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PRODUÇÃO DAS PAM
ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A
PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS
Escolha do terreno para produção
– É uma ideia errada que qualquer terreno serve para
cultivar PAM. A maioria das espécies têm o mesmo
tipo de exigências que a horticultura. Existem até,
várias espécies com exigências particulares (meia
sombra, etc. )
ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A
PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS
Capacidade de rega
– A rega é fundamental na
maioria das espécies,
ara obter colheitas de
qualidade.
O sistema de rega deverá
ser projectado de acordo
com as espécies a
produzir.
ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A
PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS
Nível de Mecanização pretendido
– Independentemente da escala de mecanização
pretendida, quanto mais se conseguir mecanizar
melhor. Existem muitas poucas máquinas
desenhadas especificamente para a produção das
PAM. Mas existem diversas máquinas agrícolas
possíveis de adaptações.
ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A
PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS
Mão-de-obra disponível:
– Especialmente para mondas e colheitas
Infra-estruturas da exploração:
– Secador de PAM
– Armazém para processamento e acondicionamento
das PAM.
ESPÉCIES COM FINS COMERCIAIS
Existem várias centenas de espécies de ervas com interesse comercial!
Em Portugal cerca de 100 espécies poderão ter interesse!
Mas como uma velha lei de Marketing diz:
“À venda dos 80 % dos produtos de uma empresa,
correspondem apenas a 20 % do total das suas receitas e vice
versa”.
ESPÉCIES COM FINS COMERCIAIS
Culinária: Alecrim, Manjericão,Tomilho
Medicinal: Equinácea, Hortelã Pimenta
Tisanas: Lúcia-lima, Cidreira, Erva-príncipe
Perfumaria; Cosmética: Alfazema, Calendula, Rosmaninho.
Circuito da Produção PAM
Sementeira,
Divisão ou
enraizamento em
viveiro
Plantação
Cultura em Campo SECAGEM
Armazenagem
Entrada no circuito
Comercial para ervas
em seco
Entrada no circuito
Comercial para ervas
em fresco
Colheita
Colheita
Acondicionamento
ARMAZENAGEM DAS PAM
ARMAZENAGEM DAS PAM
SECAS
 Só plantas totalmente secas podem ser armazenadas.
 Garantir que no local de armazenagem não haverá perca de
qualidade. Os motivos poderão ser:
• Contaminações orgânicas (insectos, roedores, etc. ) ou inorgânicas
(exposição à luz solar, exposição à humidade).
FRESCAS
Conservação em frio
 Dependendo das espécies podem manter a qualidade de
comercialização 3 a 5 dias em frigorífico com capacidade de
humidificação.
 Congelação
 Deverá obedecer às regras de congelação de legumes. Quanto mais
rápido o processo melhor a qualidade do produto.
TRANSFORMAÇÃO
Processamento simples
Processamento industrial
Transformação:
Processamento simples
Secagem
– Secagem natural
– Secagem artificial
Congelação
– Plantas ou partes de plantas inteiras
– Produto final para consumo
Secagem das PAM
À sombra para que se garanta a perda mínima de cor,
cheiro, sabor e substâncias ativas pela ação do Sol.
Decorrer no mínimo espaço de tempo possível, para
garantir a perda mínima de substâncias ativas pela ação
de enzimas e não contaminação por fungos ou outros
agentes nocivos.
Secagem das PAM
Ao longo do tempo têm sido referidas como
temperaturas de referência as compreendidas
entre os 25º e os 40 º para uma secagem de
óptima qualidade.
– Secagem natural
• Percorrendo à temperatura ambiente e circulação
natural do ar
– Secagem forçada
• Com recurso a temperatura, ventilação e
desumidificação artificial.
PROCESSAMENTO INDÚSTRIAL
Macerações
– Óleos macerados
– Tinturas
Extração de óleos
– Óleos essenciais
– Hidrolatos/ aguas florais
Extracção, isolamento e estabilização de
substâncias ativas.
COMERCIALIZAÇÃO
o FORMAS DE COMERCIALIZAR
o MERCADOS POTENCIAIS
o CIRCUITOS COMERCIAIS
o EMBALAGEM E ROTULAGEM
FORMAS DE COMERCIALIZAR
Plantas
Vivas Fresco Transformadas
Processamento
simples
Processamento
industrial
Raiz nua
Alvéolos
Envasadas
…
Granel
Molhos
Embaladas (inteiras,
picadas, etc.)
Secas
Congeladas
Extracção de óleos
Macerações
Isolamento e
extracção de
princípios activos
ERVAS AROMÁTICAS SEM
TRANSFORMAÇÃO
Plantas vivas
– Raiz nua
– Alvéolos
– Envasadas
Plantas frescas
– Granel
– Molhos
– Embaladas (inteiras, picadas, etc.)
MERCADOS POTENCIAIS DAS PAM
Plantas vivas
Jardins
Espaços Públicos
Produtores
Consumidor final
Revendedores
especializados
Para a colocação
nestes mercados as
PAM poderão ser
mais valorizadas
pela embalagem
utilizada
MERCADOS POTENCIAIS DAS PAM
Frescas
Granel,
Molhos
Embalados
Superfícies
comerciais
Distribuidores
Embaladores
Indústria
Consumidor final
Hotelaria
Para colocação
nestes mercados as
PAM poderão ser
mais valorizadas
pela embalagem
utilizada
TRANSFORMADAS
Processamento Simples
Secas Congeladas
Granel Embalada Granel Embalada
Inteira
Cortada
Triturada
Pó
Marca própria
Marca branca
Inteira
Cortada
Triturada
Marca Própria
Marca Branca
Processamento Industrial
Extracção de
óleos
Macerações Isolamento e estabilização de
princípios activos
Óleos essenciais
Essências florais
…
Tinturas
Óleos macerados
…
Mercados potenciais para ervas- Processadas
simples
Ervas secas
Congeladas
…
Superfícies
Comerciais
Lojas
especializadas
Distribuidores
Embaladores
Consumidor
final
Indústria
Para a colocação nestes mercados
As ervas serão comercializadas
em embalagem adequada.
Mercados potenciais para ervas- Processadas
industrialmente
Produto final,
Óleos
Extractos
…
Lojas
especializadas
Industria
Consumidor
final
Produtores
Hotelaria
O produto a
comercializar e o
mercado para a sua
colocação
condicionam a
embalagem a usar.
Caracterização dos circuitos comercias
Cada empresa (produtora, transformadora,
distribuidora, etc.) foi/ vai criando os seus circuitos.
CIRCUITO COMERCIAL PARA ERVAS EM FRESCO
Secagem
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Transformação,…
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CIRCUITO COMERCIAL PARA ERVAS SECAS
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Transformação
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Ausência de normas específicas para os produtos
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Que imagem queremos passar ao consumidor?
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Biológico
Razões de âmbito geral:
O consumidor está a cada dia que passa mais esclarecido e
exigente;
As preocupações com a saúde e bem-estar estão a aumentar;
A responsabilidade ambiental é cada vez maior.
Dentro de pouco tempo vamos começar a pagar por aquilo que
poluímos. As empresas que não forem ambientalmente
responsáveis serão penalizadas pelo consumidor
Porquê optar pelo Modo de Produção
Biológico
Razões específicas:
Existe um mercado crescente para produções certificadas em
MPB.
A valorização do produto (PAM) é feita essencialmente pela
ausência de pesticidas e níveis de princípios activos
presentes.
Quanto mais natural a produção mais facilmente se chega a um
produto de excelente qualidade.
Agricultura Biológica
A agricultura biológica distingue-se de outros sistemas
de exploração agrícolas em diversos aspetos.
– É dada preferência aos recursos renováveis e à
reciclagem, devolvendo-se aos solos os nutrientes
presentes nos resíduos.
– No respeitante à pecuária, o regulamento da produção de
carne, incluindo aves de capoeira, dá especial atenção ao
bem-estar animal e à utilização de alimentos naturais.
O Modo de Produção Biológico não é o fim
A qualidade do nosso produto é o mais importante.
Ser obtido em Modo de Produção Biológico é apenas
mais um fator para o sucesso.
PONTENCIALIDADES DAS PAM
Alternativa viável no sector agrícola
– O cultivo de determinadas espécies de PAM pode
funcionar como suplemento de rendimento familiar;
– Um sub-sector agrícola pouco desenvolvido e com um
potencial ainda não calculado;
– Especialmente em Portugal, só agora dá os primeiros
passos;
– Ocupação dos terrenos de pouca aptidão para culturas
mais exigentes.
PAM- Motor de desenvolvimento económico
em meios rurais
Através de:
– Fixação de jovens , pela criação de novas oportunidades
no sector agrícola.
– Passibilidade de criação de unidades de transformação
• Destilarias, unidades de embalamento, etc.
– Criação de microempresas
• Produção de licores, compotas, etc.
– Ocupação de idosos/reformados como guias em rotas e
percursos.
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Valorização dos produtos existentes
– Azeites e vinagres aromáticos
Produção de licores
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Massificar consumo de tisanas na Europa
PAM: Preservação e redescoberta do
património rural
Criação de rotas e percursos
Incentivo à criação de zonas de proteção natural
PAM: Valorização e Inovação Gastronomia
Receitas tradicionais
– Na cozinha Madeirense: o alho, a salsa, a segurelha…
– Novos usos: acompanhar as refeições com tisanas
– Novos pratos: usando os sabores das ervas aromáticas
– Roteiros Gastronómicos: A Rota dos Poejos no Alentejo
PAM na União Europeia
França é o maior produtor e transformador de qualidade:
– Essências
– Perfumaria
– Condimentos
Espanha começa a surgir como importante produtor para o
mercado em fresco
Alemanha controla o negócio do chá a nível mundial e tem um
papel importante no comércio de plantas medicinais.
Os países do Leste Europeu são importantes produtores, mas
não de grande qualidade
O Norte de África é um importante produtor e consumidor de
PAM
CONCLUSÃO
As aromáticas,
Um mundo de oportunidade
para conquistar!
Com esforço, seriedade e perseverança
o SUCESSO é garantido!
Feiras com presença do sector
Nacionais
– Terra Sã, Lisboa
– Terra Sã, Porto
– Vegetariana
– Alimentaria
Adaptado de
Carlos Cera, Bioalco- Agricultura Biológica Limitada, Quinta
dos Cheiros, na apresentação do Curso de Plantas
Aromática e Medicinais do Idrha, no Centro de Formação
Profissional Gil Vaz, Canha. 2006.

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Produção e comercialização de ervas aromáticas e medicinais (PAM

  • 2. ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS Escolha do terreno para produção – É uma ideia errada que qualquer terreno serve para cultivar PAM. A maioria das espécies têm o mesmo tipo de exigências que a horticultura. Existem até, várias espécies com exigências particulares (meia sombra, etc. )
  • 3. ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS Capacidade de rega – A rega é fundamental na maioria das espécies, ara obter colheitas de qualidade. O sistema de rega deverá ser projectado de acordo com as espécies a produzir.
  • 4. ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS Nível de Mecanização pretendido – Independentemente da escala de mecanização pretendida, quanto mais se conseguir mecanizar melhor. Existem muitas poucas máquinas desenhadas especificamente para a produção das PAM. Mas existem diversas máquinas agrícolas possíveis de adaptações.
  • 5. ASPECTOS A TER EM CONTA PARA A PRODUÇÃO DE PAM COM FINS COMERCIAIS Mão-de-obra disponível: – Especialmente para mondas e colheitas Infra-estruturas da exploração: – Secador de PAM – Armazém para processamento e acondicionamento das PAM.
  • 6. ESPÉCIES COM FINS COMERCIAIS Existem várias centenas de espécies de ervas com interesse comercial! Em Portugal cerca de 100 espécies poderão ter interesse! Mas como uma velha lei de Marketing diz: “À venda dos 80 % dos produtos de uma empresa, correspondem apenas a 20 % do total das suas receitas e vice versa”.
  • 7. ESPÉCIES COM FINS COMERCIAIS Culinária: Alecrim, Manjericão,Tomilho Medicinal: Equinácea, Hortelã Pimenta Tisanas: Lúcia-lima, Cidreira, Erva-príncipe Perfumaria; Cosmética: Alfazema, Calendula, Rosmaninho.
  • 8. Circuito da Produção PAM Sementeira, Divisão ou enraizamento em viveiro Plantação Cultura em Campo SECAGEM Armazenagem Entrada no circuito Comercial para ervas em seco Entrada no circuito Comercial para ervas em fresco Colheita Colheita Acondicionamento
  • 10. ARMAZENAGEM DAS PAM SECAS  Só plantas totalmente secas podem ser armazenadas.  Garantir que no local de armazenagem não haverá perca de qualidade. Os motivos poderão ser: • Contaminações orgânicas (insectos, roedores, etc. ) ou inorgânicas (exposição à luz solar, exposição à humidade). FRESCAS Conservação em frio  Dependendo das espécies podem manter a qualidade de comercialização 3 a 5 dias em frigorífico com capacidade de humidificação.  Congelação  Deverá obedecer às regras de congelação de legumes. Quanto mais rápido o processo melhor a qualidade do produto.
  • 12. Transformação: Processamento simples Secagem – Secagem natural – Secagem artificial Congelação – Plantas ou partes de plantas inteiras – Produto final para consumo
  • 13. Secagem das PAM À sombra para que se garanta a perda mínima de cor, cheiro, sabor e substâncias ativas pela ação do Sol. Decorrer no mínimo espaço de tempo possível, para garantir a perda mínima de substâncias ativas pela ação de enzimas e não contaminação por fungos ou outros agentes nocivos.
  • 14. Secagem das PAM Ao longo do tempo têm sido referidas como temperaturas de referência as compreendidas entre os 25º e os 40 º para uma secagem de óptima qualidade. – Secagem natural • Percorrendo à temperatura ambiente e circulação natural do ar – Secagem forçada • Com recurso a temperatura, ventilação e desumidificação artificial.
  • 15. PROCESSAMENTO INDÚSTRIAL Macerações – Óleos macerados – Tinturas Extração de óleos – Óleos essenciais – Hidrolatos/ aguas florais Extracção, isolamento e estabilização de substâncias ativas.
  • 16. COMERCIALIZAÇÃO o FORMAS DE COMERCIALIZAR o MERCADOS POTENCIAIS o CIRCUITOS COMERCIAIS o EMBALAGEM E ROTULAGEM
  • 17. FORMAS DE COMERCIALIZAR Plantas Vivas Fresco Transformadas Processamento simples Processamento industrial Raiz nua Alvéolos Envasadas … Granel Molhos Embaladas (inteiras, picadas, etc.) Secas Congeladas Extracção de óleos Macerações Isolamento e extracção de princípios activos
  • 18. ERVAS AROMÁTICAS SEM TRANSFORMAÇÃO Plantas vivas – Raiz nua – Alvéolos – Envasadas Plantas frescas – Granel – Molhos – Embaladas (inteiras, picadas, etc.)
  • 19. MERCADOS POTENCIAIS DAS PAM Plantas vivas Jardins Espaços Públicos Produtores Consumidor final Revendedores especializados Para a colocação nestes mercados as PAM poderão ser mais valorizadas pela embalagem utilizada
  • 20. MERCADOS POTENCIAIS DAS PAM Frescas Granel, Molhos Embalados Superfícies comerciais Distribuidores Embaladores Indústria Consumidor final Hotelaria Para colocação nestes mercados as PAM poderão ser mais valorizadas pela embalagem utilizada
  • 21. TRANSFORMADAS Processamento Simples Secas Congeladas Granel Embalada Granel Embalada Inteira Cortada Triturada Pó Marca própria Marca branca Inteira Cortada Triturada Marca Própria Marca Branca Processamento Industrial Extracção de óleos Macerações Isolamento e estabilização de princípios activos Óleos essenciais Essências florais … Tinturas Óleos macerados …
  • 22. Mercados potenciais para ervas- Processadas simples Ervas secas Congeladas … Superfícies Comerciais Lojas especializadas Distribuidores Embaladores Consumidor final Indústria Para a colocação nestes mercados As ervas serão comercializadas em embalagem adequada.
  • 23. Mercados potenciais para ervas- Processadas industrialmente Produto final, Óleos Extractos … Lojas especializadas Industria Consumidor final Produtores Hotelaria O produto a comercializar e o mercado para a sua colocação condicionam a embalagem a usar.
  • 24. Caracterização dos circuitos comercias Cada empresa (produtora, transformadora, distribuidora, etc.) foi/ vai criando os seus circuitos.
  • 25. CIRCUITO COMERCIAL PARA ERVAS EM FRESCO Secagem Trasnforamção … Secagem Transformação,… Colheita na exploração Posto de venda Distribuidor Grossista Indústria especializada Indústria farmacêutica Consumidor final Ponto de Venda Consumidor final Indústria farmacêutica Transporte Transporte Transporte
  • 26. CIRCUITO COMERCIAL PARA ERVAS SECAS Secagem Transformação … Embalagem Transformação,… Operador especializado Posto de venda Distribuidor Grossista Indústria especializada Indústria farmacêutica Consumidor final Ponto de Venda Consumidor final Indústria farmacêutica Transporte Transporte Transporte Colheita na Exploração
  • 27. CIRCUITO COMERCIAL PARA A INDÚSTRIA Secagem Transformação … Trasnformação Operador especializado Posto de venda Distribuidor Grossista Indústria especializada Indústria farmacêutica Consumidor final Ponto de Venda Consumidor final Indústria farmacêutica Transporte Transporte Colheita na Exploração
  • 28. EMBALAGENS E ROTULAGEM NORMAS! Ausência de normas específicas para os produtos provenientes das PAM É fundamental ter em conta: As normas para a embalagem e rotulagem de produtos alimentares; Embalagens herméticas, que evitem as percas de aromas e odores; Opacas, para proteger a ação da luz solar.
  • 29. Embalagens e Rotulagem: Que imagem queremos passar ao consumidor? Uma imagem de credibilidade! Apostar em produtos que apelem aos sentidos (olfato, paladar, etc.). Combater a imagem associada ao “crendismo” e folclore de esoterismo . Valorizar os usos tradicionais suportados em dados científicos
  • 30. As aromáticas: potencialidades e alternativas para o desenvolvimento rural Certificação em Agricultura Biológica Porquê optar pelo Modo de Produção Biológico? Agricultura Biológica Certificação Legislação Potencialidade das PAM Alternativa viável no sector agrícola, como motor de desenvolvimento económico em termos rurais Inovação de Produtos e Usos, Na preservação e re-descoberta do património rural Valorização e inovação da gastronomia As PAM no contexto da EU e Mundial No Universo das PAM Valor do Mercado Mundial de PAM
  • 31. Porquê optar pelo Modo de Produção Biológico Razões de âmbito geral: O consumidor está a cada dia que passa mais esclarecido e exigente; As preocupações com a saúde e bem-estar estão a aumentar; A responsabilidade ambiental é cada vez maior. Dentro de pouco tempo vamos começar a pagar por aquilo que poluímos. As empresas que não forem ambientalmente responsáveis serão penalizadas pelo consumidor
  • 32. Porquê optar pelo Modo de Produção Biológico Razões específicas: Existe um mercado crescente para produções certificadas em MPB. A valorização do produto (PAM) é feita essencialmente pela ausência de pesticidas e níveis de princípios activos presentes. Quanto mais natural a produção mais facilmente se chega a um produto de excelente qualidade.
  • 33. Agricultura Biológica A agricultura biológica distingue-se de outros sistemas de exploração agrícolas em diversos aspetos. – É dada preferência aos recursos renováveis e à reciclagem, devolvendo-se aos solos os nutrientes presentes nos resíduos. – No respeitante à pecuária, o regulamento da produção de carne, incluindo aves de capoeira, dá especial atenção ao bem-estar animal e à utilização de alimentos naturais.
  • 34. O Modo de Produção Biológico não é o fim A qualidade do nosso produto é o mais importante. Ser obtido em Modo de Produção Biológico é apenas mais um fator para o sucesso.
  • 35. PONTENCIALIDADES DAS PAM Alternativa viável no sector agrícola – O cultivo de determinadas espécies de PAM pode funcionar como suplemento de rendimento familiar; – Um sub-sector agrícola pouco desenvolvido e com um potencial ainda não calculado; – Especialmente em Portugal, só agora dá os primeiros passos; – Ocupação dos terrenos de pouca aptidão para culturas mais exigentes.
  • 36. PAM- Motor de desenvolvimento económico em meios rurais Através de: – Fixação de jovens , pela criação de novas oportunidades no sector agrícola. – Passibilidade de criação de unidades de transformação • Destilarias, unidades de embalamento, etc. – Criação de microempresas • Produção de licores, compotas, etc. – Ocupação de idosos/reformados como guias em rotas e percursos.
  • 37. PAM: Inovação dos Produto e usos Valorização dos produtos existentes – Azeites e vinagres aromáticos Produção de licores Temperos Perfumaria e cosmética natural Medicamentos Suplementares e vitamínicos Massificar consumo de tisanas na Europa
  • 38. PAM: Preservação e redescoberta do património rural Criação de rotas e percursos Incentivo à criação de zonas de proteção natural
  • 39. PAM: Valorização e Inovação Gastronomia Receitas tradicionais – Na cozinha Madeirense: o alho, a salsa, a segurelha… – Novos usos: acompanhar as refeições com tisanas – Novos pratos: usando os sabores das ervas aromáticas – Roteiros Gastronómicos: A Rota dos Poejos no Alentejo
  • 40. PAM na União Europeia França é o maior produtor e transformador de qualidade: – Essências – Perfumaria – Condimentos Espanha começa a surgir como importante produtor para o mercado em fresco Alemanha controla o negócio do chá a nível mundial e tem um papel importante no comércio de plantas medicinais. Os países do Leste Europeu são importantes produtores, mas não de grande qualidade O Norte de África é um importante produtor e consumidor de PAM
  • 41. CONCLUSÃO As aromáticas, Um mundo de oportunidade para conquistar! Com esforço, seriedade e perseverança o SUCESSO é garantido!
  • 42. Feiras com presença do sector Nacionais – Terra Sã, Lisboa – Terra Sã, Porto – Vegetariana – Alimentaria
  • 43. Adaptado de Carlos Cera, Bioalco- Agricultura Biológica Limitada, Quinta dos Cheiros, na apresentação do Curso de Plantas Aromática e Medicinais do Idrha, no Centro de Formação Profissional Gil Vaz, Canha. 2006.