A Escola de Frankfurt foi fundada na Alemanha em 1924 e reunia filósofos marxistas como Horkheimer, Adorno e Marcuse. Eles desenvolveram a Teoria Crítica para analisar criticamente a sociedade contemporânea utilizando inspiração do marxismo. Após o nazismo, muitos membros exilaram-se nos EUA, onde continuaram seus estudos sobre alienação e crítica à cultura de massa e indústria cultural.
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Filosofia 31
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2. Principais membros!
A Escola de Frankfurt foi fundada no ano de 1924 na
Universidade de Frankfurt, na Alemanha.
Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor W. Adorno
(1903-1969) são os principais representantes da escola.
Tinham também outros membros, entre eles Walter
Benjamin (1892-1940), Jürgen Habermas (1929),
Herbert Marcuse (1898-1979) e Erich Fromm (1900-
1980) e Leo Löwenthal.
3. O que era a Escola Frankfurt
Ela reuniu muitos filósofos e cientistas sociais de
mentalidade marxista. Estes intelectuais cultivavam a
conhecida Teoria Crítica da Sociedade.
Se dedicaram em estudar dos problemas tradicionais
do movimento operário, unindo trabalho empírico e
análise teórica.
Entretanto os integrantes da Escola de Frankfurt
conduziram suas obras a uma esfera crítica e reflexiva
quanto ao marxismo. Não pretendiam ser
comentadores ou intérpretes do pensamento de Marx,
mas tinham como proposta buscar inspiração no
marxismo para uma análise da sociedade
contemporânea.
4. Um pouco da história:
Tinha formação de filosofias que se contrapunham
àquelas elaboradas pelos filósofos e idealistas clássicos,
bem como a utilização de doutrinas que criticavam
aspectos que permeiam a vida em sociedade como o
sistema econômico vigente- o capitalismo-, a arte, o
consumo, a história e a política. Entretanto, embora os
debates abrangiam inúmeras temas, o grande foco da
escola era colocar em debate o trabalho e a forma como
se davam as ações relativas à cultura.
Esta Escola tinha uma sede, o Instituto para Pesquisas
Sociais; um mestre, Horkheimer, substituído depois por
Adorno; uma doutrina que orientava suas atitudes,
pensamento de outros filósofos, tais como Schopenhauer
e Nietzsche; e uma revista como porta-voz, publicada
periodicamente, na qual eram impressos os textos
produzidos por seus adeptos e colaboradores. O
programa por eles adotado passou a ser conhecido como
Teoria Crítica.
5. Os integrantes da Escola estavam na época em que
aconteceu a Revolução Russa, o aparecimento do
regime fascista, e a implantação do Nazismo na
Alemanha, que culminou com um exílio forçado deste
grupo, composto em grande parte por judeus, a partir de
1933.
Viajaram de Genebra para Paris, então para os EUA, até
se fixarem na Universidade de Columbia, em Nova York.
A primeira obra produzida pelo grupo foi denominada
Estudos sobre Autoridade e Família, gerada na Cidade-
Luz, na qual eles questionam a real vocação da classe
operária para a revolução social.
6. Assim, eles se distanciam dos trabalhadores, atitude que
se concretiza com o lançamento do livro Dialética do
Esclarecimento, lançado em 1947, em Amsterdã, que já
praticamente elimina a ideia destes filósofos a expressão
‘marxismo’. Erich Fromm e Marcuse dão uma guinada
teórica ao juntar os conceitos da Teoria Crítica aos ideais
psicanalíticos.
Como meio para divulgação do seu olhar sobre os
aspectos que permeavam as criticas tiveram algumas
produções, como a principal obra de Adorno, que tinha o
título de Dialética Negativa, bem como a Revista de
Pesquisa Social.
7. Em linhas gerais, entende-se que a Teoria Crítica é
resultado da harmonização do histórico do marxismo
materialista com as teorias psicanalíticas que já tinham
sido desenvolvidas. Assim, a teoria era uma mistura bem
diversificada de olhares, críticas, ideias e teorias,
resultando em uma mistura ideológica.
8. Caracteristicas:
As características dessa escola eram basicamente:
Desprezo pelo revolução material ou físico alheio as ações
contínuas e culturais;
Reinterpretação do marxismo e do mundo através da
ideologia marxista;
Critica ferrenha a alienação e imperialismo oriundos da
cultura ocidental que inibia as classes menos favorecidas;
Desenvolvimento do senso crítico e medidas para
promover a quebra dos valores sociais já instaurados.
9. Alguns feitos da Escola Frankfurt
Os historiadores a voltaram para a atenção para os
teóricos de Frankfurt por causa forma crítica de seus
estudos, contrários à sociedade de consumo e de
massa. É nesse contexto que Phil Slater, professor de
Teoria Política, Antropologia Social, e Língua e Cultura
Germânica da City University de Londres, publica seu
“Origem e significado da Escola de Frankfurt” em 1976.
O trabalho em questão dialoga de forma intensa com a
“Imaginação Dialética” de Martin Jay, lançado três anos
antes. Mas o objetivo de Slater é o de analisar as causas
que levaram ao fracasso prático da grande contribuição
do Instituto de pesquisas sociais, a Teoria Crítica.
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12. Alienação:
Em um texto clássico escrito em 1947, “Dialética do Iluminismo”,
Adorno e Horkheimer definiram indústria cultural como um sistema
político e econômico que tem por finalidade produzir bens de cultura –
filmes, livros, música popular, programas de TV etc. – como
mercadorias e como estratégia de controle social.
Os meios de comunicação de massa, como TV, rádio, jornais e
portais da Internet, são propriedades de algumas empresas, que
possuem interesse em obter lucros e manter o sistema econômico
vigente que as permitem continuarem lucrando. Portanto, vendem-se
filmes e seriados norte-americanos, músicas, não como bens
artísticos ou culturais, mas como produtos de consumo. Com isso, ao
invés de contribuírem para formar cidadãos críticos, manteriam as
pessoas “alienadas” da realidade.
Por essa razão, indústria cultural substitui o termo cultura de massa,
pois não se trata de uma cultura popular, mas de uma ideologia
imposta às pessoas.