2. História da epidemiologia
A epidemiologia originou-se das
observações de Hipócrates feitas há mais de
2000 anos de que fatores ambientais
influenciam a ocorrência de doenças.
Entretanto, foi somente no século XIX que
a distribuição das doenças em grupos
humanos específicos passou a ser medida
em larga escala.
3. Medidas de Freqüência de Doenças
Incidência
freqüência de casos novos de uma doença ou problema de saúde
São obtidas nos estudos que envolvem seguimento.
Medem a freqüência com que as pessoas adoecem independentemente do
tempo que ficam doentes
- oriundos de uma população sob risco de adoecimento,
ao longo de um determinado período de tempo
necessário que cada indivíduo seja observado em no mínimo duas ocasiões
t0 (“sadio”)-------------------------------------------------------------------------------------------------------- t (caso novo)
4. Medidas de Freqüência de Doenças
Incidência
- medida dinâmica mudanças no estado de saúde
velocidade de agregação de casos novos - Risco
Número absoluto de casos incidentes (I)
Medidas de Incidência expressas como freqüências relativas
Taxa de Incidência (TI) ou Densidade de Incidência
5. Taxa de ataque ou incidência
O termo “taxa de ataque” é freqüentemente
utilizado, ao invés de incidência, durante
uma epidemia de doença em uma população
bem definida em um curto período de
tempo.
A taxa de ataque pode ser calculada como o
número de pessoas afetadas dividido pelo
número de pessoas expostas.
6. Exemplo de taxa de ataque
Por exemplo, no caso de uma epidemia por
intoxicação alimentar, a taxa de ataque é
calculada para cada tipo de alimento
ingerido e, então, essas taxas são
comparadas para se identificar a fonte de
infecção.
7. Conceito de taxa
Uma taxa é calculada dividindo-se o
número de casos pelo número de pessoas
em risco e é expressa como casos por 10n
pessoas.
8. Cálculo de Freqüência de Doenças
Cálculo depende do tipo de população:
População fechada
População aberta
População fechada: nenhum membro novo é incorporado após iniciado
o período de seguimento e integrantes saem somente devido ao evento
(ex. morte) tamanho (N) diminui sistematicamente ao longo do
tempo;
População aberta: novos membros são adicionados no tempo (ex.
imigração) e há perdas de seguimento (ex. emigração)
9. Prevalência
É uma medida de frequência das doenças (ou outras características em
um momento determinado) casos “antigos” + casos novos
Descreve a força com que subsistem as doenças nas coletividades
Descreve a proporção da população afetada por uma doença em um
momento determinado
nº de indivíduos doentes (novos+antigos) em t
P = ---------------------------------------------------------------
nº total de indivíduos da população em t
Pontual ou Instantânea
De período
De toda a vida
10. Prevalência
É uma proporção e como tal não tem
dimensões
valores entre 0 e 1 ou 0 e 100 (percentagem)
é uma medida valiosa para o administrador
sanitário na sua ação de planejar em função
do número de doentes/óbitos na
comunidade
12. Medidas de Freqüência de Doenças
Prevalência
Fatores que podem aumentar a prevalência
• Maior duração da doença;
• Aumento da incidência (I);
• Aumento da sobrevida, sem cura;
• Imigração de casos ou emigração de pessoas sadias;
• Melhoria dos recursos diagnósticos;
• Melhoria do sistema de informação.
13. Medidas de Freqüência de Doenças
Prevalência
Fatores que podem diminuir a prevalência
• Menor duração da doença;
• Diminuição da incidência (I);
• Maior letalidade;
• Imigração de pessoas sadias ou emigração de casos;
• Aumento da taxa de cura.
14.
15. Prevalência e Incidência
A medida da prevalência e da incidência envolve,
basicamente, a contagem de casos em uma
população em risco
A simples quantificação do número de casos de
uma doença, sem fazer referência à população em
risco, pode ser utilizada para dar uma idéia da
magnitude do problema de saúde ou da sua
tendência, em curto prazo, em uma população
como, por exemplo, durante uma epidemia
16. Letalidade
A letalidade mede a severidade de uma
doença e é definida como a proporção de
mortes dentre aqueles doentes por uma
causa específica em um certo período de
tempo.
17. Papel da epidemiologia
A epidemiologia se desenvolveu a partir do estudo
dos surtos de doenças transmissíveis e da
interação entre agentes, vetores e reservatórios.
A descrição das circunstâncias associadas ao
aparecimento de epidemias nas populações
humanas – guerra, migração, fome e desastres
naturais –, tem aumentado a capacidade de
controlar a dispersão das doenças transmissíveis
através da vigilância, prevenção, quarentena e
tratamento.
18. Carga global das doenças
transmissíveis
As doenças transmissíveis são responsáveis por
14,2 milhões de óbitos a cada ano (Figura 7.1).
Outros 3,3 milhões de óbitos são atribuídos às
condições maternas e perinatais e deficiências
nutricionais. Ao todo, elas são responsáveis por
30% dos óbitos em todo o mundo e por 39% da
carga global de incapacidade.
19. Carga global de doenças
transmissíveis
Seis causas são responsáveis por cerca de metade
das mortes prematuras, principalmente entre
crianças e adultos jovens, e correspondem a cerca
de 80% dos óbitos por doenças infecciosas:
• Infecção respiratória aguda (3,76 milhões)
• HIV/AIDS (2,8 milhões)
• Doenças diarreicas (1,7 milhão)
• Tuberculose (1,6 milhão)
• Malária (1 milhão)
• Sarampo (0,8 milhão)
20. A maioria dessas mortes ocorre em países
em desenvolvimento.
Projeções da OMS sugerem que – devido à
melhor prevenção – o total de mortes
decorrente dessas causas cairá cerca de 3%
nos próximos 10 anos
21. Epidemia
Epidemia é definida como a ocorrência em
uma região ou comunidade de um número
de casos em excesso, em relação ao que
normalmente seria esperado.
Ao descrever uma epidemia, deve ser
especificado o período, a região geográfica
e outras particularidades da população em
que os casos ocorreram.
22. Epidemia
Um pequeno número de bactérias, vírus e
parasitas causa a maioria das epidemias, e
um conhecimento mais aprofundado da sua
biologia tem melhorado as medidas
preventivas específicas.
23. Endemias
As doenças transmissíveis são chamadas de endêmicas
quando em uma área geográfica ou grupo populacional
apresenta um padrão de ocorrência relativamente estável
com elevada incidência ou prevalência.
Doenças endêmicas como a malária estão entre os
principais problemas de saúde em países tropicais de baixa
renda. Se ocorrerem mudanças nas condições do
hospedeiro, do agente ou do ambiente, uma doença
endêmica poderá se tornar epidêmica.
Por exemplo, na Europa, durante a Primeira Guerra
Mundial ocorreu retrocesso no controle da varíola
24. Epidemia que se tornou endemia
A epidemia do HIV é um exemplo de
doença infecciosa que se tornou endêmica
em muitas áreas, enquanto em outras ainda
ocorrem epidemias em populações que não
tinham sido previamente expostas.