1. Modernismo
“É ESSENCIAL SER ABSOLUTAMENTE
MODERNO NOS SEUS GOSTOS.”
Por: Gustave Flaubert
Escola Secundária Artística António Arroio - Inês Pereira nº12 Vanessa Silva nº22 12ºL
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3. Índice
O Modernismo 1
(O que é? Como? Quando? Porquê?) 1
O Modernismo 1
Os seus “ismos” 1
Os principais “ismos” 1
O Modernismo 1
Na Arte e Ciência 1
O Modernismo em Portugal 1
Como revolucionou o nosso país 1
A arte modernista em Portugal 1
Os principais escritores e artistas pláticos 1
A arte modernista em Portugal 1
Literatura e Artes Plásticas 1
Conclusão 1
Bibliografia 1
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4. O Modernismo
(O que é? Como? Quando? Porquê?)
O modernismo foi um grande movimento artístico do séc. XX, que se desenvolveu
na Europa, sobretudo em França. Baseou-se na ideia de uso de formas tradicionais
e da vida quotidiana de modo a criar uma nova cultura. Passou então a existir o
objectivo de achar marcas antigas e substitui-las por formas novas, de maneira a
chegar a um progresso em que as pessoas passam a adaptar as suas visões do
mundo e a aceitar que o que é novo é também belo. Em 1905, fauvistas libertam a
arte das convenções académicas. Vai ter lugar uma revolução estética em ruptura
com a ordem clássica, já antecedida pelo simbolismo e impressionismo no trabalho
das formas, essa revolução vai buscar as suas origens ao século XVIII. Estes
movimentos reflectem a expansão demográfica, revoluções científicas por Ex: a
teoria da relatividade por Einstein, que modifica a posição do homem no universo.
O advento dos regimes marxistas, a confirmação do ateísmo, o desenvolvimento
das ideologias da extrema-direita e da extrema-esquerda rompem a reserva dos
intelectuais e solicitam o seu empenhamento. Época antes da multiplicação dos
museus, das instituições culturais, e da valorização da obra de arte. O surgimento
do cinema, fotografia, televisão provoca um debate sobre a dependência da arte à
ciência, rivalidade entre elas, e alargamento de disciplinas artísticas: Pintores
dedicam-se à poesia, à escultura, teatro e arquitectura.
Almada Negreiros - “Maternidade” - 1935
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5. O Modernismo
Os seus “ismos”
Dentro do Modernismo, existe uma série de ismos: Neo-classicismo, Romantismo,
Realismo, Impressionismo, Pós Impressionismo, Divisionismo, Simbolismo, mas
quais se destacam o: Cubismo, Expressionismo, Futurismo, Dadaísmo e
Surrealismo. Todos eles são um obstáculo pois fazem entender a arte do nosso
tempo e também faz com que tenhamos uma visão geral da arte antiga e dos seus
segredos.
•Cubismo
•Expressionismo
•Futurismo
•Dadaísmo
•Surrealismo
Cubismo
Futurismo - Boccioni
Expressinismo - Van Gogh Dadaísmo
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6. Os principais “ismos”
•CUBISMO
Movimento artístico que surgiu entre 1907 e 1914, nas quais os principais
fundadores foram Pablo Picasso e Georges Braque. Tratava-se da natureza através
de figuras geométricas e não existia nenhuma aparência real das coisas.
Movimento evoluiu em três fases:
Fase Cezaniana: Ocorreu entre 1907 e 1909
Fase Analítica: Ocorreu entre 1909 e 1917
Fase Sintética: Reacção do cubismo que tornava figuras novamente reconhecíveis,
colando pequenos pedaços de jornal e letras.
•EXPRESSIONISMO
O Expressionismo desenvolveu-se na Alemanha a partir de 1905 ao mesmo tempo
que o Fauvismo em França. O termo foi utilizado pela primeira vez em Berlim, em
1910, por Paul Cassirer e dá valor as sonhos, onde o mundo interior è obscuro. O
expressionismo derivou de três movimentos utilizados por artistas na Alemanha e
na Áustria como reacção contra o academismo, naturalismo e nacionalismo. Em
1892 teve lugar a primeira secessão, em Munique; a segunda mais próxima da arte
nova, manifestou-se em Viena e a terceira, mais importante, ocorreu em Berlim em
1899 e através das suas exposições deu a conhecer as obras de Kandinsky,
fauvistas e sobretudo Edvard Munch.
•FUTURISMO
Movimento artístico e literário que surgiu em Itália em 1909, através de um
manifesto futurista, marcado pelo poeta Filippo Marinetti. Manifestou-se
primeiramente na literatura e veio a estender-se mais tarde, na arquitectura, artes
plásticas, musica, cinema, etc.
Caracteriza-se:
· Pela desvalorização da tradição
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7. · Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico
· Propaganda
· Poesias com uso de frases fragmentadas
· Uso de onomatopeias
•DADAÍSMO
O Dadaísmo teve início em Zurique em 1915, através do manifesto de Tristan Tzara,
durante a primeira guerra mundial.
Caracteriza-se:
• Pela oposição a qualquer tipo de equilíbrio
• Combinação do pessimismo irónico
• Ingenuidade Radical
• Improvisação
•SURREALISMO
Movimento artístico e literário surgido primeiramente em Paris nos anos 20,
considerado como último movimento da vanguarda europeia. Baseia-se no jogo do
pensamento e na omnipotência do sonho. A sua finalidade é criar uma realidade
absoluta.
Surrealismo - Salvador Dalí
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8. O Modernismo
Na Arte e Ciência
Tópicos:
•Escultura
•Pintura
•Literatura
•Arquitectura
•Ciência
• Escultura
A escultura modernista permaneceu ligada à arquitectura e teve uma função
decorativa. Passou a existir o uso de objectos diários produzidos com materiais
nobres e também a utilização de desenhos, o que implicou a revalorização dos
artesãos e dos produtos feitos à mão. Em Viena, destacaram-se as criações de
baixelas em ouro e prata e em Espanha a refinada joalheria dos Masriera. Na
América alcançaram sucesso os desenhos em cristal, a arte gráfica publicitária com
cartazes coloridos e artísticos tentando convencer os cidadãos a comprar certos
produtos ou assistirem a determinados espectáculos, como o circo e o teatro .O
primeiro grande artista a se dedicar ao desenho de cartazes foi Toulouse-Lautrec.
(“Reclining Women” - Henry Moore)
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9. • Pintura
A pintura modernista resumiu-se no uso de formas do gótico com o simbolismo
romântico, o que resultou em pinturas de grande erotismo e naturalidade, onde a
mulher passou a ser idealizada em figuras meio ninfas, meio anjos, com corpos
etéreos e pele translúcida. A natureza assumiu-se pelo uso de plantas com ramos
ondulados e longos, florestas retratadas com rabiscos dourados e frisos
decorativos.
(“Les Demoiselles d`Avignon” - Pablo Picasso) (“O Beijo” - Gustav Klimt)
•Literatura
A revolução modernista na literatura começou a ser implantada entre 1855 e 1857
quando Walt Whitman publicou “Folhas da Relva”, nos Estados Unidos, e Charles
Baudelaire publicou “Flores do Mal”, na Europa. Dos dois lados do atlântico, a vida
e os valores da modernidade viravam poesia. Cerca de meio século depois, com os
lançamentos de “O Caminho de Swann”, de Marcel Proust, “Filhos e Amantes”, de
D.H. Lawrence, “Os Dublinenses”, de James Joyce, “Manifesto Vorticista”, de Ezra
Pound, e “Morte em Veneza”, de Thomas Mann, tornou-se evidente a estética
modernista na literatura.
O individualismo agravado, a fascinação pela vida moderna e urbana e pela
tecnologia, os temas quotidianos e da cultura popular, uma linguagem engenhosa,
o que incluiu a incorporação da fala relativa, dos versos livres e da ruptura com os
cânones literários, e narrativas fragmentadas e descontínuas foram algumas das
principais inovações que o Modernismo trouxe para a literatura.
A literatura modernista nasceu subversiva e impulsionada por vanguardas
artísticas que lançaram vários manifestos. Um dos primeiros foi o manifesto
Futurista, escrito pelo poeta italiano Filippo Marinetti e publicado em 1909.
Coragem, audácia e revolta deveriam ser os elementos essenciais da poesia
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10. futurista e seus seguidores devotariam o amor à velocidade, ao perigo, à pátria e à
guerra.
• Arquitectura
No Modernismo, a área da construção sofre uma grande evolução, começam a
surgir escolas de Belas-artes e escolas politécnicas. Na área do trabalho surgem
também arquitectos e engenheiros.
A arquitectura/construção adquire nova:
• Função - adquada ás necessidades da sociedade industrial;
•Técnica - Novos materiais e técnicas de construção (estrurura metálica nos
edifícios, ladrilho e sobretudo vidro);
•Forma - Rejeição das formas histórias e da ornamentação (arquitectura
simples/ surgimento de edifícios verticais).
(Walter Gropius, Edifício da Bauhaus, Dessau, 1925-26)
(Museu Guggenheim, Nova Iorque, 1959)
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11. • Ciência
A Revolução Cientifíca estabeleceu a ciência como a origem de todo o crescimento
do conhecimento. Durante o séc. XIX, a prática da ciência tornou-se profissional e
institucionalizada em modos que continuaram a ser usados no séc. XX. A história
da ciência é marcada por uma cadeia de avanços na tecnologia e no conhecimento
que sempre complementaram um ao outro. Inovações tecnológicas trouxeram
novas descobertas e levam a ainda outras descobertas por inspirar novas
possibilidades e aproximações em questões científicas antigas. Einstein foi o
cientista mais importante do séc.XX.
Albert Einstein
Einstein nasceu na Alemanha no ano de 1879. Ele foi físico e matemático, até hoje
é conhecido pela sua genialidade. Com Teoria da Relatividade mudou o
pensamento da humanidade a respeito do tempo e espaço. Em 1921, recebeu o
Prémio Nobel de Física ao explicar a teoria quântica, que apresentava
esclarecimentos sobre o efeito fotoelétrico. Faleceu em 1955, não conseguindo
concluir uma busca que passara os últimos dois anos da sua vida a realizar.
Albert Einstein 1879 - 1955
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12. O Modernismo em Portugal
Como revolucionou o nosso país
Em inícios do século XX, em Portugal, a produção literária e plástica era ainda
profundamente marcada pelo classicismo racionalista e naturalista. Em
comparação com a monótona e decadente política realizada em Portugal, uma
produção intelectual não decadente nem monótona surgiu nesta época. Os
interesses materiais dos burgueses sobrepunham-se aos interesses culturais,
condicionando a liberdade de expressão.
Numa dada altura, grupos de intelectuais portugueses organizaram-se em grupos
de debate da velha ordem, na qual recorrem a estratégias provocatórias em
resposta por vezes ás formas políticas e culturais conservadoras e reaccionárias à
modernidade. - É o modernismo, enquanto movimento estético e literário de
ruptura com a fraqueza intelectual, que irrompe em Portugal em uníssono com a
arte e a literatura mais avançadas da Europa, sem prejuizo, todavia, da
originalidade nacional.
Foram lançadas revistas, organizadas exposições e conferências, sob iniciativa
privada, num esforço de autonomia relativamente aos apoios estatais, através das
quais as novas opções culturais eram demonstradas e divulgadas. No entanto, o
baixo nível de alfabetização da população portuguesa e o conservadorismo dos
meios urbanos, onde as novidades intelectuais têm maior presença, não
proporcionaram abundância de público interessado nos novos eventos culturais
Almada Negreiros - Auto Retrato Revista Orpheu
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13. A arte modernista em Portugal
Os principais escritores e artistas pláticos
Escritores principais Artistas plásticos principais
Fernando Pessoa Eduardo Viana
Almada Negreiros Amadeu de Sousa-Cardozo
Mário Sá-Carneiro Santa-Rita Pintor
Alves Redol Almada Negreiros
Manuel da Fonseca Abel Manta
Soeiro Pereira Gomes Stuart Carvalhais
Miguel Torga Mário Eloy
Fernando Pessoa:
Fernando António Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e
poetas do Modernismo em Portugal. Nasceu a 13 de Junho de 1888 na cidade de
Lisboa e morreu na mesma cidade a 30 de
Novembro de 1935.
Fernando Pessoa usou nas suas obras diversas
autorias. Utilizou o seu nome próprio
(ortónimo) para assinar várias das suas obras e
pseudónimos (heterónimos) para assinar
outras. Os heterónimos de Fernando Pessoa
tinham personalidade própria e características
literárias deferenciadas.
Fernando Pessoa 1888 - 1935
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14. A arte modernista em Portugal
Literatura e Artes Plásticas
Literatura
O modernismo na literatura foi praticado por duas gerações de
intelectuais ligados a duas publicações literárias: um primeiro modernismo
surgido em 1915, em torno da revista Orpheu; um segundo modernismo
organizado em 1927, em torno da revista Presença.
Ainda antes destas, surgiram em Portugal revistas que propunham diferentes
soluções estéticas e políticas para recuperar o atraso português a este nível,
como a Nação Portuguesa, de feição conservadora, e a Seara Nova, de tendências
mais progressistas e democráticas. Nesta revista colaboraram investigadores
como o historiador Jaime Cortesão, António Sérgio e os escritores Aquilino
Ribeiro e Raul Brandão.
O Primeiro Modernismo – a Revista Orpheu
• Os únicos dois números desta revista, lançados em Março e Junho de 1915,
marcaram a introdução do modernismo em Portugal.
• Tratava-se de uma revista onde Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e
Fernando Pessoa, entre outros intelectuais publicaram os seus primeiros poemas
de intervenção na contestação da velha ordem literária.
• O primeiro número provocou o escândalo e a troça dos críticos, tal como os
escritores desejaram. O segundo número, que já incluiu também pinturas
futuristas de Santa-Rita Pintor, houve as mesmas reacções. Perante o insucesso
financeiro, a revista terminou.
O Segundo Modernismo – a revista Presença
• A revista Presença, ou «folha de arte e crítica»,
foi fundada em 1927, em Coimbra, por
Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões e
José Régio. Não obstante ter passado tempos
difíceis, não só financeira como
intelectualmente, foi publicada até 1940.
• Além da produção nacional, a Presença divulgou
também textos de escritores europeus,
sobretudo franceses.
• Escritores do Segundo Modernismo: Miguel
Torga, Adolfo Casais Monteiro, Aquilino Ribeiro,
Ferreira de Castro, Vitorino Nemésio, Pedro
Homem de Mello, Tomás de Figueiredo e Eça Leal.
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15. Artes Plásticas
Irradiação e Implantação:
O movimento ficou conhecido em Portugal a partir de duas exposições: a primeira,
em 1915, ocorreu no Porto, tendo sido chamada de «Humoristas e Modernistas»; as
segundas, em 1916, em Lisboa e no Porto, de Amadeu de Souza-Cardoso.
O país, que entrara no século agarrado a uma pintura naturalista e romântica em
que artistas como José Malhoa eram a referência, reagiu violentamente ao
movimento. A nova estética internacional, desconhecida no país, estava a ser
mostrada por artístas que tinham estado em Paris.
Amadeo de Sousa Cardozo - Menina dos Cravos, 1913
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16. Conclusão
Com esta pesquisa, pode-se concluir que o Modernismo foi um grande
movimento artístico que teve um impacto mundial e não somente na Europa. Foi
um movimento que coexistiu com a Primeira Guerra Mundial, onde vários artistas
e intelectuais retratam e criticam aconteciemtos com a arte.
Portugal teve um grande impacto com o Modernismo, sendo nesta época que
surgiram mais pintores e escritores portuguese. Este movimento contribuiam para
uma revolução e evolução no nosso país. E ainda hoje se falam de nomes
imortalizados nesta época, (Fernado Pessoa, Almada Negreiros, etc.)
Na ciência, arquitectura, escultura entre outros, abre-se uma mente de liberdade
intelectual que cada um pode produzir e realizar sem seguir cânones e regras, os
horizontes alargam-se e contribuem para um maior e melhor desenvolvimento
social e também económico.
Com o Modernismo, entra-se num novo século, numa nova era, numa era de
evolução permanente, numa era de criatividade e arte.
Fernando Pessoa
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17. Bibliografia
Livro:“História da Arte”.
URL: http://www.fag.edu.br
URL: http://suapesquisa.com/biografias/
URL: http://lazer.hsw.uol.com.br/modernimo2.htm
URL: http://ha2em3.blogs.sapo.pt
URL: http://pt.wikipedia.org
Imagens: Google imagens
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