra”.
Embora romance, as circunstâncias de acontecimentos e a conjuntura são bastante
verdadeiras. Todo conhecimento de construção era pragmático e esses segredos de como
construir eram transmitidos oralmente. Ao novato, fornecia-se instruções de como
trabalhar; obviamente, era provido de ferramentas e instruções de seu uso. Era ensinado,
também, como manter as ferramentas em boas condições de uso e instruído sobre as
responsabilidades do novato. A guilda era presidida e supervisionada por um Mestre e seus
assistentes. A nomenclatura da época, no Reino Unido, era Master of the Lodge (Mestre da
Loja, posteriormente, nomeado Venerável Mestre) e os assistentes eram warden (pessoa
que cuida de um lugar determinado e assegura que as regras são obedecidas, ou seja,
zeladores, guardadores, posteriormente nomeados Vigilantes). Entende-se por Loja, na
Idade Média, o alojamento onde viviam os maçons operativos.
Havia, também, os “trabalhadores do chão” ou “oficiais do chão” (officials of the
ground) que transmitiam ordens do Mestre da Loja para os Zeladores; esses
“trabalhadores do chão” deram origem aos Diáconos, e nas Lojas francesas, aos Expertos.
Um “comunicador” organizava o trabalho; este “comunicador” deu origem ao Diretor de
Cerimônias. O Mestre e seus assistentes, também, davam instruções aos novatos. Este
grupo de trabalhadores desenvolveu sua própria terminologia, denominou outros cargos de
seus oficiais. Forneceu, também, a cada membro do grupo, modos reservados de
identificação --- senhas, palavras sagradas --- para provar sua condição de membro do
grupo no estrangeiro ou entre estranhos. Cada guilda cuidava de seus próprios trajes,
aventais de couro para proteger suas roupas que os identificavam e se tornaram seu
distintivo. Os pagamentos, salários e as contribuições para uma caixa de previsão para o
futuro, para acidentes (futura previdência), para as viúvas em caso de morte do maçom
(surgiu, então, o Tronco da Viúva), consequentemente, precisaram de um tesoureiro.
Analogamente, os registros de trabalhos, de horários, etc. necessitaram a nomeação de um
secretário. Estava formada a Loja e, com a perpetuação de usos, costumes e práticas,
estava formado o ritual (“work”) de transmissão oral. Repete-se: tudo são conjecturas, não
há provas de que assim surgiu um ritual.
Toda guilda tinha suas próprias regras, também, de transmissão oral.
1
Kenneth Martin Follet, Ken Follet, filósofo, jornalista e escritor galês, nasceu em 1949, em Cardiff, País de Gales.
Formado em filosofia pela University College of London, tornou-se jornalista e escritor. Publicou 29 romances, todos
num contexto da história medieval, moderna ou contemporânea. “Os Pilares da Terra” (The Pillars of the Earth) foi
editado em 1989 e, em 2010, transformou-se em séries de TV. Follet é membro da Yr Academi Gymreig (Academia
Galesa) e membro da Royal Society of Arts.
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Eram listas de deveres e de direitos dos maçons, regras e regulamentos com os quais os
trabalhadores foram governados. Algumas dessas regras foram escritas e chegaram aos
nossos dias: as Old Charges ou Antigas Obrigações. Assim, o work (ritual) perpetuou-se,
elaborado e desenvolvido não por tradição, pelo estudo em livros ou desenvolvido
teoricamente, mas a partir do próprio trabalho diário na construção de catedrais e outros
edifícios. Surgiram alegorias e lendas cujo objetivo era (e é) evidenciar, simbolicamente, a
preparação para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver.
Aqui está a resposta: todo ritual maçônico é, apenas, um meio e, nunca um fim. Meio
para quê? Meio para a preparação, para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de
bem viver. Meio para concretizar a Fraternidade numa Loja visando a união de virtudes.
Meio para enaltecer os valores morais, o espírito humanístico e o verdadeiro amor
fraternal. Meio para realizar a busca da verdade, da Fraternidade, do humanismo.
Aos poucos, a partir do século XVI, houve um declínio das atividades das guildas. Por
quê? Pelo desenvolvimento científico e desenvolvimento da matemática, as construções
tornaram-se viáveis tecnologicamente, baseadas em cálculos estruturais, planejamentos e
elaboração de plantas e projetos. O pragmatismo dos maçons operativos das guildas tornou-
se obsoleto e economicamente dispendioso face ao desenvolvimento tecnológico.
Acrescenta-se o aparecimento de universidades formando arquitetos e construtores
(Valsechi, 2014). Aos poucos, a Maçonaria operativa transforma-se em especulativa. Na
Escócia, ainda no século XVI, aparecem os primeiros maçons “aceitos”, isto é, maçons que
não eram pedreiros ou construtores, mas filósofos, aristocratas, religiosos, cientistas,
oriundos das universidades que substituíram as construções de catedrais pela construção
do seu ser interior, pelo desenvolvimento de suas virtudes, usando toda simbologia e
filosofia expressa no work (ritual).
A data aceita como marco dessa mudança foi 1717, em Londres. Já, nesta época, a
Maçonaria moderna, denominada de especulativa ou dos aceitos, já distanciada da influência
da Igreja Católica; tinha ainda grande influência da Igreja Anglicana e de calvinistas
escoceses. O ritual usado nessa época pela “Loja dos Modernos” era um ritual bastante
simples e quase deísta. Esse ritual, introduzido em França em torno de 1725, compôs o
então chamado Rito Francês e posteriormente denominado Rito Moderno. Porém, o Rito
Francês sofreu, posteriormente, grande influência do escocismo, isto é, do rito praticado
pelos Jacobitas, partidários do rei James, da Escócia e Inglaterra, deposto e exilado em
França.
A partir de 1751, com a fundação da “Loja dos Antigos”, foi usado um ritual de origem
irlandesa, bastante teísta, de 3 graus, mais o Arco Real (que não é o 4º grau). Este ritual
deu origem ao Rito de York usado especialmente pelos norte-americanos, chamado também
de Rito Inglês Antigo.
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Por consenso, procurou-se uma nova forma de ritual. No ritual dos “Modernos”, foram
retiradas em 1723, as orações, omitiram os dias santos e descristianizaram o ritual.
Cortaram a leitura dos Antigos Deveres e retiraram as espadas nas iniciações.
Essa rivalidade entre “Modernos” e “Antigos” perdurou até 1813, quando da
unificação e formação da Grande Loja Unida da Inglaterra. Procurou-se, então, adotar um
ritual que fosse uma fusão entre o ritual dos “Modernos” e o dos “Antigos”. O resultado da
unificação nos rituais, foi o Trabalho de Emulação.
3. Trabalho de Emulação:
Só em 5 de junho de 1816 (30 meses depois), há exatamente 200
anos, foi aprovado as Cerimônias do Trabalho (“work”) em sessão presidida pelo Grão-
Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra, o duque de Sussex2
. A divulgação e estudo do
novo ritual recaiu nas Lojas de Instrução que nasceram então. A mais importante dessas
Lojas de Instrução foi a Loja Unida de Perseverança, fundada em 1818. Essa Loja contava
com os maçons mais instruídos da época, dos quais, nove foram fundadores da Loja de
Emulação e Aperfeiçoamento (Emulation Lodge of Improvement), em 1823. O objetivo
dessa nova Loja era ensinar, de forma precisa, o ritual acordado. Tornou-se, então, a
curadora oficial em todo mundo do Trabalho de Emulação. Curadora é a instituição que
cuida dos interesses e defende a pureza do Trabalho de Emulação. Ao contrário de outros
ritos que são admitidos pelo GOB, o Trabalho de Emulação é monitorado, interpretado e
explicitado, para todo mundo, exclusivamente, pela Emulation Lodge of Improvement.
Daí, surgiu o termo Emulation (Emulação), ligado à Loja a “Emulation Lodge of
Improvement” (Loja de Emulação e Aperfeiçoamento), verdadeira escola de Maçonaria
onde são dadas instruções por preceptores que ensinam o ritual aos Irmãos, a qual
existe e funciona até hoje. A Loja de Emulação e Aperfeiçoamento funciona
quinzenalmente, às sextas-feiras.
O princípio básico de Emulação é que o ritual não pode ser alterado em
nenhum lugar do mundo, sem que a Grande Loja Unida da Inglaterra sancione a
alteração, após estudos da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento.
No Brasil, o Ritual de Emulação foi modificado. Primeiramente, no nome:
traduziram, erroneamente, em 1912 “Craft Masonry” (Ofício Maçônico) por Rito
de York. O Trabalho de Emulação não é um Rito e nem é de York. Esse erro
perdura até hoje e é reconhecido pelo GOB (GOB, 2009 – o reconhecimento do
erro está nas pags. 17 e 21). Há erros de tradução, também, no Ritual de
Emulação em Português, publicado pelo GOB. Há uma confusão entre os termos
2
O duque de Sussex, em 1816, foi o príncipe Augustus Frederick (nascido em 1773 e falecido em 1843), 6º filho do rei
George III do Reino Unido e Grão-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra de 1813, até sua morte em 1843. O
Grão-Mestre da GLUI tem cargo vitalício e é o chefe do Estado Maçônico; o chefe do Governo Maçônico é o Pró-Grão-
Mestre, eleito a cada 4 anos.
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“templo” e “Loja” que não têm o mesmo significado. Há, também, a abreviação
por três pontinhos: V.’. M.’., em lugar de V.M. Não existe três pontinhos na
Maçonaria britânica. O tri-ponto é de origem francesa. Não existe, também, na
Maçonaria britânica, o tríplice e fraternal abraço.
Como o Rito Schröder, o Trabalho de Emulação não teve influência de
qualquer ocultismo, tais como alquimia, rosacrucismo, martinismo, cabalá, etc.
A expressão “Rito de York” usada no GOB para denominar o Trabalho de Emulação já
vinha sendo usado há muito tempo, consagrando assim no Brasil, erroneamente um nome
que não existe no sistema inglês.
O Trabalho de Emulação não é de York, mas é de Londres e não é um rito, mas um
ritual. Não é um rito estruturado, como o Rito Schröder ou REAA, mas um ritual, pois é
ritualístico apenas as cerimônias de abertura e fechamento da Loja, da iniciação, da
passagem (elevação a Companheiro) e da elevação (exaltação a Mestre) e da instalação do
Mestre da Loja. Todos os demais procedimentos não fazem parte do ritual: cortejos,
meditação, leitura e aprovação de atas, ordem do dia ou agenda, o Tronco de Beneficência,
etc. Todos esses procedimentos não pertencentes ao Trabalho de Emulação poderão ser
feitos em Loja fechada. O Trabalho de Emulação é o ritual mais predominante (cerca de
85%). Os demais rituais eventualmente usados na Maçonaria britânica (e brasileira)
pertencem ao Craft britânico e não ao Trabalho de Emulação. São eles: ritual de Loja de
Mesa, ritual de Pompa Fúnebre, Adoção de Lowtons, etc.
4. O Rito Schröder:
O Venerabilíssimo Ir. Friedrich Ludwig Schröder, ator, produtor,
dramaturgo, escritor e empreendedor alemão, falecido em 1816, estava preocupado com os
rituais maçônicos em uso na Alemanha no século XVIII, excessivamente rebuscados e
complicados, especialmente o Rito da Estrita Observância (die Strikte Observanz). Teve,
então, a ideia de propor um ritual mais simples e mais autêntico. Buscando as origens da
Maçonaria Especulativa, procurou, em 1790, o ritual usado pela primeira Obediência, o da
Grande Loja de Londres e Westminster do início do século XVIII, em uso entre 1730 e
1760. A ideia era restaurar na Alemanha o antigo ritual inglês. O novo ritual alemão foi
então elaborado por uma comissão presidida pelo Ir. Schröder, então Grão-Mestre Adjunto
(Deputado do Grão-Mestre) da Grande Loja Provincial de Hamburgo e da Baixa Saxônia,
ligada então a Grande Loja de Londres. Baseou-se no Livro das Constituições de Anderson
de 1723, no antigo ritual descrito em The Three Distinct Knocks or the Door of the Most
Ancient Freemasonry (As Três Distintas Batidas na Porta...) de 1760 e descrições orais de
maçons britânicos. Os novos rituais alemães foram aprovados em 29 de janeiro de 1801 pela
Assembleia dos Veneráveis Mestres da Grande Loja de Hamburgo.
A Grande Loja de Hamburgo tornou-se uma Potência independente da Grande Loja de
Londres em 1811. A Grande Loja Unida da Inglaterra foi formada em 1813, reunindo as duas
Grande Lojas de Londres: a dos “Antigos” e a dos “Modernos”. Em 1816, foram unificados os
rituais ingleses, formando o Trabalho de Emulação, quinze anos depois da aprovação do novo
ritual alemão, posteriormente chamado de Rito Schröder.
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O Rito Schröder foi introduzido no Brasil com a colonização alemã no Rio Grande do
Sul e em Santa Catarina, em idioma Alemão. Mais tarde foi traduzido para o Português.
Hoje o Rito Schröder é praticado em mais de 120 Lojas, em 20 Obediências brasileiras.
O Rito Schröder não adota altos graus, assim como o Trabalho de Emulação, porque a
plenitude maçônica é o Grau de Mestre Maçom. A verdadeira Maçonaria é a de três Graus,
ou Maçonaria azul, os três graus de São João. O Rito Schröder aboliu todo ocultismo e
misticismo transcendental, assim como o Trabalho de Emulação. A Maçonaria praticada no
Rito Schröder é uma Fraternidade que visa a união de virtudes e não é uma Ordem
intrinsicamente esotérica (num sentido lato). A ritualística objetiva valores morais, espírito
humanístico e o verdadeiro amor fraternal. O Ir. Schröder teve muita influência da
filosofia Iluminista, do Humanismo e do Racionalismo, influências essas que formaram a
Grande Loja de Londres.
Igualmente, aconteceu no Trabalho de Emulação. No Rito Schröder os juramentos e
castigos maçônicos são substituídos por promessas, compromissos e palavras de honra e
pela confiança que deve unir os Irmãos da Loja. A finalidade do novo ritual alemão é a busca
da verdade, a busca da Fraternidade e do humanismo.
Os Garantes (padrinhos dos iniciados), no Rito Schröder, são os parcialmente
responsáveis pelas instruções dos maçons iniciados e indicados por eles. Na Inglaterra
ocorre o mesmo: os Garantes ingleses são chamados de Mentores e são responsáveis pelos
seus indicados até após um ano depois de elevados a Mestres. São responsáveis pelos
metais e responsáveis parciais pelas instruções de A.M., C.M. e M.M.
No Brasil, o Rito de Schröder traduziu e adotou o ritual original usado na Loja
Absalom zu den Drei Nesseln, nº 1 (Absalão das Três Urtigas, nº 1), de Hamburgo.
5. Considerações finais:
Os rituais são muito ricos e extremamente eficientes quando se questiona o porquê
dos procedimentos. O Trabalho de Emulação e o Rito Schröder são, igualmente, ricos
e férteis em emular valores e virtudes. Há que se questionar o porquê de cada ação,
de cada símbolo e de cada palavra. Muitas vezes, não é imediato e fácil descobrir as
respostas. Há, também, aqueles que teorizam tentando responder questionamentos,
baseados no subjetivismo pessoal; são os que praticam o “achismo”. Há que se
estudar, ler, obter respostas confiáveis em boas fontes. Só assim, os rituais tornam-
se eficientes para o principal propósito: aprimorar o ser interior, praticar virtudes,
melhorar sua vida ou simbolicamente: construir seu templo interior. Por isso, existem
maçons.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Barnes, M. “Peter William Gilkes, a Prominent Teacher of Emulation”. Quatuor Coronati
Transactions, vol. 86, pp: 166-167, 1973.
- Deflem, M. “Ritual, anti-structure, and religion: a discussion of Victor Turner’s processual
symbolic analysis”. Journal for the Scientific Study of Religion, 30 (1): 1-25, 1991.
- Follet, K. “Os Pilares da Terra”. Rio de Janeiro, Rocco, 1992.
- Gaarder, J. & Hellern, V. & Notaker, H. “O Livro das Religiões”. São Paulo: Cia. Das
JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 25/34
Letras, 2005.
- Genz, P.V. “A Maçonaria Inglesa no Brasil”. São Paulo: Madras, 2013.
- GOB. ”Ritual – Cerimônias Aprovadas do Rito de York (Ritual de Emulação praticado
no GOB)”. Brasília, GOB, 2009
- Haywood, H.L. “Freemasonry and the Bible”. London: Collins Clear-Type Press, 1951
- Huxley, A. “A Filosofia Perene”. Cap. XXIV: “Ritual, Símbolo, Sacramento”, pp: 315 – 327,
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.
- Inman, H.F. “El Modo Emulación Explicado” (Emulation Work Explained). 3ª edición.
Londres: Gran Logia Unida de Inglaterra, 1943.
- Ismail, K. “O que é Rito e o que é Ritual”. JB News, nº 902, de 21.fev.2013. Reproduzido
em JB News, nº 1183, de 28.nov.2013.
- Johnson, P. “História do Cristianismo”. Rio de Janeiro: Imago ed., 2001.
- Lima, W. Celso de. “Rituais”, pp: 95-97. In: Lima, Walter Celso de. “Ensaios sobre
Filosofia e Cultura Maçônica. São Paulo: Ed. Madras, 2012.
- MRGLMERGS. “Ritual do Aprendiz Maçom segundo Friedrich Ludwig Schröder”.
Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2007.
- MRGLMERGS. “Ritual do Companheiro Maçom segundo Friedrich Ludwig Schröder”.
Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2007.
- MRGLMERGS. “Ritual do Mestre Maçom segundo Friedrich Ludwig Schröder”.
Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2007.
- MRGLMERGS. “Manual de Instruções do Rito Schröder - Grau de Aprendiz Maçom”.
Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2011.
- MRGLMERGS. “Manual de Instruções do Rito Schröder - Grau de Mestre Maçom”.
Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2011.
- Neves, J.F. “Ritualística, uma tradição a ser cultivada com orgulho”. JB News, nº 904, de
23.fev.2013.
- Oliynik, A. “Emulação”. (História, Ritualística e Rituais). Curitiba: ed. Vicentina, 2004.
- Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. História e Generalidades do Sistema de Trabalho
Maçônico baseado no Ritual de Emulação”. Sorocaba: Edição do Autor, 2010.
- Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Aprendiz Maçom”. Sorocaba: Edição do
Autor, 2011.
- Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Companheiro Maçom”. Sorocaba: Edição
do Autor, 2012.
- Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Mestre Maçom”. Sorocaba: Edição do
Autor, 2013.
- Pinto de Sá, J.P. “Os Rituais e a Liturgia”. JB News, nº 865, de 15.jan.2013.
- Redman, G. “Rito de York Atualizado” (Trabalho de Emulação e Aperfeiçoamento).
São Paulo: Madras, 2011.
- Ribeiro, J.G.C. “Ainda sobre o Rito Inglês”. Engenho & Arte, nº 13, pp: 19-23, 2004.
- Santos, P. “O Inexistente Rito de York junto ao Grande Oriente do Brasil”. JB News,
nº 1196, de 11.dez.2013.
- Silva Pires, J. “O Inominado Rito Inglês”. Engenho & Arte, nº 13, pp: 8-11, 2004.
- Spoladore, H. “Trabalho de Emulação (Working Emulation) – Ritual de Emulação
(Emulation Ritual)”. JB News 791, 26.out.2012.
-Tresner, J. “Ritual. Quem precisa dele?” JB News, nº 762, de 27.set.2012.
- Valsechi, A. “Porque e Como a Maçonaria Passou de Operativa para Especulativa”. Palestra
na ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4285 em 25.fev.2014 e publicada JB News, nº 1.274, de 26.fev.2014.
Δ
Conheça o Colégio de Estudos do Rito Schröder – Ir. Gouveia
Site do Colégio: www.colegioschroder.org.br
Rumo ao VIII Seminário Nacional do Rito Schröder - ao Or. de Recife – PE – em novembro de 2017!
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e
Fraternidade do Mercosul Ir
Hamilton Savi nr. 70
Florianópolis (só trabalha no
recesso maçônico)
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
Vem aí o IX Chuletão Templário.
O evento filantrópico Maçônico
Loja “Templários da Nova Era”
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MAÇONS FAMOSOS - WALT DISNEY
Do Ir Ricardo Vidal
projmaconariaoperativa@googlegroups.com;
em nome de Ricardo Vidal <richardo.vidal@gmail.com>
Walt Disney
É assim mesmo que se procede manos!
Duvidem de tudo o que escrevem acerca da Maçonaria, sobretudo de literatura publicada no
Brasil, pois é tal a quantidade de mentiras e empulhações que escritores desonestos (ou ignorantes)
espalham que às vezes até o pesquisador mais apurado escorrega e deixa-se tragar por elas.
Escreveu um irmão: "... além disso não há nenhum registro que Walt Disney tenha se filiado à nossa
Sublime Instituição, Mas há citação de que tenha frequentado a Ordem DeMolay."
Escreveu outro: "Apenas uma dúvida, fora os sites que são contra a Maçonaria e fazem questão de
dizer que o Walt Disney foi maçom do grau 33, em textos que visam denegrir a Ordem, nada mais
achei sobre o fato dele ter sido Maçom. De Molay com certeza sim... Podeis complementar ou dar-me a
indicação da conformação do fato?"
Seguem abaixo vários links de sites nos quais Disney figura como maçom. Se estão divulgando fatos
que não existem eu não sei, mas esteja a verdade onde ela estiver, a interpretação simbólica dos sete
anões foi minha e não de Disney. Eu apenas utilizei os anões que ele criou como gancho.
TFA
Ricardo Vidal
WALT DISNEY FREEMASON/FREIMAURER
Freimaurerwiki (um dos mais respeitáveis sites maçônicos da WEB)
freimaurer-wiki.de/index.php/Walt_Disney
Walt Disney - Presidential Medal of Freedom When he released Snow White and the Seven Dwarfs as
the first full length animated movie he changed the entertainment industry forever. Walt Disney was not
a Freemason but he was a member of the original Mother Chapter of the Order of DeMolay, Kansas
City, Missouri.
(não foi maçom, mas membro da Ordem De Molay)
www.despatch.cth.com.au/Misc/famous_2.htm
www.freemasonletter.com/walt-disney-and-the-freemasonry
It is well known that Walt Disney was a 33rd degree Mason and many people
(É bem conhecido o fato de que Walt Disney foi maçom do grau 33).
Disney and freemasonry - Cartoons
https://www.youtube.com/watch?v=tOW6cSXTqmA
Dr. Roland Müller - Respeitável membro da Loja Quatuor Coronati de Bayreuth
Maçons Famosos:
Pierre Itor: Eine Verschwörung für die Humanität. Berühmte und verfemte Freimaurer aus 13 Nationen.
Stäfa: Rothenhäusler 1987 (hat unter den Nobelpreisträgern Léon Jouhaux und Richard Coudenhove-
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Kalergi; ferner Abraham Lincoln und Thomas Jefferson, Diderot und D’Alembert, Boucher und Schlegel,
Dumas, Gounod und Jules Romains, Walt Disney. Behauptet, S. 60, der kubanische Freiheitsheld José
Maria Marti sei schweizerischer Abstammung; die Liste S. 67-69 stammt zum grossen Teil von Charles
von Bokor, 1980, 437-439, ergänzt mit u. a. Peter Burckhardt und L. Zamenhof)
www.muellerscience.com/ESOTERIK/Freimaurer_Beruehmte/Beruehmte_Freimaurer_Lit.htm
O SIMBOLISMO DA BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES
Ricardo Vidal
Como é de conhecimento geral, Walt Disney (1901-1966), fundador da famosa empresa “The Walt
Disney Company”, foi maçom e criador dos personagens "Branca de Neve e os sete anões".
A Rainha Madrasta com a qual Branca de Neve convive representa o mundo profano e a maldade
imperante que luta para arrebatar nossos corações. Alguns veneráveis guardam profunda semelhança
com essa soberana malvada.
Branca de Neve representa o maçom verdadeiro, que luta para escapar da malvada rainha e começar
um processo de evolução que o permitirá conhecer a si mesmo e reconhecer os sete pecados capitais
pelos quais a natureza humana tem inclinação. Esses pecados que alguns maçons consideram
virtudes simbolizam os sete anões:
1) Mestre representa a soberba, o desejo de obter altos galardões, medalhas, veneras e glória a
qualquer custo. Julga-se superior aos demais e crê que a humildade é uma falha humana desprezível.
2) Dunga representa a avareza, o desejo descomedido do homem de açambarcar riquezas materiais
sem se importar com o dano causado ao próximo. Desviar metais da Loja e achacar irmãos são atos
de inteligência, e generosidade é uma virtude que deve ser combatida a qualquer custo.
3) Atchim representa a luxúria e o apetite sexual desmedido, que faz o homem ser feliz e não um
escravo idiota. Por colocarem freios em impulsos libidinosos, não se deve poupar esforços no combate
ao autocontrole e a fidelidade conjugal. Enganar a mulher dizendo que vai para a Loja quando vai
encontrar-se com prostitutas é algo perfeitamente normal para o maçom que Atchim simboliza.
4) Zangado representa a raiva e a dificuldade de aceitar contrariedades. Simboliza também o ódio que
o incompetente sente por aqueles que possuem aptidões que ele não tem. Zangado simboliza o mau
maçom que vive em permanente estado de descontentamento. Para ele, paciência é uma virtude que
deve ser tratada com desprezo. Quando está se dirigindo para a Loja, seu rosto passa a impressão de
que está indo para um velório.
5) Feliz representa a gula; a avidez pela comida e pela bebida. Moderação no ágape é um defeito e
não uma qualidade. Come e bebe até ficar tonto e depois insinua em casa que a culpa por seu estado
indecente é da Maçonaria.
6) Dengoso ou Tímido representa a hipocrisia, a falsa humildade, e o rancor que alguns maçons que
se dizem "espiritualizados" alimentam secretamente no coração. Simboliza também o ódio dissimulado
que ele nutre por aqueles que pensam de modo diferente e desprezam suas convicções religiosas
tacanhas. Para passar aos outros a falsa imagem de homem caridoso e virtuoso — e também camuflar
a sua hipocrisia — ele distribui e faz alarde do lixo e das coisas sem valor que distribui aos pobres,
incluindo alimentos com prazo de validade vencido.
7) Soneca representa a preguiça e o desengano. São virtudes que vale a pena cultivar porque trabalhar
na Maçonaria é só para os trouxas.
O verdadeiro maçom deve morrer para o mundo mundano como fez Branca de Neve e desviar-se dos
caminhos escolhidos pelos sete anões para percorrer na Maçonaria. Vencer os sete pecados
simbolizados por eles permitirá que ele progrida na eterna busca pela verdade e contribua para a
regeneração do ser humano.
Ricardo Vidal
JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 30/34
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 31 de janeiro:
O Aprendiz
Maçonicamente, intitulava-se de Aprendiz aquele que pretendia ingressar nos
mistérios da construção.
Hoje, Aprendiz é a passagem pelo Primeiro Grau de um rito, sucedendo-lhe o
Companheiro para alcançar, finalmente, o Mestre.
Com falsa modéstia, há quem se intitule de "eterno Aprendiz" para demonstrar o seu
desejo de aprender mais e mais; no entanto, o aprendizado não passa de uma primeira
fase e, forçosamente, conduzirá ao companheirismo.
Na realidade, a vida nos ensina que constantemente estamos aprendendo alguma
coisa; o Companheiro aprende para ser Mestre, e esse, para desenvolver-se e alcançar
o misticismo, cumpre o que aprende.
O aprender é permanente; todo maçom deve conscientizar-se de que pouco sabe da
Arte Real e esforçar-se para adquirir conhecimentos, não como Aprendiz, mas como
quem aspira a um lugar mais elevado.
A Iniciação pertence ao Primeiro Grau, logo, o verdadeiro Iniciado é o Aprendiz; a
elevação e a exaltação são complementos iniciáticos, apenas aperfeiçoamentos.
Essa perfeição é que o maçom deve perseguir com pertinácia, e assim, obterá
resultados surpreendentes.
JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 31/34
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 50.
Tatuagem Maçônica
A mente do homem!
JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 32/34
Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
1 – Amazonas – A Serpente Mãe do Mundo:
amaru mayu - A serpente mãe do mundo.ppsx
2 – O Ébrio (1946)
O Ébrio - 1946.mp4
3 – Puerto Madero:
Puerto-Madero-Argentina.pps
4 – Carta Gastronômica do Alentejo:
carta-gastronomica-do-alentejo.pdf
5 – Itália (Sardaigne):
Italie_-_Sardaigne_-_Lia - vu.pps
6 – Santa Catarina:
Santa Catarina.mp4
7 – Filme do dia: “Um Estado de Liberdade” - dublado
https://www.youtube.com/watch?v=Zkts9TTLthU
JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 33/34
A PAGINA FICOU SOMBRIA
-escrever não basta – é preciso saber mágica com as palavras-
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 03 de julho de 2016.
Chegaste aqui com os dois pés emparelhados;
Pois a marca da igualdade trouxeste consigo;
Nenhum atrás, nenhum na frente, ladeados;
Fincado nas amizades, não conheceu inimigo.
Não é façanha fácil para a lida com redação;
É preciso mágica com as letras e com gente;
Sem distinção de eventos, mesmo em eleição;
Portou-se de forma justa e transparente.
Pelos méritos, deveria ficar um pouco mais;
Para maiores registros em seus anais;
Mas Deus sabidamente para você acena.
Vosso trabalho agora terá maior repercussão;
Maior qualidade, maior tiragem e circulação;
Em nome de Vinicius Azzolin Lena.
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  • 2. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 2/34 O JB News saúda os Irmãos leitores de Dourados -MS – Imagens fornecidas pelo Irmão João Batista Grecco Pelloso – (GOMS/COMAB) (Publique aqui a imagem de sua cidade: jbnews@floripa.com.br) Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.315 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 31 de janeiro de 2017 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrOsvaldo Pereira Rocha – Síntese Histórica da Inspeção do Trabalho Bloco 3-IrJosé Eduardo Souza – O Trabalho Maçônico e a Espiritualidade Bloco 4-IrPaulo Roberto – Sobre os Templos Bloco 5-IrKennyo Ismail – Entendendo o Salmo 133 Bloco 6-IrRui Jung – Coluna do Rito Schröder (de 31 de janeiro – nr. 37) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 31 de janeiro e versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 3/34 31 de janeiro  1542 — Descoberta das Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, pelo espanhol Dom Álvar Núñez Cabeza de Vaca.  1876 — Os índios são obrigados a mudarem-se para reservas indígenas, pelo governo dos Estados Unidos.  1891 — Revolta republicana no Porto, primeira tentativa de derrubar a monarquia.  1912 — Emancipação de Ijuí (Rio Grande do Sul, Brasil).  1917 — Os cientistas alemães Otto Hahn e Lise Meitner descobrem o protactínio, elemento radioativo.  1918 — A Alemanha realiza um ataque aéreo a Paris, soltando 14 mil bombas sobre a cidade.  1927 — Fim do controle militar interaliado na Alemanha.  1929 — Leon Trótski é expulso da Rússia, no seguimento das lutas pelo poder, após morte de Lenin.  1938 — Constitui-se oficialmente, em Burgos, o governo presidido pelo general Franco, que substitui a Junta Técnica do Estado, iniciando quarenta anos de ditadura na Espanha.  1943 — Segunda Guerra Mundial: As forças militares alemãs, cercadas em Stalingrado, rendem-se ao exército soviético.  1944 — Segunda Guerra Mundial: Tropas norte-americanas desembarcam em Kwajalein Atoll e noutras ilhas das Ilhas Marshall, defendidas pelas forças japonesas.  1946 — Constituição da Iugoslávia, nos mesmos moldes da União Soviética, integrada por seis repúblicas (Bósnia e Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Sérvia).  1949  Guerra Civil Chinesa: as forças comunistas entram em Pequim, sem confrontos violentos com o Kuomintang (nacionalistas).  O Papa Pio XII anuncia, em uma audiência pública, o descobrimento da tumba de São Pedro.  1950 — O presidente americano Harry S. Truman anuncia o programa para o desenvolvimento da Bomba de Hidrogênio. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 31º dia do Calendário Gregoriano. Faltam 334 dias para terminar o ano de 2017 - Lua Nova – É o 128º ano da Proclamçaõ da República; 195º da Independência do Brasil e 517º ano do Descobrimento do Brasil Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 4/34  1951 — Posse do presidente Getúlio Vargas, em 2º mandato, no Brasil.  1953 — Cheias nos Países Baixos causam cerca de 1.800 mortes.  1956 — Posse do presidente Juscelino Kubitschek no Brasil, assegurada pelo Movimento de 11 de Novembro.  1958 — Os Estados Unidos lançam seu primeiro satélite, o Explorer I.  1959 — Emancipação de Santa Bárbara do Sul.  1961 — Posse do presidente Jânio Quadros no Brasil.  1968 — Independência de Nauru.  1971  Projeto Apollo: Astronautas da Apollo 14 decolam para uma missão na lua.  Vários anos depois de interrupção, as ligações telefônicas entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental são restabelecidas.  1980 — A Rainha Juliana dos Países Baixos abdica da coroa em favor de sua filha Beatriz.  1986 — Começam a funcionar os pregões da Bolsa de Mercadorias e Futuros, a BM&F.  1990 — Inaugurado o primeiro McDonald's em Moscou, na Rússia.  1996 — Um atentado suicida da guerrilha em Colombo, capital do Sri Lanka, deixa pelo menos 200 mortos e 1400 feridos.  1999 — SOS: a Rádio Melbourne enviou a última transmissão deste sinal do Código Morse, que foi extinto.  2000 — O médico britânico Harold Shipman é condenado à prisão perpétua pela morte de 250 pacientes, entre a década de 1970 e o final da década de 1990. 1754 Aviso desta data, da Coroa Portuguesa, ordenou ao governador da capitania de Santa Catarina, José de Melo Manuel, que fizesse embarcar para a Corte todos os jesuítas aqui residentes. 1867 Inaugurada, nesta data, a linha telegráfica entre a capital da Província e Itajaí. 1894 Decreto nº 1677, do marechal Floriano Peixoto, prorrogou o estado de sítio no Distrito Federal e estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com prazo até 25 de fevereiro, tendo em vista a Revolução Federalista. 1910 Morre, no Rio de Janeiro, o poeta e médico catarinense Luiz Delfino dos Santos. 1951 Assume o governo do Estado de Santa Catarina Irineu Bornhausen sucedendo a Aderbal Ramos da Silva. 1955 Inaugurada em Florianópolis, a emissora Rádio Diário da Manha. 1956 Assume o governo do Estado de Santa Catarina Jorge Lacerda, sucedendo a Irineu Bornhausen. 1961 Assume o governo do Estado de Santa Catarina Celso Ramos, sucedendo a Heriberto Hulse. 1966 Assume o governo do Estado de Santa Catarina Ivo Silveira, sucedendo a Celso Ramos. 1961 Assume a presidência do Brasil o Ir Jânio da Silva Quadros. 1998 Fundação da Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” hoje “ Loja Especial União e Fraternidade do Mercosul Hamilton Savi, nr. 70 - (GOSC) Florianópolis. Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 5/34 Contatos: Ir Darci Rocco (Loja Templários da Nova Era) nos telefones (48) 3233-5069 – 9 9943 1571 Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica. Marina’s Palace Hotel Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271 Irmão tem desconto especial. Aproveite a temporada.
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 6/34 Osvaldo Pereira Rocha* Grão-Mestre “Ad Vitam” do GOAM. Colaborador do JB News - Registro DRT/MA 53. São Luiz - MA E-mail rocha.osvaldo@uol.com.br site www.osvaldopereirarocha.com.br SÍNTESE HISTÓRICA DA INSPEÇÃO DO TRABALHO A edição do Decreto nº 1 313, de 17 de janeiro de 1891, marca o início da Inspeção do Trabalho no Brasil. Em seu artigo 1º o Decreto instituiu a fiscalização de todas as fábricas em que trabalhassem menores. Os Inspetores do Trabalho, àquela época, eram subordinados ao Ministério de Interior. Esta foi a primeira iniciativa do governo brasileiro de fiscalizar as relações do trabalho. A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT entrou em vigor por meio do Decreto nº 5 452, de 1º de maio de 1943, com a consolidação dos direitos dos trabalhadores em um só documento, detalhado e abrangente. A Categoria Funcional inicialmente de Inspetor do Trabalho, passou para a de Fiscal do Trabalho e, atualmente, é a de Auditor-Fiscal do Trabalho, categoria esta que tem o seu dia sido legalmente instituído em 28 de janeiro. A repartição pública federal, que abriga esses servidores era a Delegacia Regional do Trabalho anteriormente e, hoje, é a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, com sede nas capitais dos Estados – membros da República Federativa do Brasil. Esses servidores são os executores das ações fiscais do trabalho, com vista ao cumprimento da proteção do trabalho e da segurança e medicina do trabalho, inclusive à legislação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS. “importante relatar que neste ano de 2017 o Brasil completa 22 anos de combate ao trabalho escravo. Desde 1 995, quando o governo brasileiro reconheceu essa violação de direitos humanos no país, através do “Caso Zé Pereira”, no sul do Pará, mais de 50 mil trabalhadores fora resgatados de condições degradantes de trabalho, submetidos a jornadas penosa e abusivas. Até 2013, o trabalho escravo em flagrante principalmente em atividades econômicas rurais, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, de soja e de algodão. A partir de 2014 a violação se deu preponderantemente na zona urbana em setores como a construção civil e têxtil”. 2 – Síntese Histórica da Inspeção do Trabalho Osvaldo Pereira Rocha
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 7/34 “A definição de trabalho escravo contemporâneo está prevista no artigo 149 do Código Penal. São quatro as condutas que caracterizam a redução do trabalhador à condição análoga a de escravo, ou seja, trabalho forçado; servidão por dívida; jornadas exaustivas e condições degradantes. É importante destacar que não é preciso que as quatro práticas coexistam para a configuração do crime, sendo suficiente para tanto a constatação de uma das condutas mencionadas”. Trabalho Escravo: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violência física ou psicológica. Jornada Exaustiva: expediente que vai além das horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida familiar e social. Servidão por Dívidas: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo. Condições Degradantes: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade, tais como: Alojamento Precário; Falta de Assistência Médica; Péssima Alimentação; Falta de Saneamento Básico e Água Potável e Maus Tratos e Violência. (Colaboração da SRTE no Maranhão).
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 8/34 IrJosé Eduardo Sousa, M:.M:. R:.L:. Alengarbe (G:.L:.L:.P:.), Albufeira, Portugal O Trabalho Maçónico e a Espiritualidade Uma Loja maçónica, que pode simbolizar o mundo, o universo em que vivemos, é uma plataforma que permite o crescimento do maçon, o seu desenvolvimento espiritual assim como a sua elevação ética e moral. Uma plataforma, que quando utilizada de forma correcta, de coração aberto e em verdade, permite ao indivíduo aperfeiçoar-se e crescer, em suma, tornar-se um homem melhor e mais apto, livremente responsável, que, partilhando um desígnio com os Irmãos, se aperfeiçoa e aperfeiçoa o meio onde se insere, á sua dimensão. O trabalho maçónico, para mim, claro está, tem como objectivo tornar o mundo melhor. Isto parece um objectivo vago e inalcançável, que tudo permite dizer e nada diz. Porém, é minha convicção que é mesmo isto que fazemos todos os dias. Uma L.’. maçónica tem por obrigação ser uma escol dos melhores de uma comunidade, mais capazes e mais aptos a fazer esse mesmo trabalho, o de potenciar o cumprimento dos homens, desbastando a pedra em bruto, aperfeiçoando-se e realizando-se na sua plenitude, contribuindo então para deixar o Mundo um sitio melhor do que era quando cá chegámos. Um primado da Razão e da Filosofia, da bondade Moral e Justeza das acções. Com os pés no chão, com a certeza de que não resolveremos os problemas todos, nem mesmo muitos ou alguns, apenas aqueles que conseguirmos depois de a isso nos dispormos. Esse trabalho faz-se mudando os homens, que através do crescimento espiritual e cultural, vão, a pouco e pouco, alterando a sua forma de interagir com a comunidade onde se inserem. Crescendo e aperfeiçoando-se, o maçon muda para melhor, estou em crer, mesmo que inconscientemente, o mundo que o rodeia. Do somatório puro e simples do aperfeiçoamento dos maçons, observamos uma transformação na sociedade, quer tenhamos ou não disso noção. Um processo que se apresenta como profundamente individual assume então a sua generosidade. O trabalho do maçon é aperfeiçoar-se em L.’.. E como é que isso acontece? Esse é o trabalho da L.’., há luz dos códigos de elevação moral e espiritual, onde o Ritual assume um papel preponderante, tornar homens bons melhores, dispostos a preparar o futuro e construir o presente á luz dos ideais maçónicos. Para isso deve ter a L.’. um critério rigoroso de escolha dos seus candidatos, sob pena de se transformar num clube de amigos que transferimos do mundo profano, desprovido de sentido. Os candidatos devem ser convidados á luz das características dos seus talentos, para que possam ser uma mais valia para o trabalho que está na génese da Maçonaria e é a sua razão de existir. E porque talentos per si não valem nada, é aqui que os potenciamos e aprendemos 3 – O Trabalho Maçônico e a Espiritualidade José Eduardo Souza
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 9/34 que o que conta é o que com eles realizamos, á luz de um código de moralidade e de valores que escolhemos livremente e em consciência para nós. Estes homens que descrevo têm de ser capazes de conceber o Divino; o Indizível; de sonhar; de terem visão; de terem a Força, a Sabedoria e o desprendimento de se entregar a projectos aparentemente impossíveis, utópicos e belos; têm de conceber a fraternidade leal fruto da partilha do Desígnio. Porque é disso que falamos, de uma escol de Cavaleiros, que foram Cavaleiros da Terra, depois Cavaleiros do Mar e hoje Cavaleiros do Mundo. Essa dimensão espiritual é a sua característica mais importante. Que passo a explicar como se me apresenta hoje. Entendo que a espiritualidade é uma dimensão indissociável da condição humana, mais do que o bem exclusivo de Igrejas, Religiões ou Escolas de pensamento. Na prática, fala-se de Espiritualidade para a parte da vida psíquica, fruto da inteligência humana, que nos parece mais elevada: aquela que nos confronta com Deus ou com o absoluto, com o infinito ou com o todo, com o sentido da vida ou a falta dele, com o tempo ou com a eternidade, com a oração ou o mistério. Temos a felicidade de ter na nossa Ordem homens de religiões reveladas diferentes, de escolas de pensamento diferentes, sem opção por nenhuma das religiões reveladas, sem se reconhecerem em nenhuma escola de pensamento, homens de profundo esoterismo e outros que nem por isso. Não temos porém nenhum despojado da assunção da sua espiritualidade. O respeito por essas opções é a nossa riqueza, a base para a geração da harmonia. Isto exige uma reflexão profunda do que é a tolerância maçónica, sempre á Luz de um ideal maior que todas as religiões e escolas de pensamento. Porque a Maçonaria está num patamar diferente. Não se preocupa com a forma como cada um vive a sua espiritualidade nem ambiciona ter voto nessa matéria. A preocupação da Maçonaria é o Individuo e depois o Mundo, onde vivem os homens hoje e os de amanhã, a sua preocupação última é a vida dos homens na Terra, e não oferecer salvação ou condicionar a sua existência á salvação eterna. Para isso existem outras sedes, cujo sucesso e eficácia jamais se poderá questionar ou até medir. A espiritualidade que aqui tratamos remete-se para a relação do homem com o divino em vida, aqui na Terra e como essa relação pode condicionar as suas acções com vista ao cumprimento de um ideal ou Desígnio. E como os seus obreiros são homens plenos em todas as suas dimensões, a Maçonaria não se demite de aprofundar a relação dos homens com o divino, lutando para que isso os una e jamais os divida, porque a Maçonaria quer libertar os homens das grilhetas profanas e levar esses mesmos homens a realizar a sua dimensão espiritual em total liberdade e no pleno respeito pelas crenças alheias. O que nos une será o sentir o Universo, o Todo, que nos contem e nos transporta, uma presença universal…Será possível uma espiritualidade universal? É minha convicção profunda que sim, mais do que uma espiritualidade clerical e redutora ou do que uma laicidade desprovida de espiritualidade! Uma espiritualidade universal… Será uma “espiritualidade da imanência, mais do que da transcendência, da meditação mais do que da oração, da unidade mais do que do encontro, da lealdade mais do que da fé, do amor mais do que da esperança, e que será igualmente motivadora de uma mística, ou seja, de uma experiência da eternidade, da plenitude, da simplicidade, da unidade, do silêncio…”. É a essa espiritualidade universal que ouso chamar Espiritualidade Maçónica. Mas antes de a procurar definir, poderei por ventura afirmar que é apenas no trabalho maçónico que ela poderá
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 10/34 ser verdadeiramente aprofundada. Não um conceito que se aprenda nos livros, tem de se sentir e de se viver, fruto de um percurso iniciático. No entanto, a Maçonaria não revela nenhuma verdade superior nem dá respostas cabais ás questões que atormentam a nossa dimensão espiritual. Pelo contrário, convida os II.’. a procurarem saber quem são, conhecerem-se a si mesmos, com o intuito de se cumprirem, o que é profundamente diferente, colocando-os na via dessa procura e dessa realização, situando-se aqui o verdadeiro significado da iniciação, o primeiro passo de um caminho a percorrer e trabalho para fazer na construção do nosso templo interior. Assim, a tolerância apresenta-se como uma das principais virtudes da Maçonaria e do maçon. Trata-se de uma atitude interior que repousa no respeito pela individualidade espiritual do candidato, pela liberdade de pensamento e pelo percurso intelectual e espiritual que cada maçon depois de iniciado escolhe para si. É neste pressuposto que assenta a minha afirmação de que a Espiritualidade Maçónica é uma Espiritualidade Livre: ao sugerir um caminho individual para a relação com o divino, constrói também um percurso libertador, é um processo livre. Para isso ser possível, precisa no seu seio de homens diferentes dos demais. O nosso trabalho hoje ao escolher esses homens, é com a convicção plena de que hoje se podem encontrar em qualquer proveniência, podem ter estado ao nosso lado toda a vida, serem os nossos amigos de infância, familiares ou colegas de profissão, como podem estar por detrás de um e-mail manhoso sem rosto. Temos é de estar certos de que estão á altura do desafio, é de critério que vos falo, não de forma de ingresso nem de sede de relação. Porque é lógico que apenas podemos indicar homens que conhecemos minimamente e por isso têm de vir das nossas relações pessoais, todos temos porém pessoas de quem gostamos muito que sabemos não terem os requisitos mínimos para poderem ser iniciados, por mais que de disso gostássemos, fosse porque razão fosse. O critério é tudo. É tudo porque a eles vão ser exigidos sacrifícios, de tempo para dedicar ao trabalho, para comparecer ás sessões, para se despojarem de títulos e posições, para se disporem a aprender, a aceitar criticas quando para isso não estão preparados e cuja propriedade da origem questionam, a aguentar ouvir aquilo que não entendem sem julgar, a sentir que fazem parte de algo maior e viver com essa avassaladora responsabilidade sem ser esmagado, quando finalmente se torna clara a missão a que se propuseram. Por mais capaz que qualquer um seja, tem um percurso a fazer, para poder identificar ferramentas, e então dedicar-se ao trabalho. Uma L.’. maçónica é uma elite dentro de uma comunidade, coisa que facilmente assumimos sem complexos nem soberba. Entre nós deverão estar os mais capazes nas suas áreas de intervenção, que podem ser profissionais ou não, têm apenas de ser úteis ao projecto, estar dispostos a aprender e a ensinar partilhando. Ser maçon é uma vivência, uma forma de estar na vida e perante a vida, onde a Honra, a Ética Moral, o sentido de missão, o espírito cavaleiresco das suas acções, fruto da Responsabilidade de se ser e sentir Diferente, assumem um aspecto fundamental. Não somos com certeza homens plenos de virtudes, todos temos as nossas arestas para desbastar. E este é o local para o fazer, a L.’., depois de responder ao chamamento e livremente bater á porta do Templo, para servir o Desígnio. Com a orientação de todos os obreiros, tornar ferramentas capazes em ferramentas melhores. Porque somos ferramentas de trabalho, somos os que cumprem e efectivam o Desígnio, como outros o fizeram antes de nós.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 11/34 Os desígnios dignos desse nome sempre tiveram um cunho marcadamente iniciático, porque não se prendem com objectivos de pedra, betão ou madeira, mas com a realização dos sonhos, sendo perpetuados no tempo indefinidos enquanto matéria, mas muito claros quando conceptualizados por homens que se dispuseram a um processo de transformação e crescimento como o nosso, essa ideia indizível transmite-se pela iniciação, pelos rituais, pela via iniciática. E para isso, a dimensão espiritual do homem têm de ser a sua consciência maior, aquilo que lhe rege as acções e circunscreve as paixões e os sonhos á luz das suas capacidades e talentos. E neste trabalho não há espaço para paternalismos com os menos capazes e aptos, para soberbas profanas ou para alimentar egos com comendas. Não se faz parte da Maçonaria, não se pertence á Maçonaria, é-se maçon. Da sua relação com a L.’. e da sua condição de maçon só o individuo pode ser responsável, se não se sente capaz ou a tarefa assusta, mais vale arrepiar caminho. Sem jamais hipotecar a solidariedade inerente á fraternidade leal, todos temos momentos menos bons e felizes e para isso cá estamos todos e nessa altura dizemos presente. Não estamos é aqui para tomar conta de ninguém, proporcionar benefícios ou oferecer a salvação, estamos aqui para trabalhar, o nosso tempo é curto e o trabalho imenso. Para que nos cumpramos á luz do que aqui nos trouxe, temos de ser objectivos, sob pena de se esvaziar o sentido da Ordem Maçónica e o trabalho ficar por fazer, comprometendo o Desígnio. Reconhecendo os méritos e as virtudes dos nossos II.’., não potenciando e exacerbando os seus defeitos, que desses não precisamos, usando o fole com cautela na forja para que a ferramenta que lá se aperfeiçoa não enfraqueça por falta de atenção ou derreta por excesso dela. Desbastando a pedra em bruto, com a lealdade que a critica exige, com a fraternidade que o sacrifício cultiva, com a generosidade a que partilhar o desígnio não é alheia, com o reconhecimento da força e inteligência para o fazer cumprir. Dessa partilha nasce a riqueza da Irmandade, do respeito pelo trabalho e pela forma como é executado. Não sendo santos nem isentos de virtude, temos todos consciência do Desígnio. Assumamos o objectivo que aqui nos trouxe e não deixemos que nada perturbe a caminhada para a realização desse mesmo Desígnio, que não assume forma material, mas é apenas uma ideia que todos partilhamos… Uma ideia de Homem e de Mundo.
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 12/34 Ir. Paulo Roberto - MI da Loja Pitágoras nr. 15 Grande Secretário Adjunto Guarda-Selos da GLSC e Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras Escreve aos sábados neste espaço. prp.ephraim58@gmail.com.br Paulo Roberto Sobre os Templos... A Arquitetura e os Templos O sentimento religioso foi evoluindo progressivamente buscando a sublimação espiritual, à medida que o homem tornava-se civilizado. Quando surgiu a arquitetura, com a construção dos primeiros templos de pedra, ela se tornou sagrada e constituiu-se em um privilégio sacerdotal. Os sábios hindus, segundo Spencer, consideravam a Arquitetura como algo sagrado e os sacerdotes budistas proibiam ao povo de construir as suas moradias com outro material que não fosse terra cozida ao sol (o passo inicial das olarias), pois a pedra tinha sido reservada por eles para a construção dos templos. Os babilônios construíam templos que eram verdadeiros palácios, inaugurando a sua construção com ritos solenes, nos quais, solicitavam prosperidade aos deuses. Desde Heródoto, todos os autores são unânimes em afirmar que os egípcios foram o primeiro povo a construir altares, estátuas e templos. Mas os templos e os túmulos dos reis eram erigidos conforme os planos dos sacerdotes, pois, tratando-se de assuntos considerados sagrados, havia para eles medidas e números sagrados. Um comentarista bíblico, que Mackey cita denominando-o “o douto Montfaucon”, diz em sua obra “Antiquities” que não parece ter havido, entre os hebreus nenhum Templo no tempo de Moisés “por não serem mencionados por ele, embora tivesse muitas oportunidades para fazê- lo”. Era de fato opinião corrente em seu tempo que os livros constituintes do Pentateuco fossem escritos por Moisés. Esta opinião foi, entretanto, invalidada pela crítica histórica moderna. De qualquer maneira, esta autoridade bíblica nos garante não haver referência a respeito de templos, na época em que se supõe ter vivido Moisés. Diz, entretanto, Mackey em “Symbolism of Freemasonry” : 4 – Sobre os Templos - Paulo Roberto
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 13/34 “A primeira alusão sobre o assunto na Escritura é o Tabernáculo, que era, de fato, um templo móvel, contendo um lugar dentro dele mais sagrado e secreto que os outros, chamado o Santo dos Santos, a que corresponde o Adytum nos templos pagãos. O primeiro templo pagão mencionado na Escritura é o de Dagon, o deus dos Filisteus. Tendo os gregos recebido muitas coisas dos fenícios, é de se supor terem aprendido deles a arte de construir templos; e é certo que os romanos receberam dos gregos tanto o culto dos deuses como a construção de templos.” A etimologia da palavra Templo Para designar um templo, os hebreus empregavam o termo beth que significava, literalmente, uma casa, uma residência. Tirava a sua origem de uma palavra cujo sentido era “permanecer ou passar a noite”. Também usavam a palavra hekhal, do sumério e-gal exprimindo casa grande, palácio. A origem deste último termo é uma palavra obsoleta significando “suntuoso”, segundo Mackey, que continua, em “Encyclopaedia of Freemasonry”, no artigo Temple : “Isto dá a entender que (os hebreus) tinham duas ideias com referência a um templo. Quando o chamavam beth Jehovah, ou a “casa de Jehovah”, referiam-se à contínua presença de Deus nele; e quando o chamavam hekhal Jehovah, ou o “palácio de Jehovah”, reportavam-se ao esplendor do edifício que foi escolhido para a sua residência.” Mas a palavra templo é de origem latina. Os romanos, no princípio, davam o nome de templum à parte do horizonte delimitada com o lituus (báculo), que os áugures (sacerdotes da Roma Antiga que prediziam o futuro através da observação do voo das aves, do seu canto e das suas entranhas) escolhiam para contemplar o céu e tirar presságios dos sinais observados. Posteriormente, este nome foi aplicado a pequenas capelas construídas sobre lugares elevados e, finalmente, a todos os edifícios religiosos. A palavra, na sua origem, define um recinto sagrado no qual os áugures observavam os presságios. Varro definiu o templo como “o lugar dos áugures e dos arúspices (sacerdotes da Roma Antiga que usavam os hábitos dos animais para tirar presságios)”. Supõe-se que os áugures, para a sua própria conveniência, erigissem uma tenda dentro do recinto onde faziam as suas observações, ou melhor, dito as suas contemplações. Este foi o motivo pelo qual os gregos, assim como, os romanos, estabeleceram edifícios permanentes como os dos egípcios e dos hebreus. A palavra “especulativo”, tão significativa e importante no vocabulário maçônico, tiraria a sua origem, segundo Mackey, do termo latino speculor, que significa observar, olhar em volta. Diz ele: “Quando o áugure, estando dentro do recinto sagrado do seu templo aberto na colina do Capitólio, vigia o voo dos pássaros, do qual deduz os seus auspícios de boa ou má fortuna, diz-se speculari, especular. Assim, a palavra vem, em seu final, indicar algo semelhante a contemplar do templo, uma investigação das coisas tidas como sagradas, e assim trouxemos dentro da nossa linguagem técnica o título de “Maçonaria Especulativa”, para distingui-la por seus desígnios religiosos da “Maçonaria Operativa” ou “Maçonaria Prática” que é dedicada mais a objetivos materializados.”
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 14/34 Ir Kennyo Ismail kennyoismail@hotmail.com Fonte: www.noesquadro.com.br ENTENDENDO O SALMO 133 Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”. Infinitas são as interpretações apresentadas na literatura maçônica sobre o Salmo 133 e não ouso aqui tentar citar alguns exemplos, pois não saberia por onde começar. Em primeiro lugar, há que se registrar que essa não é a leitura original de Aprendiz no REAA, que adotava “João 1:1-5″ e, geralmente, apenas em iniciações. Passou-se a adotar o Salmo 133 no Brasil após 1927, e de forma mais predominante entre as décadas de 40 e 50, por influência da Maçonaria Americana (GLs) e Inglesa (GOB). Por sinal, a passagem de João tinha mais relação com o Grau de Aprendiz do que tem o Salmo 133, pois trata de trevas e luz. Para compreender o real significado do Salmo, deve-se conhecer os elementos que o compõe:  DAVI: Tem-se o Rei Davi como autor do Salmo 133. O Rei Davi era tido como o grande cantor dos cânticos de Israel e autor de vários Salmos.  ÓLEO: o óleo era utilizado na cerimônia de unção dos Reis e Sumos Sacerdotes. Esses eram ungidos com um óleo especial, o qual era derramado sobre suas cabeças, e dessa forma, eram considerados “purificados” e “sagrados” para exercer suas funções.  HERMON: montanha considerada sagrada pelos judeus e chamada pelos árabes de “montanha nevada”. Localizada ao norte de Israel, marca a divisão geográfica entre Israel, Líbano e Síria. Pela sua altitude (mais de 2.800 metros), seu cume está sempre 5 – Entendendo o Salmo 133 Kennyo Ismail
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 15/34 coberto de neve, o que gera um orvalho que literalmente “rega” toda a região ao seu redor, sendo por isso a região mais fértil de Israel.  MONTES DE SIÃO: ao contrário do que alguns possam pensar, Sião não é Hermon. Ambos os pontos são extremidades de Israel, sendo Hermon a extremidade Norte e Sião a extremidade Sul. Sião foi o local escolhido pelos judeus para servir de sede, sendo a região onde se encontra Jerusalém (daí a origem do termo “sionista”). Após Sião, o que se vê é o deserto.  AARÃO: irmão mais velho de Moisés e primeiro Sumo Sacerdote de Israel, através do qual se originou a linhagem de Sumos Sacerdotes. Aarão era o porta-voz de Moisés (que possuía problemas de dicção, provavelmente gago ou fanho), e servia de Orador dos judeus junto ao Faraó. Na tradição judaica, Aarão participou do episódio do bezerro de ouro, porém, na tradição árabe ele não teve tal participação. Conhecendo os elementos, pode-se compreender melhor a mensagem: Os Irmãos que Davi se refere são, provavelmente, o povo de Israel, divididos em suas tribos e espalhados entre Hermon e Sião (limites de Israel), mas todos vivendo em união. Davi relembra então a unção de Aarão como o primeiro Sumo Sacerdote de Israel, momento que selou o compromisso entre o povo de Israel e seu Deus. Dali nasceu a nação que Davi representava e defendia. O óleo precioso que ungiu Aarão foi derramado em sua cabeça e desceu pela sua barba, espalhando-se para as extremidades de sua roupa. Tal unção, que abençoava Israel, podia ser vista também em sua terra: a neve do cume de Hermon transforma-se em orvalho, que desce o monte e se transforma em um ribeirão, Banias, o qual desagua no Rio Jordão, esse que liga Hermon até a outra extremidade de Israel, os Montes de Sião, antes de desaguar no Mar Morto. Todas as tribos de Israel estavam espalhadas de Hermon a Sião, sempre próximos às margens do Rio Jordão. “Jordão” significa exatamente isso, “que desce”. O Rio Jordão, alimentado pelo orvalho de Hermon, desce até a extremidade sul de Israel, Sião, distribuindo suas bênçãos, assim como o óleo precioso que desce da cabeça de Aarão até a orla de suas vestes. Por fim, Davi afirma que, Sião (Jerusalém) é “ungido” pelas águas que vem de Hermon porque foi o lugar escolhido por Deus para que o povo judeu habite eternamente conforme suas bênçãos. Com esse Salmo, Davi disse ao seu povo que eles deviam permanecer unidos e obedientes às ordens vindas de Sião, pois essa era a vontade de Deus desde a unção de Aarão, comprovada pela benção da água, que sai do alto de um monte e percorre 190Km de distância, derramando bênçãos por onde passa, até chegar a Sião. É muito claro o motivo das palavras de Davi: ele era apenas o segundo rei de Israel, uma nação recente, ainda desestruturada, com muitas dificuldades, dividida em muitas tribos e sujeita a muitas ameaças. Ele precisava manter um discurso de unidade e esperança. Mas pelo jeito, os ritualistas ingleses, e em seguida os americanos, desconsideraram esse contexto histórico e adotaram o Salmo 133 por conta das palavras “irmãos” e “união”.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 16/34 37ª Coluna do Rito Schröder – 31 de janeiro de 2017 O Rito Schröder, composto pelos Rituais das Lojas de Aprendiz (com a Loja de Mesa e a Loja de Funeral), Companheiro e Mestre Maçom, é um Sistema de Ensino maçônico adotado a partir de 29 de junho de 1801 por algumas das mais antigas Lojas na Alemanha e, conforme o prefácio do Ritual de 1960 da Loja ABSALOM: “... até em continentes distantes, onde maçons de origem germânica operam de acordo com o Rito de Schröder... (que) ocupa uma posição de destaque entre os ritos maçônicos por sua concordância com o Rito da Grande Loja-Mãe, da Inglaterra (Londres, 1717), na eliminação de todos os aditamentos inseridos no final do Século XVIII, no espírito de puro humanismo, presente em seu cerimonial e no brilho da linguagem clássica do Alemão”. No último dia de cada mês o JB News apresenta aos seus leitores esta coluna sob a coordenação do Ven. Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - Ao Or. de Porto Alegre – GLMERGS, e membro do Colegiado Diretor do “Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia”. Caros Irmãos, nesta coluna mensal apresentamos o texto da palestra do Venerável Ir. Walter Celso de Lima – Mano Lima de SC – um dos mais elogiados palestrantes do VII Seminário Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser, realizado em 11 e 12 de novembro de 2016 ao Or. de Porto Alegre – RS. Boa leitura e até a nossa 38ª Coluna em fevereiro de 2017! 6 – Coluna do Rito Schröder (de 31 de janeiro – nr. 37ª) Rui Jung Neto
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 17/34 Rituais Maçônicos. Para que? Por que? Suas origens (no Rito Schröder e no Trabalho de Emulação) Ir. Walter Celso de Lima ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4285, Florianópolis Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras 1. Rito: A palavra “rito” tem sua origem na língua latina; ritus, -us que significa cerimônia. Rito é um conjunto de rituais. Ritual é uma sucessão de palavras, gestos e atos que, de maneira repetitiva, compõe uma cerimônia completa. O rito pode ser religioso ou não. Ritual é, então, a execução de uma cerimônia, o experimentar de sensações, a motivação de valores, a vivência de uma cerimônia. Um rito, por exemplo, o Rito Schröder é composto por três rituais originais: ritual do 1º Grau, incluídos o de Iniciação e os cerimoniais da Loja de Mesa e da Loja de Funeral; o ritual de 2º Grau, incluído o de Promoção; o de 3º Grau, incluído o de Elevação. Acrescente-se a esses rituais originais os de Confirmação de Garante de Amizade, Cerimonial de Festa das Cunhadas, Cerimonial de Entrada e Saída do Pavilhão Nacional, Sessão Pública Especial, Adoção de Lowtons, Confirmação de Casamento, Lançamento da Pedra Fundamental e Sagração do Templo, que são os da Potência ao qual a Loja for filiada. No Rito Schröder e no Trabalho de Emulação não existem rituais de graus mais elevados. Na Maçonaria britânica existem graus laterais ou adicionais os quais não pertencem ao Trabalho de Emulação, mas são corpos maçônicos próprios. Para comparação: o Trabalho de Emulação não é um rito, pois seus rituais são apenas: Abertura e Fechamento da Loja, Iniciação, Passagem, Elevação e Ritual de Instalação. O ritual é, pois, um conjunto de atividades organizadas, no qual, as pessoas que o executam se expressam por meio de gestos, de símbolos, de linguagem (também, do silêncio) e de comportamentos, de atos, que transmitem um sentido coerente com um objetivo definido. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é qualquer atividade organizada que constitui um rito.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 18/34 Os ritos podem ser jurídicos, militares, morais, familiares, religiosos, diplomáticos, maçônicos, etc. São empregados sempre que se pretende impor uma determinada ordem a ser seguida, uma determinada regra, uma diretriz e, por força de lei, ou por costume, tradição ou, ainda, por consenso; deve ser seguido, sob pena de infringir o sentido, o intrínseco, que ele pretende simbolizar. A vida é repleta de ritos que são seguidos até sem se perceber, de tão arraigados que estão no viver. Efetivamente, vive-se e respira-se ritos diuturnamente. Exemplos: ao se apertar a mão, em um cumprimento, está-se executando um rito que, no passado, simbolizava: “ao apertar sua mão ocupo-a tal que me é impossível, também, desembainhar uma espada contra você”. Vale dizer: “sou amigo, não sou agressivo”. Ninguém, hoje pensa em espadas, ao apertar uma mão. O beijo é outro rito: demonstração de afeto, carinho. Simboliza: “ao pressionar meus lábios estou transferindo e usufruindo um sopro de vida a você”. Quando você beija sua esposa não pensa em transferir um sopro a ela. Liturgia (λειτουργία, "serviço público" ou "trabalho público") é modernamente, a celebração de um ritual formal e elaborado. A liturgia pode ser religiosa ou não. Embora o Rito de Schröder tenha abolido todo ocultismo e misticismo num sentido lato, a Maçonaria universal engloba algo de místico e esotérico, no sentido explicado em seguida. Místico (μυστικός, "relativo aos mistérios"), significava, originalmente, a crença que admite a comunicação do homem com Deus. Hoje, no sentido maçônico, místico é um iniciado que alcançou (ou que detém) um segredo importante. A palavra, entretanto, tem sido usada para todos os tipos de conhecimento esotérico (religioso ou não), isto é, conhecimento não susceptível de verificação, destinado a uns poucos iniciados. Diferentemente do sentido de exotérico, que é o conhecimento não susceptível de verificação, destinado à ampla divulgação. A Maçonaria universal é mística, porque esotérica no sentido de que é destinada a uns poucos iniciados, em cada grau. Mas o Rito Schröder (e também o Trabalho de Emulação) não é esotérico num sentido mais lato, isto é, não é misterioso, de ordem sobrenatural. Mítico (relativo a mito, do grego μύθος - mythos) é aquilo que pertence a um mito ou que é originado de um mito. Mito é um relato fantástico, de tradição oral, que, geralmente, guarda um fundo de verdade, heroico, narrado com objetivo de pregar um fundamento moral. É uma alegoria. A Lenda de Hiram é uma alegoria, um mito. Os rituais maçônicos são míticos, porque alegóricos com fundamento moral. A Lenda de Hiram é um mito, uma alegoria. Uma vez definidos estes conceitos, é importante lembrar que, na Maçonaria, num ritual, cada palavra, cada gesto, cada ação (incluindo o silêncio), têm um significado simbólico. Nada é feito no ritual sem uma razão, sem um sentido. Na maioria das vezes, não se sabe o significado de cada uma das ações. Mas, certamente, há significados simbólicos que, aos poucos, se descobre, se desvenda e se revela (isto é, retira-se os véus), em cada execução do ritual. Aí está uma das riquezas do ritual: a descoberta incessante, contínua, de cada significado simbólico.
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 19/34 Raramente, absorvem-se integralmente os textos dos rituais. Absorve-se, assimila- se, sempre, imagens isoladas, símbolos isolados, frases e fragmentos, dependendo dos interesses imediatos e do estado mental de cada um naquele momento. Estes fragmentos passam como fluídos pelas mentes de quem participa. Interessante e importante esta observação: absorve-se, sempre, de forma fragmentária. Por isso, talvez, os rituais são tão repetitivos. A cada execução do ritual, a cada repetição, seleciona-se, inconscientemente, aquilo que se absorve. A seleção é uma escolha de textos benéficos, generosos, isto é, tem um viés polarizado pelos interesses imediatos e atuais de cada indivíduo, naquele momento. Por vezes, percebe-se que, a cada vivência do ritual, encontra-se pequenas coisas que antes não se havia dado conta. E dá-se conta que estas pequenas coisas são importantes. É como se o ritual se renovasse, embora permaneça o mesmo há muitos séculos. O Trabalho de Emulação tem exatamente dois séculos, completados em 5 de junho de 2016. O Rito Schröder é mais antigo, tem 215 anos de idade. Faz-se a comparação entre o Rito Schröder e o Trabalho de Emulação pois ambos têm a mesma origem e ambos têm muitos pontos em comum. Descobre-se sempre, com a repetição, pequenas coisas que não se havia dado conta. É como se o ritual se reinterpretasse e se corrigisse a si mesmo. Isto é fantástico e depende só da mente, das sensações, dos hábitos, da existência, do espírito de cada um. Uma afirmação muito importante: toda corporação que usa rituais litúrgicos, todo e qualquer ritual e toda ritualística é, apenas, um meio e, nunca, um fim. Coloca-se, então, uma questão fundamental: meio para quê? Logo abaixo responde-se a esta questão. 2. Origens do ritual: O ritual maçônico é muito antigo. Originou-se, provavelmente, no século XIV. Nenhuma pessoa o “compôs” ou o “inventou” --- não existiu um autor. Representava a perpetuação das atividades e práticas dos maçons operativos (maçons de ofício, os pedreiros e construtores), de seus usos e aplicações de trabalho e de seus costumes. Não era nem mesmo um ritual; foi simplesmente chamado de “trabalho” ou “work”. Desde o século XIV e até hoje, no Reino Unido, é chamado de “work” e não de ritual. Ritual e rito são palavras que apareceram, na Maçonaria, em França, no século XVIII. Foram adotadas pelos alemães e pelos brasileiros, além de outros países, mas não pelos britânicos. Do que constava esse “work” dos maçons operativos ou maçons de ofício? Um exercício de imaginação, baseado em evidências, pode-se visualizar um ritual (“work”). O que está abaixo são conjecturas, suposições. Não existe nada escrito sobre isso. Todo novato que entrava para uma guilda de maçons operativos tinha, certamente, que fazer um juramento, promessa ou compromisso. Por quê? Juramento para não revelar os segredos de construção, pois não havia plantas, planejamentos ou cálculos, somente segredos, conhecimento pragmático, conhecimento que importa o êxito prático e conhecimento desprovido de teorias. Acresce o fato que a grande maioria dos maçons operativos era analfabeta. E as catedrais góticas levavam muitas gerações para serem construídas. A catedral de Notre Dame, em Paris, por exemplo, demandou 182 anos de construção (seis gerações, à época). A catedral de Colônia (Kölner Dom), na Renânia, sua
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 20/34 construção teve início em 1248 e terminou em 1880, ou seja, demorou 632 anos ou cerca de 20 gerações à época. Uma curiosidade: segundo lenda, atrás do altar da catedral de Colônia, estão os restos mortais dos três Reis Magos: Baltazar, Melchior e Gaspar. Outra curiosidade: na 2ª Grande Guerra, a catedral recebeu 14 bombardeamentos aéreos e não caiu. Foi reconstruída e completada em 1956. Uma ideia de como trabalhavam e viviam os maçons operativos na construção de catedrais, pode ser lida num romance de Ken Follet1 (Follet, 1992) --- “Os Pilares da Terra”. Embora romance, as circunstâncias de acontecimentos e a conjuntura são bastante verdadeiras. Todo conhecimento de construção era pragmático e esses segredos de como construir eram transmitidos oralmente. Ao novato, fornecia-se instruções de como trabalhar; obviamente, era provido de ferramentas e instruções de seu uso. Era ensinado, também, como manter as ferramentas em boas condições de uso e instruído sobre as responsabilidades do novato. A guilda era presidida e supervisionada por um Mestre e seus assistentes. A nomenclatura da época, no Reino Unido, era Master of the Lodge (Mestre da Loja, posteriormente, nomeado Venerável Mestre) e os assistentes eram warden (pessoa que cuida de um lugar determinado e assegura que as regras são obedecidas, ou seja, zeladores, guardadores, posteriormente nomeados Vigilantes). Entende-se por Loja, na Idade Média, o alojamento onde viviam os maçons operativos. Havia, também, os “trabalhadores do chão” ou “oficiais do chão” (officials of the ground) que transmitiam ordens do Mestre da Loja para os Zeladores; esses “trabalhadores do chão” deram origem aos Diáconos, e nas Lojas francesas, aos Expertos. Um “comunicador” organizava o trabalho; este “comunicador” deu origem ao Diretor de Cerimônias. O Mestre e seus assistentes, também, davam instruções aos novatos. Este grupo de trabalhadores desenvolveu sua própria terminologia, denominou outros cargos de seus oficiais. Forneceu, também, a cada membro do grupo, modos reservados de identificação --- senhas, palavras sagradas --- para provar sua condição de membro do grupo no estrangeiro ou entre estranhos. Cada guilda cuidava de seus próprios trajes, aventais de couro para proteger suas roupas que os identificavam e se tornaram seu distintivo. Os pagamentos, salários e as contribuições para uma caixa de previsão para o futuro, para acidentes (futura previdência), para as viúvas em caso de morte do maçom (surgiu, então, o Tronco da Viúva), consequentemente, precisaram de um tesoureiro. Analogamente, os registros de trabalhos, de horários, etc. necessitaram a nomeação de um secretário. Estava formada a Loja e, com a perpetuação de usos, costumes e práticas, estava formado o ritual (“work”) de transmissão oral. Repete-se: tudo são conjecturas, não há provas de que assim surgiu um ritual. Toda guilda tinha suas próprias regras, também, de transmissão oral. 1 Kenneth Martin Follet, Ken Follet, filósofo, jornalista e escritor galês, nasceu em 1949, em Cardiff, País de Gales. Formado em filosofia pela University College of London, tornou-se jornalista e escritor. Publicou 29 romances, todos num contexto da história medieval, moderna ou contemporânea. “Os Pilares da Terra” (The Pillars of the Earth) foi editado em 1989 e, em 2010, transformou-se em séries de TV. Follet é membro da Yr Academi Gymreig (Academia Galesa) e membro da Royal Society of Arts.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 21/34 Eram listas de deveres e de direitos dos maçons, regras e regulamentos com os quais os trabalhadores foram governados. Algumas dessas regras foram escritas e chegaram aos nossos dias: as Old Charges ou Antigas Obrigações. Assim, o work (ritual) perpetuou-se, elaborado e desenvolvido não por tradição, pelo estudo em livros ou desenvolvido teoricamente, mas a partir do próprio trabalho diário na construção de catedrais e outros edifícios. Surgiram alegorias e lendas cujo objetivo era (e é) evidenciar, simbolicamente, a preparação para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver. Aqui está a resposta: todo ritual maçônico é, apenas, um meio e, nunca um fim. Meio para quê? Meio para a preparação, para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver. Meio para concretizar a Fraternidade numa Loja visando a união de virtudes. Meio para enaltecer os valores morais, o espírito humanístico e o verdadeiro amor fraternal. Meio para realizar a busca da verdade, da Fraternidade, do humanismo. Aos poucos, a partir do século XVI, houve um declínio das atividades das guildas. Por quê? Pelo desenvolvimento científico e desenvolvimento da matemática, as construções tornaram-se viáveis tecnologicamente, baseadas em cálculos estruturais, planejamentos e elaboração de plantas e projetos. O pragmatismo dos maçons operativos das guildas tornou- se obsoleto e economicamente dispendioso face ao desenvolvimento tecnológico. Acrescenta-se o aparecimento de universidades formando arquitetos e construtores (Valsechi, 2014). Aos poucos, a Maçonaria operativa transforma-se em especulativa. Na Escócia, ainda no século XVI, aparecem os primeiros maçons “aceitos”, isto é, maçons que não eram pedreiros ou construtores, mas filósofos, aristocratas, religiosos, cientistas, oriundos das universidades que substituíram as construções de catedrais pela construção do seu ser interior, pelo desenvolvimento de suas virtudes, usando toda simbologia e filosofia expressa no work (ritual). A data aceita como marco dessa mudança foi 1717, em Londres. Já, nesta época, a Maçonaria moderna, denominada de especulativa ou dos aceitos, já distanciada da influência da Igreja Católica; tinha ainda grande influência da Igreja Anglicana e de calvinistas escoceses. O ritual usado nessa época pela “Loja dos Modernos” era um ritual bastante simples e quase deísta. Esse ritual, introduzido em França em torno de 1725, compôs o então chamado Rito Francês e posteriormente denominado Rito Moderno. Porém, o Rito Francês sofreu, posteriormente, grande influência do escocismo, isto é, do rito praticado pelos Jacobitas, partidários do rei James, da Escócia e Inglaterra, deposto e exilado em França. A partir de 1751, com a fundação da “Loja dos Antigos”, foi usado um ritual de origem irlandesa, bastante teísta, de 3 graus, mais o Arco Real (que não é o 4º grau). Este ritual deu origem ao Rito de York usado especialmente pelos norte-americanos, chamado também de Rito Inglês Antigo.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 22/34 Por consenso, procurou-se uma nova forma de ritual. No ritual dos “Modernos”, foram retiradas em 1723, as orações, omitiram os dias santos e descristianizaram o ritual. Cortaram a leitura dos Antigos Deveres e retiraram as espadas nas iniciações. Essa rivalidade entre “Modernos” e “Antigos” perdurou até 1813, quando da unificação e formação da Grande Loja Unida da Inglaterra. Procurou-se, então, adotar um ritual que fosse uma fusão entre o ritual dos “Modernos” e o dos “Antigos”. O resultado da unificação nos rituais, foi o Trabalho de Emulação. 3. Trabalho de Emulação: Só em 5 de junho de 1816 (30 meses depois), há exatamente 200 anos, foi aprovado as Cerimônias do Trabalho (“work”) em sessão presidida pelo Grão- Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra, o duque de Sussex2 . A divulgação e estudo do novo ritual recaiu nas Lojas de Instrução que nasceram então. A mais importante dessas Lojas de Instrução foi a Loja Unida de Perseverança, fundada em 1818. Essa Loja contava com os maçons mais instruídos da época, dos quais, nove foram fundadores da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento (Emulation Lodge of Improvement), em 1823. O objetivo dessa nova Loja era ensinar, de forma precisa, o ritual acordado. Tornou-se, então, a curadora oficial em todo mundo do Trabalho de Emulação. Curadora é a instituição que cuida dos interesses e defende a pureza do Trabalho de Emulação. Ao contrário de outros ritos que são admitidos pelo GOB, o Trabalho de Emulação é monitorado, interpretado e explicitado, para todo mundo, exclusivamente, pela Emulation Lodge of Improvement. Daí, surgiu o termo Emulation (Emulação), ligado à Loja a “Emulation Lodge of Improvement” (Loja de Emulação e Aperfeiçoamento), verdadeira escola de Maçonaria onde são dadas instruções por preceptores que ensinam o ritual aos Irmãos, a qual existe e funciona até hoje. A Loja de Emulação e Aperfeiçoamento funciona quinzenalmente, às sextas-feiras. O princípio básico de Emulação é que o ritual não pode ser alterado em nenhum lugar do mundo, sem que a Grande Loja Unida da Inglaterra sancione a alteração, após estudos da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento. No Brasil, o Ritual de Emulação foi modificado. Primeiramente, no nome: traduziram, erroneamente, em 1912 “Craft Masonry” (Ofício Maçônico) por Rito de York. O Trabalho de Emulação não é um Rito e nem é de York. Esse erro perdura até hoje e é reconhecido pelo GOB (GOB, 2009 – o reconhecimento do erro está nas pags. 17 e 21). Há erros de tradução, também, no Ritual de Emulação em Português, publicado pelo GOB. Há uma confusão entre os termos 2 O duque de Sussex, em 1816, foi o príncipe Augustus Frederick (nascido em 1773 e falecido em 1843), 6º filho do rei George III do Reino Unido e Grão-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra de 1813, até sua morte em 1843. O Grão-Mestre da GLUI tem cargo vitalício e é o chefe do Estado Maçônico; o chefe do Governo Maçônico é o Pró-Grão- Mestre, eleito a cada 4 anos.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 23/34 “templo” e “Loja” que não têm o mesmo significado. Há, também, a abreviação por três pontinhos: V.’. M.’., em lugar de V.M. Não existe três pontinhos na Maçonaria britânica. O tri-ponto é de origem francesa. Não existe, também, na Maçonaria britânica, o tríplice e fraternal abraço. Como o Rito Schröder, o Trabalho de Emulação não teve influência de qualquer ocultismo, tais como alquimia, rosacrucismo, martinismo, cabalá, etc. A expressão “Rito de York” usada no GOB para denominar o Trabalho de Emulação já vinha sendo usado há muito tempo, consagrando assim no Brasil, erroneamente um nome que não existe no sistema inglês. O Trabalho de Emulação não é de York, mas é de Londres e não é um rito, mas um ritual. Não é um rito estruturado, como o Rito Schröder ou REAA, mas um ritual, pois é ritualístico apenas as cerimônias de abertura e fechamento da Loja, da iniciação, da passagem (elevação a Companheiro) e da elevação (exaltação a Mestre) e da instalação do Mestre da Loja. Todos os demais procedimentos não fazem parte do ritual: cortejos, meditação, leitura e aprovação de atas, ordem do dia ou agenda, o Tronco de Beneficência, etc. Todos esses procedimentos não pertencentes ao Trabalho de Emulação poderão ser feitos em Loja fechada. O Trabalho de Emulação é o ritual mais predominante (cerca de 85%). Os demais rituais eventualmente usados na Maçonaria britânica (e brasileira) pertencem ao Craft britânico e não ao Trabalho de Emulação. São eles: ritual de Loja de Mesa, ritual de Pompa Fúnebre, Adoção de Lowtons, etc. 4. O Rito Schröder: O Venerabilíssimo Ir. Friedrich Ludwig Schröder, ator, produtor, dramaturgo, escritor e empreendedor alemão, falecido em 1816, estava preocupado com os rituais maçônicos em uso na Alemanha no século XVIII, excessivamente rebuscados e complicados, especialmente o Rito da Estrita Observância (die Strikte Observanz). Teve, então, a ideia de propor um ritual mais simples e mais autêntico. Buscando as origens da Maçonaria Especulativa, procurou, em 1790, o ritual usado pela primeira Obediência, o da Grande Loja de Londres e Westminster do início do século XVIII, em uso entre 1730 e 1760. A ideia era restaurar na Alemanha o antigo ritual inglês. O novo ritual alemão foi então elaborado por uma comissão presidida pelo Ir. Schröder, então Grão-Mestre Adjunto (Deputado do Grão-Mestre) da Grande Loja Provincial de Hamburgo e da Baixa Saxônia, ligada então a Grande Loja de Londres. Baseou-se no Livro das Constituições de Anderson de 1723, no antigo ritual descrito em The Three Distinct Knocks or the Door of the Most Ancient Freemasonry (As Três Distintas Batidas na Porta...) de 1760 e descrições orais de maçons britânicos. Os novos rituais alemães foram aprovados em 29 de janeiro de 1801 pela Assembleia dos Veneráveis Mestres da Grande Loja de Hamburgo. A Grande Loja de Hamburgo tornou-se uma Potência independente da Grande Loja de Londres em 1811. A Grande Loja Unida da Inglaterra foi formada em 1813, reunindo as duas Grande Lojas de Londres: a dos “Antigos” e a dos “Modernos”. Em 1816, foram unificados os rituais ingleses, formando o Trabalho de Emulação, quinze anos depois da aprovação do novo ritual alemão, posteriormente chamado de Rito Schröder.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 24/34 O Rito Schröder foi introduzido no Brasil com a colonização alemã no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, em idioma Alemão. Mais tarde foi traduzido para o Português. Hoje o Rito Schröder é praticado em mais de 120 Lojas, em 20 Obediências brasileiras. O Rito Schröder não adota altos graus, assim como o Trabalho de Emulação, porque a plenitude maçônica é o Grau de Mestre Maçom. A verdadeira Maçonaria é a de três Graus, ou Maçonaria azul, os três graus de São João. O Rito Schröder aboliu todo ocultismo e misticismo transcendental, assim como o Trabalho de Emulação. A Maçonaria praticada no Rito Schröder é uma Fraternidade que visa a união de virtudes e não é uma Ordem intrinsicamente esotérica (num sentido lato). A ritualística objetiva valores morais, espírito humanístico e o verdadeiro amor fraternal. O Ir. Schröder teve muita influência da filosofia Iluminista, do Humanismo e do Racionalismo, influências essas que formaram a Grande Loja de Londres. Igualmente, aconteceu no Trabalho de Emulação. No Rito Schröder os juramentos e castigos maçônicos são substituídos por promessas, compromissos e palavras de honra e pela confiança que deve unir os Irmãos da Loja. A finalidade do novo ritual alemão é a busca da verdade, a busca da Fraternidade e do humanismo. Os Garantes (padrinhos dos iniciados), no Rito Schröder, são os parcialmente responsáveis pelas instruções dos maçons iniciados e indicados por eles. Na Inglaterra ocorre o mesmo: os Garantes ingleses são chamados de Mentores e são responsáveis pelos seus indicados até após um ano depois de elevados a Mestres. São responsáveis pelos metais e responsáveis parciais pelas instruções de A.M., C.M. e M.M. No Brasil, o Rito de Schröder traduziu e adotou o ritual original usado na Loja Absalom zu den Drei Nesseln, nº 1 (Absalão das Três Urtigas, nº 1), de Hamburgo. 5. Considerações finais: Os rituais são muito ricos e extremamente eficientes quando se questiona o porquê dos procedimentos. O Trabalho de Emulação e o Rito Schröder são, igualmente, ricos e férteis em emular valores e virtudes. Há que se questionar o porquê de cada ação, de cada símbolo e de cada palavra. Muitas vezes, não é imediato e fácil descobrir as respostas. Há, também, aqueles que teorizam tentando responder questionamentos, baseados no subjetivismo pessoal; são os que praticam o “achismo”. Há que se estudar, ler, obter respostas confiáveis em boas fontes. Só assim, os rituais tornam- se eficientes para o principal propósito: aprimorar o ser interior, praticar virtudes, melhorar sua vida ou simbolicamente: construir seu templo interior. Por isso, existem maçons. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: - Barnes, M. “Peter William Gilkes, a Prominent Teacher of Emulation”. Quatuor Coronati Transactions, vol. 86, pp: 166-167, 1973. - Deflem, M. “Ritual, anti-structure, and religion: a discussion of Victor Turner’s processual symbolic analysis”. Journal for the Scientific Study of Religion, 30 (1): 1-25, 1991. - Follet, K. “Os Pilares da Terra”. Rio de Janeiro, Rocco, 1992. - Gaarder, J. & Hellern, V. & Notaker, H. “O Livro das Religiões”. São Paulo: Cia. Das
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 25/34 Letras, 2005. - Genz, P.V. “A Maçonaria Inglesa no Brasil”. São Paulo: Madras, 2013. - GOB. ”Ritual – Cerimônias Aprovadas do Rito de York (Ritual de Emulação praticado no GOB)”. Brasília, GOB, 2009 - Haywood, H.L. “Freemasonry and the Bible”. London: Collins Clear-Type Press, 1951 - Huxley, A. “A Filosofia Perene”. Cap. XXIV: “Ritual, Símbolo, Sacramento”, pp: 315 – 327, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. - Inman, H.F. “El Modo Emulación Explicado” (Emulation Work Explained). 3ª edición. Londres: Gran Logia Unida de Inglaterra, 1943. - Ismail, K. “O que é Rito e o que é Ritual”. JB News, nº 902, de 21.fev.2013. Reproduzido em JB News, nº 1183, de 28.nov.2013. - Johnson, P. “História do Cristianismo”. Rio de Janeiro: Imago ed., 2001. - Lima, W. Celso de. “Rituais”, pp: 95-97. In: Lima, Walter Celso de. “Ensaios sobre Filosofia e Cultura Maçônica. São Paulo: Ed. Madras, 2012. - MRGLMERGS. “Ritual do Aprendiz Maçom segundo Friedrich Ludwig Schröder”. Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2007. - MRGLMERGS. “Ritual do Companheiro Maçom segundo Friedrich Ludwig Schröder”. Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2007. - MRGLMERGS. “Ritual do Mestre Maçom segundo Friedrich Ludwig Schröder”. Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2007. - MRGLMERGS. “Manual de Instruções do Rito Schröder - Grau de Aprendiz Maçom”. Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2011. - MRGLMERGS. “Manual de Instruções do Rito Schröder - Grau de Mestre Maçom”. Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2011. - Neves, J.F. “Ritualística, uma tradição a ser cultivada com orgulho”. JB News, nº 904, de 23.fev.2013. - Oliynik, A. “Emulação”. (História, Ritualística e Rituais). Curitiba: ed. Vicentina, 2004. - Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. História e Generalidades do Sistema de Trabalho Maçônico baseado no Ritual de Emulação”. Sorocaba: Edição do Autor, 2010. - Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Aprendiz Maçom”. Sorocaba: Edição do Autor, 2011. - Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Companheiro Maçom”. Sorocaba: Edição do Autor, 2012. - Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Mestre Maçom”. Sorocaba: Edição do Autor, 2013. - Pinto de Sá, J.P. “Os Rituais e a Liturgia”. JB News, nº 865, de 15.jan.2013. - Redman, G. “Rito de York Atualizado” (Trabalho de Emulação e Aperfeiçoamento). São Paulo: Madras, 2011. - Ribeiro, J.G.C. “Ainda sobre o Rito Inglês”. Engenho & Arte, nº 13, pp: 19-23, 2004. - Santos, P. “O Inexistente Rito de York junto ao Grande Oriente do Brasil”. JB News, nº 1196, de 11.dez.2013. - Silva Pires, J. “O Inominado Rito Inglês”. Engenho & Arte, nº 13, pp: 8-11, 2004. - Spoladore, H. “Trabalho de Emulação (Working Emulation) – Ritual de Emulação (Emulation Ritual)”. JB News 791, 26.out.2012. -Tresner, J. “Ritual. Quem precisa dele?” JB News, nº 762, de 27.set.2012. - Valsechi, A. “Porque e Como a Maçonaria Passou de Operativa para Especulativa”. Palestra na ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4285 em 25.fev.2014 e publicada JB News, nº 1.274, de 26.fev.2014. Δ Conheça o Colégio de Estudos do Rito Schröder – Ir. Gouveia Site do Colégio: www.colegioschroder.org.br Rumo ao VIII Seminário Nacional do Rito Schröder - ao Or. de Recife – PE – em novembro de 2017!
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 26/34 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville 26/01/1983 Humânitas Joinville 31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e Fraternidade do Mercosul Ir Hamilton Savi nr. 70 Florianópolis (só trabalha no recesso maçônico) 11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans 13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba 17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis 21/02/1983 Lédio Martins São José 21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió 22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau Data Nome da Loja Oriente 11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá 18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau 15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis 21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna 25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau 25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mêses de janeiro e fevereiro
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 27/34 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis 14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis 25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema 06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes 11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão 29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá Vem aí o IX Chuletão Templário. O evento filantrópico Maçônico Loja “Templários da Nova Era”
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 28/34 MAÇONS FAMOSOS - WALT DISNEY Do Ir Ricardo Vidal projmaconariaoperativa@googlegroups.com; em nome de Ricardo Vidal <richardo.vidal@gmail.com> Walt Disney É assim mesmo que se procede manos! Duvidem de tudo o que escrevem acerca da Maçonaria, sobretudo de literatura publicada no Brasil, pois é tal a quantidade de mentiras e empulhações que escritores desonestos (ou ignorantes) espalham que às vezes até o pesquisador mais apurado escorrega e deixa-se tragar por elas. Escreveu um irmão: "... além disso não há nenhum registro que Walt Disney tenha se filiado à nossa Sublime Instituição, Mas há citação de que tenha frequentado a Ordem DeMolay." Escreveu outro: "Apenas uma dúvida, fora os sites que são contra a Maçonaria e fazem questão de dizer que o Walt Disney foi maçom do grau 33, em textos que visam denegrir a Ordem, nada mais achei sobre o fato dele ter sido Maçom. De Molay com certeza sim... Podeis complementar ou dar-me a indicação da conformação do fato?" Seguem abaixo vários links de sites nos quais Disney figura como maçom. Se estão divulgando fatos que não existem eu não sei, mas esteja a verdade onde ela estiver, a interpretação simbólica dos sete anões foi minha e não de Disney. Eu apenas utilizei os anões que ele criou como gancho. TFA Ricardo Vidal WALT DISNEY FREEMASON/FREIMAURER Freimaurerwiki (um dos mais respeitáveis sites maçônicos da WEB) freimaurer-wiki.de/index.php/Walt_Disney Walt Disney - Presidential Medal of Freedom When he released Snow White and the Seven Dwarfs as the first full length animated movie he changed the entertainment industry forever. Walt Disney was not a Freemason but he was a member of the original Mother Chapter of the Order of DeMolay, Kansas City, Missouri. (não foi maçom, mas membro da Ordem De Molay) www.despatch.cth.com.au/Misc/famous_2.htm www.freemasonletter.com/walt-disney-and-the-freemasonry It is well known that Walt Disney was a 33rd degree Mason and many people (É bem conhecido o fato de que Walt Disney foi maçom do grau 33). Disney and freemasonry - Cartoons https://www.youtube.com/watch?v=tOW6cSXTqmA Dr. Roland Müller - Respeitável membro da Loja Quatuor Coronati de Bayreuth Maçons Famosos: Pierre Itor: Eine Verschwörung für die Humanität. Berühmte und verfemte Freimaurer aus 13 Nationen. Stäfa: Rothenhäusler 1987 (hat unter den Nobelpreisträgern Léon Jouhaux und Richard Coudenhove-
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 29/34 Kalergi; ferner Abraham Lincoln und Thomas Jefferson, Diderot und D’Alembert, Boucher und Schlegel, Dumas, Gounod und Jules Romains, Walt Disney. Behauptet, S. 60, der kubanische Freiheitsheld José Maria Marti sei schweizerischer Abstammung; die Liste S. 67-69 stammt zum grossen Teil von Charles von Bokor, 1980, 437-439, ergänzt mit u. a. Peter Burckhardt und L. Zamenhof) www.muellerscience.com/ESOTERIK/Freimaurer_Beruehmte/Beruehmte_Freimaurer_Lit.htm O SIMBOLISMO DA BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES Ricardo Vidal Como é de conhecimento geral, Walt Disney (1901-1966), fundador da famosa empresa “The Walt Disney Company”, foi maçom e criador dos personagens "Branca de Neve e os sete anões". A Rainha Madrasta com a qual Branca de Neve convive representa o mundo profano e a maldade imperante que luta para arrebatar nossos corações. Alguns veneráveis guardam profunda semelhança com essa soberana malvada. Branca de Neve representa o maçom verdadeiro, que luta para escapar da malvada rainha e começar um processo de evolução que o permitirá conhecer a si mesmo e reconhecer os sete pecados capitais pelos quais a natureza humana tem inclinação. Esses pecados que alguns maçons consideram virtudes simbolizam os sete anões: 1) Mestre representa a soberba, o desejo de obter altos galardões, medalhas, veneras e glória a qualquer custo. Julga-se superior aos demais e crê que a humildade é uma falha humana desprezível. 2) Dunga representa a avareza, o desejo descomedido do homem de açambarcar riquezas materiais sem se importar com o dano causado ao próximo. Desviar metais da Loja e achacar irmãos são atos de inteligência, e generosidade é uma virtude que deve ser combatida a qualquer custo. 3) Atchim representa a luxúria e o apetite sexual desmedido, que faz o homem ser feliz e não um escravo idiota. Por colocarem freios em impulsos libidinosos, não se deve poupar esforços no combate ao autocontrole e a fidelidade conjugal. Enganar a mulher dizendo que vai para a Loja quando vai encontrar-se com prostitutas é algo perfeitamente normal para o maçom que Atchim simboliza. 4) Zangado representa a raiva e a dificuldade de aceitar contrariedades. Simboliza também o ódio que o incompetente sente por aqueles que possuem aptidões que ele não tem. Zangado simboliza o mau maçom que vive em permanente estado de descontentamento. Para ele, paciência é uma virtude que deve ser tratada com desprezo. Quando está se dirigindo para a Loja, seu rosto passa a impressão de que está indo para um velório. 5) Feliz representa a gula; a avidez pela comida e pela bebida. Moderação no ágape é um defeito e não uma qualidade. Come e bebe até ficar tonto e depois insinua em casa que a culpa por seu estado indecente é da Maçonaria. 6) Dengoso ou Tímido representa a hipocrisia, a falsa humildade, e o rancor que alguns maçons que se dizem "espiritualizados" alimentam secretamente no coração. Simboliza também o ódio dissimulado que ele nutre por aqueles que pensam de modo diferente e desprezam suas convicções religiosas tacanhas. Para passar aos outros a falsa imagem de homem caridoso e virtuoso — e também camuflar a sua hipocrisia — ele distribui e faz alarde do lixo e das coisas sem valor que distribui aos pobres, incluindo alimentos com prazo de validade vencido. 7) Soneca representa a preguiça e o desengano. São virtudes que vale a pena cultivar porque trabalhar na Maçonaria é só para os trouxas. O verdadeiro maçom deve morrer para o mundo mundano como fez Branca de Neve e desviar-se dos caminhos escolhidos pelos sete anões para percorrer na Maçonaria. Vencer os sete pecados simbolizados por eles permitirá que ele progrida na eterna busca pela verdade e contribua para a regeneração do ser humano. Ricardo Vidal
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 30/34 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 31 de janeiro: O Aprendiz Maçonicamente, intitulava-se de Aprendiz aquele que pretendia ingressar nos mistérios da construção. Hoje, Aprendiz é a passagem pelo Primeiro Grau de um rito, sucedendo-lhe o Companheiro para alcançar, finalmente, o Mestre. Com falsa modéstia, há quem se intitule de "eterno Aprendiz" para demonstrar o seu desejo de aprender mais e mais; no entanto, o aprendizado não passa de uma primeira fase e, forçosamente, conduzirá ao companheirismo. Na realidade, a vida nos ensina que constantemente estamos aprendendo alguma coisa; o Companheiro aprende para ser Mestre, e esse, para desenvolver-se e alcançar o misticismo, cumpre o que aprende. O aprender é permanente; todo maçom deve conscientizar-se de que pouco sabe da Arte Real e esforçar-se para adquirir conhecimentos, não como Aprendiz, mas como quem aspira a um lugar mais elevado. A Iniciação pertence ao Primeiro Grau, logo, o verdadeiro Iniciado é o Aprendiz; a elevação e a exaltação são complementos iniciáticos, apenas aperfeiçoamentos. Essa perfeição é que o maçom deve perseguir com pertinácia, e assim, obterá resultados surpreendentes.
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 31/34 Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 50. Tatuagem Maçônica A mente do homem!
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 32/34 Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News. 1 – Amazonas – A Serpente Mãe do Mundo: amaru mayu - A serpente mãe do mundo.ppsx 2 – O Ébrio (1946) O Ébrio - 1946.mp4 3 – Puerto Madero: Puerto-Madero-Argentina.pps 4 – Carta Gastronômica do Alentejo: carta-gastronomica-do-alentejo.pdf 5 – Itália (Sardaigne): Italie_-_Sardaigne_-_Lia - vu.pps 6 – Santa Catarina: Santa Catarina.mp4 7 – Filme do dia: “Um Estado de Liberdade” - dublado https://www.youtube.com/watch?v=Zkts9TTLthU
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 33/34 A PAGINA FICOU SOMBRIA -escrever não basta – é preciso saber mágica com as palavras- Autor: Raimundo A. Corado Barreiras, 03 de julho de 2016. Chegaste aqui com os dois pés emparelhados; Pois a marca da igualdade trouxeste consigo; Nenhum atrás, nenhum na frente, ladeados; Fincado nas amizades, não conheceu inimigo. Não é façanha fácil para a lida com redação; É preciso mágica com as letras e com gente; Sem distinção de eventos, mesmo em eleição; Portou-se de forma justa e transparente. Pelos méritos, deveria ficar um pouco mais; Para maiores registros em seus anais; Mas Deus sabidamente para você acena. Vosso trabalho agora terá maior repercussão; Maior qualidade, maior tiragem e circulação; Em nome de Vinicius Azzolin Lena.
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.315– Florianópolis (SC), terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Pág. 34/34