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SÍNDROME
METABÓLICA
MUITO COMUM, POUCO CONHECIDA
Instituto
Baiano de
Obesidade
O QUE É A
SÍNDROME
METABÓLICA?
Isto aconteceu porque foi
constatado que ela contribui para
a aumento da mortalidade geral
em 1,5 vezes e para os pacientes
cardiovasculares em 2,5 vezes.
E POR QUE A SÍNDROME
METABÓLICA PASSOU A
RECEBER TANTA ATENÇÃO?
A Síndrome Metabólica começou a ser estudada na
década de 80 do século passado, quando se percebeu
que a associação de hipertensão arterial, alterações na
glicose, alterações no colesterol e acúmulo de gordura
abdominal, possuem um elo comum que é a resistência
à insulina associada a um quadro de desequilíbrio
metabólico. Hoje, a síndrome metabólica, já é
considerada um dos principais desafios da prática clínica.
2
A insulina é fundamental para a vida porque é o
hormônio responsável por retirar a glicose do sangue
e leva-la às células do corpo, além de atuar no
metabolismo das gorduras. A resistência à insulina
corresponde então a uma dificuldade desse hormônio
em exercer sua ação nos tecidos. Para vencer essa
resistência, o pâncreas precisa produzir níveis maiores
de insulina (hiperinsulinemia compensatória), que com
o tempo, com o aumento progressivo do peso e com a
influência de outros fatores ambientais podem predispor
à intolerância à glicose e ao diabetes. O elevado nível
de insulina também favorece ainda o aparecimento da
hipertensão arterial.
O QUE É A
RESISTÊNCIA À
INSULINA?
3
Pessoas que têm acúmulo de gordura abdominal,
vida sedentária e fatores genéticos, como histórico de
diabetes na família, podem desenvolver a Síndrome
Metabólica. A obesidade é um importante fator de risco,
mas nem todo obeso terá, necessariamente, síndrome
metabólica, no entanto, a grande parte dos pacientes
com a doença está acima do peso ideal. Na maioria dos
casos, as manifestações começam na idade adulta ou na
meia-idade e aumentam muito com o envelhecimento.
QUEM TEM
RISCO DE
DESENVOLVER
SÍNDROME
METABÓLICA?
4
O diagnóstico leva em conta as características clínicas e
dados laboratoriais. A presença de três destes fatores já
pode caracterizar a Síndrome Metabólica:
COMO SABER SE EU SOFRO DE
SÍNDROME METABÓLICA?
Circunferência abdominal
> 102 cm
Triglicerídeos
≥ 150 mg/dL
Colesterol HDL (“colesterol bom”)
< 40 mg/dL
Pressão arterial
≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg
Glicemia de jejum
≥ 110 mg/dL
Circunferência abdominal
> 88 cm
Triglicerídeos
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Colesterol HDL (“colesterol bom”)
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Pressão arterial
≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg
Glicemia de jejum
≥ 110 mg/dL
5
A circunferência abdominal é medida bem
no meio da distância entre a crista ilíaca (o
ponto mais alto do osso do quadril) e o
rebordo costal inferior (a última costela).
Por ser o índice antropométrico
mais representativo da gordura
intra-abdominal e de aferição
mais simples e reprodutível, é a
medida recomendada.
Apesar de não fazerem
parte dos critérios
diagnósticos da síndrome
metabólica, várias
condições clínicas e
fisiopatológicas estão,
frequentemente, a ela
associadas, tais como:
síndrome de ovários
policísticos, acanthosis
nigricans, doença hepática
gordurosa não-alcoólica,
microalbuminúria, estados
pró-trombóticos, estados
pró-inflamatórios e de
disfunção endotelial e
hiperuricemia.
COMO MEDIR A
CIRCUNFERÊNCIA
ABDOMINAL?
6
A Síndrome Metabólica está associada aos seguintes
fatores que contribuem para o aumento do risco de
doença cardiovascular:
•	Resistência insulínica.
•	Dislipidemia.
•	Hipertensão arterial.
•	Estado protrombótico.
•	Estado proinflamatório.
•	Esteatose hepática não alcoólica.
•	Alterações reprodutivas.
•	Diabetes mellitus.
QUAIS OS
RISCOS PARA
QUEM TEM
SÍNDROME
METABÓLICA?
7
O tratamento começa pela mudança de hábitos de vida
com alimentação mais saudável, composta por carnes
magras, vegetais, fibras e frutas, redução do consumo
de açúcares simples, perda de peso e prática de
atividade física de pelo menos 30 a 40 minutos diários. É
importante fazer o controle da ingestão de sal e gordura
saturada.
O valor calórico deve ser calculado individualmente
para garantir o alcance do peso definido. É também
importante limitar o uso de álcool e suspender o fumo.
Em alguns casos o médico pode considerar necessário
prescrever medicação para controle de alguns
indicadores como colesterol, glicose e pressão arterial.
COMO TRATAR?
8
Mas, sem dúvida, o ponto fundamental para evitar as
complicações da Síndrome Metabólica é a perda de peso
e o controle da obesidade. O tratamento cirúrgico da
obesidade deve ser considerado dentro dos parâmetros
já definidos em março de 1991, pelo US National Institute
of Health Consensus Development Conference Panel,
que são os seguintes:
• A cirurgia deve ser considerada para o paciente obeso
mórbido (IMC >40kg/m2), ou obeso com IMC >35
kg/m² desde que apresente comorbidades clínicas
importantes, e somente após ter sido submetido a
tratamento clínico adequado, mas sem resultados.
• O paciente só deverá ser operado se estiver bem
informado sobre o tratamento, motivado e se apresentar
risco operatório aceitável.
9
PERDA DE PESO E
O CONTROLE DA
OBESIDADE
• O paciente deve ser selecionado para a
cirurgia, após cuidadosa avaliação por equipe
multidisciplinar especializada e composta por
endocrinologistas ou clínicos, cirurgiões, psiquiatras
ou psicólogos e nutricionistas.
• A operação deve ser feita por um cirurgião experiente
no procedimento e que trabalhe com equipe e em local
com suporte adequado para todos os tipos de problemas
e necessidades que possam ocorrer.
• Após a operação, deve haver acompanhamento
médico de longo prazo.
10
As cirurgias bariátricas implicam em perda de
peso que varia de 20% a 70% do excesso de peso.
É o método mais eficaz e duradouro para a perda
de peso, com melhora nítida dos componentes da
síndrome metabólica.
O estudo mais consistente até o momento, é o SOS
(Swedish Obese Subjects), que comparou obesos
submetidos a tratamento cirúrgico com obesos
submetidos a tratamento clínico, demonstrando maior
diminuição e manutenção do peso perdido, com
melhora dos parâmetros metabólicos, nos obesos
submetidos à cirurgia.
11
Mais saúde e confiança para toda a vida
Instituto
Baiano de
Obesidade
www.institutobaianodeobesidade.com.br
/institutobaianodeobesidade
@institutobaianodeobesidade
(71) 98719-0176
Responsável Técnico Dr. Daniel Proença CRM-BA 21.612
Referência: I DIRETRIZ BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA

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  • 1. SÍNDROME METABÓLICA MUITO COMUM, POUCO CONHECIDA Instituto Baiano de Obesidade
  • 2. O QUE É A SÍNDROME METABÓLICA? Isto aconteceu porque foi constatado que ela contribui para a aumento da mortalidade geral em 1,5 vezes e para os pacientes cardiovasculares em 2,5 vezes. E POR QUE A SÍNDROME METABÓLICA PASSOU A RECEBER TANTA ATENÇÃO? A Síndrome Metabólica começou a ser estudada na década de 80 do século passado, quando se percebeu que a associação de hipertensão arterial, alterações na glicose, alterações no colesterol e acúmulo de gordura abdominal, possuem um elo comum que é a resistência à insulina associada a um quadro de desequilíbrio metabólico. Hoje, a síndrome metabólica, já é considerada um dos principais desafios da prática clínica. 2
  • 3. A insulina é fundamental para a vida porque é o hormônio responsável por retirar a glicose do sangue e leva-la às células do corpo, além de atuar no metabolismo das gorduras. A resistência à insulina corresponde então a uma dificuldade desse hormônio em exercer sua ação nos tecidos. Para vencer essa resistência, o pâncreas precisa produzir níveis maiores de insulina (hiperinsulinemia compensatória), que com o tempo, com o aumento progressivo do peso e com a influência de outros fatores ambientais podem predispor à intolerância à glicose e ao diabetes. O elevado nível de insulina também favorece ainda o aparecimento da hipertensão arterial. O QUE É A RESISTÊNCIA À INSULINA? 3
  • 4. Pessoas que têm acúmulo de gordura abdominal, vida sedentária e fatores genéticos, como histórico de diabetes na família, podem desenvolver a Síndrome Metabólica. A obesidade é um importante fator de risco, mas nem todo obeso terá, necessariamente, síndrome metabólica, no entanto, a grande parte dos pacientes com a doença está acima do peso ideal. Na maioria dos casos, as manifestações começam na idade adulta ou na meia-idade e aumentam muito com o envelhecimento. QUEM TEM RISCO DE DESENVOLVER SÍNDROME METABÓLICA? 4
  • 5. O diagnóstico leva em conta as características clínicas e dados laboratoriais. A presença de três destes fatores já pode caracterizar a Síndrome Metabólica: COMO SABER SE EU SOFRO DE SÍNDROME METABÓLICA? Circunferência abdominal > 102 cm Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL Colesterol HDL (“colesterol bom”) < 40 mg/dL Pressão arterial ≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg Glicemia de jejum ≥ 110 mg/dL Circunferência abdominal > 88 cm Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL Colesterol HDL (“colesterol bom”) < 50 mg/dL Pressão arterial ≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg Glicemia de jejum ≥ 110 mg/dL 5
  • 6. A circunferência abdominal é medida bem no meio da distância entre a crista ilíaca (o ponto mais alto do osso do quadril) e o rebordo costal inferior (a última costela). Por ser o índice antropométrico mais representativo da gordura intra-abdominal e de aferição mais simples e reprodutível, é a medida recomendada. Apesar de não fazerem parte dos critérios diagnósticos da síndrome metabólica, várias condições clínicas e fisiopatológicas estão, frequentemente, a ela associadas, tais como: síndrome de ovários policísticos, acanthosis nigricans, doença hepática gordurosa não-alcoólica, microalbuminúria, estados pró-trombóticos, estados pró-inflamatórios e de disfunção endotelial e hiperuricemia. COMO MEDIR A CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL? 6
  • 7. A Síndrome Metabólica está associada aos seguintes fatores que contribuem para o aumento do risco de doença cardiovascular: • Resistência insulínica. • Dislipidemia. • Hipertensão arterial. • Estado protrombótico. • Estado proinflamatório. • Esteatose hepática não alcoólica. • Alterações reprodutivas. • Diabetes mellitus. QUAIS OS RISCOS PARA QUEM TEM SÍNDROME METABÓLICA? 7
  • 8. O tratamento começa pela mudança de hábitos de vida com alimentação mais saudável, composta por carnes magras, vegetais, fibras e frutas, redução do consumo de açúcares simples, perda de peso e prática de atividade física de pelo menos 30 a 40 minutos diários. É importante fazer o controle da ingestão de sal e gordura saturada. O valor calórico deve ser calculado individualmente para garantir o alcance do peso definido. É também importante limitar o uso de álcool e suspender o fumo. Em alguns casos o médico pode considerar necessário prescrever medicação para controle de alguns indicadores como colesterol, glicose e pressão arterial. COMO TRATAR? 8
  • 9. Mas, sem dúvida, o ponto fundamental para evitar as complicações da Síndrome Metabólica é a perda de peso e o controle da obesidade. O tratamento cirúrgico da obesidade deve ser considerado dentro dos parâmetros já definidos em março de 1991, pelo US National Institute of Health Consensus Development Conference Panel, que são os seguintes: • A cirurgia deve ser considerada para o paciente obeso mórbido (IMC >40kg/m2), ou obeso com IMC >35 kg/m² desde que apresente comorbidades clínicas importantes, e somente após ter sido submetido a tratamento clínico adequado, mas sem resultados. • O paciente só deverá ser operado se estiver bem informado sobre o tratamento, motivado e se apresentar risco operatório aceitável. 9 PERDA DE PESO E O CONTROLE DA OBESIDADE
  • 10. • O paciente deve ser selecionado para a cirurgia, após cuidadosa avaliação por equipe multidisciplinar especializada e composta por endocrinologistas ou clínicos, cirurgiões, psiquiatras ou psicólogos e nutricionistas. • A operação deve ser feita por um cirurgião experiente no procedimento e que trabalhe com equipe e em local com suporte adequado para todos os tipos de problemas e necessidades que possam ocorrer. • Após a operação, deve haver acompanhamento médico de longo prazo. 10
  • 11. As cirurgias bariátricas implicam em perda de peso que varia de 20% a 70% do excesso de peso. É o método mais eficaz e duradouro para a perda de peso, com melhora nítida dos componentes da síndrome metabólica. O estudo mais consistente até o momento, é o SOS (Swedish Obese Subjects), que comparou obesos submetidos a tratamento cirúrgico com obesos submetidos a tratamento clínico, demonstrando maior diminuição e manutenção do peso perdido, com melhora dos parâmetros metabólicos, nos obesos submetidos à cirurgia. 11
  • 12. Mais saúde e confiança para toda a vida Instituto Baiano de Obesidade www.institutobaianodeobesidade.com.br /institutobaianodeobesidade @institutobaianodeobesidade (71) 98719-0176 Responsável Técnico Dr. Daniel Proença CRM-BA 21.612 Referência: I DIRETRIZ BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA