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UNIVERSIDADE CEUMA
LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA E UROLOGIA
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO
GABRIEL CAMPOS FACUNDES
OBJETIVOS DA AULA
 DEFINICAO DE ITU
 EPIDEMIOLOGIA
 CLASSIFICAÇÃO
 FATORES DE RISCO E AGENTES ETIOLÓGICOS
 QUADRO CLÍNICO
 DIAGNÓSTICO
 TRATAMENTO
 MEDIDAS PREVENTIVAS
 PEDIR O EXAME OU TRATAR LOGO?
DEFINIÇÃO DE ITU
 A infecção do trato urinário (ITU) pode ser definida como a presença de um
microrganismo patogênico na urina e, consequentemente, nas estruturas que compõem o
aparelho urinário – uretra, bexiga, rim ou na próstata;
 O termo ITU abrange uma variedade de entidades clínicas, desde a bacteriúria
assintomática até a cistite, prostatite e pielonefrite;
 As ITU podem ser também caracterizadas como simples (quando ocorrem na ausência de
causas anatômicas ou complicadas (associadas a anormalidades estruturais ou funcionais
do trato urinário e dos rins), e como adquiridas na comunidade ou nosocomiais (em geral,
associadas a sondagem vesical);
 É a presença de bactérias no trato urinário.
FIGURA 1. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
(FONTE:
HTTPS://WWW.DRJESUSPIRES.COM/INFECC
AO-URINARIA)
EPIDEMIOLOGIA DA ITU
 Pela sua abrangência no que tange idade, sexo, doenças associadas e fatores
de risco externos (cateterismo vesical, por exemplo), há uma grande
diversidade epidemiológica das ITU a depender de cada um destes fatores;
 É mais comum em mulheres devido a menor extensão da uretra feminina e
sua proximidade com o ânus o que favorece a ascensão de patógenos pelo
aparelho urinário, mulheres têm 50 vezes mais chance de adquirir ITU do que
os homens;
 A incidência de ITU aumenta nos homens acima de 50 anos, relacionada a
doenças prostáticas.
Figura 2:
Epidemiologia da infecção urinária (MANUAL DE
UROLOGIA, 2010).
Faixa etária Incidência (%) Proporção aproximada entre os sexos (homem:mulher)
Neonatal 1 1,5:1
Idade pré-escolar 1,5 a 3 1:10
Idade escolar 1,2 1:30
Idade fértil 3 a 5 1:50
Geriátrica 10 a 30 1:1,5
CLASSIFICAÇÃO DAS ITU´S
 Quanto ao sítio anatômico, a provável origem do patógeno, a presença ou não de complicação,
a presença ou não de cateter, a presença ou não de sintomas e a recorrência do quadro;
 Quanto ao sítio anatômico pode ser uma infecção do trato urinário baixo (cistites) ou do trato
urinário alto (pielonefrites).
 No que diz respeito a origem do patógeno, este pode ser advindo da comunidade
caracterizando uma ITU comunitária ou hospitalar quando o patógeno é adquirido em ambiente
hospitalar.
 ITU complicada é a infecção do trato urinário com repercussões sistêmicas que está associada a
algumas condições pré-existentes do indivíduo: anormalidades urológicas subjacentes
(nefrolitíase, estenoses, obstruções, etc.), doenças sistêmicas (diabetes mellitus,
imunossupressão, insuficiência renal crônica, transplante renal).
FIGURA 3:HTTPS://WWW.MEDICINANET.COM.BR/CONTEUDOS/ACP-
MEDICINE/7616/INFECCOES_DO_TRATO_URINARIO.HTM#:~:TEXT=A%20INFEC%C3%A7%C3%A3O%20DO%20TRATO%2
0URIN%C3%A1RIO,A%20CISTITE%2C%20PROSTATITE%20E%20PIELONEFRITE.
AGENTES ETIOLÓGICOS
 ITUs de comunidade:
-E. coli (70 a 85%) ;
-Staphylococcus saprophyticus ;
-Proteus ;
-Klebsiella ;
-Enterococcus faecalis;
ITUs hospitalares:
-Enterobactérias e cândida .
FATORES DE RISCO
 Sexo feminino: a uretra feminina além de mais próxima do ânus é mais curta, o que a ascensão
das bactérias que costumam estar presentes na região retal como a E. coli. Além disso, a
atividade sexual pode favorecer a entrada das bactérias e, o uso de espermicidas por alterarem
o pH e a flora do introito vaginal está associado ao aumento das infecções por E. coli e
consequentemente da incidência de cistites;
 Quanto às gestantes, alguns fatores são predisponentes pela frequência de ITU sintomática ou
não, são eles: modificação da posição da bexiga, aumento da capacidade vesical devido à
redução do tônus da bexiga, relaxamento da musculatura da bexiga e ureter, assim como a
dilatação deste último e da pelve renal favorecendo o refluxo vesico-ureteral.
FIGURA 4: HTTPS://WWW.MDSAUDE.COM/NEFROLOGIA/INFECCAO-URINARIA/CISTITE/
FATORES DE RISCO
 Quanto ao sexo masculino, este possui maior predisposição à infecção quando na presença de
prostatite e obstrução ureteral por hipertrofia prostática.
 Fatores que interferem no fluxo urinário podem resultar em estase urinária, favorecendo a
proliferação bacteriana e distensão vesical. Tais fatores podem ser desde estenose uretral,
hipertrofia prostática até mesmo litíase e tumores no trato urinário.
 Bexiga neurogênica: Pacientes com lesão da medula espinhal, esclerose múltipla e diabetes
mellitus costumam apresentar ITU devido a disfunção motora da bexiga gerando estase urinária
e muitas vezes necessidade de cateterização favorecendo a possibilidade de proliferação e
infecção de bactérias no trato urinário.
 Além disso, devido ao fato desses pacientes por vezes passarem muito tempo acamados
aumenta a predisposição para reabsorção óssea o que pode acarretar em maior incidência de
nefrolitíase, gerando maior predisposição a ITU pelo mecanismo obstrutivo.
FIGURA 5: SANARFLIX, MATERIAL DE INFEÇÇÕES DO TRATO URINÁRIO.
QUADRO CLÍNICO - CISTITE
 Cistite:
- Sintomas de disúria (dor ou dificuldade de micção) associado a polaciúria,
- Urgência miccional;
- Dor em região suprapúbica e hematúria;
- Idosos podem ter apresentações atípicas como alteração do nível de consciência e/ou
alterações do comportamento;
- Sintomas locais.
TRATAMENTO- CISTITE
 NITROFURANTOÍNA
-100 MG
-6/6H
-5 DIAS
 CIPROFLOXACINO ( QUINOLONA)
-500 MG
-5 DIAS
-12/12H
DIAGNÓSTICO
 A avaliação por meio da anamnese e exame físico é fundamental para o diagnóstico;
 Inclusive, aqueles pacientes que apresentam sinais e sintomas de cistite e que não
apresentam nenhum fator de risco para ITU complicada, sequer necessitam ser
avaliados por meio de exames complementares para proceder com o tratamento
pensando naqueles patógenos mais prevalentes que já comentamos.
QUADRO CLÍNICO - PIELONEFRITE
 Sinais e sintomas sistêmicos direcionam para o quadro clínico de pielonefrite ;
 Febre, vômitos e náuseas;
 Sinal de Giordano (punho percussão da loja renal) positivo, dor lombar.
 A pielonefrite pode ser oligossintomática, principalmente em grupos como as
gestantes, havendo também superposição com os sintomas de cistite. É importante
avaliar o estado geral do paciente e considerar internação uma vez que haja suspeita
de pielonefrite complicada devido ao risco de progressão para um quadro de sepse.
FIGURA 6: SINAL DE GIORDANO: DOR LOMBAR A PUNHO PERCUSSÃO
DA LOJA RENAL (FONTE: HTTPS://MEDPRI.ME/UPLOAD/TEXTO/TEXTO-
AULA-1124.HTML).
TRATAMENTO PARA PIELONEFRITE
 CEFTRIAXONE
-1G
- 12/12H
 CIPROFLOXACINO
-400 MG
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PRESCRIÇÃO - PIELONEFRITE
 1 –DIETA LIVRE ;
 2-SF 0,9 500 Ml, 12/12 H ( PACIENTE MAL ESTADO
GERAL);
 3- CEFTRIAXONE 2G EM 250 ML SF.( MANUTENÇÃO 1G
12/12H);
 4-DIPIRONA 1G( SOS);
 5- BROMOPRIDA (SOS);
 NÃO USA AINE’S.
EXAMES A SEREM PEDIDOS
 HEMOGRAMA;
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O QUE OLHAR NO EAS?
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LEUCOCITÚRIA ( CARRO CHEFE);
NITRITO( SE DEMORAR PARA ANALISAR VEM
NITRITO +).
TOMOGRAFIA DE ABDÔMEN TOTAL
REFERÊNCIAS
 https://sbu-sp.org.br/admin/upload/os1688-completo-urologiafundamental-09-
09-10.pdf;
 https://portaldaurologia.org.br/medicos/wp-
content/uploads/2017/08/guideline_AUA_SBU-ilovepdf-compressed.pdf;
 https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/urologia_funda
mental.pdf;
 https://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-
medicine/7616/infeccoes_do_trato_urinario.htm#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3
%A3o%20do%20trato%20urin%C3%A1rio,a%20cistite%2C%20prostatite%20e%2
0pielonefrite;
 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-
urin%C3%A1rios/infec%C3%A7%C3%B5es-do-trato-urin%C3%A1rio-
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  • 1. UNIVERSIDADE CEUMA LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA E UROLOGIA INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO GABRIEL CAMPOS FACUNDES
  • 2. OBJETIVOS DA AULA  DEFINICAO DE ITU  EPIDEMIOLOGIA  CLASSIFICAÇÃO  FATORES DE RISCO E AGENTES ETIOLÓGICOS  QUADRO CLÍNICO  DIAGNÓSTICO  TRATAMENTO  MEDIDAS PREVENTIVAS  PEDIR O EXAME OU TRATAR LOGO?
  • 3. DEFINIÇÃO DE ITU  A infecção do trato urinário (ITU) pode ser definida como a presença de um microrganismo patogênico na urina e, consequentemente, nas estruturas que compõem o aparelho urinário – uretra, bexiga, rim ou na próstata;  O termo ITU abrange uma variedade de entidades clínicas, desde a bacteriúria assintomática até a cistite, prostatite e pielonefrite;  As ITU podem ser também caracterizadas como simples (quando ocorrem na ausência de causas anatômicas ou complicadas (associadas a anormalidades estruturais ou funcionais do trato urinário e dos rins), e como adquiridas na comunidade ou nosocomiais (em geral, associadas a sondagem vesical);  É a presença de bactérias no trato urinário.
  • 4. FIGURA 1. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (FONTE: HTTPS://WWW.DRJESUSPIRES.COM/INFECC AO-URINARIA)
  • 5. EPIDEMIOLOGIA DA ITU  Pela sua abrangência no que tange idade, sexo, doenças associadas e fatores de risco externos (cateterismo vesical, por exemplo), há uma grande diversidade epidemiológica das ITU a depender de cada um destes fatores;  É mais comum em mulheres devido a menor extensão da uretra feminina e sua proximidade com o ânus o que favorece a ascensão de patógenos pelo aparelho urinário, mulheres têm 50 vezes mais chance de adquirir ITU do que os homens;  A incidência de ITU aumenta nos homens acima de 50 anos, relacionada a doenças prostáticas.
  • 6. Figura 2: Epidemiologia da infecção urinária (MANUAL DE UROLOGIA, 2010). Faixa etária Incidência (%) Proporção aproximada entre os sexos (homem:mulher) Neonatal 1 1,5:1 Idade pré-escolar 1,5 a 3 1:10 Idade escolar 1,2 1:30 Idade fértil 3 a 5 1:50 Geriátrica 10 a 30 1:1,5
  • 7. CLASSIFICAÇÃO DAS ITU´S  Quanto ao sítio anatômico, a provável origem do patógeno, a presença ou não de complicação, a presença ou não de cateter, a presença ou não de sintomas e a recorrência do quadro;  Quanto ao sítio anatômico pode ser uma infecção do trato urinário baixo (cistites) ou do trato urinário alto (pielonefrites).  No que diz respeito a origem do patógeno, este pode ser advindo da comunidade caracterizando uma ITU comunitária ou hospitalar quando o patógeno é adquirido em ambiente hospitalar.  ITU complicada é a infecção do trato urinário com repercussões sistêmicas que está associada a algumas condições pré-existentes do indivíduo: anormalidades urológicas subjacentes (nefrolitíase, estenoses, obstruções, etc.), doenças sistêmicas (diabetes mellitus, imunossupressão, insuficiência renal crônica, transplante renal).
  • 9. AGENTES ETIOLÓGICOS  ITUs de comunidade: -E. coli (70 a 85%) ; -Staphylococcus saprophyticus ; -Proteus ; -Klebsiella ; -Enterococcus faecalis; ITUs hospitalares: -Enterobactérias e cândida .
  • 10. FATORES DE RISCO  Sexo feminino: a uretra feminina além de mais próxima do ânus é mais curta, o que a ascensão das bactérias que costumam estar presentes na região retal como a E. coli. Além disso, a atividade sexual pode favorecer a entrada das bactérias e, o uso de espermicidas por alterarem o pH e a flora do introito vaginal está associado ao aumento das infecções por E. coli e consequentemente da incidência de cistites;  Quanto às gestantes, alguns fatores são predisponentes pela frequência de ITU sintomática ou não, são eles: modificação da posição da bexiga, aumento da capacidade vesical devido à redução do tônus da bexiga, relaxamento da musculatura da bexiga e ureter, assim como a dilatação deste último e da pelve renal favorecendo o refluxo vesico-ureteral.
  • 12. FATORES DE RISCO  Quanto ao sexo masculino, este possui maior predisposição à infecção quando na presença de prostatite e obstrução ureteral por hipertrofia prostática.  Fatores que interferem no fluxo urinário podem resultar em estase urinária, favorecendo a proliferação bacteriana e distensão vesical. Tais fatores podem ser desde estenose uretral, hipertrofia prostática até mesmo litíase e tumores no trato urinário.  Bexiga neurogênica: Pacientes com lesão da medula espinhal, esclerose múltipla e diabetes mellitus costumam apresentar ITU devido a disfunção motora da bexiga gerando estase urinária e muitas vezes necessidade de cateterização favorecendo a possibilidade de proliferação e infecção de bactérias no trato urinário.  Além disso, devido ao fato desses pacientes por vezes passarem muito tempo acamados aumenta a predisposição para reabsorção óssea o que pode acarretar em maior incidência de nefrolitíase, gerando maior predisposição a ITU pelo mecanismo obstrutivo.
  • 13. FIGURA 5: SANARFLIX, MATERIAL DE INFEÇÇÕES DO TRATO URINÁRIO.
  • 14. QUADRO CLÍNICO - CISTITE  Cistite: - Sintomas de disúria (dor ou dificuldade de micção) associado a polaciúria, - Urgência miccional; - Dor em região suprapúbica e hematúria; - Idosos podem ter apresentações atípicas como alteração do nível de consciência e/ou alterações do comportamento; - Sintomas locais.
  • 15. TRATAMENTO- CISTITE  NITROFURANTOÍNA -100 MG -6/6H -5 DIAS  CIPROFLOXACINO ( QUINOLONA) -500 MG -5 DIAS -12/12H
  • 16. DIAGNÓSTICO  A avaliação por meio da anamnese e exame físico é fundamental para o diagnóstico;  Inclusive, aqueles pacientes que apresentam sinais e sintomas de cistite e que não apresentam nenhum fator de risco para ITU complicada, sequer necessitam ser avaliados por meio de exames complementares para proceder com o tratamento pensando naqueles patógenos mais prevalentes que já comentamos.
  • 17. QUADRO CLÍNICO - PIELONEFRITE  Sinais e sintomas sistêmicos direcionam para o quadro clínico de pielonefrite ;  Febre, vômitos e náuseas;  Sinal de Giordano (punho percussão da loja renal) positivo, dor lombar.  A pielonefrite pode ser oligossintomática, principalmente em grupos como as gestantes, havendo também superposição com os sintomas de cistite. É importante avaliar o estado geral do paciente e considerar internação uma vez que haja suspeita de pielonefrite complicada devido ao risco de progressão para um quadro de sepse.
  • 18. FIGURA 6: SINAL DE GIORDANO: DOR LOMBAR A PUNHO PERCUSSÃO DA LOJA RENAL (FONTE: HTTPS://MEDPRI.ME/UPLOAD/TEXTO/TEXTO- AULA-1124.HTML).
  • 19. TRATAMENTO PARA PIELONEFRITE  CEFTRIAXONE -1G - 12/12H  CIPROFLOXACINO -400 MG -12/12 H
  • 20. PRESCRIÇÃO - PIELONEFRITE  1 –DIETA LIVRE ;  2-SF 0,9 500 Ml, 12/12 H ( PACIENTE MAL ESTADO GERAL);  3- CEFTRIAXONE 2G EM 250 ML SF.( MANUTENÇÃO 1G 12/12H);  4-DIPIRONA 1G( SOS);  5- BROMOPRIDA (SOS);  NÃO USA AINE’S.
  • 21.
  • 22. EXAMES A SEREM PEDIDOS  HEMOGRAMA;  NA;  K;  URÉIA;  CREATININA;  EAS;  UROCULTURA;  PCR;  VHS;  IMAGEM PARA PACIENTES COM OBSTRUÇÃO URINÁRIA.
  • 23. O QUE OLHAR NO EAS? BACTERIÚRIA; LEUCOCITÚRIA ( CARRO CHEFE); NITRITO( SE DEMORAR PARA ANALISAR VEM NITRITO +).
  • 25. REFERÊNCIAS  https://sbu-sp.org.br/admin/upload/os1688-completo-urologiafundamental-09- 09-10.pdf;  https://portaldaurologia.org.br/medicos/wp- content/uploads/2017/08/guideline_AUA_SBU-ilovepdf-compressed.pdf;  https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/urologia_funda mental.pdf;  https://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp- medicine/7616/infeccoes_do_trato_urinario.htm#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3 %A3o%20do%20trato%20urin%C3%A1rio,a%20cistite%2C%20prostatite%20e%2 0pielonefrite;  https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e- urin%C3%A1rios/infec%C3%A7%C3%B5es-do-trato-urin%C3%A1rio- itus/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-infec%C3%A7%C3%B5es-do- trato-urin%C3%A1rio-itus;