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Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Lição 2
10 de
Janeiro
de 2016
A necessidade dos
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RECONHECER que
o conhecimento
natural e racional
de Deus não é
suficiente para a
salvação;
CONSCIENTIZAR de
que a idolatria
(desprezo pela glória
de Deus) induz o ser
humano à perversão;
RECONHECER que
somente o
conhecimento
experiencial de
Deus liberta da ira
do Todo-Poderoso.
Objetivos
Texto Bíblico
Romanos 1.18-27.
18 — Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;
19 — porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 — Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e
claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 — porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se
desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 — Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23 — E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e
de répteis.
24 — Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si;
25 — pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito
eternamente. Amém!
26 — Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à
natureza.
27 — E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para
com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. rgb(26,
188, 156)
INTRODUÇÃO
A história da humanidade demonstra que o ser humano sempre
buscou a Deus, mas falhou porque o busca da forma errada. A procura
pelos interesses pessoais e atendimento aos desejos pecaminosos
dominaram os povos. No texto a ser estudado o apóstolo argumenta que
todo ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, tem
consciência da existência divina, pois a própria natureza é a prova desta
existência. Mesmo reconhecendo a existência, se faz necessário um
relacionamento mais estreito com este Deus.
João 3.19-21 – “E o julgamento é este: A luz veio ao
mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz,
porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que
faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que
as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a
verdade vem para a luz, a fim de que seja manifesto que
as suas obras são feitas em Deus”
I – conhecimento de Deus para salvação (Rm 1.18 – 20)
O texto (perícope) começa com o testemunho dos céus, demonstrando a
observância divina sobre tudo o que acontece na terra. A atenção é para
as injustiças que são praticadas, principalmente, pelas pessoas que
detêm o poder sobre os demais seres humanos, oprimindo-os na busca
do benefício próprio. Estas práticas provocam a “ira de Deus”, que é
uma linguagem antropopática para que o ser humano, em sua limitação,
possa entender e reproduzir o agir divino. O Deus de justiça não pode
ser conivente com práticas de injustiças e desumanização. O termo “ira
de Deus” não é compreendido por muitas pessoas, alegando que Deus é
amor e não poderia agir com atos de vingança ou rigorosos. As
expressões “Deus é amor” e “Deus é justiça” não são contraditórias,
pois um Deus de Amor deve proteger os injustiçados por meio da
justiça. Toda injustiça é pecado (1Jo 5.17a — ARA) e as práticas de
injustiça serão julgadas por Deus, no tempo determinado por Ele.
O conhecimento natural e racional de Deus é acessível a todo ser
humano. O apóstolo argumenta que as coisas visíveis criadas por
Deus são do conhecimento de todas as pessoas e representam as
coisas invisíveis, que podem ser deduzidas pela lógica. Para Paulo
não existe o ateu em estado puro, pois pelas coisas criadas é
possível se descobrir Deus. Como explicar o funcionamento do
universo, com milhares de galáxias, além das conhecidas, e a
harmonia entre elas? O reconhecimento de um Deus que governa
tudo isso pode se explicar racionalmente. O caminho da descoberta
de Deus está aberto a todos. Todavia, o conhecimento experiencial
é somente por meio da fé e é manifesto mediante a produção de
frutos de justiça. O autor esclarece o tema da justificação por meio
da fé nos capítulos 3 e 4 da epístola.
Os argumentos do subtópico anterior demonstram que o ser humano não
tem como justificar suas práticas de injustiças por não conhecer a Deus.
Por outro lado, o fato de reconhecer a existência de Deus não
caracteriza que esta pessoa praticará a justiça. Na época do apóstolo,
como nos dias que vivemos, existem muitas pessoas que se dizem
religiosas e praticantes da Palavra, mas infelizmente suas práticas não
condiziam com o Evangelho que era ensinado pelo apóstolo. Dessa
forma, a carteira de membro ou de ministro do evangelho não serve para
se justificar diante de Deus, mas sim uma vida coerente com o
evangelho e que manifesta o fruto do Espírito na vida. No meio
pentecostal, a cultura que predomina é de que as manifestações dos dons
espirituais são sinônimos de espiritualidade e santidade. Tal ênfase leva-
nos a desprezar o fato de que a santidade é evidenciada pelo fruto do
Espírito (Gl 5.22).
Romanos demonstra que o Evangelho revela a
justiça de Deus por meio da fé, porém também
evidencia a ira de Deus sobre o pecado.
Quando a Bíblia menciona a necessidade do conhecimento
de Deus, não é o conhecimento teórico, mas o conhecimento
experiencial, isto é, conhecer sobre Deus com Ele.
II – Reconhecimento da glória de Deus(Rm 1.21-27)
O versículo 21 usa a expressão “tendo conhecido a Deus, não o
glorificaram como Deus”, ou seja, aqui trata de uma pessoa que
reconhece a existência de Deus por meio do conhecimento natural, mas
não o reconhece como Senhor. Uma coisa é reconhecer a existência,
outra é reconhecer adequadamente a Deus. Algumas pessoas, mesmo
sabendo da existência do Criador, têm como motivação seu interesse
pessoal, priorizando a busca do poder, do prazer e da zona de conforto,
mesmo que para os conquistar precise praticar a injustiça. Esta prática é
denominada por algumas pessoas como “ser esperto”. Como diz o
apóstolo, “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”, pois agir desta forma
é loucura para Deus. Por isso, a necessidade de reconhecer a glória de
Deus, ser grato por tudo que Ele tem nos proporcionado e, em tudo,
glorificar ao nome do Senhor. Jovem, você tem sido grato a Deus?
Quando o ser humano passa a ser o centro de todas as coisas
(antropocentrismo), Deus é considerado como se fosse um objeto à
disposição da vontade daquele. O apóstolo critica a prática de tentar
transformar a glória do Deus incorruptível em objetos de imagem de
criaturas (v.23), como se fossem sagradas e capazes de atender os
desejos pessoais (Sl 103.20; Jr 2.11). Aqui, precisamos conceituar
idolatria como tudo aquilo que o ser humano coloca no lugar ou antes
de Deus e para sua própria glória. Algumas pessoas por não se prostrar
diante de uma imagem de escultura pensam não praticar idolatria. No
entanto, quando as pessoas não reconhecem Deus como único Absoluto,
acabam por substituí-lo por coisas (status social, cargo ministerial, bens,
entre outros) ou pessoas. O fato de não termos imagens de escultura em
nossas igrejas não garante a ausência de idolatria. Jovem, o que você
tem priorizado em sua vida? Qual o lugar de Deus?
Às pessoas que não reconhecem a glória de Deus, o apóstolo
afirma que Deus as entrega às suas próprias concupiscências.
Estas pessoas são inclinadas a buscar sua satisfação pessoal e
uma das formas citadas é a relação sexual entre pessoas do
mesmo sexo, diferente do projeto original de Deus (Gn 1.27;
2.18). No mundo greco-romano da época do apóstolo, a
pederastia era estimulada e inclusive vista como perfeição
sexual. Contudo, Paulo condena essa prática, que tem se tornado
cada vez mais popular nos dias atuais. Por isso, devemos estar
preparados para tratar do assunto e das pessoas com esse
comportamento sexual, quer fora, quer da própria igreja. É a
nossa obrigação falar-lhes do amor de Cristo.
O ser humano que não se entrega à vontade de Deus,
o Criador o entrega à sua própria vontade.
A idolatria ocorre quando colocamos outras prioridades antes
de Deus.
III – O conhecimento experiencial de Deus que liberta do poder do pecado (Rm 1.28 -32)
O apóstolo amplia os atos de perversidade que as pessoas que não se
importam em buscar o conhecimento experiencial de Deus. A pessoa
que tem o conhecimento experiencial com Deus, sente a presença
dEle constantemente, pois o Espírito Santo tem liberdade para
orientá-la, bem como adverti-la quando estiver propensa a sair da
vontade do Pai, mantendo-a na fé de Cristo. Essa é a grande diferença
entre aquele que conhece a Deus e aquele que não conhece. Existe
um ditado popular que diz “fulano não tem nada a perder”. Aqueles
que não conhecem experiencialmente a Deus pensam não ter nada a
perder e se entregam às suas próprias concupiscências, “estando
cheios de toda iniquidade” (v.29). Entretanto, o apóstolo afirma que
serão julgados sob a ira de Deus. Portanto, todos têm “muito a
perder”.
A pessoa que se entrega à perversidade não dá ouvidos ao Espírito
Santo, o meio que Deus proveu para nos convencer do pecado, da
justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Desse modo, se torna
“irreconciliável”, pois rejeita o único meio de se religar com Deus.
Entretanto, isso ocorre porque ele não se importa com Deus e não o
contrário. Esta pessoa sozinha não consegue vencer sua tendência
para a prática do pecado e da injustiça. O fato é que nem todas as
pessoas vão chegar ao conhecimento da verdade. Por mais que essa
afirmação nos incomode, as pessoas são livres para aceitar ou não o
Caminho. Não podemos mudar as pessoas; elas mudarão somente se
quiserem e derem abertura ao Espírito Santo. Quem rejeita o projeto
de Deus para salvação abraça o projeto que torna a mentira em
verdade.
“O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos,
dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos
sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons”
(Martin Luther King Júnior).
Todas as pessoas estão sujeitas ao erro e ao pecado, mas
aquelas que se submetem a Deus e se importam com a sua
vontade, dão ouvidos ao Espírito Santo e não se comprazem
na vida de pecado.
Nesta lição aprendemos que a criação é uma
prova evidente da existência de Deus, o ser
soberano que se ira contra as práticas de
injustiça. Para não ser consumido pela ira divina
é preciso ter um conhecimento experiencial de
Deus, pois o conhecimento natural e racional
não é suficiente para salvação.
1. De acordo com a lição, algumas pessoas afirmam que a expressão “Deus é amor” é conflitante com a expressão “Deus é
justiça”. De acordo com a lição estas expressões são contraditórias?
As expressões “Deus é amor” e “Deus é justiça” não são contraditórias, pois um Deus de Amor deve proteger os injustiçados por
meio da justiça.
2. As igrejas evangélicas não possuem em seus templos imagens de esculturas. Esta atitude garante a ausência de idolatria na
igreja?
O fato de não termos imagens de escultura em nossas igrejas não garante a ausência de idolatria, pois a idolatria é tudo aquilo
que você coloca no lugar, ou antes, de Deus.
3. Os cristãos evangélicos afirmam que a Bíblia condena a relação entre pessoas do mesmo sexo. Qual a base bíblica no Novo
Testamento para tal afirmação?
A base bíblica está na afirmação do apóstolo Paulo em Romanos 1.26,27: “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames.
Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o
uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e
recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”.
4. De acordo com a lição, quando uma pessoa pode se tornar irreconciliável com Deus?
A pessoa que se entrega à perversidade e não dá ouvidos ao Espírito Santo, o meio que Deus proveu para nos convencer do
pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11) se torna “irreconciliável”, pois rejeita o único meio de se religar com Deus.
5. Segundo a lição, o apóstolo Paulo afirma ser suficiente não praticar a injustiça?
Não. O apóstolo ensina que consentir com a injustiça também se constitui uma prática injusta.

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lição 2 - A necessidade dos gentios

  • 1. Justiça e Graça Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos Lição 2 10 de Janeiro de 2016 A necessidade dos gentios
  • 2.
  • 3.
  • 4. RECONHECER que o conhecimento natural e racional de Deus não é suficiente para a salvação; CONSCIENTIZAR de que a idolatria (desprezo pela glória de Deus) induz o ser humano à perversão; RECONHECER que somente o conhecimento experiencial de Deus liberta da ira do Todo-Poderoso. Objetivos
  • 5. Texto Bíblico Romanos 1.18-27. 18 — Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça; 19 — porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. 20 — Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; 21 — porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 — Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 23 — E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. 24 — Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 — pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! 26 — Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 — E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. rgb(26, 188, 156)
  • 6. INTRODUÇÃO A história da humanidade demonstra que o ser humano sempre buscou a Deus, mas falhou porque o busca da forma errada. A procura pelos interesses pessoais e atendimento aos desejos pecaminosos dominaram os povos. No texto a ser estudado o apóstolo argumenta que todo ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, tem consciência da existência divina, pois a própria natureza é a prova desta existência. Mesmo reconhecendo a existência, se faz necessário um relacionamento mais estreito com este Deus.
  • 7. João 3.19-21 – “E o julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas em Deus”
  • 8. I – conhecimento de Deus para salvação (Rm 1.18 – 20)
  • 9. O texto (perícope) começa com o testemunho dos céus, demonstrando a observância divina sobre tudo o que acontece na terra. A atenção é para as injustiças que são praticadas, principalmente, pelas pessoas que detêm o poder sobre os demais seres humanos, oprimindo-os na busca do benefício próprio. Estas práticas provocam a “ira de Deus”, que é uma linguagem antropopática para que o ser humano, em sua limitação, possa entender e reproduzir o agir divino. O Deus de justiça não pode ser conivente com práticas de injustiças e desumanização. O termo “ira de Deus” não é compreendido por muitas pessoas, alegando que Deus é amor e não poderia agir com atos de vingança ou rigorosos. As expressões “Deus é amor” e “Deus é justiça” não são contraditórias, pois um Deus de Amor deve proteger os injustiçados por meio da justiça. Toda injustiça é pecado (1Jo 5.17a — ARA) e as práticas de injustiça serão julgadas por Deus, no tempo determinado por Ele.
  • 10. O conhecimento natural e racional de Deus é acessível a todo ser humano. O apóstolo argumenta que as coisas visíveis criadas por Deus são do conhecimento de todas as pessoas e representam as coisas invisíveis, que podem ser deduzidas pela lógica. Para Paulo não existe o ateu em estado puro, pois pelas coisas criadas é possível se descobrir Deus. Como explicar o funcionamento do universo, com milhares de galáxias, além das conhecidas, e a harmonia entre elas? O reconhecimento de um Deus que governa tudo isso pode se explicar racionalmente. O caminho da descoberta de Deus está aberto a todos. Todavia, o conhecimento experiencial é somente por meio da fé e é manifesto mediante a produção de frutos de justiça. O autor esclarece o tema da justificação por meio da fé nos capítulos 3 e 4 da epístola.
  • 11. Os argumentos do subtópico anterior demonstram que o ser humano não tem como justificar suas práticas de injustiças por não conhecer a Deus. Por outro lado, o fato de reconhecer a existência de Deus não caracteriza que esta pessoa praticará a justiça. Na época do apóstolo, como nos dias que vivemos, existem muitas pessoas que se dizem religiosas e praticantes da Palavra, mas infelizmente suas práticas não condiziam com o Evangelho que era ensinado pelo apóstolo. Dessa forma, a carteira de membro ou de ministro do evangelho não serve para se justificar diante de Deus, mas sim uma vida coerente com o evangelho e que manifesta o fruto do Espírito na vida. No meio pentecostal, a cultura que predomina é de que as manifestações dos dons espirituais são sinônimos de espiritualidade e santidade. Tal ênfase leva- nos a desprezar o fato de que a santidade é evidenciada pelo fruto do Espírito (Gl 5.22).
  • 12. Romanos demonstra que o Evangelho revela a justiça de Deus por meio da fé, porém também evidencia a ira de Deus sobre o pecado. Quando a Bíblia menciona a necessidade do conhecimento de Deus, não é o conhecimento teórico, mas o conhecimento experiencial, isto é, conhecer sobre Deus com Ele.
  • 13. II – Reconhecimento da glória de Deus(Rm 1.21-27)
  • 14. O versículo 21 usa a expressão “tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus”, ou seja, aqui trata de uma pessoa que reconhece a existência de Deus por meio do conhecimento natural, mas não o reconhece como Senhor. Uma coisa é reconhecer a existência, outra é reconhecer adequadamente a Deus. Algumas pessoas, mesmo sabendo da existência do Criador, têm como motivação seu interesse pessoal, priorizando a busca do poder, do prazer e da zona de conforto, mesmo que para os conquistar precise praticar a injustiça. Esta prática é denominada por algumas pessoas como “ser esperto”. Como diz o apóstolo, “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”, pois agir desta forma é loucura para Deus. Por isso, a necessidade de reconhecer a glória de Deus, ser grato por tudo que Ele tem nos proporcionado e, em tudo, glorificar ao nome do Senhor. Jovem, você tem sido grato a Deus?
  • 15. Quando o ser humano passa a ser o centro de todas as coisas (antropocentrismo), Deus é considerado como se fosse um objeto à disposição da vontade daquele. O apóstolo critica a prática de tentar transformar a glória do Deus incorruptível em objetos de imagem de criaturas (v.23), como se fossem sagradas e capazes de atender os desejos pessoais (Sl 103.20; Jr 2.11). Aqui, precisamos conceituar idolatria como tudo aquilo que o ser humano coloca no lugar ou antes de Deus e para sua própria glória. Algumas pessoas por não se prostrar diante de uma imagem de escultura pensam não praticar idolatria. No entanto, quando as pessoas não reconhecem Deus como único Absoluto, acabam por substituí-lo por coisas (status social, cargo ministerial, bens, entre outros) ou pessoas. O fato de não termos imagens de escultura em nossas igrejas não garante a ausência de idolatria. Jovem, o que você tem priorizado em sua vida? Qual o lugar de Deus?
  • 16. Às pessoas que não reconhecem a glória de Deus, o apóstolo afirma que Deus as entrega às suas próprias concupiscências. Estas pessoas são inclinadas a buscar sua satisfação pessoal e uma das formas citadas é a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo, diferente do projeto original de Deus (Gn 1.27; 2.18). No mundo greco-romano da época do apóstolo, a pederastia era estimulada e inclusive vista como perfeição sexual. Contudo, Paulo condena essa prática, que tem se tornado cada vez mais popular nos dias atuais. Por isso, devemos estar preparados para tratar do assunto e das pessoas com esse comportamento sexual, quer fora, quer da própria igreja. É a nossa obrigação falar-lhes do amor de Cristo.
  • 17. O ser humano que não se entrega à vontade de Deus, o Criador o entrega à sua própria vontade. A idolatria ocorre quando colocamos outras prioridades antes de Deus.
  • 18. III – O conhecimento experiencial de Deus que liberta do poder do pecado (Rm 1.28 -32)
  • 19. O apóstolo amplia os atos de perversidade que as pessoas que não se importam em buscar o conhecimento experiencial de Deus. A pessoa que tem o conhecimento experiencial com Deus, sente a presença dEle constantemente, pois o Espírito Santo tem liberdade para orientá-la, bem como adverti-la quando estiver propensa a sair da vontade do Pai, mantendo-a na fé de Cristo. Essa é a grande diferença entre aquele que conhece a Deus e aquele que não conhece. Existe um ditado popular que diz “fulano não tem nada a perder”. Aqueles que não conhecem experiencialmente a Deus pensam não ter nada a perder e se entregam às suas próprias concupiscências, “estando cheios de toda iniquidade” (v.29). Entretanto, o apóstolo afirma que serão julgados sob a ira de Deus. Portanto, todos têm “muito a perder”.
  • 20. A pessoa que se entrega à perversidade não dá ouvidos ao Espírito Santo, o meio que Deus proveu para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Desse modo, se torna “irreconciliável”, pois rejeita o único meio de se religar com Deus. Entretanto, isso ocorre porque ele não se importa com Deus e não o contrário. Esta pessoa sozinha não consegue vencer sua tendência para a prática do pecado e da injustiça. O fato é que nem todas as pessoas vão chegar ao conhecimento da verdade. Por mais que essa afirmação nos incomode, as pessoas são livres para aceitar ou não o Caminho. Não podemos mudar as pessoas; elas mudarão somente se quiserem e derem abertura ao Espírito Santo. Quem rejeita o projeto de Deus para salvação abraça o projeto que torna a mentira em verdade.
  • 21. “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons” (Martin Luther King Júnior). Todas as pessoas estão sujeitas ao erro e ao pecado, mas aquelas que se submetem a Deus e se importam com a sua vontade, dão ouvidos ao Espírito Santo e não se comprazem na vida de pecado.
  • 22. Nesta lição aprendemos que a criação é uma prova evidente da existência de Deus, o ser soberano que se ira contra as práticas de injustiça. Para não ser consumido pela ira divina é preciso ter um conhecimento experiencial de Deus, pois o conhecimento natural e racional não é suficiente para salvação.
  • 23. 1. De acordo com a lição, algumas pessoas afirmam que a expressão “Deus é amor” é conflitante com a expressão “Deus é justiça”. De acordo com a lição estas expressões são contraditórias? As expressões “Deus é amor” e “Deus é justiça” não são contraditórias, pois um Deus de Amor deve proteger os injustiçados por meio da justiça. 2. As igrejas evangélicas não possuem em seus templos imagens de esculturas. Esta atitude garante a ausência de idolatria na igreja? O fato de não termos imagens de escultura em nossas igrejas não garante a ausência de idolatria, pois a idolatria é tudo aquilo que você coloca no lugar, ou antes, de Deus. 3. Os cristãos evangélicos afirmam que a Bíblia condena a relação entre pessoas do mesmo sexo. Qual a base bíblica no Novo Testamento para tal afirmação? A base bíblica está na afirmação do apóstolo Paulo em Romanos 1.26,27: “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”. 4. De acordo com a lição, quando uma pessoa pode se tornar irreconciliável com Deus? A pessoa que se entrega à perversidade e não dá ouvidos ao Espírito Santo, o meio que Deus proveu para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11) se torna “irreconciliável”, pois rejeita o único meio de se religar com Deus. 5. Segundo a lição, o apóstolo Paulo afirma ser suficiente não praticar a injustiça? Não. O apóstolo ensina que consentir com a injustiça também se constitui uma prática injusta.