O documento apresenta os resultados de um estudo que avaliou a cobertura vacinal de trabalhadores da saúde de Cajati, SP. Foram coletados dados das fichas de imunização de 50 funcionários, incluindo enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Os dados revelaram que alguns profissionais não tinham recebido todas as vacinas recomendadas, colocando-os em risco de exposição a doenças. O estudo visa fornecer subsídios para melhorar a saúde ocupacional desses trabalhadores.
2. JURACEMA DE AZEVEDO
DIAGNÓSTICO DA COBERTURA DE IMUNIZAÇÃO VACINAL DOS SERVIDORES
PÚBLICOS DA SAÚDE DO MUNICIPIO DE CAJATI – SP
Como requisito parcial para a obtenção do título de
especialista em Saúde do Trabalhador e Ecologia
Humana Fiocruz/Cerest
Orientador: Marlene Pereira da Rocha
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ____/____/____ para a obtenção do título de
especialista em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana.
Registro-SP
2011
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3. ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ECOLOGIA HUMANA
Juracema de Azevedo
DIAGNÓSTICO DA COBERTURA DE IMUNIZAÇÃO VACINAL DOS SERVIDORES
PÚBLICOS DA SAÚDE DO MUNICIPIO DE CAJATI – SP
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ____/____/____ para a obtenção do título de
especialista em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana.
Banca Examinadora:
_______________________________________
Nome do Professor(a) de Avaliador (a)
_______________________________________
Nome do Professor(a) de Avaliador (a)
_______________________________________
Nome do Professor(a) Avaliador.(a)
3
4. ’Aos trabalhadores da saúde que este
trabalho possa ajudar a melhorar a
saúde ocupacional’’
4
5. "Se alguém procura a saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no futuro as causas da doença; em
caso contrário, abstém-te de o ajudar."
(Sócrates, 470 a.c // 399 a.c, Filósofo )
5
6. Resumo
Este estudo avalia a cobertura vacinal dos trabalhadores da saúde expostos a risco ocupacional
de acordo com a Norma Regulamentadora NR32 no município de Cajati, (SP), cujo índice de
desenvolvimento humano (IDH) é de 0, 751. Sendo a população 90% dependente do Sistema
Único de Saúde (SUS). Verificou-se a carteira vacinal dos profissionais da rede pública de
saúde, enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem, tendo como base a coleta e analise de
dados contidos em suas fichas espelho de imunização. As informações obtidas darão subsídios
para obtenção de dados sobre à exposição dos funcionários a agentes biológicos capazes de
causar danos à saúde, pois esses indivíduos estão freqüentemente em contato com sangue,
secreções e excreções de pacientes. A exposição à contaminação ao material biológico entre
profissionais é uma preocupação constante, tornando necessária a pesquisa deste tema para
que se possam corrigir possíveis falhas no sistema de imunização destes profissionais.
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7. Sumário
Sumário..................................................................................................................................................7
2. BASE TEÓRICA ..................................................................................................................................31
3 OBJETIVO GERAL................................................................................................................................32
4. METODOLOGIA.................................................................................................................................33
5. RESULTADOS.....................................................................................................................................35
TABELA 1 – RELAÇÃO DE RESULTADO DOS ESPELHOS DE 50 FUNCIONÁRIOS/FUNÇÕES EXERCIDAS E
COBERTURA VACINAL...........................................................................................................................39
NOME...................................................................................................................................................39
IDADE...................................................................................................................................................39
SEXO.....................................................................................................................................................39
FUNÇÃO................................................................................................................................................39
TEMPO DE SERVIÇO..............................................................................................................................39
TÉTANO................................................................................................................................................39
HEPATITE B...........................................................................................................................................39
HEPATITE C...........................................................................................................................................39
H1N1.....................................................................................................................................................39
TUBERCULOSE......................................................................................................................................39
01..........................................................................................................................................................39
38..........................................................................................................................................................39
F............................................................................................................................................................39
A.E........................................................................................................................................................39
1 ANO...................................................................................................................................................39
X...........................................................................................................................................................39
X...........................................................................................................................................................39
X...........................................................................................................................................................39
X...........................................................................................................................................................39
7
28. X...........................................................................................................................................................40
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................................41
O texto exposto nos remete a conclusão de que a NR32 procura fazer sua parte, a partir do
momento em que regulamenta a cobertura vacinal dos funcionários da área da saúde em específico.
..............................................................................................................................................................41
Contudo, pode-se também concluir que a falta de vacinas constantes do calendário do profissional
de saúde, é de responsabilidade tanto do empregado como também do empregador. Será que nossa
coordenação, supervisão ou chefia, está cobrando corretamente e verificando a cobertura vacinal
dos funcionários de sua repartição? Mediante os resultados observados, podemos ressaltar que as
maiorias dos funcionários possuem uma cobertura vacinal adequada, mas, não devido a cobrança da
chefia e sim por orientações que o conhecimento da própria profissão o faz, mas ainda observa-se
alguns funcionários despreocupados com esta cobertura, principalmente os mais antigos................41
7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................42
ANEXOS:...............................................................................................................................................44
1. INTRODUÇÃO
Segundo informações colhidas junto a Prefeitura Municipal de Cajati (2007) o
município de Cajati, tem como significado no nome “Arvore de folhas oblongas”, teve sua
origem no século XIX, com a chegada, no porto de Cananéia, de alguns jovens portugueses,
dentre eles, Matias de Pontes e o índio Botujuru, sua finalidade era a exploração da mata em
busca de ouro, abrindo assim as primeiras trilhas na mata para um trabalho árduo e sem
condições de vida e sobrevivência. O índio Botujuru, morre após contrair malaria, e o
português Matias, viveu ainda cerca de cinqüenta anos nas terras dessa região.
Em 13 de junho de 1944, a localidade foi elevada oficialmente à categoria de
distrito do Município de Jacupiranga.
Com o crescimento da população, geração de empregos, aumento da renda e
movimentação Político Administrativo da cidade, surgiu um movimento popular pela
emancipação do distrito.
Em 19 de maio de 1991, foi realizado um plebiscito com a participação maciça
dos eleitores, quando 95% foram favoráveis à emancipação do distrito.
No dia 31 de dezembro de 1991, o Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou
a lei 7664 criando o Município de Cajati.
No século XX o engenheiro de minas, Theodoro Knight, do Instituto Geográfico
Geológico de São Paulo, descobriu em Cajati a existência de calcário e apatita. A
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29. comprovação da existência em Cajati de calcário, apatita, fertilizantes e a carência de cimento
no Brasil levaram um grupo empresarial a investir em Cajati onde surgia uma nova realidade.
A atividade econômica principal do município é a indústria extrativista e mineral,
bem como a cultura da banana,palmito, pupunha, maracujá, laranja mexerica e outras culturas
de menor escala. Na agricultura familiar, cultiva-se milho, feijão, abóbora e mandioca.
No complexo industrial de Cajati, existe tecnologia de ponta e as empresas são
lideres no mercado de fertilizantes, nutrição animal e cimento..
O município de Cajati tem uma área de extensão de 454.93 km, de área urbana,
cortado pela rodovia Régis Bittencourt (BR 116), distando 230 km de São Paulo, 200 km de
Santos, 189 km de Curitiba.com uma população de 29.565 habitantes, atingindo um índice de
desenvolvimento humano (IDH) de 0, 751 (CAJATI, 2007).
Segundo o Departamento de Saúde do Município de Cajati, a saúde municipal vem
apresentando um crescente desenvolvimento, tendo uma cobertura de atenção básica formada
por uma Unidade Mista de Pronto Atendimento, uma UBS (Unidade Básica de Saúde), um
posto de saúde Rural e três equipes de Programa Saúde da Família, abrangendo 36% da
população, com atendimento de imunização vacinal em todas as unidades,
Com relação à saúde do trabalhador especificamente deve ser considerado ainda
uma questão complexa, pois alem de todos os fatores que influem na sua vida como ser
humano moderno, soma-se todos os fatores presente em sua vida laboral.
As portarias n. 24, de 29/12/94, e n. 08, de 08/05/96, do Ministério do Trabalho,
que culminaram coma criação do atual Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) e com a obrigatoriedade de que toda empresa elabore o seu Exame Médico
Ocupacional, padronizando-o de acordo com sua atividade fim, representaram Avanços
significativos, sobretudo como motivadoras da discussão a respeito da importância e das
vantagens tanto para empregados como empregadores. Elas atuam no campo social e
econômico, mostrando a importância de um programa eficiente de prevenção e controle dos
problemas de saúde no ambiente de trabalho (CHESF, 2010).
Tratando de imunizações, é vital citar a importância da necessidade da ciência
epidemiológica para nortear e em basear ações indenizatórias. Tanto em saúde do trabalhador
como da comunidade, a observação e estudo na morbidade das populações ajudam em muito a
identificar seus principais agentes mórbidos possibilitando assim direcionar medidas de
controle.
O programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) e as diretrizes,
do governo Federal são para orientar o empresariado no estabelecimento de um plano de
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30. saúde ocupacional para o trabalhador, dando apoio legal ás empresas e aos trabalhadores a
oferta maior de rendimento externo. Seu pressuposto é coibir os com doenças profissionais
presentes a saúde, de o trabalhador diminuir a incidência de acidentes e, em conseqüência
baixar os lucros operacionais aumentando a eficiência e a qualidade do trabalho (BALLALAI
e MIGOWSKI, 2006, p 6).
O processo imunológico pelo qual se desenvolve a proteção conferida pelas
vacinas compreende o conjunto de mecanismos através dos quais o organismo humano
reconhece uma substância como estranha para em seguida metabolizá-la, neutralizá-la e/ou
eliminá-la. A resposta imune do organismo às vacinas depende basicamente de dois tipos de
fatores: os inerentes às vacinas e os relacionados com o próprio organismo (REZENDE et. al.,
2002, p 13).
Através deste estudo pretende-se pesquisar os prontuários e fichas espelho de
imunização dos servidores da saúde do município de Cajati.
Os trabalhadores em saúde, por estarem freqüentemente em contato com sangue,
secreções e excreções de pacientes, estão sujeitos à exposição ocupacional a agentes
biológicos capazes de lhes causar danos a saúde, microorganismos geneticamente
modificados ou não, culturas de células, toxinas etc.
A exposição à contaminação ao material biológico entre profissionais da área da
saúde representa uma preocupação, fazendo-se necessária a doção de preceitos de controle de
riscos para uma prática clínica segura.
Dentre os riscos ocupacionais aos quais os profissionais da área da saúde estão
expostos podemos citar o risco biológico de infecção cruzadas como a AIDS, hepatites, e
tuberculose. Dentre estes, deve ser ressaltada a hepatite B por apresentar o maior risco de
transmissão ocupacional.
Sendo assim, os meios de proteção contra as infecções adquiridas no âmbito do
trabalho, temos a vacinação como prioritária, sendo necessário sua adoção antes do início da
prática clínica.
A Norma Regulamentadora 32 (NR 32), do Ministério do Trabalho e Emprego,
estabelece as medidas básicas para proteção e segurança dos trabalhadores de serviços de
saúde (BRASIL, 2008).
Portanto, este estudo se justifica para uma sensibilização dos gestores e
especialmente dos profissionais da saúde da necessidade das imunizações obrigatórias, tão
importante quanto definir quais as melhores vacinas e outros meios de imunização adequados
ao trabalhador é garantir que estejam acessíveis de maneira organizada. Entretanto é
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