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GESTÃO
SUSTENTÁVEL
ÍNDICE
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Apresentação
O que é sustentabilidade
Estágios da sustentabilidade nas organizações
Tripple Bottom Line
Sustentabilidade e MEG
Corporação 2020 - O desafio futuro
Dicas para manter uma gestão sustentável
Sobre a FNQ
Apresentação
Com o objetivo de auxiliar aqueles que pretendem fazer um processo
de capacitação ou atualizar seus conhecimentos na área de gestão, a
Fundação Nacional da Qualidade disponibiliza e-books gratuitos sobre
assuntos relacionados ao tema.
Neste mês, a publicação aborda a gestão sustentável, como forma
de introduzir o tema do Congresso FNQ de Excelência em Gestão
#CEG2015, que acontecerá em junho de 2015, com presença do
palestrante internacional Pavan Sukhdev, principal relator do The Economics
of Ecosystems and Biodiversity (TEEB), da ONU, apresentando o tema
“O Novo Capitalismo”.
Como fazer com que a organização em que atuamos adote medidas
mais sustentáveis e continue gerando lucro? Essa e outras questões são
respondidas neste e-book, que também traz conceitos sobre sustentabilidade
nas organizações e como o tema está relacionado e integrado no nosso
Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), além de dicas de como
implementar e manter uma gestão sustentável em seu negócio.
Esperamos que você desfrute uma boa leitura e sinta-se estimulado a
continuar o seu processo de capacitação, seja por meio de nossos cursos,
eventos e/ou grupos de discussão.
Para isso, acesse o portal: www.fnq.org.br.
3
O que é sustentabilidade
Do latim sustentare, o termo “sustentável” significa sustentar, defender,
favorecer, apoiar, conservar, cuidar. Já o conceito de sustentabilidade está
relacionado ao termo “desenvolvimento sustentável” e foi primeiramente
usado em 1987 pela presidente da Comissão Mundial do Meio Ambiente
e Desenvolvimento das Nações Unidas, a norueguesa Gro Brundtland, que
definiu o conceito como: “Desenvolvimento sustentável significa suprir as
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações
futuras de atender às suas necessidades”.
Pensando em sua aplicação em termos econômicos, a sustentabilidade
significa viver da “renda” proporcionada pela natureza e não do seu
“capital”, o chamado capital natural, de acordo com o Instituto Brasileiro
de Governança Corporativa (IBGC). Responsável pela provisão dos serviços
ambientais, o capital natural são os benefícios obtidos pela natureza,
como oxigênio, água, madeira, clima, entre outros. Já o capital social é
fundamental na busca da sustentabilidade, uma vez que está relacionado
ao grau de estabilidade social e prosperidade.
Além disso, a sustentabilidade, assim como o Modelo de Excelência da
Gestão® (MEG) da FNQ, é um conceito sistêmico, que correlaciona e
integra aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade.
Em outras palavras, trabalhar o tema sustentabilidade requer um olhar mais
holístico, que atue conjuntamente em diversas vertentes e variáveis.
4
O QUE É UM NEGÓCIO SUSTENTÁVEL E RESPONSÁVEL?
É a atividade econômica orientada para a geração de valor econômico-financeiro, ética, social e ambiental, cujos resultados
são compartilhados com os públicos afetados. Sua produção e comercialização são organizadas de modo a reduzir
continuamente o consumo de bens naturais e de serviços ecossistêmicos, a conferir competitividade e continuidade à própria
atividade e a promover e manter o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Fonte: Instituto Ethos
ESTÁGIO 1
ELEMENTAR
ESTÁGIO 2
ENGAJADO
ESTÁGIO 3
INOVADOR
ESTÁGIO 4
INTEGRADO
ESTÁGIO 5
TRANSFORMADOR
Empregos, lucros
e impostos
Marginal:
direcionada à
equipe
Unilateral
Cumprimento da
legislação
Defensivo
Proteção
Expressão
verbal,
indisponível
Estágios da sustentabilidade
nas organizações
O Núcleo Petrobras de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral realizou,
em 2012, a primeira edição da pesquisa Estágio da Sustentabilidade
das Empresas Brasileiras, com o objetivo de avaliar a gestão empresarial,
considerando diversos aspectos relacionados à sustentabilidade.
O levantamento considerou como sustentabilidade as atividades
organizacionais que geram resultados ambientais, econômicos e sociais
positivos e equilibrados a todos os seus stakeholders.
A pesquisa definiu cinco estágios de sustentabilidade.
5
Conceito de
sustentabilidade
Estrutura
Relacionamento
com
stakeholders
Intenção
estratégica
Capacidade de
resposta
Transparência
Liderança
Filantropia,
proteção
ambiental
Propriedade
funcional
Interativo
Licença para
operar
Reativo,
políticas
Relações
públicas
Engajado,
apoiador
Gestão de
stakeholder
Coordenação
entre funções
Influência mútua
Casos de
negócios
Responsiva,
programas
Reporte ao
público
Auxilia o
processo de
sustentabilidade
corporativa
Sustentabilidade
ou Triple Bottom
Line
Alinhamento
oganizacional
Parceria
Proposta de
valor
Sistemas,
proativa
Garantia
Campeão
à frente da
sustentabilidade
Mudar o
mercado
Mainstream:
direcionada ao
negócio
Alianças multi-
organizacionais
Criação de
mercado ou
mudança social
Definidora
Transparência
total
Visionário, à
frente do seu
tempo
Figura 1: As sete dimensões dos estágios de sustentabilidade corporativa.
Fonte: MIRVIS, GOOGINS, 2006
Estágios da sustentabilidade
nas organizações
E para definir a sustentabilidade, as organizações foram questionadas
quanto às seguintes ações:
- operar com ética e transparência nos negócios;
- valorizar colaboradores e tratá-los com respeito e dignidade;
- trabalhar com os fornecedores/vendedores para assegurar que eles
operem de forma ética e responsável;
- proteger o meio ambiente natural, identificando, tratando e mitigando
os impactos ambientais e sociais decorrentes das atividades na oferta
dos produtos e serviços;
- proteger consumidores;
- gerir e reportar as finanças precisamente;
- realizar marketing e propaganda dos produtos de maneira responsável;
- promover benefícios aos colaboradores;
- responder à comunidade/aos grupos de interesse as questões com
as quais eles se preocupam e as quais afetam seu desenvolvimento
e bem-estar;
- melhorar as condições da sua comunidade;
- gerar valor para as partes interessadas;
- prover vagas de trabalho bem remuneradas, bem como o bem-estar de
seus colaboradores;
- gerar diversidade de colaboradores dentro da empresa;
- apoiar voluntariado entre os colaboradores;
- inovar na forma de gerir as organizações, a fim de buscar modelos mais
enxutos, limpos e inteligentes e para trazer soluções para os problemas
presentes e futuros.
As questões acima fazem parte da pesquisa Estágio da Sustentabilidade
das Empresas Brasileiras, de 2012, e foram complementadas de acordo
com a 20ª edição dos Critérios de Excelência da Gestão da FNQ.
6
O Triple Bottom Line, também conhecido como o tripé da sustentabilidade,
é um conceito criado por John Elkington, cofundador da ONG
SustainAbillity, definido como: “termo criado para representar a expansão
do modelo de negócios tradicional para um novo modelo, que passa a
considerar a performance ambiental, social e econômica da organização”.
O tripé é sustentado pelos três ”p”: people, planet and profit, em português,
pessoas, planeta e lucro.
Ao adotar esse conceito, a organização não considera apenas as questões
econômicas, mas também as sociais e as do meio ambiente, isto é, a sua
estratégia passa a coincidir com os interesses dos stakeholders e considera
a sustentabilidade dentro do processo.
Além dos três itens do tripé, deve-se levar em conta outros aspectos para
assegurar o desenvolvimento sustentável, seja da organização, de uma
cidade, Estado ou País. São questões políticas e culturais, ou seja, é
preciso que haja coerência entre o que é esperado e a prática adotada e,
também, que a instituição entenda as limitações e as qualidades culturais
da comunidade onde está inserida.
7
Triple Bottom Line
O jornalista e consultor em sustentabilidade Rogério R. Ruschel defende a
adoção de um quarto elemento no triple bottom line, a generosidade. Em
seu artigo para o Portal Envolverde, o conceito corresponde “à qualidade
do que é generoso, pródigo, do que perdoa facilmente, nobre, leal; a
virtude de quem acrescenta algo ao próximo”. E complementa que, no
universo corporativo, pode ser entendida como altruísmo, ou seja, a
organização tem de ser “menos gananciosa, tomar a decisão de reduzir um
pouquinho a margem de lucro ou aumentar em alguns meses o prazo de
retorno de um investimento para ser ambientalmente correta e socialmente
justa – sem deixar de ser economicamente viável”, define.
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), da FNQ, considera esses
e outros aspectos para que a organização adote uma gestão sustentável.
Implementar o MEG é uma ação concreta do que se pode fazer para
contribuir na adoção dos conceitos do Tripple Bottom Line.
8
Triple Bottom Line
Pessoas Planeta Lucro Generosidade
Sustentabilidade e o MEG
Apesar de ser parte essencial do quarto Critério de Excelência, praticar
uma gestão sustentável significa praticar todos os outros sete Critérios
do MEG, uma vez que não basta realizar ações sociais excepcionais
sendo que, internamente, o cumprimento da legislação, o tratamento dos
impactos sociais e ambientais e a prevenção de acidentes e incidentes
não acontecem.
Para se manterem ativas, cooperativas, competitivas e sustentáveis, as
organizações públicas, privadas ou do terceiro setor, independentemente
do porte, precisam interagir e adaptar-se ao complexo cenário de
transformações globais.
A FNQ, por meio do MEG, contribui para que as organizações brasileiras
promovam a melhoria da sua gestão e desenvolvam-se de forma ética
e sustentável, gerando valor à sociedade, em ambientes cada vez mais
voláteis e exigentes, que pressupõem acessibilidade aos produtos e serviços
por todos, disseminação da educação ambiental em toda a cadeia de
valor, recuperação e preservação dos ecossistemas, incorporação de
tecnologias limpas e de baixo impacto ambiental, reciclagem, reutilização,
bem como consumo consciente de recursos renováveis e não renováveis.
Ao adotar o MEG e seus Critérios e Fundamentos, é exigido da
organização uma maior capacidade de interação e maior velocidade de
aprendizado e adaptação. O objetivo é que inovem, transformem-se e
sejam protagonistas na construção de um mundo melhor e mais conectado,
desenvolvendo ações para minimizar desigualdades socioeconômicas.
9
Sustentabilidade e o MEG
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) orienta a estruturação de
práticas sustentáveis, a partir do Critério Sociedade, que, por sua vez está,
embasado pelo Fundamento Responsabilidade Social, o qual pressupõe o
reconhecimento da comunidade e da sociedade como partes interessadas
de uma empresa.
10
Corporação 2020
O desafio futuro
Em seu livro “Corporação 2020 - Como transformar as empresas para
o mundo de amanhã”, Pavan Sukhdev - palestrante do Congresso FNQ
de Excelência em Gestão (#CEG2015) - define a corporação atual como
sendo “Corporação 1920”, que é “uma espécie de anacronismo”, com
limitações às responsabilidades dos acionistas, personificações corporativas
e redução das restrições impostas às atividades sobre tempo, local e
propósito. “Os principais fatores que levaram ao sucesso da Corporação
1920 são expansão e criação de demanda, inovação dos produtos e
produção barata. Ela é caracterizada pela presença multinacional, bem
como pelo sucesso em utilizar uma ‘arbitragem de preços’ internacional em
grande escala em todos os aspectos de suas operações”.
Características fundamentais da Corporação 1920
1. Busca determinada por tamanho e escala para conseguir dominar
o mercado.
2. Lobby agressivo para obtenção de vantagens regulatórias e
competitivas.
3. Amplo uso da publicidade, sem qualquer consideração ética, para
influenciar a demanda do consumo e criar uma demanda nova.
4. Uso agressivo de fundos emprestados para “alavancar” o investimento
feito pelos acionistas.
Já a Corporação 20/20 é uma iniciativa internacional do Tellus Institute,
com vários parceiros e que tem por objetivo “o desenvolvimento e a
disseminação da visão e do rumo para a corporação do século 21, em que
o propósito social deixe de ser fator secundário para se tornar o principal
objetivo da organização”. Para Sukhdev, é preciso que um novo DNA da
11
corporação comece a marcar presença na economia global até 2020,
quando a Terra deverá estar perigosamente próxima de muitos limites ou
até mesmo os tenha ultrapassado.
Quatro elementos de um novo DNA
1. Alinhamento das metas com a sociedade.
2. A corporação como uma fábrica de capital.
3. A corporação como uma comunidade.
4. Compromisso para desenvolver a corporação como um instituto
de aprendizado.
Assim como já defenderam outros teóricos, o capitalismo em que vivemos
atualmente está em crise, uma vez que se pensa em períodos curtos.
A proposta para esse novo modelo é ter um “capitalismo de longo
prazo”. O presidente mundial da McKinsey defendeu essa tese e explica
que, ao se pensar em uma gestão trimestral, por exemplo, tem-se em
conta o desempenho e, por isso, investimentos sociais e ambientais são
descartados, porque afetam os resultados a curto prazo. Entretanto, esse
modelo já se mostrou insustentável.
Antes, as organizações eram admiradas pelo seu papel no desenvolvimento
social, agora, são acusadas de serem protagonistas da destruição do nosso
ambiente. Por isso, Sukhdev propõe um novo modelo corporativo, baseado
em novos incentivos e regulamentações, que permita às organizações
aumentar o bem-estar humano e a igualdade social, além de diminuir os
riscos ambientais e os prejuízos ecológicos e continuar gerando lucro.
12
Corporação 2020
O desafio futuro
Corporação 2020
Um desafio para a sustentabilidade
Para isso, não basta mais tratar de algumas ações sustentáveis, é preciso
repensar a forma de trabalhar, o modelo de negócio e seus reais impactos
a curto, médio e longo prazos.
Pavan defende que a mudança irá acontecer e o desafio urgente é a nossa
sobrevivência. Para isso, é preciso que as organizações realizem uma
agenda de mudanças que nos guie até a economia verde. “Enquanto o
meio ambiente muda, as espécies dominantes definham e as emergentes
se tornam dominantes. A busca por transformações empresariais em quatro
áreas importantes - externalidade, alavancagem, publicidade e tributação
dos recursos naturais - criará as circunstâncias para o florescimento de um
novo tipo de corporação. Essas são as condições capacitadoras necessárias
para que o DNA da Corporação 2020 domine nossa economia”, ressalta
em sua publicação.
13
Dicas para manter uma
gestão sustentável
Organizações que buscam o sucesso de seus negócios devem ter como
premissa o desenvolvimento sustentável. Para isso, um dos requisitos
básicos é investir em sustentabilidade. “Atitudes voltadas à sustentabilidade
ambiental e ao uso consciente dos recursos naturais precisam fazer parte do
processo de gestão empresarial independentemente do porte ou segmento
das organizações. Dessa forma, é fundamental que o empresário trabalhe
com essa ideia, adaptando seu negócio às demandas da sociedade, que
exige postura ética e responsável diante das transformações ambientais que
afetam o mundo”, explica o superintendente-geral da FNQ, Jairo Martins.
Para auxiliar a sua organização na adoção dessas atitudes, definimos nove
dicas para implementar a gestão sustentável:
1. Identificar impactos negativos ao meio ambiente
Mapear as atividades que podem gerar impactos negativos ao meio
ambiente, para tratá-las de forma planejada, estabelecendo metas para
eliminar, minimizar ou compensar tais consequências. Incluem-se, nos
impactos, consumo não controlado de água, de energia elétrica e de
combustível, bem como o descarte incorreto de sobras de produção, de
lixo, de lâmpadas fluorescentes, cartuchos de impressora e embalagens.
2. Prevenir-se constantemente
Estar preparado para eventuais acidentes ou situações de emergência
para evitar ou mitigar seus impactos no meio ambiente. Uma ação
planejada e eficiente ajuda a conter esses imprevistos. Recomenda-se
realizar treinamentos de situações emergenciais, documentar e comunicar
seus resultados para saber qual o nível de preparação da empresa para
essas ocasiões.
14
Dicas para manter uma
gestão sustentável
3. Comunicar a sociedade de forma transparente
Informar com clareza os possíveis impactos ambientais de seus processos,
produtos e instalações, assim como as políticas e resultados das ações
empreendidas, a fim de ser transparente e responsável com a sociedade,
gerando mais credibilidade. Para isso, é preciso definir as informações
que devem ser divulgadas, assim como os canais que serão adotados.
4. Conhecer a legislação vigente
É preciso estar ciente da legislação ambiental para a área onde está
localizada. Para assegurar o atendimento às leis, é importante manter-se
atualizado em relação às exigências legais aplicáveis aos seus serviços,
produtos, processos e às instalações. Assim, torna-se mais fácil atuar de
forma proativa, tratar pendências e evitar eventuais sanções.
5. Contribuir para o desenvolvimento sustentável
Empreender iniciativas sustentáveis, de forma voluntária, faz com que a
organização se destaque das demais e construa uma imagem positiva
perante o mercado e a sociedade. Para isso, é interessante desenvolver
parcerias para a implantação ou apoio de ações que contribuam para a
solução de grandes problemas mundiais, como o aquecimento global, a
redução da camada de ozônio, as mudanças climáticas, a preservação
de ecossistemas, a minimização do consumo de recursos naturais, a
reciclagem e reutilização de materiais, entre outros.
15
Dicas para manter uma
gestão sustentável
6. Atuar de forma ética
A ética reflete o comportamento do ser humano, que age tomando por
base os seus valores. Pressupõe que o comportamento humano seja
dirigido para o bem comum. Quando se pensa em organização, o que
se deve levar em conta são os valores da instituição, porém, não há como
dissociar os valores dos indivíduos da sua atuação como empresário ou
como colaborador. Os valores e a missão são essenciais para nortear as
metas e a postura de todos, deixando clara a vocação das organizações
de respeitar e beneficiar todos os públicos de interesse. A disseminação
desses valores pode ser feita por meio de programas de compliance e
também por comitês de ética.
7. Ter lideranças transformadoras
Não basta ter líderes que atuem unicamente no dia a dia de seus
trabalhos sem perspectivas para a organização. É preciso que eles
ajam de forma inspiradora, exemplar, realizadora e com constância
de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores, princípios
e objetivos, explorando as potencialidades das culturas presentes,
preparando líderes e interagindo com as partes interessadas. Além disso,
é importante que as lideranças sejam patrocinadoras e protagonistas da
gestão sustentável dentro e fora de suas organizações.
8. Olhar para o futuro
É primordial projetar e entender diferentes cenários e prováveis
tendências e seus possíveis efeitos sobre a organização, seja a curto ou
a longo prazos. Além disso, é preciso avaliar alternativas e estratégias
apropriadas para a empresa.
16
Dicas para manter uma
gestão sustentável
9. Considerar a cadeia de valor como um todo
É comum pensarmos a cadeia de valor de forma fragmentada, seja
considerando a relação com fornecedores de maneira diferenciada ou
desconsiderando a opinião de clientes e colaboradores, por exemplo.
A cadeia de valor deve ser vista como um todo, ou seja, o conjunto de
atividades realizadas pela organização deve ser entendido não em
partes, mas, sim, como uma única operação do produto final. Isto é,
não devemos pensar a sustentabilidade apenas dentro da empresa. É
importante que tanto os fornecedores como os stakeholders também
sejam considerados no processo.
17
Sobre a FNQ
Para a Fundação Nacional da Qualidade, as organizações são sistemas
vivos, integrantes de ecossistemas, que necessitam entender e exercitar
os princípios de interdependência, do pensamento sistêmico e da
sustentabilidade da gestão. Por isso, a cada dia, a FNQ reafirma seu papel
de agente para o desenvolvimento das organizações e do País e segue
ampliado e fortalecendo a sua rede de parceiros, consolidando-se como
um centro de estudo, debate, geração e disseminação de conhecimento na
área da gestão.
Uma das formas de promover esse debate é por meio dos Núcleos
de Estudos, sendo que um deles é dedicado, exclusivamente, à
sustentabilidade e tem como objetivo enfatizar o aspecto econômico em
sua defesa. O pressuposto é que, à medida em que empresas e executivos
entenderem que a realização de ações sustentáveis proporciona não só a
perpetuação da empresa como também melhores resultados econômicos e
financeiros, haverá maior incentivo a esses agentes para a promoção da
sustentabilidade. Para saber mais sobre esse Núcleo de Estudos, acesse:
http://www.fnq.org.br/nucleos-de-estudos.
Outra forma de promover a disseminação de conhecimento será durante a
primeira edição do Congresso FNQ de Excelência em Gestão #CEG2015,
a ser realizado em junho de 2015, com o tema “O Novo Capitalismo”.
Para mais informações, acesse: www.fnq.org.br/CEG2015.
18
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Gestao Sustentável

  • 2. ÍNDICE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Apresentação O que é sustentabilidade Estágios da sustentabilidade nas organizações Tripple Bottom Line Sustentabilidade e MEG Corporação 2020 - O desafio futuro Dicas para manter uma gestão sustentável Sobre a FNQ
  • 3. Apresentação Com o objetivo de auxiliar aqueles que pretendem fazer um processo de capacitação ou atualizar seus conhecimentos na área de gestão, a Fundação Nacional da Qualidade disponibiliza e-books gratuitos sobre assuntos relacionados ao tema. Neste mês, a publicação aborda a gestão sustentável, como forma de introduzir o tema do Congresso FNQ de Excelência em Gestão #CEG2015, que acontecerá em junho de 2015, com presença do palestrante internacional Pavan Sukhdev, principal relator do The Economics of Ecosystems and Biodiversity (TEEB), da ONU, apresentando o tema “O Novo Capitalismo”. Como fazer com que a organização em que atuamos adote medidas mais sustentáveis e continue gerando lucro? Essa e outras questões são respondidas neste e-book, que também traz conceitos sobre sustentabilidade nas organizações e como o tema está relacionado e integrado no nosso Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), além de dicas de como implementar e manter uma gestão sustentável em seu negócio. Esperamos que você desfrute uma boa leitura e sinta-se estimulado a continuar o seu processo de capacitação, seja por meio de nossos cursos, eventos e/ou grupos de discussão. Para isso, acesse o portal: www.fnq.org.br. 3
  • 4. O que é sustentabilidade Do latim sustentare, o termo “sustentável” significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar, cuidar. Já o conceito de sustentabilidade está relacionado ao termo “desenvolvimento sustentável” e foi primeiramente usado em 1987 pela presidente da Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, a norueguesa Gro Brundtland, que definiu o conceito como: “Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas necessidades”. Pensando em sua aplicação em termos econômicos, a sustentabilidade significa viver da “renda” proporcionada pela natureza e não do seu “capital”, o chamado capital natural, de acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Responsável pela provisão dos serviços ambientais, o capital natural são os benefícios obtidos pela natureza, como oxigênio, água, madeira, clima, entre outros. Já o capital social é fundamental na busca da sustentabilidade, uma vez que está relacionado ao grau de estabilidade social e prosperidade. Além disso, a sustentabilidade, assim como o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) da FNQ, é um conceito sistêmico, que correlaciona e integra aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade. Em outras palavras, trabalhar o tema sustentabilidade requer um olhar mais holístico, que atue conjuntamente em diversas vertentes e variáveis. 4 O QUE É UM NEGÓCIO SUSTENTÁVEL E RESPONSÁVEL? É a atividade econômica orientada para a geração de valor econômico-financeiro, ética, social e ambiental, cujos resultados são compartilhados com os públicos afetados. Sua produção e comercialização são organizadas de modo a reduzir continuamente o consumo de bens naturais e de serviços ecossistêmicos, a conferir competitividade e continuidade à própria atividade e a promover e manter o desenvolvimento sustentável da sociedade. Fonte: Instituto Ethos
  • 5. ESTÁGIO 1 ELEMENTAR ESTÁGIO 2 ENGAJADO ESTÁGIO 3 INOVADOR ESTÁGIO 4 INTEGRADO ESTÁGIO 5 TRANSFORMADOR Empregos, lucros e impostos Marginal: direcionada à equipe Unilateral Cumprimento da legislação Defensivo Proteção Expressão verbal, indisponível Estágios da sustentabilidade nas organizações O Núcleo Petrobras de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral realizou, em 2012, a primeira edição da pesquisa Estágio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras, com o objetivo de avaliar a gestão empresarial, considerando diversos aspectos relacionados à sustentabilidade. O levantamento considerou como sustentabilidade as atividades organizacionais que geram resultados ambientais, econômicos e sociais positivos e equilibrados a todos os seus stakeholders. A pesquisa definiu cinco estágios de sustentabilidade. 5 Conceito de sustentabilidade Estrutura Relacionamento com stakeholders Intenção estratégica Capacidade de resposta Transparência Liderança Filantropia, proteção ambiental Propriedade funcional Interativo Licença para operar Reativo, políticas Relações públicas Engajado, apoiador Gestão de stakeholder Coordenação entre funções Influência mútua Casos de negócios Responsiva, programas Reporte ao público Auxilia o processo de sustentabilidade corporativa Sustentabilidade ou Triple Bottom Line Alinhamento oganizacional Parceria Proposta de valor Sistemas, proativa Garantia Campeão à frente da sustentabilidade Mudar o mercado Mainstream: direcionada ao negócio Alianças multi- organizacionais Criação de mercado ou mudança social Definidora Transparência total Visionário, à frente do seu tempo Figura 1: As sete dimensões dos estágios de sustentabilidade corporativa. Fonte: MIRVIS, GOOGINS, 2006
  • 6. Estágios da sustentabilidade nas organizações E para definir a sustentabilidade, as organizações foram questionadas quanto às seguintes ações: - operar com ética e transparência nos negócios; - valorizar colaboradores e tratá-los com respeito e dignidade; - trabalhar com os fornecedores/vendedores para assegurar que eles operem de forma ética e responsável; - proteger o meio ambiente natural, identificando, tratando e mitigando os impactos ambientais e sociais decorrentes das atividades na oferta dos produtos e serviços; - proteger consumidores; - gerir e reportar as finanças precisamente; - realizar marketing e propaganda dos produtos de maneira responsável; - promover benefícios aos colaboradores; - responder à comunidade/aos grupos de interesse as questões com as quais eles se preocupam e as quais afetam seu desenvolvimento e bem-estar; - melhorar as condições da sua comunidade; - gerar valor para as partes interessadas; - prover vagas de trabalho bem remuneradas, bem como o bem-estar de seus colaboradores; - gerar diversidade de colaboradores dentro da empresa; - apoiar voluntariado entre os colaboradores; - inovar na forma de gerir as organizações, a fim de buscar modelos mais enxutos, limpos e inteligentes e para trazer soluções para os problemas presentes e futuros. As questões acima fazem parte da pesquisa Estágio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras, de 2012, e foram complementadas de acordo com a 20ª edição dos Critérios de Excelência da Gestão da FNQ. 6
  • 7. O Triple Bottom Line, também conhecido como o tripé da sustentabilidade, é um conceito criado por John Elkington, cofundador da ONG SustainAbillity, definido como: “termo criado para representar a expansão do modelo de negócios tradicional para um novo modelo, que passa a considerar a performance ambiental, social e econômica da organização”. O tripé é sustentado pelos três ”p”: people, planet and profit, em português, pessoas, planeta e lucro. Ao adotar esse conceito, a organização não considera apenas as questões econômicas, mas também as sociais e as do meio ambiente, isto é, a sua estratégia passa a coincidir com os interesses dos stakeholders e considera a sustentabilidade dentro do processo. Além dos três itens do tripé, deve-se levar em conta outros aspectos para assegurar o desenvolvimento sustentável, seja da organização, de uma cidade, Estado ou País. São questões políticas e culturais, ou seja, é preciso que haja coerência entre o que é esperado e a prática adotada e, também, que a instituição entenda as limitações e as qualidades culturais da comunidade onde está inserida. 7 Triple Bottom Line
  • 8. O jornalista e consultor em sustentabilidade Rogério R. Ruschel defende a adoção de um quarto elemento no triple bottom line, a generosidade. Em seu artigo para o Portal Envolverde, o conceito corresponde “à qualidade do que é generoso, pródigo, do que perdoa facilmente, nobre, leal; a virtude de quem acrescenta algo ao próximo”. E complementa que, no universo corporativo, pode ser entendida como altruísmo, ou seja, a organização tem de ser “menos gananciosa, tomar a decisão de reduzir um pouquinho a margem de lucro ou aumentar em alguns meses o prazo de retorno de um investimento para ser ambientalmente correta e socialmente justa – sem deixar de ser economicamente viável”, define. O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), da FNQ, considera esses e outros aspectos para que a organização adote uma gestão sustentável. Implementar o MEG é uma ação concreta do que se pode fazer para contribuir na adoção dos conceitos do Tripple Bottom Line. 8 Triple Bottom Line Pessoas Planeta Lucro Generosidade
  • 9. Sustentabilidade e o MEG Apesar de ser parte essencial do quarto Critério de Excelência, praticar uma gestão sustentável significa praticar todos os outros sete Critérios do MEG, uma vez que não basta realizar ações sociais excepcionais sendo que, internamente, o cumprimento da legislação, o tratamento dos impactos sociais e ambientais e a prevenção de acidentes e incidentes não acontecem. Para se manterem ativas, cooperativas, competitivas e sustentáveis, as organizações públicas, privadas ou do terceiro setor, independentemente do porte, precisam interagir e adaptar-se ao complexo cenário de transformações globais. A FNQ, por meio do MEG, contribui para que as organizações brasileiras promovam a melhoria da sua gestão e desenvolvam-se de forma ética e sustentável, gerando valor à sociedade, em ambientes cada vez mais voláteis e exigentes, que pressupõem acessibilidade aos produtos e serviços por todos, disseminação da educação ambiental em toda a cadeia de valor, recuperação e preservação dos ecossistemas, incorporação de tecnologias limpas e de baixo impacto ambiental, reciclagem, reutilização, bem como consumo consciente de recursos renováveis e não renováveis. Ao adotar o MEG e seus Critérios e Fundamentos, é exigido da organização uma maior capacidade de interação e maior velocidade de aprendizado e adaptação. O objetivo é que inovem, transformem-se e sejam protagonistas na construção de um mundo melhor e mais conectado, desenvolvendo ações para minimizar desigualdades socioeconômicas. 9
  • 10. Sustentabilidade e o MEG O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) orienta a estruturação de práticas sustentáveis, a partir do Critério Sociedade, que, por sua vez está, embasado pelo Fundamento Responsabilidade Social, o qual pressupõe o reconhecimento da comunidade e da sociedade como partes interessadas de uma empresa. 10
  • 11. Corporação 2020 O desafio futuro Em seu livro “Corporação 2020 - Como transformar as empresas para o mundo de amanhã”, Pavan Sukhdev - palestrante do Congresso FNQ de Excelência em Gestão (#CEG2015) - define a corporação atual como sendo “Corporação 1920”, que é “uma espécie de anacronismo”, com limitações às responsabilidades dos acionistas, personificações corporativas e redução das restrições impostas às atividades sobre tempo, local e propósito. “Os principais fatores que levaram ao sucesso da Corporação 1920 são expansão e criação de demanda, inovação dos produtos e produção barata. Ela é caracterizada pela presença multinacional, bem como pelo sucesso em utilizar uma ‘arbitragem de preços’ internacional em grande escala em todos os aspectos de suas operações”. Características fundamentais da Corporação 1920 1. Busca determinada por tamanho e escala para conseguir dominar o mercado. 2. Lobby agressivo para obtenção de vantagens regulatórias e competitivas. 3. Amplo uso da publicidade, sem qualquer consideração ética, para influenciar a demanda do consumo e criar uma demanda nova. 4. Uso agressivo de fundos emprestados para “alavancar” o investimento feito pelos acionistas. Já a Corporação 20/20 é uma iniciativa internacional do Tellus Institute, com vários parceiros e que tem por objetivo “o desenvolvimento e a disseminação da visão e do rumo para a corporação do século 21, em que o propósito social deixe de ser fator secundário para se tornar o principal objetivo da organização”. Para Sukhdev, é preciso que um novo DNA da 11
  • 12. corporação comece a marcar presença na economia global até 2020, quando a Terra deverá estar perigosamente próxima de muitos limites ou até mesmo os tenha ultrapassado. Quatro elementos de um novo DNA 1. Alinhamento das metas com a sociedade. 2. A corporação como uma fábrica de capital. 3. A corporação como uma comunidade. 4. Compromisso para desenvolver a corporação como um instituto de aprendizado. Assim como já defenderam outros teóricos, o capitalismo em que vivemos atualmente está em crise, uma vez que se pensa em períodos curtos. A proposta para esse novo modelo é ter um “capitalismo de longo prazo”. O presidente mundial da McKinsey defendeu essa tese e explica que, ao se pensar em uma gestão trimestral, por exemplo, tem-se em conta o desempenho e, por isso, investimentos sociais e ambientais são descartados, porque afetam os resultados a curto prazo. Entretanto, esse modelo já se mostrou insustentável. Antes, as organizações eram admiradas pelo seu papel no desenvolvimento social, agora, são acusadas de serem protagonistas da destruição do nosso ambiente. Por isso, Sukhdev propõe um novo modelo corporativo, baseado em novos incentivos e regulamentações, que permita às organizações aumentar o bem-estar humano e a igualdade social, além de diminuir os riscos ambientais e os prejuízos ecológicos e continuar gerando lucro. 12 Corporação 2020 O desafio futuro
  • 13. Corporação 2020 Um desafio para a sustentabilidade Para isso, não basta mais tratar de algumas ações sustentáveis, é preciso repensar a forma de trabalhar, o modelo de negócio e seus reais impactos a curto, médio e longo prazos. Pavan defende que a mudança irá acontecer e o desafio urgente é a nossa sobrevivência. Para isso, é preciso que as organizações realizem uma agenda de mudanças que nos guie até a economia verde. “Enquanto o meio ambiente muda, as espécies dominantes definham e as emergentes se tornam dominantes. A busca por transformações empresariais em quatro áreas importantes - externalidade, alavancagem, publicidade e tributação dos recursos naturais - criará as circunstâncias para o florescimento de um novo tipo de corporação. Essas são as condições capacitadoras necessárias para que o DNA da Corporação 2020 domine nossa economia”, ressalta em sua publicação. 13
  • 14. Dicas para manter uma gestão sustentável Organizações que buscam o sucesso de seus negócios devem ter como premissa o desenvolvimento sustentável. Para isso, um dos requisitos básicos é investir em sustentabilidade. “Atitudes voltadas à sustentabilidade ambiental e ao uso consciente dos recursos naturais precisam fazer parte do processo de gestão empresarial independentemente do porte ou segmento das organizações. Dessa forma, é fundamental que o empresário trabalhe com essa ideia, adaptando seu negócio às demandas da sociedade, que exige postura ética e responsável diante das transformações ambientais que afetam o mundo”, explica o superintendente-geral da FNQ, Jairo Martins. Para auxiliar a sua organização na adoção dessas atitudes, definimos nove dicas para implementar a gestão sustentável: 1. Identificar impactos negativos ao meio ambiente Mapear as atividades que podem gerar impactos negativos ao meio ambiente, para tratá-las de forma planejada, estabelecendo metas para eliminar, minimizar ou compensar tais consequências. Incluem-se, nos impactos, consumo não controlado de água, de energia elétrica e de combustível, bem como o descarte incorreto de sobras de produção, de lixo, de lâmpadas fluorescentes, cartuchos de impressora e embalagens. 2. Prevenir-se constantemente Estar preparado para eventuais acidentes ou situações de emergência para evitar ou mitigar seus impactos no meio ambiente. Uma ação planejada e eficiente ajuda a conter esses imprevistos. Recomenda-se realizar treinamentos de situações emergenciais, documentar e comunicar seus resultados para saber qual o nível de preparação da empresa para essas ocasiões. 14
  • 15. Dicas para manter uma gestão sustentável 3. Comunicar a sociedade de forma transparente Informar com clareza os possíveis impactos ambientais de seus processos, produtos e instalações, assim como as políticas e resultados das ações empreendidas, a fim de ser transparente e responsável com a sociedade, gerando mais credibilidade. Para isso, é preciso definir as informações que devem ser divulgadas, assim como os canais que serão adotados. 4. Conhecer a legislação vigente É preciso estar ciente da legislação ambiental para a área onde está localizada. Para assegurar o atendimento às leis, é importante manter-se atualizado em relação às exigências legais aplicáveis aos seus serviços, produtos, processos e às instalações. Assim, torna-se mais fácil atuar de forma proativa, tratar pendências e evitar eventuais sanções. 5. Contribuir para o desenvolvimento sustentável Empreender iniciativas sustentáveis, de forma voluntária, faz com que a organização se destaque das demais e construa uma imagem positiva perante o mercado e a sociedade. Para isso, é interessante desenvolver parcerias para a implantação ou apoio de ações que contribuam para a solução de grandes problemas mundiais, como o aquecimento global, a redução da camada de ozônio, as mudanças climáticas, a preservação de ecossistemas, a minimização do consumo de recursos naturais, a reciclagem e reutilização de materiais, entre outros. 15
  • 16. Dicas para manter uma gestão sustentável 6. Atuar de forma ética A ética reflete o comportamento do ser humano, que age tomando por base os seus valores. Pressupõe que o comportamento humano seja dirigido para o bem comum. Quando se pensa em organização, o que se deve levar em conta são os valores da instituição, porém, não há como dissociar os valores dos indivíduos da sua atuação como empresário ou como colaborador. Os valores e a missão são essenciais para nortear as metas e a postura de todos, deixando clara a vocação das organizações de respeitar e beneficiar todos os públicos de interesse. A disseminação desses valores pode ser feita por meio de programas de compliance e também por comitês de ética. 7. Ter lideranças transformadoras Não basta ter líderes que atuem unicamente no dia a dia de seus trabalhos sem perspectivas para a organização. É preciso que eles ajam de forma inspiradora, exemplar, realizadora e com constância de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores, princípios e objetivos, explorando as potencialidades das culturas presentes, preparando líderes e interagindo com as partes interessadas. Além disso, é importante que as lideranças sejam patrocinadoras e protagonistas da gestão sustentável dentro e fora de suas organizações. 8. Olhar para o futuro É primordial projetar e entender diferentes cenários e prováveis tendências e seus possíveis efeitos sobre a organização, seja a curto ou a longo prazos. Além disso, é preciso avaliar alternativas e estratégias apropriadas para a empresa. 16
  • 17. Dicas para manter uma gestão sustentável 9. Considerar a cadeia de valor como um todo É comum pensarmos a cadeia de valor de forma fragmentada, seja considerando a relação com fornecedores de maneira diferenciada ou desconsiderando a opinião de clientes e colaboradores, por exemplo. A cadeia de valor deve ser vista como um todo, ou seja, o conjunto de atividades realizadas pela organização deve ser entendido não em partes, mas, sim, como uma única operação do produto final. Isto é, não devemos pensar a sustentabilidade apenas dentro da empresa. É importante que tanto os fornecedores como os stakeholders também sejam considerados no processo. 17
  • 18. Sobre a FNQ Para a Fundação Nacional da Qualidade, as organizações são sistemas vivos, integrantes de ecossistemas, que necessitam entender e exercitar os princípios de interdependência, do pensamento sistêmico e da sustentabilidade da gestão. Por isso, a cada dia, a FNQ reafirma seu papel de agente para o desenvolvimento das organizações e do País e segue ampliado e fortalecendo a sua rede de parceiros, consolidando-se como um centro de estudo, debate, geração e disseminação de conhecimento na área da gestão. Uma das formas de promover esse debate é por meio dos Núcleos de Estudos, sendo que um deles é dedicado, exclusivamente, à sustentabilidade e tem como objetivo enfatizar o aspecto econômico em sua defesa. O pressuposto é que, à medida em que empresas e executivos entenderem que a realização de ações sustentáveis proporciona não só a perpetuação da empresa como também melhores resultados econômicos e financeiros, haverá maior incentivo a esses agentes para a promoção da sustentabilidade. Para saber mais sobre esse Núcleo de Estudos, acesse: http://www.fnq.org.br/nucleos-de-estudos. Outra forma de promover a disseminação de conhecimento será durante a primeira edição do Congresso FNQ de Excelência em Gestão #CEG2015, a ser realizado em junho de 2015, com o tema “O Novo Capitalismo”. Para mais informações, acesse: www.fnq.org.br/CEG2015. 18 MÁSTER APOIO Patrocínio