SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 104
uma aproximação geopolítica ao  Atlas de Pedro Teixeira de 1634 Armando Teixeira Carneiro (Vice-Presidente do CPG – Centro Português de Geopolítica) Palestra no Museu Marítimo de Ílhavo 2007.03.16 21:00Hm Armando Teixeira Carneiro (Vice-Presidente do CPG – Centro Português de Geopolítica) Palestra no Museu Marítimo de Ílhavo 2007.03.16 21:00Hm Rotary Club de Aveiro Rotary Club de Ílhavo
O Atlas de Pedro Teixeira ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
enquadramento conceptual  1 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
enquadramento conceptual  2 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
modelos de Mackinder modelo de 1904  modelo de 1943 Hearthland   Midland Ocean   massa continental eurasiana  potências marítimas
modelo de Spykman Rimland   : anel interior 1944 Ilhas e Continentes exteriores  Cintura oceânica
modelo terrestre hausshoferiano Karl Hausshofer (1869-1946) modelo terrestre desenvolvido sobre os meridianos ( espaços Norte-Sul )  recuperação de conceito de Friederich Ratzel:  Lebensraum  (espaço vital) Pacto de Aço: 1939.05.22 reafirmando o  Eixo Roma-Berlim  de 1936 Pacto de Não Agressão Germano-Soviético: 1939.08.23
evolução recente dos modelos geopolíticos 2 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
evolução recente dos modelos geopolíticos 1 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
evolução recente dos modelos geopolíticos 3 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
evolução recente dos modelos geopolíticos 4 ,[object Object],[object Object]
Diagrama relacional de Portugal no mundo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Algoritmos geopolíticos  1 equação do poder   de   Ray S. Cline : P = f [Σ(C+E+M).Σ(S+W)] factores potenciadores de modulação P:  potencial estratégico  percebido, C:  massa crítica : C = f (T,P) T:  território , P:  população , E :  capacidade económica do Estado , M:  capacidade militar , S:  valor da estratégia nacional  e W:  determinação nacional .  equação de potencial  de Nicholas Spykman: P l,t  = f (Q, E -1 , D -1 ) P:  poder  em dado local, l, e em determinado momento, t, Q:  potencial mássico  = somatório das forças materiais, E:  dinâmica   (resiliência) do meio, D:  distância  do centro de poder ao ponto de aplicação local, l.
Algoritmos geopolíticos  2 os resultados do domínio prolongado de um Estado-nação sobre outras sociedades diversas e com diferentes populações e graus civilizacionais próprios são analisados pelo algoritmo: grau de influência civilizacional   de A. Estrela Teixeira: G = f (T, P%, D -1 , CA -1 , CS -1 ) T:  tempo de domínio , P%:  percentagem da população da sociedade dominante deslocada relativamente à população local , D:  distância  entre o território dominado e o centro da sociedade dominadora, CA:  características civilizacionais da sociedade antecedente  no local, CS:  grau de coesão social . Um dos componentes mais importantes da  cultura transferida , ou  cultura absorvida , é a  língua  como vector fundamental de comunicação.
posicionamento geopolítico de Portugal até ao começo do século XVII  1 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
posicionamento geopolítico de Portugal  até ao começo do século XVII  2 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
posicionamento geopolítico de Portugal  até ao começo do século XVII  3 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
posicionamento geopolítico de Portugal  até ao começo do século XVII  4 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
posicionamento geopolítico de Portugal  até ao começo do século XVII  5 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
O  declínio do domínio marítimo português  começa a verificar-se no segundo quartel do século XVI e agrava-se com a unificação ibérica já que Castela se encontrava também em fase descendente e nunca havia sido uma verdadeira  nação marítima. os Reis da Dinastia de Aviz principais  actores   do  momento estelar  de Portugal D. Afonso V  D. João II  D. Manuel I  D. João III  D. Sebastião 1432-1481  1455-1495  1469-1521  1502-1557  1554-1578 1438-1481  1481-1495  1495-1521  1521-1557  1557-1578
Acordos peninsulares conducentes a um  mundo bipolar ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
A partilha resultante do Tratado de Alcáçovas
Acordos peninsulares conducentes a um  mundo bipolar ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Tordesillas
Folio final do exemplar espanhol do Tratado de Tordesillas
Acordos peninsulares conducentes a um  mundo bipolar ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
A partilha resultante do  Tratado de Tordesillas  e da  Escritura de Zaragoza o primeiro modelo bipolar mundial
Felipe II  Felipe III  Felipe IV A dinastia da Casa de Áustria começada com Carlos I de Castela (Imperador Carlos V) e continuada por Felipe II teve com eles um período de expansão e grandeza mas a partir de Felipe III iniciou-se o ciclo dos  “ Austrias menores ”  que marcou o começo do declínio de Espanha como grande potência. os Reis da Dinastia Filipina em Portugal D. Filipe I  D. Filipe II  D. Filipe III 1527-1598  1578-1621  1605-1665 1580-1598  1598-1621  1621-1640
posicionamento geopolítico de Portugal  a partir do 2º quartel do século XVII  5 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
técnicas de orientação em navegação ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
a cartografia portuguesa  1 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
a cartografia portuguesa  2 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
a cartografia portuguesa  3 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
a família de cartógrafos Teixeira ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
a importância dos cartógrafos portugueses em Espanha João Batista Lavanha : professor de Matemática de Felipe IV de Espanha Cosmógrafo-Mór do Reino de Portugal Pedro Teixeira Albernaz : vários trabalhos para Felipe III e Felipe IV em co-autoria com o irmão João Teixeira Albernaz e sob orientação de seu Mestre João Batista Lavanha último trabalho:  Cartografia Monumental da Villa de Madrid  (1656)
Descripción de la España y de las Costas y Puertos de sus Reynos Pedro Teixeira Albernas 1634 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ATLAS DO REI PLANETA Cartografia das Costas e Portos da Península Ibérica 1634 Pedro Teixeira Albernas (Lisboa, 1595- Madrid, 1662) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
A costa de Portugal é a mais detalhada e surge com 20 cartas particulares, não só por ser a mais conhecida do cartógrafo mas, certamente, pelo seu sistemático levantamento e as escalas variam entre a meia légua e as três léguas. O conceito de navegação em águas restritas não existia pelo que a cartografia náutica servia apenas a navegação em mar aberto. A representação cartográfica da costa é feita em projecção plana, sem referências de posição nem retícula de meridiana e paralelos.  Os desenhos são efectuados em perspectiva, como se o cartógrafo contemplasse a costa de um lugar elevado, situado no mar, característica da escola cartográfica náutica portuguesa, permitindo reconhecer o litoral e alguns aspectos morfológicos do interior.
Os portos e troços de costa, assumindo mais o aspecto de roteiro do que de carta náutica, surgem numa  pseudo-perspectiva  que não é totalmente sobreponível com as representações cartográficas dos dias de hoje. Vários planos portuários são apresentados como sendo vistos do mar, numa orientação ortogonal em relação ao plano cartográfico normal (i.e. com o ponto cardeal Leste no topo), o que, no fundo, acaba por não destoar da tradição geográfica ptolemaica/medieval. Ausência de informação batimétrica fora dos canais de acesso estabelecidos. Dos aspectos urbanísticos só se relevam aqueles que do ponto de vista do embarcado sejam  conhecenças  com interesse para a navegação, como acontece com a topografia e morfologia do terreno assinaladas.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
unidades de distância : milha italiana ≈ 180 metros légua portuguesa  ≈ 5920 metros = 3,197 milhas marítimas actuais unidades de curtas distâncias : no mar  era comum o uso de braças (antiga: 8 palmos ≈   1,76 m) em terra  usavam léguas, varas e passos, do mar para terra  usavam o alcance das armas: tiro de besta  ≈ 10m,  tiro de canhão  ≈ 15m, tiro de pedreiros  ≈ 20m,  tiro de arcabuz  ≈ 50m, tiro de canhão pedreiro  ou  tiro de mosquete  ≈ 100m, tiro de columbina  ou  tiro de bombas  ≈ 200m
A técnica de levantamento utilizada para recolha da informação tinha  duas fases : a) por terra, efectuando numerosas observações astronómicas e reconhecendo com grande minúcia o litoral, sem se afastar muito da linha de costa, sendo uma tarefa difícil, realizada a pé ou a cavalo, raramente utilizando caminhos, por inexistentes; b) por mar, usando os mesmos métodos rudimentares dos levantamentos oceânicos, ou seja: os rumos da agulha para definir ângulos e direcções entre lugares; as distâncias estimadas para avaliar o caminho percorrido pelos navios; as latitudes para definir a localização das principais posições da costa donde se marcavam as principais  conhecenças  costeiras por triangulação, usando a técnica conhecida entre os marinheiros de hoje como “marcar, navegar e tornar a marcar”.
As deslocações por mar, além de serem as formas mais rápidas de viajar junto ao litoral, eram essenciais para reconhecer os pontos inacessíveis por terra e para obter uma imagem fiel da orla costeira e das vistas desenhadas nas cartas particulares. Os navios usados, certamente que variaram em função da época, das necessidades de cada momento, do local e da disponibilidade. Os portugueses usaram barcas, barinéis, caravelões, caravelas e naus. Porém, nos levantamentos hidrográficos costeiros, as caravelas desempenharam as maiores tarefas.
As deslocações por mar, além de serem as formas mais rápidas de viajar junto ao litoral, eram essenciais para reconhecer os pontos inacessíveis por terra e para obter uma imagem fiel da orla costeira e das vistas desenhadas nas cartas particulares. Os navios usados, certamente que variaram em função da época, das necessidades de cada momento, do local e da disponibilidade. Os portugueses usaram barcas, barinéis, caravelões, caravelas e naus. Porém, nos levantamentos hidrográficos costeiros, as caravelas desempenharam as maiores tarefas.
Os problemas começam a surgir quando os navios, por razões de intensificação do comércio mundial, têm de navegar fora das águas onde os seus pilotos estão "práticos", isto é, onde navegam de "cor". Nesta altura, é necessário usar pilotos da zona, ou então estar de posse da informação redigida e apresentada segundo padrões compatíveis com os conhecimentos dos seus utilizadores: os pilotos. Para efeitos de segurança de navegação é essencial que as profundidades das águas costeiras e interiores, bem como dos baixios existentes nos oceanos, sejam conhecidas. Para além disso, também é importante o conhecimento da constituição do fundo, visto que permite caracterizar a tença e, consequentemente, a segurança do fundeadouro. Os instrumentos imprescindíveis para estas investigações eram a sonda e o prumo.
 
 
Bandeira Armorial da Casa de Áustria durante o domínio filipino no Reino de Portugal Campo I: armas de Castela Campo II: (dextra): armas de Aragão (sinistra): armas de Duas Sicílias Em ponta (I/II): armas de Granada Campo III: (em chefe): armas da Áustria (em ponta): antigas armas de Borgonha Campo IV: (em chefe): novas armas da Borgonha (em ponta): armas do Brabante Em abismo: (em chefe): armas de Portugal (o da ponta partido): (dextra): armas da Flandres (sinistra): armas do Tirol
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desta barra y rio Duero camina la costa al mediodia aziendo muy apazibles y anchas plaias de arena. Dos leguas se entra en el mar vn pequeño arroio, por junto a una peña que llaman de la Asorcira, adonde se trato azer vn fuerte, y para ese efecto fue alli el yngeniero Felipe Tercio, con yntento de que quitase a los piratas el sorgidero que hes cerca de tierra en diez y doze bracas de agua, adelante se estiende vna larga plaia al mediodia toda de arena, donde no puede parar nuio ninguno por la muncha resaca que la marea aze y aziendo sus ensenadas dura por espacio de nuebe leguas hasta la barra del rio bouza y antes de llegar vna legua dan fondo los nauios aunque sin muncho abrigo por ser baxa y toda plaia pero enel berano y con seguro tiempo ancoran en tres y quatro bracas de fondo, tiro de mosquetes apartados a la mar no auicado adonde parar en todo el espacio dicho sino este mal seguro sorgidero. Esta lauilla de Aueiro cituada en vn espacioso llano diuidela de sus arrebales el rio Vouga, hes toda cercada de fuertes muros y tan metida en la orilla meridional del dicho rio que le laua sus murallas comonicase con en burgo que queda ala otra parte del setentrion por vna hermosa y alta puente de cantaria adonde llegan los nauios adescargar sus mercancias su poblacion hes tan grande como noble, mostrando anthiguedad en sus ydeficios, muy rica de trato por la muncha sal que en su puerto se enbarca para munchas partes esta distante esta famosa villa de su barra tres leguas siendo el rio en toda esta distancia tan angosto que no llega atener por la parte por donde mas se ensancha vn tiro de escopeta.
Legua y media de lauilla orilla del dicho rio de vna parte y de la otra son todo salinas que se ynchen quando quieren con la marea por munchos braços de agua y esteros y despues les sierran coaxandose se benificia la sal quedando el otro espacio asta la barra todo vn alto y espacioso arenal de vna parte y de la otra la barra hes muy estrecha y dificil de tomar, tiene en medio vn banco de arena que en diferentes tiempos   se muda y vnas bezes se alla con mas fondo y otras con menos y de ordinario poco mas omenos tiene vna braça y dentro dos y asi ba por todo el rio menguando el fondo o cresiendo conforme se hallen los bancos de arena que en todo el son munchos hasta la villa. La corriente es apacibilisima por que aunque la mar ande por el cielo como los marineros dizen dentro no se conoçe diuidese este rio en tres bracos mas, que la marea ynche que son los principales y que se nauegan, el primero entrando por su barra a la parte del setentrion ba a vn lugar que llaman obar que queda de lauilla de Abeiro sinco leguas y a la del medio dia se entra otro que se nauega dos leguas esta la villa de bergos el otro camina al oriente otras dos leguas asta lauilla de engenga asiendo con estos referidos bracos de mar y otros munchos asi naturales como los que para el beneficio de la sal abren vn agradable leberintio de agua que aze apazible bista fabricanse eneste puerto orillas del rio galeones y nauios y otras enbarcaciones vzadas eneste Reyno de Portugal muy ligeras que llaman carabelas. Desta barra de Aueiro continua la costa como siempre vamos caminando al medio dia, toda como la pasada sin ningun abrigo nin surgidero, sinco leguas asta vna villa que en vn alto queda tiro de cañon apartado de la plaia, sin puerto mas que vna laguna donde ay grande pescaria, llamase el lugar Mira ...
 
 
Como refere o Capitão Tenente Moreira Silva trata-se mais de um  roteiro  do que de uma  carta náutica . E comenta, relativamente a Aveiro: “ Plano portuário ortogonal em relação à orientação cartográfica normal. Temos neste porto outro exemplo em que as construções portuárias alteraram em muito a sua configuração, nomeadamente em termos da orientação dos canais. A batimetria do Canal Principal surge muito alterada pelo efeito das dragagens.   A orientação geral da costa é correcta, embora actualmente o molhe Norte tenha provocado uma notória acumulação de areias junto à embocadura Norte, prolongando-a para Oeste.”
 
 
…  el lugar de Mira, nombre bien apropiado asu puerto porque descubre del todo lo que la bista puede alcansar de la mar de aqui nuebe leguas, todas casi deziertas sin poblacion surgidero ny plaia mas que vnos montes de arena y costa braua donde no puede parar baxel ninguno por ser syn ningun amparo, asta el monte de Buarcos que de la parte de setentrion se aze vna pequeña plaia donde estan vnas pocas cazas de pescadores que en sus barcos en bonanza salen apescar. Hes la altura deste monte de Buarcos apasible ala bista por se entrar mas que la costa dentro enel mar y ser la tierra que le queda a la parte del setentrion baxa se aze ael mas yminente, buelto de la parte del medíodia esta cituada en sus faldas algo llebantada de la plaia la villa de Buarcos, dan fondo en vna ensenada que con el dicho monte se abriga, enfrente de lauilla tiro de mosquete en seis y sinco bracas la villa es abierta y sin defenca si bien hes de grande población, tiene alas espaldas en vna parte eminente vn castillo antiguo asido siempre perseguida de los moros e ingleses que la an acometido y saqueado por berla tan desapercibida y sin defenca de aqui ba continuando al leuante aziendo la costa vna ensenada por espacio de vna legua asta la barra del rio Mondego que tiene la misma deficultad de tomar que las hia que las ya referidas por su angostura y poco fondo, no teniendo mas que treze palmos de agua y en el medio doze dentro dan fondo los nauios de la parte del mediodia enfrente de vn lugar de poca población que llaman Figeiras adonde se fabrican algunos nauios dentro se ensancha el rio a la parte del mediodia aziendo vna ensenada que tiene de ancho vna legua que con plena mar hesta toda cubierta y con baxa mar queda en seco tiene también salinas donde se beneficia tambien la sal, desta barra de Mondego continua toda la costa de arena syn puerto ny sorgidero, teniendo della tierra adentro algunas aldeas doze leguas asta vna punta de tierra alta taxada de la parte del poniente y mar, en lo alto della hesta vna iglesia muy suntuosa que llaman Nuestra Sra de Nazareth ….
 
 
Como refere o Capitão Tenente Moreira Silva trata-se mais de um  roteiro  do que de uma  carta náutica . E comenta: “O Cabo Mondego está no Atlas mais chegado para Sul, formando uma baía mais pronunciada do que é na realidade (a costa a Sul do Cabo tem a orientação W-E, quando na realidade toma uma direcção SE). A configuração do porto foi muito alterada pelas construções portuárias, onde a “barriga” fluvial das salinas foi substituída pelas docas do Cochim e dos Bacalhoeiros. O forte de Santa Catarina, que constituía o limite Norte da embocadura, está hoje rodeado pelas areias acumuladas pelo novo molhe Norte, mais exterior. A língua de areia no limite Sul (Cabedelo) está hoje mais recuada, tendo-se espraiado para W sobre o Molhe Sul.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

44 os loucos anos 20
44   os loucos anos 2044   os loucos anos 20
44 os loucos anos 20Carla Freitas
 
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militarVítor Santos
 
Os polos de desenvolvimento económico- Módulo 9
 Os polos de desenvolvimento económico- Módulo 9  Os polos de desenvolvimento económico- Módulo 9
Os polos de desenvolvimento económico- Módulo 9 nanasimao
 
A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90BarbaraSilveira9
 
Consequências da 2ª guerra mundial
Consequências da 2ª guerra mundialConsequências da 2ª guerra mundial
Consequências da 2ª guerra mundialCarla Teixeira
 
Os regimes fascista e nazi - Resumo - 9ºano
Os regimes fascista e nazi - Resumo - 9ºanoOs regimes fascista e nazi - Resumo - 9ºano
Os regimes fascista e nazi - Resumo - 9ºanoHizqeelMajoka
 
Consequências da 1ª Guerra Mundial
Consequências da 1ª Guerra MundialConsequências da 1ª Guerra Mundial
Consequências da 1ª Guerra MundialMaria Gomes
 
Guerra civil espanhola
Guerra civil espanholaGuerra civil espanhola
Guerra civil espanholaceufaias
 

Mais procurados (20)

O Nazismo
O NazismoO Nazismo
O Nazismo
 
II Guerra Mundial
II Guerra MundialII Guerra Mundial
II Guerra Mundial
 
44 os loucos anos 20
44   os loucos anos 2044   os loucos anos 20
44 os loucos anos 20
 
Industria
IndustriaIndustria
Industria
 
Primeira Guerra Mundial
Primeira Guerra MundialPrimeira Guerra Mundial
Primeira Guerra Mundial
 
A produção industrial
A produção industrialA produção industrial
A produção industrial
 
Crise de 1929
Crise de 1929Crise de 1929
Crise de 1929
 
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
 
Os polos de desenvolvimento económico- Módulo 9
 Os polos de desenvolvimento económico- Módulo 9  Os polos de desenvolvimento económico- Módulo 9
Os polos de desenvolvimento económico- Módulo 9
 
A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90
 
Consequências da 2ª guerra mundial
Consequências da 2ª guerra mundialConsequências da 2ª guerra mundial
Consequências da 2ª guerra mundial
 
8º absolutismo
8º   absolutismo8º   absolutismo
8º absolutismo
 
Tratado de versalhes
Tratado de versalhesTratado de versalhes
Tratado de versalhes
 
Maio de 1968
Maio de 1968Maio de 1968
Maio de 1968
 
Os regimes fascista e nazi - Resumo - 9ºano
Os regimes fascista e nazi - Resumo - 9ºanoOs regimes fascista e nazi - Resumo - 9ºano
Os regimes fascista e nazi - Resumo - 9ºano
 
Consequências da 1ª Guerra Mundial
Consequências da 1ª Guerra MundialConsequências da 1ª Guerra Mundial
Consequências da 1ª Guerra Mundial
 
Guerra civil espanhola
Guerra civil espanholaGuerra civil espanhola
Guerra civil espanhola
 
2º ano - Primeira Guerra Mundial
2º ano - Primeira Guerra Mundial2º ano - Primeira Guerra Mundial
2º ano - Primeira Guerra Mundial
 
A Industria
A IndustriaA Industria
A Industria
 
I Guerra Mundial
I Guerra MundialI Guerra Mundial
I Guerra Mundial
 

Semelhante a Uma aproximação geopolítica ao Atlas de Pedro Teixeira de 1634

Aula 07 expansão marítima européia
Aula 07   expansão marítima européiaAula 07   expansão marítima européia
Aula 07 expansão marítima européiaJonatas Carlos
 
Grab is lista 04 his not
Grab is   lista 04 his notGrab is   lista 04 his not
Grab is lista 04 his notcesec
 
Frente1 módulos 1 e 2 expansão marítima
Frente1 módulos 1 e 2 expansão marítimaFrente1 módulos 1 e 2 expansão marítima
Frente1 módulos 1 e 2 expansão marítimaLú Carvalho
 
Expansão Marítima Europeia
Expansão Marítima EuropeiaExpansão Marítima Europeia
Expansão Marítima Europeiavictorjunio82
 
Expansão marítima europeia
Expansão marítima europeiaExpansão marítima europeia
Expansão marítima europeiaElton Zanoni
 
Mercantilismo e Expansão Ultramarina
Mercantilismo e Expansão UltramarinaMercantilismo e Expansão Ultramarina
Mercantilismo e Expansão UltramarinaAuxiliadora
 
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdfVítor Santos
 
Mercantilismo Navegacoes
Mercantilismo NavegacoesMercantilismo Navegacoes
Mercantilismo Navegacoesdmflores21
 
Revisão de história 1º ano
Revisão de história 1º anoRevisão de história 1º ano
Revisão de história 1º anoeunamahcado
 
Lista de exercícios expansão marítima ibérica e período pré-colonial
Lista de exercícios   expansão marítima ibérica e período pré-colonialLista de exercícios   expansão marítima ibérica e período pré-colonial
Lista de exercícios expansão marítima ibérica e período pré-colonialFelipe Vaitsman
 
# EXPANSAO PORTUGUESA.pdf
# EXPANSAO PORTUGUESA.pdf# EXPANSAO PORTUGUESA.pdf
# EXPANSAO PORTUGUESA.pdffilipe913355
 
modulo-3-abertura-europeia-ao-mundo.pdf
modulo-3-abertura-europeia-ao-mundo.pdfmodulo-3-abertura-europeia-ao-mundo.pdf
modulo-3-abertura-europeia-ao-mundo.pdfTânia Marques André
 
O alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundoO alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundocattonia
 

Semelhante a Uma aproximação geopolítica ao Atlas de Pedro Teixeira de 1634 (20)

Aula 07 expansão marítima européia
Aula 07   expansão marítima européiaAula 07   expansão marítima européia
Aula 07 expansão marítima européia
 
Grab is lista 04 his not
Grab is   lista 04 his notGrab is   lista 04 his not
Grab is lista 04 his not
 
Frente1 módulos 1 e 2 expansão marítima
Frente1 módulos 1 e 2 expansão marítimaFrente1 módulos 1 e 2 expansão marítima
Frente1 módulos 1 e 2 expansão marítima
 
Mello e souza_laura_de_o_nome_do_brasil
Mello e souza_laura_de_o_nome_do_brasilMello e souza_laura_de_o_nome_do_brasil
Mello e souza_laura_de_o_nome_do_brasil
 
Expansão Marítima Europeia
Expansão Marítima EuropeiaExpansão Marítima Europeia
Expansão Marítima Europeia
 
Expansão marítima europeia
Expansão marítima europeiaExpansão marítima europeia
Expansão marítima europeia
 
Mercantilismo e Expansão Ultramarina
Mercantilismo e Expansão UltramarinaMercantilismo e Expansão Ultramarina
Mercantilismo e Expansão Ultramarina
 
3 a abertura europeia ao mundo
3   a abertura europeia ao mundo3   a abertura europeia ao mundo
3 a abertura europeia ao mundo
 
Mercantilismo
MercantilismoMercantilismo
Mercantilismo
 
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
 
A abertura ao mundo
A abertura ao mundoA abertura ao mundo
A abertura ao mundo
 
Mercantilismo Navegacoes
Mercantilismo NavegacoesMercantilismo Navegacoes
Mercantilismo Navegacoes
 
Revisão de história 1º ano
Revisão de história 1º anoRevisão de história 1º ano
Revisão de história 1º ano
 
História A - módulo 3, 4 e 6
História A - módulo 3, 4 e 6História A - módulo 3, 4 e 6
História A - módulo 3, 4 e 6
 
Lista de exercícios expansão marítima ibérica e período pré-colonial
Lista de exercícios   expansão marítima ibérica e período pré-colonialLista de exercícios   expansão marítima ibérica e período pré-colonial
Lista de exercícios expansão marítima ibérica e período pré-colonial
 
# EXPANSAO PORTUGUESA.pdf
# EXPANSAO PORTUGUESA.pdf# EXPANSAO PORTUGUESA.pdf
# EXPANSAO PORTUGUESA.pdf
 
modulo-3-abertura-europeia-ao-mundo.pdf
modulo-3-abertura-europeia-ao-mundo.pdfmodulo-3-abertura-europeia-ao-mundo.pdf
modulo-3-abertura-europeia-ao-mundo.pdf
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Expansão marítima e comercial pdf
Expansão marítima e comercial pdfExpansão marítima e comercial pdf
Expansão marítima e comercial pdf
 
O alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundoO alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundo
 

Mais de ISCIA

Grande Segurança para Portugal em Tempo de Globalização
Grande Segurança para Portugal em Tempo de GlobalizaçãoGrande Segurança para Portugal em Tempo de Globalização
Grande Segurança para Portugal em Tempo de GlobalizaçãoISCIA
 
A Teoria das Envolventes
A Teoria das EnvolventesA Teoria das Envolventes
A Teoria das EnvolventesISCIA
 
Jogo Colorido
Jogo ColoridoJogo Colorido
Jogo ColoridoISCIA
 
La enseñanza em red y el blended learning
La enseñanza em red y el blended learningLa enseñanza em red y el blended learning
La enseñanza em red y el blended learningISCIA
 
Caruosh – Episódio III
Caruosh – Episódio IIICaruosh – Episódio III
Caruosh – Episódio IIIISCIA
 
As mudanças de paradigma na educação superior
As mudanças de paradigma na educação superiorAs mudanças de paradigma na educação superior
As mudanças de paradigma na educação superiorISCIA
 
ISCIA em destaque na Revista “Alto Risco”
ISCIA em destaque na Revista “Alto Risco”ISCIA em destaque na Revista “Alto Risco”
ISCIA em destaque na Revista “Alto Risco”ISCIA
 
Rastos na Noite
Rastos na NoiteRastos na Noite
Rastos na NoiteISCIA
 
Caruosh – Episódio II
Caruosh – Episódio IICaruosh – Episódio II
Caruosh – Episódio IIISCIA
 
Caruosh – Episódio I
Caruosh – Episódio ICaruosh – Episódio I
Caruosh – Episódio IISCIA
 
Expressões de Vida
Expressões de VidaExpressões de Vida
Expressões de VidaISCIA
 
Esse amor de água
Esse amor de águaEsse amor de água
Esse amor de águaISCIA
 

Mais de ISCIA (12)

Grande Segurança para Portugal em Tempo de Globalização
Grande Segurança para Portugal em Tempo de GlobalizaçãoGrande Segurança para Portugal em Tempo de Globalização
Grande Segurança para Portugal em Tempo de Globalização
 
A Teoria das Envolventes
A Teoria das EnvolventesA Teoria das Envolventes
A Teoria das Envolventes
 
Jogo Colorido
Jogo ColoridoJogo Colorido
Jogo Colorido
 
La enseñanza em red y el blended learning
La enseñanza em red y el blended learningLa enseñanza em red y el blended learning
La enseñanza em red y el blended learning
 
Caruosh – Episódio III
Caruosh – Episódio IIICaruosh – Episódio III
Caruosh – Episódio III
 
As mudanças de paradigma na educação superior
As mudanças de paradigma na educação superiorAs mudanças de paradigma na educação superior
As mudanças de paradigma na educação superior
 
ISCIA em destaque na Revista “Alto Risco”
ISCIA em destaque na Revista “Alto Risco”ISCIA em destaque na Revista “Alto Risco”
ISCIA em destaque na Revista “Alto Risco”
 
Rastos na Noite
Rastos na NoiteRastos na Noite
Rastos na Noite
 
Caruosh – Episódio II
Caruosh – Episódio IICaruosh – Episódio II
Caruosh – Episódio II
 
Caruosh – Episódio I
Caruosh – Episódio ICaruosh – Episódio I
Caruosh – Episódio I
 
Expressões de Vida
Expressões de VidaExpressões de Vida
Expressões de Vida
 
Esse amor de água
Esse amor de águaEsse amor de água
Esse amor de água
 

Último

DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 

Último (20)

DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 

Uma aproximação geopolítica ao Atlas de Pedro Teixeira de 1634

  • 1. uma aproximação geopolítica ao Atlas de Pedro Teixeira de 1634 Armando Teixeira Carneiro (Vice-Presidente do CPG – Centro Português de Geopolítica) Palestra no Museu Marítimo de Ílhavo 2007.03.16 21:00Hm Armando Teixeira Carneiro (Vice-Presidente do CPG – Centro Português de Geopolítica) Palestra no Museu Marítimo de Ílhavo 2007.03.16 21:00Hm Rotary Club de Aveiro Rotary Club de Ílhavo
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. modelos de Mackinder modelo de 1904 modelo de 1943 Hearthland Midland Ocean massa continental eurasiana potências marítimas
  • 6. modelo de Spykman Rimland : anel interior 1944 Ilhas e Continentes exteriores Cintura oceânica
  • 7. modelo terrestre hausshoferiano Karl Hausshofer (1869-1946) modelo terrestre desenvolvido sobre os meridianos ( espaços Norte-Sul ) recuperação de conceito de Friederich Ratzel: Lebensraum (espaço vital) Pacto de Aço: 1939.05.22 reafirmando o Eixo Roma-Berlim de 1936 Pacto de Não Agressão Germano-Soviético: 1939.08.23
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Algoritmos geopolíticos 1 equação do poder de Ray S. Cline : P = f [Σ(C+E+M).Σ(S+W)] factores potenciadores de modulação P: potencial estratégico percebido, C: massa crítica : C = f (T,P) T: território , P: população , E : capacidade económica do Estado , M: capacidade militar , S: valor da estratégia nacional e W: determinação nacional . equação de potencial de Nicholas Spykman: P l,t = f (Q, E -1 , D -1 ) P: poder em dado local, l, e em determinado momento, t, Q: potencial mássico = somatório das forças materiais, E: dinâmica (resiliência) do meio, D: distância do centro de poder ao ponto de aplicação local, l.
  • 14. Algoritmos geopolíticos 2 os resultados do domínio prolongado de um Estado-nação sobre outras sociedades diversas e com diferentes populações e graus civilizacionais próprios são analisados pelo algoritmo: grau de influência civilizacional de A. Estrela Teixeira: G = f (T, P%, D -1 , CA -1 , CS -1 ) T: tempo de domínio , P%: percentagem da população da sociedade dominante deslocada relativamente à população local , D: distância entre o território dominado e o centro da sociedade dominadora, CA: características civilizacionais da sociedade antecedente no local, CS: grau de coesão social . Um dos componentes mais importantes da cultura transferida , ou cultura absorvida , é a língua como vector fundamental de comunicação.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. O declínio do domínio marítimo português começa a verificar-se no segundo quartel do século XVI e agrava-se com a unificação ibérica já que Castela se encontrava também em fase descendente e nunca havia sido uma verdadeira nação marítima. os Reis da Dinastia de Aviz principais actores do momento estelar de Portugal D. Afonso V D. João II D. Manuel I D. João III D. Sebastião 1432-1481 1455-1495 1469-1521 1502-1557 1554-1578 1438-1481 1481-1495 1495-1521 1521-1557 1557-1578
  • 21.
  • 22. A partilha resultante do Tratado de Alcáçovas
  • 23.
  • 25. Folio final do exemplar espanhol do Tratado de Tordesillas
  • 26.
  • 27. A partilha resultante do Tratado de Tordesillas e da Escritura de Zaragoza o primeiro modelo bipolar mundial
  • 28. Felipe II Felipe III Felipe IV A dinastia da Casa de Áustria começada com Carlos I de Castela (Imperador Carlos V) e continuada por Felipe II teve com eles um período de expansão e grandeza mas a partir de Felipe III iniciou-se o ciclo dos “ Austrias menores ” que marcou o começo do declínio de Espanha como grande potência. os Reis da Dinastia Filipina em Portugal D. Filipe I D. Filipe II D. Filipe III 1527-1598 1578-1621 1605-1665 1580-1598 1598-1621 1621-1640
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. a importância dos cartógrafos portugueses em Espanha João Batista Lavanha : professor de Matemática de Felipe IV de Espanha Cosmógrafo-Mór do Reino de Portugal Pedro Teixeira Albernaz : vários trabalhos para Felipe III e Felipe IV em co-autoria com o irmão João Teixeira Albernaz e sob orientação de seu Mestre João Batista Lavanha último trabalho: Cartografia Monumental da Villa de Madrid (1656)
  • 36.
  • 37.  
  • 38.  
  • 39.  
  • 40.  
  • 41.  
  • 42.  
  • 43.  
  • 44.  
  • 45.  
  • 46.  
  • 47.
  • 48.  
  • 49. A costa de Portugal é a mais detalhada e surge com 20 cartas particulares, não só por ser a mais conhecida do cartógrafo mas, certamente, pelo seu sistemático levantamento e as escalas variam entre a meia légua e as três léguas. O conceito de navegação em águas restritas não existia pelo que a cartografia náutica servia apenas a navegação em mar aberto. A representação cartográfica da costa é feita em projecção plana, sem referências de posição nem retícula de meridiana e paralelos. Os desenhos são efectuados em perspectiva, como se o cartógrafo contemplasse a costa de um lugar elevado, situado no mar, característica da escola cartográfica náutica portuguesa, permitindo reconhecer o litoral e alguns aspectos morfológicos do interior.
  • 50. Os portos e troços de costa, assumindo mais o aspecto de roteiro do que de carta náutica, surgem numa pseudo-perspectiva que não é totalmente sobreponível com as representações cartográficas dos dias de hoje. Vários planos portuários são apresentados como sendo vistos do mar, numa orientação ortogonal em relação ao plano cartográfico normal (i.e. com o ponto cardeal Leste no topo), o que, no fundo, acaba por não destoar da tradição geográfica ptolemaica/medieval. Ausência de informação batimétrica fora dos canais de acesso estabelecidos. Dos aspectos urbanísticos só se relevam aqueles que do ponto de vista do embarcado sejam conhecenças com interesse para a navegação, como acontece com a topografia e morfologia do terreno assinaladas.
  • 51.
  • 52. unidades de distância : milha italiana ≈ 180 metros légua portuguesa ≈ 5920 metros = 3,197 milhas marítimas actuais unidades de curtas distâncias : no mar era comum o uso de braças (antiga: 8 palmos ≈ 1,76 m) em terra usavam léguas, varas e passos, do mar para terra usavam o alcance das armas: tiro de besta ≈ 10m, tiro de canhão ≈ 15m, tiro de pedreiros ≈ 20m, tiro de arcabuz ≈ 50m, tiro de canhão pedreiro ou tiro de mosquete ≈ 100m, tiro de columbina ou tiro de bombas ≈ 200m
  • 53. A técnica de levantamento utilizada para recolha da informação tinha duas fases : a) por terra, efectuando numerosas observações astronómicas e reconhecendo com grande minúcia o litoral, sem se afastar muito da linha de costa, sendo uma tarefa difícil, realizada a pé ou a cavalo, raramente utilizando caminhos, por inexistentes; b) por mar, usando os mesmos métodos rudimentares dos levantamentos oceânicos, ou seja: os rumos da agulha para definir ângulos e direcções entre lugares; as distâncias estimadas para avaliar o caminho percorrido pelos navios; as latitudes para definir a localização das principais posições da costa donde se marcavam as principais conhecenças costeiras por triangulação, usando a técnica conhecida entre os marinheiros de hoje como “marcar, navegar e tornar a marcar”.
  • 54. As deslocações por mar, além de serem as formas mais rápidas de viajar junto ao litoral, eram essenciais para reconhecer os pontos inacessíveis por terra e para obter uma imagem fiel da orla costeira e das vistas desenhadas nas cartas particulares. Os navios usados, certamente que variaram em função da época, das necessidades de cada momento, do local e da disponibilidade. Os portugueses usaram barcas, barinéis, caravelões, caravelas e naus. Porém, nos levantamentos hidrográficos costeiros, as caravelas desempenharam as maiores tarefas.
  • 55. As deslocações por mar, além de serem as formas mais rápidas de viajar junto ao litoral, eram essenciais para reconhecer os pontos inacessíveis por terra e para obter uma imagem fiel da orla costeira e das vistas desenhadas nas cartas particulares. Os navios usados, certamente que variaram em função da época, das necessidades de cada momento, do local e da disponibilidade. Os portugueses usaram barcas, barinéis, caravelões, caravelas e naus. Porém, nos levantamentos hidrográficos costeiros, as caravelas desempenharam as maiores tarefas.
  • 56. Os problemas começam a surgir quando os navios, por razões de intensificação do comércio mundial, têm de navegar fora das águas onde os seus pilotos estão "práticos", isto é, onde navegam de "cor". Nesta altura, é necessário usar pilotos da zona, ou então estar de posse da informação redigida e apresentada segundo padrões compatíveis com os conhecimentos dos seus utilizadores: os pilotos. Para efeitos de segurança de navegação é essencial que as profundidades das águas costeiras e interiores, bem como dos baixios existentes nos oceanos, sejam conhecidas. Para além disso, também é importante o conhecimento da constituição do fundo, visto que permite caracterizar a tença e, consequentemente, a segurança do fundeadouro. Os instrumentos imprescindíveis para estas investigações eram a sonda e o prumo.
  • 57.  
  • 58.  
  • 59. Bandeira Armorial da Casa de Áustria durante o domínio filipino no Reino de Portugal Campo I: armas de Castela Campo II: (dextra): armas de Aragão (sinistra): armas de Duas Sicílias Em ponta (I/II): armas de Granada Campo III: (em chefe): armas da Áustria (em ponta): antigas armas de Borgonha Campo IV: (em chefe): novas armas da Borgonha (em ponta): armas do Brabante Em abismo: (em chefe): armas de Portugal (o da ponta partido): (dextra): armas da Flandres (sinistra): armas do Tirol
  • 60.  
  • 61.  
  • 62.  
  • 63.  
  • 64.  
  • 65.  
  • 66.  
  • 67.  
  • 68.  
  • 69.  
  • 70.  
  • 71.  
  • 72. Desta barra y rio Duero camina la costa al mediodia aziendo muy apazibles y anchas plaias de arena. Dos leguas se entra en el mar vn pequeño arroio, por junto a una peña que llaman de la Asorcira, adonde se trato azer vn fuerte, y para ese efecto fue alli el yngeniero Felipe Tercio, con yntento de que quitase a los piratas el sorgidero que hes cerca de tierra en diez y doze bracas de agua, adelante se estiende vna larga plaia al mediodia toda de arena, donde no puede parar nuio ninguno por la muncha resaca que la marea aze y aziendo sus ensenadas dura por espacio de nuebe leguas hasta la barra del rio bouza y antes de llegar vna legua dan fondo los nauios aunque sin muncho abrigo por ser baxa y toda plaia pero enel berano y con seguro tiempo ancoran en tres y quatro bracas de fondo, tiro de mosquetes apartados a la mar no auicado adonde parar en todo el espacio dicho sino este mal seguro sorgidero. Esta lauilla de Aueiro cituada en vn espacioso llano diuidela de sus arrebales el rio Vouga, hes toda cercada de fuertes muros y tan metida en la orilla meridional del dicho rio que le laua sus murallas comonicase con en burgo que queda ala otra parte del setentrion por vna hermosa y alta puente de cantaria adonde llegan los nauios adescargar sus mercancias su poblacion hes tan grande como noble, mostrando anthiguedad en sus ydeficios, muy rica de trato por la muncha sal que en su puerto se enbarca para munchas partes esta distante esta famosa villa de su barra tres leguas siendo el rio en toda esta distancia tan angosto que no llega atener por la parte por donde mas se ensancha vn tiro de escopeta.
  • 73. Legua y media de lauilla orilla del dicho rio de vna parte y de la otra son todo salinas que se ynchen quando quieren con la marea por munchos braços de agua y esteros y despues les sierran coaxandose se benificia la sal quedando el otro espacio asta la barra todo vn alto y espacioso arenal de vna parte y de la otra la barra hes muy estrecha y dificil de tomar, tiene en medio vn banco de arena que en diferentes tiempos se muda y vnas bezes se alla con mas fondo y otras con menos y de ordinario poco mas omenos tiene vna braça y dentro dos y asi ba por todo el rio menguando el fondo o cresiendo conforme se hallen los bancos de arena que en todo el son munchos hasta la villa. La corriente es apacibilisima por que aunque la mar ande por el cielo como los marineros dizen dentro no se conoçe diuidese este rio en tres bracos mas, que la marea ynche que son los principales y que se nauegan, el primero entrando por su barra a la parte del setentrion ba a vn lugar que llaman obar que queda de lauilla de Abeiro sinco leguas y a la del medio dia se entra otro que se nauega dos leguas esta la villa de bergos el otro camina al oriente otras dos leguas asta lauilla de engenga asiendo con estos referidos bracos de mar y otros munchos asi naturales como los que para el beneficio de la sal abren vn agradable leberintio de agua que aze apazible bista fabricanse eneste puerto orillas del rio galeones y nauios y otras enbarcaciones vzadas eneste Reyno de Portugal muy ligeras que llaman carabelas. Desta barra de Aueiro continua la costa como siempre vamos caminando al medio dia, toda como la pasada sin ningun abrigo nin surgidero, sinco leguas asta vna villa que en vn alto queda tiro de cañon apartado de la plaia, sin puerto mas que vna laguna donde ay grande pescaria, llamase el lugar Mira ...
  • 74.  
  • 75.  
  • 76. Como refere o Capitão Tenente Moreira Silva trata-se mais de um roteiro do que de uma carta náutica . E comenta, relativamente a Aveiro: “ Plano portuário ortogonal em relação à orientação cartográfica normal. Temos neste porto outro exemplo em que as construções portuárias alteraram em muito a sua configuração, nomeadamente em termos da orientação dos canais. A batimetria do Canal Principal surge muito alterada pelo efeito das dragagens. A orientação geral da costa é correcta, embora actualmente o molhe Norte tenha provocado uma notória acumulação de areias junto à embocadura Norte, prolongando-a para Oeste.”
  • 77.  
  • 78.  
  • 79. … el lugar de Mira, nombre bien apropiado asu puerto porque descubre del todo lo que la bista puede alcansar de la mar de aqui nuebe leguas, todas casi deziertas sin poblacion surgidero ny plaia mas que vnos montes de arena y costa braua donde no puede parar baxel ninguno por ser syn ningun amparo, asta el monte de Buarcos que de la parte de setentrion se aze vna pequeña plaia donde estan vnas pocas cazas de pescadores que en sus barcos en bonanza salen apescar. Hes la altura deste monte de Buarcos apasible ala bista por se entrar mas que la costa dentro enel mar y ser la tierra que le queda a la parte del setentrion baxa se aze ael mas yminente, buelto de la parte del medíodia esta cituada en sus faldas algo llebantada de la plaia la villa de Buarcos, dan fondo en vna ensenada que con el dicho monte se abriga, enfrente de lauilla tiro de mosquete en seis y sinco bracas la villa es abierta y sin defenca si bien hes de grande población, tiene alas espaldas en vna parte eminente vn castillo antiguo asido siempre perseguida de los moros e ingleses que la an acometido y saqueado por berla tan desapercibida y sin defenca de aqui ba continuando al leuante aziendo la costa vna ensenada por espacio de vna legua asta la barra del rio Mondego que tiene la misma deficultad de tomar que las hia que las ya referidas por su angostura y poco fondo, no teniendo mas que treze palmos de agua y en el medio doze dentro dan fondo los nauios de la parte del mediodia enfrente de vn lugar de poca población que llaman Figeiras adonde se fabrican algunos nauios dentro se ensancha el rio a la parte del mediodia aziendo vna ensenada que tiene de ancho vna legua que con plena mar hesta toda cubierta y con baxa mar queda en seco tiene también salinas donde se beneficia tambien la sal, desta barra de Mondego continua toda la costa de arena syn puerto ny sorgidero, teniendo della tierra adentro algunas aldeas doze leguas asta vna punta de tierra alta taxada de la parte del poniente y mar, en lo alto della hesta vna iglesia muy suntuosa que llaman Nuestra Sra de Nazareth ….
  • 80.  
  • 81.  
  • 82. Como refere o Capitão Tenente Moreira Silva trata-se mais de um roteiro do que de uma carta náutica . E comenta: “O Cabo Mondego está no Atlas mais chegado para Sul, formando uma baía mais pronunciada do que é na realidade (a costa a Sul do Cabo tem a orientação W-E, quando na realidade toma uma direcção SE). A configuração do porto foi muito alterada pelas construções portuárias, onde a “barriga” fluvial das salinas foi substituída pelas docas do Cochim e dos Bacalhoeiros. O forte de Santa Catarina, que constituía o limite Norte da embocadura, está hoje rodeado pelas areias acumuladas pelo novo molhe Norte, mais exterior. A língua de areia no limite Sul (Cabedelo) está hoje mais recuada, tendo-se espraiado para W sobre o Molhe Sul.”
  • 83.  
  • 84.  
  • 85.  
  • 86.  
  • 87.  
  • 88.  
  • 89.  
  • 90.  
  • 91.  
  • 92.  
  • 93.  
  • 94.  
  • 95.  
  • 96.  
  • 97.  
  • 98.  
  • 99.  
  • 100.  
  • 101.  
  • 102.  
  • 103.  
  • 104.