1. EDUCAÇÃO E PERCEPÇÃO AMBIENTAL NA ÁREA DO PARQUE AMBIENTAL SERRA
DA CAPIVARA-PI
A. A. Campos1, R. D. C. Batista2, C. A. Santos³ & M. F. L. de Sousa⁴
1 Colégio Impacto – Cursos e Vestibulares.
INTRODUÇÃO
A educação ambiental é um instrumento que possibilita
uma maior aproximação da comunidade com paisagens
naturais promovendo um altruísmo ecológico na relação
existente entre o homem e a natureza. Conforme Leme
(2006) a Educação Ambiental pode ser compreendida como
uma prática social e política, por meio da qual os indivíduos
interferem na realidade de modo a transformá-la.
Nessa perspectiva, o trabalho justifica-se pela
pertinência do tema no processo de ensino aprendizagem
tendo como objetivos: promover práticas educativas com
informações sobre as Unidades de Conservação; envolver
os alunos na conservação do patrimônio natural do Parque;
proporcionar o contato direto com o ambiente natural e
cultural e aprimorar a sensibilização ambiental.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência desenvolvido
com 54 alunos de uma escola particular, dos 1º ano A e
B manhã e 1º ano A tarde do ensino médio, no
município de Floriano-PI.
O projeto foi desenvolvido entre os dias 05 e 17
de outubro de 2015, sendo necessário um total de 12
aulas de geografia de 50 minutos no turno regular
(manhã) e 04 aulas no contraturno para ser finalizado,
conforme as etapas a seguir:
Apresentação da proposta do trabalho e seus
principais objetivos;
Realização de palestra e oficinas em Educação
Ambiental;
Viagem realizada para a U.C Serra da Capivara.
Figura – 3: Maquete produzida pelos alunos.
Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2015.
Figura – 1: Momento de discussão onde os educandos expõem suas opiniões.
Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2015.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura – 2: Elementos naturais.
Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2015.
A relação do homem com o meio ambiente, parte do
princípio de como cada indivíduo o percebe e o quanto se
reconhece em seu próprio meio; permite um diagnóstico
mais claro da problemática ambiental vigente que reoriente
tal relação com o mundo (DÍAZ, 2002).
A etapa final foi consolidada com a vivência da
realidade estudada a fim de ampliar o aprendizado sobre
questões ambientais e de uma maior percepção do
ambiente que nos rodeia.
Nesse sentido, ratificando De Marcos (2006, p. 106), é
sabido que enquanto recurso didático o trabalho de campo
é “[...] o momento em que podemos visualizar tudo o que
foi discutido em sala de aula, em que a teoria se torna
realidade, se “materializa” diante dos olhos”.
No primeiro encontro os alunos compartilharam
saberes e dúvidas sobre a relação do homem com o meio
ambiente, onde se questionou a sua presença como parte
integrante da natureza, mudanças de atitudes e condutas
que tragam novas possibilidades de (re)aproximação com
áreas verdes.
Figura – 4 Visão panorâmica do Parque.
Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2015.
Acredita-se, que o desafio consista em trabalhar com
“outras práticas pedagógicas”, que despertem o interesse
dos alunos pela preservação da natureza. Nestes termos,
(re)interpretar o mundo e refletir sobre sua realidade local e
global transcende todo e qualquer limite exigido em
metodologias acadêmicas, prevalecendo de fato o real
valor dado às experiências vividas entre o homem e a
natureza.
REFERÊNCIAS
DE MARCOS, V. Trabalho de campo em geografia: reflexões sobre uma experiência de
pesquisa participante. Boletim Paulista de Geografia n. 84. São Paulo, jul., p. 105-136,
2006.
DÍAZ, A. Educação Ambiental como Projeto. 2.ed.. Porto Alegre: Artmed, 2002.
LEME, T. N. Conhecimentos práticos dos professores e sua formação continuada: um
caminho para a educação ambiental na escola. In: GUIMARÃES, M. (Org.): Caminhos da
Educação Ambiental: da forma à ação. Campinas: Papirus, p. 87-112, 2006.
Posteriormente, confeccionaram desenhos e maquetes
sobre a temática, realizando uma rica troca de
conhecimentos e a (re)significação de um olhar mais
altruísta para com o ambiente.