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-----Lições Bíblicas Dominical------
Lições Bíblicas 1° Trimestre de 2018, Adultos – CPAD
TÍTULO: A Supremacia de Cristo
Subtítulo: Fé, Esperança e Ânimo na Carta aos Hebreus
Comentarista: Pr. José Gonçalves
Revista: Do Professor
Classe: Adultos
LIÇÕES PAG
Lição 1 - A Carta aos Hebreus e a Excelência de Cristo
Lição 2 - Uma Salvação Grandiosa
Lição 3 - A Superioridade de Jesus em relação a Moisés
Lição 4 - Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de Deus
Lição 5 - Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica
Lição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia
Lição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior
Lição 8 - Uma Aliança Superior
Lição 9 - Contrastes na Adoração da Antiga e Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 11 - Os Gigantes da Fé e o seu Legado para a Igreja
Lição 12 - Exortações Finais na Grande Maratona da Fé
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Lição 1 – Uma Promessa de Salvação
Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 1° de 2018 – 7 de Janeiro de 2018
Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com
TEXTO ÁUREO
"Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais,
pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho." (Hb 1.1)
VERDADE PRÁTICA
Por meio de Cristo, Deus revelou-se de uma forma especial e definitiva ao seu
povo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2Tm 3.16: Hebreus, uma carta inspirada como as demais do Novo
Testamento
Terça - 1Tm 3.16: Cristo, manifestado em carne
Quarta – Hb 1.1: A revelação profética na Antiga Aliança
Quanta – Hb 1.2,3: Cristo, a revelação final de Deus
Sexta - Hb 1.4,5: Cristo, superior aos anjos em natureza e essência
Sábado - Hb 1,6-8: Cristo, superior aos anjos em majestade e deidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 1
1 HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo
a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
4 Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome
do que eles.
5 Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra
vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?
3
6 E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de
Deus o adorem.
7 E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros
labareda de fogo.
8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro
de equidade é o cetro do teu reino.
9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com
óleo de alegria mais do que a teus companheiros.
10 E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos.
11 Eles perecerão, mas tu permanecerás; E todos eles, como roupa, envelhecerão,
12 E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os
teus anos não acabarão.
13 E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a
teus inimigos por escabelo de teus pés?
14 Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a
favor daqueles que hão de herdar a salvação?
HINOS SUGERIDOS: 306, 439, 561 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Apresentar as características da Carta aos Hebreus e a superioridade de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em
cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos
subtópicos.
I. Pontuar a autoria, o destinatário e o propósito da Carta de Hebreus;
II. Expor a superioridade de Cristo em relação aos profetas;
III. Mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado (a) professor (a), iniciaremos mais um trimestre pela graça de Deus. A
carta de Hebreus é o objeto do nosso estudo nestes próximos três meses. Antes de
iniciar o estudo da primeira lição em classe, apresente o comentarista deste
trimestre: pastor José Gonçalves, escritor, conferencista, comentarista de Lições
Bíblicas Adultos da CPAD, membro da Comissão de Apologética da CCADB e líder
da Assembleia de Deus em Água Branca - PI.
INTRODUÇÃO
4
Nesta lição introdutória do nosso estudo da Carta aos Hebreus, queremos iniciar
dizendo que assim como todos os escritos da Bíblia, esta carta é um documento
especial. Em nenhum outro documento do Novo Testamento encontramos um apelo
exortativo tão forte. Isso possuía uma razão de ser — os crentes hebreus davam
sinais de enfraquecimento espiritual e até mesmo o risco de abandonarem a fé! Era,
portanto, urgente admoestá-los a perseverarem. Jesus, a quem o autor mostra ser
maior do que os profetas, maior do que todas as hostes angélicas, maior do que
Arão, Moisés, Josué e até mesmo os céus, é nosso grande ajudador nessa jornada.
PONTO CENTRAL
A carta de Hebreus é ama mensagem de instrução e exortação que serve à Igreja
de Cristo ao longo dos séculos.
l - AUTORIA, DESTINATÁRIO E PROPÓSITO
1. Autoria.
A Carta aos Hebreus não revela o nome do seu autor. Esse fato fez com que
surgissem inúmeras controvérsias em torno de sua autoria. É certo que os cristãos
primitivos sabiam quem realmente a escreveu; todavia, já por volta do segundo
século da nossa era não havia mais consenso quanto a isso. Clemente de
Alexandria, no final do segundo século, atribuiu ao apóstolo Paulo a sua autoria,
contudo, ao afirmar que Paulo a escreveu em hebraico e que Lucas a teria
traduzido para o grego, passou a ser duramente questionado. As razões são
basicamente duas: O texto de Hebreus, um dos mais rebuscados do Novo
Testamento grego, não parece ser uma tradução. Por outro lado, o estilo usado na
carta não parece ser de forma alguma de Paulo. Outros nomes surgiram como
possíveis autores de Hebreus: Barnabé, Apoio, Lucas, Clemente Romano, etc. O
certo é que somente Deus sabe quem é o seu autor. Por outro lado, o fato de ter
sua autoria desconhecida em nada diminui a sua autoridade.
2. Destinatários.
Não há dúvida de que a Carta aos Hebreus foi escrita para cristãos judeus. Deve
ser observado que essa carta foi endereçada a uma comunidade específica de
cristãos e não a um grupo indeterminado. O autor conhece o público a quem
endereça o seu texto e espera até mesmo encontrar-se com eles (Hb 13.19,23).
Onde viviam esses crentes é um ponto debatido pelos teólogos. Baseados na
expressão "os da Itália vos saúdam" (Hb 13.24), muitos eruditos argumentam que
esses crentes se encontravam fora de Roma, capital do Império Romano. A data da
5
carta é motivo de disputa, mas as evidências internas permitem-nos situá-la antes
da destruição do Templo de Jerusalém no ano 70 d.C.
3. Propósito.
De fato, essa carta possui uma grande carga exortativa. Ela exorta os crentes a
terem ânimo, confiança e fé em um tempo marcado pela apostasia. Muitos
pareciam estar desanimados com a oposição que a nova fé vinha sofrendo e em
razão disso estavam voltando às antigas práticas judaicas. A carta, portanto, exorta
esses crentes a suportarem as pressões e perseguições, lembrando-os que não
haviam ainda derramado sangue pela sua fé (Hb 12.4). Essas palavras continuam
ecoando nesses dias quando muitos crentes demonstram apatia e falta de fervor
espiritual diante de um mundo hostil.
SÍNTESE DO TÓPICO l
A autoria de Hebreus é desconhecida; seus destinatários eram cristãos judeus; seu
propósito, exortar os cristãos a terem ânimo e fé.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor(a), para introduzir o primeiro tópico desta lição, se possível, reproduza o
quadro-resumo que se encontra acima. O objetivo é pontuar as questões de autoria,
destinatário e propósito da carta em estudo.
AUTORIA Desconhecida,
DESTINATÁRIO Cristãos judeus, provavelmente.
PROPÓSITO Exortar os cristãos a terem ânimo e fé em
tempos de apostasia.
II - CRISTO — A PALAVRA SUPERIOR A DOS PROFETAS
1. A revelação profética e a Antiga Aliança.
Ao falar da supremacia de Jesus, o autor de Hebreus primeiramente o faz em
relação aos profetas. Deus falou no passado pelos profetas e no presente pelo Filho
(Hb 1.1). A revelação profética no antigo Israel fez com que esse povo se
distinguisse dos demais. O autor mostra um Deus que se revela, que se comunica
com os seus. Ele fala de uma forma direta a seu povo, não é um Deus mudo! Os
advérbios gregos polymerôs ("muitas vezes") e polytropos ("muitas maneiras"), que
modificam o verbo falar, mostram a intensidade dessa comunicação. Deus, em
nenhum momento da história, deixou o seu povo sem orientação. Ele fala, e fala
sempre o que é necessário.
6
2. A revelação profética e a Nova Aliança.
Aos cristãos da Nova Aliança, Deus falou por intermédio do seu Filho (Hb l.l). O uso
das expressões "havendo falado" ou "depois de ter falado" (Hb 1.1,2) por parte do
autor mostra que essa ação de Deus foi um fato consumado. Isso tem levado
alguns intérpretes a dizer que a partir daquele momento. Deus não falaria mais
diretamente com ninguém. Mas isso é ir além daquilo que o autor tencionava dizer.
O uso dessa expressão é mais bem entendida como significando que Deus falou de
forma completa nos dias do autor, todavia, sem a conotação temporal de que não
falaria mais no futuro. O Espírito profético, que é o Espírito de Cristo (1 Pe 1.11; Rm
8.9,10), continua dando à Igreja hoje a percepção do plano e vontade de Deus para
o seu povo (Jo 14.26; 15.26; 16.13). E isso sempre em consonância com as
Escrituras.
3. Cristo: a revelação final.
O objetivo do autor aqui, evidentemente, é mostrar que Cristo é o clímax da
revelação profética. Ele é a revelação final! O ministério profético na Antiga Aliança
era de importância ímpar. O Senhor disse que falaria por intermédio de seus
profetas: "Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o
seu segredo aos seus servos, os profetas" (Am 3.7). O silêncio profético, portanto,
era a pior forma de castigo que poderia vir ao antigo Israel. Os profetas eram
importantes, mas a relevância deles estava muito longe daquela possuída por
Jesus Cristo, o Filho de Deus. Os profetas eram apenas servos, mas o Filho era o
herdeiro de Deus e o agente da Criação (Hb 1.2). Ele é o redentor do mundo!
Nenhum profeta morreu de forma vicária pelo povo de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Da Antiga à Nova Aliança, Cristo é a revelação plena de Deus Pai, por isso, Ele é
superior aos profetas.
SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO
"REVELAÇÃO - [Do gr. apokalupsis; do lat. revelatio, tirar o véu] Manifestação
sobrenatural de uma verdade que se achava oculta. Tendo em vista o caráter e a
urgência das profecias do último livro da Bíblia, Apocalipse é considerado a
revelação por excelência (Ap 1.1-3).
REVELAÇÃO BÍBLICA - Conhecimento divino preservado nas Sagradas
Escrituras, e posto à disposição da humanidade. Consta do Antigo e do Novo
Testamento. É a nossa única regra de fé e prática.
7
REVELAÇÃO PROGRESSIVA - Evolução progressiva e dispensacional das
verdades divinas que, tendo a sua gênese no Antigo Testamento, culminaram e se
completaram no Novo. O texto-áureo da revelação progressiva acha-se em Hebreus
1.1,2" (ANDRADE, Qaudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1999,
pp.255,56).
CONHEÇA MAIS
Hebreus: Inigualável e não convencional
"Com relação à sua forma inigualável e não convencional, Orígenes observou:
'Começa como um tratado, prossegue como um sermão e termina como uma carta'.
Ao invés de iniciar com uma saudação, o primeiro parágrafo de Hebreus é
semelhante às palavras de abertura de um tratado teológico formal (1.1-4).
Então, o livro prossegue mais como um sermão do que como uma carta
convencional do Novo Testamento, alternando-se entre um argumento
cuidadosamente construído (baseado em uma exposição do Antigo Testamento) e
uma séria exortação ( Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento", CPAD,
p.1529-39).
Ill - CRISTO — SUPERIOR AOS ANJOS
1. Cristo: superior em natureza e essência.
Devemos ter sempre em mente que o autor de Hebreus tenciona mostrar a
superioridade de Cristo em relação às demais ordens da criação. O seu foco aqui
são os anjos. A cultura judaica via os anjos como seres de uma ordem superior e
mediadores da revelação divina (At 7.53; Gl 3.19; Hb 2.2). Mesmo cercados de
força e poder, os anjos eram inferiores ao Filho (Hb 1.4). Jesus é o reflexo da glória
de Deus e possuidor da mesma essência divina (Hb 1.3). O autor usa dois
vocábulos gregos que deixam isso bem definido: apaugasmae character, que
significam respectivamente "radiância" e "reflexo", traduzidos aqui como resplendor
e "caráter", com o sentido de expressão exata do seu ser. Embora sendo pessoas
diferentes, tanto o Filho como o Pai possuem a mesma essência. Cristo é o Deus
revelado!
2. Cristo: superior em majestade e deidade.
O autor passa então a mostrar a supremacia de Cristo em relação aos anjos por
meio de vários fatos documentados nas Escrituras. Os anjos são criaturas, o Filho é
Criador. O filho é gerado, não criado. C. S. Lewis observa que o que Deus gera é
Deus; assim como o que o homem gera é homem. O que Deus cria não é Deus; da
8
mesma forma que o que o homem faz não é homem. Daí a razão de os homens
não serem filhos de Deus no mesmo sentido que Cristo. Eles podem assemelhar-se
a Deus em certos aspectos, mas não pertencem à mesma espécie. O mesmo se
pode dizer dos anjos. Eles não possuem a mesma essência divina que o Filho. É
por essa razão que o autor destaca que o Filho é chamado de "Deus" (v.8) e que
por isso merece adoração (v.6). A Ele toda honra e glória!
SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus Cristo é superior aos anjos em relação à natureza, essência, majestade e
deidade.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"ANJOS. A palavra 'anjo' (hb. Malak; gr. angelos) significa 'mensageiro'. Os anjos
são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.13.14), criados por Deus
antes de existir a terra (Jó 38.4-7; SI 148.2,5; Cl 1.16).
(1) A Bíblia fala em anjos bons e em anjos maus, embora ressalte que todos os
anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn 1.31). Tendo livre-arbítrio,
numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás (Ez 28.12-17; 2 Pe 2.4; Jd 6;
Ap 12.9; Mt 4.10) e abandonaram o seu estado original de graça corno servos de
Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial.
(2) A Bíblia fala numa vasta hostes de anjos bons (1Rs 22.19; SI 68.17; 148.2; Dn
7.9,10; Ap 5.11), embora os nomes de apenas dois sejam registrados nas
Escrituras: Miguel (Dn 12.1; Jd 9; Ap 12.7) e Gabriel (Dn 9.21; Lc 1.19,26). Segundo
parece, os anjos estão divididos em diferentes categorias: Miguel é chamado de
arcanjo (lit.: "anjo principal', Jd 9; 1Ts 4.16); há serafins (Is 6.2), querubins (Ez 10.1-
3), anjos com autoridade e domínio (Ef 3.10; Cl 1.16) e as miríades de espíritos
ministradores angelicais (Hb 1.13,14; Ap 5.11)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, p.386).
CONCLUSÃO
O autor de hebreus não quis se identificar, mas isso em nada compromete a
autoridade desse documento. Desde os primórdios, a igreja valeu-se dos ensinos
dessa carta para fortalecer a fé dos crentes. Clemente de Alexandria fez amplo uso
das exortações encontradas nessa carta e, ao assim fazer, reconhecia o profundo
valor espiritual de Hebreus. Nesses últimos dias, onde os joelhos de muitos cristãos
parecem vacilantes, faz-se necessário atentarmos diligentemente para o conselho
9
encontrado em Hebreus, "se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso
coração" (3.7).
PARA REFLETIR
A respeito de a Carta aos Hebreus e a Excelência de Cristo, responda:
• Quem é o autor da carta aos Hebreus?
A carta aos Hebreus não revela o nome do seu autor.
• Para quem a carta foi escrita e por quê?
Ela foi escrita para os cristãos judeus. O propósito da carta foi para exortar aos
cristãos a terem ânimo e fé em tempos de apostasia.
• Segundo as Escrituras, o Espírito de Deus deixou de falar nos dias atuais?
Não. Deus, em nenhum momento da história, deixou o seu povo sem orientação.
• Qual a pior forma de castigo que poderia vir ao antigo Israel?
O silêncio profético.
• Por que o escritor da Carta aos Hebreus diz que os anjos são inferiores ao Filho?
Porque os anjos são criaturas, o Filho é Criador.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
O tema deste 1° trimestre é sobre uma importante epístola, Hebreus, por isso, leve
em conta algumas sugestões abaixo:
• Estude com afinco a Carta aos Hebreus, lendo quantas vezes puder, e for
necessário, os 13 capítulos da carta;
• Faça uma análise histórico-cultural da carta.
Para essa atividade, leia a introdução da Bíblia de Estudo Pentecostal (editada pela
CPAD) da Carta aos Hebreus e a introdução do Comentário Bíblico Pentecostal
Novo Testamento (editado pela CPAD). Por meio desse exercício é possível
complementar mais informações importantes como: o propósito do autor, o contexto
histórico dos destinatários da epístola.
• Faça uma análise teológica da carta.
Aqui o assunto "Lei e Evangelho" tem grande relevância. Nesse aspecto, as obras
mencionadas acima, bem como outras editadas pela CPAD, muito o ajudarão.
Ao iniciar seus estudos, tenha sempre em mente os objetivos gerais da lição, por
exemplo, os da primeira lição:
(l) Objetivo Geral: Apresentar as características da Carta aos Hebreus e a
superioridade de Cristo;
(II) Objetivos específicos:
[1] Pontuar a autoria, o destinatário e o propósito da Carta de Hebreus;
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[2] Expor a superioridade de Cristo em relação aos profetas;
[3] Mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos.
Note como os objetivos específicos obedecem rigorosamente cada
Tópico e subtópico da lição.
E que o objetivo geral é o resultado do desdobramento de todos esses tópicos e
subtópicos: ou seja, as características da carta e superioridade de Cristo. É
importante ter toda essa estrutura da lição bem construída e compreendida na
mente, pois esse entendimento é essencial para elaborar uma aula objetiva e com
conteúdo.
Sugestão Pedagógica
Ao introduzir o conteúdo da primeira lição, é importantíssimo reproduzir e
explicar resumidamente o esboço da Epístola aos Hebreus. Faça isso
conforme as suas possibilidades. Você garantirá maior eficiência no processo
de ensino-aprendizagem. Bom trimestre!
11
Lição 2 - Uma Salvação Grandiosa
Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 1° de 2018 – 14 de Janeiro de 2018
Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com
TEXTO ÁUREO
"Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual,
começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a
ouviram." (Hb 2.3)
VERDADE PRÁTICA
A salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente. O cristão é exortado a ser
vigilante e não negligente em relação a essa dádiva recebida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 10.9: Jesus deu testemunho de uma tão grande salvação
Terça – Hb 2.3: A Igreja Primitiva deu testemunho da salvação
Quarta – Hb 2.7,9: A salvação do homem tornou necessária a humanização do
Redentor
Quinta – Hb 2.14: A eficácia da salvação é demonstrada na vitória sobre o Diabo
Sexta – Hb 2.15: A eficácia da salvação é demonstrada no triunfo sobre a morte
Sábado – Hb 2.18: A eficácia da salvação é demonstrada na vitória sobre as
tentações
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 2.1-18:
1 PORTANTO, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já
temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas.
2 Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão
e desobediência recebeu a justa retribuição,
3 Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a
qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que
a ouviram;
4 Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e
dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
5 Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos.
12
6 Mas em certo lugar testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te
lembres? Ou o filho do homem, para que o visites?
7 Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, De glória e de honra o coroaste, E
o constituíste sobre as obras de tuas mãos;
8 Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas
as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas agora ainda não vemos que
todas as coisas lhe estejam sujeitas.
9 Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um
pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça
de Deus, provasse a morte por todos.
10 Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem
tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da
salvação deles.
11 Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um;
por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12 Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio
da congregação.
13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos
filhos que Deus me deu.
14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou
das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da
morte, isto é, o diabo;
15 E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à
servidão.
16 Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de
Abraão.
17 Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os
pecados do povo.
18 Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que
são tentados.
HINOS SUGERIDOS: 35,156, 542 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Explicar que a salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente, por isso, ele
deve ser vigilante e não negligenciar a graça recebida.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em
cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos
subtópicos.
I. Mostrar a grandiosidade da salvação divina;
II. Discutira necessidade da salvação
III. Saber que a salvação pela fé em Cristo é eficaz.
13
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado (a) professor (a), estudaremos a exortação do escritor de Hebreus a
respeito da grandiosidade da salvação. Salvação essa que recebemos mediante a
fé em Jesus Cristo. Ela é resultado da graça divina, mas Cristo pagou um alto
preço. Por isso, no capítulo dois, o autor aos Hebreus f az uma séria advertência a
respeito dos que negligenciam tão grande salvação. Para redimir a humanidade
pecadora>; Cristo assumiu a forma humana afim de se identificar conosco e nos
outorgar a salvação. Ele morreu por nós, mas ao terceiro dia ressuscitou coroado
de glória e honra. Cristo também nos elevou a uma condição superior, a de filhos
(as) de Deus. Jesus é superior aos anjos e a todas as coisas, e a salvação que Ele
oferece é o maior bem que o ser humano pode obter, por isso não devemos
negligenciar tal graça.
INTRODUÇÃO
O autor dá início à seção de Hebreus 2.1-18 com uma forte exortação. Era
necessário por parte dos crentes maior firmeza em relação as coisas espirituais. O
que o autor observava entre eles era certa letargia e negligência diante de um fato
de tão grande importância como é a salvação. Nesse aspecto a resposta devia ser
dada por meio do retorno às verdades anteriormente ouvidas e que haviam sido
esquecidas. Isso era de suma importância porque evitava que algum deles viesse a
se desviar. De fato, o vocábulo grego usado pelo autor—pararreo—.traduzido como
"desviar", significa originalmente "perder o rumo". O termo era usado também em
relação a um barco que acidentalmente era desancorado e lançado à deriva em alto
mar. No pensamento do autor só havia uma maneira de manter-se no rumo certo:
ancorando o barco no porto seguro, Jesus.
PONTO CENTRAL
Precisamos ser vigilantes e não negligenciarmos a salvação divina.
l - UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA
1. Testemunhada pelo Senhor.
O autor faz um contraste entre as alianças do Sinai e do Calvário. Enquanto a
Antiga Aliança foi intermediada por anjos (v.2), a Nova Aliança tinha Jesus, o Filho
de Deus, como seu mediador. O autor, então, faz uma analogia entre as duas
Alianças para que o contraste entre ambas fique bem definido. Foi Jesus, o Filho de
Deus, e não os anjos, que anunciou essa tão grande salvação. Por serem
mediadores da Lei, os anjos despertavam grande estima e respeito dos judeus por
eles. Se uma Aliança firmada na Lei, mediada por anjos, imperfeita e transitória,
14
requeria obediência por parte dos crentes, muito mais a Nova Aliança que é perfeita
e eterna. Se quem não observava os princípios do Antigo Pacto, quebrando os seus
preceitos, era punido de forma dura, que castigo merecia quem ultrajava a Nova
Aliança, que em tudo era superior?
2. Proclamada pelos que a ouviram.
Essa salvação grandiosa foi primeiramente anunciada pelo Senhor e,
posteriormente, por "aqueles que a ouviram" (Hb 2.3). Fica evidente nesse texto
que o autor não foi uma testemunha ocular dos feitos de Jesus, mas recebera a
Palavra por meio dos que a "ouviram". Mesmo não tendo recebido a Palavra de
Deus diretamente do Senhor, o autor não tem dúvida que a mensagem apostólica
era essencialmente a mesma Palavra de Deus. Esse fato deveria fazer com que os
crentes fossem mais diligentes na observância dos preceitos neotestamentários. De
fato, a palavra bebaioô, aqui traduzida como "confirmar", tem o sentido de algo que
transmite segurança e confiança. Em outras palavras, o que o Senhor anunciou e
que, posteriormente, foi proclamado por testemunhas oculares, deve servir de
fundamento da nossa fé.
3. Confirmada pelo Espírito Santo.
A mensagem, que primeiramente fora anunciada pelo Senhor e testemunhada
pelos que a ouviram, foi instrumentalizada pelo Espírito Santo. Nesse aspecto, as
traduções — "distribuições feitas pelo Espírito Santo" ou "distribuições do Espírito
Santo" (Hb 2.4) — expressam bem o que o autor quis dizer. O Espírito Santo é o
agente por trás de cada milagre e sinal operados na história do povo de Deus, tanto
do passado quanto do presente. O autor quer chamar a atenção de seu público
leitor mais uma vez para a importância da mensagem recebida, ou seja, ela fora
também testemunhada de uma forma concreta e palpável pelo Espírito Santo por
intermédio da distribuição de seus muitos dons.
SÍNTESE DO TÓPICO l
Pela fé em Jesus Cristo recebemos uma salvação grandiosa
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Hebreus 2.1-4
"Esta é a primeira de sete passagens em Hebreus onde o autor combina uma
urgente exortação com uma solene advertência a fim de mover seus leitores a uma
confiança renovada, a uma esperança e fé perseverante em Cristo, Estas sete
advertências não são divagações, no entanto se relacionam diretamente com o
principal propósito do autor. A íntima conexão entre este parágrafo e a interpretação
15
em 1.5-14 demonstra que a exposição bíblica do autor não era propriamente um
fim, mas originou-se de sua preocupação por seus leitores e sua perigosa situação.
O rico vocabulário e os dons do autor como orador são novamente evidentes. A
construção grega de 2,1-4 consiste em duas sentenças: uma declaração direta
(2.1), seguida por uma longa sentença explicativa (2,2-4), que inclui uma pergunta
retórica ("como escaparemos nós?') com uma condição ('se atentarmos para [ou
negligenciarmos] uma tão grande salvação', 2,3a).
A expressão "Portanto" (2.1) liga este parágrafo ao esplendor e â incomparável
supremacia do Filho no capítulo 1. Pelo fato de o Filho ser superior aos profetas e
aos anjos, se o que Deus "nos falou pelo Filho' (1.2) for negligenciado, seremos
muito mais culpáveis; 'Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as
coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas"
(ARRINCTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.), Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1549).
II - UMA SALVAÇÃO NECESSÁRIA
1. Por intermédio da humanização do Redentor.
Na seção vv.5-9, o autor toma o Salmo 8 como pano de fundo de seu argumento
(SI 8.4-6). Nesse aspecto, ele segue a Septuaginta que usa o termo "anjo", em vez
do texto massorético, que traz a palavra "Deus". Na mentalidade judaica, da qual o
autor participa, o homem foi feito como coroa da criação e a ele foi confiado todo o
domínio. Todavia, devido à queda, esse domínio fora perdido. Na
mente do autor dessa Escritura, portanto, o Salmo 8 não pode se aplicar a Adão,
nem tampouco a raça pós-queda, mas a Jesus, o Messias, que por meio da cruz,
veio restaurara humanidade caída.
2. Por meio do sofrimento do Redentor.
Para um judeu do primeiro século era escandalosa a ideia de um Messias sofredor.
Como então assegurar que Jesus era superior aos anjos se Ele morrera em uma
cruz? O autor de Hebreus usa o versículo cinco do Salmo 8 para explicar esse
aparente paradoxo. Sim, argumenta ele, Jesus de fato foi feito um "pouco" menor
do que os anjos por causa da sua humanização. Os intérpretes entendem que as
palavras "pouco" e "pouco tempo" (Hb 2.7,9) podem denotar posição ou tempo. Em
outras palavras, Jesus se tornou "menor" que os anjos enquanto vivia os limites da
condição humana e experimentou o sofrimento advindo desse estado de
16
humilhação. Todavia, foi por meio deste mesmo sofrimento de Cristo que os
homens tornaram-se livres.
3. Por intermédio da glorificação do Redentor.
Na mente do autor, Cristo não sofreu para ser glorificado, mas Ele foi glorificado
porque sofreu. Foi por intermédio do sofrimento que Ele foi "coroado de glória e de
honra, [...] para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos" (Hb 2.9).
Para os crentes que viam no sofrimento algo incompatível com o viver cristão, e
que, devido a isso estavam desanimados, essas palavras serviam de ânimo e
consolo.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Depois da Queda a salvação tornou-se necessária, por isso, por meio da cruz,
Jesus veio restaurar a humanidade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Jesus, superior aos anjos em sua missão redentora (Hb 2.5-18)
Esta seção dá continuidade ao pensamento iniciado em 1.5-14 a respeito da
superioridade do Filho em relação aos anjos, porém sob uma perspectiva diferente.
No capítulo l a ênfase estava na divindade da natureza do Filho; aqui o enfoque
está em sua humanidade e no sofrimento como componentes necessários de sua
missão redentora. Os anjos, por um lado, são servos," sua missão para o homem
como 'espíritos ministradores' é "servir a favor daqueles que hão de herdar a
salvação' (1.14). O Filho, por outro lado, é o Salvador; sua missão para o homem
como 'o Príncipe da salvação deles' (2.10) é 'salvar perfeitamente os que por ele se
chegam a Deus' (7.25). Entretanto, como Salvador, a missão redentora do Filho
envolvia tanto a humilhação como a glória.
Como o homem perfeito, Jesus se tornou o verdadeiro representante da raça
humana e o cumprimento absoluto do Salmos 8. Somente Ele poderia cumprir 'o
propósito declarado do Criador quando trouxe a raça humana à existência. Mas,
assim fazendo. Ele teve de se identificar plenamente com a condição humana,
incluindo o sofrimento humano (cf. Hb 4.15,16; 5.6), a fim de 'abrir o caminho da
salvação para a humanidade e agir eficazmente como o Sumo Sacerdote de seu
povo na presença de Deus. Isto significa que Ele não é apenas aquEle em quem se
cumpre a soberania destinada à humanidade, mas também aquEle que, por causa
do pecado humano, deve concretizar esta soberania por meio do sofrimento e da
morte. Portanto, o Filho, que já foi apresentado como superior aos anjos, teve de
ser feito 'um pouco menor do que os anjos' (2.7a) antes de poder ser 'coroado de
17
glória e de honra' (2.7b) como Senhor sobre todas as coisas" (AR-RINGTON, French
L.; STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2004, pp. 1551,52).
CONHEÇA MAIS
Salvação
"1. Sõteria denota 'libertação, preservação, salvação'. O termo 'salvação' é usado
no Novo Testamento para se referir a:
(a) o livramento material e temporal de perigo e apreensão:
(1) nacional (Lc 1.69,71; At 7.25, 'liberdade');
(2) pessoal, como do mar (At 27.34, 'saúde'); da prisão (Fp 1.19); do dilúvio (Hb
11.7);
(b) o livramento espiritual e eterno concedido imediatamente por Deus aos que
aceitam as condições estabelecidas por Ele referentes ao arrependimento e fé no
Senhor Jesus, somente em quem será obtido (At 4-12), e sob confissão dEle como
Senhor (Rm 10.10); para este propósito o Evangelho é o instrumento de salvação
(Rm 1.16; Ef 1.13 [...])". "Dicionário Vine", CPAD, p.967.
III - UMA SALVAÇÃO EFICAZ
1. Vitória sobre o Diabo.
Na conclusão de seu argumento o autor mostra os métodos e os resultados dessa
grandiosa salvação. Para que a salvação se efetivasse o Salvador precisava sofrer
e morrer pelos homens. Somente por meio da morte na cruz, o Diabo, arqui-inimigo
dos homens, seria derrotado (Hb 2.14). O autor usa o verbo grego catargeo para se
referir à derrota de Satanás. Esse verbo tem o sentido de "destronar" ou "tornar
inoperante". Por intermédio da cruz. Cristo destronou e desarmou Satanás das
armas que este possuía. Foi na cruz que Ele despojou os principados e as
potestades e nos garantiu a vitória (Cl 2.15).
2. Vitória sobre a morte.
Com a entrada do pecado no mundo a morte passou a ser um inimigo temido. Essa
arma poderosa era usada por Satanás para manter os homens debaixo do jugo do
medo (Hb 2.15). Todavia, ao morrer na cruz por todos os homens, Jesus venceu a
morte. Os homens continuam a morrer, mas os que o recebem como Salvador tem
a vida eterna, pois a morte não tem mais domínio sobre eles.
3. Vitória sobre a tentação.
18
Pela primeira vez na epístola o autor usa a denominação "sumo sacerdote" em
relação a Jesus (Hb 2.17). O tema do sacerdócio de Cristo será explorado pelo
autor com maior profundidade em passagens posteriores (Hb 3.1; 4.14-16; 5.1-10;
6.20; 7.14-19,26-28; 8.1-6; 9.11-28; 10.1-39). Todavia, aqui o seu uso é justificado
no contexto da identificação de Jesus com seus "irmãos", os salvos. Esse sumo
sacerdote é misericordioso e fiel. Por ter assumido a natureza humana, e se
identificado com os homens nos seus limites, Ele sabe o que é ser tentado e por
essa razão está pronto a ajudá-los.
SÍNTESE DO TÓPICO III
O sacrifício de Cristo foi único, eficaz e nos garante a vitória sobre o Diabo, a morte
e a tentação.
SUBSÍDIO TEOLÓCO
[...] Pela graça de Deus, Jesus provou a morte por todos os homens (Hb 2.9).
Três verdades importantes estão sucintamente incorporadas aqui:
1. A morte de Jesus na cruz, para realizar a salvação, foi um ato da graça de Deus.
2. Sua morte foi em favor de (byper) cada pecador; um claro ensino de Hebreus é
que sua morte foi uma expiação substitutiva pelo nosso pecado (cf. 5.1; 7.27).
Sua morte não foi uma 'expiação limitada' — isto é, para algumas pessoas seletas,
como alguns reivindicam — mas Ele provou temporariamente a morte por todos os
homens. Sua morte é de proveito para todo aquele que por fé se submete a Ele
como Senhor e Cristo,
Para os judeus daqueles dias, 'a ideia de um Messias em sofrimento era detestável
e a reivindicação cristã de que isto convinha, deveria ser vista contra este
panorama. Qualquer que seja a razão para a cruz, não há dúvida alguma de que
tais fatos revelam a natureza de Deus. É neste sentido que 'convinha que as coisas
ocorressem como de fato ocorreram" (ARR1NGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Ed.).
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1553).
CONCLUSÃO
Por meio da sua humanização e humilhação Jesus se tornou o legítimo Sumo
Sacerdote representante da humanidade. Os anjos de fato são seres especiais a
serviço de Deus, entretanto, Jesus não veio socorrê-los, mas buscar a
descendência de Abraão, os crentes. Por intermédio de seu sofrimento e morte. Ele
pode dar vida aos que estão mortos.
19
PARAREFLETIR
A respeito de Uma Salvação Grandiosa, responda:
• Segundo o autor aos Hebreus, qual a única maneira de manter-se no rumo certo?
No pensamento do autor só havia uma maneira de manter-se no rumo certo:
ancorando o barco no porto seguro, Jesus.
• Enquanto a Antiga Aliança foi intermediada por anjos, a Nova Aliança foi mediada
por quem?
Enquanto a Antiga Aliança foi intermediada por anjos, a Nova Aliança tinha Jesus, o
Filho de Deus, como seu mediador.
• Como os homens tornaram-se livres?
Por meio do sofrimento de Cristo.
• O que foi preciso ser feito para que a salvação se efetivasse?
Para que a salvação se efetivasse o Salvador precisava sofrer e morrer pelos
homens.
• Por que Jesus Cristo, o verdadeiro Sumo Sacerdote, sabe o que é ser tentado e,
por isso, está pronto a nos ajudar nas fraquezas?
Por ter assumido a natureza humana, e se identificado com os homens nos seus
limites. Ele sabe o que é ser tentado e por essa razão está pronto a ajudá-los.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
Caro professor, prezada professora, com base no esboço acima, leve em
consideração o objetivos geral e específicos da lição. Você deve explicar que a
salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente, por isso, ele deve ser
vigilante e não negligenciar essa graça recebida (Objetivo Geral). Seu aluno deve
chegar a esse objetivo, por meio do recurso selecionado por você, a fim de fazê-lo
(1) perceber a grandiosidade da salvação divina,
(2) discutir a necessidade da salvação e
(3) mostrá-los que a salvação pela fé em Cristo é eficaz.
Um ponto importante sobre o Tópico l
É importante ressaltar que Hebreus 2.1-4 é uma advertência em relação às coisas
que a igreja havia ouvido "PARA QUE, EM TEMPO ALGUM, NOS DESVIEMOS
DELAS" (v.1). Por isso é preciso - preste atenção as nestas expressões! - "atentar
com diligência", "como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande
salvação" (v.3). Esses quatro primeiros versículos do escritor aos Hebreus afirmam
pelos menos duas verdades:
[1] É possível o crente salvo e remido negligenciar, descuidar e faltar com interesse
a respeito da verdade do ensino do Evangelho, o que seria desastroso demais;
20
[2] todo cristão é tentado a tornar-se e a permanecer indiferente para com a Palavra
de Deus. É notória a preocupação do escritor aos Hebreus acerca da possibilidade,
de aos poucos, e paulatinamente, o crente salvo se distanciar do Filho de Deus,
mergulhando na mais terrível apostasia. Essa preocupação, o autor de Hebreus
desdobrará melhor nos próximos capítulos. Por isso, é importante você ressaltar
esse ponto nesse primeiro tópico.
Sugestão Pedagógica
Ao final da aula, retome o ponto central da presente lição, conforme consta na sua
revista de professor: "Precisamos ser vigilantes e não negligenciar a salvação
divina". Leia com a classe e, em seguida, ore com os alunos, rogando ao Pai por
vigilância e perseverança em Cristo.
21
Lição 3 - A Superioridade de Jesus em relação a Moisés
Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 1° de 2018 – 21 de Janeiro de 2018
Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com
TEXTO ÁUREO
"Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior
honra do que a casa tem aquele que a edificou." (Hb 3.3)
VERDADE PRÁTICA
Cristo em tudo foi superior a Moisés na Casa de Deus, pois enquanto o legislador
hebreu foi um mordomo, o Salvador foi o dono.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 3.1: Uma vocação superior dada a Cristo por Deus Pai
Terça – Lc 19.10: Uma missão superior que apenas Cristo poderia cumprir
Quarta - Hb 3.1; 1Tm 2.5: Cristo - O único Mediador entre os homens e Deus
Quinta – Hb 3.2: Cristo, o edificador da Casa de Deus
Sexta - Hb 3.5,6: Cristo, não apenas servo, mas Filho
Sábado - Hb 3.7,8: Cristo, superior em palavra à Lei
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 3.1-19:
1 POR isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus
Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
2 Sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.
3 Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior
honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4 Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é
Deus.
5 E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho
das coisas que se haviam de anunciar;
6 Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão
somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
7 Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz,
8 Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no
deserto.
22
9 Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as
minhas obras.
10 Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu
coração, E não conheceram os meus caminhos.
11 Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso.
12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para
se apartar do Deus vivo.
13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama
Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;
14 Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o
princípio da nossa confiança até ao fim.
15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos
corações, como na provocação.
16 Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram
do Egito por meio de Moisés.
17 Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que
pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18 E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram
desobedientes?
19 E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.
HINOS SUGERIDOS: 295, 396, 620 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Evidenciar a superioridade de Jesus em relação ao legislador Moisés.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em
cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos
subtópicos.
I. Apresentar a superioridade da vocação, da missão e da mediação de Jesus em
relação a Moisés;
II. Exprimir a autoridade maior de Jesus em relação a Moisés;
III. Esclarecera superioridade do discurso de Jesus em relação ao de Moisés.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Antiga Aliança apresenta Moisés como "apóstolo", isto é, o mensageiro de Deus
da Aliança com o povo de Israel, e o seu irmão Arão, como sumo J sacerdote do
povo de Deus, respectivamente. Essa dispensação deu lugar a uma nova ordem, a
um novo concerto em que Cristo Jesus se apresenta como executor desses dois
ofícios. Agora, Ele é o apóstolo da Nova Aliança e o Sumo. Sacerdote perfeito.
Essa verdade é que permeia toda a lição.
23
INTRODUÇÃO
O autor dá início ao capítulo três fazendo um contraste entre Moisés e Cristo. Ele
estava consciente da grande estima que seus compatriotas tinham pela figura do
grande legislador hebreu, Moisés. Em nenhum momento desse contraste o autor
deprecia a pessoa de Moisés, mas sempre o coloca como um homem fiel a Deus na
execução de sua obra. Entretanto, mesmo tendo assumido a grande missão de
conduzir o povo rumo à Terra Prometida, Moisés não poderia se equiparar a Jesus,
o Autor da nossa fé. O contraste entre Moisés e Cristo é bem definido: Moisés é
visto como um administrador da casa, Jesus como Edificador; Moisés é retratado
como servo, Jesus como Filho; Moisés foi enviado em uma missão terrena, Jesus
numa missão celestial, eterna.
PONTO CENTRAL
A carta de Hebreus revela a superioridade de Jesus em relação a Moisés quanto à
tarefa, à autoridade e o discurso.
l - UMA TAREFA SUPERIOR
1. Uma vocação superior.
O autor introduz a seção vv.1-6 tomando como ponto de partida o que havia dito
anteriormente — Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18).
Tomando por base esse conhecimento, seus leitores, a quem ele chama
afetuosamente de irmãos santos, deveriam ficar atentos ao que seria dito agora (Hb
3.1). Eles não eram apenas um povo nómade pelo deserto escaldante à procura da
Terra Prometida, mas herdeiros de uma vocação celestial. Eles deveriam se
lembrar de quem os fez aptos e idóneos dessa vocação. Nesse aspecto, os leitores
de Hebreus não deveriam ter dúvida alguma de que Jesus, como Aquele que os
conduzia ao destino eterno, era em tudo superior a Moisés, a quem coube a missão
de conduzir o povo à Canaã terrena.
2. Uma missão superior.
O autor pela primeira vez usa a palavra apóstolo em relação a Jesus (Hb 3.1). A
palavra apóstolo se refere a alguém que é comissionado como um representante
autorizado. Não havia dúvida de que Moisés havia sido um enviado de Deus em
uma missão, todavia, ele não foi o "apóstolo da grande salvação". A missão de
Moisés foi tirar o povo de dentro do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida, mas a
missão de Jesus é a de conduzir a Igreja à Canaã celestial. A missão mosaica era
daqui, a Canaã terrena; a missão de Jesus possuía uma vocação celestial. Cristo
não foi apenas um enviado em uma missão, mas acima de tudo, o apóstolo da
24
nossa confissão, alguém com autoridade na missão de nos conduzir ao destino
eterno.
3. Uma mediação superior.
Depois de afirmar que Jesus era "o apóstolo", o autor também diz que Ele é o
"sumo sacerdote da nossa confissão". Jesus era superior a Moisés, não apenas em
relação à missão, mas também em relação à função que exercia. O autor fará um
contraste mais detalhado entre o sacerdócio de Cristo e o araônico mais adiante,
mas aqui os crentes deveriam ter em mente que a mediação de Jesus era em tudo
superior ao sistema mosaico e levítico. Cristo era o mediador da nossa confissão. A
palavra "confissão" traduz o termo original homoiogia, que tem o sentido primeiro de
"concordância". Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele
em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos;
Ele, e somente Ele, é a razão do nosso viver.
SÍNTESE DO TÓPICO l
Em relação a Moisés, a carta de Hebreus apresenta o Senhor Jesus com uma
vocação superior, uma missão superior e uma mediação superior.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado (a) professor (a), inicie a aula desta semana fazendo as seguintes
perguntas:
a) O que Moisés representou para o povo de Israel?
b) Qual foi o papel de Moisés no estabelecimento da Antiga Aliança de Deus com o
seu povo?
c) Por que Moisés é uma autoridade respeitada na história de Israel?
Ouça as respostas dos alunos e em seguida faça um resumo abordando as
respostas das três perguntas a fim de amarrar as informações. A ideia dessa
atividade é familiarizar a classe com Moisés a fim de, a partir da importância dele
para o povo judeu, destacar a magnitude de Jesus Cristo como o mediador da Nova
Aliança.
CONHEÇA MAIS
A possibilidade de não chegar ao fim da caminhada
"O livro de Hebreus considera a possibilidade de permanecer firme na fé ou de
abandoná-la como uma escolha real, que deve ser feita por cada um dos leitores; o
autor ilustra as consequências da segunda opção referindo-se à destruição dos
hebreus rebeldes no deserto após sua gloriosa libertação do Egito." "Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento", CPAD, p.1557-59.
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II - UMA AUTORIDADE SUPERIOR
1. Construtor, não apenas administrador.
O autor destaca que tanto Moisés como Jesus foram fiéis na "casa de Deus" (Hb
3.2). Eles foram fiéis na missão que lhes foram confiada. Isso mostra o apreço que
o autor possuía pelo legislador hebreu. Todavia, ao se referir a Jesus, o autor usa a
palavra grega aksioô, traduzida como "digno", "valor", "mérito". Duas coisas
precisam ser destacadas no uso desse vocábulo pelo autor. Primeiramente ele quer
mostrar que o mérito de Jesus era maior do que o de Moisés. Nosso Senhor era o
construtor do edifício, da casa de Deus, e não apenas o mordomo, como fora
Moisés. Os crentes precisavam enxergar isso e, assim, valorizarem mais a sua
salvação. Por outro lado, ao usar o pretérito perfeito (tempo verbal grego), ele
demonstra que a glória de Moisés era desvanecente, enquanto a de Jesus era
permanente.
2. O perigo de ver, mas não crer.
"[...] E viram, por quarenta anos, as minhas obras" (Hb 3.9). Erra quem pensa que
só acredita quem vê. Parece que quem muito vê, menos acredita. Acaba ficando
acostumado com o sobrenatural. Para algumas pessoas o sobrenatural se
"naturaliza". É exatamente isso que aconteceu no deserto e era especificamente
isso que acontecera com a comunidade dos primeiros leitores de Hebreus. Tanto
Moisés como Jesus foram poderosos em obras, mas isso não era suficiente para
segurar os crentes. É preocupante quando o cristão se acostuma com o
sobrenatural e nada mais parece impactá-lo ou sensibilizá-lo.
3. O perigo de começar, mas não terminar.
"Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos" (Hb
3.10b). Com essas palavras o autor mostra o perigo de começar, mas não chegar;
de andar, mas se desviar. Alguns do antigo povo de Deus haviam começado bem,
mas terminado mal. Muitos caíram pelo caminho, desistiram da estrada. O mesmo
risco estava ocorrendo com os cristãos neotestamentários — haviam começado
bem, mas corriam o risco de caírem e perderem a fé. Esse alerta é para nós hoje!
Como está a tua fé?
SÍNTESE DO TÓPICO II
Hebreus destaca o Senhor Jesus como o construtor da Nova Aliança; o Filho
amado de Deus; o ministro excelente da Igreja de Deus.
26
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Pedro apresenta Jesus como o Profeta semelhante a Moisés (vv.22,23).
Moisés havia declarado: 'O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio
de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis' (Dt 18.15). Seria natural dizer que
Josué cumpriu essa profecia. Josué, o seguidor de Moisés, realmente veio depois
deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro Josué (na
língua hebraica, os nomes Josué e Jesus são idênticos). Os cristãos primitivos
reconheciam Jesus como o derradeiro cumprimento da profecia de Moisés.
No final do capítulo (vv.25,26). Pedro lembra aos ouvintes a aliança com Abraão,
muito importante para se entender a obra de Cristo: 'Vós sois os filhos dos profetas
e do concerto que Deus fez em nossos pais, dizendo 3 Abraão: Na tua
descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu
Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos
desviasse, a cada um, das vossas maldades'. Claro está que, agora, é Jesus quem
traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão - e não apenas a Lei dada
por meio de Moisés" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.307,08).
Ill - UM DISCURSO SUPERIOR
1. O perigo de ouvir, mas não atender.
Seguindo a redação da Septuaginta (tradução grega da Bíblia Hebraica), o autor
cita o Salmo 95.7-11 para trazer uma série de advertências. Se o povo de Deus no
Antigo Pacto precisou ser exortado, maior exortação precisava os que tinham
maiores promessas. Primeiramente havia o perigo de ouvir e não atender (Hb
3.7,8). No passado, o povo de Deus tinha ouvido a mensagem divina; entendido,
mas não atendido! O mesmo erro estava se repetindo. O Espírito Santo, falando
profeticamente pela boca do salmista, advertia os o leitores para que seus corações
não se endurecessem. É um apelo atual, porque o povo de Deus muitas vezes
demonstra ser tardio para ouvir.
2. A humilhação do servo.
A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a
forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação
está relacionada aos seus sofrimentos, como o ser perseguido, desprezado pelas
autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores, açoitado
impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e, finalmente,
27
crucificado e morto. Assim se cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do Servo
Sofredor (Is 53).
3. O exemplo a ser seguido.
Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade
do Pai e amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34; Lc 4.18,19). Logo, a
partir da vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a
pessoa do Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada
tome o seu lugar em nosso coração. Assim, somos instados a amar o próximo na
força do mesmo amor que o Pai tem por nós (Mc 12.30,31).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A mensagem de Cristo faz alguns alertas: o perigo de ouvir, mas não atender ao
apelo; o perigo de ver, mas não crer na revelação; o perigo de começar, mas não
terminar a jornada.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
SE OUVIRDES HOJE A SUA VOZ Citando Salmos 95.7-11, o escritor se refere à
desobediência de Israel no deserto, depois do êxodo do Egito, como advertência
aos crentes sob o novo concerto. Porque os israelitas deixaram de resistir ao
pecado e de permanecer leais a Deus, foram impedidos de entrar na Terra
Prometida (ver Nm 14.29-43; SI 95-7-10). Semelhantemente, os crentes do Novo
Testamento devem reconhecer que eles, também, podem ficar fora do repouso
divino, se forem desobedientes e deixarem que seus corações se endureçam.
NÃO ENDUREÇAIS O VOSSO CORAÇÃO
O Espírito Santo fala conosco a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-
11; Rm 8.11-14; Gl 5.16-25). Se formos indiferentes à sua voz, nossos corações se
tornarão cada vez mais duros e rebeldes a ponto de se tornarem insensíveis à
Palavra de Deus ou aos apelos do Espírito Santo (v.7). A verdade e o viver em
retidão já não serão prioridades nossas. Cada vez mais, buscaremos prazer nos
caminhos do mundo e não nos caminhos de Deus (v.10). O Espírito Santo nos
adverte que Deus não continuará a insistir conosco indefinidamente se
endurecermos os nossos corações por rebeldia (vv.7-11; Gn 6.3). Existe um ponto
do qual não há retorno (vv.10,11; 6.6; 10.26)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, p.1902).
CONCLUSÃO
28
Ao mostrar a superioridade de Jesus sobre Moisés, o autor da Carta aos Hebreus
não tencionava exaltar o primeiro e desprezar o segundo, mas pôr em relevo a obra
do Calvário, bem como esclarecer como os crentes devem valorizá-la. Ora, se
Moisés que não era divino, que não se deu sacrificalmente em lugar de ninguém,
merecia ser ouvido, então por que Jesus, o Filho do Deus bendito, Senhor da Igreja
e superior aos anjos, não merecia reconhecimento ainda maior?
PARAREFLETIR
A respeito da Superioridade de Jesus em relação a Moisés, responda:
• Qual o ponto de partida para o autor aos Hebreus introduzir o assunto sobre a
vocação superior de Jesus?
Que Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18).
• Em que concordamos quando confessamos Jesus como Salvador?
Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a
primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele e somente
Ele é a razão do nosso viver.
• O que devemos destacar quando o autor usa aksioô, isto é, "digno", "valor" e
"mérito"?
Diferente de Moisés, o mérito de Jesus era maior e sua glória era permanente.
• Se Moisés foi um ministro de Deus no culto da congregação do deserto, o que foi
Jesus?
O ministro da Igreja, o povo de Deus na Nova Aliança, "a qual casa somos nós"(Hb
3.6). '
• Qual risco corria os cristãos neotestamentários?
O perigo de ouvir, mas não atender, o perigo de ver, mas não crer e o perigo de
começar, mas não terminar.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
Explicando o capítulo 3
O capítulo 3 de Hebreus está na seção que aborda a supremacia do Filho de Deus:
1.4-4.13. Essa parte da carta demarca a supremacia de Jesus em relação a Moisés,
o legislador de Israel. Diferentemente de Moisés, que serviu a uma casa, que "não
era o tabernáculo, mas os da casa de Deus, ou o povo de Deus como a
comunidade da fé" (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD,
p.1557), Jesus Cristo é o construtor dessa casa de Deus, enquanto o legislador de
Israel fazia parte dela.
29
Podemos retomar essa abordagem no Evangelho de Mateus, no capítulo 16, e no
versículo 18: "edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela" (Mt 16.18). Atenção para o verbo "edificarei" e o pronome possessivo
"minha". É Cristo quem construiu, edificou e ergueu o povo de Deus, por isso, esse
povo pertence a Ele; diferentemente de Moisés, que embora fosse uma figura
proeminente entre os judeus, um líder exemplar, ele não edificou o povo de Deus,
mas se achou parte dele.
Portanto, o escritor de Hebreus faz um apelo aos leitores de sua carta, que
diferentemente aos judeus do deserto que não atentaram para as palavras de
Moisés, os seguidores de Cristo atentem para o mandamento do Filho, o edificador
do povo de Deus, e não se deixem endurecer pelo engano do pecado.
Sugestão Pedagógica
Caro professor, prezada professora, ao introduzir a lição desta semana reproduza o
esquema abaixo conforme as suas possibilidades:
COMPARAÇÃO ENTRE MOISÉS E JESUS CRISTO COM BASE NO CAPÍTULO 3
DE HEBREUS
Moisés
• Fidelidade com toda a casa de Deus (o povo de Deus);
• Servo da casa de Deus;
Jesus
• A casa de Deus pertence ao Filho;
• Cristo foi quem edificou casa de Deus;
Em seguida, dê um espaço de tempo para que os alunos tenham a oportunidade
de expressar suas opiniões sobre a comparação entre Moisés e Jesus a partir do
esquema apresentado. Depois explique a superioridade da vocação de Jesus
reafirmando os pontos do esquema acima.
30
Lição 4 - Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de
Deus
Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 1° de 2018 – 28 de Janeiro de 2018
Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com
TEXTO ÁUREO
"Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo
exemplo de desobediência." (Hb 4.11)
VERDADE PRÁTICA
O descanso provido por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso
provido por Cristo é celestial, eterno e completo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 4.2: A mensagem de Deus deve ser recebida pela fé
Terça - Hb 4.6: A mensagem de Deus deve ser acompanhada pela obediência
Quarta – Hb 4.7: A mensagem de Deus dever ser acolhida com contrição
Quinta - Hb 4.8,9: A mensagem de Deus promove um descanso real e total
Sexta – Hb 4.11: A mensagem de Deus promove um descanso eterno
Sábado – Hb 4.12: A Palavra de Deus é viva e eficaz
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 4.1-13:
1 TEMAMOS, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso,
pareça que algum de vós fica para trás.
2 Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a
palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a
fé naqueles que a ouviram.
3 Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei
na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem
acabadas desde a fundação do mundo.
4 Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as
suas obras no sétimo dia.
5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
31
6 Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro
foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência,
7 Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois,
como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.
8 Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro
dia.
9 Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.
10 Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras,
como Deus das suas.
11 Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo
exemplo de desobediência.
12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada
alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
13 E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão
nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.
HINOS SUGERIDAS: 47,146, 212 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Demonstrar que Jesus é superior a Josué na mensagem e no provimento de
repouso para o povo de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em
cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico com os seus respectivos
subtópicos.
I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué;
II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué;
III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O texto de Hebreus 4 mostra o que a história de Josué representa para a Igreja de
Cristo. Enquanto o ministério do sucessor de Moisés foi de caráter terreno,
temporário e incompleto - primeiro porque Israel não conquistou toda a terra;
depois, as guerras continuaram -, Jesus Cristo proveu um descanso celestial,
eterno e completo.
Na lição desta semana, é preciso fazer o contraste entre os ministérios de
Jesus e Josué, conforme abaixo:
JOSUÉ —> Terreno -> Temporário -> Incompleto
JESUS -> Celestial -> Eterno -> Completo
32
Devido à popularização da teologia da prosperidade, bem como o aumento da
"politização ideológica" dos movimentos evangélicos, é comum alguns cristãos
virarem as costas para a dimensão celestial e eterna do ministério de Jesus,
alegando que se dermos ênfase ao "céu" formaremos cristãos "escapistas". O
problema é que eles se esqueceram de combinar isso com o autor de Hebreus. A
natureza celestial, eterna e esperançosa do ministério de Cristo é cristalina nas
Escrituras! Por isso, embora a obra de Cristo tenha consequências presentes como
uma antecipação das bênçãos futuras, claro que podemos vivê-las hoje, aqui e
agora, não tenha receio de enfatizar a natureza do porvir da obra de Cristo, pois Ele
nos prometeu a vivência da comunhão no Reino Celestial (Mt 26.28,29).
INTRODUÇÃO
A conquista de Canaã sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos
Hebreus como um tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da
terra a Moisés e Josué (Êx 3.8; Js 1.2,3). Mas ao longo da jornada do Êxodo muitos
ficaram pelo caminho. A incredulidade e a desobediência, somadas à falta de
ânimo, fizeram com que o povo não vivesse as promessas de Deus em sua
plenitude. O mesmo processo estava se repetindo agora com os crentes da Nova
Aliança e pelas mesmas razões. A única forma de voltar para a corrida e completar
o percurso, entrando no descanso de Deus, era observando a sua Palavra.
PONTO CENTRAL
Enquanto Josué proporcionou um descanso terreno, temporário e. incompleto para
Israel, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo para a Igreja.
I - JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE
JOSUÉ
1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé.
O autor inicia sua argumentação com uma afirmação e uma declaração.
Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram pregadas a seus
contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué
(Hb 4.2). Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo
gregoeuangelizomai, que significa "evangelizar", "pregar as boas-novas a alguém".
É a mesma raiz que dá origem à palavra "evangelho". Em segundo lugar, o autor
declara que "a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava
misturada com a fé naqueles que a ouviram" (Hb A.2). Muitos crentes do Antigo
Pacto haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a
33
mensagem com fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a
mensagem em sua plenitude, mas não lhe deram crédito?
2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência.
O autor passa a mostrar a razão de alguns não terem entrado no descanso de
Deus: "Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro
foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência" (Hb 4.6).
A desobediência (gr. apeitheia) é a manifestação ativa da incredulidade. Essa
palavra ocorre seis vezes no texto original e foi usada pelo apóstolo Paulo para se
referir aos "filhos da desobediência" (Ef 2.2). O crente, quando não crê, age da
mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa essa palavra novamente no
versículo 11, do mesmo capítulo, quando alerta o crente a não "cair no exemplo de
desobediência". A mensagem de Deus só tem proveito quando acompanhada pela
obediência.
3. Uma mensagem que conduz à contrição.
A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos,
abertos: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 4.7b).
O autor usa o termo sklerynô - traduzido como "duro", "endurecido" - quatro vezes
nesta carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa "esclerose",
"esclerosado", isto é, "endurecido", "enrijecido". É a mesma palavra usada por
Lucas em Atos 19.9 para dizer que os judeus se "mostraram endurecidos" e por
essa razão rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em Hebreus, como em outros
lugares do Novo Testamento, é o homem, e não Deus, que endurece o seu próprio
coração. Deus só endurece quem já está anteriormente endurecido (Rm 1.28,29).
Para que a mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos.
SÍNTESE DO TÓPICO l
A mensagem de Jesus deve ser percebida peia fé, praticada com obediência e
recebida em contrição pessoal.
SUBSIDIO DIDATICO
Professor (a), o recebimento da Palavra com fé, o viver em obediência e o coração
contrito e aberto à Palavra são os três aspectos do ouvinte da mensagem de Jesus
que devem ser enfatizados neste primeiro tópico. Deixe claro que sem fé é
impossível agradar a Deus; sem obediência à Palavra não há fundamento na vida
cristã; sem coração contrito não há arrependimento.
lI - JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE
JOSUÉ
34
1. Um descanso total.
Quando contrastamos o capítulo 11.23 com o 13.1 do livro de Josué surge uma
pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas
avaliam que Josué 11.23 refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do
líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar
a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército de Josué
estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao
território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa
patente Josué 13.1. Logo, os capítulos 11 e 13 não são contraditórios, mas
confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e
parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o descanso
provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser conquistado.
2. Um descanso real.
A redação de Hebreus 4.8, diz: "Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso,
não falaria, depois disso, de outro dia". A conquista de Canaã era apenas um tipo
da qual a Canaã celestial é o antítipo. A conquista da Terra Prometida por Josué
era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. Quem proveu, de fato, um
descanso para o povo de Deus foi Jesus, não Josué: "Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28).
3. Um descanso eterno.
Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto
e tipológico, ele foi também temporário: "Portanto, resta ainda um repouso para o
povo de Deus" (Hb 4.9). O descanso não é aqui! Embora desfrutemos das bênçãos
do reino na era presente, todavia, o futuro aguarda a sua plenitude. A estrada é
longa e ninguém pode se deixar fatigar pelo caminho. É preciso caminhar com
dedicação e vigilância: "Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que
ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência" (Hb 4.11).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O descanso que Jesus proveu para o seu povo é completo, real e eterno.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O repouso de Deus, no qual os crentes são convidados a entrar, é algo para o
presente ou para o futuro? Certamente o repouso de Deus em seu sentido mais
amplo aguarda a era por vir, mas há também um sentido presente de entrar pela fé,
como é indicado pelo versículo 3: 'porque nós, os que temos crido [tempo passado],
35
entramos [tempo presente] no repouso' (cf. a ênfase do tempo presente em
4.1,10,11). A fé torna possível, no presente, realidades que são futuras, invisíveis,
ou celestiais (cf. 11.1). Em 4.3-5, são enfatizados dois fatos importantes:
1) O repouso de Deus é uma realidade presente e completa (4.3c,4) e
2) Os israelitas não puderam entrar no repouso de Deus (4.3b,5b) por causa de sua
incredulidade e desobediência (3-19; 4.6). Note que nosso autor cita Génesis 2.2
em Hebreus 4.4 e se refere ao Salmos 95.11 (duas vezes) em Hebreus 4.3,5. Sua
preocupação por seus leitores é que entrem no repouso de Deus agora pela fé e
que não o percam para sempre, como fez a geração que peregrinou no deserto. A
incredulidade fecha o coração para Deus e torna sua promessa sem efeito.
O que é o repouso de Deus? É um repouso baseado na conclusão de sua obra na
criação (4.3c,4), do qual o sábado sagrado é um testemunho duradouro. Nossa
participação em seu repouso é baseada na obra consumada de Cristo na cruz; o
fato de Ele estar 'assentado' (que inclui o pensamento de repouso) à direita do Pai é
o testemunho duradouro. O fato de Deus ter repousado não significa que Ele, por
conseguinte, tenha estado ou esteja em um estado de ociosidade, mas apenas que
não há nada a se acrescentar àquilo que Ele fez. Deus repousou após criar todas
as coisas porque sua obra (de criar) foi terminada 'desde a fundação do mundo'
(4.3c)" (ARR1NGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1563,64).
CONHEÇA MAIS
O Descanso
A preocupação pastoral do autor se torna novamente evidente: Que, porventura,
deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para
trás' (cf.3.12,13; 4.11). Entrar no repouso de Deus não é algo que acontece
automaticamente após a conversão a Cristo, da mesma maneira que Israel não
entrou; automaticamente em Canaã após a sua redenção do Egito. Como Bruce
observa, os leitores 'farão bem em temer a possibilidade de perder a grande bênção
que nos está prometida, da mesma maneira que a geração de israelitas
que morreu no deserto perdeu a Canaã terrestre, embora este fosse o objetivo que
tinham diante de si quando saíram do Egito'." "Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento", CPAD, p.1563,64.
III. JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE
JOSUÉ
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1. Uma palavra viva.
Já vimos que o autor de Hebreus afirma que a geração do Êxodo ouviu as boas-
novas da Palavra de Deus, mas não lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus
estava diante de sua Palavra. Essa Palavra não foi anunciada por um anjo, Moisés
nem tampouco por Josué, mas pelo próprio Filho de Deus — Jesus. Essa Palavra
não mais se limita à letra, a Lei, porque ela é "viva" (Ez 37.3,4). Jesus afirmou que
suas palavras "são espírito e vida" (Jo 6.63). Como devemos nos portar diante da
Palavra Viva de Deus?
2. Uma palavra eficaz.
A Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é eficaz. Produz
resultados: "sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da
incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" (1Pe 1.23).
O autor mostra que essa palavra é produtiva. O termo energes, traduzido como
"eficaz", é usado na Bíblia para se referir à atividade divina que produz resultados:
"assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes
fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei" (Is 55.11).
3. Uma palavra penetrante.
A Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e cortante, "mais
penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma,
e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração" (Hb 4.12). A metáfora usada pelo autor é muito forte e serve
para mostrar que a Palavra de Deus possui um grande poder de penetração. Ela
não fica na superfície, mas vai até o centro do ser humano. Os israelitas falharam
por não ouvir as palavras de Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam
ter mais prontidão para responder a essa Palavra.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A orientação de Jesus foi manifesta por meio de uma Palavra viva, eficaz e
penetrante.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Ao terminar a exposição deste tópico, e com o auxílio das seções objetivos
específicos e sínteses dos tópicos, faça uma breve recapitulação dos assuntos
abordados nesta aula. Não esqueça também de trabalhar com a classe as questões
da seção Para Refletir.
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CONCLUSÃO
A palavra chave desta lição é "descanso". Todos nós nos fatigamos na caminhada
da vida. O problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos
interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como
consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas
podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de
Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o
autor e consumador da nossa fé.
PARA REFLETIR
A respeito de Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de
Deus, responda:
• Qual a primeira afirmação do autor aos Hebreus?
Que as Boas-novas foram pregadas aos seus contemporâneos, assim como havia
acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2).
• O que é preciso para que a mensagem tenha efeito?
A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos,
abertos.
• Segundo a lição, o que foi a conquista de Canaã?
A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é
a realidade.
• Para o autor de Hebreus, o que foi o descanso de Josué?
Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto
e tipológico, ele foi também temporário: "Portanto, resta ainda um repouso para o
povo de Deus" (Hb 4.9).
• Se os israelitas falharam ao não ouvir as palavras de Moisés e Josué, qual o
cuidado que os cristãos devem ter?
Os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa
Palavra.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
O livro de Josué narra a conquista parcial da terra prometida, a terra de Canaã, sua
distribuição e o estabelecimento do povo israelita nela. A narrativa do texto mostra
batalhas sangrentas para conquistar a terra. Os cananeus não a entregariam
gratuitamente. Entretanto, ao longo do livro é possível perceber que Deus honrou
Israel, fazendo-o vencer os inimigos idólatras e obter a dádiva da terra prometida ao
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seu povo. Ali, começaria a se cumprir a promessa da Aliança de Deus com os
patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
Nesse contexto que a promessa de descanso, ou repouso, isto é, a promessa de
conquistar e permanecer na terra prometida, que não foi plenamente realizada, foi
cumprida por intermédio de Josué ao povo de Israel, mas unicamente numa
perspectiva terrena, incompleta e finita. Aqui, o capítulo 4 de Hebreus faz o maior
contraste com o "repouso" proposto no livro de Josué.
A Carta aos Hebreus mostra que "o repouso prometido por Deus não é somente o
terrestre, mas também o celestial (w.7,8; cf.13.14). Para os crentes, resta ainda o
repouso eterno no céu (Jo 14.1-3; cf. Hb 11.10,16). Entrar nesse repouso final
significa o cessar do labor, dos sofrimentos e da perseguição, tão comuns em
nossa vida nesta terra (cf. Ap 14.13); significa participar do repouso do próprio Deus
e experimentar a eterna alegria, deleite, amor e comunhão com Deus e com os
santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21.22)" (Bíblia de Estudo
Pentecostal, CPAD, p. 1905).
Sugestão pedagógica
Para concluir a aula, use o esquema abaixo, a fim de resumir o assunto da lição e
alinhar a comparação entre o ministério de Josué e o de Jesus Cristo, o que
mostrará a clara supremacia do ministério terreno de nosso Senhor.
QUADRO COMPARATIVO SOBRE O DESCANSO DE JOSUÉ E
DE JESUS
O descanso de Josué
• Um descanso incompleto e parcial;
• Um descanso ideal, cheio de percalços que serviria como sombra futura do
verdadeiro descanso;
• Um descanso temporário e terreno.
O descanso de Jesus
• Um descanso completo e pleno;
• Um descanso real, espiritualmente presente e pleno;
• Um descanso eterno e espiritual.
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Lição 5 - Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica
Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 1° de 2018 – 4 de Fevereiro de 2018
Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com
TEXTO ÁUREO
"Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou
nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão." (Hb 4.14)
VERDADE PRÁTICA
Como Filho de Deus e Sumo Sacerdote, Jesus intercede eficazmente por sua
Igreja.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 4.14 Jesus, Sumo Sacerdote qualificado para representar os homens
diante de Deus
Terça - Hb 4.15: Jesus, Sumo Sacerdote identificado com a condição humana
Quarta – Hb 5.4: Jesus, Sumo Sacerdote e ministro do santuário
Quinta - Hb 5.7 Jesus, o Sumo Sacerdote de vida santa
Sexta - Hb 5.8,12.28: Jesus, o Sumo Sacerdote obediente e submisso que nos
ensina
Sábado – Hb 5.9-14: Jesus, o Sumo Sacerdote transcendente e necessário
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 4.14-16; 5.1-14:
14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou
nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem
pecado.
16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos
alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Hebreus 5.1-14:
1 PORQUE todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor
dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios
pelos pecados;
2 E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados; pois também ele
mesmo está rodeado de fraqueza.
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3 E por esta causa deve ele, tanto pelo povo, como também por si mesmo, fazer
oferta pelos pecados.
4 E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como
Arão.
5 Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote,
mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei.
6 Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem
de Melquisedeque.
7 O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas,
orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.
8 Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os
que lhe obedecem;
10 Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
11 Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes
negligentes para ouvir.
12 Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos
torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos
haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento.
13 Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na
palavra da justiça, porque é menino.
14 Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume,
têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
HINOS SUGERIDOS: 152, 291,402 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Pontuar o sacerdócio do Senhor Jesus como superior à ordem levítica e que, por
isso. Ele teve autoridade para inaugurar uma nova ordem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em
cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos
subtópicos.
I. Demonstrar biblicamente a natureza da superioridade do sacerdócio de Jesus
Cristo;
II. Ensinar que o sacerdócio de Cristo foi superior quanto ao serviço;
III. Expressar a importância teológica do sacerdócio do Senhor Jesus.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Hebreus 4.14-16 talvez seja a passagem mais enfática acerca da perfeição do
ministério sacerdotal de Jesus Cristo. Ali, o texto apresenta nosso Senhor como um
sumo sacerdote capaz de compadecer-se de nossas fraquezas porque Ele havia
sido tentado em tudo. Com base nesse fato que o autor aos Hebreus encoraja os
cristãos: "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos
41
alcançar misericórdia e achar graça, afim de sermos ajudados em tempo oportuno"
(v.16). Encoraje sua classe a partir dessa Palavra!
INTRODUÇÃO
A doutrina do sacerdócio de Jesus começa a ser exposta a partir de Hebreus 4.14-
16. Nessa seção o autor apresenta Jesus como "o grande sumo sacerdote que
penetrou os céus". Jesus, portanto, era um Sumo Sacerdote grandioso,
misericordioso e compassivo. Na seção de Hebreus 5.1-10, o autor sacro apresenta
de forma detalhada uma discussão sobre as atribuições e qualificações do
sacerdócio. A intenção dele é mostrar que o sacerdócio de Jesus superou o
sacerdócio arônico e a ordem levítica em grandeza e qualificação. Os sacerdotes
humanos eram cobertos de fraquezas e defeitos e, por isso, pouco podiam fazer
pelos homens. Todavia, Jesus, como Sumo Sacerdote, era de uma ordem superior
e perfeita e, por conta disso, capaz de condoer-se e socorrer os que a Ele recorrem.
Por fim, o autor finaliza censurando os crentes pela ignorância deles frente a uma
doutrina de tão grande relevância.
I - UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO A QUALIFICAÇÃO
1. Por representar melhor os homens diante de Deus.
O escritor de Hebreus mostra que o sumo sacerdote do Antigo Pacto era escolhido
dentre seus pares (Hb 5.1). Com essa exposição o autor quer chamar a atenção
para o mistério da encarnação, quando Deus se humaniza para tratar com os
homens. Mesmo porque, como afirma certo teólogo, "é necessário que um homem
seja escolhido para representar homens ao tratar dos pecados deles contra Deus".
Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é quem nos apresentou diante de Deus. Ao
contrário do sacerdócio arônico, que oferecia ofertas e sacrifícios. Jesus ofereceu
sua própria vida como oferta a Deus em nosso favor (Hb 4.14-16).
2. Por compreender melhor a condição humana.
Para melhor compreender a condição humana, o autor prossegue com sua
exposição da função sacerdotal. O sumo sacerdote era alguém tirado de entre o
povo e com a capacidade de compreender a condição humana. A palavra
"compadecer-se" (Hb 5.2,3) traduz o termo grego metriopatheia, que significa
escolher um meio termo a fim de se evitar os extremos. Um sacerdote que
trabalhava com as exigências da Lei e, ao mesmo tempo com as fraquezas
humanas, necessitava, a todo momento, evitar os extremos. Isso se tornava mais
emblemático quando ele precisava fazer sacrifícios pêlos pecados alheios e os seus
próprios. Ele não poderia ser complacente com o pecado nem tampouco agir com
42
extrema severidade. Na mente do autor sagrado somente Jesus, o Sumo Sacerdote
perfeito, pôde cumprir esse requisito.
3. Pela posição que exerceu.
Não era sumo sacerdote quem quisesse ser, mas aquele a quem o Senhor
chamasse (Hb 5.4). O contexto deixa claro que a palavra "honra" tem o sentido de
"cargo" ou "posição" e está relacionada ao ministério sacerdotal ao qual o Senhor
delegou a alguém. Ser um ministro do altar era algo extremamente honroso, de
grande importância e de muita responsabilidade. Tanto Arão como seus filhos foram
escolhidos diretamente por Deus para esse ministério (Êx 28.1; SI 105.26). Jesus,
nosso Sumo Sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão visto
pertencer a uma ordem sacerdotal superior e haver sido enviado do céu para essa
missão.
SÍNTESE DO TÓPICO l
O sacerdócio de Cristo é mais qualificado do que o de Arão e o da ordem levítica
porque representa melhor o ser humano diante de Deus, pois compreende a
condição humana, e também por pertencer ao "sacerdócio do céu".
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Enfatize a superioridade da qualificação do sacerdócio de Cristo em relação ao de
Arão e ao da ordem levítica. Utilize o ayxílio do esquema abaixo.
AS RAZÕES DA SUPERIORIDADE DA QUALIFICAÇÃO DO SACERDÓCIO
Representa melhora
ser humano diante
de Deus:
Compreende melhor a
condição humana:
Pertence a um sacerdócio
superior
Jesus, nosso sumo
sacerdote, é quem
nos apresentou
diante de Deus. Ao
contrário do
sacerdócio arônico
que oferecia ofertas
e sacrifícios, Jesus
ofereceu sua própria
vida como oferta a
Deus em nosso favor
(Hb 4.14-16).
Um sacerdote que
trabalhava com as
exigências da Lei e, ao
mesmo tempo com as
fraquezas humanas,
necessitava, a todo tempo
evitar os extremos. Na
mente do autor sagrado
somente Jesus, o sumo
sacerdote perfeito, pôde
cumprir com esse requisito
[porque ninguém como Ele
compreendia tão bem a
condição humana].
Não era sumo sacerdote
quem quisesse ser, mas
aquele a quem o Senhor
chamasse [Hb 5.4). [...]
Jesus, nosso sumo
sacerdote, em tudo foi
superior e mais honrado
do que Arão visto
pertencer a uma ordem
sacerdotal superior e
haver sido enviado do
céu para essa missão.
II - UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO
1. Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.
Em sua exposição sobre o sacerdócio de Cristo, o autor combina o Salmo 2.7 com
o 110.4. Essas citações servem para o autor sacro argumentar a favor da filiação
43
divina e da realeza do sacerdócio de Jesus. Respeitados especialistas em Antigo
Testamento ressaltam que o tipo de "messias" que os judeus da época de Jesus
esperavam era de natureza político-religiosa. Entretanto, os textos dos Salmos
mostram que Jesus Cristo não era um messias político nem meramente religioso,
mas o Messias aclamado por Deus em Salmos 2.7 e reconhecido pelo Pai como
Sumo Sacerdote em Salmos 110.4: o Messias que os cristãos reconhecem como o
Filho de Deus, Rei e Sumo Sacerdote do Novo Pacto. Nosso Cristo, mesmo sendo
Filho de Deus, não glorificou a si mesmo nem tampouco buscou honra para si, mas
exerceu o sacerdócio por meio da vontade do Pai (Fp 2.5-7).
2. Pela vida santa que possuía.
A primeira parte do versículo sete do capítulo cinco de Hebreus é usada pelo autor
sacro para se referir à vida piedosa de Jesus. Intercessão, compaixão, oração e
súplicas são qualidades presentes em um verdadeiro sacerdote. O autor destaca
que os fatos por ele levantados aconteceram quando Jesus ainda exercia seu
ministério terreno, revelando dessa forma o seu viver santo. Os intérpretes
destacam que esses fatos estão relacionados com a oração de Jesus no Getsêmani
(Mc 14.33-36), conforme narra os Evangelhos e serve para mostrar que um
sacerdote assim, santo, piedoso e compassivo, é capaz de condoer-se das
fraquezas humanas e dos que sofriam.
3. Pela submissão que demonstrou.
A expressão "foi ouvido quanto ao que temia" (Hb 5.7, ARC) é traduzida na Almeida
Revista e Atualizada (ARA) como "tendo sido ouvido por causa da sua piedade". A
razão da diferença nas traduções é a palavra eulabeia usada pelo autor. Essa
palavra só aparece duas vezes no Novo Testamento grego e as duas ocorrências
encontram-se em Hebreus: uma aqui no capítulo 5 e outra em Hebreus 12.28. Em
Hebreus 12.28, tanto a ARC como a ARA traduzem como "reverência". Não há
dúvida que este último sentido deve ser mantido aqui. Eulabeia, portanto, mantém o
sentido de um temor piedoso e reverente. O viver temente de Jesus o conduziu a
suportar o sofrimento em favor da humanidade e, dessa forma, a completar a obra
expiatória em favor de todos.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A realeza, o propósito pelo qual viveu, a vida santa que possuía e a submissão
demonstrada no seu ministério apontam para superioridade do serviço de Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Filho e sacerdote (5.5,6).
44
O autor cita duas passagens. A primeira estabelece o direito de Jesus, na condição
de filho, de ministrar no próprio céu (cf.8.3-6). A segunda, estabelece seu direito de
servir na terra como Sumo Sacerdote. A razão pela qual é importante traçar o
sacerdórcio de Jesus desde Melquisedeque é discutida no capítulo 7.
Obediência (5.7,8). Obedecer é responder de acordo com o pedido ou o comando
de outra pessoa. Ambos os Testamentos deixam claro que a obediência a Deus
cresce em direção ao relacionamento pessoal com Ele e é motivado pelo amor.
Duas das mais importantes passagens das epístolas examinam a obediência de
Cristo. Filipenses 2 focaliza a atitude de humildade e renúncia, expressas na
encarnação de Cristo. E sua trajetória até a cruz. Essa passagem. Hebreus 5,
discute o significado da obediência de Cristo. Ao aprender a obedecer ele
estabeleceu suas credenciais como um verdadeiro ser humano, vivendo da mesma
maneira que vivemos, no que diz respeito à obediência a Deus. Assim qualificado,
Jesus tornou-se o 'Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem'"
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.859).
CONHEÇA MAIS
Todo o sumo sacerdote
Duas qualificações são necessárias para um verdadeiro sacerdócio, (1) O sacerdote
deve ser compassivo, manso e paciente com aqueles que se desviam por
ignorância, por pecado involuntário e por fraqueza (v.2; 4.15; cf. Lv 4; Nm 15.27-
29).
(2) Deve ser designado por Deus (vv.4-6). Cristo satisfaz ambos requisitos.
[...] Cristo aprendeu pela experiência o sofrimento e o preço que com frequência se
paga pela obediência a Deus num mundo corrupto (cf. 12.2; Is 50.4-6; Fp 2.8). Ele
se tornou o Salvador e sumo sacerdote perfeito, porque seu sofrimento e morte na
cruz ocorreram sem pecado. Por isso, Ele estava qualificado em todos os sentidos
(vv.1-6), para nos prover a eterna salvação. Bíblia de Estudo Pentecostal", CPAD,
pp.1905,06.
III. UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO Ã IMPORTÂNCIA
TEOLÓGICA
1. Uma doutrina transcendente.
A última parte da seção de Hebreus 5.11-14 forma um parêntese feito pelo autor
para chamar a atenção da importância teológica que possuía essa doutrina — o
sacerdócio de Jesus Cristo. A compreensão dessa doutrina era de suma
importância para o viver cristão, mas a falta de crescimento por parte dos leitores
45
tornava difícil para o autor torná-la compreendida. Era uma doutrina que
transcendia em muito aqueles princípios formadores da fé cristã. Requeria
maturidade, o que só teria sido possível se eles exercitassem suas mentes na
meditação da Palavra.
2. Uma doutrina essencial.
Se por um lado essa doutrina era por natureza transcendente, por outro, formava o
âmago da fé cristã. A sua compreensão traz substância à nossa fé. Não era de
admirar que os hebreus estavam indolentes, desanimados e fracos. Não possuíam
uma fé substancial (Hb 5.13,14). Quando não se tem maturidade suficiente na vida
cristã fica difícil e, às vezes, impossível de se fazer escolhas acertadas.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A doutrina da superioridade sacerdotal de Cristo é transcendental aos princípios
formadores da fé cristã e essencial à nossa fé.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Resumo do capítulo [5]
O sumo sacerdote ocupava uma posição única na religião de Israel, um cargo
acessível tão somente a um descendente de Arão. Por isso, o escritor se mostra
cauteloso ao enumerar as qualificações de Cristo para esse papel na fé, no Novo
Testamento. O sumo sacerdote é tomado dentre os homens. Sua comissão de
representar a outros homens diante de Deus exige que Ele seja uma pessoa
sensível às necessidades dos seres humanos (v,4). Cristo foi ordenado por seu Pai
ao sacerdócio (vv.5,6). Cristo também cumpre as qualificações de sensibilidade
diante da fraqueza humana. Como homem, Jesus aprendeu a obediência pelas
cousas que sofreu (vv.7,8). Devidamente qualificado, foi nomeado sumo sacerdote,
segundo a ordem de Melquisedeque e se transformou na fonte de nossa salvação
(vv,9,10). Isto posto, o autor lança mais uma advertência devido à aparente
incapacidade de seus leitores de perceberem até mesmo as mais elementares
verdades do cristianismo. Para caminhar em direção à maturidade, devem se valer
das verdades que têm ensinado, como guia a distinguir o bem do mal. Para ser
considerada alimento sólido e não leite, a verdade deve ser explicitada na prática
(vv.11-14)" (RICHARDS, Lawrence Q. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de
Génesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.859).
CONCLUSÃO
O final do capítulo quatro de Hebreus e todo o capítulo cinco trazem aspectos
relevantes sobre o sistema sacerdotal nos dias bíblicos. Vimos que o autor
46
apresentou, primeiramente, as qualificações que eram exigidas para um sacerdote
e depois as contrastou com o Sumo Sacerdote perfeito, Jesus. O Filho de Deus
viveu toda a nossa condição humana e, como sacerdote perfeito, está habilitado
para interceder por nós. Esta é uma doutrina que todos devemos conhecer bem.
PARA REFLETIR
A respeito de Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica, responda:
• Ao contrário do sacerdócio arônico, o que Jesus ofereceu?
Jesus ofereceu sua própria vida como oferta a Deus em nosso favor (Hb 4.14-16).
• Por que Jesus, nosso Sumo Sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do
que Arão?
Jesus, nosso sumo sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão
visto pertencer a uma ordem sacerdotal superior e haver sido enviado do céu para
essa missão.
• Como foi estabelecido o sacerdócio de Jesus?
Jesus foi aclamado por Deus como Messias davídico (SI 2.7) e como sumo
sacerdote (SI 110.4). Portanto, o sacerdócio de Jesus se dá em razão da sua
filiação divina.
• Quais as qualidades presentes em um verdadeiro sacerdote?
Intercessão, compaixão, oração e súplicas são qualidades presentes em um
verdadeiro sacerdote.
• Como seria possível chegar à maturidade cristã?
Exercitando a mente na meditação da Palavra.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
•Texto Bíblico: Hebreus 4.14-16; 5.1-14
2. l. Um sacerdócio superior quanto à Qualificação
• 1. Por representar melhor os homens diante de Deus.
• 2. Por compreender melhor a condição humana.
• 3. Pela posição que exerceu.
3. II. Um sacerdócio superior quanto ao Serviço
• 1. Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.
• 2. Pela vida santa que possuía.
• 3. Pela submissão que demonstrou.
4. III. Um sacerdócio superior quanto à importância Teológica
47
• 1. Uma doutrina transcendente.
• 2. Uma doutrina essencial.
5. Conclusão
Nesta altura, chegamos numa seção crucial da Carta aos Hebreus: A Supremacia
do Sumo Sacerdócio de Cristo. O início dessa seção resgata o fato de que o
Senhor Jesus, por intermédio de seu sacerdócio supremo, torna aberto o caminho
para todas as pessoas aproximarem-se ao trono da Graça de Deus com confiança.
Ora, nosso Senhor compartilhou a nossa humanidade e, por isso, ninguém melhor
que Ele para compreender nossas fraquezas e debilidades. Por isso, precisamos de
um mediador perfeito, "porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos"
(1 Tm 2.5,6). Por todos esses motivos, o Senhor Jesus
(1) representa mais eficazmente todos os seres humanos do que os sacerdotes do
Antigo Testamento;
(2) compreende melhor a condição humana, pois a viveu em sua plenitude - Ele é
verdadeiro Homem;
(3) sua posição, junto ao Pai, o coloca em melhor posição para interceder por nós
(1 Jo 2.1).
Dentre muitos outros motivos, esses três levantados acima atestam claramente que
o nosso Senhor é o Sumo Sacerdote por excelência. Nele, devemos depositar a
nossa confiança!
Sugestão Pedagógica
Uma boa sugestão é que você explique a classe a estrutura da ordem sacerdotal e
levítica de Israel. Nesse sentido, vale a pena ler o capítulo 16 do livro de Levítico
que descreve uma das principais cerimónias que o sumo sacerdote celebrava: o Dia
da Expiação. Os capítulos 15 e 16.1-6 de 1 Crónicas também merecem atenção,
pois eles destacam a organização dos levitas feita pelo rei Davi. Faça essa leitura
com o auxílio da Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD. Boa aula!
A Supremacia de Cristo na Carta aos Hebreus
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A Supremacia de Cristo na Carta aos Hebreus

  • 1. 1 -----Lições Bíblicas Dominical------ Lições Bíblicas 1° Trimestre de 2018, Adultos – CPAD TÍTULO: A Supremacia de Cristo Subtítulo: Fé, Esperança e Ânimo na Carta aos Hebreus Comentarista: Pr. José Gonçalves Revista: Do Professor Classe: Adultos LIÇÕES PAG Lição 1 - A Carta aos Hebreus e a Excelência de Cristo Lição 2 - Uma Salvação Grandiosa Lição 3 - A Superioridade de Jesus em relação a Moisés Lição 4 - Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de Deus Lição 5 - Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica Lição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia Lição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior Lição 8 - Uma Aliança Superior Lição 9 - Contrastes na Adoração da Antiga e Nova Aliança Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança Lição 11 - Os Gigantes da Fé e o seu Legado para a Igreja Lição 12 - Exortações Finais na Grande Maratona da Fé 2 11 21 30 39 48 57 66 74 83 92 101
  • 2. 2 Lição 1 – Uma Promessa de Salvação Classe: Adultos Lições Bíblicas: CPAD Trimestre: 1° de 2018 – 7 de Janeiro de 2018 Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com TEXTO ÁUREO "Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho." (Hb 1.1) VERDADE PRÁTICA Por meio de Cristo, Deus revelou-se de uma forma especial e definitiva ao seu povo. LEITURA DIÁRIA Segunda – 2Tm 3.16: Hebreus, uma carta inspirada como as demais do Novo Testamento Terça - 1Tm 3.16: Cristo, manifestado em carne Quarta – Hb 1.1: A revelação profética na Antiga Aliança Quanta – Hb 1.2,3: Cristo, a revelação final de Deus Sexta - Hb 1.4,5: Cristo, superior aos anjos em natureza e essência Sábado - Hb 1,6-8: Cristo, superior aos anjos em majestade e deidade LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Hebreus 1 1 HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, 2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. 3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; 4 Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. 5 Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?
  • 3. 3 6 E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. 7 E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labareda de fogo. 8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino. 9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. 10 E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos. 11 Eles perecerão, mas tu permanecerás; E todos eles, como roupa, envelhecerão, 12 E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão. 13 E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés? 14 Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? HINOS SUGERIDOS: 306, 439, 561 da Harpa Cristã OBJETIVO GERAL Apresentar as características da Carta aos Hebreus e a superioridade de Cristo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos. I. Pontuar a autoria, o destinatário e o propósito da Carta de Hebreus; II. Expor a superioridade de Cristo em relação aos profetas; III. Mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR Prezado (a) professor (a), iniciaremos mais um trimestre pela graça de Deus. A carta de Hebreus é o objeto do nosso estudo nestes próximos três meses. Antes de iniciar o estudo da primeira lição em classe, apresente o comentarista deste trimestre: pastor José Gonçalves, escritor, conferencista, comentarista de Lições Bíblicas Adultos da CPAD, membro da Comissão de Apologética da CCADB e líder da Assembleia de Deus em Água Branca - PI. INTRODUÇÃO
  • 4. 4 Nesta lição introdutória do nosso estudo da Carta aos Hebreus, queremos iniciar dizendo que assim como todos os escritos da Bíblia, esta carta é um documento especial. Em nenhum outro documento do Novo Testamento encontramos um apelo exortativo tão forte. Isso possuía uma razão de ser — os crentes hebreus davam sinais de enfraquecimento espiritual e até mesmo o risco de abandonarem a fé! Era, portanto, urgente admoestá-los a perseverarem. Jesus, a quem o autor mostra ser maior do que os profetas, maior do que todas as hostes angélicas, maior do que Arão, Moisés, Josué e até mesmo os céus, é nosso grande ajudador nessa jornada. PONTO CENTRAL A carta de Hebreus é ama mensagem de instrução e exortação que serve à Igreja de Cristo ao longo dos séculos. l - AUTORIA, DESTINATÁRIO E PROPÓSITO 1. Autoria. A Carta aos Hebreus não revela o nome do seu autor. Esse fato fez com que surgissem inúmeras controvérsias em torno de sua autoria. É certo que os cristãos primitivos sabiam quem realmente a escreveu; todavia, já por volta do segundo século da nossa era não havia mais consenso quanto a isso. Clemente de Alexandria, no final do segundo século, atribuiu ao apóstolo Paulo a sua autoria, contudo, ao afirmar que Paulo a escreveu em hebraico e que Lucas a teria traduzido para o grego, passou a ser duramente questionado. As razões são basicamente duas: O texto de Hebreus, um dos mais rebuscados do Novo Testamento grego, não parece ser uma tradução. Por outro lado, o estilo usado na carta não parece ser de forma alguma de Paulo. Outros nomes surgiram como possíveis autores de Hebreus: Barnabé, Apoio, Lucas, Clemente Romano, etc. O certo é que somente Deus sabe quem é o seu autor. Por outro lado, o fato de ter sua autoria desconhecida em nada diminui a sua autoridade. 2. Destinatários. Não há dúvida de que a Carta aos Hebreus foi escrita para cristãos judeus. Deve ser observado que essa carta foi endereçada a uma comunidade específica de cristãos e não a um grupo indeterminado. O autor conhece o público a quem endereça o seu texto e espera até mesmo encontrar-se com eles (Hb 13.19,23). Onde viviam esses crentes é um ponto debatido pelos teólogos. Baseados na expressão "os da Itália vos saúdam" (Hb 13.24), muitos eruditos argumentam que esses crentes se encontravam fora de Roma, capital do Império Romano. A data da
  • 5. 5 carta é motivo de disputa, mas as evidências internas permitem-nos situá-la antes da destruição do Templo de Jerusalém no ano 70 d.C. 3. Propósito. De fato, essa carta possui uma grande carga exortativa. Ela exorta os crentes a terem ânimo, confiança e fé em um tempo marcado pela apostasia. Muitos pareciam estar desanimados com a oposição que a nova fé vinha sofrendo e em razão disso estavam voltando às antigas práticas judaicas. A carta, portanto, exorta esses crentes a suportarem as pressões e perseguições, lembrando-os que não haviam ainda derramado sangue pela sua fé (Hb 12.4). Essas palavras continuam ecoando nesses dias quando muitos crentes demonstram apatia e falta de fervor espiritual diante de um mundo hostil. SÍNTESE DO TÓPICO l A autoria de Hebreus é desconhecida; seus destinatários eram cristãos judeus; seu propósito, exortar os cristãos a terem ânimo e fé. SUBSÍDIO DIDÁTICO Professor(a), para introduzir o primeiro tópico desta lição, se possível, reproduza o quadro-resumo que se encontra acima. O objetivo é pontuar as questões de autoria, destinatário e propósito da carta em estudo. AUTORIA Desconhecida, DESTINATÁRIO Cristãos judeus, provavelmente. PROPÓSITO Exortar os cristãos a terem ânimo e fé em tempos de apostasia. II - CRISTO — A PALAVRA SUPERIOR A DOS PROFETAS 1. A revelação profética e a Antiga Aliança. Ao falar da supremacia de Jesus, o autor de Hebreus primeiramente o faz em relação aos profetas. Deus falou no passado pelos profetas e no presente pelo Filho (Hb 1.1). A revelação profética no antigo Israel fez com que esse povo se distinguisse dos demais. O autor mostra um Deus que se revela, que se comunica com os seus. Ele fala de uma forma direta a seu povo, não é um Deus mudo! Os advérbios gregos polymerôs ("muitas vezes") e polytropos ("muitas maneiras"), que modificam o verbo falar, mostram a intensidade dessa comunicação. Deus, em nenhum momento da história, deixou o seu povo sem orientação. Ele fala, e fala sempre o que é necessário.
  • 6. 6 2. A revelação profética e a Nova Aliança. Aos cristãos da Nova Aliança, Deus falou por intermédio do seu Filho (Hb l.l). O uso das expressões "havendo falado" ou "depois de ter falado" (Hb 1.1,2) por parte do autor mostra que essa ação de Deus foi um fato consumado. Isso tem levado alguns intérpretes a dizer que a partir daquele momento. Deus não falaria mais diretamente com ninguém. Mas isso é ir além daquilo que o autor tencionava dizer. O uso dessa expressão é mais bem entendida como significando que Deus falou de forma completa nos dias do autor, todavia, sem a conotação temporal de que não falaria mais no futuro. O Espírito profético, que é o Espírito de Cristo (1 Pe 1.11; Rm 8.9,10), continua dando à Igreja hoje a percepção do plano e vontade de Deus para o seu povo (Jo 14.26; 15.26; 16.13). E isso sempre em consonância com as Escrituras. 3. Cristo: a revelação final. O objetivo do autor aqui, evidentemente, é mostrar que Cristo é o clímax da revelação profética. Ele é a revelação final! O ministério profético na Antiga Aliança era de importância ímpar. O Senhor disse que falaria por intermédio de seus profetas: "Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Am 3.7). O silêncio profético, portanto, era a pior forma de castigo que poderia vir ao antigo Israel. Os profetas eram importantes, mas a relevância deles estava muito longe daquela possuída por Jesus Cristo, o Filho de Deus. Os profetas eram apenas servos, mas o Filho era o herdeiro de Deus e o agente da Criação (Hb 1.2). Ele é o redentor do mundo! Nenhum profeta morreu de forma vicária pelo povo de Deus. SÍNTESE DO TÓPICO II Da Antiga à Nova Aliança, Cristo é a revelação plena de Deus Pai, por isso, Ele é superior aos profetas. SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO "REVELAÇÃO - [Do gr. apokalupsis; do lat. revelatio, tirar o véu] Manifestação sobrenatural de uma verdade que se achava oculta. Tendo em vista o caráter e a urgência das profecias do último livro da Bíblia, Apocalipse é considerado a revelação por excelência (Ap 1.1-3). REVELAÇÃO BÍBLICA - Conhecimento divino preservado nas Sagradas Escrituras, e posto à disposição da humanidade. Consta do Antigo e do Novo Testamento. É a nossa única regra de fé e prática.
  • 7. 7 REVELAÇÃO PROGRESSIVA - Evolução progressiva e dispensacional das verdades divinas que, tendo a sua gênese no Antigo Testamento, culminaram e se completaram no Novo. O texto-áureo da revelação progressiva acha-se em Hebreus 1.1,2" (ANDRADE, Qaudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.255,56). CONHEÇA MAIS Hebreus: Inigualável e não convencional "Com relação à sua forma inigualável e não convencional, Orígenes observou: 'Começa como um tratado, prossegue como um sermão e termina como uma carta'. Ao invés de iniciar com uma saudação, o primeiro parágrafo de Hebreus é semelhante às palavras de abertura de um tratado teológico formal (1.1-4). Então, o livro prossegue mais como um sermão do que como uma carta convencional do Novo Testamento, alternando-se entre um argumento cuidadosamente construído (baseado em uma exposição do Antigo Testamento) e uma séria exortação ( Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento", CPAD, p.1529-39). Ill - CRISTO — SUPERIOR AOS ANJOS 1. Cristo: superior em natureza e essência. Devemos ter sempre em mente que o autor de Hebreus tenciona mostrar a superioridade de Cristo em relação às demais ordens da criação. O seu foco aqui são os anjos. A cultura judaica via os anjos como seres de uma ordem superior e mediadores da revelação divina (At 7.53; Gl 3.19; Hb 2.2). Mesmo cercados de força e poder, os anjos eram inferiores ao Filho (Hb 1.4). Jesus é o reflexo da glória de Deus e possuidor da mesma essência divina (Hb 1.3). O autor usa dois vocábulos gregos que deixam isso bem definido: apaugasmae character, que significam respectivamente "radiância" e "reflexo", traduzidos aqui como resplendor e "caráter", com o sentido de expressão exata do seu ser. Embora sendo pessoas diferentes, tanto o Filho como o Pai possuem a mesma essência. Cristo é o Deus revelado! 2. Cristo: superior em majestade e deidade. O autor passa então a mostrar a supremacia de Cristo em relação aos anjos por meio de vários fatos documentados nas Escrituras. Os anjos são criaturas, o Filho é Criador. O filho é gerado, não criado. C. S. Lewis observa que o que Deus gera é Deus; assim como o que o homem gera é homem. O que Deus cria não é Deus; da
  • 8. 8 mesma forma que o que o homem faz não é homem. Daí a razão de os homens não serem filhos de Deus no mesmo sentido que Cristo. Eles podem assemelhar-se a Deus em certos aspectos, mas não pertencem à mesma espécie. O mesmo se pode dizer dos anjos. Eles não possuem a mesma essência divina que o Filho. É por essa razão que o autor destaca que o Filho é chamado de "Deus" (v.8) e que por isso merece adoração (v.6). A Ele toda honra e glória! SÍNTESE DO TÓPICO III Jesus Cristo é superior aos anjos em relação à natureza, essência, majestade e deidade. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO "ANJOS. A palavra 'anjo' (hb. Malak; gr. angelos) significa 'mensageiro'. Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.13.14), criados por Deus antes de existir a terra (Jó 38.4-7; SI 148.2,5; Cl 1.16). (1) A Bíblia fala em anjos bons e em anjos maus, embora ressalte que todos os anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn 1.31). Tendo livre-arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás (Ez 28.12-17; 2 Pe 2.4; Jd 6; Ap 12.9; Mt 4.10) e abandonaram o seu estado original de graça corno servos de Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial. (2) A Bíblia fala numa vasta hostes de anjos bons (1Rs 22.19; SI 68.17; 148.2; Dn 7.9,10; Ap 5.11), embora os nomes de apenas dois sejam registrados nas Escrituras: Miguel (Dn 12.1; Jd 9; Ap 12.7) e Gabriel (Dn 9.21; Lc 1.19,26). Segundo parece, os anjos estão divididos em diferentes categorias: Miguel é chamado de arcanjo (lit.: "anjo principal', Jd 9; 1Ts 4.16); há serafins (Is 6.2), querubins (Ez 10.1- 3), anjos com autoridade e domínio (Ef 3.10; Cl 1.16) e as miríades de espíritos ministradores angelicais (Hb 1.13,14; Ap 5.11)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.386). CONCLUSÃO O autor de hebreus não quis se identificar, mas isso em nada compromete a autoridade desse documento. Desde os primórdios, a igreja valeu-se dos ensinos dessa carta para fortalecer a fé dos crentes. Clemente de Alexandria fez amplo uso das exortações encontradas nessa carta e, ao assim fazer, reconhecia o profundo valor espiritual de Hebreus. Nesses últimos dias, onde os joelhos de muitos cristãos parecem vacilantes, faz-se necessário atentarmos diligentemente para o conselho
  • 9. 9 encontrado em Hebreus, "se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração" (3.7). PARA REFLETIR A respeito de a Carta aos Hebreus e a Excelência de Cristo, responda: • Quem é o autor da carta aos Hebreus? A carta aos Hebreus não revela o nome do seu autor. • Para quem a carta foi escrita e por quê? Ela foi escrita para os cristãos judeus. O propósito da carta foi para exortar aos cristãos a terem ânimo e fé em tempos de apostasia. • Segundo as Escrituras, o Espírito de Deus deixou de falar nos dias atuais? Não. Deus, em nenhum momento da história, deixou o seu povo sem orientação. • Qual a pior forma de castigo que poderia vir ao antigo Israel? O silêncio profético. • Por que o escritor da Carta aos Hebreus diz que os anjos são inferiores ao Filho? Porque os anjos são criaturas, o Filho é Criador. SUBSÍDIO ADICIONAL Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72 O tema deste 1° trimestre é sobre uma importante epístola, Hebreus, por isso, leve em conta algumas sugestões abaixo: • Estude com afinco a Carta aos Hebreus, lendo quantas vezes puder, e for necessário, os 13 capítulos da carta; • Faça uma análise histórico-cultural da carta. Para essa atividade, leia a introdução da Bíblia de Estudo Pentecostal (editada pela CPAD) da Carta aos Hebreus e a introdução do Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento (editado pela CPAD). Por meio desse exercício é possível complementar mais informações importantes como: o propósito do autor, o contexto histórico dos destinatários da epístola. • Faça uma análise teológica da carta. Aqui o assunto "Lei e Evangelho" tem grande relevância. Nesse aspecto, as obras mencionadas acima, bem como outras editadas pela CPAD, muito o ajudarão. Ao iniciar seus estudos, tenha sempre em mente os objetivos gerais da lição, por exemplo, os da primeira lição: (l) Objetivo Geral: Apresentar as características da Carta aos Hebreus e a superioridade de Cristo; (II) Objetivos específicos: [1] Pontuar a autoria, o destinatário e o propósito da Carta de Hebreus;
  • 10. 10 [2] Expor a superioridade de Cristo em relação aos profetas; [3] Mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos. Note como os objetivos específicos obedecem rigorosamente cada Tópico e subtópico da lição. E que o objetivo geral é o resultado do desdobramento de todos esses tópicos e subtópicos: ou seja, as características da carta e superioridade de Cristo. É importante ter toda essa estrutura da lição bem construída e compreendida na mente, pois esse entendimento é essencial para elaborar uma aula objetiva e com conteúdo. Sugestão Pedagógica Ao introduzir o conteúdo da primeira lição, é importantíssimo reproduzir e explicar resumidamente o esboço da Epístola aos Hebreus. Faça isso conforme as suas possibilidades. Você garantirá maior eficiência no processo de ensino-aprendizagem. Bom trimestre!
  • 11. 11 Lição 2 - Uma Salvação Grandiosa Classe: Adultos Lições Bíblicas: CPAD Trimestre: 1° de 2018 – 14 de Janeiro de 2018 Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com TEXTO ÁUREO "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram." (Hb 2.3) VERDADE PRÁTICA A salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente. O cristão é exortado a ser vigilante e não negligente em relação a essa dádiva recebida. LEITURA DIÁRIA Segunda – Jo 10.9: Jesus deu testemunho de uma tão grande salvação Terça – Hb 2.3: A Igreja Primitiva deu testemunho da salvação Quarta – Hb 2.7,9: A salvação do homem tornou necessária a humanização do Redentor Quinta – Hb 2.14: A eficácia da salvação é demonstrada na vitória sobre o Diabo Sexta – Hb 2.15: A eficácia da salvação é demonstrada no triunfo sobre a morte Sábado – Hb 2.18: A eficácia da salvação é demonstrada na vitória sobre as tentações LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Hebreus 2.1-18: 1 PORTANTO, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. 2 Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, 3 Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; 4 Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? 5 Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos.
  • 12. 12 6 Mas em certo lugar testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites? 7 Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, De glória e de honra o coroaste, E o constituíste sobre as obras de tuas mãos; 8 Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas agora ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas. 9 Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. 10 Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles. 11 Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, 12 Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação. 13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu. 14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; 15 E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. 16 Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. 17 Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. 18 Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados. HINOS SUGERIDOS: 35,156, 542 da Harpa Cristã OBJETIVO GERAL Explicar que a salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente, por isso, ele deve ser vigilante e não negligenciar a graça recebida. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos. I. Mostrar a grandiosidade da salvação divina; II. Discutira necessidade da salvação III. Saber que a salvação pela fé em Cristo é eficaz.
  • 13. 13 • INTERAGINDO COM O PROFESSOR Prezado (a) professor (a), estudaremos a exortação do escritor de Hebreus a respeito da grandiosidade da salvação. Salvação essa que recebemos mediante a fé em Jesus Cristo. Ela é resultado da graça divina, mas Cristo pagou um alto preço. Por isso, no capítulo dois, o autor aos Hebreus f az uma séria advertência a respeito dos que negligenciam tão grande salvação. Para redimir a humanidade pecadora>; Cristo assumiu a forma humana afim de se identificar conosco e nos outorgar a salvação. Ele morreu por nós, mas ao terceiro dia ressuscitou coroado de glória e honra. Cristo também nos elevou a uma condição superior, a de filhos (as) de Deus. Jesus é superior aos anjos e a todas as coisas, e a salvação que Ele oferece é o maior bem que o ser humano pode obter, por isso não devemos negligenciar tal graça. INTRODUÇÃO O autor dá início à seção de Hebreus 2.1-18 com uma forte exortação. Era necessário por parte dos crentes maior firmeza em relação as coisas espirituais. O que o autor observava entre eles era certa letargia e negligência diante de um fato de tão grande importância como é a salvação. Nesse aspecto a resposta devia ser dada por meio do retorno às verdades anteriormente ouvidas e que haviam sido esquecidas. Isso era de suma importância porque evitava que algum deles viesse a se desviar. De fato, o vocábulo grego usado pelo autor—pararreo—.traduzido como "desviar", significa originalmente "perder o rumo". O termo era usado também em relação a um barco que acidentalmente era desancorado e lançado à deriva em alto mar. No pensamento do autor só havia uma maneira de manter-se no rumo certo: ancorando o barco no porto seguro, Jesus. PONTO CENTRAL Precisamos ser vigilantes e não negligenciarmos a salvação divina. l - UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA 1. Testemunhada pelo Senhor. O autor faz um contraste entre as alianças do Sinai e do Calvário. Enquanto a Antiga Aliança foi intermediada por anjos (v.2), a Nova Aliança tinha Jesus, o Filho de Deus, como seu mediador. O autor, então, faz uma analogia entre as duas Alianças para que o contraste entre ambas fique bem definido. Foi Jesus, o Filho de Deus, e não os anjos, que anunciou essa tão grande salvação. Por serem mediadores da Lei, os anjos despertavam grande estima e respeito dos judeus por eles. Se uma Aliança firmada na Lei, mediada por anjos, imperfeita e transitória,
  • 14. 14 requeria obediência por parte dos crentes, muito mais a Nova Aliança que é perfeita e eterna. Se quem não observava os princípios do Antigo Pacto, quebrando os seus preceitos, era punido de forma dura, que castigo merecia quem ultrajava a Nova Aliança, que em tudo era superior? 2. Proclamada pelos que a ouviram. Essa salvação grandiosa foi primeiramente anunciada pelo Senhor e, posteriormente, por "aqueles que a ouviram" (Hb 2.3). Fica evidente nesse texto que o autor não foi uma testemunha ocular dos feitos de Jesus, mas recebera a Palavra por meio dos que a "ouviram". Mesmo não tendo recebido a Palavra de Deus diretamente do Senhor, o autor não tem dúvida que a mensagem apostólica era essencialmente a mesma Palavra de Deus. Esse fato deveria fazer com que os crentes fossem mais diligentes na observância dos preceitos neotestamentários. De fato, a palavra bebaioô, aqui traduzida como "confirmar", tem o sentido de algo que transmite segurança e confiança. Em outras palavras, o que o Senhor anunciou e que, posteriormente, foi proclamado por testemunhas oculares, deve servir de fundamento da nossa fé. 3. Confirmada pelo Espírito Santo. A mensagem, que primeiramente fora anunciada pelo Senhor e testemunhada pelos que a ouviram, foi instrumentalizada pelo Espírito Santo. Nesse aspecto, as traduções — "distribuições feitas pelo Espírito Santo" ou "distribuições do Espírito Santo" (Hb 2.4) — expressam bem o que o autor quis dizer. O Espírito Santo é o agente por trás de cada milagre e sinal operados na história do povo de Deus, tanto do passado quanto do presente. O autor quer chamar a atenção de seu público leitor mais uma vez para a importância da mensagem recebida, ou seja, ela fora também testemunhada de uma forma concreta e palpável pelo Espírito Santo por intermédio da distribuição de seus muitos dons. SÍNTESE DO TÓPICO l Pela fé em Jesus Cristo recebemos uma salvação grandiosa SUBSÍDIO TEOLÓGICO Hebreus 2.1-4 "Esta é a primeira de sete passagens em Hebreus onde o autor combina uma urgente exortação com uma solene advertência a fim de mover seus leitores a uma confiança renovada, a uma esperança e fé perseverante em Cristo, Estas sete advertências não são divagações, no entanto se relacionam diretamente com o principal propósito do autor. A íntima conexão entre este parágrafo e a interpretação
  • 15. 15 em 1.5-14 demonstra que a exposição bíblica do autor não era propriamente um fim, mas originou-se de sua preocupação por seus leitores e sua perigosa situação. O rico vocabulário e os dons do autor como orador são novamente evidentes. A construção grega de 2,1-4 consiste em duas sentenças: uma declaração direta (2.1), seguida por uma longa sentença explicativa (2,2-4), que inclui uma pergunta retórica ("como escaparemos nós?') com uma condição ('se atentarmos para [ou negligenciarmos] uma tão grande salvação', 2,3a). A expressão "Portanto" (2.1) liga este parágrafo ao esplendor e â incomparável supremacia do Filho no capítulo 1. Pelo fato de o Filho ser superior aos profetas e aos anjos, se o que Deus "nos falou pelo Filho' (1.2) for negligenciado, seremos muito mais culpáveis; 'Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas" (ARRINCTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.), Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1549). II - UMA SALVAÇÃO NECESSÁRIA 1. Por intermédio da humanização do Redentor. Na seção vv.5-9, o autor toma o Salmo 8 como pano de fundo de seu argumento (SI 8.4-6). Nesse aspecto, ele segue a Septuaginta que usa o termo "anjo", em vez do texto massorético, que traz a palavra "Deus". Na mentalidade judaica, da qual o autor participa, o homem foi feito como coroa da criação e a ele foi confiado todo o domínio. Todavia, devido à queda, esse domínio fora perdido. Na mente do autor dessa Escritura, portanto, o Salmo 8 não pode se aplicar a Adão, nem tampouco a raça pós-queda, mas a Jesus, o Messias, que por meio da cruz, veio restaurara humanidade caída. 2. Por meio do sofrimento do Redentor. Para um judeu do primeiro século era escandalosa a ideia de um Messias sofredor. Como então assegurar que Jesus era superior aos anjos se Ele morrera em uma cruz? O autor de Hebreus usa o versículo cinco do Salmo 8 para explicar esse aparente paradoxo. Sim, argumenta ele, Jesus de fato foi feito um "pouco" menor do que os anjos por causa da sua humanização. Os intérpretes entendem que as palavras "pouco" e "pouco tempo" (Hb 2.7,9) podem denotar posição ou tempo. Em outras palavras, Jesus se tornou "menor" que os anjos enquanto vivia os limites da condição humana e experimentou o sofrimento advindo desse estado de
  • 16. 16 humilhação. Todavia, foi por meio deste mesmo sofrimento de Cristo que os homens tornaram-se livres. 3. Por intermédio da glorificação do Redentor. Na mente do autor, Cristo não sofreu para ser glorificado, mas Ele foi glorificado porque sofreu. Foi por intermédio do sofrimento que Ele foi "coroado de glória e de honra, [...] para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos" (Hb 2.9). Para os crentes que viam no sofrimento algo incompatível com o viver cristão, e que, devido a isso estavam desanimados, essas palavras serviam de ânimo e consolo. SÍNTESE DO TÓPICO II Depois da Queda a salvação tornou-se necessária, por isso, por meio da cruz, Jesus veio restaurar a humanidade. SUBSÍDIO TEOLÓGICO "Jesus, superior aos anjos em sua missão redentora (Hb 2.5-18) Esta seção dá continuidade ao pensamento iniciado em 1.5-14 a respeito da superioridade do Filho em relação aos anjos, porém sob uma perspectiva diferente. No capítulo l a ênfase estava na divindade da natureza do Filho; aqui o enfoque está em sua humanidade e no sofrimento como componentes necessários de sua missão redentora. Os anjos, por um lado, são servos," sua missão para o homem como 'espíritos ministradores' é "servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação' (1.14). O Filho, por outro lado, é o Salvador; sua missão para o homem como 'o Príncipe da salvação deles' (2.10) é 'salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus' (7.25). Entretanto, como Salvador, a missão redentora do Filho envolvia tanto a humilhação como a glória. Como o homem perfeito, Jesus se tornou o verdadeiro representante da raça humana e o cumprimento absoluto do Salmos 8. Somente Ele poderia cumprir 'o propósito declarado do Criador quando trouxe a raça humana à existência. Mas, assim fazendo. Ele teve de se identificar plenamente com a condição humana, incluindo o sofrimento humano (cf. Hb 4.15,16; 5.6), a fim de 'abrir o caminho da salvação para a humanidade e agir eficazmente como o Sumo Sacerdote de seu povo na presença de Deus. Isto significa que Ele não é apenas aquEle em quem se cumpre a soberania destinada à humanidade, mas também aquEle que, por causa do pecado humano, deve concretizar esta soberania por meio do sofrimento e da morte. Portanto, o Filho, que já foi apresentado como superior aos anjos, teve de ser feito 'um pouco menor do que os anjos' (2.7a) antes de poder ser 'coroado de
  • 17. 17 glória e de honra' (2.7b) como Senhor sobre todas as coisas" (AR-RINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 1551,52). CONHEÇA MAIS Salvação "1. Sõteria denota 'libertação, preservação, salvação'. O termo 'salvação' é usado no Novo Testamento para se referir a: (a) o livramento material e temporal de perigo e apreensão: (1) nacional (Lc 1.69,71; At 7.25, 'liberdade'); (2) pessoal, como do mar (At 27.34, 'saúde'); da prisão (Fp 1.19); do dilúvio (Hb 11.7); (b) o livramento espiritual e eterno concedido imediatamente por Deus aos que aceitam as condições estabelecidas por Ele referentes ao arrependimento e fé no Senhor Jesus, somente em quem será obtido (At 4-12), e sob confissão dEle como Senhor (Rm 10.10); para este propósito o Evangelho é o instrumento de salvação (Rm 1.16; Ef 1.13 [...])". "Dicionário Vine", CPAD, p.967. III - UMA SALVAÇÃO EFICAZ 1. Vitória sobre o Diabo. Na conclusão de seu argumento o autor mostra os métodos e os resultados dessa grandiosa salvação. Para que a salvação se efetivasse o Salvador precisava sofrer e morrer pelos homens. Somente por meio da morte na cruz, o Diabo, arqui-inimigo dos homens, seria derrotado (Hb 2.14). O autor usa o verbo grego catargeo para se referir à derrota de Satanás. Esse verbo tem o sentido de "destronar" ou "tornar inoperante". Por intermédio da cruz. Cristo destronou e desarmou Satanás das armas que este possuía. Foi na cruz que Ele despojou os principados e as potestades e nos garantiu a vitória (Cl 2.15). 2. Vitória sobre a morte. Com a entrada do pecado no mundo a morte passou a ser um inimigo temido. Essa arma poderosa era usada por Satanás para manter os homens debaixo do jugo do medo (Hb 2.15). Todavia, ao morrer na cruz por todos os homens, Jesus venceu a morte. Os homens continuam a morrer, mas os que o recebem como Salvador tem a vida eterna, pois a morte não tem mais domínio sobre eles. 3. Vitória sobre a tentação.
  • 18. 18 Pela primeira vez na epístola o autor usa a denominação "sumo sacerdote" em relação a Jesus (Hb 2.17). O tema do sacerdócio de Cristo será explorado pelo autor com maior profundidade em passagens posteriores (Hb 3.1; 4.14-16; 5.1-10; 6.20; 7.14-19,26-28; 8.1-6; 9.11-28; 10.1-39). Todavia, aqui o seu uso é justificado no contexto da identificação de Jesus com seus "irmãos", os salvos. Esse sumo sacerdote é misericordioso e fiel. Por ter assumido a natureza humana, e se identificado com os homens nos seus limites, Ele sabe o que é ser tentado e por essa razão está pronto a ajudá-los. SÍNTESE DO TÓPICO III O sacrifício de Cristo foi único, eficaz e nos garante a vitória sobre o Diabo, a morte e a tentação. SUBSÍDIO TEOLÓCO [...] Pela graça de Deus, Jesus provou a morte por todos os homens (Hb 2.9). Três verdades importantes estão sucintamente incorporadas aqui: 1. A morte de Jesus na cruz, para realizar a salvação, foi um ato da graça de Deus. 2. Sua morte foi em favor de (byper) cada pecador; um claro ensino de Hebreus é que sua morte foi uma expiação substitutiva pelo nosso pecado (cf. 5.1; 7.27). Sua morte não foi uma 'expiação limitada' — isto é, para algumas pessoas seletas, como alguns reivindicam — mas Ele provou temporariamente a morte por todos os homens. Sua morte é de proveito para todo aquele que por fé se submete a Ele como Senhor e Cristo, Para os judeus daqueles dias, 'a ideia de um Messias em sofrimento era detestável e a reivindicação cristã de que isto convinha, deveria ser vista contra este panorama. Qualquer que seja a razão para a cruz, não há dúvida alguma de que tais fatos revelam a natureza de Deus. É neste sentido que 'convinha que as coisas ocorressem como de fato ocorreram" (ARR1NGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1553). CONCLUSÃO Por meio da sua humanização e humilhação Jesus se tornou o legítimo Sumo Sacerdote representante da humanidade. Os anjos de fato são seres especiais a serviço de Deus, entretanto, Jesus não veio socorrê-los, mas buscar a descendência de Abraão, os crentes. Por intermédio de seu sofrimento e morte. Ele pode dar vida aos que estão mortos.
  • 19. 19 PARAREFLETIR A respeito de Uma Salvação Grandiosa, responda: • Segundo o autor aos Hebreus, qual a única maneira de manter-se no rumo certo? No pensamento do autor só havia uma maneira de manter-se no rumo certo: ancorando o barco no porto seguro, Jesus. • Enquanto a Antiga Aliança foi intermediada por anjos, a Nova Aliança foi mediada por quem? Enquanto a Antiga Aliança foi intermediada por anjos, a Nova Aliança tinha Jesus, o Filho de Deus, como seu mediador. • Como os homens tornaram-se livres? Por meio do sofrimento de Cristo. • O que foi preciso ser feito para que a salvação se efetivasse? Para que a salvação se efetivasse o Salvador precisava sofrer e morrer pelos homens. • Por que Jesus Cristo, o verdadeiro Sumo Sacerdote, sabe o que é ser tentado e, por isso, está pronto a nos ajudar nas fraquezas? Por ter assumido a natureza humana, e se identificado com os homens nos seus limites. Ele sabe o que é ser tentado e por essa razão está pronto a ajudá-los. SUBSÍDIO ADICIONAL Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72 Caro professor, prezada professora, com base no esboço acima, leve em consideração o objetivos geral e específicos da lição. Você deve explicar que a salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente, por isso, ele deve ser vigilante e não negligenciar essa graça recebida (Objetivo Geral). Seu aluno deve chegar a esse objetivo, por meio do recurso selecionado por você, a fim de fazê-lo (1) perceber a grandiosidade da salvação divina, (2) discutir a necessidade da salvação e (3) mostrá-los que a salvação pela fé em Cristo é eficaz. Um ponto importante sobre o Tópico l É importante ressaltar que Hebreus 2.1-4 é uma advertência em relação às coisas que a igreja havia ouvido "PARA QUE, EM TEMPO ALGUM, NOS DESVIEMOS DELAS" (v.1). Por isso é preciso - preste atenção as nestas expressões! - "atentar com diligência", "como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação" (v.3). Esses quatro primeiros versículos do escritor aos Hebreus afirmam pelos menos duas verdades: [1] É possível o crente salvo e remido negligenciar, descuidar e faltar com interesse a respeito da verdade do ensino do Evangelho, o que seria desastroso demais;
  • 20. 20 [2] todo cristão é tentado a tornar-se e a permanecer indiferente para com a Palavra de Deus. É notória a preocupação do escritor aos Hebreus acerca da possibilidade, de aos poucos, e paulatinamente, o crente salvo se distanciar do Filho de Deus, mergulhando na mais terrível apostasia. Essa preocupação, o autor de Hebreus desdobrará melhor nos próximos capítulos. Por isso, é importante você ressaltar esse ponto nesse primeiro tópico. Sugestão Pedagógica Ao final da aula, retome o ponto central da presente lição, conforme consta na sua revista de professor: "Precisamos ser vigilantes e não negligenciar a salvação divina". Leia com a classe e, em seguida, ore com os alunos, rogando ao Pai por vigilância e perseverança em Cristo.
  • 21. 21 Lição 3 - A Superioridade de Jesus em relação a Moisés Classe: Adultos Lições Bíblicas: CPAD Trimestre: 1° de 2018 – 21 de Janeiro de 2018 Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com TEXTO ÁUREO "Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou." (Hb 3.3) VERDADE PRÁTICA Cristo em tudo foi superior a Moisés na Casa de Deus, pois enquanto o legislador hebreu foi um mordomo, o Salvador foi o dono. LEITURA DIÁRIA Segunda – Hb 3.1: Uma vocação superior dada a Cristo por Deus Pai Terça – Lc 19.10: Uma missão superior que apenas Cristo poderia cumprir Quarta - Hb 3.1; 1Tm 2.5: Cristo - O único Mediador entre os homens e Deus Quinta – Hb 3.2: Cristo, o edificador da Casa de Deus Sexta - Hb 3.5,6: Cristo, não apenas servo, mas Filho Sábado - Hb 3.7,8: Cristo, superior em palavra à Lei LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Hebreus 3.1-19: 1 POR isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão, 2 Sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa. 3 Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou. 4 Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus. 5 E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; 6 Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim. 7 Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, 8 Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto.
  • 22. 22 9 Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras. 10 Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus caminhos. 11 Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso. 12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. 13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; 14 Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. 15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação. 16 Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. 17 Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? 18 E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? 19 E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade. HINOS SUGERIDOS: 295, 396, 620 da Harpa Cristã OBJETIVO GERAL Evidenciar a superioridade de Jesus em relação ao legislador Moisés. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos. I. Apresentar a superioridade da vocação, da missão e da mediação de Jesus em relação a Moisés; II. Exprimir a autoridade maior de Jesus em relação a Moisés; III. Esclarecera superioridade do discurso de Jesus em relação ao de Moisés. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR A Antiga Aliança apresenta Moisés como "apóstolo", isto é, o mensageiro de Deus da Aliança com o povo de Israel, e o seu irmão Arão, como sumo J sacerdote do povo de Deus, respectivamente. Essa dispensação deu lugar a uma nova ordem, a um novo concerto em que Cristo Jesus se apresenta como executor desses dois ofícios. Agora, Ele é o apóstolo da Nova Aliança e o Sumo. Sacerdote perfeito. Essa verdade é que permeia toda a lição.
  • 23. 23 INTRODUÇÃO O autor dá início ao capítulo três fazendo um contraste entre Moisés e Cristo. Ele estava consciente da grande estima que seus compatriotas tinham pela figura do grande legislador hebreu, Moisés. Em nenhum momento desse contraste o autor deprecia a pessoa de Moisés, mas sempre o coloca como um homem fiel a Deus na execução de sua obra. Entretanto, mesmo tendo assumido a grande missão de conduzir o povo rumo à Terra Prometida, Moisés não poderia se equiparar a Jesus, o Autor da nossa fé. O contraste entre Moisés e Cristo é bem definido: Moisés é visto como um administrador da casa, Jesus como Edificador; Moisés é retratado como servo, Jesus como Filho; Moisés foi enviado em uma missão terrena, Jesus numa missão celestial, eterna. PONTO CENTRAL A carta de Hebreus revela a superioridade de Jesus em relação a Moisés quanto à tarefa, à autoridade e o discurso. l - UMA TAREFA SUPERIOR 1. Uma vocação superior. O autor introduz a seção vv.1-6 tomando como ponto de partida o que havia dito anteriormente — Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18). Tomando por base esse conhecimento, seus leitores, a quem ele chama afetuosamente de irmãos santos, deveriam ficar atentos ao que seria dito agora (Hb 3.1). Eles não eram apenas um povo nómade pelo deserto escaldante à procura da Terra Prometida, mas herdeiros de uma vocação celestial. Eles deveriam se lembrar de quem os fez aptos e idóneos dessa vocação. Nesse aspecto, os leitores de Hebreus não deveriam ter dúvida alguma de que Jesus, como Aquele que os conduzia ao destino eterno, era em tudo superior a Moisés, a quem coube a missão de conduzir o povo à Canaã terrena. 2. Uma missão superior. O autor pela primeira vez usa a palavra apóstolo em relação a Jesus (Hb 3.1). A palavra apóstolo se refere a alguém que é comissionado como um representante autorizado. Não havia dúvida de que Moisés havia sido um enviado de Deus em uma missão, todavia, ele não foi o "apóstolo da grande salvação". A missão de Moisés foi tirar o povo de dentro do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida, mas a missão de Jesus é a de conduzir a Igreja à Canaã celestial. A missão mosaica era daqui, a Canaã terrena; a missão de Jesus possuía uma vocação celestial. Cristo não foi apenas um enviado em uma missão, mas acima de tudo, o apóstolo da
  • 24. 24 nossa confissão, alguém com autoridade na missão de nos conduzir ao destino eterno. 3. Uma mediação superior. Depois de afirmar que Jesus era "o apóstolo", o autor também diz que Ele é o "sumo sacerdote da nossa confissão". Jesus era superior a Moisés, não apenas em relação à missão, mas também em relação à função que exercia. O autor fará um contraste mais detalhado entre o sacerdócio de Cristo e o araônico mais adiante, mas aqui os crentes deveriam ter em mente que a mediação de Jesus era em tudo superior ao sistema mosaico e levítico. Cristo era o mediador da nossa confissão. A palavra "confissão" traduz o termo original homoiogia, que tem o sentido primeiro de "concordância". Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele, e somente Ele, é a razão do nosso viver. SÍNTESE DO TÓPICO l Em relação a Moisés, a carta de Hebreus apresenta o Senhor Jesus com uma vocação superior, uma missão superior e uma mediação superior. SUBSÍDIO DIDÁTICO Prezado (a) professor (a), inicie a aula desta semana fazendo as seguintes perguntas: a) O que Moisés representou para o povo de Israel? b) Qual foi o papel de Moisés no estabelecimento da Antiga Aliança de Deus com o seu povo? c) Por que Moisés é uma autoridade respeitada na história de Israel? Ouça as respostas dos alunos e em seguida faça um resumo abordando as respostas das três perguntas a fim de amarrar as informações. A ideia dessa atividade é familiarizar a classe com Moisés a fim de, a partir da importância dele para o povo judeu, destacar a magnitude de Jesus Cristo como o mediador da Nova Aliança. CONHEÇA MAIS A possibilidade de não chegar ao fim da caminhada "O livro de Hebreus considera a possibilidade de permanecer firme na fé ou de abandoná-la como uma escolha real, que deve ser feita por cada um dos leitores; o autor ilustra as consequências da segunda opção referindo-se à destruição dos hebreus rebeldes no deserto após sua gloriosa libertação do Egito." "Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento", CPAD, p.1557-59.
  • 25. 25 II - UMA AUTORIDADE SUPERIOR 1. Construtor, não apenas administrador. O autor destaca que tanto Moisés como Jesus foram fiéis na "casa de Deus" (Hb 3.2). Eles foram fiéis na missão que lhes foram confiada. Isso mostra o apreço que o autor possuía pelo legislador hebreu. Todavia, ao se referir a Jesus, o autor usa a palavra grega aksioô, traduzida como "digno", "valor", "mérito". Duas coisas precisam ser destacadas no uso desse vocábulo pelo autor. Primeiramente ele quer mostrar que o mérito de Jesus era maior do que o de Moisés. Nosso Senhor era o construtor do edifício, da casa de Deus, e não apenas o mordomo, como fora Moisés. Os crentes precisavam enxergar isso e, assim, valorizarem mais a sua salvação. Por outro lado, ao usar o pretérito perfeito (tempo verbal grego), ele demonstra que a glória de Moisés era desvanecente, enquanto a de Jesus era permanente. 2. O perigo de ver, mas não crer. "[...] E viram, por quarenta anos, as minhas obras" (Hb 3.9). Erra quem pensa que só acredita quem vê. Parece que quem muito vê, menos acredita. Acaba ficando acostumado com o sobrenatural. Para algumas pessoas o sobrenatural se "naturaliza". É exatamente isso que aconteceu no deserto e era especificamente isso que acontecera com a comunidade dos primeiros leitores de Hebreus. Tanto Moisés como Jesus foram poderosos em obras, mas isso não era suficiente para segurar os crentes. É preocupante quando o cristão se acostuma com o sobrenatural e nada mais parece impactá-lo ou sensibilizá-lo. 3. O perigo de começar, mas não terminar. "Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos" (Hb 3.10b). Com essas palavras o autor mostra o perigo de começar, mas não chegar; de andar, mas se desviar. Alguns do antigo povo de Deus haviam começado bem, mas terminado mal. Muitos caíram pelo caminho, desistiram da estrada. O mesmo risco estava ocorrendo com os cristãos neotestamentários — haviam começado bem, mas corriam o risco de caírem e perderem a fé. Esse alerta é para nós hoje! Como está a tua fé? SÍNTESE DO TÓPICO II Hebreus destaca o Senhor Jesus como o construtor da Nova Aliança; o Filho amado de Deus; o ministro excelente da Igreja de Deus.
  • 26. 26 SUBSÍDIO TEOLÓGICO "[...] Pedro apresenta Jesus como o Profeta semelhante a Moisés (vv.22,23). Moisés havia declarado: 'O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis' (Dt 18.15). Seria natural dizer que Josué cumpriu essa profecia. Josué, o seguidor de Moisés, realmente veio depois deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro Josué (na língua hebraica, os nomes Josué e Jesus são idênticos). Os cristãos primitivos reconheciam Jesus como o derradeiro cumprimento da profecia de Moisés. No final do capítulo (vv.25,26). Pedro lembra aos ouvintes a aliança com Abraão, muito importante para se entender a obra de Cristo: 'Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez em nossos pais, dizendo 3 Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades'. Claro está que, agora, é Jesus quem traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão - e não apenas a Lei dada por meio de Moisés" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.307,08). Ill - UM DISCURSO SUPERIOR 1. O perigo de ouvir, mas não atender. Seguindo a redação da Septuaginta (tradução grega da Bíblia Hebraica), o autor cita o Salmo 95.7-11 para trazer uma série de advertências. Se o povo de Deus no Antigo Pacto precisou ser exortado, maior exortação precisava os que tinham maiores promessas. Primeiramente havia o perigo de ouvir e não atender (Hb 3.7,8). No passado, o povo de Deus tinha ouvido a mensagem divina; entendido, mas não atendido! O mesmo erro estava se repetindo. O Espírito Santo, falando profeticamente pela boca do salmista, advertia os o leitores para que seus corações não se endurecessem. É um apelo atual, porque o povo de Deus muitas vezes demonstra ser tardio para ouvir. 2. A humilhação do servo. A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos, como o ser perseguido, desprezado pelas autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores, açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e, finalmente,
  • 27. 27 crucificado e morto. Assim se cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do Servo Sofredor (Is 53). 3. O exemplo a ser seguido. Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34; Lc 4.18,19). Logo, a partir da vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu lugar em nosso coração. Assim, somos instados a amar o próximo na força do mesmo amor que o Pai tem por nós (Mc 12.30,31). SÍNTESE DO TÓPICO III A mensagem de Cristo faz alguns alertas: o perigo de ouvir, mas não atender ao apelo; o perigo de ver, mas não crer na revelação; o perigo de começar, mas não terminar a jornada. SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO SE OUVIRDES HOJE A SUA VOZ Citando Salmos 95.7-11, o escritor se refere à desobediência de Israel no deserto, depois do êxodo do Egito, como advertência aos crentes sob o novo concerto. Porque os israelitas deixaram de resistir ao pecado e de permanecer leais a Deus, foram impedidos de entrar na Terra Prometida (ver Nm 14.29-43; SI 95-7-10). Semelhantemente, os crentes do Novo Testamento devem reconhecer que eles, também, podem ficar fora do repouso divino, se forem desobedientes e deixarem que seus corações se endureçam. NÃO ENDUREÇAIS O VOSSO CORAÇÃO O Espírito Santo fala conosco a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8- 11; Rm 8.11-14; Gl 5.16-25). Se formos indiferentes à sua voz, nossos corações se tornarão cada vez mais duros e rebeldes a ponto de se tornarem insensíveis à Palavra de Deus ou aos apelos do Espírito Santo (v.7). A verdade e o viver em retidão já não serão prioridades nossas. Cada vez mais, buscaremos prazer nos caminhos do mundo e não nos caminhos de Deus (v.10). O Espírito Santo nos adverte que Deus não continuará a insistir conosco indefinidamente se endurecermos os nossos corações por rebeldia (vv.7-11; Gn 6.3). Existe um ponto do qual não há retorno (vv.10,11; 6.6; 10.26)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1902). CONCLUSÃO
  • 28. 28 Ao mostrar a superioridade de Jesus sobre Moisés, o autor da Carta aos Hebreus não tencionava exaltar o primeiro e desprezar o segundo, mas pôr em relevo a obra do Calvário, bem como esclarecer como os crentes devem valorizá-la. Ora, se Moisés que não era divino, que não se deu sacrificalmente em lugar de ninguém, merecia ser ouvido, então por que Jesus, o Filho do Deus bendito, Senhor da Igreja e superior aos anjos, não merecia reconhecimento ainda maior? PARAREFLETIR A respeito da Superioridade de Jesus em relação a Moisés, responda: • Qual o ponto de partida para o autor aos Hebreus introduzir o assunto sobre a vocação superior de Jesus? Que Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18). • Em que concordamos quando confessamos Jesus como Salvador? Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele e somente Ele é a razão do nosso viver. • O que devemos destacar quando o autor usa aksioô, isto é, "digno", "valor" e "mérito"? Diferente de Moisés, o mérito de Jesus era maior e sua glória era permanente. • Se Moisés foi um ministro de Deus no culto da congregação do deserto, o que foi Jesus? O ministro da Igreja, o povo de Deus na Nova Aliança, "a qual casa somos nós"(Hb 3.6). ' • Qual risco corria os cristãos neotestamentários? O perigo de ouvir, mas não atender, o perigo de ver, mas não crer e o perigo de começar, mas não terminar. SUBSÍDIO ADICIONAL Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72 Explicando o capítulo 3 O capítulo 3 de Hebreus está na seção que aborda a supremacia do Filho de Deus: 1.4-4.13. Essa parte da carta demarca a supremacia de Jesus em relação a Moisés, o legislador de Israel. Diferentemente de Moisés, que serviu a uma casa, que "não era o tabernáculo, mas os da casa de Deus, ou o povo de Deus como a comunidade da fé" (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD, p.1557), Jesus Cristo é o construtor dessa casa de Deus, enquanto o legislador de Israel fazia parte dela.
  • 29. 29 Podemos retomar essa abordagem no Evangelho de Mateus, no capítulo 16, e no versículo 18: "edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16.18). Atenção para o verbo "edificarei" e o pronome possessivo "minha". É Cristo quem construiu, edificou e ergueu o povo de Deus, por isso, esse povo pertence a Ele; diferentemente de Moisés, que embora fosse uma figura proeminente entre os judeus, um líder exemplar, ele não edificou o povo de Deus, mas se achou parte dele. Portanto, o escritor de Hebreus faz um apelo aos leitores de sua carta, que diferentemente aos judeus do deserto que não atentaram para as palavras de Moisés, os seguidores de Cristo atentem para o mandamento do Filho, o edificador do povo de Deus, e não se deixem endurecer pelo engano do pecado. Sugestão Pedagógica Caro professor, prezada professora, ao introduzir a lição desta semana reproduza o esquema abaixo conforme as suas possibilidades: COMPARAÇÃO ENTRE MOISÉS E JESUS CRISTO COM BASE NO CAPÍTULO 3 DE HEBREUS Moisés • Fidelidade com toda a casa de Deus (o povo de Deus); • Servo da casa de Deus; Jesus • A casa de Deus pertence ao Filho; • Cristo foi quem edificou casa de Deus; Em seguida, dê um espaço de tempo para que os alunos tenham a oportunidade de expressar suas opiniões sobre a comparação entre Moisés e Jesus a partir do esquema apresentado. Depois explique a superioridade da vocação de Jesus reafirmando os pontos do esquema acima.
  • 30. 30 Lição 4 - Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de Deus Classe: Adultos Lições Bíblicas: CPAD Trimestre: 1° de 2018 – 28 de Janeiro de 2018 Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com TEXTO ÁUREO "Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência." (Hb 4.11) VERDADE PRÁTICA O descanso provido por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é celestial, eterno e completo. LEITURA DIÁRIA Segunda - Hb 4.2: A mensagem de Deus deve ser recebida pela fé Terça - Hb 4.6: A mensagem de Deus deve ser acompanhada pela obediência Quarta – Hb 4.7: A mensagem de Deus dever ser acolhida com contrição Quinta - Hb 4.8,9: A mensagem de Deus promove um descanso real e total Sexta – Hb 4.11: A mensagem de Deus promove um descanso eterno Sábado – Hb 4.12: A Palavra de Deus é viva e eficaz LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Hebreus 4.1-13: 1 TEMAMOS, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás. 2 Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram. 3 Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. 4 Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. 5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
  • 31. 31 6 Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, 7 Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações. 8 Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. 9 Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. 10 Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas. 11 Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. 12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. 13 E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar. HINOS SUGERIDAS: 47,146, 212 da Harpa Cristã OBJETIVO GERAL Demonstrar que Jesus é superior a Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico com os seus respectivos subtópicos. I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué; II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué; III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR O texto de Hebreus 4 mostra o que a história de Josué representa para a Igreja de Cristo. Enquanto o ministério do sucessor de Moisés foi de caráter terreno, temporário e incompleto - primeiro porque Israel não conquistou toda a terra; depois, as guerras continuaram -, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo. Na lição desta semana, é preciso fazer o contraste entre os ministérios de Jesus e Josué, conforme abaixo: JOSUÉ —> Terreno -> Temporário -> Incompleto JESUS -> Celestial -> Eterno -> Completo
  • 32. 32 Devido à popularização da teologia da prosperidade, bem como o aumento da "politização ideológica" dos movimentos evangélicos, é comum alguns cristãos virarem as costas para a dimensão celestial e eterna do ministério de Jesus, alegando que se dermos ênfase ao "céu" formaremos cristãos "escapistas". O problema é que eles se esqueceram de combinar isso com o autor de Hebreus. A natureza celestial, eterna e esperançosa do ministério de Cristo é cristalina nas Escrituras! Por isso, embora a obra de Cristo tenha consequências presentes como uma antecipação das bênçãos futuras, claro que podemos vivê-las hoje, aqui e agora, não tenha receio de enfatizar a natureza do porvir da obra de Cristo, pois Ele nos prometeu a vivência da comunhão no Reino Celestial (Mt 26.28,29). INTRODUÇÃO A conquista de Canaã sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos Hebreus como um tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da terra a Moisés e Josué (Êx 3.8; Js 1.2,3). Mas ao longo da jornada do Êxodo muitos ficaram pelo caminho. A incredulidade e a desobediência, somadas à falta de ânimo, fizeram com que o povo não vivesse as promessas de Deus em sua plenitude. O mesmo processo estava se repetindo agora com os crentes da Nova Aliança e pelas mesmas razões. A única forma de voltar para a corrida e completar o percurso, entrando no descanso de Deus, era observando a sua Palavra. PONTO CENTRAL Enquanto Josué proporcionou um descanso terreno, temporário e. incompleto para Israel, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo para a Igreja. I - JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ 1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé. O autor inicia sua argumentação com uma afirmação e uma declaração. Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2). Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo gregoeuangelizomai, que significa "evangelizar", "pregar as boas-novas a alguém". É a mesma raiz que dá origem à palavra "evangelho". Em segundo lugar, o autor declara que "a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram" (Hb A.2). Muitos crentes do Antigo Pacto haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a
  • 33. 33 mensagem com fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua plenitude, mas não lhe deram crédito? 2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência. O autor passa a mostrar a razão de alguns não terem entrado no descanso de Deus: "Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência" (Hb 4.6). A desobediência (gr. apeitheia) é a manifestação ativa da incredulidade. Essa palavra ocorre seis vezes no texto original e foi usada pelo apóstolo Paulo para se referir aos "filhos da desobediência" (Ef 2.2). O crente, quando não crê, age da mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa essa palavra novamente no versículo 11, do mesmo capítulo, quando alerta o crente a não "cair no exemplo de desobediência". A mensagem de Deus só tem proveito quando acompanhada pela obediência. 3. Uma mensagem que conduz à contrição. A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 4.7b). O autor usa o termo sklerynô - traduzido como "duro", "endurecido" - quatro vezes nesta carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa "esclerose", "esclerosado", isto é, "endurecido", "enrijecido". É a mesma palavra usada por Lucas em Atos 19.9 para dizer que os judeus se "mostraram endurecidos" e por essa razão rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em Hebreus, como em outros lugares do Novo Testamento, é o homem, e não Deus, que endurece o seu próprio coração. Deus só endurece quem já está anteriormente endurecido (Rm 1.28,29). Para que a mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos. SÍNTESE DO TÓPICO l A mensagem de Jesus deve ser percebida peia fé, praticada com obediência e recebida em contrição pessoal. SUBSIDIO DIDATICO Professor (a), o recebimento da Palavra com fé, o viver em obediência e o coração contrito e aberto à Palavra são os três aspectos do ouvinte da mensagem de Jesus que devem ser enfatizados neste primeiro tópico. Deixe claro que sem fé é impossível agradar a Deus; sem obediência à Palavra não há fundamento na vida cristã; sem coração contrito não há arrependimento. lI - JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ
  • 34. 34 1. Um descanso total. Quando contrastamos o capítulo 11.23 com o 13.1 do livro de Josué surge uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas avaliam que Josué 11.23 refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército de Josué estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa patente Josué 13.1. Logo, os capítulos 11 e 13 não são contraditórios, mas confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o descanso provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser conquistado. 2. Um descanso real. A redação de Hebreus 4.8, diz: "Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia". A conquista de Canaã era apenas um tipo da qual a Canaã celestial é o antítipo. A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. Quem proveu, de fato, um descanso para o povo de Deus foi Jesus, não Josué: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). 3. Um descanso eterno. Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: "Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus" (Hb 4.9). O descanso não é aqui! Embora desfrutemos das bênçãos do reino na era presente, todavia, o futuro aguarda a sua plenitude. A estrada é longa e ninguém pode se deixar fatigar pelo caminho. É preciso caminhar com dedicação e vigilância: "Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência" (Hb 4.11). SÍNTESE DO TÓPICO II O descanso que Jesus proveu para o seu povo é completo, real e eterno. SUBSÍDIO TEOLÓGICO O repouso de Deus, no qual os crentes são convidados a entrar, é algo para o presente ou para o futuro? Certamente o repouso de Deus em seu sentido mais amplo aguarda a era por vir, mas há também um sentido presente de entrar pela fé, como é indicado pelo versículo 3: 'porque nós, os que temos crido [tempo passado],
  • 35. 35 entramos [tempo presente] no repouso' (cf. a ênfase do tempo presente em 4.1,10,11). A fé torna possível, no presente, realidades que são futuras, invisíveis, ou celestiais (cf. 11.1). Em 4.3-5, são enfatizados dois fatos importantes: 1) O repouso de Deus é uma realidade presente e completa (4.3c,4) e 2) Os israelitas não puderam entrar no repouso de Deus (4.3b,5b) por causa de sua incredulidade e desobediência (3-19; 4.6). Note que nosso autor cita Génesis 2.2 em Hebreus 4.4 e se refere ao Salmos 95.11 (duas vezes) em Hebreus 4.3,5. Sua preocupação por seus leitores é que entrem no repouso de Deus agora pela fé e que não o percam para sempre, como fez a geração que peregrinou no deserto. A incredulidade fecha o coração para Deus e torna sua promessa sem efeito. O que é o repouso de Deus? É um repouso baseado na conclusão de sua obra na criação (4.3c,4), do qual o sábado sagrado é um testemunho duradouro. Nossa participação em seu repouso é baseada na obra consumada de Cristo na cruz; o fato de Ele estar 'assentado' (que inclui o pensamento de repouso) à direita do Pai é o testemunho duradouro. O fato de Deus ter repousado não significa que Ele, por conseguinte, tenha estado ou esteja em um estado de ociosidade, mas apenas que não há nada a se acrescentar àquilo que Ele fez. Deus repousou após criar todas as coisas porque sua obra (de criar) foi terminada 'desde a fundação do mundo' (4.3c)" (ARR1NGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1563,64). CONHEÇA MAIS O Descanso A preocupação pastoral do autor se torna novamente evidente: Que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás' (cf.3.12,13; 4.11). Entrar no repouso de Deus não é algo que acontece automaticamente após a conversão a Cristo, da mesma maneira que Israel não entrou; automaticamente em Canaã após a sua redenção do Egito. Como Bruce observa, os leitores 'farão bem em temer a possibilidade de perder a grande bênção que nos está prometida, da mesma maneira que a geração de israelitas que morreu no deserto perdeu a Canaã terrestre, embora este fosse o objetivo que tinham diante de si quando saíram do Egito'." "Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento", CPAD, p.1563,64. III. JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
  • 36. 36 1. Uma palavra viva. Já vimos que o autor de Hebreus afirma que a geração do Êxodo ouviu as boas- novas da Palavra de Deus, mas não lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus estava diante de sua Palavra. Essa Palavra não foi anunciada por um anjo, Moisés nem tampouco por Josué, mas pelo próprio Filho de Deus — Jesus. Essa Palavra não mais se limita à letra, a Lei, porque ela é "viva" (Ez 37.3,4). Jesus afirmou que suas palavras "são espírito e vida" (Jo 6.63). Como devemos nos portar diante da Palavra Viva de Deus? 2. Uma palavra eficaz. A Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é eficaz. Produz resultados: "sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" (1Pe 1.23). O autor mostra que essa palavra é produtiva. O termo energes, traduzido como "eficaz", é usado na Bíblia para se referir à atividade divina que produz resultados: "assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei" (Is 55.11). 3. Uma palavra penetrante. A Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e cortante, "mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12). A metáfora usada pelo autor é muito forte e serve para mostrar que a Palavra de Deus possui um grande poder de penetração. Ela não fica na superfície, mas vai até o centro do ser humano. Os israelitas falharam por não ouvir as palavras de Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra. SÍNTESE DO TÓPICO III A orientação de Jesus foi manifesta por meio de uma Palavra viva, eficaz e penetrante. SUBSÍDIO DIDÁTICO Ao terminar a exposição deste tópico, e com o auxílio das seções objetivos específicos e sínteses dos tópicos, faça uma breve recapitulação dos assuntos abordados nesta aula. Não esqueça também de trabalhar com a classe as questões da seção Para Refletir.
  • 37. 37 CONCLUSÃO A palavra chave desta lição é "descanso". Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o autor e consumador da nossa fé. PARA REFLETIR A respeito de Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de Deus, responda: • Qual a primeira afirmação do autor aos Hebreus? Que as Boas-novas foram pregadas aos seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2). • O que é preciso para que a mensagem tenha efeito? A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos. • Segundo a lição, o que foi a conquista de Canaã? A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. • Para o autor de Hebreus, o que foi o descanso de Josué? Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: "Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus" (Hb 4.9). • Se os israelitas falharam ao não ouvir as palavras de Moisés e Josué, qual o cuidado que os cristãos devem ter? Os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra. SUBSÍDIO ADICIONAL Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72 O livro de Josué narra a conquista parcial da terra prometida, a terra de Canaã, sua distribuição e o estabelecimento do povo israelita nela. A narrativa do texto mostra batalhas sangrentas para conquistar a terra. Os cananeus não a entregariam gratuitamente. Entretanto, ao longo do livro é possível perceber que Deus honrou Israel, fazendo-o vencer os inimigos idólatras e obter a dádiva da terra prometida ao
  • 38. 38 seu povo. Ali, começaria a se cumprir a promessa da Aliança de Deus com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Nesse contexto que a promessa de descanso, ou repouso, isto é, a promessa de conquistar e permanecer na terra prometida, que não foi plenamente realizada, foi cumprida por intermédio de Josué ao povo de Israel, mas unicamente numa perspectiva terrena, incompleta e finita. Aqui, o capítulo 4 de Hebreus faz o maior contraste com o "repouso" proposto no livro de Josué. A Carta aos Hebreus mostra que "o repouso prometido por Deus não é somente o terrestre, mas também o celestial (w.7,8; cf.13.14). Para os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu (Jo 14.1-3; cf. Hb 11.10,16). Entrar nesse repouso final significa o cessar do labor, dos sofrimentos e da perseguição, tão comuns em nossa vida nesta terra (cf. Ap 14.13); significa participar do repouso do próprio Deus e experimentar a eterna alegria, deleite, amor e comunhão com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21.22)" (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 1905). Sugestão pedagógica Para concluir a aula, use o esquema abaixo, a fim de resumir o assunto da lição e alinhar a comparação entre o ministério de Josué e o de Jesus Cristo, o que mostrará a clara supremacia do ministério terreno de nosso Senhor. QUADRO COMPARATIVO SOBRE O DESCANSO DE JOSUÉ E DE JESUS O descanso de Josué • Um descanso incompleto e parcial; • Um descanso ideal, cheio de percalços que serviria como sombra futura do verdadeiro descanso; • Um descanso temporário e terreno. O descanso de Jesus • Um descanso completo e pleno; • Um descanso real, espiritualmente presente e pleno; • Um descanso eterno e espiritual.
  • 39. 39 Lição 5 - Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica Classe: Adultos Lições Bíblicas: CPAD Trimestre: 1° de 2018 – 4 de Fevereiro de 2018 Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com TEXTO ÁUREO "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão." (Hb 4.14) VERDADE PRÁTICA Como Filho de Deus e Sumo Sacerdote, Jesus intercede eficazmente por sua Igreja. LEITURA DIÁRIA Segunda - Hb 4.14 Jesus, Sumo Sacerdote qualificado para representar os homens diante de Deus Terça - Hb 4.15: Jesus, Sumo Sacerdote identificado com a condição humana Quarta – Hb 5.4: Jesus, Sumo Sacerdote e ministro do santuário Quinta - Hb 5.7 Jesus, o Sumo Sacerdote de vida santa Sexta - Hb 5.8,12.28: Jesus, o Sumo Sacerdote obediente e submisso que nos ensina Sábado – Hb 5.9-14: Jesus, o Sumo Sacerdote transcendente e necessário LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Hebreus 4.14-16; 5.1-14: 14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. 15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. 16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Hebreus 5.1-14: 1 PORQUE todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados; 2 E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados; pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza.
  • 40. 40 3 E por esta causa deve ele, tanto pelo povo, como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados. 4 E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão. 5 Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei. 6 Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. 7 O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. 8 Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. 9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem; 10 Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. 11 Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir. 12 Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. 13 Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. 14 Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal. HINOS SUGERIDOS: 152, 291,402 da Harpa Cristã OBJETIVO GERAL Pontuar o sacerdócio do Senhor Jesus como superior à ordem levítica e que, por isso. Ele teve autoridade para inaugurar uma nova ordem. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos. I. Demonstrar biblicamente a natureza da superioridade do sacerdócio de Jesus Cristo; II. Ensinar que o sacerdócio de Cristo foi superior quanto ao serviço; III. Expressar a importância teológica do sacerdócio do Senhor Jesus. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR Hebreus 4.14-16 talvez seja a passagem mais enfática acerca da perfeição do ministério sacerdotal de Jesus Cristo. Ali, o texto apresenta nosso Senhor como um sumo sacerdote capaz de compadecer-se de nossas fraquezas porque Ele havia sido tentado em tudo. Com base nesse fato que o autor aos Hebreus encoraja os cristãos: "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos
  • 41. 41 alcançar misericórdia e achar graça, afim de sermos ajudados em tempo oportuno" (v.16). Encoraje sua classe a partir dessa Palavra! INTRODUÇÃO A doutrina do sacerdócio de Jesus começa a ser exposta a partir de Hebreus 4.14- 16. Nessa seção o autor apresenta Jesus como "o grande sumo sacerdote que penetrou os céus". Jesus, portanto, era um Sumo Sacerdote grandioso, misericordioso e compassivo. Na seção de Hebreus 5.1-10, o autor sacro apresenta de forma detalhada uma discussão sobre as atribuições e qualificações do sacerdócio. A intenção dele é mostrar que o sacerdócio de Jesus superou o sacerdócio arônico e a ordem levítica em grandeza e qualificação. Os sacerdotes humanos eram cobertos de fraquezas e defeitos e, por isso, pouco podiam fazer pelos homens. Todavia, Jesus, como Sumo Sacerdote, era de uma ordem superior e perfeita e, por conta disso, capaz de condoer-se e socorrer os que a Ele recorrem. Por fim, o autor finaliza censurando os crentes pela ignorância deles frente a uma doutrina de tão grande relevância. I - UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO A QUALIFICAÇÃO 1. Por representar melhor os homens diante de Deus. O escritor de Hebreus mostra que o sumo sacerdote do Antigo Pacto era escolhido dentre seus pares (Hb 5.1). Com essa exposição o autor quer chamar a atenção para o mistério da encarnação, quando Deus se humaniza para tratar com os homens. Mesmo porque, como afirma certo teólogo, "é necessário que um homem seja escolhido para representar homens ao tratar dos pecados deles contra Deus". Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é quem nos apresentou diante de Deus. Ao contrário do sacerdócio arônico, que oferecia ofertas e sacrifícios. Jesus ofereceu sua própria vida como oferta a Deus em nosso favor (Hb 4.14-16). 2. Por compreender melhor a condição humana. Para melhor compreender a condição humana, o autor prossegue com sua exposição da função sacerdotal. O sumo sacerdote era alguém tirado de entre o povo e com a capacidade de compreender a condição humana. A palavra "compadecer-se" (Hb 5.2,3) traduz o termo grego metriopatheia, que significa escolher um meio termo a fim de se evitar os extremos. Um sacerdote que trabalhava com as exigências da Lei e, ao mesmo tempo com as fraquezas humanas, necessitava, a todo momento, evitar os extremos. Isso se tornava mais emblemático quando ele precisava fazer sacrifícios pêlos pecados alheios e os seus próprios. Ele não poderia ser complacente com o pecado nem tampouco agir com
  • 42. 42 extrema severidade. Na mente do autor sagrado somente Jesus, o Sumo Sacerdote perfeito, pôde cumprir esse requisito. 3. Pela posição que exerceu. Não era sumo sacerdote quem quisesse ser, mas aquele a quem o Senhor chamasse (Hb 5.4). O contexto deixa claro que a palavra "honra" tem o sentido de "cargo" ou "posição" e está relacionada ao ministério sacerdotal ao qual o Senhor delegou a alguém. Ser um ministro do altar era algo extremamente honroso, de grande importância e de muita responsabilidade. Tanto Arão como seus filhos foram escolhidos diretamente por Deus para esse ministério (Êx 28.1; SI 105.26). Jesus, nosso Sumo Sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão visto pertencer a uma ordem sacerdotal superior e haver sido enviado do céu para essa missão. SÍNTESE DO TÓPICO l O sacerdócio de Cristo é mais qualificado do que o de Arão e o da ordem levítica porque representa melhor o ser humano diante de Deus, pois compreende a condição humana, e também por pertencer ao "sacerdócio do céu". SUBSÍDIO DIDÁTICO Enfatize a superioridade da qualificação do sacerdócio de Cristo em relação ao de Arão e ao da ordem levítica. Utilize o ayxílio do esquema abaixo. AS RAZÕES DA SUPERIORIDADE DA QUALIFICAÇÃO DO SACERDÓCIO Representa melhora ser humano diante de Deus: Compreende melhor a condição humana: Pertence a um sacerdócio superior Jesus, nosso sumo sacerdote, é quem nos apresentou diante de Deus. Ao contrário do sacerdócio arônico que oferecia ofertas e sacrifícios, Jesus ofereceu sua própria vida como oferta a Deus em nosso favor (Hb 4.14-16). Um sacerdote que trabalhava com as exigências da Lei e, ao mesmo tempo com as fraquezas humanas, necessitava, a todo tempo evitar os extremos. Na mente do autor sagrado somente Jesus, o sumo sacerdote perfeito, pôde cumprir com esse requisito [porque ninguém como Ele compreendia tão bem a condição humana]. Não era sumo sacerdote quem quisesse ser, mas aquele a quem o Senhor chamasse [Hb 5.4). [...] Jesus, nosso sumo sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão visto pertencer a uma ordem sacerdotal superior e haver sido enviado do céu para essa missão. II - UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO 1. Pela realeza e o propósito pelo qual viveu. Em sua exposição sobre o sacerdócio de Cristo, o autor combina o Salmo 2.7 com o 110.4. Essas citações servem para o autor sacro argumentar a favor da filiação
  • 43. 43 divina e da realeza do sacerdócio de Jesus. Respeitados especialistas em Antigo Testamento ressaltam que o tipo de "messias" que os judeus da época de Jesus esperavam era de natureza político-religiosa. Entretanto, os textos dos Salmos mostram que Jesus Cristo não era um messias político nem meramente religioso, mas o Messias aclamado por Deus em Salmos 2.7 e reconhecido pelo Pai como Sumo Sacerdote em Salmos 110.4: o Messias que os cristãos reconhecem como o Filho de Deus, Rei e Sumo Sacerdote do Novo Pacto. Nosso Cristo, mesmo sendo Filho de Deus, não glorificou a si mesmo nem tampouco buscou honra para si, mas exerceu o sacerdócio por meio da vontade do Pai (Fp 2.5-7). 2. Pela vida santa que possuía. A primeira parte do versículo sete do capítulo cinco de Hebreus é usada pelo autor sacro para se referir à vida piedosa de Jesus. Intercessão, compaixão, oração e súplicas são qualidades presentes em um verdadeiro sacerdote. O autor destaca que os fatos por ele levantados aconteceram quando Jesus ainda exercia seu ministério terreno, revelando dessa forma o seu viver santo. Os intérpretes destacam que esses fatos estão relacionados com a oração de Jesus no Getsêmani (Mc 14.33-36), conforme narra os Evangelhos e serve para mostrar que um sacerdote assim, santo, piedoso e compassivo, é capaz de condoer-se das fraquezas humanas e dos que sofriam. 3. Pela submissão que demonstrou. A expressão "foi ouvido quanto ao que temia" (Hb 5.7, ARC) é traduzida na Almeida Revista e Atualizada (ARA) como "tendo sido ouvido por causa da sua piedade". A razão da diferença nas traduções é a palavra eulabeia usada pelo autor. Essa palavra só aparece duas vezes no Novo Testamento grego e as duas ocorrências encontram-se em Hebreus: uma aqui no capítulo 5 e outra em Hebreus 12.28. Em Hebreus 12.28, tanto a ARC como a ARA traduzem como "reverência". Não há dúvida que este último sentido deve ser mantido aqui. Eulabeia, portanto, mantém o sentido de um temor piedoso e reverente. O viver temente de Jesus o conduziu a suportar o sofrimento em favor da humanidade e, dessa forma, a completar a obra expiatória em favor de todos. SÍNTESE DO TÓPICO II A realeza, o propósito pelo qual viveu, a vida santa que possuía e a submissão demonstrada no seu ministério apontam para superioridade do serviço de Cristo. SUBSÍDIO TEOLÓGICO Filho e sacerdote (5.5,6).
  • 44. 44 O autor cita duas passagens. A primeira estabelece o direito de Jesus, na condição de filho, de ministrar no próprio céu (cf.8.3-6). A segunda, estabelece seu direito de servir na terra como Sumo Sacerdote. A razão pela qual é importante traçar o sacerdórcio de Jesus desde Melquisedeque é discutida no capítulo 7. Obediência (5.7,8). Obedecer é responder de acordo com o pedido ou o comando de outra pessoa. Ambos os Testamentos deixam claro que a obediência a Deus cresce em direção ao relacionamento pessoal com Ele e é motivado pelo amor. Duas das mais importantes passagens das epístolas examinam a obediência de Cristo. Filipenses 2 focaliza a atitude de humildade e renúncia, expressas na encarnação de Cristo. E sua trajetória até a cruz. Essa passagem. Hebreus 5, discute o significado da obediência de Cristo. Ao aprender a obedecer ele estabeleceu suas credenciais como um verdadeiro ser humano, vivendo da mesma maneira que vivemos, no que diz respeito à obediência a Deus. Assim qualificado, Jesus tornou-se o 'Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem'" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.859). CONHEÇA MAIS Todo o sumo sacerdote Duas qualificações são necessárias para um verdadeiro sacerdócio, (1) O sacerdote deve ser compassivo, manso e paciente com aqueles que se desviam por ignorância, por pecado involuntário e por fraqueza (v.2; 4.15; cf. Lv 4; Nm 15.27- 29). (2) Deve ser designado por Deus (vv.4-6). Cristo satisfaz ambos requisitos. [...] Cristo aprendeu pela experiência o sofrimento e o preço que com frequência se paga pela obediência a Deus num mundo corrupto (cf. 12.2; Is 50.4-6; Fp 2.8). Ele se tornou o Salvador e sumo sacerdote perfeito, porque seu sofrimento e morte na cruz ocorreram sem pecado. Por isso, Ele estava qualificado em todos os sentidos (vv.1-6), para nos prover a eterna salvação. Bíblia de Estudo Pentecostal", CPAD, pp.1905,06. III. UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO Ã IMPORTÂNCIA TEOLÓGICA 1. Uma doutrina transcendente. A última parte da seção de Hebreus 5.11-14 forma um parêntese feito pelo autor para chamar a atenção da importância teológica que possuía essa doutrina — o sacerdócio de Jesus Cristo. A compreensão dessa doutrina era de suma importância para o viver cristão, mas a falta de crescimento por parte dos leitores
  • 45. 45 tornava difícil para o autor torná-la compreendida. Era uma doutrina que transcendia em muito aqueles princípios formadores da fé cristã. Requeria maturidade, o que só teria sido possível se eles exercitassem suas mentes na meditação da Palavra. 2. Uma doutrina essencial. Se por um lado essa doutrina era por natureza transcendente, por outro, formava o âmago da fé cristã. A sua compreensão traz substância à nossa fé. Não era de admirar que os hebreus estavam indolentes, desanimados e fracos. Não possuíam uma fé substancial (Hb 5.13,14). Quando não se tem maturidade suficiente na vida cristã fica difícil e, às vezes, impossível de se fazer escolhas acertadas. SÍNTESE DO TÓPICO III A doutrina da superioridade sacerdotal de Cristo é transcendental aos princípios formadores da fé cristã e essencial à nossa fé. SUBSÍDIO TEOLÓGICO Resumo do capítulo [5] O sumo sacerdote ocupava uma posição única na religião de Israel, um cargo acessível tão somente a um descendente de Arão. Por isso, o escritor se mostra cauteloso ao enumerar as qualificações de Cristo para esse papel na fé, no Novo Testamento. O sumo sacerdote é tomado dentre os homens. Sua comissão de representar a outros homens diante de Deus exige que Ele seja uma pessoa sensível às necessidades dos seres humanos (v,4). Cristo foi ordenado por seu Pai ao sacerdócio (vv.5,6). Cristo também cumpre as qualificações de sensibilidade diante da fraqueza humana. Como homem, Jesus aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu (vv.7,8). Devidamente qualificado, foi nomeado sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque e se transformou na fonte de nossa salvação (vv,9,10). Isto posto, o autor lança mais uma advertência devido à aparente incapacidade de seus leitores de perceberem até mesmo as mais elementares verdades do cristianismo. Para caminhar em direção à maturidade, devem se valer das verdades que têm ensinado, como guia a distinguir o bem do mal. Para ser considerada alimento sólido e não leite, a verdade deve ser explicitada na prática (vv.11-14)" (RICHARDS, Lawrence Q. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Génesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.859). CONCLUSÃO O final do capítulo quatro de Hebreus e todo o capítulo cinco trazem aspectos relevantes sobre o sistema sacerdotal nos dias bíblicos. Vimos que o autor
  • 46. 46 apresentou, primeiramente, as qualificações que eram exigidas para um sacerdote e depois as contrastou com o Sumo Sacerdote perfeito, Jesus. O Filho de Deus viveu toda a nossa condição humana e, como sacerdote perfeito, está habilitado para interceder por nós. Esta é uma doutrina que todos devemos conhecer bem. PARA REFLETIR A respeito de Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica, responda: • Ao contrário do sacerdócio arônico, o que Jesus ofereceu? Jesus ofereceu sua própria vida como oferta a Deus em nosso favor (Hb 4.14-16). • Por que Jesus, nosso Sumo Sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão? Jesus, nosso sumo sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão visto pertencer a uma ordem sacerdotal superior e haver sido enviado do céu para essa missão. • Como foi estabelecido o sacerdócio de Jesus? Jesus foi aclamado por Deus como Messias davídico (SI 2.7) e como sumo sacerdote (SI 110.4). Portanto, o sacerdócio de Jesus se dá em razão da sua filiação divina. • Quais as qualidades presentes em um verdadeiro sacerdote? Intercessão, compaixão, oração e súplicas são qualidades presentes em um verdadeiro sacerdote. • Como seria possível chegar à maturidade cristã? Exercitando a mente na meditação da Palavra. SUBSÍDIO ADICIONAL Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72 ESBOÇO DA LIÇÃO 1. Introdução •Texto Bíblico: Hebreus 4.14-16; 5.1-14 2. l. Um sacerdócio superior quanto à Qualificação • 1. Por representar melhor os homens diante de Deus. • 2. Por compreender melhor a condição humana. • 3. Pela posição que exerceu. 3. II. Um sacerdócio superior quanto ao Serviço • 1. Pela realeza e o propósito pelo qual viveu. • 2. Pela vida santa que possuía. • 3. Pela submissão que demonstrou. 4. III. Um sacerdócio superior quanto à importância Teológica
  • 47. 47 • 1. Uma doutrina transcendente. • 2. Uma doutrina essencial. 5. Conclusão Nesta altura, chegamos numa seção crucial da Carta aos Hebreus: A Supremacia do Sumo Sacerdócio de Cristo. O início dessa seção resgata o fato de que o Senhor Jesus, por intermédio de seu sacerdócio supremo, torna aberto o caminho para todas as pessoas aproximarem-se ao trono da Graça de Deus com confiança. Ora, nosso Senhor compartilhou a nossa humanidade e, por isso, ninguém melhor que Ele para compreender nossas fraquezas e debilidades. Por isso, precisamos de um mediador perfeito, "porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos" (1 Tm 2.5,6). Por todos esses motivos, o Senhor Jesus (1) representa mais eficazmente todos os seres humanos do que os sacerdotes do Antigo Testamento; (2) compreende melhor a condição humana, pois a viveu em sua plenitude - Ele é verdadeiro Homem; (3) sua posição, junto ao Pai, o coloca em melhor posição para interceder por nós (1 Jo 2.1). Dentre muitos outros motivos, esses três levantados acima atestam claramente que o nosso Senhor é o Sumo Sacerdote por excelência. Nele, devemos depositar a nossa confiança! Sugestão Pedagógica Uma boa sugestão é que você explique a classe a estrutura da ordem sacerdotal e levítica de Israel. Nesse sentido, vale a pena ler o capítulo 16 do livro de Levítico que descreve uma das principais cerimónias que o sumo sacerdote celebrava: o Dia da Expiação. Os capítulos 15 e 16.1-6 de 1 Crónicas também merecem atenção, pois eles destacam a organização dos levitas feita pelo rei Davi. Faça essa leitura com o auxílio da Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD. Boa aula!