4. Primeiros suporte para a escrita: pedra e
argila
Primeiras representações: sistemas
pictográficos
Escrita cuneiforme
Pintura rupestre
suméria -3500 AC
5. A introdução e a prática da escrita
trouxeram significativas mudanças na
recepção do texto, nos gêneros e
funções do texto, nos processos
cognitivos e discursivos, enfim, no
estado ou condição dos destinatários
dos textos.
Magda Soares
6. Rolos de papiro
Quando os egípcios passaram a usar
o papiro, sua escrita, condicionada por
esse novo espaço, foi-se tornando
progressivamente mais cursiva e
Escrita Hieroglífica,
perdendo as tradicionais e estilizadas cunhada em rolos de
imagens hieroglíficas, exigidas pela papiro
superfície da pedra.
Papiro egípcio- 1240 BC
8. Uma grande revolução: o códice
Nova organização do texto,
agora encadernado e organizado
em páginas e seções
Códice Sinaiticus, um manuscrito da Bíblia, em
pergaminho, escrito em grego (meados do século IV)
9. O texto nas páginas do códice
tem limites claramente definidos,
tanto a escrita quanto a leitura
podem ser controladas por autor
e leitor, permitindo releituras,
retomadas, avanços, fácil
localização de trechos ou partes
15. A partir dos anos 1990: novo suporte
A tela do
computador e a
inclusão de mídias
digitais na
composição do texto
16. A inscrição do texto na tela cria uma distribuição,
uma organização, uma estruturação do texto
que não é de modo algum a mesma com a qual
se defrontava o leitor do livro em rolo da
Antiguidade ou o leitor medieval do livro
manuscrito ou impresso, onde o texto é
organizado a partir de sua estrutura em
cadernos, folhas e páginas.
Roger Chartier p.13 (1999)
17.
18. O texto na tela dá ao leitor a possibilidade
de embaralhar, de entrecruzar, de reunir
textos que são inscritos na mesma memória
eletrônica. Todos esses traços indicam que a
revolução do livro eletrônico é uma
revolução nas estruturas do suporte
material do escrito assim como nas
maneiras de ler.
Roger Chartier p.13 (1999)
19. A tela, como novo espaço de escrita,
traz significativas mudanças nas formas
de interação entre escritor e leitor, entre
escritor e texto, entre leitor e texto e até
mesmo, mais amplamente, entre o ser
humano e o conhecimento
Magda Soares 2002
24. TEXTO IMPRESSO / LIVRO TEXTO ELETRÔNICO / TELA
Limites claramente definidos Possibilidade de criação de
e organização hierárquica, hipertextos (multilinear, multi-
possibilitando criar protocolos seqüencial).
de leitura.
Escrito e lido linearmente, Leitura hipertextual – processos
seqüencialmente . cognitivos mais compatíveis
com os esquemas mentais.
Estável - sobrevive e persiste Leitores podem interferir neles,
como um monumento a seu alterar e definir seus próprios
Autor e a seu tempo. caminhos de leitura.
25. TEXTO IMPRESSO / LIVRO TEXTO ELETRÔNICO / TELA
Controlado: numerosas Pouco controlado: grande
Instâncias intervêm em sua liberdade de produção.
produção e a regulam.
O autor tem total propriedade O leitor é também autor pois
sobre a obra. define o texto, sua estrutura
e seu sentido.
Maior distância entre autor e O hipertexto é construído
leitor. pelo leitor no ato da leitura.
26. CONCLUSÃO
Diferentes tecnologias de escrita
geram diferentes estados ou
condições naqueles que fazem uso
dessas tecnologias, em suas práticas
de leitura e de escrita.
27. Chartier, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador. UNESP, 1999
Soares, M. Novas práticas de leitura e escrita: Letramento na
cibercultura. Educ. Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, 2002. Disponível
em http://www.cedes.unicamp.br
www.slideshare.net/JoseSimas/a-evoluo-da-escrita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_livro
http://infoinclusoes.blogspot.com/2007_11_01_archive.html
http://filosofianodia-a-dia.blogspot.com/2008/08/o-trabalho-dos-
copistas-medievais-prof.html
www.waningmoon.com/publications/news/codex-gigas-devils-
bible.html
http://tipografos.net/escrita/romanos-cursiva.html