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Acidentes de trabalho com
instrumentos perfurocortantes
em uma instituição de saúde do
Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira1
Letícia Pereira Gonçalves2
Juscélio Clemente de Abreu3
Elisandra G. Campos de Abreu4
RESUMO
Palavras-chave: perfurocortante, acidente de trabalho, enfermagem.
1
Discente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Caratinga - UNEC.
2
Discente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Caratinga - UNEC.
3
Biólogo. Doutor em Genética pela Universidade Federal de Lavras. Docente do Centro
Universitário de Caratinga - UNEC.
4
Psicóloga. Especialista em Neuropsicologia pelo Centro Universitário de Caratinga -
UNEC. Psicóloga clínica do CASU e Docente do Centro Universitáriode Caratinga - UNEC.
Os acidentes de trabalho provo-
cados por material perfurocortan-
te entre trabalhadores da área de
saúde são frequentes devido ao
número elevado de manipulação,
principalmente, de agulhas. Para
investigar a ocorrência desse tipo
de acidente e descrever os fatores
que predispõem a sua ocorrência
entre os profissionais de enfer-
magem, realizou-se um estudo
descritivo retrospectivo por meio
dos dados notificados no Cadas-
tro da Comunicação de Acidentes
de Trabalho (CAT). Para verificar
maus hábitos com relação à pro-
teção pessoal diante dos riscos,
excesso de autoconfiança e con-
dições de stress associados a lon-
gas cargas de trabalho dos profis-
sionais da equipe de enfermagem,
foi aplicado um questionário semi-
-estruturado, a fim de subsidiar fu-
turamente meios de planejamen-
to e proposição de intervenção
e avaliação eficazes. Conclui-se
que a categoria dos técnicos de
enfermagem foi a que mais sofreu
acidente de perfuro de agulha na
mão devido a negligencia do reen-
cape, autoconfiança e estresse por
sobrecarga de trabalho. Por falta
de importância dada às pequenas
lesões, medo de retaliações e des-
conhecimento, os técnicos de en-
fermagem não preenchem o CAT.
12
Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3
ABSTRACT
Keywords: cuttingperforating, accidentat work, nursing.
INTRODUÇÃO
Os acidentes de trabalho provocados por material perfurocor-
tante entre trabalhadores da área de saúde são frequentes, devido ao
número elevado de manipulação, principalmente, de agulhas, e repre-
sentam prejuízos aos trabalhadores e às instituições. Tais acidentes
podem oferecer riscos à saúde física e mental dos trabalhadores e são
os principais geradores de periculosidade e insalubridade (Brevidelli e
Cianciarullo, 2002; Marziale et al., 2004).
A exposição ocupacional provocada por material perfurocortante
é entendida como a possibilidade de contato com sangue e fluidos
orgânicos no ambiente de trabalho, e as formas de exposição incluem
inoculação percutânea.
A estimativa anual de acidentes pós-exposição ocupacional com
material perfurocortante entre profissionais de saúde é de 0,25% a
0,40% para o vírus HIV, 6% a 30% para o vírus que causa a hepatite
The work accidents caused by
perforating material between he-
althcare workers are frequent, due
to the high number of handling,
especially needles. To investiga-
te the occurrence of this type of
accident and describe the factors
that predispose to its occurrence
among nurses was conducted a
retrospective descriptive study
using data reported in the Regis-
ter of Work Accident Communica-
tion (CAT). To check bad habits
of nursing team professionals
with respect to personal protec-
tion in the risk, excessive of self-
-confidence and stress conditions
associated with long workloads
of was applied a semi-structured
questionnaire to planning means
and intervention proposition and
effective evaluation. It is conclu-
ded that the category of nursing
technician it was the one that had
the highest number of accident
suffered in the hand due to negli-
gence of recapping, confidence
and stress on workload. For lack
of importance given the minor in-
juries, fear of retaliation and un-
familiarity the nursing technicians,
they do not notified the CAT.
13
Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de
Saúde do Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu
B (HBV) e 0,4% a 1,8% para o vírus que provoca a hepatite C (HVC).
De acordo com o Centers for Disease Controland Prevention (CDC),
aproximadamente 384.000 injúrias percutâneas ocorrem anualmente
nos hospitais americanos, sendo que 236.000 dessas injúrias são re-
sultantes de acidentes com material perfurocortante (Heinrich, 2000 e
Marziale, 2003).
Os dados brasileiros sobre a incidência desses acidentes são
escassos, predominando a falta de registros e de programas de acom-
panhamento do profissional acidentado. A subnotificação dificulta o
diagnóstico real dos acidentes entre os trabalhadores, impedindo que
se estabeleça um plano de ação que aja diretamente nas suas cau-
sas. No entanto, sabe-se pela experiência que o número de casos de
acidentes dessa natureza no país é elevado (Sailere Marziale, 2007).
Normalmente, no Brasil, os acidentes de trabalho são comuni-
cados por meio da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho
(CAT), que é encaminhada à Previdência Social, ao acidentado, ao
sindicato da categoria correspondente, ao hospital, ao Sistema Único
de Saúde (SUS) e ao Ministério do Trabalho. A notificação desse agra-
vo deve ser realizada para que se possa fazer um planejamento das
ações voltadas à sua prevenção (Vieira, Padilha, e Pinheiro, 2011).
No momento do contato com o paciente, o profissional de saúde
utiliza instrumentos de trabalho tais como: agulhas, lâminas de bisturi,
tesouras, pinças, matérias de vidro, dentre outros perfurocortantes. Os
profissionais de saúde cuidam, muitas vezes, de pacientes resistentes,
agressivos, ansiosos, agitados ou em estado crítico, encontrando difi-
culdade para realização da atividade com segurança, o que pode gerar
riscos ocupacionais de cargas mecânicas, químicas e biológicas. A ca-
tegoria carga de trabalho é concebida pelos elementos do processo de
trabalho, que interatuam entre si e com o corpo do trabalhador, gerando
os processos de adaptação que se traduzem em desgaste(Silva, 1996).
Assim, a exposição dos trabalhadores da área de saúde às car-
gas biológicas incluem os microrganismos patogênicos, provenientes
do contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas,
parasitários e da manipulação de matérias contaminados.
14
Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3
As cargas químicas abrangem todas as substâncias químicas,
como as utilizadas no processo de esterilização e desinfecção de maté-
rias, em anestesias e nos tratamentos medicamentosos dos pacientes.
As cargas mecânicas podem ser desencadeadas pela ruptura
instantânea do corpo em forma de contusões, fraturas, feridas, feri-
mentos cortantes, perfurantes, dentre outros e a característica da car-
ga mecânica é o acidente de trabalho.
Sendo assim, o trabalho de profissionais da área de saúde em
áreas hospitalares é caracterizado pelo cuidado nas 24 horas do dia,
consequentemente com exposição a vários riscos, sendo os mais temi-
dos as cargas biológicas, tais como Hepatite e AIDS.
A expansão da AIDS por meio de acidentes com perfurocortan-
tes nos trabalhadores da área de saúde proporcionou uma maior aten-
ção, dando grande importância a ocorrência de lesões com materiais
contaminados com sangue e secreções.
Nos estudos de Caixeta e Branco (2005), foi constatado que os
profissionais que afirmaram conhecer as normas de biossegurança
foram os que mais se acidentaram, podendo-se concluir que muitas
vezes o que ocorre não é a falta de informação, mas a falta de aplicar
a teoria à prática.
Em relação ao tempo de serviço, estudos demonstram que quan-
to maior for a experiência profissional, maior o risco. Essa constatação
é devido ao fato desses profissionais se sentirem seguros durante a
realização de procedimentos invasivos e, portanto, negligenciarem a
utilização de equipamento de proteção individual (EPI) (Oliveira, Lopes
e Paiva, 2009). No entanto, outro estudo realizado na mesma época
demonstrou que 40% dos profissionais acidentados tinham menos de
5 anos de prática profissional (Gomes, 2009).
Desta maneira, verifica-se que os profissionais de saúde neces-
sitam de uma maior compreensão das normas de biossegurança nas
suas práticas, atuando com mais segurança, prevenindo riscos e pro-
movendo a qualidade de vida.
Este estudo se justifica, uma vez que essas informações podem
ser utilizadas como uma ferramenta de prevenção de acidentes, por
15
Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de
Saúde do Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu
isso este trabalho tem como objetivos investigar a ocorrência de aciden-
te de trabalho por material perfurocortante no Hospital Nossa Senhora
Auxiliadora, no município de Caratinga-MG e descrever os fatores que
predispõem à ocorrência dos acidentes ocupacionais com materiais
perfurocortantes entre os profissionais de equipe de enfermagem.
A hipótese norteadora deste trabalho centrou-se na negligência
e na longa jornada de trabalho e tem estas como os principais fatores
que levam à ocorrência dos acidentes ocupacionais com materiais per-
furocortantes entre os profissionais da equipe de enfermagem.
MATERIAL E MÉTODOS
Delineamento do estudo
Para o desenvolvimento da pesquisa sobre os acidentes ocu-
pacionais com materiais perfurocortantes entre os profissionais da
equipe de enfermagem foi realizado um estudo descritivo de caráter
retrospectivo com amostragem não probabilística, com analise dos aci-
dentes ocupacionais dessa natureza no Hospital Nossa Senhora Auxi-
liadora de Caratinga-MG, no período de 2010 a 2015, notificados por
meio do Cadastro da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) ao
serviço especializado de segurança de medicina do trabalho (SESMT)
e relatados por meio de entrevistas.
Análise do perfil sociodemográfico e clínico
Para verificar maus hábitos com relação à proteção pessoal
diante dos riscos, excesso de autoconfiança e condições de stress as-
sociados a longas cargas de trabalho dos profissionais da equipe de
enfermagem, foi aplicado um questionário semi-estruturado a fim de
subsidiar futuramente meios de planejamento e proposição de inter-
venção e avaliação eficazes.
Para verificar as condições do stress, foi aplicada a escala de
stress no trabalho de acordo com Paschoal e Tamayo (2004).
16
Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3
As informações coletadas nos questionários através das questões
abertas foram apreciadas por meio da técnica da análise de conteúdo.
A análise de conteúdo busca descrever, analisar e interpretar o
sentido que um indivíduo atribui às mensagens verbais ou simbólicas.
Por meio da análise de conteúdo o significado de um objeto pode ser
absorvido, compreendido e generalizado a partir de suas característi-
cas definidoras e pelo seu corpus de significação (Franco, 2003).
As falas das participantes, primeiramente, foram transcritas e em
sequência foram feitas leituras minuciosas das descrições. Empregou-
-se como estratégia de análise, a edição dos relatos dos profissionais
da área de enfermagem, de onde foram tirados os segmentos impor-
tantes. Em contínuo, esses seguimentos foram organizados, classifi-
cados, revisados e codificados (Polit, BeckeHungler, 2004). Os relatos
de algumas participantes foram utilizados para melhor explanação dos
resultados, e, visando à preservação da identidade, usaram-se pseu-
dônimos para indicação simbólica das mesmas, atribuindo, assim, a
cada participante a letra E de “entrevistado” e o seu número correspon-
dente, de forma sequencial, de E-01 a E-21.
Análise de dados
Os dados óbitos, pós-coleta com o questionário semi-estrutu-
rado e com as análises do CATs, foram processados e analisados no
software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) base para
Windows 20.0.
A estatística descritiva foi utilizada para descrever as variáveis
da primeira e segunda parte do questionário semi-estruturado, por
meio de frequências percentuais, amplitude total, médias e desvio pa-
drão. Na terceira parte do questionário, relacionada à escala do stress
no trabalho, para verificar a consistência interna das escalas na amos-
tra estudada foi utilizado o Teste Alfa de Conbrach, considerando o
Item de Correlação Total, Alfa de Cronbach com Item Deletado e Alfa
de Cronbach Total. Foram considerados satisfatórios os valores de Alfa
de Conbrach Total > 0,70 (Vieira, Padilhae Pinheiro, 2011).
17
Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de
Saúde do Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu
Considerações éticas
Este estudo foi cadastrado na Plataforma Brasil, avaliado e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Univer-
sitário de Caratinga (UNEC), obtendo parecer favorável sob o CAAE:
48049515.9.0000.5114.
Uma carta de anuência foi encaminhada à Direção de Ensino e
Pesquisa do HNSA de Caratinga-MG solicitando a autorização deste
estudo.
Os sujeitos da pesquisa foram conscientizados quanto aos ob-
jetivos do trabalho e informados de que os preceitos éticos seriam as-
segurados, inclusive o anonimato, sendo necessária uma assinatura
de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme Resolução
196/96 que trata de pesquisa envolvendo seres humanos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA) consta atualmen-
te com 232 profissionais de enfermagem (enfermeiros e técnicos de
enfermagem). Destes, 21 responderam a entrevista e assinaram o ter-
mo de livre esclarecimento, caracterizando uma amostragem aleatória
simples não probabilística.
Caracterização da amostra da entrevista
Após análise dos dados, verificou-se que a faixa etária média
dos entrevistados foi de 32 ± 8 anos, sendo a maioria(96%) do sexo
feminino e técnicos de enfermagem (77%) com apenas 23% de enfer-
meiros e com tempo médio de serviço de 7 anos. A maioria dos aciden-
tes (95,5%) ocorreu no período diurno e nos setores centro cirúrgico
(36%) e maternidade (18%).
Verificou-se que 100% dos respondentes fazem uso de equi-
pamentos de proteção individual (EPI) para prevenção dos acidentes
com perfurocortantes, porém, 45,5% já sofreram acidentes, relatando
18
Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3
ser 95,5% dos casos com agulhas em dedos dos membros superiores.
De acordo com a jornada de trabalho, daqueles que sofreram os aci-
dentes, 95% relataram ter acontecido no meio do plantão.
Dos acidentes ocorridos, 95,5% foram relatados no HNSA, por
meio do preenchimento do Cadastro da Comunicação de Acidentes
(CAT), e 86,4% dos mesmos realizaram os exames de sangue após o
acidente de trabalho, para verificação de contaminação com Hepatite
B e AIDS.
Confrontando esses resultados com os de outros trabalhos cien-
tíficos de mesmo tema, verifica-se que os acidentes com perfurocor-
tantes apresentam características semelhantes em praticamente todo
o território nacional (Doi et al., 2014; Araujo e Silva, 2014; Nowak et
al., 2013; Oliveira et al., 2010; Marziale e Rodrigues, 2002 e Sarquis e
Felli, 2002).
Dentre as principais características dos acidentes com perfuro-
cortantes pode-se citar: técnico de enfermagem do sexo feminino com
agente causador agulha por meio do reencape e nos dedos das mãos.
A justificativa dos técnicos de enfermagem para este dado é o fato de
por eles estarem sempre em contato direto com os cuidados dos pa-
cientes e assim ficarem mais susceptíveis aos acidentes com perfuro
cortantes (Nowak et al., 2013).
Apesar de as normas de prevenção serem divulgadas pelos
órgãos competentes tais como Ministério do Trabalho e da Saúde,
verifica-se que profissionais com maior tempo de serviço acabam se
arriscando mais, por adquirirem uma autoconfiança na execução de
suas atividades, negligenciando medidas de precaução para proteção
individual (Ciorlia e Zanetta, 2004). Porém, alguns estudos têm de-
monstrado o oposto, afirmando que os profissionais acidentados com
perfurocortante tinham menos de 5 anos de prática profissional (Caixe-
ta e Branco, 2005; Oliveira et al., 2009 e Gomes, 2009).
No presente trabalho, apesar de ter sido verificado uma média
de 7 anos de prática de serviço, a variabilidade foi grande, apresen-
tando um coeficiente de variação de 105,51% com tempos de serviços
variando de 2 meses a 25 anos. Nota-se, desta maneira, que não é o
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Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de
Saúde do Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu
tempo de serviço e nem a falta de informações que influenciam nos
acidentes com perfuro cortante, mas sim o fato de não aplicarem a
teoria à prática, consumando a negligência.
Diante da realidade identificada sugere-se a promoção de cam-
panhas educativas, reuniões clínicas e científicas voltadas à importân-
cia do acidente do ponto de vista da saúde do aspecto legal, desta-
cando-se a notificação por meio de protocolos de forma a favorecer o
planejamento de estratégias preventivas a partir do real conhecimento
da ocorrência do acidente, do perfil do profissional acidentado e da
frequência do acidente (Oliveira et al., 2010).
Acidentes de perfurocortante relatados nos Cadastros da Comu-
nicação de Acidentes de Trabalho (CATs)
Por meio da analise exploratória de apenas 29 CATs arquivados
no HNSA, entre o período de 2010 a 2015, observou-se praticamente
os mesmos resultados sobre perfurocortante obtidos através do questio-
nário semi-estruturado, em relação ao perfil da equipe de enfermagem.
A maioria dos acidentes também aconteceu com profissionais
do sexo feminino (96%), técnicos de enfermagem (93%), no turno diur-
no (54%), com média de 5 ± 3 horas trabalhadas, com predominância
da agulha como objeto perfurocortante (96%) e sendo a parte do corpo
acometida os dedos dos membros superiores (89%), a exceção se fez
com relação ao local de maior prevalência de acidente que foi na clíni-
ca médica (29%).
Apesar de ser legalmente obrigatório a emissão do CAT, obser-
vou-se na prática a subnotificação dos acidentes de trabalho no HNSA,
perfazendo apenas um total de 29 CATs preenchidos entre o período
de 2010 a 2015.
As possíveis causas da subnotificação identificadas no HNSA
dos acidentes de trabalho por perfurocortantes, na visão dos profissio-
nais de enfermagem, podem ser atribuídas à falta de importância dada
as pequenas lesões, tal como picada de agulha e o desconhecimento
sobre a importância da emissão do CAT (Canini et al., 2002).
20
Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3
Relacionando os dados obtidos após as analises dos CATs com
os obtidos nos questionários semiestruturados, verificou-se que as
causas para a subnotificação, no presente trabalho, estão relaciona-
das principalmente:
i) à falta de importância dada às pequenas lesões, princi-
palmente, por agulhas não contaminadas. Como pode
ser exemplificado pelos relatos E1 e E14 “não relatei
o acidente na instituição por que não achei necessário
pelo fato da agulha não estar contaminada”.
ii) medo de retaliações no serviço. De acordo com E5 “não
relatei o acidente no CAT por medo de ser mandada em-
bora do hospital”.
iii) falta de conhecimento sobre o CAT. Como relatado pela
E8 “não sabia que era necessário preencher algum do-
cumento sobre o acidente”.
Diante dos relatos obtidos verifica-se que há uma necessidade
de um constante processo de educação continuada, principalmente,
para os técnicos de enfermagem.
Teste de fidelidade da escala de stress no trabalho
Por meio do teste de Cronbach, constatou-se que a escala
de stress do trabalho apresentou consistência interna aceitável para
amostra estudada, contendo apenas 21 profissionais de enfermagem,
sendo alfa total de 0,7481. Conforme Tabela 1, cada item da escala
também apresentou alfa aceitável (alfa > 0,70).
Um questionário deve ser devidamente elaborado para que se
reproduza de forma confiável a realidade e é esta a proposta da utiliza-
ção do coeficiente alfa de Cronbach: expressar, por meio de um fator,
o grau de confiabilidade das respostas decorrentes de um questionário
(Almeida et al., 2010).
21
Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de
Saúde do Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu
Tabela 1 Escala de avaliação do nível de stress no trabalho entre profissionais de
enfermagem do HNSA, testado com Alfa de Cronbach.
Correlação
total de itens
corrigidos
Alfa de Cronbach
com item
deletado
Aforma de distribuição das tarefas em
minha área tem me deixado nervoso
0,355 0,746
O tipo de controle existente no meu
trabalho me irrita
0,469 0,738
A falta de autonomia na execução do
meu trabalho tem sido desgastante
0,360 0,746
Tenho me sentido incomodado com
a falta de confiança do meu superior
sobre o meu trabalho
0,391 0,744
Sinto-me irritado com a deficiência
na divulgação de informações sobre
decisões do serviço
0,561 0,729
Sinto-me incomodado com a falta de
informações sobre minhas tarefas no
trabalho
0,620 0,722
A falta de comunicação entre mim e
meus colegas de trabalho me deixa
irritado
-0,133 0,774
Sinto-me incomodado por meu supe-
rior tratar-me mal na frente de cole-
gas de trabalho
-0,100 0,770
Sinto-me incomodado por ter que
realizar tarefas que estão além da
minha capacidade
0,449 0,737
Fico de mal humor por ter que trab-
alhar durante muitas horas seguidas
0,579 0,726
Sinto-me incomodado com a comu-
nicação existente entre mim e meu
superior
0,025 0,763
Fico irritado com discriminação/favor-
itismo no meu ambiente de trabalho
-0,043 0,771
Tenho me sentido incomodado com
a deficiência nos treinamentos para
capacitação profissional
0,411 0,742
Fico de mal humor por me sentir iso-
lado no trabalho
0,354 0,746
22
Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3
Fico irritado pro ser pouco valorizado
por meus superiores
0,293 0,750
As poucas perspectivas de cresci-
mento na carreira têm me deixado
angustiado
0,066 0,768
Tenho me sentido incomodado por
trabalhar em tarefas abaixo do meu
nível de habilidade
0,169 0,757
Acompetição no meu ambiente de tra-
balho tem me deixado de mau humor
0,487 0,736
A falta de compreensão sobre quais
são as minhas responsabilidades neste
trabalho tem me causado irritação
0,193 0,755
Tenho estado nervoso por meu supe-
rior me dar ordens contraditórias
0,168 0,756
Sinto-me irritado por meu superior
encobrir meu trabalho bem feito di-
ante de outras pessoas
0,216 0,755
O tempo insuficiente para realizar
meu volume de trabalho deixa-me
nervoso
0,695 0,715
Fico incomodado por meu superior
evitar incumbir-me de responsabili-
dades importantes
0,044 0,762
De acordo com dados apresentados na Tabela 2, verifica-se que
as afirmativas da escala de stress no trabalho que mais influenciaram
na condição de stress (concordo totalmente) foram: sinto-me irritado
com deficiência na divulgação de informações sobre decisões do ser-
viço (38,1%), fico de mau humor por ter que trabalhar durante muitas
horas seguidas (42,9%) e o tempo insuficiente para realizar meu volu-
me de trabalho deixa-me nervoso (52,4%).
Desta maneira, verifica-se que os profissionais de enfermagem
necessitam de acompanhamento de equipe de psicologia, a fim de di-
minuir o stress no trabalho e ter um melhor rendimento na instituição.
23
Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de
Saúde do Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu
Tabela 2 Distribuição de frequência das escalas de stress no trabalho das profissio-
nais de enfermagem do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora de Caratinga-MG.
Afirmativas
da escala
Discordo
totalmente
Discordo
Concordo
nem discordo
Concordo
Concordo
totalmente
n % n % n % n % n %
A forma de
distribuição
das tarefas em
minha área
tem me deixa-
do nervoso
4 19 4 19 8 38,1 1 4,8 4 19
O tipo de con-
trole existente
no meu traba-
lho me irrita
8 38,1 1 4,8 8 38,1 2 9,5 2 9,5
A falta de au-
tonomia na
execução do
meu trabalho
tem sido des-
gastante
10 47,6 0 0 10 47,6 0 0 1 4,8
Tenho me sen-
tido incomoda-
do com a falta
de confiança
do meu supe-
rior sobre o
meu trabalho
10 47,6 3 14,3 5 23,8 2 9,5 1 4,8
Sinto-me ir-
ritado com a
deficiência na
divulgação de
informações
sobre decisões
do serviço
4 19 2 9,5 7 33,3 0 0 8 38,1
Sinto-me inco-
modado com a
falta de infor-
mações sobre
minhas tarefas
no trabalho
10 47,6 2 9,5 3 14,3 0 0 6 28,6
A falta de co-
m u n i c a ç ã o
entre mim e
meus colegas
de trabalho
me deixa irri-
tado
12 57,1 4 19 3 14,3 0 0 2 9,5
24
Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3
Sinto-me in-
comodado por
meu superior
tratar-me mal
na frente de
colegas de
trabalho
13 61,9 3 14,3 4 19 0 0 1 4,8
Sinto-me in-
c o m o d a d o
por ter que
realizar tare-
fas que estão
além da minha
capacidade
8 38,1 3 14,3 4 19 0 0 6 28,6
Fico de mau
humor por ter
que trabalhar
durante mui-
tas horas se-
guidas
5 23,8 2 9,5 4 19 1 4,8 9 42,9
Sinto-me inco-
modado com a
comunicação
existente en-
tre mim e meu
superior
14 66,7 2 9,5 3 14,3 2 9,5 0 0
Fico irritado
com discrimi-
nação/favori-
tismo no meu
ambiente de
trabalho
9 42,9 4 19 5 23,8 0 0 3 14,3
Tenho me
sentido inco-
modado com
a deficiência
nos treina-
mentos para
capacitação
profissional
5 23,8 3 14,3 7 33,3 2 9,5 4 19
Fico de mau
humor por me
sentir isolado
no trabalho
11 52,4 4 19 3 14,3 1 4,8 2 9,5
Fico irritado
por ser pouco
valorizado por
meus superio-
res
9 42,9 1 4,8 4 19 2 9,5 5 23,8
25
Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de
Saúde do Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu
As poucas
perspectivas
de crescimen-
to na carreira
têm me deixa-
do angustiado
7 33,3 2 9,5 4 19 2 9,5 6 28,6
Tenho me
sentido inco-
modado por
trabalhar em
tarefas abaixo
do meu nível
de habilidade
15 71,4 2 9,5 2 9,5 1 4,8 1 4,8
A competi-
ção no meu
ambiente de
trabalho tem
me deixado de
mau humor
3 14,3 3 14,3 8 38,1 0 0 7 33,3
A falta de com-
preensão so-
bre quais são
as minhas res-
ponsabilidades
neste trabalho
tem me causa-
do irritação
2 9,5 5 23,8 10 47,6 0 0 4 19
Tenho estado
nervoso por
meu superior
me dar ordens
contraditórias
16 76,2 2 9,5 3 14,3 0 0 0 0
Sinto-me irri-
tado por meu
superior enco-
brir meu traba-
lho bem feito
diante de ou-
tras pessoas
15 71,4 5 23,8 1 4,8 0 0 0 0
O tempo insu-
ficiente para
realizar meu
volume de tra-
balho deixa-
me nervoso
5 23,8 3 14,3 2 9,5 0 0 11 52,4
Fico incomo-
dado por meu
superior evitar
me incumbir de
responsabilida-
des importantes
13 61,9 4 19 3 14,3 0 0 1 4,8
26
Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3
O stress ocupacional na área da saúde está associado a situa-
ções específicas como problemas de relacionamento, ambiguidade e
conflito de funções, dupla jornada (trabalho e casa), pressões exerci-
das pelos superiores de acordo com a percepção do indivíduo e altera-
ções que sofrem dentro do contexto de sua atividade. Essas situações
podem ser fontes importantes de stress (Mendes, 1995 e Stacciarini e
Trócoli, 2001).
Resultados semelhantes sobre a condição de stress podem ser ve-
rificados em trabalhos relacionados ao mesmo tema, como apresentado
por Cavalheiro et al. (2008), que relatam que, quanto aos agentes estres-
sores, os mais frequentes foram os de situações críticas que envolvem
o enfrentamento de críticas, crises entre chefia e subordinados, dificul-
dades nas tomadas de decisões, discrepâncias entre as tarefas, impos-
sibilidade e dificuldades em enfrentar situações que exigiam confronto
com chefia, colegas e subordinados, sentir-se inferior à função exercida,
dificuldades frente à assistência ao paciente grave e sua família.
Diante do exposto, verifica-se que a equipe de enfermagem,
principalmente os técnicos, por estarem em contato direto com o pa-
ciente, é a categoria de profissionais que mais vivem sob condições
estressantes de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Evidenciou-se em relação aos resultados obtidos que:
- A categoria dos técnicos de enfermagem foi a que mais
sofreu acidente de trabalho;
- A ocorrência de acidentes com material perfurocortante é
devido à negligencia;
- O objeto causador mais frequente entre todos os aciden-
tes de trabalho é o instrumento perfurocortante agulha;
- A parte do corpo mais acometida foi os dedos das mãos;
- Por falta de importância dada às especificas lesões, medo
de retaliações e falta de conhecimento sobre CAT, a equi-
27
Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de
Saúde do Leste de Minas Gerais
Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu
pe de enfermagem, principalmente técnicos, não emitem
o CAT.
- Os profissionais de enfermagem se sentem estressados,
principalmente, pela falta de informações a respeito das
decisões dos serviços repassados pela chefia, pela longa
jornada de trabalho e pelo tempo insuficiente para realizar
o volume de trabalho.
Referências
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alfa de Cronbach nos resultados de um
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Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes

  • 1. 11 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma instituição de saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira1 Letícia Pereira Gonçalves2 Juscélio Clemente de Abreu3 Elisandra G. Campos de Abreu4 RESUMO Palavras-chave: perfurocortante, acidente de trabalho, enfermagem. 1 Discente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Caratinga - UNEC. 2 Discente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Caratinga - UNEC. 3 Biólogo. Doutor em Genética pela Universidade Federal de Lavras. Docente do Centro Universitário de Caratinga - UNEC. 4 Psicóloga. Especialista em Neuropsicologia pelo Centro Universitário de Caratinga - UNEC. Psicóloga clínica do CASU e Docente do Centro Universitáriode Caratinga - UNEC. Os acidentes de trabalho provo- cados por material perfurocortan- te entre trabalhadores da área de saúde são frequentes devido ao número elevado de manipulação, principalmente, de agulhas. Para investigar a ocorrência desse tipo de acidente e descrever os fatores que predispõem a sua ocorrência entre os profissionais de enfer- magem, realizou-se um estudo descritivo retrospectivo por meio dos dados notificados no Cadas- tro da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT). Para verificar maus hábitos com relação à pro- teção pessoal diante dos riscos, excesso de autoconfiança e con- dições de stress associados a lon- gas cargas de trabalho dos profis- sionais da equipe de enfermagem, foi aplicado um questionário semi- -estruturado, a fim de subsidiar fu- turamente meios de planejamen- to e proposição de intervenção e avaliação eficazes. Conclui-se que a categoria dos técnicos de enfermagem foi a que mais sofreu acidente de perfuro de agulha na mão devido a negligencia do reen- cape, autoconfiança e estresse por sobrecarga de trabalho. Por falta de importância dada às pequenas lesões, medo de retaliações e des- conhecimento, os técnicos de en- fermagem não preenchem o CAT.
  • 2. 12 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 ABSTRACT Keywords: cuttingperforating, accidentat work, nursing. INTRODUÇÃO Os acidentes de trabalho provocados por material perfurocor- tante entre trabalhadores da área de saúde são frequentes, devido ao número elevado de manipulação, principalmente, de agulhas, e repre- sentam prejuízos aos trabalhadores e às instituições. Tais acidentes podem oferecer riscos à saúde física e mental dos trabalhadores e são os principais geradores de periculosidade e insalubridade (Brevidelli e Cianciarullo, 2002; Marziale et al., 2004). A exposição ocupacional provocada por material perfurocortante é entendida como a possibilidade de contato com sangue e fluidos orgânicos no ambiente de trabalho, e as formas de exposição incluem inoculação percutânea. A estimativa anual de acidentes pós-exposição ocupacional com material perfurocortante entre profissionais de saúde é de 0,25% a 0,40% para o vírus HIV, 6% a 30% para o vírus que causa a hepatite The work accidents caused by perforating material between he- althcare workers are frequent, due to the high number of handling, especially needles. To investiga- te the occurrence of this type of accident and describe the factors that predispose to its occurrence among nurses was conducted a retrospective descriptive study using data reported in the Regis- ter of Work Accident Communica- tion (CAT). To check bad habits of nursing team professionals with respect to personal protec- tion in the risk, excessive of self- -confidence and stress conditions associated with long workloads of was applied a semi-structured questionnaire to planning means and intervention proposition and effective evaluation. It is conclu- ded that the category of nursing technician it was the one that had the highest number of accident suffered in the hand due to negli- gence of recapping, confidence and stress on workload. For lack of importance given the minor in- juries, fear of retaliation and un- familiarity the nursing technicians, they do not notified the CAT.
  • 3. 13 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de Saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu B (HBV) e 0,4% a 1,8% para o vírus que provoca a hepatite C (HVC). De acordo com o Centers for Disease Controland Prevention (CDC), aproximadamente 384.000 injúrias percutâneas ocorrem anualmente nos hospitais americanos, sendo que 236.000 dessas injúrias são re- sultantes de acidentes com material perfurocortante (Heinrich, 2000 e Marziale, 2003). Os dados brasileiros sobre a incidência desses acidentes são escassos, predominando a falta de registros e de programas de acom- panhamento do profissional acidentado. A subnotificação dificulta o diagnóstico real dos acidentes entre os trabalhadores, impedindo que se estabeleça um plano de ação que aja diretamente nas suas cau- sas. No entanto, sabe-se pela experiência que o número de casos de acidentes dessa natureza no país é elevado (Sailere Marziale, 2007). Normalmente, no Brasil, os acidentes de trabalho são comuni- cados por meio da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), que é encaminhada à Previdência Social, ao acidentado, ao sindicato da categoria correspondente, ao hospital, ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Ministério do Trabalho. A notificação desse agra- vo deve ser realizada para que se possa fazer um planejamento das ações voltadas à sua prevenção (Vieira, Padilha, e Pinheiro, 2011). No momento do contato com o paciente, o profissional de saúde utiliza instrumentos de trabalho tais como: agulhas, lâminas de bisturi, tesouras, pinças, matérias de vidro, dentre outros perfurocortantes. Os profissionais de saúde cuidam, muitas vezes, de pacientes resistentes, agressivos, ansiosos, agitados ou em estado crítico, encontrando difi- culdade para realização da atividade com segurança, o que pode gerar riscos ocupacionais de cargas mecânicas, químicas e biológicas. A ca- tegoria carga de trabalho é concebida pelos elementos do processo de trabalho, que interatuam entre si e com o corpo do trabalhador, gerando os processos de adaptação que se traduzem em desgaste(Silva, 1996). Assim, a exposição dos trabalhadores da área de saúde às car- gas biológicas incluem os microrganismos patogênicos, provenientes do contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, parasitários e da manipulação de matérias contaminados.
  • 4. 14 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 As cargas químicas abrangem todas as substâncias químicas, como as utilizadas no processo de esterilização e desinfecção de maté- rias, em anestesias e nos tratamentos medicamentosos dos pacientes. As cargas mecânicas podem ser desencadeadas pela ruptura instantânea do corpo em forma de contusões, fraturas, feridas, feri- mentos cortantes, perfurantes, dentre outros e a característica da car- ga mecânica é o acidente de trabalho. Sendo assim, o trabalho de profissionais da área de saúde em áreas hospitalares é caracterizado pelo cuidado nas 24 horas do dia, consequentemente com exposição a vários riscos, sendo os mais temi- dos as cargas biológicas, tais como Hepatite e AIDS. A expansão da AIDS por meio de acidentes com perfurocortan- tes nos trabalhadores da área de saúde proporcionou uma maior aten- ção, dando grande importância a ocorrência de lesões com materiais contaminados com sangue e secreções. Nos estudos de Caixeta e Branco (2005), foi constatado que os profissionais que afirmaram conhecer as normas de biossegurança foram os que mais se acidentaram, podendo-se concluir que muitas vezes o que ocorre não é a falta de informação, mas a falta de aplicar a teoria à prática. Em relação ao tempo de serviço, estudos demonstram que quan- to maior for a experiência profissional, maior o risco. Essa constatação é devido ao fato desses profissionais se sentirem seguros durante a realização de procedimentos invasivos e, portanto, negligenciarem a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) (Oliveira, Lopes e Paiva, 2009). No entanto, outro estudo realizado na mesma época demonstrou que 40% dos profissionais acidentados tinham menos de 5 anos de prática profissional (Gomes, 2009). Desta maneira, verifica-se que os profissionais de saúde neces- sitam de uma maior compreensão das normas de biossegurança nas suas práticas, atuando com mais segurança, prevenindo riscos e pro- movendo a qualidade de vida. Este estudo se justifica, uma vez que essas informações podem ser utilizadas como uma ferramenta de prevenção de acidentes, por
  • 5. 15 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de Saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu isso este trabalho tem como objetivos investigar a ocorrência de aciden- te de trabalho por material perfurocortante no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, no município de Caratinga-MG e descrever os fatores que predispõem à ocorrência dos acidentes ocupacionais com materiais perfurocortantes entre os profissionais de equipe de enfermagem. A hipótese norteadora deste trabalho centrou-se na negligência e na longa jornada de trabalho e tem estas como os principais fatores que levam à ocorrência dos acidentes ocupacionais com materiais per- furocortantes entre os profissionais da equipe de enfermagem. MATERIAL E MÉTODOS Delineamento do estudo Para o desenvolvimento da pesquisa sobre os acidentes ocu- pacionais com materiais perfurocortantes entre os profissionais da equipe de enfermagem foi realizado um estudo descritivo de caráter retrospectivo com amostragem não probabilística, com analise dos aci- dentes ocupacionais dessa natureza no Hospital Nossa Senhora Auxi- liadora de Caratinga-MG, no período de 2010 a 2015, notificados por meio do Cadastro da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) ao serviço especializado de segurança de medicina do trabalho (SESMT) e relatados por meio de entrevistas. Análise do perfil sociodemográfico e clínico Para verificar maus hábitos com relação à proteção pessoal diante dos riscos, excesso de autoconfiança e condições de stress as- sociados a longas cargas de trabalho dos profissionais da equipe de enfermagem, foi aplicado um questionário semi-estruturado a fim de subsidiar futuramente meios de planejamento e proposição de inter- venção e avaliação eficazes. Para verificar as condições do stress, foi aplicada a escala de stress no trabalho de acordo com Paschoal e Tamayo (2004).
  • 6. 16 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 As informações coletadas nos questionários através das questões abertas foram apreciadas por meio da técnica da análise de conteúdo. A análise de conteúdo busca descrever, analisar e interpretar o sentido que um indivíduo atribui às mensagens verbais ou simbólicas. Por meio da análise de conteúdo o significado de um objeto pode ser absorvido, compreendido e generalizado a partir de suas característi- cas definidoras e pelo seu corpus de significação (Franco, 2003). As falas das participantes, primeiramente, foram transcritas e em sequência foram feitas leituras minuciosas das descrições. Empregou- -se como estratégia de análise, a edição dos relatos dos profissionais da área de enfermagem, de onde foram tirados os segmentos impor- tantes. Em contínuo, esses seguimentos foram organizados, classifi- cados, revisados e codificados (Polit, BeckeHungler, 2004). Os relatos de algumas participantes foram utilizados para melhor explanação dos resultados, e, visando à preservação da identidade, usaram-se pseu- dônimos para indicação simbólica das mesmas, atribuindo, assim, a cada participante a letra E de “entrevistado” e o seu número correspon- dente, de forma sequencial, de E-01 a E-21. Análise de dados Os dados óbitos, pós-coleta com o questionário semi-estrutu- rado e com as análises do CATs, foram processados e analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) base para Windows 20.0. A estatística descritiva foi utilizada para descrever as variáveis da primeira e segunda parte do questionário semi-estruturado, por meio de frequências percentuais, amplitude total, médias e desvio pa- drão. Na terceira parte do questionário, relacionada à escala do stress no trabalho, para verificar a consistência interna das escalas na amos- tra estudada foi utilizado o Teste Alfa de Conbrach, considerando o Item de Correlação Total, Alfa de Cronbach com Item Deletado e Alfa de Cronbach Total. Foram considerados satisfatórios os valores de Alfa de Conbrach Total > 0,70 (Vieira, Padilhae Pinheiro, 2011).
  • 7. 17 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de Saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu Considerações éticas Este estudo foi cadastrado na Plataforma Brasil, avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Univer- sitário de Caratinga (UNEC), obtendo parecer favorável sob o CAAE: 48049515.9.0000.5114. Uma carta de anuência foi encaminhada à Direção de Ensino e Pesquisa do HNSA de Caratinga-MG solicitando a autorização deste estudo. Os sujeitos da pesquisa foram conscientizados quanto aos ob- jetivos do trabalho e informados de que os preceitos éticos seriam as- segurados, inclusive o anonimato, sendo necessária uma assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme Resolução 196/96 que trata de pesquisa envolvendo seres humanos. RESULTADOS E DISCUSSÃO O Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA) consta atualmen- te com 232 profissionais de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem). Destes, 21 responderam a entrevista e assinaram o ter- mo de livre esclarecimento, caracterizando uma amostragem aleatória simples não probabilística. Caracterização da amostra da entrevista Após análise dos dados, verificou-se que a faixa etária média dos entrevistados foi de 32 ± 8 anos, sendo a maioria(96%) do sexo feminino e técnicos de enfermagem (77%) com apenas 23% de enfer- meiros e com tempo médio de serviço de 7 anos. A maioria dos aciden- tes (95,5%) ocorreu no período diurno e nos setores centro cirúrgico (36%) e maternidade (18%). Verificou-se que 100% dos respondentes fazem uso de equi- pamentos de proteção individual (EPI) para prevenção dos acidentes com perfurocortantes, porém, 45,5% já sofreram acidentes, relatando
  • 8. 18 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 ser 95,5% dos casos com agulhas em dedos dos membros superiores. De acordo com a jornada de trabalho, daqueles que sofreram os aci- dentes, 95% relataram ter acontecido no meio do plantão. Dos acidentes ocorridos, 95,5% foram relatados no HNSA, por meio do preenchimento do Cadastro da Comunicação de Acidentes (CAT), e 86,4% dos mesmos realizaram os exames de sangue após o acidente de trabalho, para verificação de contaminação com Hepatite B e AIDS. Confrontando esses resultados com os de outros trabalhos cien- tíficos de mesmo tema, verifica-se que os acidentes com perfurocor- tantes apresentam características semelhantes em praticamente todo o território nacional (Doi et al., 2014; Araujo e Silva, 2014; Nowak et al., 2013; Oliveira et al., 2010; Marziale e Rodrigues, 2002 e Sarquis e Felli, 2002). Dentre as principais características dos acidentes com perfuro- cortantes pode-se citar: técnico de enfermagem do sexo feminino com agente causador agulha por meio do reencape e nos dedos das mãos. A justificativa dos técnicos de enfermagem para este dado é o fato de por eles estarem sempre em contato direto com os cuidados dos pa- cientes e assim ficarem mais susceptíveis aos acidentes com perfuro cortantes (Nowak et al., 2013). Apesar de as normas de prevenção serem divulgadas pelos órgãos competentes tais como Ministério do Trabalho e da Saúde, verifica-se que profissionais com maior tempo de serviço acabam se arriscando mais, por adquirirem uma autoconfiança na execução de suas atividades, negligenciando medidas de precaução para proteção individual (Ciorlia e Zanetta, 2004). Porém, alguns estudos têm de- monstrado o oposto, afirmando que os profissionais acidentados com perfurocortante tinham menos de 5 anos de prática profissional (Caixe- ta e Branco, 2005; Oliveira et al., 2009 e Gomes, 2009). No presente trabalho, apesar de ter sido verificado uma média de 7 anos de prática de serviço, a variabilidade foi grande, apresen- tando um coeficiente de variação de 105,51% com tempos de serviços variando de 2 meses a 25 anos. Nota-se, desta maneira, que não é o
  • 9. 19 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de Saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu tempo de serviço e nem a falta de informações que influenciam nos acidentes com perfuro cortante, mas sim o fato de não aplicarem a teoria à prática, consumando a negligência. Diante da realidade identificada sugere-se a promoção de cam- panhas educativas, reuniões clínicas e científicas voltadas à importân- cia do acidente do ponto de vista da saúde do aspecto legal, desta- cando-se a notificação por meio de protocolos de forma a favorecer o planejamento de estratégias preventivas a partir do real conhecimento da ocorrência do acidente, do perfil do profissional acidentado e da frequência do acidente (Oliveira et al., 2010). Acidentes de perfurocortante relatados nos Cadastros da Comu- nicação de Acidentes de Trabalho (CATs) Por meio da analise exploratória de apenas 29 CATs arquivados no HNSA, entre o período de 2010 a 2015, observou-se praticamente os mesmos resultados sobre perfurocortante obtidos através do questio- nário semi-estruturado, em relação ao perfil da equipe de enfermagem. A maioria dos acidentes também aconteceu com profissionais do sexo feminino (96%), técnicos de enfermagem (93%), no turno diur- no (54%), com média de 5 ± 3 horas trabalhadas, com predominância da agulha como objeto perfurocortante (96%) e sendo a parte do corpo acometida os dedos dos membros superiores (89%), a exceção se fez com relação ao local de maior prevalência de acidente que foi na clíni- ca médica (29%). Apesar de ser legalmente obrigatório a emissão do CAT, obser- vou-se na prática a subnotificação dos acidentes de trabalho no HNSA, perfazendo apenas um total de 29 CATs preenchidos entre o período de 2010 a 2015. As possíveis causas da subnotificação identificadas no HNSA dos acidentes de trabalho por perfurocortantes, na visão dos profissio- nais de enfermagem, podem ser atribuídas à falta de importância dada as pequenas lesões, tal como picada de agulha e o desconhecimento sobre a importância da emissão do CAT (Canini et al., 2002).
  • 10. 20 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 Relacionando os dados obtidos após as analises dos CATs com os obtidos nos questionários semiestruturados, verificou-se que as causas para a subnotificação, no presente trabalho, estão relaciona- das principalmente: i) à falta de importância dada às pequenas lesões, princi- palmente, por agulhas não contaminadas. Como pode ser exemplificado pelos relatos E1 e E14 “não relatei o acidente na instituição por que não achei necessário pelo fato da agulha não estar contaminada”. ii) medo de retaliações no serviço. De acordo com E5 “não relatei o acidente no CAT por medo de ser mandada em- bora do hospital”. iii) falta de conhecimento sobre o CAT. Como relatado pela E8 “não sabia que era necessário preencher algum do- cumento sobre o acidente”. Diante dos relatos obtidos verifica-se que há uma necessidade de um constante processo de educação continuada, principalmente, para os técnicos de enfermagem. Teste de fidelidade da escala de stress no trabalho Por meio do teste de Cronbach, constatou-se que a escala de stress do trabalho apresentou consistência interna aceitável para amostra estudada, contendo apenas 21 profissionais de enfermagem, sendo alfa total de 0,7481. Conforme Tabela 1, cada item da escala também apresentou alfa aceitável (alfa > 0,70). Um questionário deve ser devidamente elaborado para que se reproduza de forma confiável a realidade e é esta a proposta da utiliza- ção do coeficiente alfa de Cronbach: expressar, por meio de um fator, o grau de confiabilidade das respostas decorrentes de um questionário (Almeida et al., 2010).
  • 11. 21 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de Saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu Tabela 1 Escala de avaliação do nível de stress no trabalho entre profissionais de enfermagem do HNSA, testado com Alfa de Cronbach. Correlação total de itens corrigidos Alfa de Cronbach com item deletado Aforma de distribuição das tarefas em minha área tem me deixado nervoso 0,355 0,746 O tipo de controle existente no meu trabalho me irrita 0,469 0,738 A falta de autonomia na execução do meu trabalho tem sido desgastante 0,360 0,746 Tenho me sentido incomodado com a falta de confiança do meu superior sobre o meu trabalho 0,391 0,744 Sinto-me irritado com a deficiência na divulgação de informações sobre decisões do serviço 0,561 0,729 Sinto-me incomodado com a falta de informações sobre minhas tarefas no trabalho 0,620 0,722 A falta de comunicação entre mim e meus colegas de trabalho me deixa irritado -0,133 0,774 Sinto-me incomodado por meu supe- rior tratar-me mal na frente de cole- gas de trabalho -0,100 0,770 Sinto-me incomodado por ter que realizar tarefas que estão além da minha capacidade 0,449 0,737 Fico de mal humor por ter que trab- alhar durante muitas horas seguidas 0,579 0,726 Sinto-me incomodado com a comu- nicação existente entre mim e meu superior 0,025 0,763 Fico irritado com discriminação/favor- itismo no meu ambiente de trabalho -0,043 0,771 Tenho me sentido incomodado com a deficiência nos treinamentos para capacitação profissional 0,411 0,742 Fico de mal humor por me sentir iso- lado no trabalho 0,354 0,746
  • 12. 22 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 Fico irritado pro ser pouco valorizado por meus superiores 0,293 0,750 As poucas perspectivas de cresci- mento na carreira têm me deixado angustiado 0,066 0,768 Tenho me sentido incomodado por trabalhar em tarefas abaixo do meu nível de habilidade 0,169 0,757 Acompetição no meu ambiente de tra- balho tem me deixado de mau humor 0,487 0,736 A falta de compreensão sobre quais são as minhas responsabilidades neste trabalho tem me causado irritação 0,193 0,755 Tenho estado nervoso por meu supe- rior me dar ordens contraditórias 0,168 0,756 Sinto-me irritado por meu superior encobrir meu trabalho bem feito di- ante de outras pessoas 0,216 0,755 O tempo insuficiente para realizar meu volume de trabalho deixa-me nervoso 0,695 0,715 Fico incomodado por meu superior evitar incumbir-me de responsabili- dades importantes 0,044 0,762 De acordo com dados apresentados na Tabela 2, verifica-se que as afirmativas da escala de stress no trabalho que mais influenciaram na condição de stress (concordo totalmente) foram: sinto-me irritado com deficiência na divulgação de informações sobre decisões do ser- viço (38,1%), fico de mau humor por ter que trabalhar durante muitas horas seguidas (42,9%) e o tempo insuficiente para realizar meu volu- me de trabalho deixa-me nervoso (52,4%). Desta maneira, verifica-se que os profissionais de enfermagem necessitam de acompanhamento de equipe de psicologia, a fim de di- minuir o stress no trabalho e ter um melhor rendimento na instituição.
  • 13. 23 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de Saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu Tabela 2 Distribuição de frequência das escalas de stress no trabalho das profissio- nais de enfermagem do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora de Caratinga-MG. Afirmativas da escala Discordo totalmente Discordo Concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente n % n % n % n % n % A forma de distribuição das tarefas em minha área tem me deixa- do nervoso 4 19 4 19 8 38,1 1 4,8 4 19 O tipo de con- trole existente no meu traba- lho me irrita 8 38,1 1 4,8 8 38,1 2 9,5 2 9,5 A falta de au- tonomia na execução do meu trabalho tem sido des- gastante 10 47,6 0 0 10 47,6 0 0 1 4,8 Tenho me sen- tido incomoda- do com a falta de confiança do meu supe- rior sobre o meu trabalho 10 47,6 3 14,3 5 23,8 2 9,5 1 4,8 Sinto-me ir- ritado com a deficiência na divulgação de informações sobre decisões do serviço 4 19 2 9,5 7 33,3 0 0 8 38,1 Sinto-me inco- modado com a falta de infor- mações sobre minhas tarefas no trabalho 10 47,6 2 9,5 3 14,3 0 0 6 28,6 A falta de co- m u n i c a ç ã o entre mim e meus colegas de trabalho me deixa irri- tado 12 57,1 4 19 3 14,3 0 0 2 9,5
  • 14. 24 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 Sinto-me in- comodado por meu superior tratar-me mal na frente de colegas de trabalho 13 61,9 3 14,3 4 19 0 0 1 4,8 Sinto-me in- c o m o d a d o por ter que realizar tare- fas que estão além da minha capacidade 8 38,1 3 14,3 4 19 0 0 6 28,6 Fico de mau humor por ter que trabalhar durante mui- tas horas se- guidas 5 23,8 2 9,5 4 19 1 4,8 9 42,9 Sinto-me inco- modado com a comunicação existente en- tre mim e meu superior 14 66,7 2 9,5 3 14,3 2 9,5 0 0 Fico irritado com discrimi- nação/favori- tismo no meu ambiente de trabalho 9 42,9 4 19 5 23,8 0 0 3 14,3 Tenho me sentido inco- modado com a deficiência nos treina- mentos para capacitação profissional 5 23,8 3 14,3 7 33,3 2 9,5 4 19 Fico de mau humor por me sentir isolado no trabalho 11 52,4 4 19 3 14,3 1 4,8 2 9,5 Fico irritado por ser pouco valorizado por meus superio- res 9 42,9 1 4,8 4 19 2 9,5 5 23,8
  • 15. 25 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de Saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu As poucas perspectivas de crescimen- to na carreira têm me deixa- do angustiado 7 33,3 2 9,5 4 19 2 9,5 6 28,6 Tenho me sentido inco- modado por trabalhar em tarefas abaixo do meu nível de habilidade 15 71,4 2 9,5 2 9,5 1 4,8 1 4,8 A competi- ção no meu ambiente de trabalho tem me deixado de mau humor 3 14,3 3 14,3 8 38,1 0 0 7 33,3 A falta de com- preensão so- bre quais são as minhas res- ponsabilidades neste trabalho tem me causa- do irritação 2 9,5 5 23,8 10 47,6 0 0 4 19 Tenho estado nervoso por meu superior me dar ordens contraditórias 16 76,2 2 9,5 3 14,3 0 0 0 0 Sinto-me irri- tado por meu superior enco- brir meu traba- lho bem feito diante de ou- tras pessoas 15 71,4 5 23,8 1 4,8 0 0 0 0 O tempo insu- ficiente para realizar meu volume de tra- balho deixa- me nervoso 5 23,8 3 14,3 2 9,5 0 0 11 52,4 Fico incomo- dado por meu superior evitar me incumbir de responsabilida- des importantes 13 61,9 4 19 3 14,3 0 0 1 4,8
  • 16. 26 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 O stress ocupacional na área da saúde está associado a situa- ções específicas como problemas de relacionamento, ambiguidade e conflito de funções, dupla jornada (trabalho e casa), pressões exerci- das pelos superiores de acordo com a percepção do indivíduo e altera- ções que sofrem dentro do contexto de sua atividade. Essas situações podem ser fontes importantes de stress (Mendes, 1995 e Stacciarini e Trócoli, 2001). Resultados semelhantes sobre a condição de stress podem ser ve- rificados em trabalhos relacionados ao mesmo tema, como apresentado por Cavalheiro et al. (2008), que relatam que, quanto aos agentes estres- sores, os mais frequentes foram os de situações críticas que envolvem o enfrentamento de críticas, crises entre chefia e subordinados, dificul- dades nas tomadas de decisões, discrepâncias entre as tarefas, impos- sibilidade e dificuldades em enfrentar situações que exigiam confronto com chefia, colegas e subordinados, sentir-se inferior à função exercida, dificuldades frente à assistência ao paciente grave e sua família. Diante do exposto, verifica-se que a equipe de enfermagem, principalmente os técnicos, por estarem em contato direto com o pa- ciente, é a categoria de profissionais que mais vivem sob condições estressantes de trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS Evidenciou-se em relação aos resultados obtidos que: - A categoria dos técnicos de enfermagem foi a que mais sofreu acidente de trabalho; - A ocorrência de acidentes com material perfurocortante é devido à negligencia; - O objeto causador mais frequente entre todos os aciden- tes de trabalho é o instrumento perfurocortante agulha; - A parte do corpo mais acometida foi os dedos das mãos; - Por falta de importância dada às especificas lesões, medo de retaliações e falta de conhecimento sobre CAT, a equi-
  • 17. 27 Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em uma Instituiçao de Saúde do Leste de Minas Gerais Rayane de Oliveira Ferreira - Letícia Pereira Gonçalves - Juscélio Clemente de Abreu - Elisandra G. Campos de Abreu pe de enfermagem, principalmente técnicos, não emitem o CAT. - Os profissionais de enfermagem se sentem estressados, principalmente, pela falta de informações a respeito das decisões dos serviços repassados pela chefia, pela longa jornada de trabalho e pelo tempo insuficiente para realizar o volume de trabalho. Referências Almeida D.; Santos, M.A.R.; Costa, A.F.B. (2010). Aplicação do coeficiente alfa de Cronbach nos resultados de um questionário para avaliação de desempe- nho da saúde pública. In: XXX ENCON- TRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitivida- de das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. pp.1-12. Araujo T.M.E.; Silva.N.da.C.e.(2014). Acidentes perfurocortantes e medidas preventivas para hepatite B adotadas por profissionais de Enfermagem nos serviços de urgência e emergência de Teresina, Piauí. Revista Brasileira de Saúde Ocupa- cional. 39(130), 175-183. . Brevidelli, M.M.; Cianciarullo, T.I. (2002). Análise dos acidentes com agu- lhas em um hospital universitário: situ- ações de ocorrência e tendências. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 10(6), 5-8. Caixeta, R. B.; Branco, A. B.(2005). Acidente de trabalho com material bioló- gico, em profissionais de saúde de hos- pitais públicos do Distrito Federal, Brasil, 2002/2003. Rio de Janeiro, Cadernos de Saúde Pública,. 21(3): 737-746. Canini, S.R.M.S; Gir E.; Hayashida M.; Machado, A.A.(2002). Acidentes per- furo cortantes entre trabalhadores de en- fermagem de um hospital universitário do interior Paulista.Rev Latino-am Enferma- gem. 10(2), 172-178. Cavalheiro A.M; Junior D.F.M; Lopes A.C.L.(2008). Estresse de enfermeiros com atuação em unidade de terapia inten- siva.Rev. Latino-Am.Enfermagem. 16(1), 12-15. Ciorlia L.A.S.; Zanetta, D.M.T. (2004). Significado epidemiológico dos acidentes de trabalho com material biológico: hepa- tite B e C em profissionais da saúde. Rev. BrasMed Trab. 3(2), 191-199. Doi A.S.M.S.R.; Barros B.F.S.; Junior C.B.S.; Schneider D.F.K. (2014). Frequ- ência de acidentes com materiais perfu- rocortantes entre profissionais de saúde. XXIV Congresso Brasileiro de Engenharia Biomedica-CBEB. 2014. Franco, M. L. P. B. (2003). Análise de Conteúdo. Brasília: Plano Editora. Gomes, A. C. et al. (2009). Acidentes ocupacionais com material biológico e equipe de Enfermagem de um hospital- -escola. Rio de Janeiro, Revista de Enfer- magem da UERJ, 17(2), 220-223. Heinrich, J.(2000, November). Occu- pacional safety: selected cost the benefit implications of needlestick prevention de- vices for hospitals. United States Gene- ral Accounting Office [on line] 2000 Nov. Available from: URL: http:// www.med.vir- ginia.EDU/medcntr/centers/epinet.html>. Accessedat: 2015 June. Marziale M.H.P. e Rodrigues C.M. (2002). Produção cientifica sobre os aci- dentes de trabalho com material perfuro- cortante entre trabalhadores de enferma- gem. Rev. Latino-am Enfermagem. 10(4), 571-577.
  • 18. 28 Revista de Ciências, 2016, v. 7, n. 3 Marziale, M.H.P. (2003). Subnotifica- ção de acidentes com perfurocortante na enfermagem. Brasília - DF. Revista Brasi- leira de Enfermagem. 56 (2), 121-122. Marziale, M.H.P.; Nishimura, K.Y.N.; Ferreira, M.M. (2004). Riscos de contami- nação ocasionados por acidentes de tra- balho com material pérfuro-cortante entre trabalhadores de enfermagem. Rev. Lati- no-Am. Enfermagem [online], 12(1), 36-42. Mendes, R. (1995). Patologia do Tra- balho. 8ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu. Nowak N.L.; Campos G.A.; Borba E.O.; Ulbricht,L.; Neves.E.B. (2013). Fato- res de risco para acidentes com materiais perfurocortantes. São Paulo, O mundo da saúde, 37(4), 419-426. Oliveira, A.C.; Diaz, M.E.P.; Toledo, A.D. (2010). Acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes entre a equi- pe multiprofissional de uma unidade de emergência. Cienc. Cuid. Saude, 9(2), 341-349. Oliveira, A. C.; Lopes, A.C.S., Paiva, M. H. R. S. (2009). Acidentes ocupacio- nais por exposição a material biológico entre a equipe multiprofissional do aten- dimento pré-hospitalar. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 43(3), 677-683. Paschoalt.; Tamayo A. (2004). Valida- ção da Escala de Estresse no Trabalho. Estudos de Psicologia, 9(1), 45-52. Polit, D.F.; Beck, C. T.; Hungler, B. P. (2004). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utiliza- ção.Porto Alegre: Artmed. Sailer, G.C.; Marziale, M.H.P. (2007). Vivência dos trabalhadores de Enferma- gem frente ao uso dos antiretrovirais após exposição ocupacional a material biológi- co, 16(1), 55-62. Sarquis L.M.M.; Felli V.E.A. (2002). Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes entre trabalhadores de enfermagem. Rev. EscEnferm USP, 36(3), 222-230. Silva V.E.F.(1996).O desgaste do tra- balhador de Enfermagem: estudo da rela- ção trabalho de enfermagem e saúde do trabalhador (tese) São Paulo (SP): Escola de Enfermagem da USP; 1996. Stacciarini, J.M.R, Trócoli, B,T. (2001). O stress na atividade ocupacional do en- fermeiro. RevLatino-Am Enfermagem. 9(2), 17-25. Vieira, M.; Padilha, M. I. C. S.; Pinhei- ro, R. D. C. (2011). Análise dos acidentes com material biológico em trabalhadores da saúde. Revista Latino Americana de Enfermagem, 19(2). [8 telas].