Esta Aula Didática é Parte componente da Etapa de Educação Patrimonial e à Distância do Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural dos onze Aproveitamentos Hidrelétricos da AES Tietê S/A.
Saiba mais pelo Blog do Programa:http://www.documentoculturalaestiete.com/
2. As Comunidades Indígenas
Se você estivesse com fome aonde procuraria comida? Na geladeira? No supermercado? Na
lanchonete?
Imagine se você vivesse exatamente no mesmo lugar, mas há 500 anos.
Nesse tempo não existiam geladeiras nem lanchonetes, tampouco supermercados. Você teria que
conseguir alimentos caçando ou plantando, assim como os indígenas faziam.
A sobrevivência nas florestas eram muito difíceis, por isso, os índios possuíam grande conhecimento
do local em que estavam e seus arredores, para se defenderem de predadores e para cultivar uma vida
tranquila.
Professor de História: Essa aula trata sobre os indígenas e
desmitificando a imagem que a maioria das cartilhas
escolares fazem dos índios como selvagens. Um exemplo
de como tratar esse tema é perguntando aos alunos como
eles descreveriam um índio e como eles acham que era sua
vida antes do colonizador chegar ao Brasil.
Professor de Geografia: Nessa aula seria interessante
mostrar a mudança da paisagem ao longo dos tempos.
Mais informações podem ser encontradas no blog:
http://oficinaxingu.ning.com/
3. Ocupação indígena
A ocupação do território em torno da bacia do Rio Grande vem de muito antes da chegada dos europeus
na América. Diversos grupos indígenas passaram por aqui e deixaram vestígios materiais, os quais
estudamos para produzir estes materiais.
O primeiro tipo de ocupação indígena que vemos neste território é de sociedades de caçadores e
coletores. Os sítios arqueológicos destas comunidades podem ser encontrados tanto em lugares abertos
como em abrigos rochosos e cavernas. Os sítios encontrados ligados aos grupos caçadores-coletores
costumam estar localizados em regiões planas, em fundos de vales próximos a córregos e rios.
Os grupos de caçadores-coletores são representadas por três tipos diferentes de tradições arqueológicas:
Umbu, Humaitá e Itaparica.
Professor: Aqui é importante explicar o
conceito de nômade e sedentário, sendo
os caçadores-coletores tribos nômades.
Existiram muitas tribos nômades na
história do mundo que podem ser
comentadas, os Hunos por exemplo.
4. Líticos
Ponta de projétil em sílex.
Percutor em quartzito
Este vestígio é um percutor, uma rocha dura (no caso um quartzito) que
causa um impacto em outra rocha, esse processo se chama lascamento.
Quando utilizamos uma rocha contra outra para talhar um instrumento.
Este vestígio é uma ponta de projétil usado por alguma etnia indígena
de caçadores-coletores feita em sílex, é uma rocha sedimentar muito
dura e com densidade elevada. Este era um instrumento comumente
utilizado no dia a dia desses povos. Para fazer essa ponta de projétil
era necessário a rocha de sílex e uma outra rocha como esta:
5. Líticos
raspador em sílex.
Este objeto, como você pode perceber, tem as extremidades
mais finas e afiadas, elas serviam para raspar e cortar frutas,
legumes, carne de animais, etc.
Este objeto é uma machadinha feita de pedra polida. Era
utilizada na caça de animais selvagens e para derrubar grandes
árvores.
machadinha de pedra polida
Professor de Geografia: Aqui seria
interessante falar um pouco sobre os
diferentes tipos de rochas e suas formações.
Professor de Ciências: Seria interessante falar
para os alunos sobre a densidade dos objetos
e como calculá-la.
6. Ocupações Indígenas
Além dos grupos de caçadores-coletores, outro grupo também habitou as terras em torno da bacia do
Rio Grande, os agricultores ceramistas. Que ao contrário dos caçadores-coletores, eram grupos
sedentários, ou seja, escolhiam um lugar fixo para sua habitação e não migravam. Devido a seus
conhecimentos agrícolas, costumavam escolher locais abertos e extensos.
Os grupos de agricultores-ceramistas eram representados por três tradições arqueológicas: Tupiguarani,
Itararé e Aratu
Professor: Como contraposto aos
nômades, aqui podem ser citados
povos que foram sedentários, os
Egípcios por exemplo.
7. Cerâmicos
Os vestígios encontrados nos sítios arqueológicos de cerâmica,
como o próprio nome diz, eram compostos por pedaços de
peças de cerâmica, em alguns destes pedaços foi possível
observar a existência de decoração e pintura na cor
avermelhada. Estes vestígios estão ligados aos antigos grupos
indígenas agricultores-ceramistas, que ocuparam a região, há
muito tempo atrás.
Cerâmica é o nome que damos a técnica de produzir objetos de argila. Primeiramente os objetos
são moldados e em seguida são queimados, para que aquela massa pastosa cozinhe e se
solidifique. Essa técnica não foi utilizada somente por indígenas, até hoje vemos muitos objetos
feitos de cerâmica: vasos, telhas, enfeites, etc.
É um fragmento de borda, a manufatura em rolete, tratamento de superfície com alisamento externo, queima redutora, a cor da secção e da
superfície externo é marrom avermelhada, encontrado no sítio Jacu02.
Exemplo de fragmento cerâmico
coletado.
8. Os Indígenas Brasileiros hoje
Segundo o Censo do IBGE de 2010, o Brasil indígena é hoje composto por mais de 220 povos
contatados que falam mais de 180 línguas distintas, que se dividem em várias aldeias ao longo do
território brasileiro de norte a sul.
Nos dias atuais, algumas sociedades indígenas que vivem próximas às grandes cidades, já utilizam
diversos objetos do cotidiano das pessoas que moram em cidades, desde uma camiseta até um grande
computador e ainda assim lutam para preservar seus costumes e suas tradições.
E, você utiliza objetos indígenas?
Professor: Aqui seria interessante pedir
para que os alunos tentem se lembrar
de traços da cultura indígena ainda
está no nosso dia a dia, na culinária,
nos objetos de uso cotidiano, etc. Se
possível fazer na lousa um glossário de
acordo com as recordações tanto dos
alunos quanto do professor.