1. Olá, Professor!
Peço que realize a avaliação do conteúdo com o
intuito de manter o nosso material sempre atualizado.
https://bit.ly/451BDqS
Avalie este
conteúdo! 🚀✨
3. Prática clínica e sua
relação com as
tecnologias do cuidado
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a prática
clínica e sua relação com as tecnologias do cuidado e a
sistematização da assistência de enfermagem.
1
Concepções teórico-filosóficas para
enfermagem
4. Tecnologias do cuidado
Podemos afirmar que o cuidado de enfermagem é o objeto central da profissão do enfermeiro, sendo
materializado através de dois aspectos distintos:
Objetivo
Trata das técnicas e
procedimentos.
Subjetivo
Acontece através da interação
humana, o vínculo, a
percepção e o respeito às
especificidades construídas
partir da visão de mundo do
outro.
5. Tecnologias do cuidado
• A tecnologia na enfermagem abrange um conjunto amplo
de técnicas e procedimentos utilizados para proporcionar
cuidados aos pacientes.
• Essas tecnologias englobam recursos humanos e materiais,
além de conhecimentos científicos e habilidades, visando
garantir a eficiência e qualidade do cuidado.
• O uso inovador da tecnologia na enfermagem visa promover
a dignidade humana e adaptar os cuidados de forma
individualizada para cada paciente.
7. Relação das teorias com a sistematização da assistência de
enfermagem
O processo de enfermagem é um conjunto de etapas aplicado à prática da profissão, sendo definido em
três dimensões (IYER, TAPTICH E BERNOCCHI-LOSEY, 1993):
Propósito
É focado na individualidade,
em que o enfermeiro interage
com o cliente, confirmando
suas observações com ele
para que, juntos, utilizem o
processo.
Organização
Refere-se às fases distintas,
independentes e relacionadas
entre si.
Propriedade
São descritas como
intencional, sistemático,
dinâmico, interativo, flexível e
baseado em teorias.
8. Relação das teorias com a sistematização da assistência de
enfermagem
A SAE abrange três elementos:
Instrumentos
Dimensionamento de
pessoal
Método científico
9. Relação das teorias com a sistematização da assistência de
enfermagem
Os metaparadigmas da Enfermagem:
Pessoas
Indivíduos, famílias,
comunidades e outros
grupos.
Ambiente
Pronomes e ambientes,
até mesmo o local onde
ocorre a enfermagem.
Saúde
Bem-estar do indivíduo.
Enfermagem
Definição de ciência e
disciplina de
Enfermagem.
10. Principais teorias de
enfermagem no
processo de cuidar
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as
principais teorias de enfermagem no processo de cuidar e sua
aplicabilidade no processo de trabalho do enfermeiro.
2
Concepções teórico-filosóficas para
enfermagem
11. Teorias de enfermagem
Florence Nightingale (1860) - teoria ambientalista
As janelas devem ser
abertas para possibilitar a
entrada da luz para todos
os ocupantes e um fluxo
de ar fresco.
Com a vestimenta
adequada, pode-se manter,
ao mesmo tempo, o
paciente aquecido no leito
e em ambiente muito bem
arejado.
A administração
apropriada da residência
interfere na cura dos
enfermos.
Os cuidados de
enfermagem envolvem a
casa na qual o paciente
vive e os que têm contato
com ele, sobretudo os
cuidadores.
O ruído é prejudicial e
perturba a necessidade
de repouso do doente.
Alimentação nutritiva,
leitos e roupas de cama
apropriadas e higiene
pessoal do indivíduo são
essenciais.
A limpeza previne a
morbidade. Com o
ambiente limpo, os
números de casos de
infecção diminuem.
Higiene corporal.
12. Teorias de enfermagem
Hildegard Peplau (1952) - relacionamento interpessoal
A teoria resume duas condições de interação essenciais à saúde:
As demandas fisiológicas de um
organismo humano que exigem a
manipulação das condições
materiais em benefício do bem-
estar de um indivíduo ou grupo.
As condições interpessoais,
individuais e sociais, que satisfazem
as necessidades da personalidade e
permitem a expressão e uso das
capacidades de forma produtiva.
13. Teorias de enfermagem
Hildegard Peplau (1952) - relacionamento interpessoal
Fases de atuação no processo de enfermagem:
1ª fase - Orientação 2ª fase - Identificação 3ª fase - Exploração 4ª fase - Resolução
14. Teorias de enfermagem
Imogene King (1971) - teoria do alcance de metas
Segundo essa teoria, os indivíduos são formados por três sistemas interativos, que estão abertos ao
ambiente e interagem para garantir o equilíbrio e a saúde do indivíduo:
Pessoal
Compreende as características
próprias de cada pessoa, que
reagirá aos eventos
vivenciados segundo suas
percepções, expectativas e
ansiedades.
Organização
Compreende a dimensão
onde ocorrem as interações
humanas, que definem como
um indivíduo se percebe e
reage diante das ações do
outro. Além disso, inclui
definições como a interação,
comunicação, papel de cada
indivíduo, e o estresse.
Social
Representa os papéis,
comportamentos e práticas
que delimitam as reações dos
grupos. Pode ser visualizado
quando há o encontro entre
equipes com interesses e
necessidades especiais, que se
organizam e formam
sociedades.
15. Teorias de enfermagem
Dorothea Elizabeth Orem (1971) - autocuidado
Há três categorias de requisitos ou exigências do autocuidado apresentadas por Orem:
Universais
Estão associados a processos
de vida e à manutenção da
integridade da estrutura e
funcionamento humanos. Eles
são comuns a todos os seres
humanos durante todos os
estágios do ciclo vital, como,
por exemplo, as atividades do
cotidiano.
Desenvolvimentais
São as expressões
especializadas de requisitos
universais que foram
particularizados por processos
de desenvolvimento,
associados a algum evento,
como a adaptação a um novo
trabalho ou adaptação a
mudanças físicas.
Desvio de saúde
É exigido em condições de
doença, ferimento ou
moléstia. Pode ser
consequência de medidas
médicas exigidas para
diagnosticar e corrigir uma
condição.
16. Teorias de enfermagem
Madeleine Leininger (1978) - teoria da enfermagem transcultural
Segundo a proposta de Leininger, as ações e decisões de enfermagem seguem três formas de atuação:
Preservação do cuidado
Assistir, facilitar ou capacitar o
indivíduo a manter hábitos
favoráveis à saúde.
Acomodação do cuidado
Revela formas de adaptação
ou negociação das práticas de
saúde.
Repadronização do
cuidado
Auxilia o cliente a alterar seus
padrões de vida, buscando
formas mais saudáveis de
viver.
17. Teorias de enfermagem
Wanda Aguiar Horta (1979) - teoria das necessidades humanas
básicas
Sugere três formas de atuação:
Necessidades
psicobiológicas
Oxigenação; hidratação;
nutrição; eliminação; sono e
repouso; exercício e
atividades físicas; sexualidade;
abrigo; etc.
Necessidades
psicossociais
Segurança; amor; liberdade;
comunicação; criatividade;
aprendizagem (educação à
saúde); recreação; lazer;
espaço; etc.
Necessidades
psicoespirituais
Religiosa ou teológica; ética
ou de filosofia de vida.
18. Teorias de enfermagem
Jean Watson (1979) - teoria do cuidado transpessoal
Essa teoria apresenta dez fatores de cuidado que constituem um sistema de valores humanístico-altruísta:
1. Estimulação da fé-esperança
2. Cultivo da sensibilidade para si e para os outros
3. Desenvolvimento do relacionamento de ajuda-confiança
4. Promoção e aceitação da expressão de sentimentos positivos e negativos
5. Uso sistemático do método científico de solução de problemas para tomar decisões
6. Promoção do ensino-aprendizagem interpessoal
7. Provisão de um ambiente mental, físico, sociocultural e espiritual sustentador, protetor e/ou corretivo
8. Auxílio com a gratificação das necessidades humanas
9. Aceitação das forças existenciais e fenomenológicas
10. Formação de um sistema de valores humanístico-altruístas
19. Principais conceitos
relacionados à dor
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os
principais conceitos relacionados à dor, seu mecanismo
fisiopatológico e sua classificação.
1
Assistência de enfermagem na avaliação e
controle da dor
20. Conceitos na temática da dor
Aspectos físicos
Relacionados às doenças
preexistentes, aos danos
decorrentes dos
procedimentos
diagnósticos e
terapêuticos e, nos
casos das neoplasias,
estão relacionados à
doença e ao tratamento.
Aspectos emocionais
Envolvem os
componentes da
ansiedade, depressão,
medo e sentimento de
culpa.
Aspectos espirituais
Envolvem os problemas
relacionados à morte, à
liberdade, ao amor e à
necessidade de
encontrar algum sentido
representam os
aspectos espirituais.
Aspectos sociais
Abrangem os
relacionamentos
familiares (cuidados e
sexualidade), medo de
dependência, relações
com amigos e questões
financeiras,
distanciamento do
trabalho e perda de
direitos sociais.
21. Fisiopatologia da dor
Ao considerar esse processo, tem-se que a fisiopatologia da dor pode ser dividida em quatro fases. São elas:
Transdução Transmissão Modulação Percepção
22. Classificação da dor
A dor é classificada de acordo com:
Tempo de duração Origem Padrão Intensidade
24. Dor relacionada ao câncer
Infiltração neoplásica
• Invasão óssea.
• Infiltração de vísceras.
• Invasão e oclusão de vasos
sanguíneo.
• Infiltração de mucosas.
• Infiltração do neuroeixo e do canal
raquidiano.
• Infiltração e compressão dos
troncos nervosos periféricos.
• Carcinomatose meníngea.
• Aumento da pressão intracraniana.
Procedimentos diagnósticos e
terapêuticos
• Dor aguda pós-biópsia.
• Pós-toracotomia.
• Pós-mastectomia.
• Pós-esvaziamento cervical.
• Pós-amputação (dor fantasma).
• Pós-quimioterapia.
• Pós-radioterapia.
• Desordens concomitantes.
• Pode ser ocasionada pelo processo
avançado da doença
25. A avaliação da dor
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar como
devem ser aplicadas a avaliação da dor e a Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) ao paciente com dor.
2
Assistência de enfermagem na avaliação e
controle da dor
26. Avaliação da dor
Localização Intensidade Frequência
Fatores agravantes e
aliviadores
Impactos na rotina Significado pessoal
27. Tratamento medicamentoso da dor
Dor leve
Analgésicos não
opioides/ anti-
inflamatórios não
esteroidais. Exemplos:
dipirona, paracetamol,
diclofenaco.
Dor moderada
Opioides fracos em
conjunto com analgésicos
não opioides/anti-
inflamatórios. Exemplos:
tramadol, codeína.
Dor Instensa
Opioides fortes em
conjunto com analgésicos
não opioides/ anti-
inflamatórios. Exemplos:
morfina, oxicodona,
fentanil, metadona.
Procedimentos
intervencionistas
O tratamento
intervencionista da dor é
indicado quando os do
tipo farmacológico não
promovem analgesia
eficaz, com base na
Escada Analgésica da
OMS, ou quando os
efeitos adversos se
tornam intoleráveis.
Drogas adjuvantes: são drogas usadas para aumentar a analgesia: Amitriptilina, gabapentina, dexametasona etc.
28. Sistematização da Assistência de Enfermagem à pessoa
com dor
Histórico de Enfermagem
Instrumentos
unidimensionais
• Escala Visual Analógica
(EVA)
• Escala Visual Numérica
• Escala de Faces
Instrumentos
multidimensionais
• Questionário de McGill de
dor (MPQ)
• Inventário breve de dor
Instrumentos
específicos
• Avaliação dos Sinais e
Sintomas de Dor (LANSS).
• DN4 e NPSI.
29. Sistematização da Assistência de Enfermagem à pessoa
com dor
Diagnóstico de Enfermagem
Dor aguda
Experiência sensorial e
emocional desagradável
associada à lesão tissular real
ou potencial, ou descrita em
termos de tal lesão (IASP);
início súbito ou lento, de
intensidade leve a intensa,
com término antecipado ou
previsível e com duração
menor que três meses.
Dor crônica
Experiência sensorial e
emocional desagradável
associada à lesão tissular real
ou potencial, ou descrita em
termos de tal lesão (IASP);
início súbito ou lento, de
intensidade leve a intensa,
constante ou recorrente, sem
término antecipado ou
previsível e com duração
maior que três meses.
Síndrome da dor
crônica
Dor recorrente ou persistente
há, no mínimo, três meses e
que afeta significativamente o
funcionamento diário ou o
bem-estar.
30. Sistematização da Assistência de Enfermagem à pessoa
com dor
Planejamento de Enfermagem
Algumas intervenções de enfermagem à pessoa com dor sinalizadas na pesquisa realizada por Cavalheiro et al.
(2019):
• Escolher e implementar uma variedade de medidas (por exemplo: farmacológicas, não farmacológicas,
interpessoais).
• Investigar o uso atual de métodos farmacológicos de alívio da dor pelo paciente.
• Assegurar que o paciente receba cuidados adequados para sua analgesia.
• Reconhecer a dor como quinto sinal vital.
• Determinar a frequência necessária para fazer uma avaliação de conforto do paciente e implementar um
plano de monitoramento da dor.
• Discutir junto ao paciente sobre a sua participação na gestão da analgesia, a capacidade do mesmo para
isso, apoio de pessoas importantes em relação ao tratamento e contraindicações ao selecionar alguma
estratégia de alívio de dor.
• Encorajar o paciente a manejar sua própria dor e a intervir de forma adequada.
31. Medidas não
farmacológicas
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar medidas
não farmacológicas no tratamento da dor.
3
Assistência de enfermagem na avaliação e
controle da dor
32. Medidas não farmacológicas no tratamento da dor
• A cultura da medicalização excessiva pode levar a crer que apenas medicamentos controlam a dor.
• Existem situações em que tratamentos medicamentosos não são efetivos, acessíveis ou aceitos pelo
paciente.
• É importante considerar abordagens além dos medicamentos para o controle da dor.
• A dimensão multifacetada da dor requer estratégias diversas, visando o conforto e bem-estar,
especialmente em casos de dor crônica.
34. Medidas
antropométricas
Ao final desse módulo você será capaz de reconhecer os
conceitos básicos de mensurações em antropometria.
1
Avaliação antropométrica
35. Introdução à antropometria
Exemplo: cenário de maternidade
Recém-nascidos
As medidas antropométricas
acompanham a avaliação pré-
natal nas medidas de peso e
altura uterina, bem como no pós-
parto, com verificações de alerta
para o risco de sangramento por
não involução uterina.
Exame físico
Os dados coletados no exame
físico são objetivos por serem
resultados de mensurações e
verificações e compõem a
primeira etapa do processo de
enfermagem contemplado na
sistematização da assistência de
enfermagem.
37. Enfermeiro e a avaliação
antropométrica
Ao final desse módulo você será capaz de identificar as ações do
enfermeiro na avaliação antropométrica.
2
Avaliação antropométrica
38. O conhecimento da antropometria
• A antropometria é um conhecimento essencial para enfermeiros na prevenção e recuperação da saúde.
• É uma técnica de baixo custo, não invasiva, amplamente utilizada e com boa aceitação pela população.
• Medidas corporais alteradas podem indicar risco à saúde, e as tabelas de referência são desenvolvidas a
partir de estudos comparando pacientes saudáveis e com comprometimentos de saúde.
• É fundamental para profissionais de saúde manter-se atualizado com fontes confiáveis de informações
sobre valores de referência.
39. Antropometria na prática profissional do enfermeiro
Altura e/ou estatura
Primeiros anos de vida
Nos primeiros anos de vida, é
muito importante verificar se
a criança está atingindo o
padrão de crescimento
esperado para idade e sexo.
Deve-se marcar o ponto na
curva de crescimento, com
base em escore z.
Curvas de crescimento
Essas curvas de crescimento
existem na caderneta de
saúde da criança e estão
disponíveis no site do
Ministério da Saúde, nas
unidades de saúde do SUS e
nas maternidades.
Protocolos de rotina
No atendimento de terapia
intensiva neonatal, não é
diferente. Os protocolos de
rotina setorial são definidos
pela equipe multiprofissional,
e o enfermeiro tem bastante
autonomia para desenvolvê-
los e principalmente atualizá-
los.
40. Antropometria na prática profissional do enfermeiro
Peso
Peso acima
O ganho de peso excessivo na gestação
pode evoluir para o aumento da pressão
arterial, pré-eclâmpsia, DHEG (doença
hipertensiva exclusiva da gestação) e
diabete gestacional.
Peso abaixo
O ganho de peso abaixo do esperado
pode sinalizar infecções, desidratação e,
para o feto, levar a uma condição
denominada CIUR (crescimento
intrauterino restrito).
A verificação do peso é uma rotina na UTI neonatal para o acompanhamento da recuperação do peso e
ajuste de doses medicamentosas.
41. Antropometria na prática profissional do enfermeiro
Circunferência Abdominal
A recomendação atual pela Sociedade Brasileira de Cardiologia
para vigilância e controle:
• Mulheres entre 80 cm e 88 cm
• Homens entre 94cm e 102cm
Legenda da imagem Lorem ipsum dolor
42. Antropometria na prática profissional do enfermeiro
Perímetro cefálico - PC
Exame
Ao nascer, o RN é examinado
pelo pediatra e pelo
enfermeiro, e é nesse
momento que as primeiras
medidas são checadas para
identificar os casos suspeitos
de microcefalia.
Epidemia de Zika (2015 –
2016)
Após a epidemia, o Ministério
da Saúde passou a considerar
novos valores de referência
para o perímetro cefálico.
Para os bebês do sexo
masculino, são considerados
suspeitos quando a medida é
igual ou inferior a 31,9 cm e,
para meninas, igual ou inferior
a 31,5 cm.
Referência
Os alores de referência foram
unificados pela Organização
Mundial de Saúde, sendo
válidos para todos os bebês
nascidos a termo (acima de 37
semanas de gestação) e para
todos os países (BRASIL,
2016).
43. Antropometria na prática profissional do enfermeiro
Perímetro torácico - PT
• Em Pediatria, o enfermeiro verifica peso, estatura, perímetro cefálico, circunferência abdominal e torácica.
• Essas medidas acompanham recém-nascidos, UTI neonatal e puericultura, ajudando a avaliar o estado
nutricional e o crescimento da criança.
• Se houver alguma medida alterada, o enfermeiro conversa com o médico e, se necessário, encaminha para
investigação em uma unidade hospitalar, mas o acompanhamento na Unidade Básica de Saúde continua.
44. Programa Nacional de
Segurança do Paciente
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de reconhecer o
Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) no que se
refere à higienização das mãos no processo de assistência à
saúde.
1
Biossegurança e manuseio de materiais
estéreis
45. Planejando uma prática assistencial segura
Conceitos da Classificação Internacional de Segurança do Paciente
Segurança do paciente
Reduzir a um mínimo aceitável o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de
saúde.
Risco Probabilidade de um incidente ocorrer.
Incidente
Evento ou circunstância que poderia ter resultado ou resultou em dano desnecessário ao
paciente.
Circunstância notificável Incidente com potencial dano ou lesão.
Near miss Incidente que não atingiu o paciente.
Incidente sem lesão Incidente que atingiu o paciente, mas não lhe causou danos.
Evento adverso Incidente que resulta em dano ao paciente.
Dano
Comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo,
incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo
assim ser físico, social ou psicológico.
46. Núcleos de Segurança do Paciente (NSP)
• O NSP é uma comissão que colabora com a gestão da
qualidade em instituições de saúde, seguindo normas
específicas.
• O NSP integra diferentes categorias da equipe de saúde.
• Estratégias de prevenção e redução de incidentes fazem
parte do plano de segurança do paciente, e ferramentas
como o Hospital Survey on Patient Safety Culture auxiliam na
avaliação e identificação de áreas de melhoria.
• A notificação de eventos adversos é responsabilidade do
NSP.
Legenda da imagem
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Brasília, Distrito Federal.
47. Desafios do PNSP
Organização Mundial da Saúde (OMS), para restringir os riscos e conter os danos, adotou seis protocolos
básicos de segurança, que receberam a denominação de desafios globais. São eles:
Higienização das mãos Cirurgia segura Medicação sem danos
Identificação do paciente Prevenção de úlcera por
pressão
Prevenção de quedas
49. Aspectos fundamentais
da Biossegurança
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de aplicar
precauções universais de biossegurança, proporcionando a
redução e controle de infecções no ambiente hospitalar.
2
Biossegurança e manuseio de materiais
estéreis
50. Precauções universais de Biossegurança no ambiente
hospitalar
Equipamento de Proteção Individual.
51. Precauções universais de Biossegurança no ambiente
hospitalar
Como retirar as luvas contaminadas.
52. Precauções universais de Biossegurança no ambiente
hospitalar
Higiene do ambiente
Limpeza concorrente
É realizada todos os dias e sempre
que houver exposição à sujidade.
Esse tipo de limpeza contempla a
remoção do lixo, a higiene do piso
e de superfícies do mobiliário e a
limpeza imediata do local quando
submetido à exposição a material
contaminado.
Limpeza terminal
É realizada semanal, quinzenal ou
mensalmente e sempre conforme a
utilização ou contaminação de cada
área. Compreende escovar o piso e
aplicar cera, lavagem do teto,
divisórias, luminárias, janelas e
paredes.
53. Precauções universais de Biossegurança no ambiente
hospitalar
Descarte de lixo hospitalar
Legenda da imagem
Caixa coletora de material perfurocortante (Descarpack)
• Responsabilidade de todos os profissionais em
estabelecimentos de saúde.
• Recomenda-se separar os resíduos em diferentes
recipientes identificados com cores específicas
• Materiais perfurocortantes devem ser descartados em
caixas coletoras especiais, devidamente identificadas e
com coleta especial
54. Recomendações de segurança ao profissional de saúde
• Higienizar as mãos em todos os procedimentos e sempre que necessário, o álcool em gel 70% deve ser
utilizado sem que as mãos apresentem sujidade.
• Capacitar o pessoal de forma geral para que todos atuem no estabelecimento de maneira segura e
padronizada.
• Antes de iniciar o processo de limpeza e desinfecção do ambiente, esse local deve ser organizado de
forma que todos os objetos e materiais estejam guardados, liberando as superfícies para facilitar a
limpeza.
• Identificar, por meio de símbolos, cores e expressões, os recipientes e locais que contêm resíduos
perigosos.
• Manter uso de equipamentos de proteção individual e coletiva adequados a cada atividade.
• Recolher o lixo em sacos e compartimentos próprios.
• Realizar a limpeza do local mais alto para o mais baixo, mantendo proximidade com o chão.
• Limpar a partir do local mais limpo para o mais sujo ou infectado.
• Iniciar pelo local mais distante, direcionando para o local de saída.
• Retirar a sujeira sempre no mesmo sentido e direção.
55. Qualidade em biossegurança
Incidentes mais comuns que podem ser evitados:
• Negligência na prevenção de danos causados por acidentes de trabalho.
• Armazenamento indevido de materiais, medicações e produtos hospitalares.
• Manejo incorreto de equipamentos de esterilização.
• Ausência de limpeza e boas práticas de higienização nas ações diárias.
• Falta de manutenção dos equipamentos hospitalares, como os radiológicos por exemplo.
56. Manuseio de materiais
estéreis
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de identificar o
manuseio de materiais estéreis.
3
Biossegurança e manuseio de materiais
estéreis
57. Passo a passo no preparo de materiais estéreis
Artigos críticos
Contato com tecidos
estéreis ou vasculares
Esterilização
Artigos semicríticos
Contato com mucosas ou
pele não íntegra
Desinfecção de alto nível
Artigos não críticos Contato com pele íntegra Limpeza
58. Passo a passo no preparo de materiais estéreis
Limpeza de artigos
Manual Mecânica
59. Passo a passo no preparo de materiais estéreis
Desinfecção dos materiais
Física
Funciona por ação térmica por
meio da lavadora
termodesinfectadora e das
pasteurizadoras (de 60°C a 90°C
por 30 min).
Química
Atua por meio de imersão total do
artigo em soluções desinfetantes
químicas e pode ser dividida em
níveis conforme grau de eliminação
de patógenos.
60. Passo a passo no preparo de materiais estéreis
Esterilização dos materiais
Autoclaves de 134°C por 63 minutos
(vapor úmido)
Estufas de 170°C por 2 horas (vapor
seco)
61. Métodos de monitoramento no controle dos processos de
esterilização
Indicadores mecânicos, biológicos e químicos
O registro deve conter:
• Lote e seu conteúdo.
• Temperatura e tempo programados.
• Nome do responsável pelo processo com
resultado do teste biológico e do
indicador químico correspondente.
Legenda da imagem
Caixas cirúrgicas esterilizadas com indicador de processo
na parte de fora.
62. Riscos ocupacionais durante o manejo de material contaminado
Para os trabalhadores
Riscos biológicos
Compreendem
contaminação por
doenças infecciosas
através de materiais
contaminados.
Riscos químicos
Envolvem algum perigo
ao manusear substâncias
tóxicas ou químicas, que
podem causar danos
físicos ou prejudicar a
saúde.
Riscos físico-
acidentais
Abrangem temperaturas
excessivas, vibrações,
radiações, umidade,
eletricidade, incêndios,
riscos com
equipamentos, máquinas
usadas pelo profissional
de saúde e a
infraestrutura e
instalação da clínica.
Riscos ergonômicos
Podem entrar também
na categoria de riscos
físicos, pois incluem
esforço físico, postura
inadequada durante os
procedimentos,
manipulação de
maquinário sem
proteção, entre outros.
63. Riscos ocupacionais durante o manejo de material contaminado
Para os pacientes
Físicos
Ruídos, vibrações, radiações
ionizantes, radiações não
ionizantes, frio, calor pressões
anormais e umidade.
Químicos
Poeiras, fumos, neblinas,
gases vapores, substâncias,
compostos ou produtos
químicos em geral.
Biológicos
Vírus, bactérias, protozoários,
fungos, parasitas e bacilos.
Ergonômicos
Esforço físico intenso, levantamento e transporte
manual de peso, exigência de postura inadequada, etc.
Acidentes
Arranjo físico inadequado, máquinas e
equipamentos sem proteção, ferramentas
inadequadas ou defeituosas, etc.
64. Temperatura corporal
Ao final deste módulo, você será capaz de avaliar os pontos de
verificação de temperatura corporal, suas variações e os
métodos de controle não farmacológicos.
1
Necessidade de controle de sinais vitais
65. Temperatura corporal
Um dos órgãos do sistema endócrino responsáveis pela
regulação da temperatura corporal é o hipotálamo.
Calor produzido Calor perdido Temperatura corporal
66. Temperatura corporal
A diminuição de temperatura, segundo Potter (2017), pode ocorrer de 4 formas:
Radiação
Ocorre a transferência
de calor de um objeto
para a superfície de
outro, sem contato
direto. Dependendo do
ambiente onde o
indivíduo esteja, ele
pode absorver ou perder
calor para o meio.
Convecção
Ocorre transferência de
calor pela circulação de ar.
Um aparelho doméstico
como um ventilador
promove a perda de calor
para o ambiente, e quanto
mais a pele do indivíduo
estiver úmida, mais calor
ele perderá para o
ambiente.
Evaporação
Perda de calor por meio
da transformação de
líquido em gás. A
respiração e a
evapotranspiração são
situações em que o
organismo perde calor
para o meio externo.
Condução
O corpo perde calor
entre contato com
sólidos. Uma compressa
fria na testa auxilia na
diminuição da
temperatura corporal,
pela troca de calor entre
as superfícies.
68. Temperatura corporal
Local de aferição
Variação da temperatura
corporal
Hipotermia
Axilar: 36°C a 37°C De 36°C a 38°C ‒ Afebril
Leve ‒ temperatura entre
34°C e 36°C
Oral: 36,2°C a 37,2°C
38°C a 40°C ‒ Pirexia ou
febre
Moderada ‒ temperatura
entre 30°C e 34°C
Retal: 36,4°C a 37,4°C
Acima de 40°C ‒
Hipertermia
Severa ‒ temperatura
abaixo de 30°C
69. Tipos e valores de temperatura corporal
Febre Hipertermia
Insolação Exaustão térmica
Hipotermia
Aumento de temperatura Diminuição de temperatura
70. Dispositivos de verificação da temperatura corporal
Termômetro com coluna
de mercúrio Termômetro digital Termômetro infravermelho
71. Métodos não farmacológicos para controle da temperatura
corporal
• Compressas mornas ou frias
• Banhos mornos
• Cobertores termoelétricos
• Alimentação calórica
72. Verificação da pulsação
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os locais de
verificação da pulsação, seus parâmetros, o momento de
observação e os métodos não farmacológicos para controle.
2
Necessidade de controle de sinais vitais
73. Pulso
• O pulso é o limite palpável do fluxo sanguíneo
em uma artéria periférica, refletindo o estado
circulatório do organismo.
• O débito cardíaco é o volume de sangue
bombeado pelo coração em 1 minuto e é
calculado pela frequência cardíaca (FC)
multiplicada pelo volume sistólico (VS).
74. Locais de avaliação do pulso
Temporal
Localização: Sobre o osso temporal, acima, e a lateral do olho.
Critérios de Avaliação: Local facilmente acessível para avaliar o pulso em crianças.
75. Locais de avaliação do pulso
Carótida
Localização: Ao longo da borda medial do músculo esternocleidomastóideo, no pescoço.
Critérios de Avaliação: Local facilmente acessível, utilizado no choque fisiológico ou na parada
cardíaca, quando outros lugares não são palpáveis.
76. Locais de avaliação do pulso
Apical
Localização: Quarto a quinto espaço intercostal, na linha mesoclavicular.
Critérios de Avaliação: Local para ausculta do pulso apical.
77. Locais de avaliação do pulso
Braquial
Localização: Sulco entre os músculos bíceps e tríceps, na fossa antecubital.
Critérios de Avaliação: Local utilizado para avaliar o estado de circulação para a parte inferior do
braço e auscultar a pressão arterial.
78. Locais de avaliação do pulso
Radial
Localização: Lado radial ou do polegar, do antebraço no punho.
Critérios de Avaliação: Local comum utilizado para avaliar o caráter do pulso perifericamente e o
estado de circulação para a mão.
79. Locais de avaliação do pulso
Ulnar
Localização: Lado ulnar ou do dedo mínimo do antebraço no punho.
Critérios de Avaliação: Local utilizado para avaliar o estado da circulação até a mão.
80. Locais de avaliação do pulso
Femoral
Localização: Abaixo do ligamento inguinal, na metade da distância entre a sínfise púbica e a
espinha ilíaca superior anterior.
Critérios de Avaliação: Local facilmente acessível, utilizado no choque fisiológico ou parada
cardíaca, quando outros lugares não são palpáveis. Utilizado para avaliar a circulação para a perna.
81. Locais de avaliação do pulso
Poplíteo
Localização: Abaixo do joelho, na fossa poplítea.
Critérios de Avaliação: Local utilizado para avaliar o estado da circulação para a parte inferior da
perna.
82. Locais de avaliação do pulso
Tibial posterior
Localização: Lado interno do tornozelo, abaixo do maléolo medial.
Critérios de Avaliação: Local utilizado para avaliar a circulação para o pé.
83. Locais de avaliação do pulso
Dorsal do pé ou pedioso
Localização: Ao longo da parte superior do pé, entre os tendões de extensão do hálux.
Critérios de Avaliação: Local utilizado para avaliar a circulação para o pé.
84. Características e modo de aferição do pulso
Valores aceitáveis de frequência cardíaca
Idade
Frequência cardíaca
(batimentos/min)
Lactente 120 a 160
Infante 90 a 140
Pré-escolar 80 a 110
Criança em idade escolar 75 a 100
Adolescente 60 a 90
Adulto 60 a 100
85. Métodos não farmacológicos para controle do pulso
Exposição a temperaturas
A exposição ao calor promove
o aumento da frequência de
pulso, do mesmo modo que a
exposição ao frio reduz.
Alterações na postura
Alterações na postura do
indivíduo (levantar-se ou
sentar-se) aumentam a
atividade, assim como elevam
a frequência, e o repouso
diminui a pulsação.
Atividades de longa
duração
Até mesmo a orientação em
Saúde para realização de
atividades de longa duração
facilitam uma pulsação de
repouso menor, da mesma
maneira que um retorno mais
rápido aos valores normais.
86. Padrão respiratório
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer o padrão
respiratório de um indivíduo, seus parâmetros, o local de
verificação e as formas de controle não farmacológico.
3
Necessidade de controle de sinais vitais
88. Avaliação do padrão respiratório
Idade Frequência (respirações/minuto)
Recém-nascido 30 a 60
Lactente (6 meses) 30 a 50
Infante (2 anos) 25 a 32
Criança 20 a 30
Adolescente 16 a 20
Adulto 12 a 20
89. Verificação da respiração
Passo 1
Realizar a
higienização
das mãos.
Passo 2
Posicionar o
paciente de forma
confortável.
Passo 3
Colocar a mão sobre
o pulso do paciente
e, por meio da
inspeção visual,
contar o número de
incursões
respiratórias por um
minuto completo,
observando seu tórax
e padrão respiratório.
Passo 4
Higienizar as mãos.
Passo 5
Proceder com as
anotações dos
parâmetros
encontrados.
90. Métodos não farmacológicos para controle da
respiração
Passo 1
Respirar de
forma
tranquila.
Passo 2
Em seguida,
encher o peito
de ar, segurar e
contar até 3,
em seguida,
soltar.
Passo 3
Novamente
respirar de
forma
tranquila.
Passo 4
Encher o peito
de ar, segurar e
contar até 3,
em seguida
soltar.
Passo 5
Após isso, puxar
novamente um
pouco de ar,
embaçando o
espelho,
lentamente.
Passo 6
Em um último
movimento,
puxar todo o ar,
embaçando o
espelho, só que
dessa vez
rápido e forte.
91. Pressão arterial
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os
parâmetros da pressão arterial, sua forma de verificação e os
métodos não farmacológicos de controle e manutenção.
4
Necessidade de controle de sinais vitais
92. Pressão arterial
A pressão arterial varia entre:
Sistólica
Máximo no pico da contração
ventricular.
Diastólica
Mínimo no final do relaxamento
dos ventrículos.
93. Pressão arterial
Idade
Pressão arterial sistólica
/ diastólica (valores de
referência)
Pressão arterial média
Recém-nascido 60 x 40mmHg 46mmHg
1 mês 70 x 40mmHg 50mmHg
1 ano 80 x 60mmHg 66mmHg
6 anos 90 x 60mmHg 70mmHg
10 a 13 anos 110 x 70mmHg 83mmHg
14 a 17 anos 110 x 80mmHg 90mmHg
A partir dos 18 anos 120 x 80mmHg 93mmHg
95. Avaliação da variação da pressão arterial
Hipertensão
Condição de saúde de múltiplos
fatores, caracterizada por elevação
sustentada dos níveis pressóricos, ≥
140 e/ou 90mmHg.
Hipotensão
Está presente quando a pressão
arterial sistólica se reduz para
valores menores que 90mmHg.
96. Materiais para medição da pressão arterial
Aparelho de
pressão de
mercúrio
Aparelho de
pressão manual
e estetoscópio
Aparelho
de pressão
de pulso
Aparelho de
pressão digital
98. Procedimento de verificação da pressão arterial
É importante que o paciente
não tenha praticado
atividades físicas há pelo
menos 60 minutos, assim
como a ingestão de bebidas
alcoólicas ou outros tipos de
alimento.
O uso do café pode elevar os
níveis pressóricos devido à
cafeína ser um potente
vasoconstrictor periférico,
elevando, assim, os níveis de
pressão arterial em um
indivíduo.
Fumar antes da verificação da
pressão arterial também
aumenta a chance de
vasoconstricção periférica,
sendo contraindicado antes e
durante a aferição da pressão
arterial.
Algumas situações durante a realização da verificação da pressão arterial são importantes:
99. Métodos não farmacológicos para controle da pressão
arterial
• Dieta e exercícios são importantes para autorregulação das atividades e manutenção do peso
corporal, ajudando a controlar a pressão arterial.
• Evitar o uso de cigarro, álcool em excesso e praticar respiração guiada também são métodos não
farmacológicos para controle da pressão arterial.
• Para hipotensão, elevar os membros inferiores pode facilitar o retorno venoso e aumentar a pressão
arterial, mas é contraindicado em casos de traumas torácicos, abdominais e cranianos com sinais de
hemorragia.
100. A assistência de
enfermagem na higiene
do indivíduo
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a
assistência de enfermagem diante das necessidades de higiene
do indivíduo.
1
Necessidades de higiene corporal e
preparo da unidade do cliente
101. Hábitos de higiene necessários à saúde do paciente
Imersão
Realizada na banheira.
Tipos de banho:
Aspersão
No chuveiro.
Ablução
Realizada parcialmente no
leito, por meio de frações
de água sobre o corpo em
regiões que provocam
desconforto quando ficam
sem banho.
Banho no leito
completo
Necessário em pacientes
com alto grau de
dependência.
Banho no leito a seco
Realizado com
compressas de algodão
embebidas com solução
de limpeza sem enxaguar.
102. Hábitos de higiene necessários à saúde do paciente
Higiene íntima no paciente acamado
Mulheres
A limpeza na região íntima das
mulheres deve ser feita de frente
para trás, começando pela higiene
do meato urinário com
movimentos da uretra para o ânus,
alternando os lados da compressa
e enxaguando.
Homens
O prepúcio deve ser retraído,
facilitando a higiene do meato
uretral para a base da glande,
retirando sujidades em
movimentos circulares para evitar
o crescimento de microrganismos;
em seguida, deve-se secar e
revestir a glande com o prepúcio.
103. A unidade do paciente e
o preparo do leito
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever princípios
norteadores da unidade do paciente e do preparo do leito.
2
Necessidades de higiene corporal e
preparo da unidade do cliente
104. Gerenciamento de leitos
• A unidade do paciente é o espaço designado ao
tratamento no hospital, contendo cama, mesa de
cabeceira, cadeira, entre outros elementos.
• A estrutura e organização dos móveis devem
facilitar a circulação e garantir conforto e segurança
ao paciente.
105. Unidade de Terapia Intensiva
• A higiene do paciente crítico é uma prioridade na
UTI.
• A forma de higiene corporal depende do quadro
clínico do paciente.
• Os cuidados diários incluem higiene oral e ocular,
banho no leito e troca de curativos. Mudança de
decúbito também é realizada para evitar lesões e
promover a higiene corporal.
106. Unidade de Terapia Intensiva
Classificação das Unidades de Internação
Áreas críticas
Setores de alto risco para
infecções relacionadas à
assistência em saúde incluem
aqueles que realizam
procedimentos com alto grau
de risco, unidades com
pacientes imunodeprimidos
ou áreas com ausência de
pacientes.
Áreas semicríticas
Setores de baixo a moderado
risco para infecções
relacionadas à assistência em
saúde incluem atividades
assistenciais não invasivas em
pacientes não críticos,
pacientes com doenças
infecciosas de baixa
transmissibilidade e setores
sem pacientes.
Áreas não críticas
Espaços sem a presença de
pacientes, onde não são
realizados procedimentos de
risco e com pequena
possibilidade de existência de
microrganismos.
107. Unidade de Terapia Intensiva
Limpeza e preparo da unidade do paciente
Limpeza concorrente
É realizada todos os dias e
sempre que houver exposição
à sujidade; contempla a
remoção do lixo, higiene do
piso e das superfícies do
mobiliário, e a limpeza
imediata do local quando
submetido à exposição por
material contaminado.
Limpeza terminal
É realizada semanal, quinzenal
ou mensalmente e sempre
conforme a utilização ou
contaminação de cada área.
Compreende escovar o piso e
aplicar cera, lavar teto,
divisórias, luminárias, janelas
e paredes.
108. Unidade de Terapia Intensiva
Preparo do leito
Enfermagem realiza o preparo do leito com diferentes
orientações:
• Cama fechada para novo paciente.
• Limpeza terminal.
• Cama aberta para mobilidade.
• Cama aberta com paciente acamado e cama
cirúrgica.