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Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte - FCSGN
Curso Bacharel em Administração
INCLUSÃO CULTURAL
Audiodescrição
Guarantã do Norte – MT
2016
Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte - FCSGN
Curso Bacharel em Administração
Andrea Altmayer
Danrlei Altmayer
Joanderson Silva Rodrigues
Margarete Kluge Altmayer
Vanessa Altmayer
INCLUSÃO CULTURAL
Audiodescrição
Projeto apresentado como requisito para obtenção de
nota avaliativa na disciplina de Iniciação Científica, sob
orientação do Prof.º Jazon Pereira e Coorientação do
Coordenador: Hélio Y. Hamamura
Guarantã do Norte - MT
2016
SÚMARIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................05
1. INCLUSÃO.....................................................................................................................06
1.1 INCLUSÃO CULTURAL..............................................................................................06
2. HISTÓRIA DA AUDIODESCRIÇÃO.............................................................................07
2.1 HISTÓRIA DA AUDIODESCRIÇÃO NO BRASIL......................................................07
3. O QUE É AUDIODESCRIÇÃO ......................................................................................09
3.1 AUDIODESCRIÇÃO NO TEATRO BRASILEIRO......................................................10
3.2 AUDIODESCRIÇÃO NO CINEMA BRASILEIRO......................................................11
3.3 AUDIODESCRIÇÃO NA TV BRASILEIRA ................................................................11
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................13
REFERENCIAS ..................................................................................................................14
4
RESUMO
O trabalho apresenta um recurso de tecnologia assistida que permite informação e igualdade
de condições para as pessoas que possuem alguma limitação, a exemplo dos deficientes
visuais. O objetivo é mostrar para sociedade a audiodescrição, para a formação de maior
consciência acerca dos direitos e deveres da pessoa com deficiência visual, tendo acesso em
ambientes culturais, como objetivos específicos, destacam-se: Descrever a necessidade das
pessoas com deficiência visual; Citar quais as necessidades de acesso dessas pessoas em cada
ambiente, na comunidade que esta inserida. A Metodologia abordada foi qualitativa, efetuada
através de pesquisa em livros e periódicos sites e artigos referentes ao assunto.
Palavra-Chave: Audiodescrição, Deficiência Visual, Inclusão.
5
INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem abordando o tema audiodescrição que favorece a inclusão de
pessoas com deficiência ocular e baixa visão nas, mais diversas linhas de cultura existente
como teatro, cinemas, TV entre outros, possibilitando o acesso a informações que passam
despercebidas pelo fator de sua deficiência.
Há ainda muita dificuldade na implementação da AD1
nos mais diversos meios de
comunicação cultural, pela falta de conhecimento da população e ainda pelo pouco
compromisso dos órgãos públicos no que diz respeito à Constituição Federal afirma que o
Estado garantirá a todos o pleno direito de acesso a cultura e fontes culturais, além de apoiar e
incentivar a implementação da cultura. (CF, Art. 215)
O objetivo do presente trabalho é apresentar a AD como fator importante para inclusão
das pessoas na sociedade para formação de uma maior consciência a cerca dos direitos e
deveres, estando o mesmo dividido em três capítulos e seus sub tópicos que tratam sobre a
inclusão cultural, passando pela história e surgimento da audiodescrição até suas delimitações
no teatro, TV e cinema.
O trabalho foi constituído através de pesquisa bibliográfica e pesquisa em artigos da
internet, elaborado em reuniões acadêmicas no intuito de apresentar a importância do tema na
atualidade.
1
AD: Audiodescrição
6
1. INCLUSÃO
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de
conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. Significa afiliação, combinação,
compreensão, inclusão quer dizer estar com o outro e cuidar uns dos outros. Não importa qual
será a reação das pessoas, a reflexão sobre inclusão é vital para todos. Assim como descrito
pelo autor abaixo.
Inclusão não quer absolutamente dizer que somos todos iguais. Inclusão
celebra, sim, nossa diversidade e diferenças com respeito e gratidão. Quanto
maior a nossa diversidade, mais rica a nossa capacidade de criar novas
formas de ver o mundo. Inclusão é um antídoto para o racismo e sexismo,
pois acolhe estas diferenças e as celebra como capacidades mais do que
como deficiências. (MANTOAM, p.138, 1997)
Portanto, acolher pessoas com diferenças desafiantes em nossas comunidades, teatros,
cinemas, não é simplesmente para o bem delas, é antes para o bem da nossa própria
sobrevivência.
“[...], uma sociedade em que existe justiça social, em que cada membro tem seus
direitos garantidos e em que sejam aceitas as diferenças entre as pessoas como algo normal.”
(MADER 1996 apud OLIVEIRA, PEREIRA ALVES, p. 3)
A inclusão consiste em uma concepção espiritual profundamente enraizada que é
vivida. Acreditamos que as comunidades inclusivas tenham a capacidade de aprender a viver
junto de todos sem desigualdade.
1.1 INCLUSÃO CULTURAL
Cultura – Definição conceito
Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e
comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da
cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro,
rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças,
arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc.
Nos últimos anos, tem-se observado uma preocupação crescente nos diversos setores
da sociedade com a inclusão cultural dos deficientes visuais. São muitos os esforços voltados
para o desenvolvimento de estratégias inclusivas que lhes permitam uma apropriação efetiva
do espaço cultural. Entre tais iniciativas de acessibilidade, encontra-se a audiodescrição, uma
tecnologia social cujo objetivo é viabilizar a acessibilidade dos deficientes visuais a filmes,
peças de teatro, espetáculos de dança, programas de TV etc.
7
2. HISTÓRIA DA AUDIODESCRIÇÃO
A audiodescrição teve seu inicio em meados da década de 70 nos Estados Unidos por
Gregory Frazier na sua tese “Máster of arts” (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 24, 2010).
Ainda segundo eles:
A AD teve seu debut somente na década seguinte graças ao trabalho do casal
Margaret e Cody Pfanstiehl. Margaret Rockwell, pessoa com deficiência
visual e fundadora do serviço de ledores via rádio The Metropolitan
Washington Ear, e seu futuro marido, o voluntário Cody Pfanstiehl, foram
responsáveis pela audiodescrição de Major Barbara, peça exibida no Arena
Stage Theater em Washington DC em 1981 (MOTTA, ROMEU FILHO, p.
24, 2010).
Em sequencia teve ser os primeiros relatos sobre transmissão na TV. Em 1982 teve se
a primeira transmissão “[...] a série de TV American Playhouse, transmitida pela Public
Broadcasting Service (PBS).” (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 24, 2010).
Segundo Franco (2007 apud SILVA; LIMA 2012) “A primeira transmissão de TV
com audiodescrição ocorreu no Japão em 1983 pela NTV”.
Após seu surgimento na televisão passou a ser também usada em teatros e cinema para
melhor atende ao publico com deficiência visual.
Em 1994, o Metropolitan Washington Ear audiodescreveu Madame Butterfly
para a companhia Washington Opera. Já em 1992, a WGBH deu início ao
projeto Motion Picture Access (MoPix) para levar a AD ao cinema em
escala comercial. Vários testes foram feitos até que, em 1999, a primeira sala
de cinema a contar com a tecnologia desenvolvida pelo grupo exibiu o filme
O Chacal. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 25, 2010).
“Além de Estados Unidos a diversos países que se empenharam no uso da
audiodescrição tanto no cinema, teatro, TV [...], Inglaterra, Alemanha, Espanha, França,
Bélgica, Canadá, Austrália e Argentina”. (FRANCO 2007 apud SILVA; LIMA 2012).
2.1 HISTÓRIA DA AUDIODESCRIÇÃO NO BRASIL
“Em 2003, a audiodescrição estreia no festival internacional de cinema o Assim
Vivemos, que trata sobre pessoas com deficiências; todos os filmes do festival têm
acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva”. (VERGARA-NUNES et al., p.
2, 2010).
8
Em 02 de dezembro do mesmo ano, é publicado o Decreto 5.296. Em 31 de
outubro de 2005, a Associação Brasileira de Normas Técnicas publica norma
sobre “Acessibilidade em Comunicação na Televisão”; o Ministério das
Comunicações promove consulta pública sobre os requisitos técnicos
necessários para a promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência
na programação das TVs abertas brasileiras. Começam as discussões entre o
Ministério das Comunicações, empresários das comunicações e diversos
setores da sociedade brasileira sobre a audiodescrição, com vistas a sua
legalização. (VERGARA-NUNES et al., p. 2, 2010).
Ainda para o autor supracitado:
No primeiro semestre de 2006, representantes da Associação Brasileira de
Radiodifusores, [...] se reúnem com o Ministério das Comunicações em
audiência pública para discutirem as sugestões recebidas na consulta do ano
anterior. Em 27 de junho, o Ministério das Comunicações publica a Portaria
310 (Brasil, 2010d) e oficializa a Norma Complementar nº01, que estabelece
os recursos de acessibilidade, na programação da televisão, com seu
cronograma de implantação. (VERGARA-NUNES et al., p. 2, 2010).
A Constituição Federal garante o direito de ir e vir para todas as pessoas em igual teor,
porem a sociedade empoem barreiras às pessoas portadoras de deficiência.
Desde a promulgação da lei 10.098 (BRASIL, 2000), regulamentada pelo
Decreto 5.296 (BRASIL, 2004), alterado pelo Decreto 5.645 (BRASIL,
2005) e pelo Decreto 5.762 (BRASIL, 2006b), o recurso da audiodescrição
tornou-se um direito garantido pela legislação Brasileira. (MOTTA,
ROMEU FILHO, p. 32, 2010).
Lei 10.098 de 2000 estabelece normas e critérios básicos para a acessibilidade.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e
espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios
e nos meios de transporte e de comunicação.
Em Dezembro de 2005 a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT publica
uma norma sobre Acessibilidade em Comunicação na Televisão passando então o Ministério
das Comunicações fazer consulta publica sobre os requisitos apresentados na questão da
acessibilidade na TV aberta. (VERGARA-NUNES et al., p. 2, 2010)
Logo após foi criada o norma complementa nº 1 de 2006 que:
As emissoras de TV foram obrigadas a oferecer, num prazo máximo de dois
anos, duas horas diárias de sua programação com audiodescrição. A
quantidade de horas diárias deveria aumentar gradativamente para que, num
prazo máximo de dez anos. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 32, 2010).
9
Ainda Motta (2010 apud, ROMEU FILHO, 2008)
A Portaria 403 (BRASIL, 2008c) suspendeu a obrigatoriedade do recurso da
audiodescrição por 30 dias. A Portaria 466 (BRASIL, 2008b), de 30 de julho
de 2008, restabeleceu a obrigatoriedade do recurso e concedeu prazo de 90
dias para que as emissoras iniciassem a transmissão de programas com
audiodescrição. A Portaria 661 (BRASIL, 2008a), de 14 de outubro do
mesmo ano, suspendeu novamente a aplicação do recurso para realização de
uma nova consulta pública sobre a questão, com prazo até 30 de janeiro de
2009, sendo possível sua prorrogação sine die2
e a convocação de mais uma
audiência pública. Em novembro de 2009, o Ministério das Comunicações
lança a Portaria 985, que abre uma nova consulta pública para propor
alterações na Norma Complementar no 1/2006.
3. O QUE É AUDIODESCRIÇÃO
Audiodescrição consiste numa descrição clara e objetiva das informações que estão
sendo apresentadas. “A audiodescrição consiste na transformação de imagens em palavras
para que informações-chave transmitidas visualmente não passem despercebidas e possam
também ser acessadas por pessoas cegas ou com baixa visão”. (MOTTA, ROMEU FILHO, p.
23, 2010).
Mas na visão de Francisco Lima (2013):
A audiodescrição é um gênero tradutório semiótico que traduz/exprime os
eventos visuais em palavras, as quais devem, com mesma magnitude e
qualidade imagética, eliciar na mente de quem recebe a audiodescrição (o
usuário final da A-D), as imagens que aqueles eventos eliciaram na mente de
quem os traduziu, isto é, na mente do áudio-descritor.
Ainda a descrição de cenários, roupas, expressão facial, linguagem corporal, entrada e
saída de personagens, utilizada em televisão, filmes, peças de teatro, para dar informação a
pessoas com deficiência visual, permitindo que essas pessoas entendam verdadeiramente o
que assistem.
Para Motta (2010):
2
sine die
(locução latina que significa "sem dia designado", de sine, sem + dies, -ei, dia)
"sine die", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-
2013, http://www.priberam.pt/dlpo/sine%20die [consultado em 06-06-2016].
10
A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que amplia o entendimento
das pessoas com deficiência visual em eventos culturais, gravados ou ao
vivo, como: peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras,
musicais, óperas, desfiles e espetáculos de dança; eventos turísticos,
esportivos, pedagógicos e científicos tais como aulas, seminários,
congressos, palestras, feiras e outros, por meio de informação sonora.
Segundo Araújo (apud VERGARA-NUNES et al., p. 5, 2010):
A audiodescrição pode ser definida como a técnica utilizada para tornar o
teatro, o cinema e a TV acessíveis para cegos e deficientes visuais. Trata-se
de uma narração adicional que descreve a ação, a linguagem corporal, as
expressões faciais, os cenários e os figurinos. A narração é colocada entre os
diálogos e não interfere nos efeitos musicais e sonoros. Seria a tradução das
imagens, do enredo, do cenário e da ação.
3.1 AUDIODESCRIÇÃO NO TEATRO BRASILEIRO
O primeiro espetáculo teatral brasileiro com a utilização da audiodescrição foi exibido
em São Paulo.
No Brasil, a primeira peça comercial a contar com o recurso de
audiodescrição foi “O Andaime”, no Teatro Vivo, em março 2007. O teatro
dispõe de aparelhos de tradução simultânea e a audiodescrição é feita pelos
voluntários do Instituto Vivo, que participam de curso de formação de
audiodescritores. (MOTTA, ROMEU FILHO, 2010).
A história da AD no nosso país foi sendo construída, e as pessoas que enfrentaram
uma batalha incansavelmente, como Lara e Graciela Bozzobon, Lívia Motta, Eliana Franco,
Vera Santiago Araújo, Francisco Lima, Bell Machado, Maurício Santana, sem esquecer-se
dos maiores apoiadores como Paulo Romeu Filho, Marco Antônio Queiroz e Iracema
Vilaronga, ganhando seguidores e entusiasmados fazendo com que a Audiodescrição saia do
papel e ganhe os teatros, salas de cinema, museus e telas de computador e TV do nosso país a
fora. O grupo vem apresentando trabalhos sobre AD em eventos e desenvolvendo iniciativas,
como a audiodescrição de filmes e peças a promoção de festivais de cinema acessíveis, além
de visitas guiadas a teatros. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 35, 2010).
Como tem muitas pessoas com deficiência visual, que não frequentam teatros, cinema
e museus, uns pela falta arquitetônica, outros por falta de acessibilidade na comunicação, por
esse motivo é necessário o preparo dos funcionários, eles precisam saber como funciona para
que não aconteça algum tipo de imprevisto, principalmente aqueles que trabalham na
recepção, antes e durante os espetáculos. As pessoas com deficiência visual entram na plateia
11
20 minutos antes do espetáculo começar, já que apresentação de AD, sinopse, as informações
técnicas, cenário, caracterização dos personagens e do teatro, tudo isso é feito antes.
Segundo Pilar Garcia Alava (2010 p, 229):
Desde então exerço o trabalho de audiodescritora no Teatro Vivo. É
muito prazeroso e gratificante realizar este trabalho. É fantástica a
sensação de entrar na cabine, sentar à frente do microfone e
audiodescrever as cenas, ouvir os depoimentos após o término da
peça, participar das discussões sobre as cenas. Nunca pensei na
dificuldade que seria para um cego, assistir a uma peça de teatro, a
filmes, e exposições. Hoje, quando assisto a um programa de
televisão, fico analisando a dificuldade que um cego tem, para
entender o que se passa na TV.
3.2 AUDIODESCRIÇÃO NO CINEMA BRASILEIRO
A AD no cinema brasileiro teve seu inicio nos esforços do audiodescritor Rodrigo
Campos com a implementação da audiodescrição e closed caption no filme Signo da Cidade
possibilitando que cegos e surdos pudessem assistir no circuito comercial de filmes.
(MOTTA, ROMEU FILHO, p. 17, 2010).
O Festival de Cinema de Gramado, em sua edição de 2007, e o Festival Internacional
de Curtas-metragens de São Paulo, nas edições de 2006 e 2007, foram as primeiras mostras
não temáticas a exibirem filmes audiodescritos. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 32, 2010).
3.3 AUDIODESCRIÇÃO NA TV BRASILEIRA
A audiodescrição na TV brasileira segundo (Carpes et al., 2016) surgiu através de uma
norma a portaria 188/2010 do Ministério das Comunicações, sendo que, o não comprimento
dessas normas acarreta em multas e sanções pesadas. Atualmente determina-se a exibição de
6 horas semanais desse conteúdo apenas em TV aberta, mas temos a expectativa de atingir 24
horas semanais até 2020. No Brasil, adota-se os modelos espanhóis e britânicos para a
elaboração de roteiro de a AD de filmes, submetidos a teste. Em media usa-se 48 a 72 horas
para a elaboração de um filme com duração de 90 a 130 minutos.
A primeira emissora a oferece o recurso foi o sistema brasileiro de televisão
(SBT), com o seriado “Chaves”, um dos seriados latino-americanos, mas
famosos em todo o mundo. Os jornais noticiaram o fator e informaram a
programação de algumas emissoras. Em reportagem vinculada no fantástico
a Globo anunciou os programas que teriam os recursos informando também
12
que a AD só estaria disponível nas TVs com sinal digital. (CARPES et al.,
p.96, 2016).
O audiodescritor assiste ao filme elabora o roteiro de AD então realiza a entrega para o
estúdio, a partir de então, o audiodescritor não possui nenhum envolvimento com o estúdio.
De modo que o estúdio realiza a gravação, faz a edição e a mixagem para então efetuar a
entrega o produto final para a emissora, e assim o filme é editado para caber na grade da
programação.
13
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho foi abordado o recurso de audiodescrição. No decorrer do presente
estudo foi possível apresentar ao público a AD denotando sua importância para a inclusão
cultural e social de pessoas com algum grau de deficiência visual. Foi possível perceber que a
AD é um recurso que pode atrair um grande público para Museus, teatros, cinemas e demais
espaços socioculturais.
Num momento em que a sociedade encontra-se inundada pelo mundo das imagens, o
recurso de acessibilidade, a audiodescrição torna-se relevante, no sentido de garantir o direito
à informação e, sobretudo, o direito das pessoas cegas ou com baixa visão, de ter acesso ao
conhecimento através de atividades condizentes com suas necessidades.
A audiodescrição mostra-nos o quanto a utilização desse recurso pode suprir as
lacunas provocadas pela ausência da visão ou pela limitação do sentido do tato e mais do que
isso, coloca em destaque a importância dos audiodescritores estarem habilitados tecnicamente
para a realização dessa prática com neutralidade, objetividade e fidelidade às imagens
estáticas ou dinâmicas que surgem no cotidiano dessas pessoas.
14
REFERENCIAS
MANTOAN, Maria Teresa Eglér, A integração de pessoas com deficiência: contribuição para
uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon editora SENAC, 1997.
Inclusão,
<http://www.rbtv.associadosdainclusao.com.br/index.php/principal/article/view/184/317>.
Acesso em 15 de maio de 2016
O que é Cultura, <http://www.suapesquisa.com/o_que_e/cultura.htm>. Acesso em 17 de Maio
de 2016
Mídias do Conhecimento um Retrato da Audiodescrição no Brasil
<http://guaiaca.ufpel.edu.br/bitstream/123456789/712/3/Midias%20do%20conhecimento%20
-%20um%20retrato%20da%20audiodescricao%20no%20Brasil.pdf>. Acesso em 19 de maio
de 2016
Audiodescrição Caminho Acessibilidade Igualdade, <http://www.lerparaver.com/lpv/audio-
descricao-caminho-acessibilidade-igualdade>. Acesso de 19 de Maio de 2016
Livro Audiodescrição Transformando Imagens em Palavras,
<http://pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/LIVRO_AUDIODESCRICAO_
TRANSFORMANDO_IMAGENS_EM_PALAVRAS.pdf>. Acesso em 19 de Maio de 2016
Definições, <http://www.vercompalavras.com.br/definições>. Acesso em 20 Maio 2016
Lei 10.908 de 2000, <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/lei10098.pdf>. Acesso em 26 de
Maio 2016
Livro Audiodescrição Praticas e Reflexões, <http://www.ufpb.br/cia/contents/manuais/livro-
audiodescricao-praticas-e-reflexoes.pdf>. Acesso em 28 de Maio de 2016

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Audiodescrição: inclusão cultural para deficientes visuais

  • 1. Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte - FCSGN Curso Bacharel em Administração INCLUSÃO CULTURAL Audiodescrição Guarantã do Norte – MT 2016
  • 2. Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte - FCSGN Curso Bacharel em Administração Andrea Altmayer Danrlei Altmayer Joanderson Silva Rodrigues Margarete Kluge Altmayer Vanessa Altmayer INCLUSÃO CULTURAL Audiodescrição Projeto apresentado como requisito para obtenção de nota avaliativa na disciplina de Iniciação Científica, sob orientação do Prof.º Jazon Pereira e Coorientação do Coordenador: Hélio Y. Hamamura Guarantã do Norte - MT 2016
  • 3. SÚMARIO INTRODUÇÃO...................................................................................................................05 1. INCLUSÃO.....................................................................................................................06 1.1 INCLUSÃO CULTURAL..............................................................................................06 2. HISTÓRIA DA AUDIODESCRIÇÃO.............................................................................07 2.1 HISTÓRIA DA AUDIODESCRIÇÃO NO BRASIL......................................................07 3. O QUE É AUDIODESCRIÇÃO ......................................................................................09 3.1 AUDIODESCRIÇÃO NO TEATRO BRASILEIRO......................................................10 3.2 AUDIODESCRIÇÃO NO CINEMA BRASILEIRO......................................................11 3.3 AUDIODESCRIÇÃO NA TV BRASILEIRA ................................................................11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................13 REFERENCIAS ..................................................................................................................14
  • 4. 4 RESUMO O trabalho apresenta um recurso de tecnologia assistida que permite informação e igualdade de condições para as pessoas que possuem alguma limitação, a exemplo dos deficientes visuais. O objetivo é mostrar para sociedade a audiodescrição, para a formação de maior consciência acerca dos direitos e deveres da pessoa com deficiência visual, tendo acesso em ambientes culturais, como objetivos específicos, destacam-se: Descrever a necessidade das pessoas com deficiência visual; Citar quais as necessidades de acesso dessas pessoas em cada ambiente, na comunidade que esta inserida. A Metodologia abordada foi qualitativa, efetuada através de pesquisa em livros e periódicos sites e artigos referentes ao assunto. Palavra-Chave: Audiodescrição, Deficiência Visual, Inclusão.
  • 5. 5 INTRODUÇÃO O presente trabalho vem abordando o tema audiodescrição que favorece a inclusão de pessoas com deficiência ocular e baixa visão nas, mais diversas linhas de cultura existente como teatro, cinemas, TV entre outros, possibilitando o acesso a informações que passam despercebidas pelo fator de sua deficiência. Há ainda muita dificuldade na implementação da AD1 nos mais diversos meios de comunicação cultural, pela falta de conhecimento da população e ainda pelo pouco compromisso dos órgãos públicos no que diz respeito à Constituição Federal afirma que o Estado garantirá a todos o pleno direito de acesso a cultura e fontes culturais, além de apoiar e incentivar a implementação da cultura. (CF, Art. 215) O objetivo do presente trabalho é apresentar a AD como fator importante para inclusão das pessoas na sociedade para formação de uma maior consciência a cerca dos direitos e deveres, estando o mesmo dividido em três capítulos e seus sub tópicos que tratam sobre a inclusão cultural, passando pela história e surgimento da audiodescrição até suas delimitações no teatro, TV e cinema. O trabalho foi constituído através de pesquisa bibliográfica e pesquisa em artigos da internet, elaborado em reuniões acadêmicas no intuito de apresentar a importância do tema na atualidade. 1 AD: Audiodescrição
  • 6. 6 1. INCLUSÃO É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. Significa afiliação, combinação, compreensão, inclusão quer dizer estar com o outro e cuidar uns dos outros. Não importa qual será a reação das pessoas, a reflexão sobre inclusão é vital para todos. Assim como descrito pelo autor abaixo. Inclusão não quer absolutamente dizer que somos todos iguais. Inclusão celebra, sim, nossa diversidade e diferenças com respeito e gratidão. Quanto maior a nossa diversidade, mais rica a nossa capacidade de criar novas formas de ver o mundo. Inclusão é um antídoto para o racismo e sexismo, pois acolhe estas diferenças e as celebra como capacidades mais do que como deficiências. (MANTOAM, p.138, 1997) Portanto, acolher pessoas com diferenças desafiantes em nossas comunidades, teatros, cinemas, não é simplesmente para o bem delas, é antes para o bem da nossa própria sobrevivência. “[...], uma sociedade em que existe justiça social, em que cada membro tem seus direitos garantidos e em que sejam aceitas as diferenças entre as pessoas como algo normal.” (MADER 1996 apud OLIVEIRA, PEREIRA ALVES, p. 3) A inclusão consiste em uma concepção espiritual profundamente enraizada que é vivida. Acreditamos que as comunidades inclusivas tenham a capacidade de aprender a viver junto de todos sem desigualdade. 1.1 INCLUSÃO CULTURAL Cultura – Definição conceito Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc. Nos últimos anos, tem-se observado uma preocupação crescente nos diversos setores da sociedade com a inclusão cultural dos deficientes visuais. São muitos os esforços voltados para o desenvolvimento de estratégias inclusivas que lhes permitam uma apropriação efetiva do espaço cultural. Entre tais iniciativas de acessibilidade, encontra-se a audiodescrição, uma tecnologia social cujo objetivo é viabilizar a acessibilidade dos deficientes visuais a filmes, peças de teatro, espetáculos de dança, programas de TV etc.
  • 7. 7 2. HISTÓRIA DA AUDIODESCRIÇÃO A audiodescrição teve seu inicio em meados da década de 70 nos Estados Unidos por Gregory Frazier na sua tese “Máster of arts” (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 24, 2010). Ainda segundo eles: A AD teve seu debut somente na década seguinte graças ao trabalho do casal Margaret e Cody Pfanstiehl. Margaret Rockwell, pessoa com deficiência visual e fundadora do serviço de ledores via rádio The Metropolitan Washington Ear, e seu futuro marido, o voluntário Cody Pfanstiehl, foram responsáveis pela audiodescrição de Major Barbara, peça exibida no Arena Stage Theater em Washington DC em 1981 (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 24, 2010). Em sequencia teve ser os primeiros relatos sobre transmissão na TV. Em 1982 teve se a primeira transmissão “[...] a série de TV American Playhouse, transmitida pela Public Broadcasting Service (PBS).” (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 24, 2010). Segundo Franco (2007 apud SILVA; LIMA 2012) “A primeira transmissão de TV com audiodescrição ocorreu no Japão em 1983 pela NTV”. Após seu surgimento na televisão passou a ser também usada em teatros e cinema para melhor atende ao publico com deficiência visual. Em 1994, o Metropolitan Washington Ear audiodescreveu Madame Butterfly para a companhia Washington Opera. Já em 1992, a WGBH deu início ao projeto Motion Picture Access (MoPix) para levar a AD ao cinema em escala comercial. Vários testes foram feitos até que, em 1999, a primeira sala de cinema a contar com a tecnologia desenvolvida pelo grupo exibiu o filme O Chacal. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 25, 2010). “Além de Estados Unidos a diversos países que se empenharam no uso da audiodescrição tanto no cinema, teatro, TV [...], Inglaterra, Alemanha, Espanha, França, Bélgica, Canadá, Austrália e Argentina”. (FRANCO 2007 apud SILVA; LIMA 2012). 2.1 HISTÓRIA DA AUDIODESCRIÇÃO NO BRASIL “Em 2003, a audiodescrição estreia no festival internacional de cinema o Assim Vivemos, que trata sobre pessoas com deficiências; todos os filmes do festival têm acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva”. (VERGARA-NUNES et al., p. 2, 2010).
  • 8. 8 Em 02 de dezembro do mesmo ano, é publicado o Decreto 5.296. Em 31 de outubro de 2005, a Associação Brasileira de Normas Técnicas publica norma sobre “Acessibilidade em Comunicação na Televisão”; o Ministério das Comunicações promove consulta pública sobre os requisitos técnicos necessários para a promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência na programação das TVs abertas brasileiras. Começam as discussões entre o Ministério das Comunicações, empresários das comunicações e diversos setores da sociedade brasileira sobre a audiodescrição, com vistas a sua legalização. (VERGARA-NUNES et al., p. 2, 2010). Ainda para o autor supracitado: No primeiro semestre de 2006, representantes da Associação Brasileira de Radiodifusores, [...] se reúnem com o Ministério das Comunicações em audiência pública para discutirem as sugestões recebidas na consulta do ano anterior. Em 27 de junho, o Ministério das Comunicações publica a Portaria 310 (Brasil, 2010d) e oficializa a Norma Complementar nº01, que estabelece os recursos de acessibilidade, na programação da televisão, com seu cronograma de implantação. (VERGARA-NUNES et al., p. 2, 2010). A Constituição Federal garante o direito de ir e vir para todas as pessoas em igual teor, porem a sociedade empoem barreiras às pessoas portadoras de deficiência. Desde a promulgação da lei 10.098 (BRASIL, 2000), regulamentada pelo Decreto 5.296 (BRASIL, 2004), alterado pelo Decreto 5.645 (BRASIL, 2005) e pelo Decreto 5.762 (BRASIL, 2006b), o recurso da audiodescrição tornou-se um direito garantido pela legislação Brasileira. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 32, 2010). Lei 10.098 de 2000 estabelece normas e critérios básicos para a acessibilidade. Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação. Em Dezembro de 2005 a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT publica uma norma sobre Acessibilidade em Comunicação na Televisão passando então o Ministério das Comunicações fazer consulta publica sobre os requisitos apresentados na questão da acessibilidade na TV aberta. (VERGARA-NUNES et al., p. 2, 2010) Logo após foi criada o norma complementa nº 1 de 2006 que: As emissoras de TV foram obrigadas a oferecer, num prazo máximo de dois anos, duas horas diárias de sua programação com audiodescrição. A quantidade de horas diárias deveria aumentar gradativamente para que, num prazo máximo de dez anos. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 32, 2010).
  • 9. 9 Ainda Motta (2010 apud, ROMEU FILHO, 2008) A Portaria 403 (BRASIL, 2008c) suspendeu a obrigatoriedade do recurso da audiodescrição por 30 dias. A Portaria 466 (BRASIL, 2008b), de 30 de julho de 2008, restabeleceu a obrigatoriedade do recurso e concedeu prazo de 90 dias para que as emissoras iniciassem a transmissão de programas com audiodescrição. A Portaria 661 (BRASIL, 2008a), de 14 de outubro do mesmo ano, suspendeu novamente a aplicação do recurso para realização de uma nova consulta pública sobre a questão, com prazo até 30 de janeiro de 2009, sendo possível sua prorrogação sine die2 e a convocação de mais uma audiência pública. Em novembro de 2009, o Ministério das Comunicações lança a Portaria 985, que abre uma nova consulta pública para propor alterações na Norma Complementar no 1/2006. 3. O QUE É AUDIODESCRIÇÃO Audiodescrição consiste numa descrição clara e objetiva das informações que estão sendo apresentadas. “A audiodescrição consiste na transformação de imagens em palavras para que informações-chave transmitidas visualmente não passem despercebidas e possam também ser acessadas por pessoas cegas ou com baixa visão”. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 23, 2010). Mas na visão de Francisco Lima (2013): A audiodescrição é um gênero tradutório semiótico que traduz/exprime os eventos visuais em palavras, as quais devem, com mesma magnitude e qualidade imagética, eliciar na mente de quem recebe a audiodescrição (o usuário final da A-D), as imagens que aqueles eventos eliciaram na mente de quem os traduziu, isto é, na mente do áudio-descritor. Ainda a descrição de cenários, roupas, expressão facial, linguagem corporal, entrada e saída de personagens, utilizada em televisão, filmes, peças de teatro, para dar informação a pessoas com deficiência visual, permitindo que essas pessoas entendam verdadeiramente o que assistem. Para Motta (2010): 2 sine die (locução latina que significa "sem dia designado", de sine, sem + dies, -ei, dia) "sine die", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008- 2013, http://www.priberam.pt/dlpo/sine%20die [consultado em 06-06-2016].
  • 10. 10 A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que amplia o entendimento das pessoas com deficiência visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, como: peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas, desfiles e espetáculos de dança; eventos turísticos, esportivos, pedagógicos e científicos tais como aulas, seminários, congressos, palestras, feiras e outros, por meio de informação sonora. Segundo Araújo (apud VERGARA-NUNES et al., p. 5, 2010): A audiodescrição pode ser definida como a técnica utilizada para tornar o teatro, o cinema e a TV acessíveis para cegos e deficientes visuais. Trata-se de uma narração adicional que descreve a ação, a linguagem corporal, as expressões faciais, os cenários e os figurinos. A narração é colocada entre os diálogos e não interfere nos efeitos musicais e sonoros. Seria a tradução das imagens, do enredo, do cenário e da ação. 3.1 AUDIODESCRIÇÃO NO TEATRO BRASILEIRO O primeiro espetáculo teatral brasileiro com a utilização da audiodescrição foi exibido em São Paulo. No Brasil, a primeira peça comercial a contar com o recurso de audiodescrição foi “O Andaime”, no Teatro Vivo, em março 2007. O teatro dispõe de aparelhos de tradução simultânea e a audiodescrição é feita pelos voluntários do Instituto Vivo, que participam de curso de formação de audiodescritores. (MOTTA, ROMEU FILHO, 2010). A história da AD no nosso país foi sendo construída, e as pessoas que enfrentaram uma batalha incansavelmente, como Lara e Graciela Bozzobon, Lívia Motta, Eliana Franco, Vera Santiago Araújo, Francisco Lima, Bell Machado, Maurício Santana, sem esquecer-se dos maiores apoiadores como Paulo Romeu Filho, Marco Antônio Queiroz e Iracema Vilaronga, ganhando seguidores e entusiasmados fazendo com que a Audiodescrição saia do papel e ganhe os teatros, salas de cinema, museus e telas de computador e TV do nosso país a fora. O grupo vem apresentando trabalhos sobre AD em eventos e desenvolvendo iniciativas, como a audiodescrição de filmes e peças a promoção de festivais de cinema acessíveis, além de visitas guiadas a teatros. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 35, 2010). Como tem muitas pessoas com deficiência visual, que não frequentam teatros, cinema e museus, uns pela falta arquitetônica, outros por falta de acessibilidade na comunicação, por esse motivo é necessário o preparo dos funcionários, eles precisam saber como funciona para que não aconteça algum tipo de imprevisto, principalmente aqueles que trabalham na recepção, antes e durante os espetáculos. As pessoas com deficiência visual entram na plateia
  • 11. 11 20 minutos antes do espetáculo começar, já que apresentação de AD, sinopse, as informações técnicas, cenário, caracterização dos personagens e do teatro, tudo isso é feito antes. Segundo Pilar Garcia Alava (2010 p, 229): Desde então exerço o trabalho de audiodescritora no Teatro Vivo. É muito prazeroso e gratificante realizar este trabalho. É fantástica a sensação de entrar na cabine, sentar à frente do microfone e audiodescrever as cenas, ouvir os depoimentos após o término da peça, participar das discussões sobre as cenas. Nunca pensei na dificuldade que seria para um cego, assistir a uma peça de teatro, a filmes, e exposições. Hoje, quando assisto a um programa de televisão, fico analisando a dificuldade que um cego tem, para entender o que se passa na TV. 3.2 AUDIODESCRIÇÃO NO CINEMA BRASILEIRO A AD no cinema brasileiro teve seu inicio nos esforços do audiodescritor Rodrigo Campos com a implementação da audiodescrição e closed caption no filme Signo da Cidade possibilitando que cegos e surdos pudessem assistir no circuito comercial de filmes. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 17, 2010). O Festival de Cinema de Gramado, em sua edição de 2007, e o Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, nas edições de 2006 e 2007, foram as primeiras mostras não temáticas a exibirem filmes audiodescritos. (MOTTA, ROMEU FILHO, p. 32, 2010). 3.3 AUDIODESCRIÇÃO NA TV BRASILEIRA A audiodescrição na TV brasileira segundo (Carpes et al., 2016) surgiu através de uma norma a portaria 188/2010 do Ministério das Comunicações, sendo que, o não comprimento dessas normas acarreta em multas e sanções pesadas. Atualmente determina-se a exibição de 6 horas semanais desse conteúdo apenas em TV aberta, mas temos a expectativa de atingir 24 horas semanais até 2020. No Brasil, adota-se os modelos espanhóis e britânicos para a elaboração de roteiro de a AD de filmes, submetidos a teste. Em media usa-se 48 a 72 horas para a elaboração de um filme com duração de 90 a 130 minutos. A primeira emissora a oferece o recurso foi o sistema brasileiro de televisão (SBT), com o seriado “Chaves”, um dos seriados latino-americanos, mas famosos em todo o mundo. Os jornais noticiaram o fator e informaram a programação de algumas emissoras. Em reportagem vinculada no fantástico a Globo anunciou os programas que teriam os recursos informando também
  • 12. 12 que a AD só estaria disponível nas TVs com sinal digital. (CARPES et al., p.96, 2016). O audiodescritor assiste ao filme elabora o roteiro de AD então realiza a entrega para o estúdio, a partir de então, o audiodescritor não possui nenhum envolvimento com o estúdio. De modo que o estúdio realiza a gravação, faz a edição e a mixagem para então efetuar a entrega o produto final para a emissora, e assim o filme é editado para caber na grade da programação.
  • 13. 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho foi abordado o recurso de audiodescrição. No decorrer do presente estudo foi possível apresentar ao público a AD denotando sua importância para a inclusão cultural e social de pessoas com algum grau de deficiência visual. Foi possível perceber que a AD é um recurso que pode atrair um grande público para Museus, teatros, cinemas e demais espaços socioculturais. Num momento em que a sociedade encontra-se inundada pelo mundo das imagens, o recurso de acessibilidade, a audiodescrição torna-se relevante, no sentido de garantir o direito à informação e, sobretudo, o direito das pessoas cegas ou com baixa visão, de ter acesso ao conhecimento através de atividades condizentes com suas necessidades. A audiodescrição mostra-nos o quanto a utilização desse recurso pode suprir as lacunas provocadas pela ausência da visão ou pela limitação do sentido do tato e mais do que isso, coloca em destaque a importância dos audiodescritores estarem habilitados tecnicamente para a realização dessa prática com neutralidade, objetividade e fidelidade às imagens estáticas ou dinâmicas que surgem no cotidiano dessas pessoas.
  • 14. 14 REFERENCIAS MANTOAN, Maria Teresa Eglér, A integração de pessoas com deficiência: contribuição para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon editora SENAC, 1997. Inclusão, <http://www.rbtv.associadosdainclusao.com.br/index.php/principal/article/view/184/317>. Acesso em 15 de maio de 2016 O que é Cultura, <http://www.suapesquisa.com/o_que_e/cultura.htm>. Acesso em 17 de Maio de 2016 Mídias do Conhecimento um Retrato da Audiodescrição no Brasil <http://guaiaca.ufpel.edu.br/bitstream/123456789/712/3/Midias%20do%20conhecimento%20 -%20um%20retrato%20da%20audiodescricao%20no%20Brasil.pdf>. Acesso em 19 de maio de 2016 Audiodescrição Caminho Acessibilidade Igualdade, <http://www.lerparaver.com/lpv/audio- descricao-caminho-acessibilidade-igualdade>. Acesso de 19 de Maio de 2016 Livro Audiodescrição Transformando Imagens em Palavras, <http://pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/LIVRO_AUDIODESCRICAO_ TRANSFORMANDO_IMAGENS_EM_PALAVRAS.pdf>. Acesso em 19 de Maio de 2016 Definições, <http://www.vercompalavras.com.br/definições>. Acesso em 20 Maio 2016 Lei 10.908 de 2000, <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/lei10098.pdf>. Acesso em 26 de Maio 2016 Livro Audiodescrição Praticas e Reflexões, <http://www.ufpb.br/cia/contents/manuais/livro- audiodescricao-praticas-e-reflexoes.pdf>. Acesso em 28 de Maio de 2016