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Lição 1
O EVANGELHO DE MATEUS						 3
Lição 2
O NASCIMENTO DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE MATEUS		 11
Lição 3
O BATISMO DE JESUS							 18
Lição 4
A TENTAÇÃO DE JESUS							 25
Lição 5
OS PRIMEIROS DISCÍPULOS						 32
Lição 6
OS DISCÍPULOS SÃO COMISSIONADOS POR JESUS			 40
Lição 7
O PERIGO DA FALSA RELIGIOSIDADE					 48
Lição 8
A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALÉM			 56
Lição 9	
ACERCA DAS ÚLTIMAS COISAS						 64
Lição 10
O CRISTO CRUCIFICADO: ESTÁ CONSUMADO				 72
Lição 11
A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO					 80
Lição 12
A ORDEM SUPREMA DE CRISTO JESUS					 88
SEU REINO NÃO TERÁ FIM
Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus
Comentarista: Natalino das Neves 1º trimestre 2018
L i ç õ e s B í b l i c a s
1º trimestre 2018
2 JOVENS
Presidente da Convenção Geral das
Assembleias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Consultoria Doutrinária e Teológica
Antonio Gilberto e
Claudionor de Andrade
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Chefe de Arte & Design
Wagner de Almeida
Chefe do Setor de Educação Cristã
César Moisés Carvalho
Comentarista
Natalino das Neves
Redatora
Telma Bueno
Projeto, diagramação e capa
Suzane Barboza
Fotos
Shutterstock
CASA PUBLICADORA DAS
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Comunique-se com a redatora
da revista de Jovens
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RIO DE JANEIRO
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Segunda a sexta: 8h às 18h - Sábado de 8h às 14h.
Livraria Virtual
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Seu Reino não Terá Fim
Vida e obra de Jesus segundo o
Evangelho de Mateus
Com a graça do Senhor, estamos ini-
ciando um novo ano e um novo trimestre.
Começaremos estudando o primeiro
dos Evangelhos Sinóticos, cujo escritor
foi Mateus, um cobrador de impostos,
desprezado por muitos, mas escolhido e
vocacionado por Jesus para ser um dos
seus doze discípulos. O público-alvo dele
eram os judeus, por isso, encontramos
no seu texto várias referências ao Antigo
Testamento.
O objetivo de Mateus era mostrar aos
judeus que Jesus Cristo era o Messias
que havia sido prometido desde o Jardim
do Éden e anunciado pelos profetas. Por
isso, ele inicia apresentando a genealogia
de Jesus Cristo. Mateus se preocupa em
mostrar que Jesus era descendente de
Abraão e da família de Davi.
O Evangelho de Mateus mostra que
Deus cumpriu sua promessa de redenção
ao enviar Jesus, nosso Salvador! O Filho
de Deus veio ao mundo, implantou o
seu Reino, curou os doentes, ensinou
às pessoas, morreu na cruz e ao terceiro
dia ressuscitou. Ele está vivo! Seu Reino
jamais terá fim e em breve voltará para
arrebatar a sua Igreja e todos os que
pertencem, pela fé, a Ele. Essa é a nossa
real esperança!
QueJesus, o Filho de Deus, o abençoe.
Até o próximo trimestre!
Os Editores.
JOVENS 3
L I Ç Ã O
1
O EVANGELHO
DE MATEUS
TEXTO DO DIA
“Livro da geração de
Jesus Cristo, Filho de
Davi, Filho de Abraão.”
(Mt 1.1)
SÍNTESE
O objetivo principal do
Evangelho de Mateus é
mostrar que Jesus é o
Messias que foi anunciado
pelos profetas no Antigo
Testamento.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Mt 1.1
Jesus é da descendência davídica
TERÇA – Mt 1.2
A genealogia de Jesus começa por
Abraão
QUARTA – Mt 1.16
A descendência davídica de Jesus é
herdada por meio de seu pai terreno,
José
QUINTA – Mt 5.17
Jesus veio para cumprir a Lei e os
profetas
SEXTA - Mt 16.18
Mateus é o único dos evangelistas
que menciona a Igreja
SÁBADO – Mt 28.18-20
A Igreja é chamada para cumprir
as ordenanças de Jesus
07/01/2018
4 JOVENS
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos que antes de iniciar o trimestre você faça a
leitura de todo o Evangelho de Mateus. Procure também
ler todas as lições da revista. Depois, a cada semana estude
a lição específica que vai lecionar. Se possível, consulte
outras obras que tratem a respeito do tema e prepare
um esboço da lição destacando os pontos principais de
cada tópico em forma de frases. Se possível, a cada aula,
elabore apresentações em PowerPoint ou outro software
de apresentação que você disponha.
Durante a aula, jamais leia a revista. Apresente os principais
pontos e incentive a participação de todos. Aproveite o
início do trimestre para estimular os alunos a estudarem
previamente a lição em suas casas.
INTERAÇÃO
Professor(a), com a graça de Deus estamos iniciando um
novo ano e um novo trimestre. Estudaremos o Evangelho
de Mateus. Esse Evangelho foi o que mais influenciou a
história da igreja cristã. É importante que você busque
obter um bom comentário a respeito do Evangelho de
Mateus. Sugerimos o Comentário de Mateus & Marcos:
À luz do Novo Testamento Grego, da CPAD. Sugerimos
também que você adquira o livro de apoio do trimestre,
pois ele amplia o conteúdo de cada lição.
Antes de iniciar a lição em classe, apresente o comenta-
rista do trimestre: Natalino das Neves, pastor auxiliar na
IEADC (Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Curitiba),
Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica
do Paraná – PUC-PR.
OBJETIVOS
1.	PONTUAR a autoria, a data e a relação sinótica do
Evangelho de Mateus;
2.	APRESENTAR a genealogia de Jesus em Mateus;
3.	EXPOR a teologia do Evangelho de Mateus.
JOVENS 5
Mateus 1.1-17
1	 Livro da geração de Jesus Cristo, Filho
de Davi, Filho de Abraão.
2 	 Abraão gerou a Isaque, e Isaque gerou
a Jacó, e Jacó gerou a Judá e a seus
irmãos,
3 	 e Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá,
e Perez gerou a Esrom, e Esrom gerou
a Arão.
4 	 Arão gerou a Aminadabe, e Aminadabe
gerou a Naassom, e Naassom gerou a
Salmom,
5 	 e Salmom gerou de Raabe a Boaz, e
Boaz gerou de Rute a Obede, e Obede
gerou a Jessé.
6 	 Jessé gerou ao rei Davi, e o rei Davi
gerou a Salomão da que foi mulher
de Urias.
7 	 Salomão gerou a Roboão, e Roboão
gerou a Abias, e Abias gerou a Asa,
8 	 e Asa gerou a Josafá, e Josafá gerou a
Jorão, e Jorão gerou a Uzias,
9 	 e Uzias gerou a Jotão, e Jotão gerou a
Acaz, e Acaz gerou a Ezequias.
10 	Ezequias gerou a Manassés, e Manassés
gerou a Amom, e Amom gerou a Josias,
11	 e Josias gerou a Jeconias e a seus
irmãos na deportação para a Babilônia.
12 	E, depois da deportação para a Babilô-
nia, Jeconias gerou a Salatiel, e Salatiel
gerou a Zorobabel,
13 	e Zorobabel gerou a Abiúde, e Abiúde
gerou a Eliaquim, e Eliaquim gerou a
Azor,
14 	e Azor gerou a Sadoque, e Sadoque
gerou a Aquim, e Aquim gerou a Eliúde,
15 	e Eliúde gerou a Eleazar, e Eleazar
gerou a Matã, e Matã gerou a Jacó,
16	e Jacó gerou a José, marido de Maria,
da qual nasceu JESUS, que se chama
o Cristo.
17 	De sorte que todas as gerações, desde
Abraão até Davi, são catorze gerações;
e, desde Davi até a deportação para a
Babilônia, catorze gerações; e, desde a
deportação para a Babilônia até Cristo,
catorze gerações.
INTRODUÇÃO
Neste trimestre estudaremos o
Evangelho de Mateus, o primei-
ro dos Evangelhos Sinóticos e o
mais lido e estudado desde os
primórdios do cristianismo. Ele
apresenta uma estrutura mar-
cadamente didática, distribuída
por cinco grandes discursos, que
são intercalados por narrativas.
Em seu conteúdo se destacam o
Sermão do Monte, as parábolas
a respeito do Reino dos Céus, as
orientações de Jesus para a Igreja
e o discurso escatológico. Quando
lemos o Evangelho de Mateus,
podemos perceber suas caracte-
rísticas judaicas, que estimularam
grupos judeu-cristãos a usá-lo.
Nesta primeira lição abordaremos
as questões introdutórias, como
por exemplo, a data e o ano em que
foi escrito, bem como a genealogia
de Jesus.
TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
6 JOVENS
I - QUESTÕES INTRODUTÓRIAS
1. Autoria e data. A autoria do pri-
meiro Evangelho, como apresentado na
ordem canônica, é atribuída a Mateus,
o publicano que se tornou discípulo de
Jesus. A Igreja Primitiva considerava-o
autor do Evangelho assim como os pais
da Igreja: Orígenes, Tertuliano e Eusébio.
Quanto à data, situa-se entre os anos 60
d.C. e 85 d.C.
2. A relação sinótica dos Evangelhos
de Mateus, Marcos e Lucas. A partir do
século XVIII, os três primeiros Evange-
lhos passaram a ser conhecidos como
sinóticos (synopsis = visão de conjunto).
Em uma análise da organização narrativa
da vida e obra de Jesus no Evangelho
de João comparada com a dos livros
sinóticos fica evidente a diferença entre
eles, e consequentemente o motivo dele
não pertencer ao grupo.
As similaridades entre os três Evange-
lhos sinóticos conduzirão em determina-
dos momentos uma análise comparativa
de textos de Mateus com os Evangelhos
de Marcos e Lucas. Essa análise contri-
buirá para a interpretação do texto em
apreciação. Mateus e Lucas possuem
maior volume e, consequentemente,
maior detalhamento de alguns episódios,
como por exemplo: tentação, infância
e discursos de Jesus. Desse modo, os
Evangelhos de Mateus e Lucas tem um
conteúdo maior que Marcos, mas eles se
complementam. As semelhanças entre
eles deram-lhes o título de Evangelhos
sinóticos.
3. Organização em blocos narrativos
e discursivos. Mateus está organizado
em blocos narrativos e discursivos. Nos
blocos narrativos são apresentados
relatos de uma série de eventos que
cobrem certo período e variedade de
locais. A apresentação da região e a
cidade (Cafarnaum) onde Jesus reside
e convoca seus primeiros discípulos,
o padrão de sua atuação na região e a
popularidade conquistada é um exemplo
de bloco narrativo.
Mateus faz com requinte a relação
entre agrupamentos narrativos e dis-
cursivos, preservando a ênfase nos
discursos de Jesus. Como exemplo a
conexão entre o agrupamento narrativo
(Mt 3,4; 8,9) e o agrupamento discursivo
(Mt 5-7; 10). Assim Mateus dá ênfase no
ensino de Jesus, de forma que seus
seguidores possam se tornar cada vez
mais disciplinados, guardando todas as
coisas que Ele tem ensinado (Mt 28.20).
Pense!
Jesus ensinou que devemos
guardar todas as coisas que Ele
tem ensinado. Jovem, o que você
tem feito para saber e fazer o
que Ele ensinou?
Ponto Importante
Mesmo que não haja
unanimidade a respeito da data
do Evangelho de Mateus, o mais
importante é o conteúdo dos
ensinamentos de Cristo.
II - A GENEALOGIA DE JESUS EM
MATEUS
1. A genealogia de Jesus, o Mes-
sias. A relação do evangelista com a
tradição e modo de pensar dos rabinos
influencia a organização das gerações
de Abraão até Jesus. Ele divide em
três grupos de gerações: de Abraão
ao estabelecimento do reino sob Davi
(Mt 1.2-6); de Davi ao fim da monarquia
(exílio babilônico) (Mt 1.6-11) e do perí-
odo do exílio babilônico ao nascimento
de Jesus (Mt 1.12-16).
JOVENS 7
O evangelista tinha um objetivo
específico ao descrever a genealogia
de Jesus: demonstrar que Ele era o
Messias prometido. Mateus o relaciona
com a casa real, como descendente
direto do rei Davi, figura ligada à expec-
tativa messiânica. Também enfatiza a
descendência abraâmica, pois o grande
patriarca é considerado o pai da na-
ção israelita. Ele recebeu a promessa
divina de que sua descendência seria
grande e abençoada. Abraão é uma
figura importante para o cristianismo
como o pai de todo aquele que crê, por
meio de seu exemplo de fé e vínculo
com Jesus.
2. As mulheres na genealogia de
Jesus. Na leitura da genealogia de
Jesus salta aos olhos a menção de
três mulheres: Rute, Raabe e Tamar.
Para a cultura da época a menção
de mulheres já era um fato relevan-
te pois elas geralmente, não eram
mencionadas nas genealogias. O que
surpreende ainda mais é o fato de que
estas mulheres, segundo a tradição
judaica, jamais teriam condições de
entrar na genealogia do Rei dos reis,
pois Rute, embora tivesse um caráter
ilibado, era moabita. Raabe ganhava a
vida como prostituta (Js 2.1), e Tamar
seduziu e enganou o seu sogro (Gn 38).
Além dessas três mulheres é citada
também Bate-Seba, esposa de Urias,
que se tornou conhecida pelo adultério
com Davi (2 Sm 11.3-5). Para a cultura
judaica, estas mulheres eram consi-
deradas moralmente corrompidas e,
portanto, sem nenhuma possibilidade
de fazerem parte da linha sucessória
do Messias. No entanto, Deus não se
submete às culturas, pois está atento
aos corações das pessoas.
3. Uma genealogia onde os excluídos
são incluídos. As mulheres não eram
as únicas “excluídas” a serem incluídas
na genealogia de Jesus. Mateus coloca
várias personagens excluídas da so-
ciedade judaica em papéis principais
nos discursos de Jesus. Esta inclusão
parece ser proposital, principalmente
pelo ambiente judaico desse Evangelho.
O evangelista destaca que o Messias
viria para salvar o seu povo de seus
pecados (Mt 1.21). Ao mesmo tempo,
ele descreve o encontro de Jesus com
pessoas estrangeiras que são alcança-
das pela sua graça e misericórdia (Mt
4. 23-25). Demonstra que sua missão
não era exclusiva para os judeus, mas
universal. A universalidade da missão de
Jesus é explicada de forma exaustiva
pelo apóstolo Paulo, principalmente na
Epístola aos Romanos, ao incluir tanto
judeus como gentios como receptores
da graça de Deus.
Pense!
Mateus demonstrou que a missão
de Jesus era inclusiva. Jovem,
você tem feito o possível para
falar de Jesus a todos? Como tem
lidado com os “excluídos”?
Ponto Importante
A genealogia de Jesus nos dá
um grande exemplo de inclusão
social, pois a tendência humana
é “esconder” das ascendências os
excluídos pela sociedade.
III – A TEOLOGIA DE MATEUS
1. O Messias e a proclamação da
chegada do Reino dos Céus. A figura do
Messias está estritamente relacionada
com a proclamação do Reino dos Céus.
Esses temas ficam mais evidentes no
8 JOVENS
início e no fim do Evangelho. O título
“Filho de Deus” é citado sempre em
momentos cruciais do Evangelho: no
batismo de Jesus (Mt 3.17); na confissão
de Pedro (Mt 16.16); na transfiguração (Mt
17.5), no julgamento e na cruz (Mt 26.63;
27.40,43,54). Outra expressão importante
relacionada à messianidade de Jesus
é “Filho de Davi”, que ocorre 10 vezes
em Mateus.
Mateus demonstra que Jesus é,
de fato, o Filho de Deus prometido no
Antigo Testamento. Verdadeiro Homem
e Verdadeiro Deus.
No Reino dos Céus proclamado por
Jesus, a forma de governo é diferente
dos impérios humanos que dominam
os povos. O Reino dos Céus implica
justiça, paz e a alegria que somente
Deus pode dar. Assim a identidade
messiânica de Jesus, o Reino dos Céus
e temas recorrentes (a justiça e a Lei)
são os principais focos teológicos do
Evangelho de Mateus.
2. O Evangelho de Mateus e a Igreja.
Mateus menciona a Igreja por duas vezes
(Mt 16.18; 18.18), enquanto o termo não
é mencionado nos demais Evangelhos.
Em seus escritos, a comunidade cristã
é incentivada a manter a fé em Cristo e
a seguir suas diretrizes fundamentais e
aos seus líderes. Os grandes discursos
do Evangelho contêm as principais
diretrizes à Igreja.
Mateus recomenda a fé em Cristo e
a humildade para se evitar a queda e os
escândalos, aos quais todas as pessoas
estão sujeitas (Mt 18.1-9). Ele alerta a
respeito dos falsos profetas (Mt 7.15)
e da existência tanto de santos como
de pecadores na Igreja, cuja diferença
ficará evidente apenas no Dia do Senhor
(Mt 13.36-43; 22.11-14). No Evangelho
de Mateus, o estilo de vida apostólico
e missionário é descrito (Mt 9.36-11.1) e
a Igreja é chamada para cumprir a sua
missão evangelizadora (Mt 28.19,20).
3. O uso do Antigo Testamento em
Mateus. O evangelista utiliza, pelo me-
nos, uma série de 10 citações do Antigo
Testamento para demonstrar que tudo
que aconteceu na vida e ministério de
Jesus estava previsto, principalmente
nos profetas (Mt 1.23; 2.15, 23; 4.14-16;
8.17; 12.17-21; 13.35; 21.4,5; 27.9).
O cuidado de Mateus em demonstrar
o cumprimento das profecias na vida e
obra de Jesus tinha como objetivo de-
monstrar que o Messias não veio para
destruir ou anular, mas para cumprir a
Lei e os profetas (Mt 5.17). Principalmente
por meio de sua morte na cruz, que era
de difícil entendimento para um judeu,
mesmo convertido ao cristianismo. Essa
dificuldade será analisada com mais
profundidade na lição 11.
A utilização de textos do Antigo
Testamento para explicar os aconteci-
mentos da vida de Jesus e sua obra foi
uma importante estratégia de Mateus
para demonstrar que o plano histórico-
salvifico de Deus é único, tanto para
judeus como para gentios.
Pense!
Mateus teve o cuidado de
identificar cada etapa e evento
importante da vida de Jesus com
as Escrituras. Jovem, qual valor
você tem dado à Palavra de Deus?
Ponto Importante
Os títulos “Filho de Deus” e “Filho
de Davi”, atribuídos a Jesus, são
expressões messiânicas que
Mateus usa para identificá-lo
com o Messias prometido.
JOVENS 9
O Evangelho de Mateus
“Data
Como no caso da maioria dos livros
do Novo Testamento, a data é incerta.
Escritores mais antigos consideraram
Mateus como tendo sido escrito por
volta de 60 d.C. A maioria dos estu-
diosos hoje prefere 80 ou 85 d.C.
Local da Escrita
Novamente há duas opiniões princi-
pais. A opinião tradicional é a de que
o Evangelho de Mateus foi escrito na
Palestina (cf. ‘Judeia’). Streeter diz que
o local foi Antioquia da Síria, e ele é
seguido pela maioria dos estudiosos
hoje. Talvez a coletânea aramaica
de palavras tenha sido escrita na
Palestina, e o Evangelho em grego
em Antioquia.
Propósito
Fica evidente que Mateus escreveu
o seu Evangelho para os judeus, com
o objetivo de apresentar Jesus como
o Messias. Quando o Evangelho foi
escrito, a nação já o havia rejeitado,
e logo — se Mateus foi escrito entre
60 e 70 d.C. — iria sofrer por isto um
severo juízo através da destruição
de Jerusalém (70 d.C.). Hayes diz:
‘O primeiro Evangelho tinha algo do
caráter de um ultimato oficial. Foi um
último aviso do Senhor para o seu
povo’” (Comentário Bíblico Beacon.
Mateus a Lucas. 1.ed. Vol. 6. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, p. 22).
“Durante os três primeiros séculos
da era cristã, a descrição de Jesus,
no Evangelho de Mateus, foi a mais
admirada e citada no Novo Testa-
mento. Evidentemente, o evangelho é
exatamente isso: o retrato da pessoa
que é em si mesma as boas-novas do
amor perdoador de Deus.
O Evangelho de Mateus é um dos
mais enraizados no Antigo Testamento
e o mais preocupado com questões
importantes para o povo judeu. É o
que mais contém citações do Antigo
Testamento e a maior parte das refe-
rências acerca do cumprimento das
profecias messiânicas. Também é o
que mais tem a dizer sobre a Lei do
Antigo Testamento, ao demonstrar a
distorção produzida pelas tradições
defendidas pelos fariseus focalizan-
do a atenção no coração e não no
comportamento.
Tudo indica que a contribuição te-
ológica mais importante de Mateus
diz respeito ao reino. Os profetas do
Antigo Testamento estavam conven-
cidos de que a intenção de Deus era
implementar um reino terreno do
Messias, um descendente de Davi, que
elevaria Israel à glória e estabeleceria
a justiça de Deus em todo o mundo.
A morte de Jesus na cruz levantou
uma questão decisiva. Se Jesus é o
Messias, o que teria acontecido com
o reino? Mateus responde a essa
indagação” (RICHARDS. Lawrence O.
Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise
de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2010, p. 599).
SUBSÍDIO 1 SUBSÍDIO 2
ANOTAÇÕES
ESTANTE DO PROFESSOR
HORA DA REVISÃO
1.	 Qual a data mais provável em que foi escrito o Evangelho de Mateus?
A data situa-se entre os anos 60 d.C. e 85 d. C.
2.	Como está organizado o Evangelho de Mateus?
O Evangelho de Mateus está organizado em blocos narrativos e discursivos.
3.	Qual o objetivo de Mateus ao descrever a genealogia de Jesus?
O evangelista tinha como objetivo demonstrar que Jesus era o Messias prometido.
4.	Por que surpreende o fato das mulheres, Tamar, Raabe e Rute entrarem na ge-
nealogia judaica de Jesus?
O que surpreende ainda mais é o fato de que estas mulheres, segundo a tradição
judaica, jamais teriam condições de entrar na genealogia do Rei dos reis, pois
Rute, embora tivesse um caráter ilibado, era moabita. Raabe ganhava a vida
como prostituta, e Tamar seduziu e enganou seu sogro.
5.	De acordo com a lição, quais são os principais focos teológicos do Evangelho
de Mateus?
Os principais focos são o Messias e a proclamação da chegada do Reino dos Céus.
CONCLUSÃO
Na lição de hoje, uma introdução ao Evangelho de Mateus, aprendemos
que os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) evidenciam detalhes
diferentes da vida e obra de Jesus, mas são coerentes no conteúdo. Que
a genealogia mateana de Jesus tem o objetivo de apresentá-lo como o
Messias, cujo Reino é universal incluindo judeus e gentios e que a teologia
principal de Mateus é apresentar o Reino dos Céus por meio da Igreja e
em concordância com o Antigo Testamento.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
JOVENS 11
L I Ç Ã O
2
O NASCIMENTO DE JESUS
SEGUNDO O EVANGELHO
DE MATEUS
TEXTO DO DIA
“Eis que a virgem conceberá
e dará à luz um filho, e ele
será chamado pelo nome
de EMANUEL. (EMANUEL
traduzido é: Deus conosco).”
(Mt 1.23)
SÍNTESE
A concepção de Jesus se
deu por uma ação divina.
Foi o resultado da ação
direta do Espírito Santo
sobre Maria, a serva
do Senhor.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Mt 1.18
Maria concebeu Jesus pelo
Espírito Santo
TERÇA – Mt 1.19
José era um homem justo
QUARTA – Mt 1.25
José só conheceu Maria após o
nascimento de Jesus
QUINTA – Mt 5.21-48
Jesus fez uma releitura das 	
tradições
SEXTA – 1.21
O nome de Jesus está relacionado
à sua missão
SÁBADO - Mt 1.22,23
O nascimento de Jesus ocorreu
conforme o que fora predito 	
pelos profetas
14/01/2018
OBJETIVOS
1.	MOSTRAR que Maria foi somente escolhida para ser a
mãe terrena de Jesus e não para ser mediadora entre
Deus e os seres humanos;
2.	APRESENTAR as qualidades de José como o escolhido
para ser o pai terreno de Jesus;
3.	ESCLARECER a concepção virginal de Jesus Cristo.
INTERAÇÃO
Professor(a), caso ainda não possua, sugerimos que
você crie um grupo no WhatsApp para os alunos de
sua classe. O objetivo é facilitar a comunicação com
os jovens, incentivá-los a estudar a lição ou esclarecer
as dúvidas que possam surgir a respeito do estudo da
lição. Provavelmente, os jovens de sua classe já utilizam
o WhatsApp, assim não há como ignorar o valor desse
recurso. Caso você não tenha afinidade com o aplica-
tivo, indique ou deixe o grupo definir o líder do grupo.
Procure colocar, no mínimo, duas pessoas na liderança
do grupo para facilitar a comunicação. Você também
poderá utilizar esse recurso para a divulgação do Texto
do Dia, Síntese e o Texto Bíblico, comentários prévios a
respeito do tema da lição, pedidos de oração, ação social,
entre outras atividades.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Na próxima aula vamos abordar a respeito do batismo
de Jesus. Sugerimos que solicite um(a) voluntário(a) para
pesquisar a respeito das formas de batismo (infantil,
adulto, imersão, entre outras formas) e apresentar nos
últimos 10 minutos da próxima aula. Você deverá estar
preparado(a) também com o conteúdo, no mínimo para
duas situações: ausência do voluntário ou dúvidas durante
sua apresentação. As aulas participativas produzem me-
lhores resultados e comprometimentos dos participan-
tes. Reserve pelo menos 5 minutos antes do final desta
aula para definir o voluntário e dar as orientações sobre
como vai ser conduzida a próxima aula. A apresentação
não tem a intenção de formar nenhum especialista, mas
oportunizar desenvolvimento de habilidades.
JOVENS 13
I – MARIA, A ESCOLHIDA PARA
SER A MÃE DE JESUS
1. Uma mulher daria à luz o Messias
prometido. Na época do nascimento
de Jesus, entre os judeus, existia uma
grande expectativa messiânica, pois
acreditavam que o Messias os liberta-
ria da opressão romana. As mulheres
judias tinham a esperança de serem
escolhidas para tamanha honra, de ser
mãe da figura mais esperada de seu
povo. Esta expectativa surgiu, princi-
palmente, pela influência da literatura
Mateus 1.18-25
18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo
foi assim: Estando Maria, sua mãe,
desposada com José, antes de se
ajuntarem, achou-se ter concebido do
Espírito Santo.
19 	Então, José, seu marido, como era
justo e a não queria infamar, intentou
deixá-la secretamente.
20 	E, projetando ele isso, eis que, em so-
nho, lhe apareceu um anjo do Senhor,
dizendo: José, filho de Davi, não temas
receber a Maria, tua mulher, porque o
que nela está gerado é do Espírito Santo.
21 	E ela dará à luz um filho, e lhe porás o
nome de JESUS, porque ele salvará o
seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isso aconteceu para que se cum-
prisse o que foi dito da parte do Senhor
pelo profeta, que diz:
23 	Eis que a virgem conceberá e dará à luz
um filho, e ele será chamado pelo nome
de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é:
Deus conosco).
24	E José, despertando do sonho, fez
como o anjo do Senhor lhe ordenara,
e recebeu a sua mulher,
25	e não a conheceu até que deu à luz
seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o
nome de JESUS.
INTRODUÇÃO
Os judeus convertidos ao cristia-
nismo tinham dificuldades para
se comunicar e relacionar com
seus patrícios, praticantes do ju-
daísmo, pois estes não aceitavam
Jesus como o Messias prometido.
Mateus busca o diálogo com os
judeus a fim de demonstrar a
relação entre Jesus e o Messias
prometido nas Escrituras. Ele dá
ênfase à figura do Salvador da hu-
manidade, aquEle que implantaria
o Reino dos Céus, mostrando que
este Reino seria eterno e universal.
Nesta lição, estudaremos a res-
peito do casal que foi escolhido
para serem os pais terrenos de
Jesus. Também veremos como
se deu a concepção sobrenatural
do Messias.
TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
apocalíptica, que surgiu cerca de dois
séculos antes de Jesus.
O texto messiânico mais expres-
sivo para demonstrar essa realidade
é Isaías 7.14-16, complementado por
Isaías 9.1-6. Maria teve o privilégio de
dar à luz o menino Jesus, o verdadeiro
Messias, que Israel esperava. Assim,
Maria foi a protagonista de uma das
mais especiais promessas de Deus.
Ela foi o instrumento pelo qual Deus
se fez presente, morando junto com o
seu povo (Emanuel).
2. Uma mulher escolhida para ser
agraciada. A igreja católica usa o termo
“imaculada conceição” em referência a
Maria. Esse termo é utilizado erronea-
mente por eles em uma referência à
14 JOVENS
concepção da própria Maria. Segundo
a crença católica, ela foi preservada da
mancha do pecado original desde a sua
concepção.
3. Uma mulher que diz sim para o
plano divino. Maria realmente foi agra-
ciada em ser escolhida para ser a mãe de
Jesus Cristo. Todavia ela estava na mesma
condição de qualquer outro ser humano:
separada de Deus. Portanto, totalmente
dependente do ato salvífico de Cristo na
cruz como qualquer um de nós. Paulo
afirma em Romanos 3.10 que: “[...] Não
há um justo, nem um sequer.” Este texto
ratifica a dependência humana da salva-
ção por meio de Cristo, incluindo Maria.
No plano de Deus, a virgem Maria
estava destinada a ser a mãe do Cristo,
o Messias e Salvador. Maria aceitou sem
nenhuma restrição o convite de Deus
feito por intermédio do anjo. Ela responde
com firmeza, se colocando na posição
de serva e se submetendo a tudo.
Pense!
José e Maria tiveram disciplina
para manter o segredo divino e
andar na vontade de Deus. Jo-
vem, você tem essa disciplina?
Ponto Importante
Maria foi agraciada e escolhida
para ser a mãe de Jesus Cristo. No
entanto, não recebeu nenhuma
autoridade para ser mediadora
entre o ser humano e Deus.
II - JOSÉ, ESPOSO DA MULHER
QUE CARREGOU JESUS EM SEU
VENTRE
1. José um homem honrado e de
bom caráter. O casamento de José e
Maria seguiu a tradição cultural judaica.
O marido tinha o direito de anular o ca-
samento caso fosse comprovado que a
jovem não era mais pura (virgem). Assim,
José era obrigado a tornar público o
fato de Maria ter engravidado antes do
casamento ter sido consumado. Maria
seria envergonhada, punida e o compro-
misso firmado entre eles seria desfeito.
No entanto, orientado divinamente, José
toma Maria como sua esposa. Mas ele
somente conheceu Maria como esposa
após o nascimento de Jesus. Isso mos-
tra que José era um homem honrado,
bondoso e obediente a Deus.
2. José une Jesus à tradição mes-
siânica davídica. No relato de Mateus,
um anjo aparece a José em sonho.
Essa forma de revelação faz referência
à tradição dos patriarcas em relação à
comunicação com Deus.
José também recebeu um papel
próprio e importante no plano divino de
salvação. Ele teve o privilégio de cuidar
e educar o Filho de Deus. José educou
Jesus segundo a tradição judaica. No
entanto, isso não o torna “canônico” e
com autoridade de intermediar, diante
de Deus, benefícios para os seres hu-
manos, como alguns creem.
A filiação de Jesus por intermédio
de José lhe garante o título de “Filho de
Davi”, ligando-o à tradição messiânica
davídica. Jesus, como descendente
de Davi é rei (Mt 1.1; 2.2). No entanto, o
que confundiu os judeus, a ponto de
cegá-los para que não aceitassem a
Jesus como o verdadeiro Messias é que
o seu Reino não era deste mundo, por
isso, não visava a glória humana, mas
sim a justiça e a bondade divina.
3. O filho de José é Rei de justiça e
bondade. O modelo imperial existente
na época do nascimento de Jesus era
exercido com o poder patriarcal irres-
JOVENS 15
trito, tanto em Israel como nas demais
nações. Mas Jesus propõe um governo
com estruturas mais justas (Mt 11.25-27;
12.46-50).
Jesus, como Rei, fez uma releitura
de alguns ícones do judaísmo, como
por exemplo: das tradições já existentes
(Mt 5.21-48), da vontade de Deus que era
desde o começo (Mt 19.3-6), dos ensina-
mentos de Moisés (Mt 8.1-4), de Davi (Mt
12.3; 22.42-45) e dos profetas (Mt 9.10-13).
Os líderes religiosos judeus, contemporâ-
neos de Jesus, acreditavam que a justiça
era baseada somente no cumprimento
da Lei segundo suas interpretações e
tradições. Então, Jesus questiona a fal-
sa religiosidade e as práticas religiosas
opressoras e enganosas desses líderes.
Ele faz advertências rígidas contra o abuso
de poder, a luxúria, o adultério, o divórcio,
a avareza e a exploração dos pobres (Mt
5.27-32; 6.19-34; 19.3-12, 6-30). Assim, os
valores e princípios do seu reino eram
diferentes dos reinos terrenos.
Pense!
José, ao receber Maria grávida,
a honrou e a conheceu somente
após o nascimento de Jesus. Jo-
vem, você teria essa disciplina?
Ponto Importante
As atitudes de José demonstravam
que ele era um homem honrado e,
junto com a jovem Maria, recebeu
a glória e a responsabilidade de
criar o Filho de Deus.
III – A CONCEPÇÃO VIRGINAL
DE JESUS CRISTO
1. Um nascimento diferente dos
relatos míticos. Existem algumas ale-
gações errôneas e não bíblicas de que
a concepção virginal de Cristo foi base-
ado no relato de mitos pagãos, todavia
Mateus afirma que Maria simplesmente
“achou-se ter concebido do Espírito
Santo” (Mt 1.18).
2. A concepção virginal de Jesus.
Para comprovar o plano divino do nas-
cimento virginal, Mateus não recorre à
mitologia e sim ao profeta Isaías: “Por-
tanto, o mesmo Senhor vos dará um
sinal: eis que uma virgem conceberá, e
dará à luz um filho, e será o seu nome
Emanuel” (Is 7.14).
3. A origem divina de Jesus. Quando
se fala de concepção virginal, o que
está em questão é a preservação da
virgindade de Maria no processo da
concepção. Mateus evidencia a origem
divina de Jesus por meio da narrativa da
concepção sem ação humana e unica-
mente pela ação divina, independente
do casal escolhido para a missão de criar
e educar o Messias prometido. Assim,
Jesus é apresentado como o Messias
divino no qual se cumpriram as profecias
do Antigo Testamento.
Após o nascimento de Jesus, Maria
e José tiveram vários filhos (Mt 13.55).
Pense!
Jovem, você já parou para pensar
na humildade de Jesus. Como
Deus Criador, se submeteu ser
gerado no ventre de uma de suas
criaturas?
Ponto Importante
As redes socais têm sido um meio
eficaz utilizado por pessoas incré-
dulas, para contestar as doutrinas
cristãs a respeito da concepção
divina de Jesus. Todavia, também
podem ser usadas para evangeli-
zar, anunciando que Jesus Cristo é
o Salvador e o único caminho que
nos conduz até Deus.
16 JOVENS
“Não há nenhum justo sequer (Rm
3.10-12).
A partir deste verso o autor faz vários
recortes do Antigo Testamento, cha-
mando assim, a escritura judaica para
testemunhar a culpa universal, tanto
de judeu como dos gentios. Inicia
citando Salmos 14.1-3 para demons-
trar que toda humanidade estava
corrompida pelo pecado. Paulo não
traz algo novo, mas busca do próprio
texto sagrado para os judeus, em que
se diziam mestres e conhecedores.
Todavia, faltava a eles uma correta
interpretação das escrituras. [...] O
apóstolo indiretamente já havia afirma-
do a culpabilidade universal, mas aqui,
embasado pelo Antigo Testamento,
enfatiza que ninguém consegue ser
justo por si mesmo, pois a natureza
humana é má. Por isso, é preciso
entender que ninguém é melhor
do que o outro e que a alternativa
para o bem-estar da humanidade é
adotar uma posição de humildade e
misericórdia. O único que foi justo por
mérito próprio foi Jesus, e Ele não se
considerou superior, nem desprezou
as pessoas por isso. Pelo contrário,
Cristo tratou as pessoas como iguais,
incluindo os que eram considerados
excluídos no seu convívio” (NEVES,
Natalino das. Justiça e Graça: Um
Estudo da Doutrina da Salvação na
Carta aos Romanos. 1.ed. Rio de Ja-
neiro: CPAD, 2015, p. 42).
“A genealogia de José é apresentada
em Mateus 1. Ele era carpinteiro (Mt
13.55) que vivia em Nazaré (Lc 2.4).
Mas, como descendente de Davi,
sua casa ancestral estava em Belém.
Estava noivo de Maria na época em
que Jesus foi concebido pelo Espírito
Santo. Ao saber que Maria estava grá-
vida, quis evitar que ela fosse exposta
à vergonha pública, embora cogitasse
divorciar-se e despedi-la secretamente.
Mas em um sonho foi informado por
Deus que a concepção de Maria era
divina e foi encorajado a se casar com
ela. Para se registrarem e pagarem
o imposto real, ele e Maria foram a
Belém, onde Jesus nasceu. José é
mencionado juntamente com Maria e
Jesus na visita dos pastores (Lc 2.16) e
na apresentação de Jesus no Templo
(Lc 2.27). Em um sonho, Deus instruiu
José a fugir da ira de Herodes, ir para o
Egito, e lá permanecer durante algum
tempo. A última participação de José é
mencionada no evento dos Evangelhos
relacionado com a visita feita à festa
anual em Jerusalém, quando Jesus
tinha 12 anos de idade (Lc 2.41-52). Ele
não foi incluído com Maria e seus filhos
em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42
possa indicar que José ainda tivesse
vivo durante parte do ministério de
Jesus. José não aparece na crucifica-
ção quando Jesus entregou sua mãe
aos cuidados do apóstolo João (Jo
19.26,27), portanto podemos concluir
que José havia morrido antes desse
acontecimento” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2009, p. 1092).
SUBSÍDIO 1 SUBSÍDIO 2
ANOTAÇÕESANOTAÇÕES
ESTANTE DO PROFESSOR
HORA DA REVISÃO
1.	 O marido tinha o direito de anular o casamento caso fosse comprovado que a
jovem não era mais pura (virgem)?
O marido tinha o direito de anular o casamento caso fosse comprovado que a
jovem não era mais pura (virgem).
2.	Qual título é atribuído a Jesus devido a sua filiação por meio de José?
A filiação de Jesus por intermédio de José lhe garante o título de “Filho de Davi”.
3.	Contra quais práticas dos líderes religiosos judaicos Jesus faz advertências rígidas?
Jesus fez advertências rígidas contra o abuso de poder, a luxúria, o adultério, o
divórcio, a avareza e a exploração dos pobres.
4.	Como podemos refutar biblicamente a alegação de que a concepção de Jesus
foi baseada nos relatos de mitos pagãos?
Mostrando que Mateus afirma que Maria simplesmente “achou-se ter concebido
do Espírito Santo” (Mt 1.18).
5.	Como Mateus evidencia a origem divina de Jesus?
Mateus evidencia a origem divina de Jesus por meio da narrativa da concepção
sem ação humana e unicamente pela ação divina, independente do casal esco-
lhido para a missão de criar e educar o Messias prometido.
CONCLUSÃO
Aprendemos que Maria e José eram tementes a Deus e foram agraciados
por Ele para serem os pais terrenos de Jesus. No entanto, eram pessoas
comuns, pecadoras e desprovidas de poder para intermediação diante de
Deus. Vimos também que a concepção de Jesus não está baseada em mitos,
mas foi uma ação divina.
ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & Marcos.
À luz do Novo Testamento Grego. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
18 JOVENS
L I Ç Ã O
3
O BATISMO DE JESUS
TEXTO DO DIA
“E eis que uma voz dos
céus dizia: Este é o meu
Filho amado, em quem
me comprazo.”
(Mt 3.17)
SÍNTESE
Deus confirmou a
filiação divina de
Jesus por ocasião do
seu batismo.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Mt 3.14
João não se sente confortável em
batizar Jesus
TERÇA – Mt 3.15
João se permite batizar Jesus
QUARTA – Mt 3.11
O batismo de João era para
arrependimento
QUINTA – Mt 28.19
O batismo é uma ordenança de
Jesus
SEXTA – Rm 4.1-12
O batismo é um símbolo de fé em
Cristo
SÁBADO – Rm 6.3,4
O batismo mostra que pela 		
fé em Jesus estamos mortos 	
para o pecado
21/01/2018
JOVENS 19
OBJETIVOS
1.	APRESENTAR o profeta que batizou Jesus, João Batista;
2.	EXPLICAR como se deu o batismo de Jesus e os sinais
divinos que ocorreram;
3.	MOSTRAR as diferenças entre o batismo de Jesus
realizado por João Batista e o batismo do crente.
INTERAÇÃO
Prezado educador, sabemos da escassez de bons professo-
res para o ensino na Escola Dominical, por isso precisamos
investir em ações de capacitação e desenvolvimento de
novos talentos. Observe bem os seus alunos e procure
descobrir aqueles que possuem mais habilidades para
o ensino. No decorrer do trimestre, crie oportunidades
para que estes façam a apresentação de algum tópico
da lição. Tenha como objetivo ensinar e formar novos
talentos para a Educação Cristã.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Depois de orar para iniciar a aula, convide um aluno ou
aluna para falar a respeito de como foi o batismo dele(a).
Você poderá fazer as seguintes perguntas: “Por que você
decidiu se batizar?” “O que sentiu depois do batismo?”
Para isso, reserve 5 minutos para cada aluno.
Dar a oportunidade para que os alunos falem a respeito
de como foi o batismo deles, contribui para que percam
a timidez e o medo de falar em público, contribuindo
para a formação de novos docentes.
20 JOVENS
Mateus 3.13-17
13	 Então, veio Jesus da Galileia ter com
João junto do Jordão, para ser batizado
por ele.
14	 Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu
careço de ser batizado por ti, e vens tu
a mim?
15 	Jesus, porém, respondendo, disse-lhe:
Deixa por agora, porque assim nos
convém cumprir toda a justiça. Então,
ele o permitiu.
16 	E, sendo Jesus batizado, saiu logo da
água, e eis que se lhe abriram os céus,
e viu o Espírito de Deus descendo como
pomba e vindo sobre ele.
17	 E eis que uma voz dos céus dizia: Este
é o meu Filho amado, em quem me
comprazo.
INTRODUÇÃO
Algumas pessoas não conseguem
entender o motivo que levou Je-
sus, sendo o Deus encarnado, a se
sujeitar a ser batizado pelo último
dos profetas de Israel (Mt 11.13).
No entanto, a narrativa de Mateus,
apesar de resumida, mostra o que
estavaportrásdessegestodeJesus.
A história do batismo de Jesus não
era para ser apenas mais um relato
debatismodeJoão,oBatista.Elateve
umsignificadoimportante:revelara
divindadedeCristoeaconfirmação
escriturística de sua missão.
Nesta lição, estudaremos a res-
peito do gesto humilde de Jesus
de vir até João para ser batizado.
Veremos também os sinais que
aconteceram naquele momento
e a relação do batismo de João
com o batismo cristão.
TEXTO BÍBLICO
COMENTÁRIO
I – O PROFETA QUE BATIZOU
JESUS
1. João, o batista. Mateus descreve
a aparição de João Batista diretamente
no deserto. Ele faz uma conexão entre
o texto de Mateus 3.3 com Isaías 40.3:
“Voz do que clama no deserto: Preparai
o caminho do SENHOR; endireitai no
ermo vereda a nosso Deus”. A profecia de
Isaías 40.3 teve um significado especial
para os exilados da Babilônia. A inter-
pretação teológica do exílio era de que
ele ocorreu devido à desobediência do
povo e a libertação estava condicionada
ao retorno a Deus. Essa interpretação
influencia o discurso de João Batista.
João é comparado a Elias pelo seu
estilo de vida e ousadia ao desafiar o
povo de Israel a se converter a Deus (1 Rs
1.17,18-46). Mateus deixa claro que João
tinha uma missão especial já prevista no
Antigo Testamento: preparar o caminho
para o Messias.
2. O batismo de João. O batismo de
João era com água e para arrependi-
mento, um batismo de purificação pre-
cedido por uma confissão de pecados.
O discurso realizado por João Batista
JOVENS 21
antes do batismo era direto e firme. Uma
temática profética semelhante a Moisés
(Dt 30.2,10), Oseias (Os 3.5; 6.1), Amós (Am
4.6,8,9), Isaías (Is 9.13), Jeremias (Jr 2.27) e
Ezequiel (Ez 14.6). A mensagem de João
era de arrependimento para um batismo
que realmente simbolizasse a morte do
“velho homem”. Se o batismo de João era
para o arrependimento e precedido de
um discurso duro, por que Jesus vai ao
Jordão procurar João para ser batizado?
De que teria Ele que se arrepender? Por
que ouvir tal discurso? A atitude de João
demonstrava que ele não via em Jesus
necessidade de arrependimento, mas
que tudo foi realizado para se cumprir
as Escrituras.
3. João anuncia um batismo su-
perior ao seu. Antes de batizar Jesus,
João anunciou que após ele surgiria
alguém com um batismo superior
ao seu. João estava se referindo a
Jesus, pois Ele batizaria aqueles que
cressem com o Espírito Santo e com
fogo (Mt 3.11).
A missão de Jesus era salvar e purifi-
car os que o aceitam pela fé e o recebem
como seu único Salvador, crendo
nas palavras do Evangelho.
Pense!
Jesus e João, durante o
batismo, demonstraram
exemplos de humildade.
Jovem, você é um exemplo
de humildade?
Ponto
Importante
João batista não tinha
inveja de Jesus. Ele realça
as qualidades e virtudes do
Salvador, mesmo correndo
o risco de “perder” seus
discípulos para Ele.
II - O BATISMO DE JESUS E OS
SINAIS DIVINOS
1. Jesus foi batizado para que se
cumprissem as Escrituras. A narrativa de
Mateus a respeito de Jesus não menciona
a infância dEle. Do seu nascimento salta
para a visita a João.
Aatitude deJoão, seu primo, ao rece-
bê-lo demonstra que ele conhecia Jesus
e não via nEle necessidade de arrepen-
dimento e muito menos de ser batizado.
Mateus é o único evangelista que
registra o fato de João, a princípio, ter se
recusado a batizar Jesus. Sua recusa é
consistente com sua humildade (Mt 3.11).
QuandoJesus menciona que é para cum-
primento de “toda a justiça”, ele se rende
e batiza o Salvador. O verbo cumprir que
aparece também em textos de Mateus
(Mt 1,22; 2.15; 4.14) significa concordância
da vontade de Deus com o que está
acontecendo no ministério de Jesus, que
fora previamente declarado nas Escrituras.
2. Primeiro sinal: a descida do Espírito
de Deus em forma de pomba (Mt 3.16).
Logo após a saída de Jesus das águas
os céus se abrem para Ele. A abertura
dos céus revela favor divino a pessoa
que estava em consonância com Deus
(Ez 1.1; At 7.56; Ap 19.11).
O evangelista afirma que ao sair Jesus
das águas o Espírito de Deus desceu sobre
Ele como uma pomba (Mt 3.16). O Espírito
Santo que já estava ativo no nascimento
de Jesus (Mt 1.18) continua presente no
início de seu ministério terreno.
Jesus é o Filho de Deus que veio ao
mundoparaproclamarelibertarooprimido,
conforme a leitura que Ele mesmo fez de
Isaías 61.1. Este também era o sinalde um
novo governo, diferente do governo do
ImpérioRomano,emqueosmenosfavore-
cidos não tinham quem os representasse.
22 JOVENS
3. Segundo sinal: uma voz dos céus.
Na sequência, Mateus afirma que “e eis
que uma voz dos céus dizia: Este é o meu
Filho amado, em quem me comprazo”
(Mt 3.17). Mais uma vez Mateus recorre ao
Antigo Testamento, fazendo uma alusão
ao Salmo 2.7 e Isaías 42.1.
Mateus apresenta Jesus como o servo
sofredor de Deus e como o Messias (Is
42.1-4). Ele demonstra que mesmo sendo
Filho de Deus, Jesus tinha a humildade
de servir, diferente dos governantes
romanos. Mateus também apresenta
a figura do Messias, que devia batizar
com o Espírito e com fogo. A pomba é
símbolo de suavidade e mansidão. Isso
nos mostra que, dependendo da atitude
do ser humano em relação à vontade
de Deus, Jesus pode ser a verdadeira
benignidade como também a severidade
(Rm 11.22).
Pense!
Jesus recebeu ao mesmo tempo
o título de Filho de Deus e Servo
Sofredor. Jovem, você sabe lidar
com situações de glória e de
humilhação?
Ponto Importante
A benignidade ou severidade de
Jesus está condicionada à atitude
do ser humano em relação à
vontade de Deus (Rm 11.22).
III – O BATISMO DE JESUS E O
BATISMO CRISTÃO
1. O modelo do batismo de João foi
adaptado pelo cristianismo. João Batista
não foi o primeiro a praticar o batismo
nas águas. Antes dele, os judeus bati-
zavam os prosélitos como símbolo de
uma natureza “purificada”. João Batista
propagava o batismo do arrependimento,
todavia o significado de arrependimento
para João não é o mesmo do batismo
cristão (At 18.24-26; 19.1-7). O batismo
de João era uma preparação para o
batismo que Jesus iria instituir depois
de sua morte e ressurreição. Jesus é o
Cordeiro de Deus, para justificação de
todo aquele que crê e depois da sua
morte e ressurreição, todos que nEle
creem devem ser batizados em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo
(Mt 28.20).
Em Mateus, João Batista aparece
pregando o “batismo de arrependimento
para remissão de pecados”, enquanto
Jesus entra com um discurso do Reino:
“Arrependei-vos, porque está próximo o
Reino dos céus”. Para a pessoa participar
do batismo, é preciso crer na obra vicária
de Cristo para ser justificada somente
depois disso vem o batismo (At 2,41). O
batismo é um símbolo da justificação já
realizada por Jesus Cristo.
2. O batismo é uma ordenança de
Cristo e não um sacramento. Segun-
do a doutrina católica, as obras são
essenciais para a justificação assim
como o “sacramento do batismo”. Tais
argumentos repetem a mesma defesa
dos judeus com relação à circuncisão
como meio de justificação. Em Roma-
nos 4.9-15, Paulo questiona tal prática e
chama de hipócrita quem se gloria de
obras e sinais externos. Paulo afirma que
Para a pessoa participar do
batismo, é preciso crer na
obra vicária de Cristo para ser
justificada somente depois
disso vem o batismo.
JOVENS 23
Abraão foi justificado antes da instituição
da circuncisão, tornando irrefutável a
afirmação de que a circuncisão não era
requisito para a justificação.
O batismo cristão é a ordenança
de Jesus proferida pouco antes de sua
ascensão, mas a justificação se dá me-
diante a fé no Filho de Deus (Mt 28.19,20).
Jesus deu orientações explícitas de
que as pessoas convertidas devem ser
batizadas em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo. Porém, somos salvos
pela fé em Jesus, pela sua graça e não
pelo batismo em si. O batismo sem fé
nenhum valor tem.
3. O batismo cristão ilustra a morte e
ressurreição de Cristo. O crente, pela fé
em Cristo, torna-se justo diante de Deus e
o velho homem é com Jesus crucificado,
fazendo surgir uma nova criatura (Rm 6.6;
2 Co 5.17). O batismo nas águas é um
ato público para atender uma ordenança
que formaliza, simbolicamente, o que já
ocorreu: o sepultamento do velho homem
(Cl 2.12). O batismo nas águas é uma bela
representação da nova posição do salvo
em Cristo, morto para o pecado (debaixo
das águas), justificado e reconciliado
com Deus (ao sair das águas). Portanto,
o batismo cristão é um ato público que
simboliza a justificação ocorrida por meio
da fé em Cristo.
Pense!
Se o próprio Jesus, que não tinha
pecado, se submeteu ao batismo
de João, por que ainda há jovens
que resistem o batismo?
Ponto Importante
O batismo nas águas é a
ordenança de Jesus, um ritual
que simboliza que um pecador
justificado está confessando, em
público, sua fé em Cristo.
“O batismo de Jesus marca o início
de seu ministério. João Batista esta-
va chamando os ouvintes para um
batismo de arrependimento. Jesus,
no entanto, não tinha pecados dos
quais se arrepender. Mas Ele, graças
à sua submissão ao batismo de João
Batista, demonstrou sua identificação
com a humanidade pecaminosa. A
descida do Espírito Santo em forma
de pomba e as palavras de aceitação
do Pai que acompanharam o batismo
representaram a aprovação de Deus
do ministério que se seguiria. [...] No
batismo de Jesus, Deus o confirmou
como seu Filho e encheu-o com seu
Espírito (Mt 3.13-17), capacitando-o
para sua missão” (Guia Cristão de
Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013, p. 436).
SUBSÍDIO
ANOTAÇÕES
ESTANTE DO PROFESSOR
HORA DA REVISÃO
1.	Como Mateus descreve a aparição de João Batista?
Mateus descreve a aparição de João Batista diretamente no deserto.
2.	Qual o significado do verbo “cumprir” que aparece em alguns textos de Mateus,
como exemplo, Mateus 1,22; 2.15?
O verbo cumprir que aparece também em textos de Mateus significa concor-
dância da vontade de Deus com o que está acontecendo no ministério de Jesus,
que fora previamente declarado nas Escrituras.
3.	Segundo a lição, qual era a missão de Jesus?
A missão de Jesus era salvar e purificar os que o aceitam pela fé e o recebem
como seu único Salvador.
4.	Por que o batismo é considerado uma ordenança e não um sacramento?
Porque o batismo cristão é a ordenança de Jesus proferida pouco antes de sua
ascensão, mas a justificativa se dá mediante a fé no Filho de Deus e não pelas obras.
5.	De acordo com a lição, como relacionar o batismo nas águas e a nova posição
do salvo em Cristo?
O batismo nas águas é uma bela representação da nova posição do salvo em
Cristo, morto para o pecado (debaixo das águas), justificado e reconciliado com
Deus (ao sair das águas).
CONCLUSÃO
Jesus demonstrou sua humildade e obediência, ao que estava predito nas
Escrituras, ao se submeter ao batismo de João Batista, mesmo não tendo
pecado. O batismo de Jesus foi acompanhado de sinais, comprovando que
Ele era o Filho de Deus.
MARK, Daver. A Mensagem do Novo Testamento:
Uma exposição teológica e homilética. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009.
JOVENS 25
L I Ç Ã O
4
A TENTAÇÃO
DE JESUS
TEXTO DO DIA
“Então, o diabo o deixou;
e, eis que chegaram os
anjos e o serviram.”
(Mt 4.11)
SÍNTESE
A narrativa da tentação de
Jesus enaltece a importância
do conhecimento e do uso
da Palavra de Deus contra os
ataques do Inimigo.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Êx 16.3-8
Os hebreus tentaram a Deus no
deserto com suas murmurações
TERÇA – Dt 8.3
Jesus rebate a primeira tentação
do Diabo
QUARTA – Sl 91
Deus promete proteger o justo
QUINTA – Dt 6.16
Jesus rebate a segunda tentação
do Diabo
SEXTA – Sl 24.1
Do Senhor é a terra
SÁBADO – Mt 4.10
Jesus rebate a terceira tentação
do Diabo
28/01/2018
OBJETIVOS
1.	MOSTRAR a tentação dos hebreus no deserto;
2.	EXPLICAR a tentação do uso do Templo para explo-
ração;
3.	CONSCIENTIZAR a respeito dos perigos do uso inde-
vido do poder.
INTERAÇÃO
É importante que você faça, a cada aula, um planejamento.
Todo planejamento deve ter os objetivos específicos e
para que eles sejam elaborados é preciso que o professor
conheça bem as características específicas de seus alunos.
O planejamento também deve ter três componentes
essenciais do processo ensino-aprendizagem: o método,
os recursos didáticos, a avaliação e o tempo que será
utilizado para cada atividade. Caso você não saiba como
elaborar um plano de aula, procure fazer uma pesquisa
na internet a respeito desse tema ou consulte algumas
obras a respeito de didática. Você vai encontrar um
vasto material e diferentes modelos de plano de aula
que vão auxiliá-lo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), sugerimos que para a aula de hoje você
separe três grupos. Cada grupo ficará responsável em
ler, estudar e apresentar um dos tópicos da lição. Escolha
em cada grupo um líder para conduzir as conversas.
Cada grupo terá o tempo estimado de 1o minutos para
discutir o tópico e dez minutos para apresentá-lo para a
turma. Você deverá ser o moderador da turma e fazer as
considerações finais. O tempo sugerido/estimado serve
apenas como referência, você deverá adaptar de acordo
com o tempo disponibilizado pela sua superintendência
de Escola Dominical e o número de alunos.
JOVENS 27
I - A TENTAÇÃO DOS HEBREUS
NO DESERTO
1. A relação de Mateus 4.1-4 com a
caminhada dos israelitas no deserto.
Existe uma relação direta entre a narrativa
de Mateus 4.1-11 e a narrativa da travessia
dos hebreus pelo deserto, em especial
nos capítulos 6, 7 e 8 de Deuteronômio.
O texto de Mateus
4.1-11 está diretamente
relacionado ao livro de
Deuteronômio, que narra
a história dos hebreus
enquanto caminhavam
no deserto rumo à Terra
Prometida. A única exce-
ção é o Salmo 91.11,12.
Conhecer as Escrituras
foi fundamental para as
respostas de Jesus ao
Adversário. Ele reage
cada tentação citando
a Palavra de Deus e
Mateus 4.1-11
1 	 Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito
ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2 	 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta
noites, depois teve fome;
3 	 E, chegando-se a ele o tentador, disse:
Se tu és o Filho de Deus, manda que
estas pedras se tornem em pães.
4 	 Ele,porém,respondendo,disse:Estáescrito:
Nem só de pãoviverá o homem, mas de
toda a palavra que sai da boca de Deus.
5 	 EntãoodiabootransportouàCidadeSanta,
e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6 	 e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus,
lança-te daqui abaixo; porque está es-
crito: Aos seus anjos dará ordens a teu
respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para
que nunca tropeces em alguma pedra.
7 	 Disse-lhe Jesus: Também está escrito:
Não tentarás o Senhor, teu Deus.
8 	 Novamente, o transportou o diabo a um
monte muito alto; e mostrou-lhe todos
os reinos do mundo e a glória deles.
9 	 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, pros-
trado, me adorares.
10 	Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás,
porque está escrito:Ao Senhor, teu Deus,
adorarás e só a ele servirás.
11 	Então, o diabo o deixou; e, eis que
chegaram os anjos e o serviram.
INTRODUÇÃO
As pessoas tendem a acreditar
que a tentação de Jesus foi apenas
momentânea. No entanto, Ele foi
tentado pelo Diabo durante toda
a sua vida terrena.
Segundo o Evangelho de Mateus,
a primeira tentação de Jesus está
relacionada com as necessidades
desustentomaterialetemconexão
com o povo hebreu na travessia do
deserto.Aúltimaestárelacionadaà
idolatria. Tal tentação nos mostra o
risco que corremos ao dar lugar ao
impulsodesedesfrutardasglóriasdo
mundo,emdetrimentodaadoração
a Deus. Precisamos estar atentos.
TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
28 JOVENS
extraindo o princípio de cada passagem
mencionada. É recomendado estudar a
tentação de Jesus em paralelo com os
textos de Deuteronômio.
2. A tentação de Israel no deserto
durou 40 anos. A tentação de Jesus se
assemelha ao Haggadah, um dos mais
importantes textos da tradição judaica.
No início da Páscoa, judeus de todos os
cantos da Terra se reúnem para lê-lo ao
redor da mesa. Ele contém a narrativa
do êxodo do Egito. Uma celebração da
passagem dos israelitas da escravidão
para a liberdade, passando pelo deserto.
Os hebreus saíram da escravidão do
Egito, onde abundava a injustiça, com a
incumbência de criar uma sociedade justa
na terra que o Senhor os mandaria. Eles
tiveram, necessariamente, de passar pelo
deserto e permanecer nele por 40 anos,
porém muitos dentre o povo, diante das
condições adversas do deserto, coloca-
ram em dúvida a proteção e o cuidado
de Deus, tentando-o por diversas vezes
(Êx 16.3-8). Por isso, a maioria das pessoas
que saíram do Egito não entrou na Terra
Prometida. Aprendemos que o deserto é
lugar de fome (Mt 4.2-4), porém também
é lugar de provisão, aliança, purificação e
encontro com Deus (Êx 19.1-19; Os 2.14).
3. A tentação de Jesus no deserto
por 40 dias. Os quarenta dias de jejum
de Jesus recordam os quarenta anos de
Israel no deserto. O jejum por 40 dias não
era uma inovação, pois Moisés (Êx 24.18)
e Elias (1Rs 19.8) também jejuaram este
mesmo tempo. O número 40 é utilizado
várias vezes na Bíblia (Gn 7,4,12; Êx 24.18;
Dt 9. 9) e quando se refere a dias ou anos
pode significar um período necessário e
suficiente para determinada ação.
Jesus foi desafiado, como Filho de
Deus, a fazer uso de seus atributos di-
vinos para satisfazer suas necessidades
humanas, mas Ele rebate a tentação
utilizando a Palavra de Deus. Enquanto
o povo hebreu murmura contra Deus por
causa da fome, Jesus segue submisso a
Deus a fim de cumprir sua missão.
Pense!
O povo hebreu e Jesus respon-
deram de forma diferente diante
das tentações no deserto. E você,
como se comporta quando passa
pelo deserto, pelas provações?
Ponto Importante
Conhecer as Escrituras foi
fundamental para as respostas
de Jesus ao Inimigo. A Palavra de
Deus é uma arma eficiente contra
as tentações.
II – A TENTAÇÃO DO USO DO
TEMPLO PARA EXPLORAÇÃO
1.Atentaçãodemercantilizarareligião
(Mt 4.5,6). O local da segunda tentação é
o lugar mais alto do Templo. O pináculo
demonstra a responsabilidade de estar
no ponto mais alto do poder religioso, e
quem assume tal“poder”precisa termuito
cuidado, pois também será tentado pelo
Diabo para usá-lo mal. O Inimigo cita o
Salmo 91, em que Deus promete proteger
o justo. No entanto, isso não querdizerque
o cristão será beneficiado em troca de sua
fidelidade. Infelizmente muitos pregam um
relacionamento mercantilcom Deus.Jesus
descartou esse procedimento afirmando
que os seus discípulos também passariam
por aflições (Jo 16.33).
A sociedade atual é consumista,
tendo como principais características
o imediatismo, e em resposta a essa
sociedade algumas instituições religio-
sas oferecem uma teologia consumista.
Promessas de experiências inovadoras,
JOVENS 29
com resultados imediatistas, em maior
quantidade e menor esforço. Em troca,
exigem a fidelização dos “consumidores
espirituais”, além de sua passividade,
cumplicidade e submissão cega. Essa
relação de poder beneficia somente
algumas pessoas, que não se interessam
pelos fiéis, mas pelo sistema de poder
que monopolizam. Diferente da teologia
pregada por Jesus, que privilegiava a
solidariedade, a vida em comunidade,
simples e sem excesso de consumo.
A mercantilização da sociedade tem
moldado práticas religiosas antiblíblicas
e prestado um serviço ao materialismo.
2. A tentação de fazer de Deus
um instrumento de ostentação. Em
uma das respostas de Jesus, Ele cita
Deuteronômio 6.16: “Não tentareis o
SENHOR, vosso Deus [...]”. O texto se
refere ao episódio ocorrido em Massá
(Êx 17.1-7), onde os israelitas tentaram a
Deus, exigindo que Ele provasse o seu
poder providenciando água para beber.
Infelizmente, muitos ainda acham que
podem determinar o que Deus deve
fazer. Muitos falsos profetas usam do
autoritarismo em supostas “visões e
revelações”, visando à manutenção dos
benefícios e interesses próprios. Eles
se apresentam como pessoas com o
suposto poder de manipular a ação
de Deus (“tentam” a Deus). Estes se
apresentam como pessoas de fé, mas
na realidade se comportam como ateus,
pois agem como se Deus não existisse
para julgar o seus atos pecaminosos.
3. As distorções que prejudicam o
cristianismo. A atuação dos falsos profe-
tas que querem mercantilizar a fé cristã
e a ideia erronea de “manipular a Deus”,
acabam por prejudicar o cristianismo e a
pregação da Palavra de Deus. Jesus curou
e libertou muitas pessoas, mas Ele nunca
tirou vantagem ou usou sua posição de
profeta para manipular as pessoas com
seus discursos. Mateus 7.28,29 afirma que
as multidões se maravilhavam com o seu
ensino e reconheciam sua autoridade
como divina, pois não estava baseada na
sua persuasão, mas no exemplo de vida.
Pense!
Jesus privilegiava a solidariedade,
o amor ao próximo e uma vida
sem excesso de consumo.
Ponto Importante
Jesus tinha autoridade e nunca
usou de suas qualificações em seu
benefício próprio.
III – A TENTAÇÃO DO USO INDE-
VIDO DO PODER
1. O poder dos impérios e reinos
deste mundo. A grande altura do monte
e a visualização de todos os reinos dão
a sensação de poder. O ser humano
tem a tendência de desejar o poder; a
diferença é que alguns têm equilíbrio,
enquanto outros não se importam com
os meios para conquistá-lo.
2. O poder conquistado à custa da
opressão e exploração do povo não
provém de Deus. O texto dá a entender
que o Diabo domina os reinos do mundo,
pois ele tem a petulância de oferecê-los
a Jesus, como se estivessem em seu po-
der. Que mundo é esse? Provavelmente,
Mateus está falando do controle da vida
política, social, econômica e religiosa.
Portanto, um mundo que necessita da
intervenção divina para ser justo.
O Diabo tenta negociar esse poder,
mas Jesus rejeita e o vence. Sua vitória
final é na cruz, ou seja, no cumprimento
da sua missão e com o recebimento de
30 JOVENS
um corpo glorificado. O próprio Mateus
descreve que esse Jesus ressurreto
recebeu o poder e a autoridade, pois
é o Criador de todas as coisas. Esse
poder e autoridade são ilimitados,
pois é sobre a Terra e também sobre
o céu (Mt 28.18).
3. O poder idolátrico dos reinos deste
mundo. Todos aqueles que aguardavam
a promessa messiânica tinham sua
atenção voltada para a cidade de Sião.
Essa atenção e centralidade estavam
relacionadas com o fato de Sião ser um
centro de adoração de todos os povos
e um lugar de bênçãos. Um reino com
o poder de prover as necessidades dos
povos do mundo, com certeza receberia
as “glórias” desses povos. Tal poder era
e é realmente tentador. Com a tentação
de Jesus também podemos aprender
que mesmo alguém que pensa no bem
do próximo também pode ser tentado
a receber glórias para si. Por isso, a im-
portância de se estar em sincronia com
Deus e sua vontade.
Jesus estava estava totalmente
comprometido em cumprir a vontade do
Pai, mesmo que fosse necessário sofrer
dores, perseguição e morrer na cruz. A
cruz de Cristo deve ser o real motivo
pelo qual realizamos a obra de Deus.
Pense!
Por que muitas pessoas que
iniciam seu ministério na obra de
Deus com amor e lealdade, com
o aumento do “poder” e da fama,
acabam por se perderem?
Ponto Importante
Jesus estava consciente que para
cumprir sua missão e os pro-
pósitos de Deus deveria trilhar
pacientemente o caminho da cruz
e não o da glória humana.
“Depois de seu batismo e afirmação
por Deus, Jesus foi levado para o
deserto pelo Espírito de Deus, e ali
jejuou por quarenta dias e noites.
Há um paralelo direto com Israel, o
povo de Deus, no Antigo Testamen-
to. Depois de eles atravessarem o
mar Vermelho (batismo) e fazerem
uma aliança com Deus (afirmação
da missão e identidade), os israelitas
passaram quarenta anos no deserto,
onde a fé e a obediência a Deus foram
testadas (Dt 8.2). Agora, o verdadeiro
Filho de Deus também tinha de ex-
perimentar esse teste, mas, de forma
distinta de Israel, Ele teria de confiar
perfeitamente no Pai e obedecer a
Ele de forma plena (Hb 4.15).
Mateus e Lucas registram três tenta-
ções específicas que Satanás apre-
sentou a Jesus; ainda assim, nosso
Salvador, em cada caso, resistiu ci-
tando versículos de Deuteronômio
(8.3;6.16,13). As tentações de Satanás
levaram os primeiros seres humanos a
duvidar da Palavra de Deus, mas Jesus
firmou-se na verdade da Palavra. Em
cada uma das tentações, Jesus foi
desafiado sobre a compreensão de
sua missão e identidade (‘Se tu és o
Filho de Deus [...]’). Primeiro, Satanás
tenta Jesus para que provesse pão
para si mesmo, mas Jesus responde
citando Deuteronômio 8.3. Os israeli-
tas no deserto murmuraram para ter
pão e, só de forma muito relutante,
confiaram na Palavra de Deus para
prover o maná que necessitavam”
(Guia Cristão de Leitura da Bíblia.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 81).
SUBSÍDIO
ANOTAÇÕES
ESTANTE DO PROFESSOR
HORA DA REVISÃO
1.	 Como Jesus reagiu a cada tentação?
Ele reagiu cada tentação citando a Palavra de Deus e extraindo o princípio de
cada passagem mencionada.
2.	De acordo com a lição, a tentação de Jesus se assemelha a quê?
A tentação de Jesus se assemelha ao Haggadah, um dos mais importantes
textos da tradição judaica.
3.	Quanto tempo durou a tentação de Jesus no deserto?
A tentação de Jesus no deserto durou 40 dias.
4.	O que representa a terceira tentação?
A tentação do uso indevido do poder.
5.	Segundo a lição, explique a centralidade em Sião.
Sião era um centro de adoração de todos os povos e um lugar de bênção.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que a fidelidade a Deus deve preceder a satisfação
pessoal e de bens materiais. Aprendemos também que Deus não pode ser
tentado pelo mal e seu nome não deve ser usado em benefício próprio.
Como crentes não devemos buscar a glória para nós, mas glorificar a Deus.
Precisamos estar sempre vigilantes, pois todos os cristãos passam pelo modelo
das tentações de Jesus e o caminho da vitória também é o mesmo: conhecer
a Palavra de Deus e fazer a vontade divina.
PEARLMAN, Myer. Mateus: O evangelho do
grande Rei. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
32 JOVENS
L I Ç Ã O
5
OS PRIMEIROS
DISCÍPULOS
TEXTO DO DIA
“E disse-lhes: Vinde após
mim, e eu vos farei
pescadores de homens.”
(Mt 4.19)
SÍNTESE
O chamado de Jesus e a
afirmação de que a seara
é grande e os ceifeiros são
poucos continuam atuais.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Mt 4.20,22
Chamados, os discípulos
obedeceram
TERÇA – Mt 4.24
A fama de Jesus correu por toda
a Síria
QUARTA - Mt 22,15,16
João Batista e os fariseus também
tinham discípulos
QUINTA - Jo 13.35
O amor identifica o discípulo de
Jesus
SEXTA - Mt 5.13
Os discípulos são o sal da terra
SÁBADO – Lc 6.40
“O discípulo não é superior a 		
seu mestre”
04/02/2018
JOVENS 33
OBJETIVOS
1.	MOSTRAR como se deu o chamado dos primeiros
discípulos;
2.	APRESENTAR o discipulado como estratégia de cres-
cimento;
3.	DISCUTIR a eficácia do ensino do Mestre.
INTERAÇÃO
Professor(a), você conhece a origem da palavra método?
Sabe definir tal vocábulo? A palavra método é de origem
grega, methodos e significa caminho ou via que se utiliza
para chegar a determinado fim. Para melhor compreen-
são, método é o caminho a ser seguido para alcançar os
objetivos propostos de uma aula. Assim sendo, primeiro
o professor(a) precisa definir o objetivo a ser alcançado.
Na sua revista, os objetivos já foram estabelecidos pelo
autor da lição, mas para que você alcance melhores
resultados é necessário adaptá-los com sua realidade.
É importante que você também diversifique a metodo-
logia a cada aula.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para a aula de hoje, sugerimos que você providencie
cópias do esquema abaixo e canetas. Reserve pelo menos
uns 15 minutos da aula para a atividade. Solicite que os
alunos formem grupos, e em seguida distribua as cópias
das folhas para os grupos e as canetas. Em grupo os alu-
nos vão preencher o quadro apresentando sugestões de
como implantar ações de discipulado para os jovens da
comunidade. Eles devem apontar também as possíveis
dificuldades e como solucioná-las.
DISCIPULADO PARA JOVENS
MEDIDAS DIFICULDADES
COMO
RESOLVER?
34 JOVENS
Mateus 4.18-25
18 	E Jesus, andando junto ao mar da Ga-
lileia, viu dois irmãos, Simão, chamado
Pedro, e André, os quais lançavam as
redes ao mar, porque eram pescadores.
19 	E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos
farei pescadores de homens.
20	Então, eles, deixando logo as redes,
seguiram-no.
21	 E, adiantando-se dali, viu outros dois
irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João,
seu irmão, num barco com Zebedeu,
seu pai, consertando as redes; e cha-
mou-os.
22 	Eles, deixando imediatamente o barco
e seu pai, seguiram-no.
23 	E percorria Jesus toda a Galileia, ensi-
nando nas suas sinagogas, e pregando
o evangelho do Reino, e curando todas
as enfermidades e moléstias entre o
povo.
24 	E a sua fama correu por toda a Síria;
e traziam-lhe todos os que padeciam
acometidos de várias enfermidades
e tormentos, os endemoninhados,
os lunáticos e os paralíticos, e ele os
curava.
25	E seguia-o uma grande multidão da
Galileia, de Decápolis, de Jerusalém,
da Judeia e dalém do Jordão.
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
Ninguém pode fazer a obra de
Deus sozinho, por isso Jesus, o
Filho de Deus, chamou alguns dis-
cípulos para estar mais próximos
e ajudarem em seu ministério.
O Mestre investiu tempo para
preparar estes primeiros discí-
pulos, a fim de que eles dessem
continuidade à sua missão depois
da sua partida.
Jesus comissionou os primei-
ros discípulos e começou o seu
ministério de evangelização na
região da Galileia, logo que soube
que João estava preso. O início da
pregação na região da Galileia e a
preparação dos discípulos foram
fundamentais para a expansão do
Evangelho.
COMENTÁRIO
I – CHAMADOS PARA SEREM
PESCADORES DE HOMENS
1. O discípulo recebia formação
aos pés do seu mestre. A escolha do
discípulo era de grande
responsabilidade, pois
ele seria o sucessor do
mestre para discipular
as futuras gerações. No
judaísmo, o discípulo
era alguém formado aos
pés de um rabi, o mes-
tre religioso, portanto
era algo honroso, mas
acompanhado de gran-
de responsabilidade.
João Batista e os fari-
seus também tinham
grupos de discípulos
(Mt 22,15,16; Mc 2.18).
JOVENS 35
Para ser convocado pelo mestre, o
discípulo deveria apresentar algumas
qualificações, como por exemplo, ter
memorizado a Torá, além de possuir
potencial para se tornar um mestre
no futuro. Ele também precisava ser
próximo de seu mestre, pois a partir
da escolha deveriam ter uma vida
em comum por um longo período. A
princípio pode parecer que Jesus não
teve o devido cuidado na escolha dos
primeiros discípulos. O texto descreve a
escolha a partir de um encontro casual
e repentino, durante uma caminhada
junto ao mar. Por isso, a necessidade
de analisar esta narrativa de Mateus em
conjunto com os demais Evangelhos,
pois as informações se complementam.
Cada um dos evangelistas teve o seu
objetivo na hora de escrever os Evan-
gelhos, com destinatários específicos
e informações que seguiam também
as necessidades específicas.
2. A escolha dos discípulos. Quando
o chamado dos primeiros discípulos
é analisado em conjunto com outros
Evangelhos é possível perceber que
Jesus os conhecia antes de chamá-los
e os preparou depois da chamada. Dife-
rente do que aparenta a leitura isolada
de Mateus, João nos dá mais detalhes
a este respeito (Jo 1.35-56). André, o pri-
meiro discípulo a ser chamado já havia
abandonado o negócio de pescaria da
família para ser discípulo de João Batis-
ta e deve ter visto Jesus pela primeira
vez quando este foi batizado por João.
Quando ouve João dizer que Jesus era o
Cordeiro de Deus, ele segue a Jesus até
sua casa e passa o dia com o Mestre. No
dia seguinte André encontra seu irmão
Simão e o leva para conhecer Jesus
(Jo 1.41,42). No outro dia Jesus também
chama Filipe, que, também traz mais um
discípulo, Natanael. Os novos amigos e
discípulos de Jesus permanecem juntos
durante vários dias (Jo 2.12).
O lugar onde ocorreu o chamado dos
primeiros discípulos é motivo de contro-
vérsia entre alguns estudiosos dos Evan-
gelhos. Pois, a narrativa dos Evangelhos
pode dar impressões diferentes. Segundo
João parece que eles foram chamados
na Judeia, onde João pregava. Mas de
acordo com Mateus o local definido é
a Galileia. Os comentaristas geralmente
falam de duas chamadas, a primeira na
Judeia e a segunda e definitiva, pouco
depois, na Galileia quando Jesus iniciou
o seu ministério, após saber da prisão
de João Batista.
3. Ser discípulo exige fazer algumas
renúncias. O que caracteriza um verda-
deiro discípulo de Jesus? É a sua dispo-
sição para segui-lo, independente das
circunstâncias. A chamada dos discípulos
e a resposta imediata deles mostram
como se dá a verdadeira conversão. O
chamado de Jesus falou mais forte do
que os projetos pessoais e familiares
daquele grupo de homens.
Mateus mostra que os discípulos
abandonaram suas profissões para seguir
a Jesus, porém eles não abandonaram
seus familiares por completo (Mt 8.14,15;
20.20). Mas, uma coisa é certa, todas as
O chamado de Jesus falou
mais forte do que os projetos
pessoais e familiares
daquele grupo de homens.
36 JOVENS
pessoas que se propõe a seguir Jesus
terão que fazer algum tipo de renúncia
e mudar o estilo de vida.
Pense!
Os discípulos de Jesus tiveram
que fazer algum tipo de renúncia
para seguir a Jesus. Jovem, o que
você tem renunciado por Cristo?
Ponto Importante
O chamado para o exercício
do ministério é para pessoas
ocupadas e que estejam dispostas
a seguir Jesus, independente
das circunstâncias.
II – O DISCIPULADO COMO ES-
TRATÉGIA DE CRESCIMENTO
1. O início do ministério de Jesus e
a preparação dos discípulos. Jesus deu
início ao seu ministério terreno assim
que soube da morte de João. Ele retorna
para a Galileia, mas não se estabelece
em sua cidade natal, Nazaré, onde foi
rejeitado (Lc 4.29). Jesus se muda para
Cafarnaum, uma cidade marítima na
região de Zebulom e Naftali. Mateus faz
questão de enfatizar que Ele não fez isso
por acaso, mas para que se cumprissem
as Escrituras. Por isso, ele cita Isaías 9.1,2.
Uma predição de que os habitantes de
Zebulom e Naftali, que estavam em
trevas, veriam uma grande luz. Mateus
relê o texto de Isaías, apresentando
Jesus como essa grande luz que traria
a salvação para esse povo. A chamada
Galileia dos gentios estava em trevas,
distante de Deus e era um campo fértil
para conversões.
Jesus não foi para os grandes centros
da Judeia e nem comissionou os prin-
cipais rabinos e mestres de Jerusalém
para iniciar o seu ministério. Ele escolhe
discípulos da própria região, sem qua-
lificações de liderança. Mas investiu na
preparação deles.
A comitiva de Jesus saiu por toda a
Galileia pregando, ensinando e realizando
diversos milagres. Assim, os discípulos
vão sendo preparados “aos pés de Jesus”.
2. A difusão das Boas Novas pelos
discípulos. A estratégia de Jesus deu
grande resultado, pois as pessoas que
se convertiam se transformavam em
novos discípulos para anunciar as Boas
Novas. Jesus, como homem, não pode-
ria estar em vários lugares ao mesmo
tempo, mas poderia ser representado
pelos discípulos.
O envolvimento daqueles que eram
alcançados pela mensagem das Boas
Novas era tão grande que Mateus
registra que as pessoas da região da
Galileia, da Judeia, de Jerusalém, dalém
do Jordão, inclusive de Decápolis e da
Síria, foram alcançadas pelo Evangelho.
A mensagem de salvação ultrapassou
as fronteiras. E isso se deve ao en-
volvimento e testemunho dos novos
convertidos.
Os discípulos foram aprendizes e
testemunhas dos milagres de Jesus,
foram propagadores de sua mensagem
e instrumentos de Deus para cura dos
enfermos. A expansão do Reino de Deus
se deu com pessoas simples, porém
testemunhas do poder de Deus na
vida de Jesus. Eles propagavam com
eficácia a mensagem e os feitos de
Jesus nas ruas, casas e comércio, de
tal forma que milhares de pessoas se
convertiam e a cada dia aumentava o
grupo de discípulos.
3. A estratégia de discipulado de
Jesus continua atualizada. Ainda hoje,
algumas pessoas pensam que a res-
ponsabilidade pela propagação do
JOVENS 37
evangelho é somente dos líderes e
pregadores. Muitos estão acomodados
com a rotina de atividades dentro dos
templos. A evangelização deixou de ser
prioridade para alguns.
Jesus disse que veio para os doentes
e não para os sãos. A Igreja deve atuar
como um hospital, um local para acolher
os enfermos, mas para isso, precisa de
pessoas capacitadas e preparadas para
receber e tratá-los adequadamente.
A conversão é uma obra espiritual
realizada pelo Espírito Santo, mas fazer
discípulos é responsabilidade de cada
cristão. Essa era a estratégia de Jesus. As
pessoas que ouviam e testemunhavam
do poder de Deus eram estimuladas a
propagar as Boas-Novas em todos os
lugares, de forma simples e objetiva.
Com isso as conversões cresciam a cada
dia por meio do discipulado. A tarefa da
Igreja somente estará completa quando
o novo crente for integrado à vida da
Igreja e for capacitado para fazer novos
discípulos (2 Tm 2.2).
Pense!
Considerando que o discipulado
é responsabilidade de cada
cristão, jovem, qual tem sido a
sua contribuição?
Ponto Importante
Desde o início da Igreja o
discipulado tem sido a melhor
estratégia de crescimento, pois
desenvolve tanto o discipulando
como o discipulador.
III - A EFICÁCIA DO ENSINO DO
MESTRE (Mt 7.24-29)
1. A didática do Mestre. A eficácia
do ensino de Jesus era surpreendente,
pois Ele conseguia falar para um públi-
co grande e diversificado e mantê-los
atentos por horas. Ele fez uso de várias
ilustrações em seus sermões, pois elas
conduziam os seus ouvintes a imagi-
narem a cena citada de tal forma que
os discípulos se sentiam participantes
ativos.
2. Histórias utilizadas pelo Mestre.
Ao longo do Sermão do Monte, Jesus se
utiliza da parábola dos dois alicerces para
ressaltar a diferença entre aqueles que
ouvem a sua palavra e a pratica; e os que
somente a ouvem. Jesus mostra que a
primeira casa foi muito bem construída,
pois o seu construtor a estabeleceu
sobre um fundamento seguro, a rocha.
Jesus compara o construtor prudente à
pessoa que ouve os seus ensinos e os
coloca em prática. O Mestre ensina que
a nossa vida (nossa casa) é construída
mediante as nossas escolhas e que
estas vão interferir em nosso futuro.
Na segunda casa, o construtor utiliza a
areia como fundamento e tal ilustração
chama a atenção para as práticas dos
escribas, fariseus e os líderes religiosos
que viviam uma espiritualidade superficial
e hipócrita. Jesus mostra que a primeira
casa se manterá de pé, mesmo diante
das intempéries da vida, mas a segunda
será destruída. Sobre qual fundamento
você tem construído sua casa?
A tarefa da Igreja somente
estará completa quando o novo
crente for integrado à vida da
Igreja e for capacitado para
fazer novos discípulos.
38 JOVENS
3. O ensino de Jesus era único e
causava admiração (Mt 7.28,29). Apesar
de tudo que já foi escrito a respeito do
Mestre, o estudo de sua vida e obra con-
tinua edificando, exortando, consolando
seus discípulos e lhes causando admi-
ração. Por isso, não é de se estranhar o
entusiasmo das multidões ao ouvir seus
sermões (v.28).
Os métodos utilizados por Jesus em
seu ensino não eram novos; a grande
maioria era conhecida, principalmente
pelos mestres judeus. No entanto, a
maestria com que Ele os utilizava fazia
uma grande diferença no aprendiza-
do dos seus ouvintes e os deixavam
maravilhados. Porém, isso não era o
que mais impressionava e causava
admiração nos seus discípulos e na-
queles que o ouviam. O que chamava a
atenção do povo era a coerência entre
o que Jesus ensinava e o seu modo de
vida. Enquanto os escribas, fariseus e
demais líderes viviam de aparência e
falsas ostentações, o discurso de Jesus
era coerente com sua prática. Os anos
passam, mas seus ensinos continuam
admiráveis, inigualáveis e capazes de
transformar o mais vil pecador em filho
de Deus, tornando-o “um pescador de
homens” (Mt 4.19).
Pense!
Jovem, sobre qual dos
fundamentos citados por
Jesus, rocha ou areia, você está
construindo sua casa?
Ponto Importante
Jesus, com a sua metodologia
de ensino e com a sua
autoridade, fazia com que
multidões o ouvissem
voluntariamente por horas.
“Discípulo era um termo comum no
século I para uma pessoa que era
um seguidor compromissado de um
líder religioso, filosófico ou político. No
mundo judaico, o termo era particu-
larmente usado para os estudantes
de um rabi, o mestre religioso. Nos
Evangelhos, João Batista e os fariseus
tinham grupos de discípulos (Mc 2.18;
Mt 22.15,16). Esses discípulos, com
frequência, eram os alunos mais
promissores que passaram pelo sis-
tema de educação judaica — os que
já tinham memorizado as Escrituras
hebraicas e demonstraram o poten-
cial para aprender os ensinamentos
específicos dos rabis sobre a Lei e
os profetas a fim de que pudesse
ensinar isso a outros. Portanto, era
uma grande honra e responsabilidade
ser chamado por um rabi para ser seu
discípulo. Os discípulos aprenderam
os ensinamentos de seu rabi vivendo
com ele e seguindo-o aonde quer
que vá. Uma frase daquele tempo
descrevia os discípulos como aqueles
que ‘ficavam cobertos pela poeira do
rabi’, porque, literalmente, seguiam
de muito perto seus mestres” (Guia
Cristão de Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2013, p. 69).
SUBSÍDIO
ANOTAÇÕES
ESTANTE DO PROFESSOR
HORA DA REVISÃO
1.	 Segundo a lição, qual foi o local do chamado dos discípulos?
De acordo com Mateus o local definido é a Galileia.
2.	O que caracteriza um verdadeiro discípulo de Jesus?
É a sua disposição para segui-lo, independente das circunstâncias.
3.	De acordo com a lição, quando Jesus iniciou o seu ministério terreno?
Jesus deu início ao seu ministério terreno assim que soube da morte de João.
4.	A estratégia de discipulado de Jesus continua atualizada?
Sim. Ainda hoje, temos a responsabilidade de fazer discípulos.
5.	De quem é a responsabilidade de fazer discípulos?
De todos os crentes.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que Jesus escolheu os discípulos e investiu tempo
para capacitá-los a fim de que se tornassem discipuladores. Isso exigiu deles
renúncias pessoais, profissionais e até mesmo familiares. Aprendemos tam-
bém que o modelo de discipulado de Jesus continua atual e eficiente para o
crescimento da Igreja na atualidade.
Comentário Bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
40 JOVENS
L I Ç Ã O
6
OS DISCÍPULOS SÃO
COMISSIONADOS
POR JESUS
TEXTO DO DIA
“E, chamando os seus doze
discípulos, deu-lhes poder
sobre os espíritos imundos,
para os expulsarem e para
curarem toda enfermidade e
todo mal.” (Mt 10.1)
SÍNTESE
O Evangelho deve ser
proclamado, independente
da aceitação ou não
das pessoas.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Mt 10.1
O chamado dos 12 primeiros
discípulos
TERÇA - Mt 9.36
Jesus teve compaixão das
multidões
QUARTA – 2 Tm 2.3
Como bom soldado de Jesus
Cristo
QUINTA – Mt 10.14
Muitos não aceitam a mensagem
do Evangelho
SEXTA – Mt 10.15
As consequências da rejeição do
Evangelho
SÁBADO – Mt 4.17
A mensagem de arrependimento
11/02/2018
JOVENS 41
OBJETIVOS
1.	APRESENTAR os doze discípulos de Jesus e mostrar
como se deu o chamado deles;
2.	EXPLICAR os sinais e milagres que acompanham os
comissionados;
3.	CONSCIENTIZAR de que nem todos aceitam a men-
sagem do Reino.
INTERAÇÃO
A cada dia fica mais difícil para os professores(as) manter
o interesse e a atenção dos alunos durante toda a aula.
Tal fato se deve, em grande parte, ao uso exacerbado das
redes sociais. Mas, não é só o uso exagerado das redes
sociais. Infelizmente a falta de uma metodologia adequada
e o relacionamento com os jovens também contribuem
para que os alunos fiquem desatentos durante as aulas.
Por isso, dar aulas para os jovens, na atualidade, é um
desafio. Alguns jovens têm abandonado a Escola Dominical
por achar as aulas monótonas e cansativas. Por isso, é
importante que você elabore aulas participativas, ame
seus alunos e seja amigo(a) deles.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a) para a aula de hoje será necessário um pe-
queno investimento. De acordo com o número de alunos,
compre uma ou mais caixas de “BIS” ou outro chocolate
de sua preferência. Após a saudação inicial, calmamente,
pegue uma das caixas e, na frente dos alunos, abra um dos
BIS e comece a comê-lo lentamente. Não vai demorar e
alguém falará alguma coisa (vai pedir um ou vai reclamar,
entre outras atitudes). Continue comendo devagar até
acabar. Depois de comer o BIS pergunte se alguém ficou
com vontade de comer o chocolate. Provavelmente, a
maioria vai dizer que sim. Então, aproveite para mostrar
que existem também muitos jovens que estão desejo-
sos de conhecer Jesus, mas não tem ninguém que os
evangelize. Estes também estão só olhando sem poder
experimentar do Pão da Vida, Jesus. Mas, a salvação é
para todos. Em seguida, distribua o BIS para aos alunos.
42 JOVENS
Mateus 10.1-15
1 	 E, chamando os seus doze discípulos,
deu-lhes poder sobre os espíritos
imundos, para os expulsarem e para
curarem toda enfermidade e todo mal.
2 	 Ora, os nomes dos doze apóstolos são
estes: O primeiro, Simão, chamado
Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho
de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 	 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus,
o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e
Lebeu, apelidado Tadeu;
4 	 Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes,
aquele que o traiu.
5 	 Jesus enviou estes doze e lhes ordenou,
dizendo: Não ireis pelo caminho das
gentes, nem entrareis em cidade de
samaritanos;
6 	 mas ide, antes, às ovelhas perdidas da
casa de Israel;
7 	 e, indo, pregai, dizendo: É chegado o
Reino dos céus.
8 	 Curai os enfermos, limpai os leprosos,
ressuscitai os mortos, expulsai os de-
mônios; de graça recebestes, de graça
dai.
9 	 Não possuais ouro, nem prata, nem
cobre, em vossos cintos;
10	 nem alforjes para o caminho, nem duas
túnicas, nem sandálias, nem bordão,
porque digno é o operário do seu
alimento.
11 	E, em qualquer cidade ou aldeia em
que entrardes, procurai saber quem
nela seja digno e hospedai-vos aí até
que vos retireis.
12 	E, quando entrardes nalguma casa,
saudai-a;
13 	e, se a casa for digna, desça sobre ela a
vossa paz; mas, se não for digna, torne
para vós a vossa paz.
14 	E, se ninguém vos receber, nem escutar
as vossas palavras, saindo daquela casa
ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
15 	Em verdade vos digo que, no Dia do
Juízo, haverá menos rigor para o país
de Sodoma e Gomorra do que para
aquela cidade.
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
Jesus escolheu e preparou doze
homens para serem seus pri-
meiros discípulos. Depois de
comissionar e orientar quanto à
missão deles, o Mestre os revestiu
de poder para realizarem sinais
que comprovariam as Boas-No-
vas do Evangelho e a chegada do
Reino dos Céus.
A missão destes primeiros discí-
pulos era levar a paz a todas as
pessoas, expulsar os espíritos
imundos e curar as enfermidades
e todo mal (Mt 10.1). O Mestre
orienta os discípulos, mostrando
como deveriam proceder ao che-
gar e ao sair das casas ou cidades.
Jesus também ensina a respeito
das consequências que sofreriam
aqueles que não recebessem os
discípulos e nem escutassem as
suas palavras (Mt 10.14).
COMENTÁRIO
JOVENS 43
I – OS DOZE DISCÍPULOS EAPRO-
CLAMAÇÃO DO REINO DOS CÉUS
1. A preparação. Mateus dedica um
bom espaço do texto Sagrado para
trazer um dos principais discursos de
Jesus, conhecido como o Sermão do
Monte (Mt 5-7). Nele há auxílios para
quem se dispõe a ter uma vida solidi-
ficada na rocha e ser uma testemunha
do Reino.
Depois do Sermão do Monte, começa
então a segunda parte do Evangelho
de Mateus e no capítulo dez temos o
discurso de Jesus chamado de “Sermão
Missionário” (Mt 10).
Antes do comissionamento dos doze
discípulos, Mateus narra uma série de
sinais miraculosos realizados por Jesus
(Mt 8,9). Ele descreve um total de dez
curas e atos de poder realizados por
Jesus e a constatação de que o campo
de trabalho, a seara, é grande, mas que
poucos são os ceifeiros.
Tendemos a acreditar que os sinais
feitos por Jesus ninguém mais poderia
fazê-los, mas na verdade Ele estava
capacitando e treinando seus discípulos
para milagres ainda maiores. Je-
sus chamou os doze, os treinou
para depois comissioná-los.
2. O comissionamento dos
doze. Diferente do judaísmo
institucionalizado, Jesus escolhe
dentre o povo doze homens
comuns, simples e das mais
diversas origens. Entre eles
estavam pescadores, como
também membros de grupos
opostos (grupo dos zelotes —
coletor de impostos). Manter
um grupo de pessoas com
conhecimentos e perspectivas
tão diferentes em um grupo
coeso e eficiente exige esforço, paciência
e muito treinamento.
Os Evangelhos de Mateus, Marcos
e Lucas registram a eleição dos doze,
mas cada um dá uma ênfase diferente
(Mt 10.1-4; Mc 3.13-19; Lc 6.12-16). O que
coincide na lista sinótica e que todas
começam com Pedro, o líder, e termi-
na com Judas, o traidor. Diferente dos
demais evangelistas, Mateus coloca a
relação dos doze discípulos no início de
uma seção a respeito de missão.
Depois de um bom tempo juntos
e auxiliando Jesus a ensinar, curar e
expulsar demônios, agora os discípulos
recebem a incumbência de cumprir
a missão que lhes foi confiada sem a
supervisão direta do Mestre.
3. Compaixão para proclamar o
Reino dos Céus às ovelhas perdidas da
casa de Israel (Mt 10.5-7, 9,10). Um dos
principais exemplos que Jesus deixou
para seus discípulos é a compaixão
pelo povo sofrido da Galileia e sul da
Síria (Mt 9.35-38). O termo bíblico judaico
para compaixão era rahamin que tem
o significado de amor materno. Jesus
demonstra que é com esse amor que
os discípulos deveriam amar aqueles a
quem iriam anunciar o Evangelho.
Neste momento específico, a priorida-
de na evangelização eram as ovelhas per-
didas da casa de Israel (Mt 10.6). Esta era
uma estratégia específica e temporária.
Outra recomendação importante é que
os discípulos não deveriam se preocupar
em levar bens materiais ou riquezas (Mt
10.9,10). Quem está trabalhando na Seara
do Mestre deve agir como um soldado
(2 Tm 2.3,4), pois quando o combatente é
convocado e vai para uma guerra ele só
pode carregar suas armas e o essencial
para sua sobrevivência.
44 JOVENS
Pense!
Você que já teve um encontro
sincero com Cristo e a vida
transformada por Ele, já sentiu
compaixão por aqueles que estão
desgarrados e errantes?
Ponto Importante
Antes de comissionar os
discípulos, Jesus os capacitou. Ele
investiu seu tempo e paciência
para ensiná-los como deveriam
cumprir a missão que lhes foi
confiada.
II – SINAIS E MILAGRES ACOM-
PANHAM OS COMISSIONADOS
(Mt 10.1,8)
1. Os discípulos recebem poder.
Jesus não tinha ciúmes ou medo de que
seus discípulos se sobressaíssem, pois
sua visão era de crescimento do Reino
dos Céus. Seu objetivo era a libertação
dos oprimidos e enfermos. Aprende-
mos com o Mestre que quando o líder
investe em seus subordinados e estes
cumprem sua missão com êxito, o líder
que os instruiu também é honrado. Este
é o segredo da boa liderança, investir e
treinar bem os liderados. Mateus afirma
que Jesus deu poder aos discípulos
para expulsar os espíritos imundos e
curar toda espécie de enfermidades.
A autoridade para realizar os sinais foi
transferida de Jesus para os discípulos.
Eles receberam o poder diretamente do
Filho de Deus, como parte integrante
do plano divino de anunciar a salvação.
Os doze receberam uma grande res-
ponsabilidade acompanhada de uma
grande honra.
2. A mensagem dos discípulos de-
veria ser a mesma de Jesus. A pregação
dos discípulos deveria ser a mesma
de Jesus (Mt 4.17), mas além da men-
sagem do Reino, eles necessitariam
atender quatros imperativos: “curai os
enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai
os mortos e expulsai os demônios” (Mt
10.7,8). Como representantes de Cristo,
os discípulos estariam desafiando o
poder imperial romano e religioso, por
isso, estariam também correndo perigo,
como o Mestre deles.
Acompanhar Jesus de perto e ser
um discípulo era um privilégio e uma
honra, mas também exigia disciplina
e responsabilidade. Por isso, o Mestre
relaciona uma série de recomendações
a seus discípulos, dispostos a proclamar
o Evangelho (Mt 10.7-17).
3. Os discípulos não poderiam uti-
lizar o poder recebido em benefício
próprio. Os discípulos haviam recebido
poder para realizar sinais em nome de
Jesus, mas também receberam uma
advertência séria, pois não poderiam
usar o poder recebido em benefício
próprio, ou ter pagamento algum em
troca. Eles receberam o poder de graça
e de graça deveriam anunciar o Reino
dos Céus.
Pense!
Jesus investiu no preparo de seus
discípulos, mas eles tiveram que
se dispor para aprender. Jovem,
você tem essa mesma disposição?
Jesus deu poder aos discípulos
para expulsar os espíritos
imundos e curar toda espécie
de enfermidades.
JOVENS 45
Ponto Importante
Os discípulos foram honrados ao
serem comissionados, a exemplo
de grandes figuras do povo de
Israel do passado, como Moisés,
Davi, Isaías e Jeremias.
III – NEMTODOSACEITAMAMEN-
SAGEM DO REINO (Mt 10.11-15)
1. A paz de Deus. Os discípulos são
recomendados a oferecer a paz de
Cristo a “todas as ovelhas perdidas da
casa de Israel” (v.6). No contexto, a casa
considerada digna é aquela em que o
proprietário recebe voluntariamente a
oferta da paz por meio do Evangelho.
Nesse caso, se convidado, o discípulo
deveria entrar e se hospedar o tempo
necessário para anunciar as Boas-Novas.
Na cultura atual é difícil entender essa
prática de se hospedar pessoas desco-
nhecidas, mas na época de Jesus era
algo bem comum. O fato de depender
da boa vontade das pessoas para se
hospedar de forma gratuita na casa de
um desconhecido também exigia humil-
dade dos discípulos, pois nem todas as
pessoas têm essa propensão e se propõe
a fazer isso. Por isso, a necessidade da
ação do Espírito Santo na vida daqueles
que realmente estão comprometidos
com o Reino dos Céus.
2. Lidando com a rejeição. Jesus
orientou os discípulos mostrando
que algumas pessoas iriam rejeitar
o Evangelho e ignorá-los. O próprio
Jesus era um exemplo de rejeição e
submissão a situações de humilhação.
Todavia, também era um exemplo
a ser seguido, pois não desanimava
diante dessas dificuldades e mantinha
seu propósito de fazer a vontade de
Deus. No versículo (v. 14) aparece uma
expressão que não é costumeira para
a cultura contemporânea: “sacudi o pó
dos vossos pés”. Tal declaração é uma
forma de demonstrar que o proprietário
da casa visitada, que rejeitou o Evan-
gelho, é responsável pela sua atitude.
Jesus estava preparando os discípulos
para que eles aprendessem a lidar
com as rejeições sem se magoarem e
perderem o propósito, pois cada um é
responsável pelas suas escolhas.
3. Não desanime diante da recusa
das pessoas. O crente não deve desa-
nimar quando as pessoas rejeitarem a
pregação do Evangelho. Quem rejeita
hoje poderá aceitar amanhã, pois as
pessoas mudam, as condições e as
experiências também. Quem convence
o homem do pecado, da justiça divina
e do juízo é o Espírito Santo, a nós cabe
somente anunciar o plano da salvação,
orar pelos enfermos e os oprimidos do
Diabo. Infelizmente, haverá pessoas
que nunca aceitarão a mensagem da
salvação. O discípulo que passa por
uma experiência dessas, não deve achar
que ele é o responsável pela recusa da
pessoa. Não devemos nos preocupar,
de forma demasiada, pelas decisões
erradas das pessoas, pois o crente não
pode mudar ninguém e nem impor às
pessoas a salvação, mas oferecê-la
gratuitamente e com amor.
Pense!
Jovem, qual o seu
comprometimento com a missão
evangelizadora da Igreja?
Ponto Importante
A salvação é oferecida
gratuitamente a todas as pessoas e
não deve ser imposta. Cada pessoa
é responsável pelas suas escolhas.
46 JOVENS
“Evangelização e responsabilidade
social
O nosso próximo é uma pessoa, um
ser humano, criado por Deus. E Deus
não o criou como uma alma sem corpo
(para que pudéssemos amar somente
sua alma), nem como um corpo sem
alma (para que pudéssemos preo-
cupar-nos exclusivamente com seu
bem-estar físico), nem tampouco com
um corpo-alma em isolamento (para
que pudéssemos preocupar-nos com
ele somente como um indivíduo, sem
nos preocupar com a sociedade em
que ele vive). Não! Deus fez o homem
um ser espiritual, físico e social. Como
ser humano, o nosso próximo pode ser
definido como ‘um corpo-alma em
sociedade’. Portanto, a obrigação de
amar o nosso próximo nunca pode ser
reduzida para somente uma parte dele.
Se amarmos o nosso próximo como
Deus o amou (o que é mandamento
para nós), então, inevitavelmente,
estaremos preocupados com o seu
bem-estar total, o bem-estar do seu
corpo, da sua alma e da sua socieda-
de. [...] É verdade que o Senhor Jesus
ressurreto deixou a Grande Comissão
para a sua Igreja: pregar, evangelizar e
fazer discípulo. E esta comissão é ainda
a obrigação da Igreja. Mas a comissão
não invalida o mandamento, como se
‘amarás o teu próximo’ tivesse sido
substituído por ‘pregarás o Evangelho’.
Nem tampouco reinterpreta amor ao
próximo em termos exclusivamente
evangelísticos” (STOTT, John R. W.
Cristianismo Equilibrado. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, p.60,61).
“Mateus 10.6:
‘As ovelhas perdidas da casa de Israel’,
as ovelhas, as que estão perdidas, são
mencionadas aqui pela primeira vez
em Mateus. Jesus está expressando
compaixão e não censura. John Bebgel
comenta que Jesus diz ‘perdido’ e
assemelhados mais frequentemente
do que ‘desviado’ e assemelhados. ‘Se
a nação judaica pudesse ser levada
ao arrependimento o novo tempo
despontaria’.
Mateus 10.14:
‘Sacudi o pó dos vossos pés’. ‘Sacudir’,
um gesto vigoroso de desfavor. Os
judeus tinham preconceitos ardentes
contra as menores partículas do pó pa-
gão. A questão não era a existência de
germes no pó. Tal fato não se conhecia
na época. Os judeus consideravam
que qualquer coisa relacionada aos
gentios estava contaminada com a pu-
trescência da morte. Se os apóstolos
fossem maltratados, eles tinham de
tratar os impiedosos donos da casa
como se eles fossem gentios (cf. Mt
18.17; At 18.6) Essa instrução também
era restrita a esta excursão, com seus
perigos peculiares” (ROBERTSON, A.
T. Comentário Mateus & Marcos: À luz
do Novo Testamento Grego. 1.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2016, p. 118).
SUBSÍDIO 1 SUBSÍDIO 2
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Revistas ebd jovens - 1º Trimestre - 2017,

  • 1.
  • 2.
  • 3. Lição 1 O EVANGELHO DE MATEUS 3 Lição 2 O NASCIMENTO DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE MATEUS 11 Lição 3 O BATISMO DE JESUS 18 Lição 4 A TENTAÇÃO DE JESUS 25 Lição 5 OS PRIMEIROS DISCÍPULOS 32 Lição 6 OS DISCÍPULOS SÃO COMISSIONADOS POR JESUS 40 Lição 7 O PERIGO DA FALSA RELIGIOSIDADE 48 Lição 8 A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALÉM 56 Lição 9 ACERCA DAS ÚLTIMAS COISAS 64 Lição 10 O CRISTO CRUCIFICADO: ESTÁ CONSUMADO 72 Lição 11 A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO 80 Lição 12 A ORDEM SUPREMA DE CRISTO JESUS 88 SEU REINO NÃO TERÁ FIM Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus Comentarista: Natalino das Neves 1º trimestre 2018 L i ç õ e s B í b l i c a s 1º trimestre 2018
  • 4. 2 JOVENS Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil José Wellington Costa Junior Conselho Administrativo José Wellington Bezerra da Costa Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho Consultoria Doutrinária e Teológica Antonio Gilberto e Claudionor de Andrade Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva Gerente Comercial Cícero da Silva Gerente da Rede de Lojas João Batista Guilherme da Silva Chefe de Arte & Design Wagner de Almeida Chefe do Setor de Educação Cristã César Moisés Carvalho Comentarista Natalino das Neves Redatora Telma Bueno Projeto, diagramação e capa Suzane Barboza Fotos Shutterstock CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS Comunique-se com a redatora da revista de Jovens Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu CEP: 21852-002 - Rio de Janeiro/RJ Por e-mail: telma.bueno@cpad.com.br RIO DE JANEIRO CPAD Matriz Av. Brasil, 34.401 - Bangu - CEP21852-002 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2406-7373 - Fax: (21) 2406-7326 E-mail: comercial@cpad.com.br Telemarketing 0800-021-7373 Ligação gratuita Segunda a sexta: 8h às 18h - Sábado de 8h às 14h. Livraria Virtual http://www.cpad.com.br Seu Reino não Terá Fim Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus Com a graça do Senhor, estamos ini- ciando um novo ano e um novo trimestre. Começaremos estudando o primeiro dos Evangelhos Sinóticos, cujo escritor foi Mateus, um cobrador de impostos, desprezado por muitos, mas escolhido e vocacionado por Jesus para ser um dos seus doze discípulos. O público-alvo dele eram os judeus, por isso, encontramos no seu texto várias referências ao Antigo Testamento. O objetivo de Mateus era mostrar aos judeus que Jesus Cristo era o Messias que havia sido prometido desde o Jardim do Éden e anunciado pelos profetas. Por isso, ele inicia apresentando a genealogia de Jesus Cristo. Mateus se preocupa em mostrar que Jesus era descendente de Abraão e da família de Davi. O Evangelho de Mateus mostra que Deus cumpriu sua promessa de redenção ao enviar Jesus, nosso Salvador! O Filho de Deus veio ao mundo, implantou o seu Reino, curou os doentes, ensinou às pessoas, morreu na cruz e ao terceiro dia ressuscitou. Ele está vivo! Seu Reino jamais terá fim e em breve voltará para arrebatar a sua Igreja e todos os que pertencem, pela fé, a Ele. Essa é a nossa real esperança! QueJesus, o Filho de Deus, o abençoe. Até o próximo trimestre! Os Editores.
  • 5. JOVENS 3 L I Ç Ã O 1 O EVANGELHO DE MATEUS TEXTO DO DIA “Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão.” (Mt 1.1) SÍNTESE O objetivo principal do Evangelho de Mateus é mostrar que Jesus é o Messias que foi anunciado pelos profetas no Antigo Testamento. AGENDA DE LEITURA SEGUNDA – Mt 1.1 Jesus é da descendência davídica TERÇA – Mt 1.2 A genealogia de Jesus começa por Abraão QUARTA – Mt 1.16 A descendência davídica de Jesus é herdada por meio de seu pai terreno, José QUINTA – Mt 5.17 Jesus veio para cumprir a Lei e os profetas SEXTA - Mt 16.18 Mateus é o único dos evangelistas que menciona a Igreja SÁBADO – Mt 28.18-20 A Igreja é chamada para cumprir as ordenanças de Jesus 07/01/2018
  • 6. 4 JOVENS ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Sugerimos que antes de iniciar o trimestre você faça a leitura de todo o Evangelho de Mateus. Procure também ler todas as lições da revista. Depois, a cada semana estude a lição específica que vai lecionar. Se possível, consulte outras obras que tratem a respeito do tema e prepare um esboço da lição destacando os pontos principais de cada tópico em forma de frases. Se possível, a cada aula, elabore apresentações em PowerPoint ou outro software de apresentação que você disponha. Durante a aula, jamais leia a revista. Apresente os principais pontos e incentive a participação de todos. Aproveite o início do trimestre para estimular os alunos a estudarem previamente a lição em suas casas. INTERAÇÃO Professor(a), com a graça de Deus estamos iniciando um novo ano e um novo trimestre. Estudaremos o Evangelho de Mateus. Esse Evangelho foi o que mais influenciou a história da igreja cristã. É importante que você busque obter um bom comentário a respeito do Evangelho de Mateus. Sugerimos o Comentário de Mateus & Marcos: À luz do Novo Testamento Grego, da CPAD. Sugerimos também que você adquira o livro de apoio do trimestre, pois ele amplia o conteúdo de cada lição. Antes de iniciar a lição em classe, apresente o comenta- rista do trimestre: Natalino das Neves, pastor auxiliar na IEADC (Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Curitiba), Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR. OBJETIVOS 1. PONTUAR a autoria, a data e a relação sinótica do Evangelho de Mateus; 2. APRESENTAR a genealogia de Jesus em Mateus; 3. EXPOR a teologia do Evangelho de Mateus.
  • 7. JOVENS 5 Mateus 1.1-17 1 Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão. 2 Abraão gerou a Isaque, e Isaque gerou a Jacó, e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos, 3 e Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá, e Perez gerou a Esrom, e Esrom gerou a Arão. 4 Arão gerou a Aminadabe, e Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom, 5 e Salmom gerou de Raabe a Boaz, e Boaz gerou de Rute a Obede, e Obede gerou a Jessé. 6 Jessé gerou ao rei Davi, e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias. 7 Salomão gerou a Roboão, e Roboão gerou a Abias, e Abias gerou a Asa, 8 e Asa gerou a Josafá, e Josafá gerou a Jorão, e Jorão gerou a Uzias, 9 e Uzias gerou a Jotão, e Jotão gerou a Acaz, e Acaz gerou a Ezequias. 10 Ezequias gerou a Manassés, e Manassés gerou a Amom, e Amom gerou a Josias, 11 e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para a Babilônia. 12 E, depois da deportação para a Babilô- nia, Jeconias gerou a Salatiel, e Salatiel gerou a Zorobabel, 13 e Zorobabel gerou a Abiúde, e Abiúde gerou a Eliaquim, e Eliaquim gerou a Azor, 14 e Azor gerou a Sadoque, e Sadoque gerou a Aquim, e Aquim gerou a Eliúde, 15 e Eliúde gerou a Eleazar, e Eleazar gerou a Matã, e Matã gerou a Jacó, 16 e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo. 17 De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e, desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e, desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações. INTRODUÇÃO Neste trimestre estudaremos o Evangelho de Mateus, o primei- ro dos Evangelhos Sinóticos e o mais lido e estudado desde os primórdios do cristianismo. Ele apresenta uma estrutura mar- cadamente didática, distribuída por cinco grandes discursos, que são intercalados por narrativas. Em seu conteúdo se destacam o Sermão do Monte, as parábolas a respeito do Reino dos Céus, as orientações de Jesus para a Igreja e o discurso escatológico. Quando lemos o Evangelho de Mateus, podemos perceber suas caracte- rísticas judaicas, que estimularam grupos judeu-cristãos a usá-lo. Nesta primeira lição abordaremos as questões introdutórias, como por exemplo, a data e o ano em que foi escrito, bem como a genealogia de Jesus. TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
  • 8. 6 JOVENS I - QUESTÕES INTRODUTÓRIAS 1. Autoria e data. A autoria do pri- meiro Evangelho, como apresentado na ordem canônica, é atribuída a Mateus, o publicano que se tornou discípulo de Jesus. A Igreja Primitiva considerava-o autor do Evangelho assim como os pais da Igreja: Orígenes, Tertuliano e Eusébio. Quanto à data, situa-se entre os anos 60 d.C. e 85 d.C. 2. A relação sinótica dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. A partir do século XVIII, os três primeiros Evange- lhos passaram a ser conhecidos como sinóticos (synopsis = visão de conjunto). Em uma análise da organização narrativa da vida e obra de Jesus no Evangelho de João comparada com a dos livros sinóticos fica evidente a diferença entre eles, e consequentemente o motivo dele não pertencer ao grupo. As similaridades entre os três Evange- lhos sinóticos conduzirão em determina- dos momentos uma análise comparativa de textos de Mateus com os Evangelhos de Marcos e Lucas. Essa análise contri- buirá para a interpretação do texto em apreciação. Mateus e Lucas possuem maior volume e, consequentemente, maior detalhamento de alguns episódios, como por exemplo: tentação, infância e discursos de Jesus. Desse modo, os Evangelhos de Mateus e Lucas tem um conteúdo maior que Marcos, mas eles se complementam. As semelhanças entre eles deram-lhes o título de Evangelhos sinóticos. 3. Organização em blocos narrativos e discursivos. Mateus está organizado em blocos narrativos e discursivos. Nos blocos narrativos são apresentados relatos de uma série de eventos que cobrem certo período e variedade de locais. A apresentação da região e a cidade (Cafarnaum) onde Jesus reside e convoca seus primeiros discípulos, o padrão de sua atuação na região e a popularidade conquistada é um exemplo de bloco narrativo. Mateus faz com requinte a relação entre agrupamentos narrativos e dis- cursivos, preservando a ênfase nos discursos de Jesus. Como exemplo a conexão entre o agrupamento narrativo (Mt 3,4; 8,9) e o agrupamento discursivo (Mt 5-7; 10). Assim Mateus dá ênfase no ensino de Jesus, de forma que seus seguidores possam se tornar cada vez mais disciplinados, guardando todas as coisas que Ele tem ensinado (Mt 28.20). Pense! Jesus ensinou que devemos guardar todas as coisas que Ele tem ensinado. Jovem, o que você tem feito para saber e fazer o que Ele ensinou? Ponto Importante Mesmo que não haja unanimidade a respeito da data do Evangelho de Mateus, o mais importante é o conteúdo dos ensinamentos de Cristo. II - A GENEALOGIA DE JESUS EM MATEUS 1. A genealogia de Jesus, o Mes- sias. A relação do evangelista com a tradição e modo de pensar dos rabinos influencia a organização das gerações de Abraão até Jesus. Ele divide em três grupos de gerações: de Abraão ao estabelecimento do reino sob Davi (Mt 1.2-6); de Davi ao fim da monarquia (exílio babilônico) (Mt 1.6-11) e do perí- odo do exílio babilônico ao nascimento de Jesus (Mt 1.12-16).
  • 9. JOVENS 7 O evangelista tinha um objetivo específico ao descrever a genealogia de Jesus: demonstrar que Ele era o Messias prometido. Mateus o relaciona com a casa real, como descendente direto do rei Davi, figura ligada à expec- tativa messiânica. Também enfatiza a descendência abraâmica, pois o grande patriarca é considerado o pai da na- ção israelita. Ele recebeu a promessa divina de que sua descendência seria grande e abençoada. Abraão é uma figura importante para o cristianismo como o pai de todo aquele que crê, por meio de seu exemplo de fé e vínculo com Jesus. 2. As mulheres na genealogia de Jesus. Na leitura da genealogia de Jesus salta aos olhos a menção de três mulheres: Rute, Raabe e Tamar. Para a cultura da época a menção de mulheres já era um fato relevan- te pois elas geralmente, não eram mencionadas nas genealogias. O que surpreende ainda mais é o fato de que estas mulheres, segundo a tradição judaica, jamais teriam condições de entrar na genealogia do Rei dos reis, pois Rute, embora tivesse um caráter ilibado, era moabita. Raabe ganhava a vida como prostituta (Js 2.1), e Tamar seduziu e enganou o seu sogro (Gn 38). Além dessas três mulheres é citada também Bate-Seba, esposa de Urias, que se tornou conhecida pelo adultério com Davi (2 Sm 11.3-5). Para a cultura judaica, estas mulheres eram consi- deradas moralmente corrompidas e, portanto, sem nenhuma possibilidade de fazerem parte da linha sucessória do Messias. No entanto, Deus não se submete às culturas, pois está atento aos corações das pessoas. 3. Uma genealogia onde os excluídos são incluídos. As mulheres não eram as únicas “excluídas” a serem incluídas na genealogia de Jesus. Mateus coloca várias personagens excluídas da so- ciedade judaica em papéis principais nos discursos de Jesus. Esta inclusão parece ser proposital, principalmente pelo ambiente judaico desse Evangelho. O evangelista destaca que o Messias viria para salvar o seu povo de seus pecados (Mt 1.21). Ao mesmo tempo, ele descreve o encontro de Jesus com pessoas estrangeiras que são alcança- das pela sua graça e misericórdia (Mt 4. 23-25). Demonstra que sua missão não era exclusiva para os judeus, mas universal. A universalidade da missão de Jesus é explicada de forma exaustiva pelo apóstolo Paulo, principalmente na Epístola aos Romanos, ao incluir tanto judeus como gentios como receptores da graça de Deus. Pense! Mateus demonstrou que a missão de Jesus era inclusiva. Jovem, você tem feito o possível para falar de Jesus a todos? Como tem lidado com os “excluídos”? Ponto Importante A genealogia de Jesus nos dá um grande exemplo de inclusão social, pois a tendência humana é “esconder” das ascendências os excluídos pela sociedade. III – A TEOLOGIA DE MATEUS 1. O Messias e a proclamação da chegada do Reino dos Céus. A figura do Messias está estritamente relacionada com a proclamação do Reino dos Céus. Esses temas ficam mais evidentes no
  • 10. 8 JOVENS início e no fim do Evangelho. O título “Filho de Deus” é citado sempre em momentos cruciais do Evangelho: no batismo de Jesus (Mt 3.17); na confissão de Pedro (Mt 16.16); na transfiguração (Mt 17.5), no julgamento e na cruz (Mt 26.63; 27.40,43,54). Outra expressão importante relacionada à messianidade de Jesus é “Filho de Davi”, que ocorre 10 vezes em Mateus. Mateus demonstra que Jesus é, de fato, o Filho de Deus prometido no Antigo Testamento. Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus. No Reino dos Céus proclamado por Jesus, a forma de governo é diferente dos impérios humanos que dominam os povos. O Reino dos Céus implica justiça, paz e a alegria que somente Deus pode dar. Assim a identidade messiânica de Jesus, o Reino dos Céus e temas recorrentes (a justiça e a Lei) são os principais focos teológicos do Evangelho de Mateus. 2. O Evangelho de Mateus e a Igreja. Mateus menciona a Igreja por duas vezes (Mt 16.18; 18.18), enquanto o termo não é mencionado nos demais Evangelhos. Em seus escritos, a comunidade cristã é incentivada a manter a fé em Cristo e a seguir suas diretrizes fundamentais e aos seus líderes. Os grandes discursos do Evangelho contêm as principais diretrizes à Igreja. Mateus recomenda a fé em Cristo e a humildade para se evitar a queda e os escândalos, aos quais todas as pessoas estão sujeitas (Mt 18.1-9). Ele alerta a respeito dos falsos profetas (Mt 7.15) e da existência tanto de santos como de pecadores na Igreja, cuja diferença ficará evidente apenas no Dia do Senhor (Mt 13.36-43; 22.11-14). No Evangelho de Mateus, o estilo de vida apostólico e missionário é descrito (Mt 9.36-11.1) e a Igreja é chamada para cumprir a sua missão evangelizadora (Mt 28.19,20). 3. O uso do Antigo Testamento em Mateus. O evangelista utiliza, pelo me- nos, uma série de 10 citações do Antigo Testamento para demonstrar que tudo que aconteceu na vida e ministério de Jesus estava previsto, principalmente nos profetas (Mt 1.23; 2.15, 23; 4.14-16; 8.17; 12.17-21; 13.35; 21.4,5; 27.9). O cuidado de Mateus em demonstrar o cumprimento das profecias na vida e obra de Jesus tinha como objetivo de- monstrar que o Messias não veio para destruir ou anular, mas para cumprir a Lei e os profetas (Mt 5.17). Principalmente por meio de sua morte na cruz, que era de difícil entendimento para um judeu, mesmo convertido ao cristianismo. Essa dificuldade será analisada com mais profundidade na lição 11. A utilização de textos do Antigo Testamento para explicar os aconteci- mentos da vida de Jesus e sua obra foi uma importante estratégia de Mateus para demonstrar que o plano histórico- salvifico de Deus é único, tanto para judeus como para gentios. Pense! Mateus teve o cuidado de identificar cada etapa e evento importante da vida de Jesus com as Escrituras. Jovem, qual valor você tem dado à Palavra de Deus? Ponto Importante Os títulos “Filho de Deus” e “Filho de Davi”, atribuídos a Jesus, são expressões messiânicas que Mateus usa para identificá-lo com o Messias prometido.
  • 11. JOVENS 9 O Evangelho de Mateus “Data Como no caso da maioria dos livros do Novo Testamento, a data é incerta. Escritores mais antigos consideraram Mateus como tendo sido escrito por volta de 60 d.C. A maioria dos estu- diosos hoje prefere 80 ou 85 d.C. Local da Escrita Novamente há duas opiniões princi- pais. A opinião tradicional é a de que o Evangelho de Mateus foi escrito na Palestina (cf. ‘Judeia’). Streeter diz que o local foi Antioquia da Síria, e ele é seguido pela maioria dos estudiosos hoje. Talvez a coletânea aramaica de palavras tenha sido escrita na Palestina, e o Evangelho em grego em Antioquia. Propósito Fica evidente que Mateus escreveu o seu Evangelho para os judeus, com o objetivo de apresentar Jesus como o Messias. Quando o Evangelho foi escrito, a nação já o havia rejeitado, e logo — se Mateus foi escrito entre 60 e 70 d.C. — iria sofrer por isto um severo juízo através da destruição de Jerusalém (70 d.C.). Hayes diz: ‘O primeiro Evangelho tinha algo do caráter de um ultimato oficial. Foi um último aviso do Senhor para o seu povo’” (Comentário Bíblico Beacon. Mateus a Lucas. 1.ed. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 22). “Durante os três primeiros séculos da era cristã, a descrição de Jesus, no Evangelho de Mateus, foi a mais admirada e citada no Novo Testa- mento. Evidentemente, o evangelho é exatamente isso: o retrato da pessoa que é em si mesma as boas-novas do amor perdoador de Deus. O Evangelho de Mateus é um dos mais enraizados no Antigo Testamento e o mais preocupado com questões importantes para o povo judeu. É o que mais contém citações do Antigo Testamento e a maior parte das refe- rências acerca do cumprimento das profecias messiânicas. Também é o que mais tem a dizer sobre a Lei do Antigo Testamento, ao demonstrar a distorção produzida pelas tradições defendidas pelos fariseus focalizan- do a atenção no coração e não no comportamento. Tudo indica que a contribuição te- ológica mais importante de Mateus diz respeito ao reino. Os profetas do Antigo Testamento estavam conven- cidos de que a intenção de Deus era implementar um reino terreno do Messias, um descendente de Davi, que elevaria Israel à glória e estabeleceria a justiça de Deus em todo o mundo. A morte de Jesus na cruz levantou uma questão decisiva. Se Jesus é o Messias, o que teria acontecido com o reino? Mateus responde a essa indagação” (RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 599). SUBSÍDIO 1 SUBSÍDIO 2
  • 12. ANOTAÇÕES ESTANTE DO PROFESSOR HORA DA REVISÃO 1. Qual a data mais provável em que foi escrito o Evangelho de Mateus? A data situa-se entre os anos 60 d.C. e 85 d. C. 2. Como está organizado o Evangelho de Mateus? O Evangelho de Mateus está organizado em blocos narrativos e discursivos. 3. Qual o objetivo de Mateus ao descrever a genealogia de Jesus? O evangelista tinha como objetivo demonstrar que Jesus era o Messias prometido. 4. Por que surpreende o fato das mulheres, Tamar, Raabe e Rute entrarem na ge- nealogia judaica de Jesus? O que surpreende ainda mais é o fato de que estas mulheres, segundo a tradição judaica, jamais teriam condições de entrar na genealogia do Rei dos reis, pois Rute, embora tivesse um caráter ilibado, era moabita. Raabe ganhava a vida como prostituta, e Tamar seduziu e enganou seu sogro. 5. De acordo com a lição, quais são os principais focos teológicos do Evangelho de Mateus? Os principais focos são o Messias e a proclamação da chegada do Reino dos Céus. CONCLUSÃO Na lição de hoje, uma introdução ao Evangelho de Mateus, aprendemos que os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) evidenciam detalhes diferentes da vida e obra de Jesus, mas são coerentes no conteúdo. Que a genealogia mateana de Jesus tem o objetivo de apresentá-lo como o Messias, cujo Reino é universal incluindo judeus e gentios e que a teologia principal de Mateus é apresentar o Reino dos Céus por meio da Igreja e em concordância com o Antigo Testamento. RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
  • 13. JOVENS 11 L I Ç Ã O 2 O NASCIMENTO DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE MATEUS TEXTO DO DIA “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco).” (Mt 1.23) SÍNTESE A concepção de Jesus se deu por uma ação divina. Foi o resultado da ação direta do Espírito Santo sobre Maria, a serva do Senhor. AGENDA DE LEITURA SEGUNDA – Mt 1.18 Maria concebeu Jesus pelo Espírito Santo TERÇA – Mt 1.19 José era um homem justo QUARTA – Mt 1.25 José só conheceu Maria após o nascimento de Jesus QUINTA – Mt 5.21-48 Jesus fez uma releitura das tradições SEXTA – 1.21 O nome de Jesus está relacionado à sua missão SÁBADO - Mt 1.22,23 O nascimento de Jesus ocorreu conforme o que fora predito pelos profetas 14/01/2018
  • 14. OBJETIVOS 1. MOSTRAR que Maria foi somente escolhida para ser a mãe terrena de Jesus e não para ser mediadora entre Deus e os seres humanos; 2. APRESENTAR as qualidades de José como o escolhido para ser o pai terreno de Jesus; 3. ESCLARECER a concepção virginal de Jesus Cristo. INTERAÇÃO Professor(a), caso ainda não possua, sugerimos que você crie um grupo no WhatsApp para os alunos de sua classe. O objetivo é facilitar a comunicação com os jovens, incentivá-los a estudar a lição ou esclarecer as dúvidas que possam surgir a respeito do estudo da lição. Provavelmente, os jovens de sua classe já utilizam o WhatsApp, assim não há como ignorar o valor desse recurso. Caso você não tenha afinidade com o aplica- tivo, indique ou deixe o grupo definir o líder do grupo. Procure colocar, no mínimo, duas pessoas na liderança do grupo para facilitar a comunicação. Você também poderá utilizar esse recurso para a divulgação do Texto do Dia, Síntese e o Texto Bíblico, comentários prévios a respeito do tema da lição, pedidos de oração, ação social, entre outras atividades. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Na próxima aula vamos abordar a respeito do batismo de Jesus. Sugerimos que solicite um(a) voluntário(a) para pesquisar a respeito das formas de batismo (infantil, adulto, imersão, entre outras formas) e apresentar nos últimos 10 minutos da próxima aula. Você deverá estar preparado(a) também com o conteúdo, no mínimo para duas situações: ausência do voluntário ou dúvidas durante sua apresentação. As aulas participativas produzem me- lhores resultados e comprometimentos dos participan- tes. Reserve pelo menos 5 minutos antes do final desta aula para definir o voluntário e dar as orientações sobre como vai ser conduzida a próxima aula. A apresentação não tem a intenção de formar nenhum especialista, mas oportunizar desenvolvimento de habilidades.
  • 15. JOVENS 13 I – MARIA, A ESCOLHIDA PARA SER A MÃE DE JESUS 1. Uma mulher daria à luz o Messias prometido. Na época do nascimento de Jesus, entre os judeus, existia uma grande expectativa messiânica, pois acreditavam que o Messias os liberta- ria da opressão romana. As mulheres judias tinham a esperança de serem escolhidas para tamanha honra, de ser mãe da figura mais esperada de seu povo. Esta expectativa surgiu, princi- palmente, pela influência da literatura Mateus 1.18-25 18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. 19 Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 E, projetando ele isso, eis que, em so- nho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. 21 E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 Tudo isso aconteceu para que se cum- prisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: 23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco). 24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, 25 e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS. INTRODUÇÃO Os judeus convertidos ao cristia- nismo tinham dificuldades para se comunicar e relacionar com seus patrícios, praticantes do ju- daísmo, pois estes não aceitavam Jesus como o Messias prometido. Mateus busca o diálogo com os judeus a fim de demonstrar a relação entre Jesus e o Messias prometido nas Escrituras. Ele dá ênfase à figura do Salvador da hu- manidade, aquEle que implantaria o Reino dos Céus, mostrando que este Reino seria eterno e universal. Nesta lição, estudaremos a res- peito do casal que foi escolhido para serem os pais terrenos de Jesus. Também veremos como se deu a concepção sobrenatural do Messias. TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO apocalíptica, que surgiu cerca de dois séculos antes de Jesus. O texto messiânico mais expres- sivo para demonstrar essa realidade é Isaías 7.14-16, complementado por Isaías 9.1-6. Maria teve o privilégio de dar à luz o menino Jesus, o verdadeiro Messias, que Israel esperava. Assim, Maria foi a protagonista de uma das mais especiais promessas de Deus. Ela foi o instrumento pelo qual Deus se fez presente, morando junto com o seu povo (Emanuel). 2. Uma mulher escolhida para ser agraciada. A igreja católica usa o termo “imaculada conceição” em referência a Maria. Esse termo é utilizado erronea- mente por eles em uma referência à
  • 16. 14 JOVENS concepção da própria Maria. Segundo a crença católica, ela foi preservada da mancha do pecado original desde a sua concepção. 3. Uma mulher que diz sim para o plano divino. Maria realmente foi agra- ciada em ser escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo. Todavia ela estava na mesma condição de qualquer outro ser humano: separada de Deus. Portanto, totalmente dependente do ato salvífico de Cristo na cruz como qualquer um de nós. Paulo afirma em Romanos 3.10 que: “[...] Não há um justo, nem um sequer.” Este texto ratifica a dependência humana da salva- ção por meio de Cristo, incluindo Maria. No plano de Deus, a virgem Maria estava destinada a ser a mãe do Cristo, o Messias e Salvador. Maria aceitou sem nenhuma restrição o convite de Deus feito por intermédio do anjo. Ela responde com firmeza, se colocando na posição de serva e se submetendo a tudo. Pense! José e Maria tiveram disciplina para manter o segredo divino e andar na vontade de Deus. Jo- vem, você tem essa disciplina? Ponto Importante Maria foi agraciada e escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo. No entanto, não recebeu nenhuma autoridade para ser mediadora entre o ser humano e Deus. II - JOSÉ, ESPOSO DA MULHER QUE CARREGOU JESUS EM SEU VENTRE 1. José um homem honrado e de bom caráter. O casamento de José e Maria seguiu a tradição cultural judaica. O marido tinha o direito de anular o ca- samento caso fosse comprovado que a jovem não era mais pura (virgem). Assim, José era obrigado a tornar público o fato de Maria ter engravidado antes do casamento ter sido consumado. Maria seria envergonhada, punida e o compro- misso firmado entre eles seria desfeito. No entanto, orientado divinamente, José toma Maria como sua esposa. Mas ele somente conheceu Maria como esposa após o nascimento de Jesus. Isso mos- tra que José era um homem honrado, bondoso e obediente a Deus. 2. José une Jesus à tradição mes- siânica davídica. No relato de Mateus, um anjo aparece a José em sonho. Essa forma de revelação faz referência à tradição dos patriarcas em relação à comunicação com Deus. José também recebeu um papel próprio e importante no plano divino de salvação. Ele teve o privilégio de cuidar e educar o Filho de Deus. José educou Jesus segundo a tradição judaica. No entanto, isso não o torna “canônico” e com autoridade de intermediar, diante de Deus, benefícios para os seres hu- manos, como alguns creem. A filiação de Jesus por intermédio de José lhe garante o título de “Filho de Davi”, ligando-o à tradição messiânica davídica. Jesus, como descendente de Davi é rei (Mt 1.1; 2.2). No entanto, o que confundiu os judeus, a ponto de cegá-los para que não aceitassem a Jesus como o verdadeiro Messias é que o seu Reino não era deste mundo, por isso, não visava a glória humana, mas sim a justiça e a bondade divina. 3. O filho de José é Rei de justiça e bondade. O modelo imperial existente na época do nascimento de Jesus era exercido com o poder patriarcal irres-
  • 17. JOVENS 15 trito, tanto em Israel como nas demais nações. Mas Jesus propõe um governo com estruturas mais justas (Mt 11.25-27; 12.46-50). Jesus, como Rei, fez uma releitura de alguns ícones do judaísmo, como por exemplo: das tradições já existentes (Mt 5.21-48), da vontade de Deus que era desde o começo (Mt 19.3-6), dos ensina- mentos de Moisés (Mt 8.1-4), de Davi (Mt 12.3; 22.42-45) e dos profetas (Mt 9.10-13). Os líderes religiosos judeus, contemporâ- neos de Jesus, acreditavam que a justiça era baseada somente no cumprimento da Lei segundo suas interpretações e tradições. Então, Jesus questiona a fal- sa religiosidade e as práticas religiosas opressoras e enganosas desses líderes. Ele faz advertências rígidas contra o abuso de poder, a luxúria, o adultério, o divórcio, a avareza e a exploração dos pobres (Mt 5.27-32; 6.19-34; 19.3-12, 6-30). Assim, os valores e princípios do seu reino eram diferentes dos reinos terrenos. Pense! José, ao receber Maria grávida, a honrou e a conheceu somente após o nascimento de Jesus. Jo- vem, você teria essa disciplina? Ponto Importante As atitudes de José demonstravam que ele era um homem honrado e, junto com a jovem Maria, recebeu a glória e a responsabilidade de criar o Filho de Deus. III – A CONCEPÇÃO VIRGINAL DE JESUS CRISTO 1. Um nascimento diferente dos relatos míticos. Existem algumas ale- gações errôneas e não bíblicas de que a concepção virginal de Cristo foi base- ado no relato de mitos pagãos, todavia Mateus afirma que Maria simplesmente “achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mt 1.18). 2. A concepção virginal de Jesus. Para comprovar o plano divino do nas- cimento virginal, Mateus não recorre à mitologia e sim ao profeta Isaías: “Por- tanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). 3. A origem divina de Jesus. Quando se fala de concepção virginal, o que está em questão é a preservação da virgindade de Maria no processo da concepção. Mateus evidencia a origem divina de Jesus por meio da narrativa da concepção sem ação humana e unica- mente pela ação divina, independente do casal escolhido para a missão de criar e educar o Messias prometido. Assim, Jesus é apresentado como o Messias divino no qual se cumpriram as profecias do Antigo Testamento. Após o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram vários filhos (Mt 13.55). Pense! Jovem, você já parou para pensar na humildade de Jesus. Como Deus Criador, se submeteu ser gerado no ventre de uma de suas criaturas? Ponto Importante As redes socais têm sido um meio eficaz utilizado por pessoas incré- dulas, para contestar as doutrinas cristãs a respeito da concepção divina de Jesus. Todavia, também podem ser usadas para evangeli- zar, anunciando que Jesus Cristo é o Salvador e o único caminho que nos conduz até Deus.
  • 18. 16 JOVENS “Não há nenhum justo sequer (Rm 3.10-12). A partir deste verso o autor faz vários recortes do Antigo Testamento, cha- mando assim, a escritura judaica para testemunhar a culpa universal, tanto de judeu como dos gentios. Inicia citando Salmos 14.1-3 para demons- trar que toda humanidade estava corrompida pelo pecado. Paulo não traz algo novo, mas busca do próprio texto sagrado para os judeus, em que se diziam mestres e conhecedores. Todavia, faltava a eles uma correta interpretação das escrituras. [...] O apóstolo indiretamente já havia afirma- do a culpabilidade universal, mas aqui, embasado pelo Antigo Testamento, enfatiza que ninguém consegue ser justo por si mesmo, pois a natureza humana é má. Por isso, é preciso entender que ninguém é melhor do que o outro e que a alternativa para o bem-estar da humanidade é adotar uma posição de humildade e misericórdia. O único que foi justo por mérito próprio foi Jesus, e Ele não se considerou superior, nem desprezou as pessoas por isso. Pelo contrário, Cristo tratou as pessoas como iguais, incluindo os que eram considerados excluídos no seu convívio” (NEVES, Natalino das. Justiça e Graça: Um Estudo da Doutrina da Salvação na Carta aos Romanos. 1.ed. Rio de Ja- neiro: CPAD, 2015, p. 42). “A genealogia de José é apresentada em Mateus 1. Ele era carpinteiro (Mt 13.55) que vivia em Nazaré (Lc 2.4). Mas, como descendente de Davi, sua casa ancestral estava em Belém. Estava noivo de Maria na época em que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. Ao saber que Maria estava grá- vida, quis evitar que ela fosse exposta à vergonha pública, embora cogitasse divorciar-se e despedi-la secretamente. Mas em um sonho foi informado por Deus que a concepção de Maria era divina e foi encorajado a se casar com ela. Para se registrarem e pagarem o imposto real, ele e Maria foram a Belém, onde Jesus nasceu. José é mencionado juntamente com Maria e Jesus na visita dos pastores (Lc 2.16) e na apresentação de Jesus no Templo (Lc 2.27). Em um sonho, Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes, ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo. A última participação de José é mencionada no evento dos Evangelhos relacionado com a visita feita à festa anual em Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lc 2.41-52). Ele não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42 possa indicar que José ainda tivesse vivo durante parte do ministério de Jesus. José não aparece na crucifica- ção quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (Jo 19.26,27), portanto podemos concluir que José havia morrido antes desse acontecimento” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1092). SUBSÍDIO 1 SUBSÍDIO 2
  • 19. ANOTAÇÕESANOTAÇÕES ESTANTE DO PROFESSOR HORA DA REVISÃO 1. O marido tinha o direito de anular o casamento caso fosse comprovado que a jovem não era mais pura (virgem)? O marido tinha o direito de anular o casamento caso fosse comprovado que a jovem não era mais pura (virgem). 2. Qual título é atribuído a Jesus devido a sua filiação por meio de José? A filiação de Jesus por intermédio de José lhe garante o título de “Filho de Davi”. 3. Contra quais práticas dos líderes religiosos judaicos Jesus faz advertências rígidas? Jesus fez advertências rígidas contra o abuso de poder, a luxúria, o adultério, o divórcio, a avareza e a exploração dos pobres. 4. Como podemos refutar biblicamente a alegação de que a concepção de Jesus foi baseada nos relatos de mitos pagãos? Mostrando que Mateus afirma que Maria simplesmente “achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mt 1.18). 5. Como Mateus evidencia a origem divina de Jesus? Mateus evidencia a origem divina de Jesus por meio da narrativa da concepção sem ação humana e unicamente pela ação divina, independente do casal esco- lhido para a missão de criar e educar o Messias prometido. CONCLUSÃO Aprendemos que Maria e José eram tementes a Deus e foram agraciados por Ele para serem os pais terrenos de Jesus. No entanto, eram pessoas comuns, pecadoras e desprovidas de poder para intermediação diante de Deus. Vimos também que a concepção de Jesus não está baseada em mitos, mas foi uma ação divina. ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & Marcos. À luz do Novo Testamento Grego. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
  • 20. 18 JOVENS L I Ç Ã O 3 O BATISMO DE JESUS TEXTO DO DIA “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Mt 3.17) SÍNTESE Deus confirmou a filiação divina de Jesus por ocasião do seu batismo. AGENDA DE LEITURA SEGUNDA – Mt 3.14 João não se sente confortável em batizar Jesus TERÇA – Mt 3.15 João se permite batizar Jesus QUARTA – Mt 3.11 O batismo de João era para arrependimento QUINTA – Mt 28.19 O batismo é uma ordenança de Jesus SEXTA – Rm 4.1-12 O batismo é um símbolo de fé em Cristo SÁBADO – Rm 6.3,4 O batismo mostra que pela fé em Jesus estamos mortos para o pecado 21/01/2018
  • 21. JOVENS 19 OBJETIVOS 1. APRESENTAR o profeta que batizou Jesus, João Batista; 2. EXPLICAR como se deu o batismo de Jesus e os sinais divinos que ocorreram; 3. MOSTRAR as diferenças entre o batismo de Jesus realizado por João Batista e o batismo do crente. INTERAÇÃO Prezado educador, sabemos da escassez de bons professo- res para o ensino na Escola Dominical, por isso precisamos investir em ações de capacitação e desenvolvimento de novos talentos. Observe bem os seus alunos e procure descobrir aqueles que possuem mais habilidades para o ensino. No decorrer do trimestre, crie oportunidades para que estes façam a apresentação de algum tópico da lição. Tenha como objetivo ensinar e formar novos talentos para a Educação Cristã. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Depois de orar para iniciar a aula, convide um aluno ou aluna para falar a respeito de como foi o batismo dele(a). Você poderá fazer as seguintes perguntas: “Por que você decidiu se batizar?” “O que sentiu depois do batismo?” Para isso, reserve 5 minutos para cada aluno. Dar a oportunidade para que os alunos falem a respeito de como foi o batismo deles, contribui para que percam a timidez e o medo de falar em público, contribuindo para a formação de novos docentes.
  • 22. 20 JOVENS Mateus 3.13-17 13 Então, veio Jesus da Galileia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele. 14 Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? 15 Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu. 16 E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. 17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. INTRODUÇÃO Algumas pessoas não conseguem entender o motivo que levou Je- sus, sendo o Deus encarnado, a se sujeitar a ser batizado pelo último dos profetas de Israel (Mt 11.13). No entanto, a narrativa de Mateus, apesar de resumida, mostra o que estavaportrásdessegestodeJesus. A história do batismo de Jesus não era para ser apenas mais um relato debatismodeJoão,oBatista.Elateve umsignificadoimportante:revelara divindadedeCristoeaconfirmação escriturística de sua missão. Nesta lição, estudaremos a res- peito do gesto humilde de Jesus de vir até João para ser batizado. Veremos também os sinais que aconteceram naquele momento e a relação do batismo de João com o batismo cristão. TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO I – O PROFETA QUE BATIZOU JESUS 1. João, o batista. Mateus descreve a aparição de João Batista diretamente no deserto. Ele faz uma conexão entre o texto de Mateus 3.3 com Isaías 40.3: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus”. A profecia de Isaías 40.3 teve um significado especial para os exilados da Babilônia. A inter- pretação teológica do exílio era de que ele ocorreu devido à desobediência do povo e a libertação estava condicionada ao retorno a Deus. Essa interpretação influencia o discurso de João Batista. João é comparado a Elias pelo seu estilo de vida e ousadia ao desafiar o povo de Israel a se converter a Deus (1 Rs 1.17,18-46). Mateus deixa claro que João tinha uma missão especial já prevista no Antigo Testamento: preparar o caminho para o Messias. 2. O batismo de João. O batismo de João era com água e para arrependi- mento, um batismo de purificação pre- cedido por uma confissão de pecados. O discurso realizado por João Batista
  • 23. JOVENS 21 antes do batismo era direto e firme. Uma temática profética semelhante a Moisés (Dt 30.2,10), Oseias (Os 3.5; 6.1), Amós (Am 4.6,8,9), Isaías (Is 9.13), Jeremias (Jr 2.27) e Ezequiel (Ez 14.6). A mensagem de João era de arrependimento para um batismo que realmente simbolizasse a morte do “velho homem”. Se o batismo de João era para o arrependimento e precedido de um discurso duro, por que Jesus vai ao Jordão procurar João para ser batizado? De que teria Ele que se arrepender? Por que ouvir tal discurso? A atitude de João demonstrava que ele não via em Jesus necessidade de arrependimento, mas que tudo foi realizado para se cumprir as Escrituras. 3. João anuncia um batismo su- perior ao seu. Antes de batizar Jesus, João anunciou que após ele surgiria alguém com um batismo superior ao seu. João estava se referindo a Jesus, pois Ele batizaria aqueles que cressem com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11). A missão de Jesus era salvar e purifi- car os que o aceitam pela fé e o recebem como seu único Salvador, crendo nas palavras do Evangelho. Pense! Jesus e João, durante o batismo, demonstraram exemplos de humildade. Jovem, você é um exemplo de humildade? Ponto Importante João batista não tinha inveja de Jesus. Ele realça as qualidades e virtudes do Salvador, mesmo correndo o risco de “perder” seus discípulos para Ele. II - O BATISMO DE JESUS E OS SINAIS DIVINOS 1. Jesus foi batizado para que se cumprissem as Escrituras. A narrativa de Mateus a respeito de Jesus não menciona a infância dEle. Do seu nascimento salta para a visita a João. Aatitude deJoão, seu primo, ao rece- bê-lo demonstra que ele conhecia Jesus e não via nEle necessidade de arrepen- dimento e muito menos de ser batizado. Mateus é o único evangelista que registra o fato de João, a princípio, ter se recusado a batizar Jesus. Sua recusa é consistente com sua humildade (Mt 3.11). QuandoJesus menciona que é para cum- primento de “toda a justiça”, ele se rende e batiza o Salvador. O verbo cumprir que aparece também em textos de Mateus (Mt 1,22; 2.15; 4.14) significa concordância da vontade de Deus com o que está acontecendo no ministério de Jesus, que fora previamente declarado nas Escrituras. 2. Primeiro sinal: a descida do Espírito de Deus em forma de pomba (Mt 3.16). Logo após a saída de Jesus das águas os céus se abrem para Ele. A abertura dos céus revela favor divino a pessoa que estava em consonância com Deus (Ez 1.1; At 7.56; Ap 19.11). O evangelista afirma que ao sair Jesus das águas o Espírito de Deus desceu sobre Ele como uma pomba (Mt 3.16). O Espírito Santo que já estava ativo no nascimento de Jesus (Mt 1.18) continua presente no início de seu ministério terreno. Jesus é o Filho de Deus que veio ao mundoparaproclamarelibertarooprimido, conforme a leitura que Ele mesmo fez de Isaías 61.1. Este também era o sinalde um novo governo, diferente do governo do ImpérioRomano,emqueosmenosfavore- cidos não tinham quem os representasse.
  • 24. 22 JOVENS 3. Segundo sinal: uma voz dos céus. Na sequência, Mateus afirma que “e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). Mais uma vez Mateus recorre ao Antigo Testamento, fazendo uma alusão ao Salmo 2.7 e Isaías 42.1. Mateus apresenta Jesus como o servo sofredor de Deus e como o Messias (Is 42.1-4). Ele demonstra que mesmo sendo Filho de Deus, Jesus tinha a humildade de servir, diferente dos governantes romanos. Mateus também apresenta a figura do Messias, que devia batizar com o Espírito e com fogo. A pomba é símbolo de suavidade e mansidão. Isso nos mostra que, dependendo da atitude do ser humano em relação à vontade de Deus, Jesus pode ser a verdadeira benignidade como também a severidade (Rm 11.22). Pense! Jesus recebeu ao mesmo tempo o título de Filho de Deus e Servo Sofredor. Jovem, você sabe lidar com situações de glória e de humilhação? Ponto Importante A benignidade ou severidade de Jesus está condicionada à atitude do ser humano em relação à vontade de Deus (Rm 11.22). III – O BATISMO DE JESUS E O BATISMO CRISTÃO 1. O modelo do batismo de João foi adaptado pelo cristianismo. João Batista não foi o primeiro a praticar o batismo nas águas. Antes dele, os judeus bati- zavam os prosélitos como símbolo de uma natureza “purificada”. João Batista propagava o batismo do arrependimento, todavia o significado de arrependimento para João não é o mesmo do batismo cristão (At 18.24-26; 19.1-7). O batismo de João era uma preparação para o batismo que Jesus iria instituir depois de sua morte e ressurreição. Jesus é o Cordeiro de Deus, para justificação de todo aquele que crê e depois da sua morte e ressurreição, todos que nEle creem devem ser batizados em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.20). Em Mateus, João Batista aparece pregando o “batismo de arrependimento para remissão de pecados”, enquanto Jesus entra com um discurso do Reino: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos céus”. Para a pessoa participar do batismo, é preciso crer na obra vicária de Cristo para ser justificada somente depois disso vem o batismo (At 2,41). O batismo é um símbolo da justificação já realizada por Jesus Cristo. 2. O batismo é uma ordenança de Cristo e não um sacramento. Segun- do a doutrina católica, as obras são essenciais para a justificação assim como o “sacramento do batismo”. Tais argumentos repetem a mesma defesa dos judeus com relação à circuncisão como meio de justificação. Em Roma- nos 4.9-15, Paulo questiona tal prática e chama de hipócrita quem se gloria de obras e sinais externos. Paulo afirma que Para a pessoa participar do batismo, é preciso crer na obra vicária de Cristo para ser justificada somente depois disso vem o batismo.
  • 25. JOVENS 23 Abraão foi justificado antes da instituição da circuncisão, tornando irrefutável a afirmação de que a circuncisão não era requisito para a justificação. O batismo cristão é a ordenança de Jesus proferida pouco antes de sua ascensão, mas a justificação se dá me- diante a fé no Filho de Deus (Mt 28.19,20). Jesus deu orientações explícitas de que as pessoas convertidas devem ser batizadas em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Porém, somos salvos pela fé em Jesus, pela sua graça e não pelo batismo em si. O batismo sem fé nenhum valor tem. 3. O batismo cristão ilustra a morte e ressurreição de Cristo. O crente, pela fé em Cristo, torna-se justo diante de Deus e o velho homem é com Jesus crucificado, fazendo surgir uma nova criatura (Rm 6.6; 2 Co 5.17). O batismo nas águas é um ato público para atender uma ordenança que formaliza, simbolicamente, o que já ocorreu: o sepultamento do velho homem (Cl 2.12). O batismo nas águas é uma bela representação da nova posição do salvo em Cristo, morto para o pecado (debaixo das águas), justificado e reconciliado com Deus (ao sair das águas). Portanto, o batismo cristão é um ato público que simboliza a justificação ocorrida por meio da fé em Cristo. Pense! Se o próprio Jesus, que não tinha pecado, se submeteu ao batismo de João, por que ainda há jovens que resistem o batismo? Ponto Importante O batismo nas águas é a ordenança de Jesus, um ritual que simboliza que um pecador justificado está confessando, em público, sua fé em Cristo. “O batismo de Jesus marca o início de seu ministério. João Batista esta- va chamando os ouvintes para um batismo de arrependimento. Jesus, no entanto, não tinha pecados dos quais se arrepender. Mas Ele, graças à sua submissão ao batismo de João Batista, demonstrou sua identificação com a humanidade pecaminosa. A descida do Espírito Santo em forma de pomba e as palavras de aceitação do Pai que acompanharam o batismo representaram a aprovação de Deus do ministério que se seguiria. [...] No batismo de Jesus, Deus o confirmou como seu Filho e encheu-o com seu Espírito (Mt 3.13-17), capacitando-o para sua missão” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 436). SUBSÍDIO
  • 26. ANOTAÇÕES ESTANTE DO PROFESSOR HORA DA REVISÃO 1. Como Mateus descreve a aparição de João Batista? Mateus descreve a aparição de João Batista diretamente no deserto. 2. Qual o significado do verbo “cumprir” que aparece em alguns textos de Mateus, como exemplo, Mateus 1,22; 2.15? O verbo cumprir que aparece também em textos de Mateus significa concor- dância da vontade de Deus com o que está acontecendo no ministério de Jesus, que fora previamente declarado nas Escrituras. 3. Segundo a lição, qual era a missão de Jesus? A missão de Jesus era salvar e purificar os que o aceitam pela fé e o recebem como seu único Salvador. 4. Por que o batismo é considerado uma ordenança e não um sacramento? Porque o batismo cristão é a ordenança de Jesus proferida pouco antes de sua ascensão, mas a justificativa se dá mediante a fé no Filho de Deus e não pelas obras. 5. De acordo com a lição, como relacionar o batismo nas águas e a nova posição do salvo em Cristo? O batismo nas águas é uma bela representação da nova posição do salvo em Cristo, morto para o pecado (debaixo das águas), justificado e reconciliado com Deus (ao sair das águas). CONCLUSÃO Jesus demonstrou sua humildade e obediência, ao que estava predito nas Escrituras, ao se submeter ao batismo de João Batista, mesmo não tendo pecado. O batismo de Jesus foi acompanhado de sinais, comprovando que Ele era o Filho de Deus. MARK, Daver. A Mensagem do Novo Testamento: Uma exposição teológica e homilética. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
  • 27. JOVENS 25 L I Ç Ã O 4 A TENTAÇÃO DE JESUS TEXTO DO DIA “Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.” (Mt 4.11) SÍNTESE A narrativa da tentação de Jesus enaltece a importância do conhecimento e do uso da Palavra de Deus contra os ataques do Inimigo. AGENDA DE LEITURA SEGUNDA – Êx 16.3-8 Os hebreus tentaram a Deus no deserto com suas murmurações TERÇA – Dt 8.3 Jesus rebate a primeira tentação do Diabo QUARTA – Sl 91 Deus promete proteger o justo QUINTA – Dt 6.16 Jesus rebate a segunda tentação do Diabo SEXTA – Sl 24.1 Do Senhor é a terra SÁBADO – Mt 4.10 Jesus rebate a terceira tentação do Diabo 28/01/2018
  • 28. OBJETIVOS 1. MOSTRAR a tentação dos hebreus no deserto; 2. EXPLICAR a tentação do uso do Templo para explo- ração; 3. CONSCIENTIZAR a respeito dos perigos do uso inde- vido do poder. INTERAÇÃO É importante que você faça, a cada aula, um planejamento. Todo planejamento deve ter os objetivos específicos e para que eles sejam elaborados é preciso que o professor conheça bem as características específicas de seus alunos. O planejamento também deve ter três componentes essenciais do processo ensino-aprendizagem: o método, os recursos didáticos, a avaliação e o tempo que será utilizado para cada atividade. Caso você não saiba como elaborar um plano de aula, procure fazer uma pesquisa na internet a respeito desse tema ou consulte algumas obras a respeito de didática. Você vai encontrar um vasto material e diferentes modelos de plano de aula que vão auxiliá-lo. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor(a), sugerimos que para a aula de hoje você separe três grupos. Cada grupo ficará responsável em ler, estudar e apresentar um dos tópicos da lição. Escolha em cada grupo um líder para conduzir as conversas. Cada grupo terá o tempo estimado de 1o minutos para discutir o tópico e dez minutos para apresentá-lo para a turma. Você deverá ser o moderador da turma e fazer as considerações finais. O tempo sugerido/estimado serve apenas como referência, você deverá adaptar de acordo com o tempo disponibilizado pela sua superintendência de Escola Dominical e o número de alunos.
  • 29. JOVENS 27 I - A TENTAÇÃO DOS HEBREUS NO DESERTO 1. A relação de Mateus 4.1-4 com a caminhada dos israelitas no deserto. Existe uma relação direta entre a narrativa de Mateus 4.1-11 e a narrativa da travessia dos hebreus pelo deserto, em especial nos capítulos 6, 7 e 8 de Deuteronômio. O texto de Mateus 4.1-11 está diretamente relacionado ao livro de Deuteronômio, que narra a história dos hebreus enquanto caminhavam no deserto rumo à Terra Prometida. A única exce- ção é o Salmo 91.11,12. Conhecer as Escrituras foi fundamental para as respostas de Jesus ao Adversário. Ele reage cada tentação citando a Palavra de Deus e Mateus 4.1-11 1 Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; 3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. 4 Ele,porém,respondendo,disse:Estáescrito: Nem só de pãoviverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. 5 EntãoodiabootransportouàCidadeSanta, e colocou-o sobre o pináculo do templo, 6 e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está es- crito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. 7 Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. 8 Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. 9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, pros- trado, me adorares. 10 Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito:Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás. 11 Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram. INTRODUÇÃO As pessoas tendem a acreditar que a tentação de Jesus foi apenas momentânea. No entanto, Ele foi tentado pelo Diabo durante toda a sua vida terrena. Segundo o Evangelho de Mateus, a primeira tentação de Jesus está relacionada com as necessidades desustentomaterialetemconexão com o povo hebreu na travessia do deserto.Aúltimaestárelacionadaà idolatria. Tal tentação nos mostra o risco que corremos ao dar lugar ao impulsodesedesfrutardasglóriasdo mundo,emdetrimentodaadoração a Deus. Precisamos estar atentos. TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
  • 30. 28 JOVENS extraindo o princípio de cada passagem mencionada. É recomendado estudar a tentação de Jesus em paralelo com os textos de Deuteronômio. 2. A tentação de Israel no deserto durou 40 anos. A tentação de Jesus se assemelha ao Haggadah, um dos mais importantes textos da tradição judaica. No início da Páscoa, judeus de todos os cantos da Terra se reúnem para lê-lo ao redor da mesa. Ele contém a narrativa do êxodo do Egito. Uma celebração da passagem dos israelitas da escravidão para a liberdade, passando pelo deserto. Os hebreus saíram da escravidão do Egito, onde abundava a injustiça, com a incumbência de criar uma sociedade justa na terra que o Senhor os mandaria. Eles tiveram, necessariamente, de passar pelo deserto e permanecer nele por 40 anos, porém muitos dentre o povo, diante das condições adversas do deserto, coloca- ram em dúvida a proteção e o cuidado de Deus, tentando-o por diversas vezes (Êx 16.3-8). Por isso, a maioria das pessoas que saíram do Egito não entrou na Terra Prometida. Aprendemos que o deserto é lugar de fome (Mt 4.2-4), porém também é lugar de provisão, aliança, purificação e encontro com Deus (Êx 19.1-19; Os 2.14). 3. A tentação de Jesus no deserto por 40 dias. Os quarenta dias de jejum de Jesus recordam os quarenta anos de Israel no deserto. O jejum por 40 dias não era uma inovação, pois Moisés (Êx 24.18) e Elias (1Rs 19.8) também jejuaram este mesmo tempo. O número 40 é utilizado várias vezes na Bíblia (Gn 7,4,12; Êx 24.18; Dt 9. 9) e quando se refere a dias ou anos pode significar um período necessário e suficiente para determinada ação. Jesus foi desafiado, como Filho de Deus, a fazer uso de seus atributos di- vinos para satisfazer suas necessidades humanas, mas Ele rebate a tentação utilizando a Palavra de Deus. Enquanto o povo hebreu murmura contra Deus por causa da fome, Jesus segue submisso a Deus a fim de cumprir sua missão. Pense! O povo hebreu e Jesus respon- deram de forma diferente diante das tentações no deserto. E você, como se comporta quando passa pelo deserto, pelas provações? Ponto Importante Conhecer as Escrituras foi fundamental para as respostas de Jesus ao Inimigo. A Palavra de Deus é uma arma eficiente contra as tentações. II – A TENTAÇÃO DO USO DO TEMPLO PARA EXPLORAÇÃO 1.Atentaçãodemercantilizarareligião (Mt 4.5,6). O local da segunda tentação é o lugar mais alto do Templo. O pináculo demonstra a responsabilidade de estar no ponto mais alto do poder religioso, e quem assume tal“poder”precisa termuito cuidado, pois também será tentado pelo Diabo para usá-lo mal. O Inimigo cita o Salmo 91, em que Deus promete proteger o justo. No entanto, isso não querdizerque o cristão será beneficiado em troca de sua fidelidade. Infelizmente muitos pregam um relacionamento mercantilcom Deus.Jesus descartou esse procedimento afirmando que os seus discípulos também passariam por aflições (Jo 16.33). A sociedade atual é consumista, tendo como principais características o imediatismo, e em resposta a essa sociedade algumas instituições religio- sas oferecem uma teologia consumista. Promessas de experiências inovadoras,
  • 31. JOVENS 29 com resultados imediatistas, em maior quantidade e menor esforço. Em troca, exigem a fidelização dos “consumidores espirituais”, além de sua passividade, cumplicidade e submissão cega. Essa relação de poder beneficia somente algumas pessoas, que não se interessam pelos fiéis, mas pelo sistema de poder que monopolizam. Diferente da teologia pregada por Jesus, que privilegiava a solidariedade, a vida em comunidade, simples e sem excesso de consumo. A mercantilização da sociedade tem moldado práticas religiosas antiblíblicas e prestado um serviço ao materialismo. 2. A tentação de fazer de Deus um instrumento de ostentação. Em uma das respostas de Jesus, Ele cita Deuteronômio 6.16: “Não tentareis o SENHOR, vosso Deus [...]”. O texto se refere ao episódio ocorrido em Massá (Êx 17.1-7), onde os israelitas tentaram a Deus, exigindo que Ele provasse o seu poder providenciando água para beber. Infelizmente, muitos ainda acham que podem determinar o que Deus deve fazer. Muitos falsos profetas usam do autoritarismo em supostas “visões e revelações”, visando à manutenção dos benefícios e interesses próprios. Eles se apresentam como pessoas com o suposto poder de manipular a ação de Deus (“tentam” a Deus). Estes se apresentam como pessoas de fé, mas na realidade se comportam como ateus, pois agem como se Deus não existisse para julgar o seus atos pecaminosos. 3. As distorções que prejudicam o cristianismo. A atuação dos falsos profe- tas que querem mercantilizar a fé cristã e a ideia erronea de “manipular a Deus”, acabam por prejudicar o cristianismo e a pregação da Palavra de Deus. Jesus curou e libertou muitas pessoas, mas Ele nunca tirou vantagem ou usou sua posição de profeta para manipular as pessoas com seus discursos. Mateus 7.28,29 afirma que as multidões se maravilhavam com o seu ensino e reconheciam sua autoridade como divina, pois não estava baseada na sua persuasão, mas no exemplo de vida. Pense! Jesus privilegiava a solidariedade, o amor ao próximo e uma vida sem excesso de consumo. Ponto Importante Jesus tinha autoridade e nunca usou de suas qualificações em seu benefício próprio. III – A TENTAÇÃO DO USO INDE- VIDO DO PODER 1. O poder dos impérios e reinos deste mundo. A grande altura do monte e a visualização de todos os reinos dão a sensação de poder. O ser humano tem a tendência de desejar o poder; a diferença é que alguns têm equilíbrio, enquanto outros não se importam com os meios para conquistá-lo. 2. O poder conquistado à custa da opressão e exploração do povo não provém de Deus. O texto dá a entender que o Diabo domina os reinos do mundo, pois ele tem a petulância de oferecê-los a Jesus, como se estivessem em seu po- der. Que mundo é esse? Provavelmente, Mateus está falando do controle da vida política, social, econômica e religiosa. Portanto, um mundo que necessita da intervenção divina para ser justo. O Diabo tenta negociar esse poder, mas Jesus rejeita e o vence. Sua vitória final é na cruz, ou seja, no cumprimento da sua missão e com o recebimento de
  • 32. 30 JOVENS um corpo glorificado. O próprio Mateus descreve que esse Jesus ressurreto recebeu o poder e a autoridade, pois é o Criador de todas as coisas. Esse poder e autoridade são ilimitados, pois é sobre a Terra e também sobre o céu (Mt 28.18). 3. O poder idolátrico dos reinos deste mundo. Todos aqueles que aguardavam a promessa messiânica tinham sua atenção voltada para a cidade de Sião. Essa atenção e centralidade estavam relacionadas com o fato de Sião ser um centro de adoração de todos os povos e um lugar de bênçãos. Um reino com o poder de prover as necessidades dos povos do mundo, com certeza receberia as “glórias” desses povos. Tal poder era e é realmente tentador. Com a tentação de Jesus também podemos aprender que mesmo alguém que pensa no bem do próximo também pode ser tentado a receber glórias para si. Por isso, a im- portância de se estar em sincronia com Deus e sua vontade. Jesus estava estava totalmente comprometido em cumprir a vontade do Pai, mesmo que fosse necessário sofrer dores, perseguição e morrer na cruz. A cruz de Cristo deve ser o real motivo pelo qual realizamos a obra de Deus. Pense! Por que muitas pessoas que iniciam seu ministério na obra de Deus com amor e lealdade, com o aumento do “poder” e da fama, acabam por se perderem? Ponto Importante Jesus estava consciente que para cumprir sua missão e os pro- pósitos de Deus deveria trilhar pacientemente o caminho da cruz e não o da glória humana. “Depois de seu batismo e afirmação por Deus, Jesus foi levado para o deserto pelo Espírito de Deus, e ali jejuou por quarenta dias e noites. Há um paralelo direto com Israel, o povo de Deus, no Antigo Testamen- to. Depois de eles atravessarem o mar Vermelho (batismo) e fazerem uma aliança com Deus (afirmação da missão e identidade), os israelitas passaram quarenta anos no deserto, onde a fé e a obediência a Deus foram testadas (Dt 8.2). Agora, o verdadeiro Filho de Deus também tinha de ex- perimentar esse teste, mas, de forma distinta de Israel, Ele teria de confiar perfeitamente no Pai e obedecer a Ele de forma plena (Hb 4.15). Mateus e Lucas registram três tenta- ções específicas que Satanás apre- sentou a Jesus; ainda assim, nosso Salvador, em cada caso, resistiu ci- tando versículos de Deuteronômio (8.3;6.16,13). As tentações de Satanás levaram os primeiros seres humanos a duvidar da Palavra de Deus, mas Jesus firmou-se na verdade da Palavra. Em cada uma das tentações, Jesus foi desafiado sobre a compreensão de sua missão e identidade (‘Se tu és o Filho de Deus [...]’). Primeiro, Satanás tenta Jesus para que provesse pão para si mesmo, mas Jesus responde citando Deuteronômio 8.3. Os israeli- tas no deserto murmuraram para ter pão e, só de forma muito relutante, confiaram na Palavra de Deus para prover o maná que necessitavam” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 81). SUBSÍDIO
  • 33. ANOTAÇÕES ESTANTE DO PROFESSOR HORA DA REVISÃO 1. Como Jesus reagiu a cada tentação? Ele reagiu cada tentação citando a Palavra de Deus e extraindo o princípio de cada passagem mencionada. 2. De acordo com a lição, a tentação de Jesus se assemelha a quê? A tentação de Jesus se assemelha ao Haggadah, um dos mais importantes textos da tradição judaica. 3. Quanto tempo durou a tentação de Jesus no deserto? A tentação de Jesus no deserto durou 40 dias. 4. O que representa a terceira tentação? A tentação do uso indevido do poder. 5. Segundo a lição, explique a centralidade em Sião. Sião era um centro de adoração de todos os povos e um lugar de bênção. CONCLUSÃO Nesta lição aprendemos que a fidelidade a Deus deve preceder a satisfação pessoal e de bens materiais. Aprendemos também que Deus não pode ser tentado pelo mal e seu nome não deve ser usado em benefício próprio. Como crentes não devemos buscar a glória para nós, mas glorificar a Deus. Precisamos estar sempre vigilantes, pois todos os cristãos passam pelo modelo das tentações de Jesus e o caminho da vitória também é o mesmo: conhecer a Palavra de Deus e fazer a vontade divina. PEARLMAN, Myer. Mateus: O evangelho do grande Rei. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
  • 34. 32 JOVENS L I Ç Ã O 5 OS PRIMEIROS DISCÍPULOS TEXTO DO DIA “E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mt 4.19) SÍNTESE O chamado de Jesus e a afirmação de que a seara é grande e os ceifeiros são poucos continuam atuais. AGENDA DE LEITURA SEGUNDA – Mt 4.20,22 Chamados, os discípulos obedeceram TERÇA – Mt 4.24 A fama de Jesus correu por toda a Síria QUARTA - Mt 22,15,16 João Batista e os fariseus também tinham discípulos QUINTA - Jo 13.35 O amor identifica o discípulo de Jesus SEXTA - Mt 5.13 Os discípulos são o sal da terra SÁBADO – Lc 6.40 “O discípulo não é superior a seu mestre” 04/02/2018
  • 35. JOVENS 33 OBJETIVOS 1. MOSTRAR como se deu o chamado dos primeiros discípulos; 2. APRESENTAR o discipulado como estratégia de cres- cimento; 3. DISCUTIR a eficácia do ensino do Mestre. INTERAÇÃO Professor(a), você conhece a origem da palavra método? Sabe definir tal vocábulo? A palavra método é de origem grega, methodos e significa caminho ou via que se utiliza para chegar a determinado fim. Para melhor compreen- são, método é o caminho a ser seguido para alcançar os objetivos propostos de uma aula. Assim sendo, primeiro o professor(a) precisa definir o objetivo a ser alcançado. Na sua revista, os objetivos já foram estabelecidos pelo autor da lição, mas para que você alcance melhores resultados é necessário adaptá-los com sua realidade. É importante que você também diversifique a metodo- logia a cada aula. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Para a aula de hoje, sugerimos que você providencie cópias do esquema abaixo e canetas. Reserve pelo menos uns 15 minutos da aula para a atividade. Solicite que os alunos formem grupos, e em seguida distribua as cópias das folhas para os grupos e as canetas. Em grupo os alu- nos vão preencher o quadro apresentando sugestões de como implantar ações de discipulado para os jovens da comunidade. Eles devem apontar também as possíveis dificuldades e como solucioná-las. DISCIPULADO PARA JOVENS MEDIDAS DIFICULDADES COMO RESOLVER?
  • 36. 34 JOVENS Mateus 4.18-25 18 E Jesus, andando junto ao mar da Ga- lileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. 19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 20 Então, eles, deixando logo as redes, seguiram-no. 21 E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes; e cha- mou-os. 22 Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no. 23 E percorria Jesus toda a Galileia, ensi- nando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. 24 E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. 25 E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém do Jordão. TEXTO BÍBLICO INTRODUÇÃO Ninguém pode fazer a obra de Deus sozinho, por isso Jesus, o Filho de Deus, chamou alguns dis- cípulos para estar mais próximos e ajudarem em seu ministério. O Mestre investiu tempo para preparar estes primeiros discí- pulos, a fim de que eles dessem continuidade à sua missão depois da sua partida. Jesus comissionou os primei- ros discípulos e começou o seu ministério de evangelização na região da Galileia, logo que soube que João estava preso. O início da pregação na região da Galileia e a preparação dos discípulos foram fundamentais para a expansão do Evangelho. COMENTÁRIO I – CHAMADOS PARA SEREM PESCADORES DE HOMENS 1. O discípulo recebia formação aos pés do seu mestre. A escolha do discípulo era de grande responsabilidade, pois ele seria o sucessor do mestre para discipular as futuras gerações. No judaísmo, o discípulo era alguém formado aos pés de um rabi, o mes- tre religioso, portanto era algo honroso, mas acompanhado de gran- de responsabilidade. João Batista e os fari- seus também tinham grupos de discípulos (Mt 22,15,16; Mc 2.18).
  • 37. JOVENS 35 Para ser convocado pelo mestre, o discípulo deveria apresentar algumas qualificações, como por exemplo, ter memorizado a Torá, além de possuir potencial para se tornar um mestre no futuro. Ele também precisava ser próximo de seu mestre, pois a partir da escolha deveriam ter uma vida em comum por um longo período. A princípio pode parecer que Jesus não teve o devido cuidado na escolha dos primeiros discípulos. O texto descreve a escolha a partir de um encontro casual e repentino, durante uma caminhada junto ao mar. Por isso, a necessidade de analisar esta narrativa de Mateus em conjunto com os demais Evangelhos, pois as informações se complementam. Cada um dos evangelistas teve o seu objetivo na hora de escrever os Evan- gelhos, com destinatários específicos e informações que seguiam também as necessidades específicas. 2. A escolha dos discípulos. Quando o chamado dos primeiros discípulos é analisado em conjunto com outros Evangelhos é possível perceber que Jesus os conhecia antes de chamá-los e os preparou depois da chamada. Dife- rente do que aparenta a leitura isolada de Mateus, João nos dá mais detalhes a este respeito (Jo 1.35-56). André, o pri- meiro discípulo a ser chamado já havia abandonado o negócio de pescaria da família para ser discípulo de João Batis- ta e deve ter visto Jesus pela primeira vez quando este foi batizado por João. Quando ouve João dizer que Jesus era o Cordeiro de Deus, ele segue a Jesus até sua casa e passa o dia com o Mestre. No dia seguinte André encontra seu irmão Simão e o leva para conhecer Jesus (Jo 1.41,42). No outro dia Jesus também chama Filipe, que, também traz mais um discípulo, Natanael. Os novos amigos e discípulos de Jesus permanecem juntos durante vários dias (Jo 2.12). O lugar onde ocorreu o chamado dos primeiros discípulos é motivo de contro- vérsia entre alguns estudiosos dos Evan- gelhos. Pois, a narrativa dos Evangelhos pode dar impressões diferentes. Segundo João parece que eles foram chamados na Judeia, onde João pregava. Mas de acordo com Mateus o local definido é a Galileia. Os comentaristas geralmente falam de duas chamadas, a primeira na Judeia e a segunda e definitiva, pouco depois, na Galileia quando Jesus iniciou o seu ministério, após saber da prisão de João Batista. 3. Ser discípulo exige fazer algumas renúncias. O que caracteriza um verda- deiro discípulo de Jesus? É a sua dispo- sição para segui-lo, independente das circunstâncias. A chamada dos discípulos e a resposta imediata deles mostram como se dá a verdadeira conversão. O chamado de Jesus falou mais forte do que os projetos pessoais e familiares daquele grupo de homens. Mateus mostra que os discípulos abandonaram suas profissões para seguir a Jesus, porém eles não abandonaram seus familiares por completo (Mt 8.14,15; 20.20). Mas, uma coisa é certa, todas as O chamado de Jesus falou mais forte do que os projetos pessoais e familiares daquele grupo de homens.
  • 38. 36 JOVENS pessoas que se propõe a seguir Jesus terão que fazer algum tipo de renúncia e mudar o estilo de vida. Pense! Os discípulos de Jesus tiveram que fazer algum tipo de renúncia para seguir a Jesus. Jovem, o que você tem renunciado por Cristo? Ponto Importante O chamado para o exercício do ministério é para pessoas ocupadas e que estejam dispostas a seguir Jesus, independente das circunstâncias. II – O DISCIPULADO COMO ES- TRATÉGIA DE CRESCIMENTO 1. O início do ministério de Jesus e a preparação dos discípulos. Jesus deu início ao seu ministério terreno assim que soube da morte de João. Ele retorna para a Galileia, mas não se estabelece em sua cidade natal, Nazaré, onde foi rejeitado (Lc 4.29). Jesus se muda para Cafarnaum, uma cidade marítima na região de Zebulom e Naftali. Mateus faz questão de enfatizar que Ele não fez isso por acaso, mas para que se cumprissem as Escrituras. Por isso, ele cita Isaías 9.1,2. Uma predição de que os habitantes de Zebulom e Naftali, que estavam em trevas, veriam uma grande luz. Mateus relê o texto de Isaías, apresentando Jesus como essa grande luz que traria a salvação para esse povo. A chamada Galileia dos gentios estava em trevas, distante de Deus e era um campo fértil para conversões. Jesus não foi para os grandes centros da Judeia e nem comissionou os prin- cipais rabinos e mestres de Jerusalém para iniciar o seu ministério. Ele escolhe discípulos da própria região, sem qua- lificações de liderança. Mas investiu na preparação deles. A comitiva de Jesus saiu por toda a Galileia pregando, ensinando e realizando diversos milagres. Assim, os discípulos vão sendo preparados “aos pés de Jesus”. 2. A difusão das Boas Novas pelos discípulos. A estratégia de Jesus deu grande resultado, pois as pessoas que se convertiam se transformavam em novos discípulos para anunciar as Boas Novas. Jesus, como homem, não pode- ria estar em vários lugares ao mesmo tempo, mas poderia ser representado pelos discípulos. O envolvimento daqueles que eram alcançados pela mensagem das Boas Novas era tão grande que Mateus registra que as pessoas da região da Galileia, da Judeia, de Jerusalém, dalém do Jordão, inclusive de Decápolis e da Síria, foram alcançadas pelo Evangelho. A mensagem de salvação ultrapassou as fronteiras. E isso se deve ao en- volvimento e testemunho dos novos convertidos. Os discípulos foram aprendizes e testemunhas dos milagres de Jesus, foram propagadores de sua mensagem e instrumentos de Deus para cura dos enfermos. A expansão do Reino de Deus se deu com pessoas simples, porém testemunhas do poder de Deus na vida de Jesus. Eles propagavam com eficácia a mensagem e os feitos de Jesus nas ruas, casas e comércio, de tal forma que milhares de pessoas se convertiam e a cada dia aumentava o grupo de discípulos. 3. A estratégia de discipulado de Jesus continua atualizada. Ainda hoje, algumas pessoas pensam que a res- ponsabilidade pela propagação do
  • 39. JOVENS 37 evangelho é somente dos líderes e pregadores. Muitos estão acomodados com a rotina de atividades dentro dos templos. A evangelização deixou de ser prioridade para alguns. Jesus disse que veio para os doentes e não para os sãos. A Igreja deve atuar como um hospital, um local para acolher os enfermos, mas para isso, precisa de pessoas capacitadas e preparadas para receber e tratá-los adequadamente. A conversão é uma obra espiritual realizada pelo Espírito Santo, mas fazer discípulos é responsabilidade de cada cristão. Essa era a estratégia de Jesus. As pessoas que ouviam e testemunhavam do poder de Deus eram estimuladas a propagar as Boas-Novas em todos os lugares, de forma simples e objetiva. Com isso as conversões cresciam a cada dia por meio do discipulado. A tarefa da Igreja somente estará completa quando o novo crente for integrado à vida da Igreja e for capacitado para fazer novos discípulos (2 Tm 2.2). Pense! Considerando que o discipulado é responsabilidade de cada cristão, jovem, qual tem sido a sua contribuição? Ponto Importante Desde o início da Igreja o discipulado tem sido a melhor estratégia de crescimento, pois desenvolve tanto o discipulando como o discipulador. III - A EFICÁCIA DO ENSINO DO MESTRE (Mt 7.24-29) 1. A didática do Mestre. A eficácia do ensino de Jesus era surpreendente, pois Ele conseguia falar para um públi- co grande e diversificado e mantê-los atentos por horas. Ele fez uso de várias ilustrações em seus sermões, pois elas conduziam os seus ouvintes a imagi- narem a cena citada de tal forma que os discípulos se sentiam participantes ativos. 2. Histórias utilizadas pelo Mestre. Ao longo do Sermão do Monte, Jesus se utiliza da parábola dos dois alicerces para ressaltar a diferença entre aqueles que ouvem a sua palavra e a pratica; e os que somente a ouvem. Jesus mostra que a primeira casa foi muito bem construída, pois o seu construtor a estabeleceu sobre um fundamento seguro, a rocha. Jesus compara o construtor prudente à pessoa que ouve os seus ensinos e os coloca em prática. O Mestre ensina que a nossa vida (nossa casa) é construída mediante as nossas escolhas e que estas vão interferir em nosso futuro. Na segunda casa, o construtor utiliza a areia como fundamento e tal ilustração chama a atenção para as práticas dos escribas, fariseus e os líderes religiosos que viviam uma espiritualidade superficial e hipócrita. Jesus mostra que a primeira casa se manterá de pé, mesmo diante das intempéries da vida, mas a segunda será destruída. Sobre qual fundamento você tem construído sua casa? A tarefa da Igreja somente estará completa quando o novo crente for integrado à vida da Igreja e for capacitado para fazer novos discípulos.
  • 40. 38 JOVENS 3. O ensino de Jesus era único e causava admiração (Mt 7.28,29). Apesar de tudo que já foi escrito a respeito do Mestre, o estudo de sua vida e obra con- tinua edificando, exortando, consolando seus discípulos e lhes causando admi- ração. Por isso, não é de se estranhar o entusiasmo das multidões ao ouvir seus sermões (v.28). Os métodos utilizados por Jesus em seu ensino não eram novos; a grande maioria era conhecida, principalmente pelos mestres judeus. No entanto, a maestria com que Ele os utilizava fazia uma grande diferença no aprendiza- do dos seus ouvintes e os deixavam maravilhados. Porém, isso não era o que mais impressionava e causava admiração nos seus discípulos e na- queles que o ouviam. O que chamava a atenção do povo era a coerência entre o que Jesus ensinava e o seu modo de vida. Enquanto os escribas, fariseus e demais líderes viviam de aparência e falsas ostentações, o discurso de Jesus era coerente com sua prática. Os anos passam, mas seus ensinos continuam admiráveis, inigualáveis e capazes de transformar o mais vil pecador em filho de Deus, tornando-o “um pescador de homens” (Mt 4.19). Pense! Jovem, sobre qual dos fundamentos citados por Jesus, rocha ou areia, você está construindo sua casa? Ponto Importante Jesus, com a sua metodologia de ensino e com a sua autoridade, fazia com que multidões o ouvissem voluntariamente por horas. “Discípulo era um termo comum no século I para uma pessoa que era um seguidor compromissado de um líder religioso, filosófico ou político. No mundo judaico, o termo era particu- larmente usado para os estudantes de um rabi, o mestre religioso. Nos Evangelhos, João Batista e os fariseus tinham grupos de discípulos (Mc 2.18; Mt 22.15,16). Esses discípulos, com frequência, eram os alunos mais promissores que passaram pelo sis- tema de educação judaica — os que já tinham memorizado as Escrituras hebraicas e demonstraram o poten- cial para aprender os ensinamentos específicos dos rabis sobre a Lei e os profetas a fim de que pudesse ensinar isso a outros. Portanto, era uma grande honra e responsabilidade ser chamado por um rabi para ser seu discípulo. Os discípulos aprenderam os ensinamentos de seu rabi vivendo com ele e seguindo-o aonde quer que vá. Uma frase daquele tempo descrevia os discípulos como aqueles que ‘ficavam cobertos pela poeira do rabi’, porque, literalmente, seguiam de muito perto seus mestres” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 69). SUBSÍDIO
  • 41. ANOTAÇÕES ESTANTE DO PROFESSOR HORA DA REVISÃO 1. Segundo a lição, qual foi o local do chamado dos discípulos? De acordo com Mateus o local definido é a Galileia. 2. O que caracteriza um verdadeiro discípulo de Jesus? É a sua disposição para segui-lo, independente das circunstâncias. 3. De acordo com a lição, quando Jesus iniciou o seu ministério terreno? Jesus deu início ao seu ministério terreno assim que soube da morte de João. 4. A estratégia de discipulado de Jesus continua atualizada? Sim. Ainda hoje, temos a responsabilidade de fazer discípulos. 5. De quem é a responsabilidade de fazer discípulos? De todos os crentes. CONCLUSÃO Nesta lição, aprendemos que Jesus escolheu os discípulos e investiu tempo para capacitá-los a fim de que se tornassem discipuladores. Isso exigiu deles renúncias pessoais, profissionais e até mesmo familiares. Aprendemos tam- bém que o modelo de discipulado de Jesus continua atual e eficiente para o crescimento da Igreja na atualidade. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
  • 42. 40 JOVENS L I Ç Ã O 6 OS DISCÍPULOS SÃO COMISSIONADOS POR JESUS TEXTO DO DIA “E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal.” (Mt 10.1) SÍNTESE O Evangelho deve ser proclamado, independente da aceitação ou não das pessoas. AGENDA DE LEITURA SEGUNDA – Mt 10.1 O chamado dos 12 primeiros discípulos TERÇA - Mt 9.36 Jesus teve compaixão das multidões QUARTA – 2 Tm 2.3 Como bom soldado de Jesus Cristo QUINTA – Mt 10.14 Muitos não aceitam a mensagem do Evangelho SEXTA – Mt 10.15 As consequências da rejeição do Evangelho SÁBADO – Mt 4.17 A mensagem de arrependimento 11/02/2018
  • 43. JOVENS 41 OBJETIVOS 1. APRESENTAR os doze discípulos de Jesus e mostrar como se deu o chamado deles; 2. EXPLICAR os sinais e milagres que acompanham os comissionados; 3. CONSCIENTIZAR de que nem todos aceitam a men- sagem do Reino. INTERAÇÃO A cada dia fica mais difícil para os professores(as) manter o interesse e a atenção dos alunos durante toda a aula. Tal fato se deve, em grande parte, ao uso exacerbado das redes sociais. Mas, não é só o uso exagerado das redes sociais. Infelizmente a falta de uma metodologia adequada e o relacionamento com os jovens também contribuem para que os alunos fiquem desatentos durante as aulas. Por isso, dar aulas para os jovens, na atualidade, é um desafio. Alguns jovens têm abandonado a Escola Dominical por achar as aulas monótonas e cansativas. Por isso, é importante que você elabore aulas participativas, ame seus alunos e seja amigo(a) deles. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor(a) para a aula de hoje será necessário um pe- queno investimento. De acordo com o número de alunos, compre uma ou mais caixas de “BIS” ou outro chocolate de sua preferência. Após a saudação inicial, calmamente, pegue uma das caixas e, na frente dos alunos, abra um dos BIS e comece a comê-lo lentamente. Não vai demorar e alguém falará alguma coisa (vai pedir um ou vai reclamar, entre outras atitudes). Continue comendo devagar até acabar. Depois de comer o BIS pergunte se alguém ficou com vontade de comer o chocolate. Provavelmente, a maioria vai dizer que sim. Então, aproveite para mostrar que existem também muitos jovens que estão desejo- sos de conhecer Jesus, mas não tem ninguém que os evangelize. Estes também estão só olhando sem poder experimentar do Pão da Vida, Jesus. Mas, a salvação é para todos. Em seguida, distribua o BIS para aos alunos.
  • 44. 42 JOVENS Mateus 10.1-15 1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal. 2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; 4 Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. 5 Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; 6 mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel; 7 e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. 8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os de- mônios; de graça recebestes, de graça dai. 9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; 10 nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento. 11 E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno e hospedai-vos aí até que vos retireis. 12 E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; 13 e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. 14 E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. 15 Em verdade vos digo que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade. TEXTO BÍBLICO INTRODUÇÃO Jesus escolheu e preparou doze homens para serem seus pri- meiros discípulos. Depois de comissionar e orientar quanto à missão deles, o Mestre os revestiu de poder para realizarem sinais que comprovariam as Boas-No- vas do Evangelho e a chegada do Reino dos Céus. A missão destes primeiros discí- pulos era levar a paz a todas as pessoas, expulsar os espíritos imundos e curar as enfermidades e todo mal (Mt 10.1). O Mestre orienta os discípulos, mostrando como deveriam proceder ao che- gar e ao sair das casas ou cidades. Jesus também ensina a respeito das consequências que sofreriam aqueles que não recebessem os discípulos e nem escutassem as suas palavras (Mt 10.14). COMENTÁRIO
  • 45. JOVENS 43 I – OS DOZE DISCÍPULOS EAPRO- CLAMAÇÃO DO REINO DOS CÉUS 1. A preparação. Mateus dedica um bom espaço do texto Sagrado para trazer um dos principais discursos de Jesus, conhecido como o Sermão do Monte (Mt 5-7). Nele há auxílios para quem se dispõe a ter uma vida solidi- ficada na rocha e ser uma testemunha do Reino. Depois do Sermão do Monte, começa então a segunda parte do Evangelho de Mateus e no capítulo dez temos o discurso de Jesus chamado de “Sermão Missionário” (Mt 10). Antes do comissionamento dos doze discípulos, Mateus narra uma série de sinais miraculosos realizados por Jesus (Mt 8,9). Ele descreve um total de dez curas e atos de poder realizados por Jesus e a constatação de que o campo de trabalho, a seara, é grande, mas que poucos são os ceifeiros. Tendemos a acreditar que os sinais feitos por Jesus ninguém mais poderia fazê-los, mas na verdade Ele estava capacitando e treinando seus discípulos para milagres ainda maiores. Je- sus chamou os doze, os treinou para depois comissioná-los. 2. O comissionamento dos doze. Diferente do judaísmo institucionalizado, Jesus escolhe dentre o povo doze homens comuns, simples e das mais diversas origens. Entre eles estavam pescadores, como também membros de grupos opostos (grupo dos zelotes — coletor de impostos). Manter um grupo de pessoas com conhecimentos e perspectivas tão diferentes em um grupo coeso e eficiente exige esforço, paciência e muito treinamento. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas registram a eleição dos doze, mas cada um dá uma ênfase diferente (Mt 10.1-4; Mc 3.13-19; Lc 6.12-16). O que coincide na lista sinótica e que todas começam com Pedro, o líder, e termi- na com Judas, o traidor. Diferente dos demais evangelistas, Mateus coloca a relação dos doze discípulos no início de uma seção a respeito de missão. Depois de um bom tempo juntos e auxiliando Jesus a ensinar, curar e expulsar demônios, agora os discípulos recebem a incumbência de cumprir a missão que lhes foi confiada sem a supervisão direta do Mestre. 3. Compaixão para proclamar o Reino dos Céus às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5-7, 9,10). Um dos principais exemplos que Jesus deixou para seus discípulos é a compaixão pelo povo sofrido da Galileia e sul da Síria (Mt 9.35-38). O termo bíblico judaico para compaixão era rahamin que tem o significado de amor materno. Jesus demonstra que é com esse amor que os discípulos deveriam amar aqueles a quem iriam anunciar o Evangelho. Neste momento específico, a priorida- de na evangelização eram as ovelhas per- didas da casa de Israel (Mt 10.6). Esta era uma estratégia específica e temporária. Outra recomendação importante é que os discípulos não deveriam se preocupar em levar bens materiais ou riquezas (Mt 10.9,10). Quem está trabalhando na Seara do Mestre deve agir como um soldado (2 Tm 2.3,4), pois quando o combatente é convocado e vai para uma guerra ele só pode carregar suas armas e o essencial para sua sobrevivência.
  • 46. 44 JOVENS Pense! Você que já teve um encontro sincero com Cristo e a vida transformada por Ele, já sentiu compaixão por aqueles que estão desgarrados e errantes? Ponto Importante Antes de comissionar os discípulos, Jesus os capacitou. Ele investiu seu tempo e paciência para ensiná-los como deveriam cumprir a missão que lhes foi confiada. II – SINAIS E MILAGRES ACOM- PANHAM OS COMISSIONADOS (Mt 10.1,8) 1. Os discípulos recebem poder. Jesus não tinha ciúmes ou medo de que seus discípulos se sobressaíssem, pois sua visão era de crescimento do Reino dos Céus. Seu objetivo era a libertação dos oprimidos e enfermos. Aprende- mos com o Mestre que quando o líder investe em seus subordinados e estes cumprem sua missão com êxito, o líder que os instruiu também é honrado. Este é o segredo da boa liderança, investir e treinar bem os liderados. Mateus afirma que Jesus deu poder aos discípulos para expulsar os espíritos imundos e curar toda espécie de enfermidades. A autoridade para realizar os sinais foi transferida de Jesus para os discípulos. Eles receberam o poder diretamente do Filho de Deus, como parte integrante do plano divino de anunciar a salvação. Os doze receberam uma grande res- ponsabilidade acompanhada de uma grande honra. 2. A mensagem dos discípulos de- veria ser a mesma de Jesus. A pregação dos discípulos deveria ser a mesma de Jesus (Mt 4.17), mas além da men- sagem do Reino, eles necessitariam atender quatros imperativos: “curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos e expulsai os demônios” (Mt 10.7,8). Como representantes de Cristo, os discípulos estariam desafiando o poder imperial romano e religioso, por isso, estariam também correndo perigo, como o Mestre deles. Acompanhar Jesus de perto e ser um discípulo era um privilégio e uma honra, mas também exigia disciplina e responsabilidade. Por isso, o Mestre relaciona uma série de recomendações a seus discípulos, dispostos a proclamar o Evangelho (Mt 10.7-17). 3. Os discípulos não poderiam uti- lizar o poder recebido em benefício próprio. Os discípulos haviam recebido poder para realizar sinais em nome de Jesus, mas também receberam uma advertência séria, pois não poderiam usar o poder recebido em benefício próprio, ou ter pagamento algum em troca. Eles receberam o poder de graça e de graça deveriam anunciar o Reino dos Céus. Pense! Jesus investiu no preparo de seus discípulos, mas eles tiveram que se dispor para aprender. Jovem, você tem essa mesma disposição? Jesus deu poder aos discípulos para expulsar os espíritos imundos e curar toda espécie de enfermidades.
  • 47. JOVENS 45 Ponto Importante Os discípulos foram honrados ao serem comissionados, a exemplo de grandes figuras do povo de Israel do passado, como Moisés, Davi, Isaías e Jeremias. III – NEMTODOSACEITAMAMEN- SAGEM DO REINO (Mt 10.11-15) 1. A paz de Deus. Os discípulos são recomendados a oferecer a paz de Cristo a “todas as ovelhas perdidas da casa de Israel” (v.6). No contexto, a casa considerada digna é aquela em que o proprietário recebe voluntariamente a oferta da paz por meio do Evangelho. Nesse caso, se convidado, o discípulo deveria entrar e se hospedar o tempo necessário para anunciar as Boas-Novas. Na cultura atual é difícil entender essa prática de se hospedar pessoas desco- nhecidas, mas na época de Jesus era algo bem comum. O fato de depender da boa vontade das pessoas para se hospedar de forma gratuita na casa de um desconhecido também exigia humil- dade dos discípulos, pois nem todas as pessoas têm essa propensão e se propõe a fazer isso. Por isso, a necessidade da ação do Espírito Santo na vida daqueles que realmente estão comprometidos com o Reino dos Céus. 2. Lidando com a rejeição. Jesus orientou os discípulos mostrando que algumas pessoas iriam rejeitar o Evangelho e ignorá-los. O próprio Jesus era um exemplo de rejeição e submissão a situações de humilhação. Todavia, também era um exemplo a ser seguido, pois não desanimava diante dessas dificuldades e mantinha seu propósito de fazer a vontade de Deus. No versículo (v. 14) aparece uma expressão que não é costumeira para a cultura contemporânea: “sacudi o pó dos vossos pés”. Tal declaração é uma forma de demonstrar que o proprietário da casa visitada, que rejeitou o Evan- gelho, é responsável pela sua atitude. Jesus estava preparando os discípulos para que eles aprendessem a lidar com as rejeições sem se magoarem e perderem o propósito, pois cada um é responsável pelas suas escolhas. 3. Não desanime diante da recusa das pessoas. O crente não deve desa- nimar quando as pessoas rejeitarem a pregação do Evangelho. Quem rejeita hoje poderá aceitar amanhã, pois as pessoas mudam, as condições e as experiências também. Quem convence o homem do pecado, da justiça divina e do juízo é o Espírito Santo, a nós cabe somente anunciar o plano da salvação, orar pelos enfermos e os oprimidos do Diabo. Infelizmente, haverá pessoas que nunca aceitarão a mensagem da salvação. O discípulo que passa por uma experiência dessas, não deve achar que ele é o responsável pela recusa da pessoa. Não devemos nos preocupar, de forma demasiada, pelas decisões erradas das pessoas, pois o crente não pode mudar ninguém e nem impor às pessoas a salvação, mas oferecê-la gratuitamente e com amor. Pense! Jovem, qual o seu comprometimento com a missão evangelizadora da Igreja? Ponto Importante A salvação é oferecida gratuitamente a todas as pessoas e não deve ser imposta. Cada pessoa é responsável pelas suas escolhas.
  • 48. 46 JOVENS “Evangelização e responsabilidade social O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por Deus. E Deus não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemos preo- cupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco com um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! Deus fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como ‘um corpo-alma em sociedade’. Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amarmos o nosso próximo como Deus o amou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua socieda- de. [...] É verdade que o Senhor Jesus ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se ‘amarás o teu próximo’ tivesse sido substituído por ‘pregarás o Evangelho’. Nem tampouco reinterpreta amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos” (STOTT, John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.60,61). “Mateus 10.6: ‘As ovelhas perdidas da casa de Israel’, as ovelhas, as que estão perdidas, são mencionadas aqui pela primeira vez em Mateus. Jesus está expressando compaixão e não censura. John Bebgel comenta que Jesus diz ‘perdido’ e assemelhados mais frequentemente do que ‘desviado’ e assemelhados. ‘Se a nação judaica pudesse ser levada ao arrependimento o novo tempo despontaria’. Mateus 10.14: ‘Sacudi o pó dos vossos pés’. ‘Sacudir’, um gesto vigoroso de desfavor. Os judeus tinham preconceitos ardentes contra as menores partículas do pó pa- gão. A questão não era a existência de germes no pó. Tal fato não se conhecia na época. Os judeus consideravam que qualquer coisa relacionada aos gentios estava contaminada com a pu- trescência da morte. Se os apóstolos fossem maltratados, eles tinham de tratar os impiedosos donos da casa como se eles fossem gentios (cf. Mt 18.17; At 18.6) Essa instrução também era restrita a esta excursão, com seus perigos peculiares” (ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & Marcos: À luz do Novo Testamento Grego. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 118). SUBSÍDIO 1 SUBSÍDIO 2