A mielomeningocele é uma malformação congênita grave do sistema nervoso que ocorre no primeiro mês de gestação, causando a falha no fechamento do tubo neural do embrião. Ela pode ser causada por fatores genéticos, nutricionais e ambientais e causa paralisia, perda de sensibilidade e problemas ortopédicos abaixo do nível da lesão. O diagnóstico é feito através de exames como ultrassonografia e ressonância magnética e o tratamento envolve a cirurgia para fechamento da
2. DEFINIÇÃO
A mielomeningocele constitui uma malformação congênita do
sistema nervoso que ocorre no primeiro mês de gestação, ou
seja, antes mesmo que a maioria das mulheres percebam que
estão grávidas. Ela é a expressão mais grave da chamada falha de
fechamento do tubo neural do embrião.
3. ETIOLOGIA
GENÉTICOS
NUTRICIONAIS
AMBIENTAIS
Histórico familiar da doença.
O ácido fólico é um importante
nutriente para o desenvolvimento
saudável de um bebê.
A deficiência deste nutriente
aumenta o risco de espinha bífida e de
outros defeitos da coluna vertebral.
Exposição radiológica
5. FISIOPATOLOGIA
Perda completa da função
abaixo do nível da
lesão
– Paralisia flácida;
– Perda da sensibilidade;
– Arreflexia.
Problemas ortopédicos
– Desequilíbrio entre grupos
musculares;
– Deformidades ortopédicas;
– Escoliose;
– Cifose lombar;
– Cirurgias ortopédicas.
6. FISIOPATOLOGIA
Osteoporose
Falta de apoio e tração muscular nos ossos;
Tecido osteóide não mineralizado;
Fraturas.
Comprometimento
plexo sacral
Bexiga neurogênica;
Disfunção intestinal.
Condições
associadas
Hidrocefalia;
Má formação de Arnold Chiari;
Meduda presa;
Siringomielina.
8. TRATAMENTO CLÍNICO
• Fechamento da bolsa cística é feito dentro
das primeiras 24 a 48 horas;
Cirurgia intra-útero:
• Realizada entre a 24ª e 30ª semana de
gestação.
9. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Período neonatal
0 à 28 dias de vida
Período Pré escolar
3 à 5 anos de vida
Avaliar a sensibilidade, motricidade,
postura em repouso, movimentos
ativos, anormalidades, deformidades e
reflexos, para programar um programa
de reabilitação adequado.
Nessa fase, as deformidades mais
esperadas são o pé eqüino varo e a
luxação congênita de quadril.
Pesquisar os grupamentos musculares
ativos para ter conhecimentos dos
músculos que poderão utilizar para
promover a independência e de quais
recursos precisará.
As dificuldades de percepção, função
de mão e indiscriminação de lateralidade
são responsáveis também por dificultar
a deambulação.
10. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Período Escolar
Adolescência
Fase adulta
Incontinência de reto e bexiga (drenagem
vesical);
Treinamento de evacuação;
Uso correto de cadeira de rodas e muletas
(dependendo do nível da lesão.
Nessa fase, os problemas associados à coluna
vertebral voltam a preocupar e passa a ser
necessário o uso de órteses.
Nessa fase, os profissionais que
acompanharam o paciente até aqui, passam
apenas a espectadores e realizam algumas
orientações e adaptações, quando necessárias.
11. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
T12/L1
Todos os músculos de
MMII
Flexão e rotação externa de quadril, flexão
de joelho, cifose lombar, perda dos
movimentos de MMII.
Mobilidade apenas em cadeira
de rodas.
12. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
S2
Bíceps femural, glúteo
médio e maximo,
musculatura intrínseca do
pé.
Flexão de quadril,
dorsoflexão, dedos em
garra, hiperlordose lombar.
Marcha livre, MAFO para
tornozelo (órtese).
13. REFERÊNCIAS
Dias MS. Neurosurgical causes of scoliosis in patients with
myelomeningocele: an evidence-based literature review. J Neurosurg.
2005; 103:24-25.
Fletcher JM, Copeland K, Frederick JA et al. Spinal lesion level in spina
bifida: a source of neural and cognitive heterogeneity. J Neurosurg.
102:268-279, 2005.
Fisioterapia neurológica, 2ª Edição, Editora Manole.
São Paulo.