[1] A criptococose é uma micose sistêmica causada pelo fungo Cryptococcus, que pode acometer os pulmões, sistema nervoso central e outros órgãos. [2] Os principais sintomas incluem tosse, dor torácica e cefaleia, dependendo da localização da infecção. [3] O diagnóstico é realizado por meio de exames diretos, cultura, histopatologia e testes sorológicos dos espécimes clínicos, e o tratamento é feito com antifúngicos como anfotericina B
1. CRIPTOCOCOSE
Micose Sistêmica
COMPONENTES:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO
MICOLOGIA
Prof. Dr. Gustavo Portela Ferreira
Abrahão Lincoln
Alice Mendes
Ana Camila
Dakson Douglas
Janyere Alexandrino
Jessica Rodrigues
Laiane Veras
Maria da Conceição
Michelly Kelliny
3. CRIPTOCOCOSE
HISTÓRICO
INTRODUÇÃO
1894 – Otto Bussen e Abrahan Buschke primeira descrisão
da criptococse (observou corpúsculos arredondados
encapsulados em lesão sarcoma-símile)
1894 – Francesco Sanfelice demontrou a patogenicidade do
fungo - Saccharomyces neoformans
1901 - Vuillemin - Transfere-os para o gênero Cryptococcus
1941 e 1944 – Carlos da Silva Lacaz e Floriano de
Almeida primeira descrição da Criptococose no Brasil
Otto Bussen
Fonte: wwalchetron.com.br
Carlos da Sila Lacaz
Fonte:www.museudapessoa.net
4. CRIPTOCOCOSE
INTRODUÇÃO
Conhecida também Torulose, Blastomicose europeia ou Doença de Busse-
Buschke;
É uma micose de natureza sistêmica;
Porta de Entrada
Cryptococcus neoformans
(Sorotipo A, D, AD)
Cryptococcus gattii
(Sorotipo B, C)
Var.
neoformans
Var.
grubii
CARACTERISTICAS GERAIS
5. CRIPTOCOCOSE
CARACTERISTICAS GERAIS
INTRODUÇÃO
Oportunista, cosmopolita, associada a condições de imunodepressão
celular;
Fungo isolado: solo contaminado por fezes de aves, pombos em particular,
além de madeira em decomposição, frutos, vegetais e ocos de árvores
(saprófitos);
Infecção ocorre por inalação de esporos.
C. gattii
C. neoformans Imunossuprimidos
Imunocompetentes
7. CRIPTOCOCOSE
EPIDEMIOLOGIA
INTRODUÇÃO
Acomete cães e gatos
A transmissão entre animais e o homem não foi comprovada
doença oportunista com maior morbidade e mortalidade entre os pacientes
soropositivos (Moreira et al., 2006).
C. gattii
Tropicais
Subtropicais
Meio campestre
Isolado de diferente espécies de árvores: Oiti, Cássia gigante, Cássia-rosa,
mangueira, fiqueira e gameleira
Mangueira
Fonte: Google imagens
C. neoformans Cosmopolita
11. CRIPTOCOCOSE
REPRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Fase Sexuada:
Não é observada na natureza
Demonstrada em condições de
laboratório (in vitro)
Hifas dicarióticas
Uma compatibilidade bipolar
Fase Assexuada:
Células haplóides
Cápsula polissacarídea
Formato arredondados ou ovalados
Sem presença hifas ou pseudo-hifas
Brotamentos singulares ou múltiplos
Diâmetros de aproximadamente 2-8 µm
12. Cápsula Polissacaridica
Parede Celular - Síntese de Melanina
Termotolerantes; Imagem 2 - Uma descrição idealizada de uma célula de C. neoformans. Observe
que a melanina é encontrada na parede celular.
Glucuronoxilomanana – GXM
Galactoxilomanana – GalXM
Manoproteínas - MP
Impede a Produção de TNFα de Macrófagos
CRIPTOCOCOSE
FATOR DE VIRULÊNCIA
INTRODUÇÃO
13. • Associado as vias bioquímicas
• Produção de enzimas
Síntese de Poliol D-manitol
Protease
Urease
Fosfolipase
CRIPTOCOCOSE
INTRODUÇÃO
FATOR DE VIRULÊNCIA
14. Fonte: Google imagens - Microscopia eletrônica vs colorações.
CRIPTOCOCOSE
INTRODUÇÃO
15. Excretas Secas
Árvores como: Eucalipto
Disseminação
CRIPTOCOCOSE
TRANSMISSÃO
Inalação de basidiósporos
Infecção primária do sistema respiratório
Via hematógena
ou linfática
Infecção
secundária do
SNC
A disseminação da infecção e
a apresentação do quadro
clínico estão intimamente
relacionadas ao grau de
imunidade do hospedeiro
26. Exame direto
Cultura
Histopatológico
Testes sorológicos
Técnicas moleculares
LCR
• Amostra mais utilizada
• Três tubos
• Médico – termo de consentimento
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
TIPOS DE TECNICAS
27. Leveduras
Cap. polissacarídica
Tinta da china
Nigrosina
Amostras purulentas KOH a 10% eliminar células.
O líquor e urina deve ser centrifugado sedimento
https://pt.wikipedia.org
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
EXAME DIRETO
28. Ágar semente de Niger
Ágar Sabouraud
Ágar Semente de
girassol
Ágar dopamina
Àgar L-dopa
Ágar batata cenoura
Melanina
Não devem conter mais que
0,1% de glicose
http://path.upmc.edu
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
Cultura
A enzima fenol-oxidase
produzida pelo fungo age sobre
os substratos ácido caféico ou
compostos de ou polifenólicos
29. As amostras comuns (escarro, raspados, pus etc)
Inoculadas em meios contendo antimicrobianos
X
Pois a maioria dos isolados de C. neoformans é sensível
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
Cultura
CICLOHEXIMIDA
30. Ágar Semente de Ninger
Ágar Sabouraud Dextrose
Colônias cremosas, viscosas,
úmidas, cor creme
Verso – aspecto mucoide
branco, úmido e viscoso
Reverso – claro
http://crescendoemcultura.blogspot.com.br
http://crescendoemcultura.blogspot.com.b
r
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
Cultura
31. Ágar Canavanina Glicina-Azul de Bromotimol (CGB)
Fonte:www.slideshare.net
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
Cultura
C. gattii
C. neoformans
Resistente a L-canavanina
Inibido pela L-canavanina
32. Histopatológico
• Gelatinoso
• Granulomatoso
Caracteriza-se por pouco ou nenhuma reação inflamatória e
grande quantidade de fungos
Caracteriza-se pela presença de granulomas epitelióides, células
gigantes, linfócitos e proliferação linfoblástica. O infiltrado
inflamatório é fundamentalmente constituído por macrófagos
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
HISTOPATOLÓGICO
33. Hematoxilina e eosina (HE)
Mucicarmim cora as células de vermelho.
PAS (periodic acid-Schiff)
Alcian blue
Gomori-Grocott
Fontana Masson cora a melanina fungica de marrom
avermelhado.
Fonte:www.scielo.br
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
TIPOS DE COLORAÇÃO
35. Aglutinação de látex ELISA
- Detecta antígenos ou anticorpos
- Detecta o antígeno mesmo em pequenas
quantidades
- Desvantagem apenas no tempo de
liberação do resultado.
- A detecção do antígeno do polissacarídeo
capsular de Cryptococcus spp
- Um dos principais testes sorológicos
realizados na rotina micológico
- Testes utilizam partículas de látex
revestidas com anticorpos policlonais para
a cápsula criptocócica
- Sensibilidade 93-100%
- Especificidade 93-98%
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
TESTES SOROLÓGICOS
36. CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
TESTES BIOQUÍMICOS
Teste de Urease
- Fácil, Rápido e de Baixo custo
- Teste diferencial
- A urease é uma enzima que degrada a
uréia em duas moléculas de amônia e uma
de anidrido carbônico
- Diferencia Criptococose de uma infecção
por cândida
- Diferenciação do gênero
- Cryptococcus neoformans é urease +
37. Recente Estudos epidemiológicos Variação (sorotipo)
Sensibilidade e Especificidade
superiores à cultura e ao exame direto
Mais preciso e mais rápido
PCR multiplex que permite a
diferenciação entre C. neoformans var.
neoformans e var. gatti
CRIPTOCOCOSE
DIAGNÓSTICO
Técnica de PCR
TESTES MOLECULARES
39. A escolha da droga vai depender da forma clínica
Criptococose Pulmonar
Fluconazol
Dose de 200 mg/dia, por 6 meses a 12 meses
Itraconazol
Dose de 200 mg/dia, durante 6 a 12 meses
CRIPTOCOCOSE
TRATAMENTO
40. Anfotericina B
Na dose de 1 mg/kg/dose, não ultrapassar 50 mg/dia,
durante 6 semanas.
CRIPTOCOCOSE
TRATAMENTO
A escolha da droga vai depender da forma clínica
Criptococose Disseminada
41. Fluconazol
Na dose de 200 a 400 mg/dia por aproximadamente 6
semanas.
CRIPTOCOCOSE
TRATAMENTO
A escolha da droga vai depender da forma clínica
Criptococose Disseminada
42. Consenso em Criptococose: 2008. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 41, n. 5, p. 524-544, Oct. 2008.
Available from Disponível em>www.scielo.com.br< Visitado em 09 de Novembro de 2017.
CRIPTOCOCOSE. In: SIDRIM, José Júlio Costa; ROCHA, Marcos Fábio Gadelha. Micologia Médica à Luz
de Autores Contemporâneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Cap. 24. p. 252-264.
Diagnostico Laboratorial da Criptococose. Disponível em >www.researchgate.net.com.br< Acessado em 24
de Novembro de 2017.
Criptococose Pulmonar. Disponível em >http://www.scielo.com.br< Acessado me 24 de Novembro de 2017.
ALMEIDA, Sandro Rogério. Ciências Farmacêuticas – Micologia. Guanabara Koogan, 2008.
LACAZ, C. da S. et al. Tratado de micologia médica. 2002.
MURRAY, Patrick; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiología médica. Elsevier Brasil,
2009.
The dissemination model of Cryptococcus-neoformans from-the-environment to the. Disponivel em
>www.researchgate.net.com.br< Acessado em 20 de Novembro de 2017.
The intrinsic virulence of clinical isolates of Cryptococcus neoformans was. Disponivel em
>www.researchgate.net.com.br< Acessado em 20 de Novembro de 2017.
CRIPTOCOCOSE
REFERÊNCIAS
Notas do Editor
Em meio de cultura niger maron – enzima lacase ( fenoloxidade)
CGB – cavanina glicina azul de bromenol
Falar das caracteristicas da colonia... Textura etc