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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
ENFERMAGEM MÉDICO-CIRÚRGICA 2 E ESTÁGIO
PROFESSORES: ENF DR MARIA CRISTINA SOARES RODRIGUES
                ENF M.SC ANA LÚCIA DA SILVA
                ENF M.SC CAMILA ALVES CORRÊA NEIVA

ACADÊMICA: DANUSA FERNANDES
                                        RESUMO
                          CUIDADOS NO POSICIONAMENTO CIRÚRGICO

O presente trabalho tem o enfoque na atribuição do enfermeiro nos cuidados no posicionamento
do paciente cirúrgico. Um posicionamento inadequado pode levar a lesões e a outros
comprometimentos na saúde do paciente, portanto, aí está a importância do estudo das posições
do paciente utilizando os princípios básicos de alinhamento do corpo e proporcionando mínimo
desconforto.

O posicionamento do paciente na mesa cirúrgica irá depender do procedimento a ser realizado,
como também, de suas condições físicas. Para proporcionar conforto ao paciente cirúrgico, existem
posições usuais já definidas, e elas respeitam as condições que todas as posições cirúrgicas deverão
respeitar:
        Deverá expor somente a área cirúrgica, de modo que permita uma boa visibilidade e
        movimentação do cirurgião e da equipe;
        Deverá oferecer o mínimo de desconforto possível ao paciente;
        Deverá seguir os princípios do alinhamento corporal;
        Deverá permitir a desobstrução do suprimento vascular;
        Não deverá ter interferência na respiração;
        Deverá proteger os nervos, músculos, pele contra pressão indevida;
        Deverá ser observada a precaução quanto à segurança do paciente em relação ao peso, à
        idade, à altura e à deformidade física, respeitando seus limites anatômicos e fisiológicos.

A posição decúbito dorsal: O paciente fica com um dos braços ao lado da mesa, com a palma da
mão voltada para baixo e o outro sobre um suporte (tala de braço) para infusão intravenosa de
medicamentos, sangue, líquidos que forem necessários.

A posição decúbito ventral, ou pronação: O paciente permanece deitado de abdome para baixo,
com braços estendidos para frente apoiados em talas. A cabeça do paciente é colocada de lado.

A posição Trendelemburg: A cabeça e corpo do paciente ficam rebaixados. É necessário um suporte
acolchoado nos ombros, e certificar-se que o suporte não pressiona o plexo braquial.

A posição de litotomia: O paciente fica em decúbito dorsal com as pernas e coxas flexionadas em
ângulo reto e com os pés apoiados em estribos.

A posição lateral ou de Sims: O paciente fica deitado sobre o lado não-operado, com um travesseiro
de ar de 12,5 a 15 cm de espessura sob a região lombar ou sobre uma mesa com uma elevação de
rim ou lombar. A mesa cirúrgica dobrada permite ampliar o espaço entre as costelas inferiores e a
pelve. A perna superior do paciente permanece estendida e a inferior flexionada nas articulações
do joelho e quadril, e deve-se colocar um travesseiro entre as pernas.
A posição rose : O paciente permanece em posição dorsal, com cabeça pendida (com abaixamento
completo da cabeceira da mesa) apoiada ao joelho do cirurgião, para evitar estiramento de
ligamentos e músculos cervicais.

A posição semi-rose: O paciente fica em posição dorsal, com cabeceira abaixada 10º. Utiliza-se
coxim roliço para proteger os ombros.

A posição sentada ou semi-Fowler: O paciente fica sentado com as pernas esticadas e a cabeceira
levantada cerca de 45º.

Outras cirurgias, como torácica e toracoabdominais, de pescoço, cranianas e cerebrais podem
admitir outras posições que o cirurgião e o anestesista podem decidir, assim como, podem utilizar
aparelhos especiais e suplementares.

O pós-operatório também exige cuidados para evitar desconforto. Para sair da posição cirúrgica, o
enfermeiro deverá manipular lentamente o corpo do paciente. Caso o paciente mantenha-se em
decúbito dorsal, é recomendado manter uma cânula de guedel na boca dele para manter a
permeabilidade das vias aéreas, evitando aspiração de secreções em pacientes que se encontrarem
inconscientes.

O cuidado com o posicionamento cirúrgico é um dos cuidados importantes para oferecer conforto e
segurança ao indivíduo, e é de responsabilidade da equipe de enfermagem. A prevenção de lesões
ou de qualquer dano à saúde do paciente é um lema que todo profissional deverá seguir em suas
intervenções, tanto no centro cirúrgico como em outros procedimentos.

Referência

BRUNNER, Lillian Sholtis; SUDDARTH, Doris Smith; SMELTZER, Suzanne C. O'Connell. Brunner &
Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 11. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
2002. 2 v.

POTTER, Patricia Ann.; PERRY, Anne Griffin.; FIGUEIREDO, José Eduardo Ferreira de (Trad).
Fundamentos de enfermagem. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2004. 1509 p.

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  • 2. A posição rose : O paciente permanece em posição dorsal, com cabeça pendida (com abaixamento completo da cabeceira da mesa) apoiada ao joelho do cirurgião, para evitar estiramento de ligamentos e músculos cervicais. A posição semi-rose: O paciente fica em posição dorsal, com cabeceira abaixada 10º. Utiliza-se coxim roliço para proteger os ombros. A posição sentada ou semi-Fowler: O paciente fica sentado com as pernas esticadas e a cabeceira levantada cerca de 45º. Outras cirurgias, como torácica e toracoabdominais, de pescoço, cranianas e cerebrais podem admitir outras posições que o cirurgião e o anestesista podem decidir, assim como, podem utilizar aparelhos especiais e suplementares. O pós-operatório também exige cuidados para evitar desconforto. Para sair da posição cirúrgica, o enfermeiro deverá manipular lentamente o corpo do paciente. Caso o paciente mantenha-se em decúbito dorsal, é recomendado manter uma cânula de guedel na boca dele para manter a permeabilidade das vias aéreas, evitando aspiração de secreções em pacientes que se encontrarem inconscientes. O cuidado com o posicionamento cirúrgico é um dos cuidados importantes para oferecer conforto e segurança ao indivíduo, e é de responsabilidade da equipe de enfermagem. A prevenção de lesões ou de qualquer dano à saúde do paciente é um lema que todo profissional deverá seguir em suas intervenções, tanto no centro cirúrgico como em outros procedimentos. Referência BRUNNER, Lillian Sholtis; SUDDARTH, Doris Smith; SMELTZER, Suzanne C. O'Connell. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 11. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 2 v. POTTER, Patricia Ann.; PERRY, Anne Griffin.; FIGUEIREDO, José Eduardo Ferreira de (Trad). Fundamentos de enfermagem. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2004. 1509 p.