2. ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A
PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS
Escolha do terreno para produção
– É uma ideia errada que qualquer terreno serve para
cultivar PAM. A maioria das espécies têm o mesmo
tipo de exigências que a horticultura. Existem até,
várias espécies com exigências particulares (meia
sombra, etc. )
3. ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A
PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS
Capacidade de rega
– A rega é fundamental na
maioria das espécies,
ara obter colheitas de
qualidade.
O sistema de rega deverá
ser projectado de acordo
com as espécies a
produzir.
4. ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A
PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS
Nível de Mecanização pretendido
– Independentemente da escala de mecanização
pretendida, quanto mais se conseguir mecanizar
melhor. Existem muitas poucas máquinas
desenhadas especificamente para a produção das
PAM. Mas existem diversas máquinas agrícolas
possíveis de adaptações.
5. ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A
PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS
Mão-de-obra disponível:
– Especialmente para mondas e colheitas
Infra-estruturas da exploração:
– Secador de PAM
– Armazém para processamento e acondicionamento
das PAM.
6. ESPÉCIES COM FINS COMERCIAIS
Existem várias centenas de espécies de ervas com interesse comercial!
Em Portugal cerca de 100 espécies poderão ter interesse!
Mas como uma velha lei de Marketing diz:
“À venda dos 80 % dos produtos de uma empresa,
correspondem apenas a 20 % do total das suas receitas e vice
versa”.
8. Circuito da Produção PAM
Sementeira,
Divisão ou
enraizamento em
viveiro
Plantação
Cultura em Campo SECAGEM
Armazenagem
Entrada no circuito
Comercial para ervas
em seco
Entrada no circuito
Comercial para ervas
em fresco
Colheita
Colheita
Acondicionamento
10. ARMAZENAGEM DAS PAM
SECAS
Só plantas totalmente secas podem ser armazenadas.
Garantir que no local de armazenagem não haverá perca de
qualidade. Os motivos poderão ser:
• Contaminações orgânicas (insectos, roedores, etc. ) ou inorgânicas
(exposição à luz solar, exposição à humidade).
FRESCAS
Conservação em frio
Dependendo das espécies podem manter a qualidade de
comercialização 3 a 5 dias em frigorífico com capacidade de
humidificação.
Congelação
Deverá obedecer às regras de congelação de legumes. Quanto mais
rápido o processo melhor a qualidade do produto.
13. Secagem das PAM
À sombra para que se garanta a perda mínima de cor,
cheiro, sabor e substâncias ativas pela ação do Sol.
Decorrer no mínimo espaço de tempo possível, para
garantir a perda mínima de substâncias ativas pela ação
de enzimas e não contaminação por fungos ou outros
agentes nocivos.
14. Secagem das PAM
Ao longo do tempo têm sido referidas como
temperaturas de referência as compreendidas
entre os 25º e os 40 º para uma secagem de
óptima qualidade.
– Secagem natural
• Percorrendo à temperatura ambiente e circulação
natural do ar
– Secagem forçada
• Com recurso a temperatura, ventilação e
desumidificação artificial.
15. PROCESSAMENTO INDÚSTRIAL
Macerações
– Óleos macerados
– Tinturas
Extração de óleos
– Óleos essenciais
– Hidrolatos/ aguas florais
Extracção, isolamento e estabilização de
substâncias ativas.
16. COMERCIALIZAÇÃO
o FORMAS DE COMERCIALIZAR
o MERCADOS POTENCIAIS
o CIRCUITOS COMERCIAIS
o EMBALAGEM E ROTULAGEM
17. FORMAS DE COMERCIALIZAR
Plantas
Vivas Fresco Transformadas
Processamento
simples
Processamento
industrial
Raiz nua
Alvéolos
Envasadas
…
Granel
Molhos
Embaladas (inteiras,
picadas, etc.)
Secas
Congeladas
Extracção de óleos
Macerações
Isolamento e
extracção de
princípios activos
19. MERCADOS POTENCIAIS DAS PAM
Plantas vivas
Jardins
Espaços Públicos
Produtores
Consumidor final
Revendedores
especializados
Para a colocação
nestes mercados as
PAM poderão ser
mais valorizadas
pela embalagem
utilizada
20. MERCADOS POTENCIAIS DAS PAM
Frescas
Granel,
Molhos
Embalados
Superfícies
comerciais
Distribuidores
Embaladores
Indústria
Consumidor final
Hotelaria
Para colocação
nestes mercados as
PAM poderão ser
mais valorizadas
pela embalagem
utilizada
21. TRANSFORMADAS
Processamento Simples
Secas Congeladas
Granel Embalada Granel Embalada
Inteira
Cortada
Triturada
Pó
Marca própria
Marca branca
Inteira
Cortada
Triturada
Marca Própria
Marca Branca
Processamento Industrial
Extracção de
óleos
Macerações Isolamento e estabilização de
princípios activos
Óleos essenciais
Essências florais
…
Tinturas
Óleos macerados
…
22. Mercados potenciais para ervas- Processadas
simples
Ervas secas
Congeladas
…
Superfícies
Comerciais
Lojas
especializadas
Distribuidores
Embaladores
Consumidor
final
Indústria
Para a colocação nestes mercados
As ervas serão comercializadas
em embalagem adequada.
23. Mercados potenciais para ervas- Processadas
industrialmente
Produto final,
Óleos
Extractos
…
Lojas
especializadas
Industria
Consumidor
final
Produtores
Hotelaria
O produto a
comercializar e o
mercado para a sua
colocação
condicionam a
embalagem a usar.
24. Caracterização dos circuitos comercias
Cada empresa (produtora, transformadora,
distribuidora, etc.) foi/ vai criando os seus circuitos.
25. CIRCUITO COMERCIAL PARA ERVAS EM FRESCO
Secagem
Trasnforamção
…
Secagem
Transformação,…
Colheita na
exploração
Posto de
venda
Distribuidor
Grossista
Indústria
especializada
Indústria
farmacêutica
Consumidor
final
Ponto de
Venda
Consumidor
final
Indústria
farmacêutica
Transporte
Transporte
Transporte
26. CIRCUITO COMERCIAL PARA ERVAS SECAS
Secagem
Transformação
…
Embalagem
Transformação,…
Operador
especializado
Posto de
venda
Distribuidor
Grossista
Indústria
especializada
Indústria
farmacêutica
Consumidor
final
Ponto de
Venda
Consumidor
final
Indústria
farmacêutica
Transporte
Transporte
Transporte
Colheita na
Exploração
27. CIRCUITO COMERCIAL PARA A INDÚSTRIA
Secagem
Transformação
…
Trasnformação
Operador
especializado
Posto de
venda
Distribuidor
Grossista
Indústria
especializada
Indústria
farmacêutica
Consumidor
final
Ponto de
Venda
Consumidor
final
Indústria
farmacêutica
Transporte
Transporte
Colheita na
Exploração
28. EMBALAGENS E ROTULAGEM
NORMAS!
Ausência de normas específicas para os produtos
provenientes das PAM
É fundamental ter em conta:
As normas para a embalagem e rotulagem de
produtos alimentares;
Embalagens herméticas, que evitem as percas de
aromas e odores;
Opacas, para proteger a ação da luz solar.
29. Embalagens e Rotulagem:
Que imagem queremos passar ao consumidor?
Uma imagem de credibilidade!
Apostar em produtos que apelem aos sentidos (olfato,
paladar, etc.).
Combater a imagem associada ao “crendismo” e folclore de
esoterismo .
Valorizar os usos tradicionais suportados em dados científicos
30. As aromáticas: potencialidades e alternativas para o
desenvolvimento rural
Certificação em Agricultura Biológica
Porquê optar pelo Modo de Produção Biológico?
Agricultura Biológica
Certificação
Legislação
Potencialidade das PAM
Alternativa viável no sector agrícola, como motor de desenvolvimento económico em
termos rurais
Inovação de Produtos e Usos, Na preservação e re-descoberta do património rural
Valorização e inovação da gastronomia
As PAM no contexto da EU e Mundial
No Universo das PAM
Valor do Mercado Mundial de PAM
31. Porquê optar pelo Modo de Produção
Biológico
Razões de âmbito geral:
O consumidor está a cada dia que passa mais esclarecido e
exigente;
As preocupações com a saúde e bem-estar estão a aumentar;
A responsabilidade ambiental é cada vez maior.
Dentro de pouco tempo vamos começar a pagar por aquilo que
poluímos. As empresas que não forem ambientalmente
responsáveis serão penalizadas pelo consumidor
32. Porquê optar pelo Modo de Produção
Biológico
Razões específicas:
Existe um mercado crescente para produções certificadas em
MPB.
A valorização do produto (PAM) é feita essencialmente pela
ausência de pesticidas e níveis de princípios activos
presentes.
Quanto mais natural a produção mais facilmente se chega a um
produto de excelente qualidade.
33. Agricultura Biológica
A agricultura biológica distingue-se de outros sistemas
de exploração agrícolas em diversos aspetos.
– É dada preferência aos recursos renováveis e à
reciclagem, devolvendo-se aos solos os nutrientes
presentes nos resíduos.
– No respeitante à pecuária, o regulamento da produção de
carne, incluindo aves de capoeira, dá especial atenção ao
bem-estar animal e à utilização de alimentos naturais.
34. O Modo de Produção Biológico não é o fim
A qualidade do nosso produto é o mais importante.
Ser obtido em Modo de Produção Biológico é apenas
mais um fator para o sucesso.
35. PONTENCIALIDADES DAS PAM
Alternativa viável no sector agrícola
– O cultivo de determinadas espécies de PAM pode
funcionar como suplemento de rendimento familiar;
– Um sub-sector agrícola pouco desenvolvido e com um
potencial ainda não calculado;
– Especialmente em Portugal, só agora dá os primeiros
passos;
– Ocupação dos terrenos de pouca aptidão para culturas
mais exigentes.
36. PAM- Motor de desenvolvimento económico
em meios rurais
Através de:
– Fixação de jovens , pela criação de novas oportunidades
no sector agrícola.
– Passibilidade de criação de unidades de transformação
• Destilarias, unidades de embalamento, etc.
– Criação de microempresas
• Produção de licores, compotas, etc.
– Ocupação de idosos/reformados como guias em rotas e
percursos.
37. PAM: Inovação dos Produto e usos
Valorização dos produtos existentes
– Azeites e vinagres aromáticos
Produção de licores
Temperos
Perfumaria e cosmética natural
Medicamentos
Suplementares e vitamínicos
Massificar consumo de tisanas na Europa
38. PAM: Preservação e redescoberta do
património rural
Criação de rotas e percursos
Incentivo à criação de zonas de proteção natural
39. PAM: Valorização e Inovação Gastronomia
Receitas tradicionais
– Na cozinha Madeirense: o alho, a salsa, a segurelha…
– Novos usos: acompanhar as refeições com tisanas
– Novos pratos: usando os sabores das ervas aromáticas
– Roteiros Gastronómicos: A Rota dos Poejos no Alentejo
40. PAM na União Europeia
França é o maior produtor e transformador de qualidade:
– Essências
– Perfumaria
– Condimentos
Espanha começa a surgir como importante produtor para o
mercado em fresco
Alemanha controla o negócio do chá a nível mundial e tem um
papel importante no comércio de plantas medicinais.
Os países do Leste Europeu são importantes produtores, mas
não de grande qualidade
O Norte de África é um importante produtor e consumidor de
PAM
42. Feiras com presença do sector
Nacionais
– Terra Sã, Lisboa
– Terra Sã, Porto
– Vegetariana
– Alimentaria
43. Adaptado de
Carlos Cera, Bioalco- Agricultura Biológica Limitada, Quinta
dos Cheiros, na apresentação do Curso de Plantas
Aromática e Medicinais do Idrha, no Centro de Formação
Profissional Gil Vaz, Canha. 2006.