2. Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
CLASSIFICAÇÃO
CLASSE Lobosea
ORDEM Amoebida
FAMÍLIA Entamoebidae
GÊNEROS Entamoeba, Iodamoeba,
Endolimax e Dientamoeba
ESPÉCIES E. histolytica / E. dispar, E.
hartmanni, E. coli, E. gingivalis,
Dientamoeba fragilis, I. butschlii e E. nana
3. • EPIDEMIOLOGIA:
• Distribuição geográfica mundial (maior prevalência nas regiões
tropicais e subtropicais – baixas condições sociais e sanitárias)
• Transmissão oral através da ingestão de cistos maduros nos alimentos e
água
• Apesar de poder atingir todas as idades, é mais frequentes nos
adultos(entre 20 e 60 anos)
• Algumas profissões são mais atingides (trabalhadores de esgotos,etc)
• Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições
de umidade) durante cerca de vinte dias
• Diferentes cepas, em diferentes locais, influindo na patogenicidade.
4. Complexo: E. histolytica/E. dispar
• Aproximadamente durante um século E. histolytica
foi considerada como única espécie.
• Estudos recentes baseados em:
Evidências bioquímicas: diferenças no perfil isoenzi-
mático;
Métodos imunológicos: através de anticorpos
monoclonais (Proteínas da superfície da ameba);
Técnicas genêticas: através de diferenças no DNA
genômico ou ribossomal dessas amebas;
Diferenças nas formas clínicas da doença.
5. Complexo: E. histolytica/E. dispar
• A Entamoeba histolytica passou a ser
considerada como parte de um complexo
Entamoeba histolytica/Entyamoeba dispar.
6. * Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903)
Apresenta diversos graus de virulência, insavisa;
Apresenta diversas formas clínicas;
* Entamoeba dispar (Brumpt, 1925)
Pode causar erosões na mucosa intestinal, sem
invasão;
Maior parte dos casos assintomáticos e colite
não disentérica.
7. Disenteria
Doença aguda, infecciosa, específica, com lesões
inflamatorias e ulcerativa das porções inferiores do
intestino.
Manifesta-se com diarréia intensa, cólicas, tenesmo,
geralmente com eliminação de sangue e muco.
8. Complexo: E. histolytica/E. dispar
• O complexo E. histolytica/E. dispar foi
acatada pela OMS em 1997, numa
reunião, no México, para tratar do
assunto.
14. Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
HÁBITAT
• Os trofozoítos de Entamoeba histolytica/
dispar vivem como comensais na luz do
intestino grosso
• Em algumas circunstâncias: ulcerações
intestinais, abscesso hepático, cutâneo,
pulmonar e raramente cérebro
18. Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA AMEBÍASE:
• Colites não disentéricas: 2 a 4 evacuações por dia com fezes moles
pastosas; desconforto abdominal e cólicas.
• Forma disentérica: colites amebianas: 8 a 10 evacuações por dia
acompanhadas de cólicas intestinais e diarréia com
evacuações mucosanguinolentas, febre moderada e dor
abdominal.
COMPLICAÇÕES: perfurações e peritonite,
hemorragias, colites pós-disentéricas, apendicite e
ameboma
19. Amebíase
E. histolytica/E. dispar
• DISENTERIA:
Doença aguda infecciosa, específica,
com lesões inflamatórias e ulcerativas
das porções inferiores do intestino.
Manifesta-se com diarréia intensa,
cólicas, tenesmo, geralmente com
eliminação de sangue e muco.
20. Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL
• Amebíase hepática - dor, febre e hepatomegalia
(Anorexia, perda de peso e fraqueza geral
acompanham o quadro).
• Amebíase cutânea - região perianal
• Amebíase em outros órgãos - pulmão, cérebro,
baço, rim, etc.
22. Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
LABORATORIAL: (Exame de fezes, soro e exsudatos)
PARASITOLÓGICO
• Fezes líquidas – Schaudinn, SAF e exame direto ou em 30 minutos
• Fezes formadas – Formol a 10%, MIF, SAF e técnicas de
concentração (Faust, Rictchie e hematoxilina férrica)
IMUNOLÓGICO (amebíase intest. e extra-intestinal
• Elisa, IFI, hemaglutinação indireta, contraimunoeletroforese e
imunodifusão
dupla em gel de ágar.
23. AMEBÍASE
• PROFILAXIA: Está intimamente ligada a engenharia e
educação sanitária.
Principalmente água de boa qualidade nas casas e tratamento do
esgoto;
Educação sanitária e educação ambiental, com a participação ativa
e efetiva da comunidade;
Lavagem de frutas e verduras a serem ingeridas cruas;
Exame de fezes periódicos de manipuladores de alimentos e
tratamento dos positivos.
24. AMEBÍASE
• VACINAS:
Vacinas contra a Entamoeba histolytica têm sido
desenvolvidas e testadas, porém até o momento
nenhuma delas apresentou resultados eficientes,
mas indicando que é um caminho importante e
promissor.
25. AMEBÍASE
• Segundo a Organização Mundial de Saúde:
“Onde houver pequenos recursos
financeiros para serem aplicados em
saúde pública, todos eles devem ser
dirigidos para o saneamento básico”.
27. Amebíase Entamoeba
histolytica/Entamoeba dispar
• TRATAMENTO
Amebicida intestinal
Luminal Etofamida (Kitnos)
Teclosan (Falmonox)
Tissular Cloridrato de Emetina
Cloroquina
obs: Drogas muito tóxicas, só utilizadas quando os outros
tratamentos não derem bons resultados
* Luminal e Tissular Derivados Imidazólicos
* Tinidazol (Fasigyn) * Metronidazol (Flagyl)
* Secnidazol (Secnidal) * Nimorazol (Naxogin) * Ornidazol
* Extra-intestinal
* metronidazol (Droga de escolha sobretudo no abscesso hepatico)
28. Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
*Amebíase intestinal
• Metronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia duarante 5
• dias Adultos
• 30-50 mg/kg/dia, dividir 2 a 3 vezes ao
• dia, por 5 a 10 dias crianças
• * Efeitos colaterais Alterações gastrointestinais,vertigens
• * Observações Condiciona aversão ao álcool, e urticaria
• ao contato com este
• * Principais apresentações Metronidazol, Flagyl,Metronix
• Secnidazol Dose única de 30 mg/kg de peso para crianças
Dose única de 2000mg para adulto (2 comprimidos 1000mg)
29. AMEBÍASE
• OBSERVAÇÃO:
Devido à inibição que provoca em diversas enzimas
do metabolismo do álcool, a ingestão alcoólica
durante ou depois do tratamento pode causar confusão
mental, perturbações visuais, cefaléia, náuseas e
vômitos, sonolência e hipotenão.
30. Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
* Amebíse extra-intestinal principalmente
abscesso hepático
* Metronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao
dia durante 5 a 10 dias
* Observação: Geralmente é utilizado sob a forma de
comprimido; nos casos mais graves ou
severos, pode ser utilizado por via
injetavel
31. Amebíase
* Amebíase hepática
* Secnidazol (Secnidal) 1 comprimido de
500 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 a 7 dias.
Suspensão 30 mg/Kg/dia (máximo
de 2 g) durante 5 a 7 dias ou seja 1ml/Kg
de peso durante 5 a 7 dias.
32. AMEBÍASE
• METRONIDAZOL
MODO DE AÇÃO O metronidazol é metabolizado,
formando derivados, incluindo radicais superóxido, que
interferem com o metabolismo do DNA dos parasitas, o
que causa extensas rupturas nas cadeias de DNA e a
interrupção da estrutura helicoidal.
Portanto, a síntese de proteínas no parasita sofre alteração.
34. AMEBAS DE VIDA LIVRE
Acanthamoeba spp.
Naegleria fowleri
35. AMEBAS DE VIDA LIVRE
Acanthamoeba spp.
Ameba de vida livre
Cosmopolita (habitando lagos e lagoas,piscinas,
solos humíferos, esgotos e cursos de água que
recebem efluentes industriais, em todos os continen-
tes e todos os climas).
úlcerações de córnea (em usuários de lentes de contato)
Meningoencefalite amebiana granulomatosa (pacientes
imunodeprimidos)
36. AMEBAS DE VIDA LIVRE
Naegleria fowleri
Ameba de vida livre
Cosmopolita
Meningoencefalite amebiana primária (inicia-se
subtamente, com cefaléia, e ligeira febre, dor de
garganta e renite. Três dias seguintes, aumentando
a cefaléia, febre e aparecendo vômitos e rigidez
da nuca, apresentando desorientação e coma. Cinco
ou seis dias o paciente evolui para a morte).
37.
38. CASO CLÍNICO
• Paciente I.M.A., mestiça, 3 anos, apresentando um quadro
clínico de dores abdominais e várias evacuações diarréicas diárias com
muco e sangue e febre moderada.
Mãe leva a criança para uma consulta com o pediatra em um
Posto de Saúde do P.S.F. Relatou morar em casa de taipa com 2
cômodos, na periferia de Sobral, com 8 ocupantes, sem água encanada,
sem banheiro,sem tratamento de lixo, sem tratamento de esgôto.
Tomava
água do pote que obtinha de um poço próximo de sua casa . Relatou
ainda que a criança há algum tempo atrás tinha realizado exame de
fezes, sendo positivo para amebas e tinha feito tratamento com
Metronidazol.
Condições sócio-econômicas: renda familiar menos de 1 salário
mínico, alimentação bastante precária.
39. • PERGUNTAS:
1) Que parasita poderia ser incluído na suspeita ? Qual ?
2) Quais as possíveis causas de retorno da sintomatologia
da criança ?
3) Se o resultado anterior apresentasse apenas amebas não
patogênicas você indicaria tratamento ? Dê explicação.
4) Sob o ponto de vista epidemiológico, que medidas
poderiam ser tomadas na busca de possíveis soluções
deste problema ?
5) Como a carência nutricional poderá influi na prevalência
das parasitoses ?
6) Descrever as formas clínicas, sinais e sintomas da amebíase.
40. • Trabalho :
1) O que você entende por ruralização e
urbanização das doenças ?
2) O que você entende por cinturão de pobreza
nas cidades de pequeno, médio e grande porte
? Qual a relação que existe com a transmissão
das parasitoses ?
3) Qual o problema surgido nessas cidades com
o êxodo rural ?
4) Descrever o triângulo: infecção, desnutrição
e imunodeficiencia do hospedeiro,
relacionando com as parasitoses.