Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Regência e revoltas no Período Regencial
1. 1
EMEF SANTA TEREZINHA
ATIVIDADES DE ESTUDOS MONITORADOS 11ª QUINZENA
DATA: 03 a 25 de novembro - 2021
Profª: Cíntia Vargas 8º ano
Componente Curricular: HISTÓRIA
Nome do (a) aluno (a):
Aula 01
Nas aulas desta quinzena vamos estudar sobre o Período Regencial
que foi um momento da História do Brasil entre o Primeiro e o Segundo
Reinado. Teve início depois que Dom Pedro I abdicou ao trono (1831) e se
estendeu até o denominado Golpe da Maioridade, quando D. Pedro II passou
a governar o império.
PERÍODO REGENCIAL
O Período Regencial foi um governo
de transição entre o Primeiro e o Segundo
Reinado. Ele aconteceu entre os anos de
1831 e 1840, sendo considerado uma
“experiência republicana” em meio ao
Império do Brasil.
A Regência começa quando D. Pedro
I abdica de seu trono e não há como seu filho
(o príncipe) assumir, pois só tinha 5 anos de
idade. O fim desse período só acontece
quando organizam o Golpe da Maioridade e
D. Pedro II assume o governo com 14 anos.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
PERÍODO REGENCIAL
O Período Regencial durou 9 anos,
entre 1831 e 1840. Foi um momento histórico
marcado por instabilidade política, pois foram 4 governos diferentes em
menos de 10 anos. Também houve tentativas separatistas, disputas internas
e Revoltas Regenciais.
Os pensamentos políticos desse período eram três, ora influenciados
pelo Liberalismo, ora pelo Conservadorismo. No Período Regencial,
podemos dizer que os grupos políticos eram:
Liberais moderados: defendiam a Monarquia Constitucional, para
limitar o poder do imperador que era centralizador. Seu principal
representante era o padre Feijó.
Liberais exaltados: defendiam abertamente o federalismo, ou seja,
aumentar a autonomia das províncias brasileiras. Alguns defendiam até
mesmo a República, sendo Cipriano Barata o seu principal representante.
Restauradores: defendiam o retorno de D. Pedro I ao trono
brasileiro. Seu principal representante eram os irmãos Andrada, sendo José
Bonifácio um deles.
Com o passar do tempo, eles se misturaram e formaram os dois
partidos do Segundo Reinado. O futuro Partido Liberal é a mistura dos
liberais moderados e os exaltados, e o Partido Conservador é a mistura dos
liberais moderados e os restauradores.
ATIVIDADE
Assinale a única alternativa correta nas questões seguintes:
1) A abdicação ao trono e a volta de D. Pedro I para Portugal, em 1831,
agradaram as elites brasileiras. Porém, a sucessão ao trono tornou-se um
grave problema político. O príncipe herdeiro tinha apenas 5 anos de idade.
A situação do impedimento foi resolvida com a atribuição do governo a uma
................ até a maioridade do imperador.
(A) Regência. (B) Assembleia. (C) Monarquia.
2) O Período Regencial durou 9 anos, entre 1831 e 1840. Foi um momento
histórico marcado por ....................., pois foram 4 governos diferentes em
menos de 10 anos.
(A) Estabilidade política.
(B) Instabilidade política.
(C) Pacificação política.
3) Defendiam a Monarquia Constitucional, para limitar o poder do imperador
que era centralizador. Seu principal representante era o padre Feijó. A frase
se refere ao:
(A) Liberais moderados.
(B) Liberais exaltados.
(C) Restauradores.
2. 2
4) Defendiam o retorno de D. Pedro I ao trono brasileiro. Seu principal
representante eram os irmãos Andrada, sendo José Bonifácio um deles.
(A) Liberais moderados.
(B) Liberais exaltados.
(C) Restauradores.
5) Defendiam abertamente o federalismo, ou seja, aumentar a autonomia
das províncias brasileiras. Alguns defendiam até mesmo a República, sendo
Cipriano Barata o seu principal representante.
(A) Liberais moderados.
(B) Liberais exaltados.
(C) Restauradores.
Aula 02
AS REGÊNCIAS
Nesse meio tempo, o governo era mantido pelo cargo de Regente.
Houve 4 regências que variavam conforme a influência dos liberais ou dos
conservadores. As regências foram trinas e unas, isso significa que duas
delas foram chefiadas por um trio de pessoas e as outras duas por apenas
uma.
O período é marcado por intensos conflitos político-sociais realizados
em todo país e é dividido em Regência Trina Provisória, Trina
Permanente, Una do Padre Feijó e Una de Araújo Lima.
Veja algumas informações de cada um desses momentos:
Regência Trina Provisória (1831)
O período regencial brasileiro durou apenas quatro anos, mas por
causa das tensões políticas e revoltas que aconteceram em diversas regiões,
acabou promovendo quatro momentos diferentes.
O primeiro deles foi a Regência Trina Provisória (abril a julho de
1831). Formado por Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira de Campos
Vergueiro e José Joaquim Carneiro de Campos a regência durou apenas
dois meses, porém colaborou com a eleição da Trina Permanente.
Entre as medidas promovidas pelos regentes estavam:
• Restituição dos ministros demitidos por D Pedro I;
• Construção de assembleia para criação das Leis Regenciais;
• Anistia aos presos políticos;
• Tentativa de barrar as agitações.
Regência Trina Permanente
A Regência Trina Permanente ocorreu de 1831 a 1834 e foi composto
por Francisco Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho. O
governo foi marcado pela tentativa de conter os movimentos populares e
para isso o padre Antônio Feijó foi instituído como o ministro da Justiça. Feijó
criou, então, a Guarda Nacional, força controlada por fazendeiros com títulos
de coronéis e composta por homens de 21 a 60 anos que seriam
responsáveis pela retaliação das revoltas.
Apesar da tentativa, as manifestações e conflitos continuaram a
existir. Essas revoltas mostravam a insatisfação das províncias devido à
pouca participação que tinham nas decisões políticas do poder central. Além
disso, elas detinham pouca autonomia para atender as próprias demandas.
Na tentativa de conter os ânimos foi criado o Ato Adicional de 1834.
Entre as medidas do ato estavam:
• Fim do poder moderador;
• Formação das Assembleias Legislativas das províncias;
• Aumento do poder do presidente de província com nomeação do imperador;
• Criação da regência Una.
A criação do Ato Adicional permitiu que as eleições fossem realizadas
para a definição do novo regente. Padre Feijó tornou-se, então, o novo
regente.
Regência Una do Padre Feijó
A Regência Una do padre Antônio Diogo Feijó foi iniciada em 1835 e
durou até 1837. Feijó foi eleito por 1/3 dos votos e era apoiado pelos liberais.
Foi durante essa regência que eclodiram os maiores movimentos
separatistas do Brasil, entre eles a Revolta dos Cabanos e a Balaiada.
Essas revoltas fizeram com que o poder de Feijó enfraquecesse. Em
1836, após uma grande divergência política entre os liberais e
conservadores, o regente dissolveu a Câmara dos Deputados e renunciou
ao cargo em 1837.
Regência Una de Araújo Lima
Como Feijó não conseguiu controlar os rebeldes e por causa da
grande pressão política que sofria, uma nova eleição foi convocada e Araújo
Lima subiu ao poder representando a ala regressista do governo.
3. 3
Durante o seu governo, a autonomia administrativa criada pelo Ato
Adicional foi revogada e a centralização política fortalecida. Um grande
montante de verba foi direcionado com o objetivo de sufocar as rebeliões
separatistas. Araújo Lima deixou a regência em 1840, após o Golpe da
Maioridade.
ATIVIDADE
Relacione as colunas associando as características a cada uma das
regências.
(1) Regência Trina Provisória.
(2) Trina Permanente.
(3) Una do Padre Feijó.
(4) Una de Araújo Lima.
( ) Durante o seu governo, a autonomia administrativa criada pelo Ato
Adicional foi revogada e a centralização política fortalecida. Um grande
montante de verba foi direcionado com o objetivo de sufocar as rebeliões
separatistas.
( ) Foi iniciada em 1835 e durou até 1837. Feijó foi eleito por 1/3 dos votos
e era apoiado pelos liberais. Foi durante essa regência que eclodiram os
maiores movimentos separatistas do Brasil, entre eles a Revolta dos
Cabanos e a Balaiada.
( ) Formado por Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira de Campos
Vergueiro e José Joaquim Carneiro de Campos a regência durou de abril a
julho de 1831.
( ) O governo foi marcado pela tentativa de conter os movimentos populares
e para isso o padre Antônio Feijó foi instituído como o ministro da Justiça e
então, a Guarda Nacional.
Responda as assertivas a seguir com “V” para verdadeiro ou “F” para
falso.
a) ( ) Durante a Regência Trina Provisória (1831) ocorreu anistia aos presos
políticos.
b) ( ) No período da Regência Una do Padre Feijó foi criado o Ato Adicional
de 1834, na tentativa de conter os ânimos.
c) ( ) Foi durante a Regência Una do Padre Feijó que eclodiram os maiores
movimentos separatistas do Brasil, entre eles a Revolta dos Cabanos e a
Balaiada.
d) ( ) Durante o governo de Araújo Lima, a autonomia administrativa criada
pelo Ato Adicional foi revogada e a centralização política fortalecida.
e) ( ) A Guarda Nacional, força controlada por fazendeiros com títulos de
coronéis e composta por homens de 21 a 60 anos que seriam responsáveis
pela retaliação das revoltas.
Aula 03
PRINCIPAIS CONFLITOS
O período regencial foi marcado por instabilidades políticas e disputas
internas. As más condições sociais e a pouca contribuição do governo central
com as regiões fizeram surgir conflitos em diversos estados do Brasil.
Veja a seguir as características de cada uma dessas revoltas no
quadro comparativo.
4. 4
CABANAGEM BALAIADA SABINADA
REVOLTA
DOS MALÊS
FARROUPILHA
DATA E
LOCAL
1835
Província do Grão-
Pará
1838
Maranhão
1837
Bahia
1835
Salvador
(BA)
1835
Rio Grande do
Sul
MOTIVOS
Supostamente os
cabanos lutavam
contra a nomeação
do presidente da
província feita pelo
governo central. Teve
um grande cunho
econômico-social
Crise
econômica da
província;
miséria e
antigos
privilégios que
continuavam
sendo
concedidos a
comerciantes
portugueses.
Não
aceitação do
poder
regencial e
projeto de
criação da
república
baiana.
Grupos de
escravos que
pretendiam a
libertação;
não
aceitavam a
proibição da
capoeira e
nem a
imposição da
fé católica.
Problemas
econômicos entre
os estancieiros
sulistas e o
governo
regencial. O
charque, principal
produto
econômico, sofria
a concorrência
das produções
argentina e
uruguaia.
LÍDERES
Félix Antônio Malcher;
irmãos Vinagre;
Eduardo Angelim
Vaqueiro
Raimundo
Gomes; Manuel
dos Anjos
Ferreira
(fabricante de
balaios); Negro
Cosme (líder
do quilombo)
Francisco
Sabino
Barroso
(médico)
Malês, grupo
de escravos
de tradição,
cultura e
religião
muçulmanas.
Bento Gonçalves;
Davi Canabarro.
Antônio de Sousa
Netto.
CAMADAS
SOCIAS
ENVOLVIDA
S
Cabanos (população
ribeirinha); pequenos
lavradores; jornalistas
e comerciantes.
Artesãos e
fabricantes de
cestos;
camponeses e
vaqueiros
pobres.
Camadas
médias de
Salvador.
Escravos de
Salvador
Grandes
fazendeiros que
passam a contar
com apoio das
camadas médias
urbanas.
DESFECHO
Após cinco anos de
sangrentos combates,
o governo regencial
conseguiu reprimir a
revolta. A revolta
terminou sem que os
cabanos
conseguissem atingir
seus objetivos.
Movimento
reprimido e
líderes presos
e mortos.
Movimento
reprimido e o
líder foi
exilado no
Mato Grosso.
O movimento
foi sufocado.
Os líderes
foram mortos
e os demais
punidos com
prisão,
açoites ou
degredo para
a África.
Promoveu um
acordo com as
lideranças locais:
os revoltosos
receberiam
anistia, puderam
escolher o
presidente da
província e o
imposto sobre o
charque
argentino foi
aumentado.
OUTRAS
CARACTERÍSTICAS
A rebelião regencial
que teve a maior
participação efetiva
das camadas
populares.
Ondas de
saques ao
comércio
praticados
pelos balaios
fizeram com
que a rebelião
fosse
confundida,
muitas vezes,
com ação de
banditismo.
O movimento
pretendia
separar a
província
baiana do
Brasil até a
maioridade de
D. Pedro de
Alcântara.
Os escravos
malês
provocaram
ataques e
incendiaram
fazendas nos
arredores de
Salvador.
Rebelião
regencial mais
longa – 10 anos
– em função de
os fazendeiros
conseguiram
sustentar as
campanhas da
guerra.
ATIVIDADE
1) Com base no mapa e quadro comparativo sobre as revoltas ocorridas
no período regencial preencha as lacunas nas frases abaixo.
a) Algumas dessas revoltas tinham caráter separatista, ou seja, propunham
a separação das províncias do Brasil e a criação de novos países. Entre elas
estão a ............................................................... no Rio Grande do Sul e a
......................................................, na Bahia.
b) Questões sociais também motivaram as revoltas. A .................................
por exemplo, foi motivada pelas péssimas condições a que estava submetida
grande parte da população na província do Grão Pará e é considerada uma
das maiores revoltas populares brasileiras.
c) Já os participantes da ................................................ liderado por
escravos e ex escravos mulçumanos em Salvador, lutavam por melhores
condições de vida e para que pudessem praticar sua religião.
d) A ................................................... foi um movimento popular que ocorreu
na província do Maranhão, onde trabalhadores uniram-se para lutar contra a
miséria e opressão.
e) A Revolução ......................................... foi motivada por problemas
econômicos entre os estancieiros sulistas e o governo regencial. O
..............................., principal produto econômico, sofria a concorrência das
produções argentina e uruguaia.
f) A rebelião regencial que teve a maior participação efetiva das camadas
populares foi a .....................................................
Bons estudos!