SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Baixar para ler offline
ÍndiceÍndice
O Programa de Pesquisa .......................................................................................................02
Apresentação.........................................................................................................................03
Patrimônio Cultural ..............................................................................................................05
O Patrimônio Cultural da Região do Rio Juruena .................................................................08
Patrimônio Arqueológico......................................................................................................09
O Trabalho do Arqueólogo ...................................................................................................10
Estudando o Sítio Arqueológico  ..........................................................................................11
Como é feita uma escavação ................................................................................................12
Arqueologia no Rio Juruena .................................................................................................14
O Laboratório de Arqueologia ..............................................................................................17
A nossa história ....................................................................................................................18
O Estado de Mato Grosso ....................................................................................................19
O Ciclo do Ouro.....................................................................................................................20
O Ciclo do café e da Borracha...............................................................................................21
Comissão Rondon ............................................................................................................... .22
Sapezal ..................................................................................................................................25
Campos de Júlio  ...................................................................................................................26
A Preservação do Patrimônio Cultural e dos Sítios Arqueológicos ..................................... 27
1
O Programa de Pesquisa...O Programa de Pesquisa...
Esta cartilha apresenta para vocês o resultado das pesquisas arqueológicas e históricas
desenvolvidas na área de oito Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) localizadas no vale do rio
Juruena, Estado do Mato Grosso.
Em cumprimento à legislação brasileira foram realizados estudos com o objetivo de registrar,
conhecer, preservar e valorizar o patrimônio pré‐colonial, histórico e cultural da região, ou seja,
a herança dos povos indígenas, dos colonizadores europeus, das comunidades tradicionais e de
nós mesmos.
Com isso você vai entender e descobrir um pouco do Patrimônio Cultural da sua região.
Boa Leitura!
2
Apresentação...Apresentação...
3
Olá! Meu nome é Zé Patrimônio, juntos faremos uma 
viagem ao mundo da arqueologia, mas antes de continuar 
eu gostaria de apresentar alguns amigos que nos ajudarão 
nessa aventura.  Vamos Lá!
Eu sou o Dudu, estou ansioso para 
embarcar nessa aventura! Temos 
muito o que pesquisar!
Sou a Maria 
Cultura, não vejo 
a hora de 
conhecer os 
patrimônios 
culturais e 
arqueológicos 
daqui!
O Programa de Pesquisa...O Programa de Pesquisa...
Em primeiro lugar, vamos nos localizar e ver onde ficam estas oito PCH’s do vale do rio Juruena. 
4
Patrimônio Cultural ...Patrimônio Cultural ...
Vamos começar a nossa aventura falando um pouco sobre o Patrimônio Cultural 
da sua região? Mas , afinal, o que é Patrimônio Cultural?
Quando ouvimos a palavra patrimônio logo imaginamos os bens que adquirimos ou
herdamos dos nossos pais, avós e parentes próximos, como uma casa, um automóvel, uma
propriedade rural, objetos pessoais, não é mesmo? 9.420.1206‐0
Nesse caso, estamos falando de um patrimônio muitas vezes de apego econômico, mas
não é só isso, temos também o Patrimônio Cultural.
O Patrimônio Cultural pode ser definido como um bem, uma herança ou um conjunto de
elementos a que damos valor e com os quais temos uma relação de identidade coletiva.
Você pode dizer que Patrimônio Cultural é tudo aquilo que se refere aos bens materiais e
imateriais que representam nossas ações, nossos costumes, crenças e memórias.
O Patrimônio Cultural é dividido em dois grupos: Patrimônio Material e Patrimônio
Imaterial.
5
Patrimônio Cultural...Patrimônio Cultural...
Mas, como eu descubro a diferença entre Patrimônio Imaterial e Patrimônio 
Material?
Muito fácil! O Patrimônio Material
compreende objetos, estruturas, entre
outras coisas materiais que possuem
algum valor para determinada
comunidade. Como:
o Utensílios domésticos;
o Acervos históricos;
o Núcleos urbanos;
o Sítios arqueológicos;
o Parques e jardins;
o Edifícios e casas.
Exemplo de cultura material: coleção 
de fragmentos cerâmicos do sítio 
arqueológico Rondon 4.
6
Patrimônio Cultural...Patrimônio Cultural...
E o Patrimônio Imaterial?
Compreende as heranças culturais e outras
manifestações referentes aos conhecimentos
tradicionais de uma comunidade, que são
igualmente importantes e também devem ser
preservadas. Veja exemplos:
o Histórias de vida, histórias de uma 
comunidade;
o Tradições e costumes que formam os 
“saberes populares”;
o Modos de criar, fazer e de viver;
o Contos, danças, músicas e folclore;
o Criações artísticas, culturais e tecnológicas.
Exemplo de Patrimônio Imaterial: 
dança típica amazônica  (Programa 
Arqueológico UHE Jirau/RO).
7
Patrimônio Cultural...Patrimônio Cultural...
Agora que  você já sabe o que é Patrimônio Cultural, contribua!
Compartilhe o seu conhecimento!! Em forma de vídeo, foto ou texto, conte um pouco mais sobre os 
patrimônios materiais e imateriais da sua região.
INSERIR
VÍDEO
INSERIR
VÍDEO
INSERIR
FOTO
INSERIR
FOTO
INSERIR
TEXTO
INSERIR
TEXTO
Dica do Zé Patrimônio: Os mais velhos são grande fonte de informações, sente‐se para ouvir uma 
história de seus pais, professores e avós! 8
O Patrimônio Cultural da Região doRio
Juruena...
O Patrimônio Cultural da Região doRio
Juruena...
Em Sapezal conhecemos o Senhor Nivaldo Bertollo, morador da cidade, que reuniu e preserva uma
coleção de materiais da Estação Telegráfica de Rondon. Segundo o Sr. Nivaldo, as peças foram
encontradas submersas no rio Juruena. Em sua coleção destacam‐se peças como cavadeiras, enxadão,
prato de alumínio, panela de ferro, roda de carroça, peças de bronzes para carroças, isolantes térmicos
para postes, entre vários outros.
Senhor Nivaldo Bertollo, morador da cidade de
Sapezal, com sua coleção de documentos sobre o
Marechal Cândido Rondon.
Arma tipo Colt 44, que o Sr. Nivaldo encontrou mergulhando
nas corredeiras do rio Juruena.
9
Patrimônio Arqueológico...Patrimônio Arqueológico...
Você já ouviu falar em Arqueologia? A arqueologia é uma ciência que estuda e procura entender as
diversas sociedades que habitaram a Terra ao longo dos tempos. Este estudo é realizado através da
localização dos vestígios materiais que essas sociedades deixaram. Ou seja, utensílios, ferramentas,
restos de alimentação, desenhos feitos em cavernas ou lajes de rocha e outros materiais servem
como pistas para que os arqueólogos entendam os costumes e culturas de cada sociedade.
O responsável por realizar estes estudos é o
arqueólogo. Ele integra uma equipe composta por
vários profissionais como geógrafos,
historiadores, antropólogos, entre outros.
As técnicas de trabalho do arqueólogo variam, de
acordo com o local e o objeto de estudo.
10
O Trabalho do Arqueólogo...
Durante as pesquisas arqueológicas existem diferentes etapas de trabalho. Vamos conhecer agora
um pouco de cada uma delas!
Encontrando o Sítio Arqueológico!
Antes de iniciar os trabalhos de campo é
preciso realizar um estudo da área que será
alvo da pesquisa. São desenvolvidos estudos
bibliográficos, análise de mapas, entre outros
estudos referentes à região. Com isso, o
arqueólogo define a área que será estudada, os
objetivos da pesquisa e os métodos de
investigação que irá utilizar. Depois começa o
percorrimento da área, anotando, registrando
e mapeando todo vestígio encontrado, e
entrevistando moradores da região atrás de
novas informações. Desta maneira são
cadastrados lugares que apresentam vestígios
de ocupação humana, chamados de sítios
arqueológicos.
11
Estudando o Sítio Arqueológico...Estudando o Sítio Arqueológico...
Após a localização de um sítio arqueológico inicia‐se o seu estudo. Para tanto, o arqueólogo conta
inicialmente com a ajuda de mapas, imagens de satélite e radares, e assim começa a investigação do
terreno. São marcadas e abertas sondagens para checar a existência de vestígios embaixo da terra,
deixados pelos povos que ali moraram. Estes sítios arqueológicos são então mapeados e depois se
iniciam novas etapas de pesquisa através de escavações.
Saiba Mais!!
Você sabe o que é um vestígio arqueológico?
Se procurar a palavra “vestígio” em um dicionário, você verá que significa:
sinal, pegada, marca ou rastro; sinal de uma coisa que aconteceu, de uma
pessoa que passou. E a palavra “material” se refere à matéria, ou seja, tudo
aquilo que conseguimos tocar, pegar. Por exemplo: ferramentas em pedra
lascada, uma antiga fogueira, fragmentos de vasilhas em cerâmica, restos de
construções, entre outras coisas.
12
Como é feita uma escavação?!
O que vem à sua mente quando lê a palavra escavação? Você pensa em fazer buracos? Se essa for a
sua ideia, teve um bom raciocínio, pois, no dicionário escavação significa cova, vala. Mas, em
arqueologia, o termo vai além de abrir uma cova. A escavação é sinônimo de investigação.
Quando é realizada uma escavação arqueológica, tudo é feito com muito cuidado e cada objeto
encontrado é registrado (em fichas de campo, desenhos e fotografias) para que, depois, se criem
hipóteses sobre os modos de vida dos grupos humanos que ali estiveram.
Saiba mais: tipos de sítio arqueológico
Já vimos que sítio arqueológico é o local onde
são encontrados os vestígios materiais
deixados por grupos humanos que passaram
por ali. Este local pode ter sido, por exemplo,
uma casa, um acampamento, um cemitério, ou
uma área de fabricação de ferramentas.
Os sítios arqueológicos são variados e
apresentam grandes diferenças entre si,
dependendo do tipo de ocupação que houve
no local. Um mesmo sítio pode apresentar
vestígios de várias ocupações, indicando que
diferentes povos estiveram naquele lugar, em
diferentes épocas. 13
Como é feita uma escavação?!
Estou analisando um vestígio que foi encontrado durante esta escavação, nas proximidades do
Rio Juruena! Vamos conhecer os outros artefatos encontrados por aqui?!
14
Arqueologia no Rio Juruena...
Agora que você já entendeu o que é Arqueologia e como é o trabalho dos arqueólogos, vamos ver um
pouco do que eles encontraram durante as pesquisas na região do Rio Juruena? Você vai perceber
como essas descobertas são importantes para entender a história da região que vivemos, e que
contribui para a história de nosso país.
Além de vestígios referentes às antigas populações indígenas, que habitaram a região séculos atrás, os
arqueólogos encontraram vestígios referentes à Linha Telegráfica implantada pela Expedição do
Marechal Cândido Rondon. Entre os materiais encontrados estavam fragmentos de ferro e esteios de
madeira, fechaduras de portas, fragmentos de artefatos de vidro, objetos de porcelana, além de
fragmentos cerâmicos.
15
Arqueologia no Rio Juruena...
Vestígios metálicos encontrados em superfície
nosítio arqueológico Juruena I.
Vestígios pertencentes à rede Telegráfica
detectados em superfície.
Objeto detectado no acampamento de Rondon,
de origem alemã.
Broche em formato de tesoura detectado no
sítio Juruena 06.
16
Arqueologia no Rio Juruena...
Depois de coletados, os vestígios
arqueológicos são limpos, inventariados,
estudados e guardados em laboratório.
Vamos ver como ocorre este procedimento?
Botões de fardamentos coletados no sítio
arqueológico Juruena 06.
Cápsulas de projéteis coletadas no sítio
arqueológico Juruena 06
Inscrições nas garrafas: “Laboratório
chimico pharmaceutico Militar Rio
de Janeiro”.
17
O Laboratório de Arqueologia...
Afinal, para onde vão as peças resgatadas, depois das escavações?
Os arqueólogos também necessitam de laboratórios para completar os estudos de suas
escavações. No caso da Arqueologia, o laboratório é o lugar para onde são enviados os vestígios e
materiais coletados. Ali todos os materiais são separados, de acordo com o local em que foram
encontrados, e recebem uma ficha de identificação, para facilitar a pesquisa.
Os materiais passam então por um processo de limpeza, identificação, catalogação e análise. A partir de
todo esse trabalho é possível fazer comparações e interpretações sobre as ocupações humanas que
estão sendo pesquisadas.
Existem diferentes especialistas que trabalham no laboratório de Arqueologia. Por exemplo,
especialistas em reconstituir objetos que, durante a pesquisa, são encontrados quebrados. Existem
também especialistas em analisar vestígios de plantas, ossos de animais, ossos humanos e muitos
outros tipos de objetos que são coletados nos sítios arqueológicos.
Análise do material cerâmico
(Programa Arqueológico UHE
Jirau/RO).
Curadoria do material arqueológico
(Programa Arqueológico UHE Jirau/RO).
Limpeza e restauro de material
arqueológico (Programa Arqueológico
UHE Jirau/RO).
18
A Nossa História...
Agora que já aprendemos um pouco sobre Arqueologia e Patrimônio Cultural, vamos
conhecer um pouco mais sobre a história do Estado do Mato Grosso. Assim poderemos
entender melhor os achados arqueológicos da região.
19
O Estado do Mato Grosso...
O Estado do Mato Grosso está localizado na região Centro‐Oeste brasileira. Foi ocupado por diferentes
grupos indígenas desde pelo menos 15.000 anos atrás! Há cerca de 400 anos atrás (ou seja, no final do
século XVI d.C.) os colonizadores portugueses liderados por André Leão e Nicolau Barreto, movidos
pelas chamadas bandeiras, alcançaram esta região vindos de São Paulo. Tinham como objetivo
explorar novos territórios.
Saiba Mais!!
Os bandeirantes eram desbravadores do
território brasileiro. Suas expedições
eram chamadas de bandeiras, que
tinham como objetivo a procura de ouro
e outros metais ou pedras preciosas.
Além disto capturavam indígenas para
uso como mão de obra escrava.
20
O Ciclo do Ouro...
Em 1717 o bandeirante Paschoal Moreira Cabral Leme alcançou um afluente do rio Cuiabá,
denominado “Coxipó”, e ali descobriu ouro. Um ano mais tarde o bandeirante Antônio Pires de
Campos, também explorando o rio Cuiabá, descobre novas minas de ouro.
A mineração mato‐grossense trouxe a expansão territorial e demográfica, transformando aquela
região em um promissor mercado colonial.
No ano de 1737, com as lavras esgotadas, os mineradores se deslocaram para as recém descobertas
“Minas de São Francisco Xavier” ou “Minas de Mato Grosso”.
Para saber mais sobre os 
bandeirantes, clique em 
seus nomes!
21
D1
D2
Slide 21
D1 Paschoal Moreira Cabral Leme
(Sorocaba, 1654 - Cuiabá, 1730) foi um bandeirante natural de São Paulo do século XVIII que acabou por encontrar ouro na região onde hoje
é a cidade de Cuiabá. Tinha mais de 60 anos ao descobrir o ouro no que seria Mato Grosso. Fundou Cuiabá em 1719. Contemporâneos desta
data foram as bandeiras de Luís Pedroso de Barros e Antônio Pedroso de Barros e de Artur Pais de Barros e Fernão Pais de Barros. Mais tarde,
os bandeirantes fundaram a vila de Nossa Senhora do Parto (hoje, Diamantino), mais para o oeste de Mato Grosso, e os Pedroso de Barros
foram às fronteiras do Peru.
DOCPP; 04/04/2013
D2 Antônio Pires de Campos
Filho de Manuel de Campos Bicudo,cresceu acompanhando as jornadas sertanejas de seu pai, Pires de Campos teria catorze anos de idade,
quando teria avistado em uma das bandeiras de seu pai, pela primeira e última vez, a Serra dos Martírios. Juntamente com a bandeira de
Bartolomeu Bueno da Silva, o velho 'Anhanguera', Antônio Pires de Campos - Conhecido posteriormente como "PayPirá"
DOCPP; 05/04/2013
O Ciclo do Café e da Borracha...
O ciclo do ouro caiu em declínio no final do século XIX, aprofundando ainda mais a crise econômica
portuguesa e a crise de todo o sistema colonial. Contudo, a partir de 1830 a economia brasileira foi
impulsionada pela atividade cafeeira, que a recuperou rapidamente. Em 1884 inicia‐se também a
extração da borracha e na década seguinte o Brasil viveu o auge do extrativismo de ‘látex’ que ocupou o
2º lugar na pauta de exportações da República, perdendo unicamente para o café.
Saiba Mais!
A região norte do Brasil foi a grande produtora de borracha
devido à abundância da árvore seringueira (planta de onde
é extraído o látex )na região.
Látex é o nome do líquido existente nas plantas ditas
‘laticíferas’ e é colhido através de cortes feitos no tronco,
pelos quais o líquido escorre. O látex pode ser incolor,
amarelo, alaranjado, vermelho e, mais comumente, branco.
Este líquido é utilizado para a fabricação de borracha,
matéria prima para a fabricação de pneus, solas de sapato e
diversas coisas mais.
22
Comissão Rondon...
O que foi conhecido como “Comissão Rondon” foram várias expedições que avançaram pelo
interior brasileiro com um caráter político, ideológico e econômico. Seu principal objetivo era
ocupar definitivamente o território brasileiro, realizando o reconhecimento geográfico, botânico e
mineralógico das regiões por que passou. A Comissão Rondon destinava‐se também a implantar
uma linha telegráfica que ligasse Cuiabá, no Estado do Mato Grosso, até Santo Antonio do Madeira,
no Estado de Rondônia.
O grande desafio da Comissão Rondon era contatar e estabelecer um tipo de relacionamento com
os grupos indígenas que habitavam estas regiões. Foi criado então, em 1910, o SPILTN que, em
1918, foi transformado em SPI. O objetivo então era incluir as sociedades indígenas na sociedade
nacional e transformar seus integrantes em trabalhadores.
Saiba Mais!!
O SPILTN (Serviço de Proteção ao Índio e Localização de
Trabalhadores Nacionais), dirigido por Cândido Rondon
em 1918 passa a se chamar apenas SPI (Serviço de
Proteção aos Índios), pois a parte referente à
“localização de trabalhadores nacionais” passa a ser
trabalho do Serviço de Povoamento do Solo, vinculado
ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
23
Comissão Rondon...
O território de Campo Novo dos Parecís foi trabalhado em duas direções pelos serviços de linha
telegráfica: uma para oeste, que se dirigiu para Utiariti e Juruena, e outra para leste, em busca de
Capanema e Ponte de Pedra. Assim, em 1907 a Comissão Rondon entrou em contato com os povos
indígenas Paresí e Nambikwara.
Sabe‐se que a Comissão Rondon inaugurou um novo cenário na história do contato com grupos
indígenas no Mato Grosso e, particularmente, com os Paresí, população mais diretamente envolvida
na instalação e conservação das linhas do telégrafo. Aldeias inteiras migraram atraídas pelas linhas
telegráficas. Infelizmente, esse contato trouxe diversas complicações como epidemias, ataques de
tribos inimigas e invasões de seringueiros.
O território de Campo Novo dos Parecís foi trabalhado em duas direções pelos serviços de linha
telegráfica: uma para oeste, que se dirigiu para Utiariti e Juruena, e outra para leste, em busca de
Capanema e Ponte de Pedra. Assim, em 1907 a Comissão Rondon entrou em contato com os povos
indígenas Paresí e Nambikwara.
Sabe‐se que a Comissão Rondon inaugurou um novo cenário na história do contato com grupos
indígenas no Mato Grosso e, particularmente, com os Paresí, população mais diretamente envolvida
na instalação e conservação das linhas do telégrafo. Aldeias inteiras migraram atraídas pelas linhas
telegráficas. Infelizmente, esse contato trouxe diversas complicações como epidemias, ataques de
tribos inimigas e invasões de seringueiros.
Você Sabia?
Que uma das preocupações do governo brasileiro por
volta de 1907 era promover a integração entre as
regiões do vale do Madeira e as áreas mais
desenvolvidas do país, visto que a porção norte do
Brasil ganhava grande impulso devido à demanda da
borracha.
As linhas telegráficas, ligando a região do rio Madeira a
Cuiabá, foram instaladas entre 1907 e 1915.
24
Comissão Rondon...
Você sabe quem foi o Marechal Rondon?
Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu no Mato 
Grosso em 1865. Era descendente de índios Guató, 
Terena e Bororo. O fato de ter ficado órfão muito jovem 
e existirem poucas oportunidades de trabalho a negros e 
indígenas fez com que Rondon se mudasse para o Rio de 
Janeiro, onde pôde cursar a Escola Militar da Praia 
Vermelha e construir uma sólida carreira no exército 
brasileiro. 
No momento de instalação do telégrafo na região norte 
do Brasil, Rondon ficou responsável por integrar as 
comunidades locais a esse processo. Assumiu como 
estratégia básica a educação nos moldes das escolas 
públicas estaduais e a separação dos grupos indígenas 
em assentamentos diversos, o que contribuiu para a 
desintegração das culturas locais. 
Quando faleceu, em 1958, Rondon havia sido indicado
pelo governo brasileiro de Juscelino Kubitschek ao
Prêmio Nobel da Paz. Marechal Rondon (à direita) e Theodore Roosevelt  
(de chapéu) em foto de expedição em 1914.  25
Sapezal...
Com o passar dos anos, o contexto histórico de ocupação do médio/baixo curso do Rio Juruena
mostra o surgimento, na década de 1970, do povoado que hoje constitui o município de Sapezal.
Nesta época, a área estava cortada por fazendas que ficavam entre 40 e 100 km longe uma da outra
e as estradas não eram mais do que simples piquetes abertos no cerrado pelos próprios colonos. A
formação deste núcleo urbano surgiu de uma proposta de colonização do Grupo Maggi, que teria
dado o nome à cidade em referência ao rio Sapezal. A atual zona urbana do município começou a
ser povoada apenas em 1987 com a abertura da rodovia MT‐235 (Estrada Nova Fronteira) e do
Loteamento da Sapezal Agrícola. Em 1992, quando Sapezal era ainda Distrito do Município de
Campo Novo dos Parecis, um grupo de amigos fundou o Centro de Tradição Gaúcha “Chama da
Tradição”, procurando manter vivo os costumes do sul do Brasil, sua terra natal. Sapezal foi
emancipada a município em 19 de setembro de 1994.
Você Sabia!?
Que o nome Sapezal vem de um termo de origem Tupi:
“ssa’pé: o que alumia + al sufixo que designa quantidade.
Sapé é uma espécie de capim da família das gramíneas,
conhecida pela por ser muito usada na cobertura de
telhados. É ainda um capim brilhante, que ilumina, que
“lumia”. Assim, Sapezal designa “lugar de muito sapé”.
26
Campos de Júlio...
Já o município de Campos de Júlio que, assim como Sapezal, também está na área das Pequenas
Centrais Hidrelétricas construídas no rio Juruena, é um dos mais novos municípios do Estado de
Mato Grosso. Foi criado em 28 de novembro de 1994. O nome Campos de Júlio seria resultado de
um conjunto de fatores, entre eles o fato da paisagem da região ser composta por campos de terras
férteis, além do fato de sua colonização ter acontecido no mês de Julho e porque, na época, o Estado
do Mato Grosso era governado por Júlio Campos.
A origem do município se deu durante a década de 1980, quando muitas famílias que moravam em
estados da região sul do Brasil migraram para Campos Júlio, atraídos pelas terras férteis para a
produção agrícola. Estas famílias ajudaram no povoamento da região construindo casas, pontes,
estradas, mercados e escolas. Hoje Campos de Júlio é um próspero município do Mato Grosso.
Um dos principais colonizadores da região foi o senhor
Valdir Masutti que saiu do estado do Paraná, onde morava,
para viver na região. Ele construiu casas, uma capela, uma
escola, o mercado pioneiro e a subprefeitura.
27
A preservação do Patrimônio Cultural e dos sítios
arqueológicos...
Todos os sítios arqueológicos são protegidos por lei e é proibido destruí‐los ou retirar seus objetos, o que 
é considerado um crime contra o Patrimônio Nacional. Assim, caso um dia você encontre um sítio 
arqueológico, pode, e muito, ajudar na sua preservação. 
Você pode ajudar!!
• Em primeiro lugar, é muito importante não recolher e nem retirar os objetos, pois para a pesquisa 
arqueológica é fundamental conhecer o local em que eles foram encontrados; 
• Em segundo lugar, não cave, remova a terra ou retire a vegetação, não escreva ou desenhe sobre a 
arte rupestre e não jogue lixo na região; 
• Por fim, conte a um adulto sobre sua descoberta, para que ele possa avisar o órgão responsável pela 
preservação do sítio arqueológico. Existem órgãos responsáveis na Prefeitura Municipal, no Estado e 
na Federação. 
28
A preservação do Patrimônio Cultural e dos sítios
arqueológicos...
Devemos também respeitar as manifestações e os bens de patrimônio material e imaterial, como
vimos ao longo desta Cartilha. Destruir ou perder este Patrimônio é apagar da memória uma parte de
nossa história e de nossas raízes. Todos estes testemunhos constituem a herança cultural que nossos
antepassados deixaram e que continua viva em nossas vidas.
Assim, cada um de nós integra o Patrimônio Cultural de uma região e de uma nação, desde o dia em
que nascemos. Por isso, para fazer a pesquisa na região do Rio Juruena foi preciso contar com o
conhecimento e a ajuda de muitas pessoas da região. Ajude na preservação do Patrimônio Cultural
brasileiro, que é de cada um de nós.
Contamos com vocês !!
29
Ficha Técnica
Equipe de produção da Cartilha: 
Coordenação Geral 
L.D. Dra. Erika M. Robrahn‐González ‐
Arqueóloga, Antropóloga e Historiadora 
Desenvolvimento de Conteúdo 
Camila Gobbo ‐ Historiadora 
Fernanda Baigan ‐ Geógrafa
Larissa Castro – Historiadora
Revisão Pedagógica
Carmem M. Brugener – Pedagoga e Engenheira 
Agrônoma
Revisão Ortográfica 
Cléber Mendonça – Bacharel em Letras
Editoração e Arte Final 
Revisão Científica
Ms Gerson Levi‐Lazzaris – Historiador e 
Arqueólogo
30
Ficha Técnica
Equipe do Projeto: 
Coordenação Geral 
L.D. Dra. Erika M. Robrahn‐González ‐
Arqueóloga, Antropóloga e Historiadora 
31
Cartilha Patrimonial PCH´s do Rio Juruena

Mais conteúdo relacionado

Destaque

de la reforma a la república
de la reforma a la república de la reforma a la república
de la reforma a la república ERASMO PEREZ
 
New year reminder17
New year reminder17New year reminder17
New year reminder17sdembowski
 
Il cliente smarca il brand. Costruire senso e comunicare valore
Il cliente smarca il brand. Costruire senso e comunicare valoreIl cliente smarca il brand. Costruire senso e comunicare valore
Il cliente smarca il brand. Costruire senso e comunicare valoreOficina d'impresa
 
Evaluation question 5
Evaluation question 5Evaluation question 5
Evaluation question 5eviewiseman
 
Prospek ukm dalam perdagangan bebas
Prospek ukm dalam perdagangan bebasProspek ukm dalam perdagangan bebas
Prospek ukm dalam perdagangan bebasLutfiyah Siti
 
Digipak Amendments
Digipak AmendmentsDigipak Amendments
Digipak AmendmentsMaisie Buck
 
RESUMEN EL FEO
RESUMEN EL FEORESUMEN EL FEO
RESUMEN EL FEOerika3105
 
Encuestas psicología del adolescente .
Encuestas psicología del adolescente . Encuestas psicología del adolescente .
Encuestas psicología del adolescente . Akary Ruiz
 
Peranan sektor pertanian
Peranan sektor pertanianPeranan sektor pertanian
Peranan sektor pertanianLutfiyah Siti
 
Fpb comunicacion y sociedad ii ud01
Fpb comunicacion y sociedad ii ud01Fpb comunicacion y sociedad ii ud01
Fpb comunicacion y sociedad ii ud01piraarnedo
 

Destaque (17)

de la reforma a la república
de la reforma a la república de la reforma a la república
de la reforma a la república
 
New year reminder17
New year reminder17New year reminder17
New year reminder17
 
Beimco introduction
Beimco introductionBeimco introduction
Beimco introduction
 
Il cliente smarca il brand. Costruire senso e comunicare valore
Il cliente smarca il brand. Costruire senso e comunicare valoreIl cliente smarca il brand. Costruire senso e comunicare valore
Il cliente smarca il brand. Costruire senso e comunicare valore
 
Programa
ProgramaPrograma
Programa
 
Evaluation question 5
Evaluation question 5Evaluation question 5
Evaluation question 5
 
Prospek ukm dalam perdagangan bebas
Prospek ukm dalam perdagangan bebasProspek ukm dalam perdagangan bebas
Prospek ukm dalam perdagangan bebas
 
Digipak Amendments
Digipak AmendmentsDigipak Amendments
Digipak Amendments
 
La ciencia
La cienciaLa ciencia
La ciencia
 
RESUMEN EL FEO
RESUMEN EL FEORESUMEN EL FEO
RESUMEN EL FEO
 
Encuestas psicología del adolescente .
Encuestas psicología del adolescente . Encuestas psicología del adolescente .
Encuestas psicología del adolescente .
 
ganaderia
ganaderiaganaderia
ganaderia
 
formacio impressions
formacio impressionsformacio impressions
formacio impressions
 
Tema 2: Las primeras civilizaciones fluviales
Tema 2: Las primeras civilizaciones fluvialesTema 2: Las primeras civilizaciones fluviales
Tema 2: Las primeras civilizaciones fluviales
 
Peranan sektor pertanian
Peranan sektor pertanianPeranan sektor pertanian
Peranan sektor pertanian
 
El MéTodo SocioméTrico
El MéTodo SocioméTricoEl MéTodo SocioméTrico
El MéTodo SocioméTrico
 
Fpb comunicacion y sociedad ii ud01
Fpb comunicacion y sociedad ii ud01Fpb comunicacion y sociedad ii ud01
Fpb comunicacion y sociedad ii ud01
 

Semelhante a Cartilha Patrimonial PCH´s do Rio Juruena

Métodos de pesquisa em patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
Métodos de pesquisa em patrimônio cultural - Projeto AripuanãMétodos de pesquisa em patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
Métodos de pesquisa em patrimônio cultural - Projeto AripuanãErika Marion Robrahn-González
 
Inventario participativo em patrimonio cultural imaterial
Inventario participativo em patrimonio cultural imaterialInventario participativo em patrimonio cultural imaterial
Inventario participativo em patrimonio cultural imaterialMusantoso
 
CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PR...
CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PR...CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PR...
CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PR...Jessica Amaral
 
Princípios básicos da Museologiaaaaaaaaa
Princípios básicos da MuseologiaaaaaaaaaPrincípios básicos da Museologiaaaaaaaaa
Princípios básicos da MuseologiaaaaaaaaaEdinaldodosSantos8
 
Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural
Dicionário IPHAN de Patrimônio CulturalDicionário IPHAN de Patrimônio Cultural
Dicionário IPHAN de Patrimônio Culturalcultcultura
 
Antropologia dos objetos_v41
Antropologia dos objetos_v41Antropologia dos objetos_v41
Antropologia dos objetos_v41António Nhaposse
 
Projeto Trancoso
Projeto TrancosoProjeto Trancoso
Projeto TrancosoJozi Mares
 

Semelhante a Cartilha Patrimonial PCH´s do Rio Juruena (20)

Manual do inrc
Manual do inrcManual do inrc
Manual do inrc
 
Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão Professor
Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão ProfessorBacia do Rio Grande Aula 2 Versão Professor
Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão Professor
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 2 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê -  Aula 2 - Versão ProfessorBacia do Rio Tietê -  Aula 2 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê - Aula 2 - Versão Professor
 
Fundamentos interdisciplinares de arqueologia
Fundamentos interdisciplinares de arqueologia Fundamentos interdisciplinares de arqueologia
Fundamentos interdisciplinares de arqueologia
 
Bacia do Rio Pardo- Aula 2 - Versão Professor
Bacia do Rio Pardo-  Aula 2 - Versão ProfessorBacia do Rio Pardo-  Aula 2 - Versão Professor
Bacia do Rio Pardo- Aula 2 - Versão Professor
 
03 Ebook - Patrimônio Cultural
03 Ebook - Patrimônio Cultural03 Ebook - Patrimônio Cultural
03 Ebook - Patrimônio Cultural
 
Kit Jovens
Kit JovensKit Jovens
Kit Jovens
 
02 Ebook - Métodos de Estudo Arqueológico
02 Ebook - Métodos de Estudo Arqueológico02 Ebook - Métodos de Estudo Arqueológico
02 Ebook - Métodos de Estudo Arqueológico
 
Métodos de pesquisa em patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
Métodos de pesquisa em patrimônio cultural - Projeto AripuanãMétodos de pesquisa em patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
Métodos de pesquisa em patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
 
Métodos de estudo arqueológico - Projeto Aripuanã
Métodos de estudo arqueológico - Projeto AripuanãMétodos de estudo arqueológico - Projeto Aripuanã
Métodos de estudo arqueológico - Projeto Aripuanã
 
Inventario participativo em patrimonio cultural imaterial
Inventario participativo em patrimonio cultural imaterialInventario participativo em patrimonio cultural imaterial
Inventario participativo em patrimonio cultural imaterial
 
CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PR...
CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PR...CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PR...
CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PR...
 
Patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
Patrimônio cultural -  Projeto AripuanãPatrimônio cultural -  Projeto Aripuanã
Patrimônio cultural - Projeto Aripuanã
 
Princípios básicos da Museologiaaaaaaaaa
Princípios básicos da MuseologiaaaaaaaaaPrincípios básicos da Museologiaaaaaaaaa
Princípios básicos da Museologiaaaaaaaaa
 
Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural
Dicionário IPHAN de Patrimônio CulturalDicionário IPHAN de Patrimônio Cultural
Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural
 
Antropologia dos objetos_v41
Antropologia dos objetos_v41Antropologia dos objetos_v41
Antropologia dos objetos_v41
 
Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão Aluno
Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão AlunoBacia do Rio Grande Aula 2 Versão Aluno
Bacia do Rio Grande Aula 2 Versão Aluno
 
Bacia do Rio Pardo- Aula 2 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo-  Aula 2 - Versão AlunoBacia do Rio Pardo-  Aula 2 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo- Aula 2 - Versão Aluno
 
Projeto Trancoso
Projeto TrancosoProjeto Trancoso
Projeto Trancoso
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 2 - Versão Aluno
Bacia do Rio Tietê -  Aula 2 - Versão AlunoBacia do Rio Tietê -  Aula 2 - Versão Aluno
Bacia do Rio Tietê - Aula 2 - Versão Aluno
 

Mais de Erika Marion Robrahn-González

Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Eduardo Staudt
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Eduardo StaudtApresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Eduardo Staudt
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Eduardo StaudtErika Marion Robrahn-González
 
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Felipe Sobral
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Felipe SobralApresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Felipe Sobral
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Felipe SobralErika Marion Robrahn-González
 
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Marrian Rodrigues
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Marrian RodriguesApresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Marrian Rodrigues
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Marrian RodriguesErika Marion Robrahn-González
 
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Erika González
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Erika GonzálezApresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Erika González
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Erika GonzálezErika Marion Robrahn-González
 
Cartilha Patrimonial do Programa Embraport, Santos, SP
Cartilha Patrimonial do Programa Embraport, Santos, SPCartilha Patrimonial do Programa Embraport, Santos, SP
Cartilha Patrimonial do Programa Embraport, Santos, SPErika Marion Robrahn-González
 

Mais de Erika Marion Robrahn-González (20)

Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Eduardo Staudt
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Eduardo StaudtApresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Eduardo Staudt
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Eduardo Staudt
 
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Felipe Sobral
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Felipe SobralApresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Felipe Sobral
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Felipe Sobral
 
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Marrian Rodrigues
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Marrian RodriguesApresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Marrian Rodrigues
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Marrian Rodrigues
 
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Erika González
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Erika GonzálezApresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Erika González
Apresentação do Workshop Colaborativo com Professores - Erika González
 
O que é arqueologia - Projeto Aripuanã
O que é arqueologia - Projeto AripuanãO que é arqueologia - Projeto Aripuanã
O que é arqueologia - Projeto Aripuanã
 
Cartilha Patrimonial Aqwa Corporate
Cartilha Patrimonial Aqwa CorporateCartilha Patrimonial Aqwa Corporate
Cartilha Patrimonial Aqwa Corporate
 
Cartilha Patrimonial Seropédica
Cartilha Patrimonial SeropédicaCartilha Patrimonial Seropédica
Cartilha Patrimonial Seropédica
 
Cartilha Patrimonial PCH Bocaiúva
Cartilha Patrimonial PCH BocaiúvaCartilha Patrimonial PCH Bocaiúva
Cartilha Patrimonial PCH Bocaiúva
 
Cartilha Patrimonial da Baía de Santos
Cartilha Patrimonial da Baía de SantosCartilha Patrimonial da Baía de Santos
Cartilha Patrimonial da Baía de Santos
 
Cartilha Patrimonial do Metropolitano de São Paulo
Cartilha Patrimonial do Metropolitano de São PauloCartilha Patrimonial do Metropolitano de São Paulo
Cartilha Patrimonial do Metropolitano de São Paulo
 
Cartilha Patrimonial do Programa Embraport, Santos, SP
Cartilha Patrimonial do Programa Embraport, Santos, SPCartilha Patrimonial do Programa Embraport, Santos, SP
Cartilha Patrimonial do Programa Embraport, Santos, SP
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 4 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê -  Aula 4 - Versão ProfessorBacia do Rio Tietê -  Aula 4 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê - Aula 4 - Versão Professor
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 4 - Versão Aluno
Bacia do Rio Tietê -  Aula 4 - Versão AlunoBacia do Rio Tietê -  Aula 4 - Versão Aluno
Bacia do Rio Tietê - Aula 4 - Versão Aluno
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 3 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê -  Aula 3 - Versão ProfessorBacia do Rio Tietê -  Aula 3 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê - Aula 3 - Versão Professor
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 3 - Versão Aluno
Bacia do Rio Tietê -  Aula 3 - Versão AlunoBacia do Rio Tietê -  Aula 3 - Versão Aluno
Bacia do Rio Tietê - Aula 3 - Versão Aluno
 
Bacia do Rio Tietê - Aula 1 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê -  Aula 1 - Versão ProfessorBacia do Rio Tietê -  Aula 1 - Versão Professor
Bacia do Rio Tietê - Aula 1 - Versão Professor
 
Bacia do Rio Pardo- Aula 4 - Versão Professor
Bacia do Rio Pardo-  Aula 4 - Versão ProfessorBacia do Rio Pardo-  Aula 4 - Versão Professor
Bacia do Rio Pardo- Aula 4 - Versão Professor
 
Bacia do Rio Pardo- Aula 4 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo-  Aula 4 - Versão AlunoBacia do Rio Pardo-  Aula 4 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo- Aula 4 - Versão Aluno
 
Bacia do Rio Pardo- Aula 3 - Versão Professor
Bacia do Rio Pardo-  Aula 3 - Versão ProfessorBacia do Rio Pardo-  Aula 3 - Versão Professor
Bacia do Rio Pardo- Aula 3 - Versão Professor
 
Bacia do Rio Pardo- Aula 3 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo-  Aula 3 - Versão AlunoBacia do Rio Pardo-  Aula 3 - Versão Aluno
Bacia do Rio Pardo- Aula 3 - Versão Aluno
 

Último

Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 

Último (20)

Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 

Cartilha Patrimonial PCH´s do Rio Juruena

  • 1.
  • 2. ÍndiceÍndice O Programa de Pesquisa .......................................................................................................02 Apresentação.........................................................................................................................03 Patrimônio Cultural ..............................................................................................................05 O Patrimônio Cultural da Região do Rio Juruena .................................................................08 Patrimônio Arqueológico......................................................................................................09 O Trabalho do Arqueólogo ...................................................................................................10 Estudando o Sítio Arqueológico  ..........................................................................................11 Como é feita uma escavação ................................................................................................12 Arqueologia no Rio Juruena .................................................................................................14 O Laboratório de Arqueologia ..............................................................................................17 A nossa história ....................................................................................................................18 O Estado de Mato Grosso ....................................................................................................19 O Ciclo do Ouro.....................................................................................................................20 O Ciclo do café e da Borracha...............................................................................................21 Comissão Rondon ............................................................................................................... .22 Sapezal ..................................................................................................................................25 Campos de Júlio  ...................................................................................................................26 A Preservação do Patrimônio Cultural e dos Sítios Arqueológicos ..................................... 27 1
  • 3. O Programa de Pesquisa...O Programa de Pesquisa... Esta cartilha apresenta para vocês o resultado das pesquisas arqueológicas e históricas desenvolvidas na área de oito Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) localizadas no vale do rio Juruena, Estado do Mato Grosso. Em cumprimento à legislação brasileira foram realizados estudos com o objetivo de registrar, conhecer, preservar e valorizar o patrimônio pré‐colonial, histórico e cultural da região, ou seja, a herança dos povos indígenas, dos colonizadores europeus, das comunidades tradicionais e de nós mesmos. Com isso você vai entender e descobrir um pouco do Patrimônio Cultural da sua região. Boa Leitura! 2
  • 5. O Programa de Pesquisa...O Programa de Pesquisa... Em primeiro lugar, vamos nos localizar e ver onde ficam estas oito PCH’s do vale do rio Juruena.  4
  • 6. Patrimônio Cultural ...Patrimônio Cultural ... Vamos começar a nossa aventura falando um pouco sobre o Patrimônio Cultural  da sua região? Mas , afinal, o que é Patrimônio Cultural? Quando ouvimos a palavra patrimônio logo imaginamos os bens que adquirimos ou herdamos dos nossos pais, avós e parentes próximos, como uma casa, um automóvel, uma propriedade rural, objetos pessoais, não é mesmo? 9.420.1206‐0 Nesse caso, estamos falando de um patrimônio muitas vezes de apego econômico, mas não é só isso, temos também o Patrimônio Cultural. O Patrimônio Cultural pode ser definido como um bem, uma herança ou um conjunto de elementos a que damos valor e com os quais temos uma relação de identidade coletiva. Você pode dizer que Patrimônio Cultural é tudo aquilo que se refere aos bens materiais e imateriais que representam nossas ações, nossos costumes, crenças e memórias. O Patrimônio Cultural é dividido em dois grupos: Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial. 5
  • 7. Patrimônio Cultural...Patrimônio Cultural... Mas, como eu descubro a diferença entre Patrimônio Imaterial e Patrimônio  Material? Muito fácil! O Patrimônio Material compreende objetos, estruturas, entre outras coisas materiais que possuem algum valor para determinada comunidade. Como: o Utensílios domésticos; o Acervos históricos; o Núcleos urbanos; o Sítios arqueológicos; o Parques e jardins; o Edifícios e casas. Exemplo de cultura material: coleção  de fragmentos cerâmicos do sítio  arqueológico Rondon 4. 6
  • 8. Patrimônio Cultural...Patrimônio Cultural... E o Patrimônio Imaterial? Compreende as heranças culturais e outras manifestações referentes aos conhecimentos tradicionais de uma comunidade, que são igualmente importantes e também devem ser preservadas. Veja exemplos: o Histórias de vida, histórias de uma  comunidade; o Tradições e costumes que formam os  “saberes populares”; o Modos de criar, fazer e de viver; o Contos, danças, músicas e folclore; o Criações artísticas, culturais e tecnológicas. Exemplo de Patrimônio Imaterial:  dança típica amazônica  (Programa  Arqueológico UHE Jirau/RO). 7
  • 10. O Patrimônio Cultural da Região doRio Juruena... O Patrimônio Cultural da Região doRio Juruena... Em Sapezal conhecemos o Senhor Nivaldo Bertollo, morador da cidade, que reuniu e preserva uma coleção de materiais da Estação Telegráfica de Rondon. Segundo o Sr. Nivaldo, as peças foram encontradas submersas no rio Juruena. Em sua coleção destacam‐se peças como cavadeiras, enxadão, prato de alumínio, panela de ferro, roda de carroça, peças de bronzes para carroças, isolantes térmicos para postes, entre vários outros. Senhor Nivaldo Bertollo, morador da cidade de Sapezal, com sua coleção de documentos sobre o Marechal Cândido Rondon. Arma tipo Colt 44, que o Sr. Nivaldo encontrou mergulhando nas corredeiras do rio Juruena. 9
  • 11. Patrimônio Arqueológico...Patrimônio Arqueológico... Você já ouviu falar em Arqueologia? A arqueologia é uma ciência que estuda e procura entender as diversas sociedades que habitaram a Terra ao longo dos tempos. Este estudo é realizado através da localização dos vestígios materiais que essas sociedades deixaram. Ou seja, utensílios, ferramentas, restos de alimentação, desenhos feitos em cavernas ou lajes de rocha e outros materiais servem como pistas para que os arqueólogos entendam os costumes e culturas de cada sociedade. O responsável por realizar estes estudos é o arqueólogo. Ele integra uma equipe composta por vários profissionais como geógrafos, historiadores, antropólogos, entre outros. As técnicas de trabalho do arqueólogo variam, de acordo com o local e o objeto de estudo. 10
  • 12. O Trabalho do Arqueólogo... Durante as pesquisas arqueológicas existem diferentes etapas de trabalho. Vamos conhecer agora um pouco de cada uma delas! Encontrando o Sítio Arqueológico! Antes de iniciar os trabalhos de campo é preciso realizar um estudo da área que será alvo da pesquisa. São desenvolvidos estudos bibliográficos, análise de mapas, entre outros estudos referentes à região. Com isso, o arqueólogo define a área que será estudada, os objetivos da pesquisa e os métodos de investigação que irá utilizar. Depois começa o percorrimento da área, anotando, registrando e mapeando todo vestígio encontrado, e entrevistando moradores da região atrás de novas informações. Desta maneira são cadastrados lugares que apresentam vestígios de ocupação humana, chamados de sítios arqueológicos. 11
  • 13. Estudando o Sítio Arqueológico...Estudando o Sítio Arqueológico... Após a localização de um sítio arqueológico inicia‐se o seu estudo. Para tanto, o arqueólogo conta inicialmente com a ajuda de mapas, imagens de satélite e radares, e assim começa a investigação do terreno. São marcadas e abertas sondagens para checar a existência de vestígios embaixo da terra, deixados pelos povos que ali moraram. Estes sítios arqueológicos são então mapeados e depois se iniciam novas etapas de pesquisa através de escavações. Saiba Mais!! Você sabe o que é um vestígio arqueológico? Se procurar a palavra “vestígio” em um dicionário, você verá que significa: sinal, pegada, marca ou rastro; sinal de uma coisa que aconteceu, de uma pessoa que passou. E a palavra “material” se refere à matéria, ou seja, tudo aquilo que conseguimos tocar, pegar. Por exemplo: ferramentas em pedra lascada, uma antiga fogueira, fragmentos de vasilhas em cerâmica, restos de construções, entre outras coisas. 12
  • 14. Como é feita uma escavação?! O que vem à sua mente quando lê a palavra escavação? Você pensa em fazer buracos? Se essa for a sua ideia, teve um bom raciocínio, pois, no dicionário escavação significa cova, vala. Mas, em arqueologia, o termo vai além de abrir uma cova. A escavação é sinônimo de investigação. Quando é realizada uma escavação arqueológica, tudo é feito com muito cuidado e cada objeto encontrado é registrado (em fichas de campo, desenhos e fotografias) para que, depois, se criem hipóteses sobre os modos de vida dos grupos humanos que ali estiveram. Saiba mais: tipos de sítio arqueológico Já vimos que sítio arqueológico é o local onde são encontrados os vestígios materiais deixados por grupos humanos que passaram por ali. Este local pode ter sido, por exemplo, uma casa, um acampamento, um cemitério, ou uma área de fabricação de ferramentas. Os sítios arqueológicos são variados e apresentam grandes diferenças entre si, dependendo do tipo de ocupação que houve no local. Um mesmo sítio pode apresentar vestígios de várias ocupações, indicando que diferentes povos estiveram naquele lugar, em diferentes épocas. 13
  • 15. Como é feita uma escavação?! Estou analisando um vestígio que foi encontrado durante esta escavação, nas proximidades do Rio Juruena! Vamos conhecer os outros artefatos encontrados por aqui?! 14
  • 16. Arqueologia no Rio Juruena... Agora que você já entendeu o que é Arqueologia e como é o trabalho dos arqueólogos, vamos ver um pouco do que eles encontraram durante as pesquisas na região do Rio Juruena? Você vai perceber como essas descobertas são importantes para entender a história da região que vivemos, e que contribui para a história de nosso país. Além de vestígios referentes às antigas populações indígenas, que habitaram a região séculos atrás, os arqueólogos encontraram vestígios referentes à Linha Telegráfica implantada pela Expedição do Marechal Cândido Rondon. Entre os materiais encontrados estavam fragmentos de ferro e esteios de madeira, fechaduras de portas, fragmentos de artefatos de vidro, objetos de porcelana, além de fragmentos cerâmicos. 15
  • 17. Arqueologia no Rio Juruena... Vestígios metálicos encontrados em superfície nosítio arqueológico Juruena I. Vestígios pertencentes à rede Telegráfica detectados em superfície. Objeto detectado no acampamento de Rondon, de origem alemã. Broche em formato de tesoura detectado no sítio Juruena 06. 16
  • 18. Arqueologia no Rio Juruena... Depois de coletados, os vestígios arqueológicos são limpos, inventariados, estudados e guardados em laboratório. Vamos ver como ocorre este procedimento? Botões de fardamentos coletados no sítio arqueológico Juruena 06. Cápsulas de projéteis coletadas no sítio arqueológico Juruena 06 Inscrições nas garrafas: “Laboratório chimico pharmaceutico Militar Rio de Janeiro”. 17
  • 19. O Laboratório de Arqueologia... Afinal, para onde vão as peças resgatadas, depois das escavações? Os arqueólogos também necessitam de laboratórios para completar os estudos de suas escavações. No caso da Arqueologia, o laboratório é o lugar para onde são enviados os vestígios e materiais coletados. Ali todos os materiais são separados, de acordo com o local em que foram encontrados, e recebem uma ficha de identificação, para facilitar a pesquisa. Os materiais passam então por um processo de limpeza, identificação, catalogação e análise. A partir de todo esse trabalho é possível fazer comparações e interpretações sobre as ocupações humanas que estão sendo pesquisadas. Existem diferentes especialistas que trabalham no laboratório de Arqueologia. Por exemplo, especialistas em reconstituir objetos que, durante a pesquisa, são encontrados quebrados. Existem também especialistas em analisar vestígios de plantas, ossos de animais, ossos humanos e muitos outros tipos de objetos que são coletados nos sítios arqueológicos. Análise do material cerâmico (Programa Arqueológico UHE Jirau/RO). Curadoria do material arqueológico (Programa Arqueológico UHE Jirau/RO). Limpeza e restauro de material arqueológico (Programa Arqueológico UHE Jirau/RO). 18
  • 20. A Nossa História... Agora que já aprendemos um pouco sobre Arqueologia e Patrimônio Cultural, vamos conhecer um pouco mais sobre a história do Estado do Mato Grosso. Assim poderemos entender melhor os achados arqueológicos da região. 19
  • 21. O Estado do Mato Grosso... O Estado do Mato Grosso está localizado na região Centro‐Oeste brasileira. Foi ocupado por diferentes grupos indígenas desde pelo menos 15.000 anos atrás! Há cerca de 400 anos atrás (ou seja, no final do século XVI d.C.) os colonizadores portugueses liderados por André Leão e Nicolau Barreto, movidos pelas chamadas bandeiras, alcançaram esta região vindos de São Paulo. Tinham como objetivo explorar novos territórios. Saiba Mais!! Os bandeirantes eram desbravadores do território brasileiro. Suas expedições eram chamadas de bandeiras, que tinham como objetivo a procura de ouro e outros metais ou pedras preciosas. Além disto capturavam indígenas para uso como mão de obra escrava. 20
  • 22. O Ciclo do Ouro... Em 1717 o bandeirante Paschoal Moreira Cabral Leme alcançou um afluente do rio Cuiabá, denominado “Coxipó”, e ali descobriu ouro. Um ano mais tarde o bandeirante Antônio Pires de Campos, também explorando o rio Cuiabá, descobre novas minas de ouro. A mineração mato‐grossense trouxe a expansão territorial e demográfica, transformando aquela região em um promissor mercado colonial. No ano de 1737, com as lavras esgotadas, os mineradores se deslocaram para as recém descobertas “Minas de São Francisco Xavier” ou “Minas de Mato Grosso”. Para saber mais sobre os  bandeirantes, clique em  seus nomes! 21 D1 D2
  • 23. Slide 21 D1 Paschoal Moreira Cabral Leme (Sorocaba, 1654 - Cuiabá, 1730) foi um bandeirante natural de São Paulo do século XVIII que acabou por encontrar ouro na região onde hoje é a cidade de Cuiabá. Tinha mais de 60 anos ao descobrir o ouro no que seria Mato Grosso. Fundou Cuiabá em 1719. Contemporâneos desta data foram as bandeiras de Luís Pedroso de Barros e Antônio Pedroso de Barros e de Artur Pais de Barros e Fernão Pais de Barros. Mais tarde, os bandeirantes fundaram a vila de Nossa Senhora do Parto (hoje, Diamantino), mais para o oeste de Mato Grosso, e os Pedroso de Barros foram às fronteiras do Peru. DOCPP; 04/04/2013 D2 Antônio Pires de Campos Filho de Manuel de Campos Bicudo,cresceu acompanhando as jornadas sertanejas de seu pai, Pires de Campos teria catorze anos de idade, quando teria avistado em uma das bandeiras de seu pai, pela primeira e última vez, a Serra dos Martírios. Juntamente com a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o velho 'Anhanguera', Antônio Pires de Campos - Conhecido posteriormente como "PayPirá" DOCPP; 05/04/2013
  • 24. O Ciclo do Café e da Borracha... O ciclo do ouro caiu em declínio no final do século XIX, aprofundando ainda mais a crise econômica portuguesa e a crise de todo o sistema colonial. Contudo, a partir de 1830 a economia brasileira foi impulsionada pela atividade cafeeira, que a recuperou rapidamente. Em 1884 inicia‐se também a extração da borracha e na década seguinte o Brasil viveu o auge do extrativismo de ‘látex’ que ocupou o 2º lugar na pauta de exportações da República, perdendo unicamente para o café. Saiba Mais! A região norte do Brasil foi a grande produtora de borracha devido à abundância da árvore seringueira (planta de onde é extraído o látex )na região. Látex é o nome do líquido existente nas plantas ditas ‘laticíferas’ e é colhido através de cortes feitos no tronco, pelos quais o líquido escorre. O látex pode ser incolor, amarelo, alaranjado, vermelho e, mais comumente, branco. Este líquido é utilizado para a fabricação de borracha, matéria prima para a fabricação de pneus, solas de sapato e diversas coisas mais. 22
  • 25. Comissão Rondon... O que foi conhecido como “Comissão Rondon” foram várias expedições que avançaram pelo interior brasileiro com um caráter político, ideológico e econômico. Seu principal objetivo era ocupar definitivamente o território brasileiro, realizando o reconhecimento geográfico, botânico e mineralógico das regiões por que passou. A Comissão Rondon destinava‐se também a implantar uma linha telegráfica que ligasse Cuiabá, no Estado do Mato Grosso, até Santo Antonio do Madeira, no Estado de Rondônia. O grande desafio da Comissão Rondon era contatar e estabelecer um tipo de relacionamento com os grupos indígenas que habitavam estas regiões. Foi criado então, em 1910, o SPILTN que, em 1918, foi transformado em SPI. O objetivo então era incluir as sociedades indígenas na sociedade nacional e transformar seus integrantes em trabalhadores. Saiba Mais!! O SPILTN (Serviço de Proteção ao Índio e Localização de Trabalhadores Nacionais), dirigido por Cândido Rondon em 1918 passa a se chamar apenas SPI (Serviço de Proteção aos Índios), pois a parte referente à “localização de trabalhadores nacionais” passa a ser trabalho do Serviço de Povoamento do Solo, vinculado ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. 23
  • 26. Comissão Rondon... O território de Campo Novo dos Parecís foi trabalhado em duas direções pelos serviços de linha telegráfica: uma para oeste, que se dirigiu para Utiariti e Juruena, e outra para leste, em busca de Capanema e Ponte de Pedra. Assim, em 1907 a Comissão Rondon entrou em contato com os povos indígenas Paresí e Nambikwara. Sabe‐se que a Comissão Rondon inaugurou um novo cenário na história do contato com grupos indígenas no Mato Grosso e, particularmente, com os Paresí, população mais diretamente envolvida na instalação e conservação das linhas do telégrafo. Aldeias inteiras migraram atraídas pelas linhas telegráficas. Infelizmente, esse contato trouxe diversas complicações como epidemias, ataques de tribos inimigas e invasões de seringueiros. O território de Campo Novo dos Parecís foi trabalhado em duas direções pelos serviços de linha telegráfica: uma para oeste, que se dirigiu para Utiariti e Juruena, e outra para leste, em busca de Capanema e Ponte de Pedra. Assim, em 1907 a Comissão Rondon entrou em contato com os povos indígenas Paresí e Nambikwara. Sabe‐se que a Comissão Rondon inaugurou um novo cenário na história do contato com grupos indígenas no Mato Grosso e, particularmente, com os Paresí, população mais diretamente envolvida na instalação e conservação das linhas do telégrafo. Aldeias inteiras migraram atraídas pelas linhas telegráficas. Infelizmente, esse contato trouxe diversas complicações como epidemias, ataques de tribos inimigas e invasões de seringueiros. Você Sabia? Que uma das preocupações do governo brasileiro por volta de 1907 era promover a integração entre as regiões do vale do Madeira e as áreas mais desenvolvidas do país, visto que a porção norte do Brasil ganhava grande impulso devido à demanda da borracha. As linhas telegráficas, ligando a região do rio Madeira a Cuiabá, foram instaladas entre 1907 e 1915. 24
  • 27. Comissão Rondon... Você sabe quem foi o Marechal Rondon? Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu no Mato  Grosso em 1865. Era descendente de índios Guató,  Terena e Bororo. O fato de ter ficado órfão muito jovem  e existirem poucas oportunidades de trabalho a negros e  indígenas fez com que Rondon se mudasse para o Rio de  Janeiro, onde pôde cursar a Escola Militar da Praia  Vermelha e construir uma sólida carreira no exército  brasileiro.  No momento de instalação do telégrafo na região norte  do Brasil, Rondon ficou responsável por integrar as  comunidades locais a esse processo. Assumiu como  estratégia básica a educação nos moldes das escolas  públicas estaduais e a separação dos grupos indígenas  em assentamentos diversos, o que contribuiu para a  desintegração das culturas locais.  Quando faleceu, em 1958, Rondon havia sido indicado pelo governo brasileiro de Juscelino Kubitschek ao Prêmio Nobel da Paz. Marechal Rondon (à direita) e Theodore Roosevelt   (de chapéu) em foto de expedição em 1914.  25
  • 28. Sapezal... Com o passar dos anos, o contexto histórico de ocupação do médio/baixo curso do Rio Juruena mostra o surgimento, na década de 1970, do povoado que hoje constitui o município de Sapezal. Nesta época, a área estava cortada por fazendas que ficavam entre 40 e 100 km longe uma da outra e as estradas não eram mais do que simples piquetes abertos no cerrado pelos próprios colonos. A formação deste núcleo urbano surgiu de uma proposta de colonização do Grupo Maggi, que teria dado o nome à cidade em referência ao rio Sapezal. A atual zona urbana do município começou a ser povoada apenas em 1987 com a abertura da rodovia MT‐235 (Estrada Nova Fronteira) e do Loteamento da Sapezal Agrícola. Em 1992, quando Sapezal era ainda Distrito do Município de Campo Novo dos Parecis, um grupo de amigos fundou o Centro de Tradição Gaúcha “Chama da Tradição”, procurando manter vivo os costumes do sul do Brasil, sua terra natal. Sapezal foi emancipada a município em 19 de setembro de 1994. Você Sabia!? Que o nome Sapezal vem de um termo de origem Tupi: “ssa’pé: o que alumia + al sufixo que designa quantidade. Sapé é uma espécie de capim da família das gramíneas, conhecida pela por ser muito usada na cobertura de telhados. É ainda um capim brilhante, que ilumina, que “lumia”. Assim, Sapezal designa “lugar de muito sapé”. 26
  • 29. Campos de Júlio... Já o município de Campos de Júlio que, assim como Sapezal, também está na área das Pequenas Centrais Hidrelétricas construídas no rio Juruena, é um dos mais novos municípios do Estado de Mato Grosso. Foi criado em 28 de novembro de 1994. O nome Campos de Júlio seria resultado de um conjunto de fatores, entre eles o fato da paisagem da região ser composta por campos de terras férteis, além do fato de sua colonização ter acontecido no mês de Julho e porque, na época, o Estado do Mato Grosso era governado por Júlio Campos. A origem do município se deu durante a década de 1980, quando muitas famílias que moravam em estados da região sul do Brasil migraram para Campos Júlio, atraídos pelas terras férteis para a produção agrícola. Estas famílias ajudaram no povoamento da região construindo casas, pontes, estradas, mercados e escolas. Hoje Campos de Júlio é um próspero município do Mato Grosso. Um dos principais colonizadores da região foi o senhor Valdir Masutti que saiu do estado do Paraná, onde morava, para viver na região. Ele construiu casas, uma capela, uma escola, o mercado pioneiro e a subprefeitura. 27
  • 30. A preservação do Patrimônio Cultural e dos sítios arqueológicos... Todos os sítios arqueológicos são protegidos por lei e é proibido destruí‐los ou retirar seus objetos, o que  é considerado um crime contra o Patrimônio Nacional. Assim, caso um dia você encontre um sítio  arqueológico, pode, e muito, ajudar na sua preservação.  Você pode ajudar!! • Em primeiro lugar, é muito importante não recolher e nem retirar os objetos, pois para a pesquisa  arqueológica é fundamental conhecer o local em que eles foram encontrados;  • Em segundo lugar, não cave, remova a terra ou retire a vegetação, não escreva ou desenhe sobre a  arte rupestre e não jogue lixo na região;  • Por fim, conte a um adulto sobre sua descoberta, para que ele possa avisar o órgão responsável pela  preservação do sítio arqueológico. Existem órgãos responsáveis na Prefeitura Municipal, no Estado e  na Federação.  28
  • 31. A preservação do Patrimônio Cultural e dos sítios arqueológicos... Devemos também respeitar as manifestações e os bens de patrimônio material e imaterial, como vimos ao longo desta Cartilha. Destruir ou perder este Patrimônio é apagar da memória uma parte de nossa história e de nossas raízes. Todos estes testemunhos constituem a herança cultural que nossos antepassados deixaram e que continua viva em nossas vidas. Assim, cada um de nós integra o Patrimônio Cultural de uma região e de uma nação, desde o dia em que nascemos. Por isso, para fazer a pesquisa na região do Rio Juruena foi preciso contar com o conhecimento e a ajuda de muitas pessoas da região. Ajude na preservação do Patrimônio Cultural brasileiro, que é de cada um de nós. Contamos com vocês !! 29
  • 32. Ficha Técnica Equipe de produção da Cartilha:  Coordenação Geral  L.D. Dra. Erika M. Robrahn‐González ‐ Arqueóloga, Antropóloga e Historiadora  Desenvolvimento de Conteúdo  Camila Gobbo ‐ Historiadora  Fernanda Baigan ‐ Geógrafa Larissa Castro – Historiadora Revisão Pedagógica Carmem M. Brugener – Pedagoga e Engenheira  Agrônoma Revisão Ortográfica  Cléber Mendonça – Bacharel em Letras Editoração e Arte Final  Revisão Científica Ms Gerson Levi‐Lazzaris – Historiador e  Arqueólogo 30