1. Individual: não ter tido contato com pai biológico ou com outra referência
paterna importante; experiências de violência física e/ou psicológica com o
pai, como vítima direta ou como testemunha de violências contra mãe e
outros familiares; ter recebido educação muito tradicional e rígida em relação
aos ‘padrões de gênero’; alcoolismo e/ou consumo abusivo de outras drogas;
estar desempregado ou ter um trabalho que o distancia das/os filhas/os;
estar em situação de privação de liberdade; depressão e outros transtornos
mentais.
Relacional: não estar (às vezes nunca ter estado) em um relacionamento
afetivo com a mãe da criança; vivência de fortes conflitos e/ou violências com
mãe da criança; distanciamento, falta de apoio e falta de incentivo da família
para que assuma a paternidade ativa e corresponsável.
2. Comunitário: Reforço de papéis estereotipados de homens e mulheres (por
exemplo, homem=provedor e mulher=cuidadora) por parte de serviços de
saúde, creches, escolas e instituições religiosas e falta de apoio e incentivo
dos mesmos; não existência de grupos de pais; não liberação por
empregador/a para acompanhar consultas de pré-natal, parto e consultas de
pediatria e reuniões na escola;
Social: Licença-paternidade de apenas cinco dias; não respeito à Lei no
11.108/05 – Lei do Acompanhante – por diversos profissionais e/ou
instituições de saúde; machismo e patriarcado, que continuam muito
presentes em nosso contexto cultural, reforçando papéis estereotipados de
gênero; reprodução e reforço de papéis estereotipados de homens e
mulheres pela mídia e publicidade.