1) As bactérias da microbiota residente fornecem proteção contra invasores e são essenciais para a saúde;
2) Bebês nascidos por cesariana perdem a proteção da microbiota adquirida no canal vaginal;
3) A microbiota se desenvolve à medida que a criança cresce e é influenciada pelo ambiente.
2. Elas não são apenas vilãs!
Parte das bactérias conhecidas e estudadas
produzem genes que codificam fatores de virulência,
que fornecem a elas melhores mecanismos de
invasão, infecção e produção de toxinas que alteram
o metabolismo das células animais, gerando danos
aos tecidos. Estes micro-organismos ganham
entrada no corpo humano através das mucosas, da
inalação, de lesões na pele, da utilização de
próteses e de procedimentos hospitalares invasivos.
3. Em casos mais graves, ao atingirem a corrente
sanguínea, elas se disseminam rapidamente pelo
organismo, podendo acometer inclusive o cérebro, os
pulmões, o coração e outros órgãos, que têm, assim, o
seu funcionamento gravemente prejudicado. Por essas e
outras razões, quando se fala em bactérias no geral, a
reação da maioria das pessoas é de repulsa. Contudo,
este é um pensamento errôneo! O ser humano não fica
doente a todo momento, e isso se deve não somente à
ação direta do sistema imune, como também à presença
da microbiota residente. Este termo se refere à grande
população fixa de micro-organismos (principalmente
bactérias) presente em determinados locais do organismo
animal, como pele, mucosas e trato digestivo.
4. O homem é composto por mais células
procarióticas do que eucarióticas (cerca de
cem vezes mais) por conta da presença da
microbiota. Esta é adquirida no momento do
nascimento por parto normal, em que o bebê
recebe as bactérias da microbiota do canal
vaginal da mãe. A partir daí, ele passa a entrar
em contato com o ambiente externo,
recebendo bactérias presentes no local do
nascimento e também através do contato com
médicos, enfermeiros e, principalmente, com
seus pais.
5. Bebês que nascem por parto cesariano adquirem
primeiramente as bactérias do ambiente hospitalar,
perdendo a então a sua primeira e mais importante
forma de proteção, já que esta pode protegê-los
mais eficientemente contra uma possível invasão de
micro-organismos virulentos com a formação dessa
“capa” bacteriana sobre o corpo do recém-nascido,
principalmente pelo fato de bebês não possuírem
ainda o sistema imune desenvolvido. As bactérias,
então, se aderem aos órgãos e vão aumentando em
número e em diversidade. Com isso, a microbiota
residente vai sendo estabelecida e modificada, de
acordo com o crescimento da criança.
6. Formatos das bactérias
As bactérias do reino monera podem construir
agrupamentos coloniais ou viver isoladamente. As
denominações variam de acordo com o formato em que
são apresentadas. Com isso, elas recebem o nome de:
Cocos: essas bactérias possuem formato arredondado
ou esférico. Estão classificadas de acordo com a forma
em que estão agrupadas e formam diversos tipos de
colônias, são eles: os diplococos (dois cocos),
estafilococos (formam cachos), os estreptococos
(enfileiradas), pneumococos e a tétrade;
7. Vibriões: são as bactérias que se apresentam no formato de uma
vírgula;
Bacilos: essas bactérias exibem formas mais alongadas. Para
auxiliar na movimentação, elas podem precisar de flagelo ou não.
Os bacilos podem causar diferentes doenças como, por exemplo,
a febre tifóide e a salmonela;
Espirilos: as bactérias recebem esse nome, pois apresentam-se
em forma de espiral. Elas se dividem em dois grupos, o das
espiroquetas, e os espirilos. Além disso, elas provocam doenças
como a sífilis, por exemplo.