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A Obesidade EstariaRelacionadaaoAumentodoVolumedasAdrenais?
AmélioF.G.Matos
AndréaR. Vieira
WalmirCoutinho
Denise Madeira
Lúcia M. Carraro
Rosa Rodrigues
GláuciaBastos
Mônica Cabral
André Pantaleão
JucinéiaOliveira
RicardoM.R. Meirelles
InstitutoEstadual de Diabetese
EndocrinologiaLuizCapriglione-
Serviçode RadiologiadoDr.Amarino
C. de OliveiradoHospital
Pró-Cardíaco.
RESUMO
Váriosestudossugeremque existeumahiperatividade doeixohipotálamo-hipofisário-adrenal
(HHA) na obesidade,commaioracúmulode gordurana regiãoabdominal.Estestrabalhos
demonstramque,apósinjeçõesde hormônioliberadorde corticotropina(CRF) ouhormônio
adrenocorticotrófico(ACTH) e aindaatravésde testesde stress,osníveisde cortisol estão
aumentadosemcomparaçãocom pacientescomdeposiçãoperiféricade gordura.Alémdo
mais,algunsestudosmostramque empacientesdeprimidos,ondeahiperatividadedoHHA é
uma alteraçãoendócrinaimportante e conhecida,ovolume das adrenaisestáaumentado
quandocomparadocom normais.Para investigarse oteorde gordura visceral de alguma
maneirase relacionacomo volume dasadrenais,52 mulherescomidade entre 19e 54 anos,
com diferentesíndicesde corpulência,foramestudadasatravésde medidasantropométricas
como peso,índice de massacorporal (IMC),cintura e relaçãocintura-quadril (RCQ).Asáreas
de gordura visceral (GV) e subcutânea(GSC),alémdovolume dasadrenais,forammedidas
atravésda tomografiacomputadorizada.Houve umacorrelaçãoextremamente significativa
entre as medidasde distribuiçãode gordura(RCQe cintura) e a GV, sendoque a RCQ nãose
correlacionoucoma GSC. O somatóriodovolume dasadrenaismostrouumacorrelação
positivae significativacomaRCQ (r = 0,272, p = 0,02) e uma correlaçãopositiva,masnolimite
da significânciacomaGV (r = 0,228, p = 0,05), não mostrandoqualquercorrelaçãocoma GSC.
Alémdisso,osomatóriodovolume dasadrenaisfoi maiornaquelascomGV ³ 120 cm2 quando
comparado com pacientescomárea de GV < 120 cm2 (p= 0,05). Portanto,o estudosugere
que o depósitode GV parece inter-relacionar-se comahiperatividadedoHHA,aqui estimada
anatomicamente atravésdovolume dasadrenais,glândulaalvodeste eixo.(ArqBras
Endocrinol Metab2000;44/1: 21-29)
Unitermos:Obesidade;Adrenais;Eixohipotálamo-hipófise-adrenal;Cortisol;Tomografia
computadorizada
ABSTRACT
Many studiessuggestthatthere isa hyperactivityof the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA)
axisrelatedtoobesitywithaccumulationof fatinthe abdominal region.Some studies
demonstrate thatafterthe injectionof corticotrophin-releasinghormone (CRH) or
corticotrophin(ACTH) andaccordingto the resultsof stresstests,the levelsof cortisol are
increasedwhencomparedtopatientswithperipheral fatdeposition.Moreover,some studies
showthat indepressedpatients,where the hyperactivityof HPA isknownandrepresentsan
importantendocrinologicalchange,the adrenal volume isincreased.Toinvestigate if the
amountof visceral fatisrelatedinsome wayto adrenal glandvolume,agroupof 52 women
withdifferentcorpulence indexeswasstudied. Anthropometriesmeasures,suchasweight,
bodymass index (BMI),waistcircumferenceandwaist-to-hipratio(WHR) were checked.The
areas of visceral andsubcutaneousfat,aswell asadrenal glandvolumes,were checkedby
abdominal computedtomography.There wasanextremelyrelevantcorrelationbetweenthe
measurementsof central fatdeposition(WHRandwaistcircumference) andthe amountof
visceral fat(VF),althoughnocorrelationwasfoundbetweenthe WHRand the subcutaneous
fat.The addedadrenalsvolumesshowedapositive correlationtothe WHR (r= 0.272; p = 0.02)
and alsoto the VF (r= 0.228; p = 0.05). Nocorrelationwiththe subcutaneousfat,BMI,and
weightwere found.The addedadrenalsvolumeswere increasedwhenVF³120 cm2 as
comparedwithpatientswithVF<120 cm2 (p= 0.05). Thus, thisstudysuggeststhatthe
amountof VFseemtobe relatedtothe HPA hyperactivity,anatomicallyexpressedinthis
studyby the adrenal volume,the targetglandof thisaxis.(ArqBrasEndocrinol Metab
2000;44/1: 21-29)
Keywords:Obesity;Adrenalglands;Hypothalamichypophyseal-adrenal axis;Cortisol;
Computerizedtomography
A DISTRIBUIÇÃODA GORDURA CORPORAL,especialmenteagorduraabdominal ouo acúmulo
de gordura na parte superiordocorpo (obesidadecentral),temsidomaisintensamente
associadaà morbidade-mortalidadedoque a obesidade daparte inferiordocorpoou o grau
de obesidade (1).
A maiorcontribuiçãoparaesta conclusãofoi otrabalhopioneirode JeanVague,realizadonos
anos 40. Vague foi o primeiroadistinguirentre osdoistiposde obesidade de acordocoma
distribuiçãodagordura,e a afirmarque a distribuiçãode gorduradotipoandróide,istoé,a
que se localizana parte superiordocorpo (obesidadeandróide),estavaassociadaàmaioria
das complicaçõesdaobesidade,comodiabetesmellituse arteriosclerose e que odepósitona
parte inferior(obesidadeginóide) observada,principalmente,emmulheresé "benigna"(2).
A importânciadadistribuiçãodagorduracorporal,como um indicadorde risco,foi confirmada
pelasnotáveiscontribuiçõesde Björntörp(3) e Kissebah(4),que acarretoua inclusãoda
distribuiçãodagorduraentre osfatoresde risco estabelecidosde doençacardiovasculare de
mortalidade.Estudosprospectivosque se seguiram, demonstraramque umamaiorproporção
de gordura na regiãoabdominal estavaassociadaaumrisco aumentadode dislipidemia,
diabetese doençacardiovascular(4-12).Alémdisso,estarelaçãofoi demonstradacomosendo
parcialmente independentedoconteúdototal de gordura.Paraum mesmoIMC (índice de
massa corporal),aobesidade abdominal estáassociadaaumrisco muitomaiorde
desenvolvimentode doençaconcomitantedoque a obesidadedaparte inferiordocorpo.
Do pontode vistaclínico,a estimativadadistribuiçãoregionalde gorduradeve serde grande
importâncianopaciente obeso.Atualmente,arelaçãoentre acircunferênciada
cintura/quadril (RCQ) é amedidaantropométricamaisusadacomoíndice de regionalizaçãodo
tecidoadiposo.Entretanto,nãodiferenciade maneiraprecisaotecidosubcutâneodovisceral.
Assimsendo,astécnicasde imageminformamcomprecisãoaquantidade de gorduraintra-
abdominal e subcutânea.Atravésdaanálise portomografiacomputadorizada(TC),muitos
estudos vêmdemonstrandoque agorduralocalizadadentrodacavidade abdominal,gordura
visceral (GV),é amais crítica e correlacionadacomos distúrbiosmetabólicos(13-18).A
maioriadosestudostêmmostradocorrelaçãoimportante entre aRCQ e a quantidade de GV
mensuradaporTC (19-22). A cinturaé outramedidade distribuiçãode gordurae que,
também, temforte correlaçãocom a GV (20,22-25). Contudo,ousosomente dacircunferência
da cinturapode apresentarumobstáculoimportante.Paraumadada circunferênciade
cintura,algunspacientesterãoumaquantidade aumentadade gorduravisceral,enquantoque
outroso conteúdomaiorpode sersubcutâneo.
Um grande númerode alteraçõesendócrinasestãopresentesnaobesidade e sãomais
pronunciadasnaobesidade visceral que naperiférica,glúteo-femural.Asevidênciassugerem
que existaumaorigemneuroendócrinacentral parataisalterações.A disfunçãocentral,
primária,naobesidade visceralparece serahipersensibilidadee/ouhiper-responsividadedo
eixohipotálamo-hipofisário-adrenal(HEIA),levandomuitosestudosaestaconclusão.
Demonstra-se que aconcentraçãode cortisol livre urinário(CLU) estáelevadanaobesidade
central (26). Atribui-seestaelevação,primeiramente,aoclearence aumentadodocortisol,não
importandose a obesidade é abdominal ouperiférica(27).A segundarazãoseriaa
hipersensibilidade doHHA a fatoresestressantesfísicose mentais(28-30).Alémdissofoi
observadoumadiminuiçãodainibiçãodocortisol peladexametasona,emobesoscom elevada
RCQ (31), novamente sugerindoumahipersensibilidadedoeixoHHA,devidoaumadiminuída
inibiçãoporfeedbackviareceptoresde glicocorticóides(RG) ànível de sistemanervoso
central (SNC).
Todas estasconclusões,baseadasemresultadosde detalhadosestudoscelularese
moleculares,sãofortementeenfatizadaspelasváriasobservaçõesclínicas.Odesequilíbrio
entre oshormôniosacumuladoresde lipídios,cortisole insulina,e ogrupode hormônios
mobilizadoresde lipídios,sãoencontradosemváriascondiçõesde acúmulode gordura
visceral,comona síndrome de Cushing(cortisol e insulinaelevadose baixasconcentraçõesde
hormôniossexuaise GH),na menopausae noavanço da idade (baixasconcentraçõesde GHe
de hormôniossexuais),noalcoolismo(periodicamente,níveiselevadosde cortisol e baixosde
hormôniossexuais),notabagismo(periodicamente,elevadasconcentraçõesde cortisol),assim
como na ansiedade e depressão(elevadosníveisde cortisol) (32).A correçãodestas
anormalidadesé seguidapordiminuiçãooumesmonormalizaçãodoconteúdode gordura
visceral.Portanto,estasevidênciassugeremque asalteraçõesendócrinasobservadasna
obesidade visceral,provavelmente,sãocausadorasdodesproporcional acúmulode gordura
visceral (32).
Algunsestudosdemonstramque nosestadosde depressãomaior,onde ahiperatividadedo
eixoHHA é a maisproeminente anormalidade neuroendócrina(33,34),o volume dasglândulas
adrenaisestáaumentado,emaproximadamente 70%,quandocomparadocomo volume
destas,apóso tratamentoe,também, significativamente maior,quandocomparadocom
voluntáriosnormais(35).Este estudoé concordante comtrabalhoprévio,que demonstrauma
hiperplasiaadrenal empacientescomdepressão(36).
Apesardasclaras evidênciasque ligamoeixoHHA àobesidade central e/ouvisceral,e,
também, apesarda demonstraçãodoaumentodovolume adrenal empacientescom
depressão,nãoexistemnaliteraturaestudosdirecionadosparaaavaliaçãoanatômicadas
adrenaisnaobesidade.Este estudohipotetizaque,havendoumahiperatividadedoHHA,
poderiahavernaobesidade visceralalgumaassociaçãocomo volume destaglândula.Este
estudovisa,portanto,demonstrar,atravésdacorrelaçãodaárea de gorduraintra-abdominal
com o volume dasadrenais,umaassociaçãoanatômicada disfunçãodeste eixo.
MATERIAISE MÉTODOS
Quarentae sete mulheresobesasoucomexcessode peso,foramrecrutadasnoambulatório
de obesidade doInstitutoEstadual de Diabetese EndocrinologiaLuizCaprigione.Cinco
mulheresnormaisforamrecrutadasentre asacompanhantesdaspacientesobesas,
totalizando52 voluntárias.Todasconcordaramemparticipardoestudo,assinandoum
documentode consentimento.A idade médiafoi de 37 anos,variandode 19 a 54 anos. Todas
estavamlivresde doençasconcomitantesimportantescomodiabetesmellitus,doença
coronariana,doençashepáticas,renais,endócrinas,comespecial atençãoasinaisde
hipercortisolismoe câncer.O estudonasmulheresemfase pré-menopáusicafoi realizado,
semlevaremconsideraçãoa fase menstrual.
Todas as voluntáriasestavamcompesoestável(nãohouve ganhoouperdamaiorque 2 kg)
nos últimos6mesese neste períodonãofizeramusode qualquermedicaçãocomo objetivo
de perderpeso.
As voluntáriasrecrutadasforamavaliadasclinicamente e antropometricamente,comaferição
do peso,altura,medidadacinturae doquadril.A cintura foi mensuradaànível do menor
diâmetro,entre orebordocostal e as cristas ilíacas,e o quadril aonível domaior diâmetro,
passandopelosgrandestrocanteres.Oíndice de massacorporal (IMC) foi calculado,atravésda
fórmulapeso(kg)/altura(m)2e a relaçãocintura-quadril (RCQ),atravésdafórmulacintura
(cm)/quadril (cm).
Todas as mulheresforamsubmetidasatomografiacomputadorizadaabdominal paramediro
volume dasadrenais,agordura visceral e subcutânea(37).Todoo estudotomográficofoi
realizadopelamesmaradiologista,Dra.Denise Madeira,noHospital Pró-Cardíaco,Serviçode
RadiologiadoDr.AmarinoC. de Oliveira.
O estudotomográficodassupra-renaise doabdômenfoi realizadoemsistemahelicoidal,sem
contraste oral ouvenoso,emequipamentomodeloPRO-SPEED,damarca GE. O protocolo
para o estudodassupra-renaisinclui aquisiçãohelicoidal,emapnéiaúnicainspiratória,com
cortesde 5mm de espessura,5mmde espaçamentoentre oscortes,pitch= 1, FOV = 50cm.
Para a avaliaçãodas gordurasabdominal total,visceral e subcutâneafoi realizadapequena
hélice de 4 cortes,com 10mm de espessurae 10mm de espaçamento,mantendoomesmo
pitche EOV ao nível de L4-L5.
Apósincluídoo grupocomo um todopara a correlação estatística,odistribuímosentre
pacientescomgorduravisceral < e ³ 120 cm2.
Para análise estatística,foramestudadasasdistribuiçõesdasdiversasvariáveispresentesno
estudoa fimde averiguaro tipode distribuição,bemcomoasmedidasde tendênciacentral
das mesmas.A comparação entre asdiversasvariáveisordinaisfoi realizadaatravésda
correlaçãoparcial de Pearson,que variavade -1 (correlaçãonegativaouinversa) a+1
(correlaçãopositivaoudireta),testando-se,posteriormente,asignificânciaestatísticadasduas
variáveiscorrelacionadas,atravésdatransformaçãoZde Fischer.A comparação das médias
entre as duascategoriasde gordura visceral foramrealizadasatravésdoteste tde Student,
desde que aigualdade dasvariânciasentre osgrupostestados(teste de Levene) fosse
comprovada.Em caso de diferirem, formasnão-paramétricasdeste testeforam realizadas
(teste de Scheffé).Onível de significânciafoi de p<0,05.
RESULTADOS
Na Tabela1 estão demonstradosaidade e osdadosantropométricose naTabela2 os dados
tomográficos,atravésdasmédiase seusdesviospadrões.
Estudandoas diversas variáveis(Tabela3),observa-se umacorrelaçãopositivadopesocoma
medidadacintura (r= 0,817), com a GV (r = 0,396) e com a GSC (r = 0,813). Todas ao nível de
significânciade p< 0,001, excetocoma GV que apresentouump= 0,002. Da mesmaforma, o
IMC mostrouforte correlaçãopositivacoma cintura(r = 0,879), com a GV (r = 0,497) e com a
GSC (r = 0,795), também,com nível de significânciade p< 0,001. O IMC tambémse
correlacionoupositivamentecoma RCQ,emboracom uma significânciamenor(r= 0,262, p =
0,030). Estesresultadosnãosãosurpreendentes,umavezque se esperaque omaiorgrau de
corpulênciatenhalinearidade comasmedidasantropométricas,oucomas medidasdiretasde
gordura estudadaspelaTC.A medidadopesonão mostrarelação com a RCQ, o que tambémé
coerente,jáque o pesonãoindicamaiorou menordeposiçãocentral de gordura.Oestranhoé
que o IMC tenhase correlacionadocoma RCQ,que revelamaisadequadamenteuma
distribuiçãocentral,emboracomuma significânciamenor.
O estudodasmedidasde distribuiçãocentral dagordura(Tabela3), comoa medidadacintura
abdominal e a RCQ,mostrouque a cinturase correlacionoupositivamente comaGV (r =
0,584) e com a GSC (r = 0,710), com grau de significânciap<0,001. A RCQ apresentou
correlaçãosignificante comaGV (r = 0,471, p < 0,001), entretanto,nãomostroucorrelação
com a GSC.
Aqui aparece a primeiraevidênciadaproposiçãodoestudo,quandoaRCQse mostrou
positivamente correlacionadacoma soma dovolume das adrenais(r= 0,272, p = 0,02) (Figura
1). Alémdisso,aárea de GV,medidaporTC, que se correlacionoucoma cintura(r = 0,584),
mostrouuma correlaçãodiretacom o volume dasadrenais(Figura2),emboranolimite da
significância(r= 0,228, p = 0,05).
Para avaliarse haviadiferençaentre ovolume dasadrenaise aGV, as pacientesforam
divididasem2grupos,área de GV < e ³ 120 cm2, utilizadooteste de Levene paratestara
igualdade dasvariáveis.A correlaçãoentre ovolume dasadrenaise a GV se mostroupositiva
no limite dasignificância(p=0,05). Portanto,nogrupo de pacientescomGV ³ 120cm2, houve
uma correlaçãopositivacomo somatóriodovolume dasadrenais.
DISCUSSÃO
O estudode avaliaçãoda deposiçãocentral de gorduratemcomopadrão-ouroas medidas
realizadasporTC (38,39), porque este métodoavaliadiretamenteaáreavisceral e/ou
subcutânea.Quandoestasmedidassãocorrelacionadascomparâmetrosde maisfácil
aferição,comoas medidasdacinturae a RCQ, observa-se emgeral um bomíndice de precisão
destasmedidasindiretas(16,19-25).Pouliote col.(25) demonstraramque asimplesmedida
da cinturafoi um melhorindicadorde acúmulode GV do que a RCQ. Os resultadosobtidosno
presente estudo,emboraemgeral concordantescom odestesautorese de outros,apresenta
algumaspeculiaridades.A medidadacinturaavalioupositivamente tantoaGV comoa GSC,
mas o coeficiente foi maiorcoma GSC doque com a GV.O que chama maisatençãoé que
neste estudoaRCQ se correlacionoucoma GV, mas não com a GSC, sugerindoque aRCQ
predizmelhoragordura intra-abdominal doque agordura subcutânea.Entretanto,quando
analisamosaGV e suacorrelação com as medidasantropométricas,observamosque,de fato,
há uma maiorcorrelaçãocom a cintura(r = 0,584) doque com a RCQ (r = 0,471), o que é
concordante com outrosautores(21-23,38).
O maiorpropósitodeste estudo,emverdade,foi ode procuraruma correlaçãoanatômicapara
as possíveismodificaçõesfuncionaisdoeixoHHA naobesidade central.Comefeito,as
evidênciasapontamparaumahiperatividadedoeixoHHA empacientescomobesidade
central (26,29,30). Marin e col.(26) observarammaioresníveisde cortisol urinárioquanto
maiora RCQ.Pacientessubmetidosatestesde stresspsicológicos,comotestesmatemáticose
de quebra-cabeças,revelamumarespostadocortisol plasmáticoque se correlacionacomo
diâmetrosagital,umamedidaprecisade deposiçãoabdominal de gordura(26).Alémdisso,
uma maiordeposiçãocentral de gorduraestáassociadaa uma menorsupressibilidadedo
cortisol à dexametasonacotrófico(ACTH) oude hormônioliberadorde adreno-corticotrofina
(CRH),Pasquali e col.(29) demonstraramque mulherescomdistribuiçãoabdominal de
gordura apresentavamrespostadocortisol e doACTH maior que as normaise aindamaior que
aquelascomdeposiçãoperiférica.Omesmogrupo(30) demonstrouque injetando-se CRHe
argininavasopressina(AVP),umpotencializadordaação doCRH, a respostadoACTH e do
cortisol foi significativamente maiornogrupocomacúmulode gordura visceral (RCQ= 0,88 e
GV = 186,5cm2), e que durante os testesde stress(teste matemáticoe de quebra-cabeças) o
grupocom maior acúmulovisceral apresentouumafreqüênciacardíacamaior durante estes
testes,sugerindo que estasmulheresapresentamumarespostasimpáticahiperativaaostress
agudoe que istoparece inter-relacionar-se comoeixoHHA.Sugere-se que aobesidade
visceral dependede váriosfatores,incluindoamáadaptação ao stresscrônico(1,39-42).
Estudosemanimaisclaramente demonstramque similaresalteraçõesneuroendócrinas
ocorremdurante uma reação a fatoresestressantes(43).Emsituaçõesde não stress,tantoo
CRF quantoa AVP,são secretadosnosistemaporta-hipofísáriode maneirapulsátil,com boa
concordânciaentre os pulsos(34).Mas, durante exposiçãoaostress,aamplitude dosníveisde
AVPaumenta(34).Nestesanimais,tantoasconcentraçõesde AVPquantoCRHaumentam
quandoinjeta-se norepinefrinaintracerebroventricular(44).A ativaçãodo sistemasimpático
representa,assim, oprincipal fatorde regulaçãoendócrinade adaptaçãoao stress(45),e
parece estarsignificativamente correlacionadacoma ativaçãodo HHA (46). A hiperatividade
do sistemasimpáticoe doHHA após stressagudotem sidoobservado,porexemplo,em
pessoascomalta reatividade cardíacaao stress(46).No trabalhode Pasquali,osachadosde
maiorfreqüênciacardíaca e maioresníveisde cortisol nogrupocom acúmulode GV
confirmamestahipótese.Portanto,umadashipótesesé de que mulherescommaior
adiposidade visceral representemumaclasse de indivíduosque temumahiperatividade
simpáticarelacionadaaostresse estapode estarassociadacom uma hiperatividade doHHA.
Mais recentemente,e utilizandoumatecnologiamaissofisticada,atravésde medidas
seqüenciaisdocortisol salivaraolongode umdia,foi possível observarumamenor
variabilidade docortisol emrespostaapercepçãoaostress,associadaa uma defeituosa
supressãocomdexametasonaemrelaçãoaobesidade abdominal,indicandouma
anormalidade doeixoHHA neste grupo(47).
Em funçãodas anormalidadesdescritasacima,poder-se-iaesperarque umeixoHHA
cronicamente estimuladonaobesidade centralculminariacomalgumarepercussãono
tamanhoda glândulaalvo,aadrenal.Como mesmotipode raciocínio,se demonstrouque
pacientescomdepressãoendógena,umasabidasituaçãode anormalidade doeixoHHA
(33,34), se acompanhade aumentodovolume dasadrenais.Aindamais,amelhorados
sintomasdepressivosé acompanhadaporumadiminuiçãodovolume dasadrenaisparaníveis
semelhantesaosdogrupocontrole (35).
É possível afirmarque o presente estudologroudemonstraroque se suspeitava.Porexemplo,
a RCQ avalioumaisadequadamenteagorduravisceral que a gordurasubcutânea,coma qual
não houve correlação.Foi exatamenteestamedidaque maissensivelmentese correlacionou
com o volume dasadrenais(Figura1) (r = 0,272, p = 0,02). Era de se esperarque,também,
houvesse umarelaçãodiretaentre aGV e o volume dasadrenais,e de fatoesta correlação
existiu(r= 0,228, p = 0,05) (Figura2), porémno limite dasignificância.Épossível que aescolha
das pacientestenhainterferidonestesresultados,diminuindoocoeficiente de relação,jáque,
sabidamente,aobesidade central estámaiscomumente associadaamenoresgrausde
obesidade,sendoogrupoaqui estudadode IMC médioelevado.Alémdisso,natentativade
estudaruma largavariação de corpulência,asvoluntáriasnormaisforamde númeroreduzido
(apenas5) e nenhumapaciente estavanumafaixaintermediáriade IMC(entre 25 e 30 kg/m2).
É importante observarque ovolume dasadrenaisnãose correlacionoucomqualqueroutro
parâmetroestudado,comoo pesoe o IMC, sugerindo,portanto,que nãoé a obesidade, mas
sima centralizaçãode gordura,que guarda estarelação.Aindamais,diferentementeda
relaçãoentre a GV e o somatóriodasadrenais,nãohouve qualquerrelaçãodovolume adrenal
com a GSC, o que levaa outra evidênciade que oHHA está envolvidonãonadeposição
subcutâneade gordura,mas simna visceral.
Na tentativade reforçarosachados, as pacientesforamdivididasentreaquelascomGV < e ³
120cm2, e comparadosos volumesdasadrenais.Oresultadomostrou,que ogrupocom GV ³
120cm2, apresentavaumvolume adrenal maior(3,56 ± 1,51 cm3) (p= 0,05) que o grupocom
GV < 120cm2 (2,62 ± 1,37cm3), confirmandoque maioresáreasde GV estãoassociadasa um
aumentodasadrenais.Opontode corte dos grupos,emtorno de 120cm2, estáde acordo com
estudos que sugeremque asalteraçõesmetabólicasdaobesidade visceral se incrementama
partir de uma áreaem tornode 130cm2, valor próximoaopontode corte utilizadoneste
estudo(17).Alémdisso,realizou-se váriospontosde corte até alcançareste valor,que
mostrousignificânciacomo volume dasadrenais.
Alémdacontribuiçãodahiperatividade doeixoHHA,estimulandoasglândulasadrenais,é
possível que outrosfatorestambémlevemaeste aumentodovolume glandular.Omaior
aporte de ácidos graxoslivres advindosdotecidoadiposovisceral parao fígadocontribuem
para um clearence diminuídode insulinapelofígadoe,consequentemente,levaa
hiperinsulinemia(4,48-50).Asalteraçõesendócrinas,ohipercortisolismo,oaumentode
testosteronalivre (emmulheres) e adiminuiçãode SHBG,todosestesfatorescontribuempara
a resistênciainsulínicae hiperinsulinemia(3,51-55).Emtrabalhorecente,Reincidee col.(56)
demonstraramque célulasadrenaisdalinhagemNCI-h295,quandoincubadascom
concentraçõesdiferentesde insulina, produziramumaatividademitóticaacentuada
relacionadacomo tempoe com as quantidadescrescentesde insulina.Istosugere que talveza
própriahiperinsulinemia,encontradaempacientescommaioracúmulode gorduravisceral,e
a hiperatividade doHHA,estimulariamoaumentodovolume dasadrenaisoque culminaria
numciclo vicioso:hiperatividadeHHA -aumentodasadrenais - aumentodagorduravisceral -
resistênciaàinsulina- hiperinsulinemia- maioraumentodasadrenais(Figura3).
Por outrolado,emboraeste sejaummodelofactível paraexplicarestarelaçãoGV X volume
das adrenais,hásugestõesde que ocortisol advémde umamaiorconversãono tecidoadiposo
omental (57,58).Um dosestudosdemonstra,atravésdaincubaçãodotecidoadiposo
subcutâneoe omental,que aatividade daenzimaoxo-redutase é maiornotecidoomental e
que estaatividade foi maiorquandose adicionoucortisol e insulina.A oxo-redutase
transformaa cortisonaemcortisol,favorecendoportantoumainversão dometabolismo.
Níveismaioresde cortisol geradonestascélulaspoderiapromover,de maneiraautócrinanas
célulasestromaise de maneiraparácrinanosadipócitosadjacentes,oacúmulode gorduraà
nível visceral ("Cushingomental").
CONCLUSÕES
Nossoestudosugere que amedidadacintura é vimótimopreditorde GV,mas não diferencia
da GSC. Já a RCQ só se correlacionoucoma GV, que é a medidaantropométricaque
justamente se correlacionacomo volume dasadrenais.Nãoháqualquercorrelaçãoentre a
GSC e o somatóriodovolume dasadrenais.Portanto,oteorde GV estádiretamente
relacionadoaum maiorvolume dasadrenais,sugerindoque existaumaassociação
fisiopatológica.Umaconclusãoimportante é que nãoé a obesidade persi,masa centralização
ou,mais especificamente,aGV que mantémalgumgraude associaçãocom o eixoHHA.
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A obesidade estaria relacionada ao aumento do volume das adrenais

  • 1. A Obesidade EstariaRelacionadaaoAumentodoVolumedasAdrenais? AmélioF.G.Matos AndréaR. Vieira WalmirCoutinho Denise Madeira Lúcia M. Carraro Rosa Rodrigues GláuciaBastos Mônica Cabral André Pantaleão JucinéiaOliveira RicardoM.R. Meirelles InstitutoEstadual de Diabetese EndocrinologiaLuizCapriglione- Serviçode RadiologiadoDr.Amarino C. de OliveiradoHospital Pró-Cardíaco. RESUMO
  • 2. Váriosestudossugeremque existeumahiperatividade doeixohipotálamo-hipofisário-adrenal (HHA) na obesidade,commaioracúmulode gordurana regiãoabdominal.Estestrabalhos demonstramque,apósinjeçõesde hormônioliberadorde corticotropina(CRF) ouhormônio adrenocorticotrófico(ACTH) e aindaatravésde testesde stress,osníveisde cortisol estão aumentadosemcomparaçãocom pacientescomdeposiçãoperiféricade gordura.Alémdo mais,algunsestudosmostramque empacientesdeprimidos,ondeahiperatividadedoHHA é uma alteraçãoendócrinaimportante e conhecida,ovolume das adrenaisestáaumentado quandocomparadocom normais.Para investigarse oteorde gordura visceral de alguma maneirase relacionacomo volume dasadrenais,52 mulherescomidade entre 19e 54 anos, com diferentesíndicesde corpulência,foramestudadasatravésde medidasantropométricas como peso,índice de massacorporal (IMC),cintura e relaçãocintura-quadril (RCQ).Asáreas de gordura visceral (GV) e subcutânea(GSC),alémdovolume dasadrenais,forammedidas atravésda tomografiacomputadorizada.Houve umacorrelaçãoextremamente significativa entre as medidasde distribuiçãode gordura(RCQe cintura) e a GV, sendoque a RCQ nãose correlacionoucoma GSC. O somatóriodovolume dasadrenaismostrouumacorrelação positivae significativacomaRCQ (r = 0,272, p = 0,02) e uma correlaçãopositiva,masnolimite da significânciacomaGV (r = 0,228, p = 0,05), não mostrandoqualquercorrelaçãocoma GSC. Alémdisso,osomatóriodovolume dasadrenaisfoi maiornaquelascomGV ³ 120 cm2 quando comparado com pacientescomárea de GV < 120 cm2 (p= 0,05). Portanto,o estudosugere que o depósitode GV parece inter-relacionar-se comahiperatividadedoHHA,aqui estimada anatomicamente atravésdovolume dasadrenais,glândulaalvodeste eixo.(ArqBras Endocrinol Metab2000;44/1: 21-29) Unitermos:Obesidade;Adrenais;Eixohipotálamo-hipófise-adrenal;Cortisol;Tomografia computadorizada ABSTRACT Many studiessuggestthatthere isa hyperactivityof the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axisrelatedtoobesitywithaccumulationof fatinthe abdominal region.Some studies demonstrate thatafterthe injectionof corticotrophin-releasinghormone (CRH) or corticotrophin(ACTH) andaccordingto the resultsof stresstests,the levelsof cortisol are increasedwhencomparedtopatientswithperipheral fatdeposition.Moreover,some studies showthat indepressedpatients,where the hyperactivityof HPA isknownandrepresentsan importantendocrinologicalchange,the adrenal volume isincreased.Toinvestigate if the amountof visceral fatisrelatedinsome wayto adrenal glandvolume,agroupof 52 women
  • 3. withdifferentcorpulence indexeswasstudied. Anthropometriesmeasures,suchasweight, bodymass index (BMI),waistcircumferenceandwaist-to-hipratio(WHR) were checked.The areas of visceral andsubcutaneousfat,aswell asadrenal glandvolumes,were checkedby abdominal computedtomography.There wasanextremelyrelevantcorrelationbetweenthe measurementsof central fatdeposition(WHRandwaistcircumference) andthe amountof visceral fat(VF),althoughnocorrelationwasfoundbetweenthe WHRand the subcutaneous fat.The addedadrenalsvolumesshowedapositive correlationtothe WHR (r= 0.272; p = 0.02) and alsoto the VF (r= 0.228; p = 0.05). Nocorrelationwiththe subcutaneousfat,BMI,and weightwere found.The addedadrenalsvolumeswere increasedwhenVF³120 cm2 as comparedwithpatientswithVF<120 cm2 (p= 0.05). Thus, thisstudysuggeststhatthe amountof VFseemtobe relatedtothe HPA hyperactivity,anatomicallyexpressedinthis studyby the adrenal volume,the targetglandof thisaxis.(ArqBrasEndocrinol Metab 2000;44/1: 21-29) Keywords:Obesity;Adrenalglands;Hypothalamichypophyseal-adrenal axis;Cortisol; Computerizedtomography A DISTRIBUIÇÃODA GORDURA CORPORAL,especialmenteagorduraabdominal ouo acúmulo de gordura na parte superiordocorpo (obesidadecentral),temsidomaisintensamente associadaà morbidade-mortalidadedoque a obesidade daparte inferiordocorpoou o grau de obesidade (1). A maiorcontribuiçãoparaesta conclusãofoi otrabalhopioneirode JeanVague,realizadonos anos 40. Vague foi o primeiroadistinguirentre osdoistiposde obesidade de acordocoma distribuiçãodagordura,e a afirmarque a distribuiçãode gorduradotipoandróide,istoé,a que se localizana parte superiordocorpo (obesidadeandróide),estavaassociadaàmaioria das complicaçõesdaobesidade,comodiabetesmellituse arteriosclerose e que odepósitona parte inferior(obesidadeginóide) observada,principalmente,emmulheresé "benigna"(2). A importânciadadistribuiçãodagorduracorporal,como um indicadorde risco,foi confirmada pelasnotáveiscontribuiçõesde Björntörp(3) e Kissebah(4),que acarretoua inclusãoda distribuiçãodagorduraentre osfatoresde risco estabelecidosde doençacardiovasculare de mortalidade.Estudosprospectivosque se seguiram, demonstraramque umamaiorproporção
  • 4. de gordura na regiãoabdominal estavaassociadaaumrisco aumentadode dislipidemia, diabetese doençacardiovascular(4-12).Alémdisso,estarelaçãofoi demonstradacomosendo parcialmente independentedoconteúdototal de gordura.Paraum mesmoIMC (índice de massa corporal),aobesidade abdominal estáassociadaaumrisco muitomaiorde desenvolvimentode doençaconcomitantedoque a obesidadedaparte inferiordocorpo. Do pontode vistaclínico,a estimativadadistribuiçãoregionalde gorduradeve serde grande importâncianopaciente obeso.Atualmente,arelaçãoentre acircunferênciada cintura/quadril (RCQ) é amedidaantropométricamaisusadacomoíndice de regionalizaçãodo tecidoadiposo.Entretanto,nãodiferenciade maneiraprecisaotecidosubcutâneodovisceral. Assimsendo,astécnicasde imageminformamcomprecisãoaquantidade de gorduraintra- abdominal e subcutânea.Atravésdaanálise portomografiacomputadorizada(TC),muitos estudos vêmdemonstrandoque agorduralocalizadadentrodacavidade abdominal,gordura visceral (GV),é amais crítica e correlacionadacomos distúrbiosmetabólicos(13-18).A maioriadosestudostêmmostradocorrelaçãoimportante entre aRCQ e a quantidade de GV mensuradaporTC (19-22). A cinturaé outramedidade distribuiçãode gordurae que, também, temforte correlaçãocom a GV (20,22-25). Contudo,ousosomente dacircunferência da cinturapode apresentarumobstáculoimportante.Paraumadada circunferênciade cintura,algunspacientesterãoumaquantidade aumentadade gorduravisceral,enquantoque outroso conteúdomaiorpode sersubcutâneo. Um grande númerode alteraçõesendócrinasestãopresentesnaobesidade e sãomais pronunciadasnaobesidade visceral que naperiférica,glúteo-femural.Asevidênciassugerem que existaumaorigemneuroendócrinacentral parataisalterações.A disfunçãocentral, primária,naobesidade visceralparece serahipersensibilidadee/ouhiper-responsividadedo eixohipotálamo-hipofisário-adrenal(HEIA),levandomuitosestudosaestaconclusão. Demonstra-se que aconcentraçãode cortisol livre urinário(CLU) estáelevadanaobesidade central (26). Atribui-seestaelevação,primeiramente,aoclearence aumentadodocortisol,não importandose a obesidade é abdominal ouperiférica(27).A segundarazãoseriaa hipersensibilidade doHHA a fatoresestressantesfísicose mentais(28-30).Alémdissofoi observadoumadiminuiçãodainibiçãodocortisol peladexametasona,emobesoscom elevada RCQ (31), novamente sugerindoumahipersensibilidadedoeixoHHA,devidoaumadiminuída inibiçãoporfeedbackviareceptoresde glicocorticóides(RG) ànível de sistemanervoso central (SNC). Todas estasconclusões,baseadasemresultadosde detalhadosestudoscelularese moleculares,sãofortementeenfatizadaspelasváriasobservaçõesclínicas.Odesequilíbrio entre oshormôniosacumuladoresde lipídios,cortisole insulina,e ogrupode hormônios mobilizadoresde lipídios,sãoencontradosemváriascondiçõesde acúmulode gordura visceral,comona síndrome de Cushing(cortisol e insulinaelevadose baixasconcentraçõesde hormôniossexuaise GH),na menopausae noavanço da idade (baixasconcentraçõesde GHe
  • 5. de hormôniossexuais),noalcoolismo(periodicamente,níveiselevadosde cortisol e baixosde hormôniossexuais),notabagismo(periodicamente,elevadasconcentraçõesde cortisol),assim como na ansiedade e depressão(elevadosníveisde cortisol) (32).A correçãodestas anormalidadesé seguidapordiminuiçãooumesmonormalizaçãodoconteúdode gordura visceral.Portanto,estasevidênciassugeremque asalteraçõesendócrinasobservadasna obesidade visceral,provavelmente,sãocausadorasdodesproporcional acúmulode gordura visceral (32). Algunsestudosdemonstramque nosestadosde depressãomaior,onde ahiperatividadedo eixoHHA é a maisproeminente anormalidade neuroendócrina(33,34),o volume dasglândulas adrenaisestáaumentado,emaproximadamente 70%,quandocomparadocomo volume destas,apóso tratamentoe,também, significativamente maior,quandocomparadocom voluntáriosnormais(35).Este estudoé concordante comtrabalhoprévio,que demonstrauma hiperplasiaadrenal empacientescomdepressão(36). Apesardasclaras evidênciasque ligamoeixoHHA àobesidade central e/ouvisceral,e, também, apesarda demonstraçãodoaumentodovolume adrenal empacientescom depressão,nãoexistemnaliteraturaestudosdirecionadosparaaavaliaçãoanatômicadas adrenaisnaobesidade.Este estudohipotetizaque,havendoumahiperatividadedoHHA, poderiahavernaobesidade visceralalgumaassociaçãocomo volume destaglândula.Este estudovisa,portanto,demonstrar,atravésdacorrelaçãodaárea de gorduraintra-abdominal com o volume dasadrenais,umaassociaçãoanatômicada disfunçãodeste eixo. MATERIAISE MÉTODOS Quarentae sete mulheresobesasoucomexcessode peso,foramrecrutadasnoambulatório de obesidade doInstitutoEstadual de Diabetese EndocrinologiaLuizCaprigione.Cinco mulheresnormaisforamrecrutadasentre asacompanhantesdaspacientesobesas, totalizando52 voluntárias.Todasconcordaramemparticipardoestudo,assinandoum documentode consentimento.A idade médiafoi de 37 anos,variandode 19 a 54 anos. Todas estavamlivresde doençasconcomitantesimportantescomodiabetesmellitus,doença coronariana,doençashepáticas,renais,endócrinas,comespecial atençãoasinaisde hipercortisolismoe câncer.O estudonasmulheresemfase pré-menopáusicafoi realizado, semlevaremconsideraçãoa fase menstrual.
  • 6. Todas as voluntáriasestavamcompesoestável(nãohouve ganhoouperdamaiorque 2 kg) nos últimos6mesese neste períodonãofizeramusode qualquermedicaçãocomo objetivo de perderpeso. As voluntáriasrecrutadasforamavaliadasclinicamente e antropometricamente,comaferição do peso,altura,medidadacinturae doquadril.A cintura foi mensuradaànível do menor diâmetro,entre orebordocostal e as cristas ilíacas,e o quadril aonível domaior diâmetro, passandopelosgrandestrocanteres.Oíndice de massacorporal (IMC) foi calculado,atravésda fórmulapeso(kg)/altura(m)2e a relaçãocintura-quadril (RCQ),atravésdafórmulacintura (cm)/quadril (cm). Todas as mulheresforamsubmetidasatomografiacomputadorizadaabdominal paramediro volume dasadrenais,agordura visceral e subcutânea(37).Todoo estudotomográficofoi realizadopelamesmaradiologista,Dra.Denise Madeira,noHospital Pró-Cardíaco,Serviçode RadiologiadoDr.AmarinoC. de Oliveira. O estudotomográficodassupra-renaise doabdômenfoi realizadoemsistemahelicoidal,sem contraste oral ouvenoso,emequipamentomodeloPRO-SPEED,damarca GE. O protocolo para o estudodassupra-renaisinclui aquisiçãohelicoidal,emapnéiaúnicainspiratória,com cortesde 5mm de espessura,5mmde espaçamentoentre oscortes,pitch= 1, FOV = 50cm. Para a avaliaçãodas gordurasabdominal total,visceral e subcutâneafoi realizadapequena hélice de 4 cortes,com 10mm de espessurae 10mm de espaçamento,mantendoomesmo pitche EOV ao nível de L4-L5. Apósincluídoo grupocomo um todopara a correlação estatística,odistribuímosentre pacientescomgorduravisceral < e ³ 120 cm2. Para análise estatística,foramestudadasasdistribuiçõesdasdiversasvariáveispresentesno estudoa fimde averiguaro tipode distribuição,bemcomoasmedidasde tendênciacentral das mesmas.A comparação entre asdiversasvariáveisordinaisfoi realizadaatravésda correlaçãoparcial de Pearson,que variavade -1 (correlaçãonegativaouinversa) a+1 (correlaçãopositivaoudireta),testando-se,posteriormente,asignificânciaestatísticadasduas variáveiscorrelacionadas,atravésdatransformaçãoZde Fischer.A comparação das médias entre as duascategoriasde gordura visceral foramrealizadasatravésdoteste tde Student, desde que aigualdade dasvariânciasentre osgrupostestados(teste de Levene) fosse comprovada.Em caso de diferirem, formasnão-paramétricasdeste testeforam realizadas (teste de Scheffé).Onível de significânciafoi de p<0,05.
  • 7. RESULTADOS Na Tabela1 estão demonstradosaidade e osdadosantropométricose naTabela2 os dados tomográficos,atravésdasmédiase seusdesviospadrões. Estudandoas diversas variáveis(Tabela3),observa-se umacorrelaçãopositivadopesocoma medidadacintura (r= 0,817), com a GV (r = 0,396) e com a GSC (r = 0,813). Todas ao nível de significânciade p< 0,001, excetocoma GV que apresentouump= 0,002. Da mesmaforma, o IMC mostrouforte correlaçãopositivacoma cintura(r = 0,879), com a GV (r = 0,497) e com a GSC (r = 0,795), também,com nível de significânciade p< 0,001. O IMC tambémse correlacionoupositivamentecoma RCQ,emboracom uma significânciamenor(r= 0,262, p = 0,030). Estesresultadosnãosãosurpreendentes,umavezque se esperaque omaiorgrau de corpulênciatenhalinearidade comasmedidasantropométricas,oucomas medidasdiretasde gordura estudadaspelaTC.A medidadopesonão mostrarelação com a RCQ, o que tambémé coerente,jáque o pesonãoindicamaiorou menordeposiçãocentral de gordura.Oestranhoé que o IMC tenhase correlacionadocoma RCQ,que revelamaisadequadamenteuma distribuiçãocentral,emboracomuma significânciamenor. O estudodasmedidasde distribuiçãocentral dagordura(Tabela3), comoa medidadacintura abdominal e a RCQ,mostrouque a cinturase correlacionoupositivamente comaGV (r = 0,584) e com a GSC (r = 0,710), com grau de significânciap<0,001. A RCQ apresentou correlaçãosignificante comaGV (r = 0,471, p < 0,001), entretanto,nãomostroucorrelação com a GSC. Aqui aparece a primeiraevidênciadaproposiçãodoestudo,quandoaRCQse mostrou positivamente correlacionadacoma soma dovolume das adrenais(r= 0,272, p = 0,02) (Figura 1). Alémdisso,aárea de GV,medidaporTC, que se correlacionoucoma cintura(r = 0,584), mostrouuma correlaçãodiretacom o volume dasadrenais(Figura2),emboranolimite da significância(r= 0,228, p = 0,05). Para avaliarse haviadiferençaentre ovolume dasadrenaise aGV, as pacientesforam divididasem2grupos,área de GV < e ³ 120 cm2, utilizadooteste de Levene paratestara igualdade dasvariáveis.A correlaçãoentre ovolume dasadrenaise a GV se mostroupositiva no limite dasignificância(p=0,05). Portanto,nogrupo de pacientescomGV ³ 120cm2, houve uma correlaçãopositivacomo somatóriodovolume dasadrenais.
  • 8. DISCUSSÃO O estudode avaliaçãoda deposiçãocentral de gorduratemcomopadrão-ouroas medidas realizadasporTC (38,39), porque este métodoavaliadiretamenteaáreavisceral e/ou subcutânea.Quandoestasmedidassãocorrelacionadascomparâmetrosde maisfácil aferição,comoas medidasdacinturae a RCQ, observa-se emgeral um bomíndice de precisão destasmedidasindiretas(16,19-25).Pouliote col.(25) demonstraramque asimplesmedida da cinturafoi um melhorindicadorde acúmulode GV do que a RCQ. Os resultadosobtidosno presente estudo,emboraemgeral concordantescom odestesautorese de outros,apresenta algumaspeculiaridades.A medidadacinturaavalioupositivamente tantoaGV comoa GSC, mas o coeficiente foi maiorcoma GSC doque com a GV.O que chama maisatençãoé que neste estudoaRCQ se correlacionoucoma GV, mas não com a GSC, sugerindoque aRCQ predizmelhoragordura intra-abdominal doque agordura subcutânea.Entretanto,quando analisamosaGV e suacorrelação com as medidasantropométricas,observamosque,de fato, há uma maiorcorrelaçãocom a cintura(r = 0,584) doque com a RCQ (r = 0,471), o que é concordante com outrosautores(21-23,38). O maiorpropósitodeste estudo,emverdade,foi ode procuraruma correlaçãoanatômicapara as possíveismodificaçõesfuncionaisdoeixoHHA naobesidade central.Comefeito,as evidênciasapontamparaumahiperatividadedoeixoHHA empacientescomobesidade central (26,29,30). Marin e col.(26) observarammaioresníveisde cortisol urinárioquanto maiora RCQ.Pacientessubmetidosatestesde stresspsicológicos,comotestesmatemáticose de quebra-cabeças,revelamumarespostadocortisol plasmáticoque se correlacionacomo diâmetrosagital,umamedidaprecisade deposiçãoabdominal de gordura(26).Alémdisso, uma maiordeposiçãocentral de gorduraestáassociadaa uma menorsupressibilidadedo cortisol à dexametasonacotrófico(ACTH) oude hormônioliberadorde adreno-corticotrofina (CRH),Pasquali e col.(29) demonstraramque mulherescomdistribuiçãoabdominal de gordura apresentavamrespostadocortisol e doACTH maior que as normaise aindamaior que aquelascomdeposiçãoperiférica.Omesmogrupo(30) demonstrouque injetando-se CRHe argininavasopressina(AVP),umpotencializadordaação doCRH, a respostadoACTH e do cortisol foi significativamente maiornogrupocomacúmulode gordura visceral (RCQ= 0,88 e GV = 186,5cm2), e que durante os testesde stress(teste matemáticoe de quebra-cabeças) o grupocom maior acúmulovisceral apresentouumafreqüênciacardíacamaior durante estes testes,sugerindo que estasmulheresapresentamumarespostasimpáticahiperativaaostress agudoe que istoparece inter-relacionar-se comoeixoHHA.Sugere-se que aobesidade visceral dependede váriosfatores,incluindoamáadaptação ao stresscrônico(1,39-42). Estudosemanimaisclaramente demonstramque similaresalteraçõesneuroendócrinas ocorremdurante uma reação a fatoresestressantes(43).Emsituaçõesde não stress,tantoo CRF quantoa AVP,são secretadosnosistemaporta-hipofísáriode maneirapulsátil,com boa
  • 9. concordânciaentre os pulsos(34).Mas, durante exposiçãoaostress,aamplitude dosníveisde AVPaumenta(34).Nestesanimais,tantoasconcentraçõesde AVPquantoCRHaumentam quandoinjeta-se norepinefrinaintracerebroventricular(44).A ativaçãodo sistemasimpático representa,assim, oprincipal fatorde regulaçãoendócrinade adaptaçãoao stress(45),e parece estarsignificativamente correlacionadacoma ativaçãodo HHA (46). A hiperatividade do sistemasimpáticoe doHHA após stressagudotem sidoobservado,porexemplo,em pessoascomalta reatividade cardíacaao stress(46).No trabalhode Pasquali,osachadosde maiorfreqüênciacardíaca e maioresníveisde cortisol nogrupocom acúmulode GV confirmamestahipótese.Portanto,umadashipótesesé de que mulherescommaior adiposidade visceral representemumaclasse de indivíduosque temumahiperatividade simpáticarelacionadaaostresse estapode estarassociadacom uma hiperatividade doHHA. Mais recentemente,e utilizandoumatecnologiamaissofisticada,atravésde medidas seqüenciaisdocortisol salivaraolongode umdia,foi possível observarumamenor variabilidade docortisol emrespostaapercepçãoaostress,associadaa uma defeituosa supressãocomdexametasonaemrelaçãoaobesidade abdominal,indicandouma anormalidade doeixoHHA neste grupo(47). Em funçãodas anormalidadesdescritasacima,poder-se-iaesperarque umeixoHHA cronicamente estimuladonaobesidade centralculminariacomalgumarepercussãono tamanhoda glândulaalvo,aadrenal.Como mesmotipode raciocínio,se demonstrouque pacientescomdepressãoendógena,umasabidasituaçãode anormalidade doeixoHHA (33,34), se acompanhade aumentodovolume dasadrenais.Aindamais,amelhorados sintomasdepressivosé acompanhadaporumadiminuiçãodovolume dasadrenaisparaníveis semelhantesaosdogrupocontrole (35). É possível afirmarque o presente estudologroudemonstraroque se suspeitava.Porexemplo, a RCQ avalioumaisadequadamenteagorduravisceral que a gordurasubcutânea,coma qual não houve correlação.Foi exatamenteestamedidaque maissensivelmentese correlacionou com o volume dasadrenais(Figura1) (r = 0,272, p = 0,02). Era de se esperarque,também, houvesse umarelaçãodiretaentre aGV e o volume dasadrenais,e de fatoesta correlação existiu(r= 0,228, p = 0,05) (Figura2), porémno limite dasignificância.Épossível que aescolha das pacientestenhainterferidonestesresultados,diminuindoocoeficiente de relação,jáque, sabidamente,aobesidade central estámaiscomumente associadaamenoresgrausde obesidade,sendoogrupoaqui estudadode IMC médioelevado.Alémdisso,natentativade estudaruma largavariação de corpulência,asvoluntáriasnormaisforamde númeroreduzido (apenas5) e nenhumapaciente estavanumafaixaintermediáriade IMC(entre 25 e 30 kg/m2). É importante observarque ovolume dasadrenaisnãose correlacionoucomqualqueroutro parâmetroestudado,comoo pesoe o IMC, sugerindo,portanto,que nãoé a obesidade, mas sima centralizaçãode gordura,que guarda estarelação.Aindamais,diferentementeda relaçãoentre a GV e o somatóriodasadrenais,nãohouve qualquerrelaçãodovolume adrenal
  • 10. com a GSC, o que levaa outra evidênciade que oHHA está envolvidonãonadeposição subcutâneade gordura,mas simna visceral. Na tentativade reforçarosachados, as pacientesforamdivididasentreaquelascomGV < e ³ 120cm2, e comparadosos volumesdasadrenais.Oresultadomostrou,que ogrupocom GV ³ 120cm2, apresentavaumvolume adrenal maior(3,56 ± 1,51 cm3) (p= 0,05) que o grupocom GV < 120cm2 (2,62 ± 1,37cm3), confirmandoque maioresáreasde GV estãoassociadasa um aumentodasadrenais.Opontode corte dos grupos,emtorno de 120cm2, estáde acordo com estudos que sugeremque asalteraçõesmetabólicasdaobesidade visceral se incrementama partir de uma áreaem tornode 130cm2, valor próximoaopontode corte utilizadoneste estudo(17).Alémdisso,realizou-se váriospontosde corte até alcançareste valor,que mostrousignificânciacomo volume dasadrenais. Alémdacontribuiçãodahiperatividade doeixoHHA,estimulandoasglândulasadrenais,é possível que outrosfatorestambémlevemaeste aumentodovolume glandular.Omaior aporte de ácidos graxoslivres advindosdotecidoadiposovisceral parao fígadocontribuem para um clearence diminuídode insulinapelofígadoe,consequentemente,levaa hiperinsulinemia(4,48-50).Asalteraçõesendócrinas,ohipercortisolismo,oaumentode testosteronalivre (emmulheres) e adiminuiçãode SHBG,todosestesfatorescontribuempara a resistênciainsulínicae hiperinsulinemia(3,51-55).Emtrabalhorecente,Reincidee col.(56) demonstraramque célulasadrenaisdalinhagemNCI-h295,quandoincubadascom concentraçõesdiferentesde insulina, produziramumaatividademitóticaacentuada relacionadacomo tempoe com as quantidadescrescentesde insulina.Istosugere que talveza própriahiperinsulinemia,encontradaempacientescommaioracúmulode gorduravisceral,e a hiperatividade doHHA,estimulariamoaumentodovolume dasadrenaisoque culminaria numciclo vicioso:hiperatividadeHHA -aumentodasadrenais - aumentodagorduravisceral - resistênciaàinsulina- hiperinsulinemia- maioraumentodasadrenais(Figura3). Por outrolado,emboraeste sejaummodelofactível paraexplicarestarelaçãoGV X volume das adrenais,hásugestõesde que ocortisol advémde umamaiorconversãono tecidoadiposo omental (57,58).Um dosestudosdemonstra,atravésdaincubaçãodotecidoadiposo subcutâneoe omental,que aatividade daenzimaoxo-redutase é maiornotecidoomental e que estaatividade foi maiorquandose adicionoucortisol e insulina.A oxo-redutase transformaa cortisonaemcortisol,favorecendoportantoumainversão dometabolismo. Níveismaioresde cortisol geradonestascélulaspoderiapromover,de maneiraautócrinanas célulasestromaise de maneiraparácrinanosadipócitosadjacentes,oacúmulode gorduraà nível visceral ("Cushingomental").
  • 11. CONCLUSÕES Nossoestudosugere que amedidadacintura é vimótimopreditorde GV,mas não diferencia da GSC. Já a RCQ só se correlacionoucoma GV, que é a medidaantropométricaque justamente se correlacionacomo volume dasadrenais.Nãoháqualquercorrelaçãoentre a GSC e o somatóriodovolume dasadrenais.Portanto,oteorde GV estádiretamente relacionadoaum maiorvolume dasadrenais,sugerindoque existaumaassociação fisiopatológica.Umaconclusãoimportante é que nãoé a obesidade persi,masa centralização ou,mais especificamente,aGV que mantémalgumgraude associaçãocom o eixoHHA. REFERÊNCIAS 1. Börntörp P.Metabolicimplicationsof bodyfatdistribution.DiabetesCare 1991;14:1132-43. [ Links] 2. Vague J. The degree of masculine differentiationof obesities:afactordetermining predispositiontodiabetes,atherosclerosis,goutanduric-calculusdisease.AmJClinNutr 1956;4:20-34. [ Links] 3. BjörntörpP. Endocrine abnormalitiesinobesity.DiabetesRev1997;5:52-68. [ Links] 4. KissebahAH,PetrisAN.Biologyof regionalbodyfatsdistribution:relationshiptonon- insulin-dependentdiabetesmellitus.DiabetesMetabRev1989;5:83-100. [ Links] 5. DesprésJP,Moorjani S, FerlandM. Adipose tissue distributionandplasmalipoproteinlevels inobese women:importance of intra-abdominal fat.Arteriosclerosis1989;9:203-10. [ Links] 6. HaffnerSM, SternMP, HazudaHP, etal. Do upper-bodyandcentralizedobesitymeasure differentaspectsof regional bodyfatdistribution?Relationshiptonon-insulin-dependent diabetesmellitus,lipidsandlipoproteins.Diabetes1987;36:43-51. [ Links] 7. Kalhoff RK,Hartz AH, RupleyD,etal. Relationshipof bodyfatdistributiontobloodpressure carbohydrate tolerance,andplasmalipidsinhealthyobese women.JLabClinMed 1983;102:621-7. [ Links] 8. Krotkiewskl M,BjörntörpP,SjöstromL,et al.Impact of obesityonmetabolisminmenand women.Importance of regional adipose tissue distribution.JClinInvest1983;72:1150-62. [ Links]
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