"Conceitos e modelos referenciais: uma introdução às diferentes escalas de infraestrutura"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 3: Desenho Urbano e Infraestrutura
6. viário pioneiro
índios: meia encosta
portugueses: topo do morro
atualmente: fundo de vale
encostas íngremes
córrego engavetado
7. viário pioneiro
encostas íngremes
córrego engavetado
A ocupação de meia encosta desestabiliza o sistema geológico
A ocupação no topo de morro promove a impermeabilização do solo e redireciona o caminho
das águas e demais resíduos líquidos
A ocupação em fundo de vale prejudica os corpos hídricos e escavam a base do morro
* Ocupação em meia encosta: melhor opção pelo corte e não pelo aterro (afim de evitar
problemas na saia do talude, na compactação, etc.)
9. Deve-se prevenir:
1. Erosão: alta velocidade da água provoca a erosão das margens
2. Assoreamento: a queda das margens provoca assoreamento do leito
do córrego
3. Uso de gabião: resíduos sólidos e orgânicos favorecem o
aparecimento de ratos e cobras
4. Lançamento de resíduos líquidos sem tratamento: a concentração do
esgoto provoca degradação ambiental e contaminação
5. Bacias de Sedimentação: pode provocar contaminação das áreas de
manancial:
6. Obstrução da passagem da água: única maneira de evitar o
alagamento é desobstruir o caminho das águas
10. Aumenta seção proporcional à necessidade do aumento da vazão
Termos comparativos:
Velocidade da água na calha natural do rio: 1 a 2 m/s
Velocidade da água em canalização adotando 1% de declividade: 4 a 5 m/s
Coeficiente de vazão num córrego natural com alta declividade: 0,7
Coeficiente de vazão num córrego canalizado: 0,9 (similar ao coeficiente de vazão do asfalto)
Renaturaralização de córrego ou canalização natural: ideal em situação em que o fundo do
córrego é rochoso
Vertedouro em “V”
12. Largura das vias compartilhadas
2,50m para manutenção das redes de esgoto (entrada de veículos de limpeza)
3,50m para entrada de bombeiro, ambulâncias, etc.
13. Largura das vias compartilhadas
2,50m para manutenção das redes de esgoto (entrada de veículos de limpeza)
3,50m para entrada de bombeiro, ambulâncias, etc.
Declividade do viário
Rua convencional: 15% a 18%
Rua condominial: até 24%
14. Largura das vias compartilhadas
2,50m para manutenção das redes de esgoto (entrada de veículos de limpeza)
3,50m para entrada de bombeiro, ambulâncias, etc.
Declividade do viário
Rua convencional: 15% a 18%
Rua condominial: até 24%
Tipo de material
Até 18% de declividade: flexível
De 18% a 24%: híbrido ou concreto
Acima de 24%: escada
15. Largura das vias compartilhadas
2,50m para manutenção das redes de esgoto (entrada de veículos de limpeza)
3,50m para entrada de bombeiro, ambulâncias, etc.
Declividade do viário
Rua convencional: 15% a 18%
Rua condominial: até 24%
Tipo de material
Até 18% de declividade: flexível
De 18% a 24%: híbrido ou concreto
Acima de 24%: escada
Paradas de ônibus e automóvel com segurança e conforto
Ponto de ônibus a cada 600m (máximo)
Baia de parada de ônibus: 15m (faixa de desaceleração) + 20m (parada) + 15m (faixa de
aceleração) = 50m
Automóvel:
Paralelo: Trânsito flui
Diagonal e 45º: Trânsito mais lento (redutor natural)
20. Retaludamento
Pontos favoráveis Pontos desfavoráveis Pontos impeditivos
Execução simples
Gera grandes movimentos
de terra
Presença de viário na crista da
encosta, limitando a área a ser
escavada
Custo relativamente baixo
Necessidade de local para
depósito de material
excedente
Presença de edificações na
crista da encosta, necessitando
de remoção para sua execução,
opção não permitida
Necessidade de remoção
da vegetação
Presença de estruturas
reliquiares desfavoráveis à
estabilidade
21. Muros de gravidade
Pontos favoráveis Pontos desfavoráveis Pontos impeditivos
Execução relativamente
simples
Promovem apenas a
estabilização local
correspondente ao desnível
máximo arrimado
Não promovem a estabilização
global do maciço
Custos relativamente
baixos
Difícil implantação ao longo
da encosta
A distribuição dos muros ao
longo da encosta prejudica a
estabilização global do maciço
pois implica em colocar mais
peso em local de estabilidade
precária
Necessidade, em função do
exíguo espaço no pé da
encosta, de execução de
escavações para sua
implantação, gerando
situações de grande risco
Não promovem a estabilização
de locais com cicatrizes de
escorregamentos pretéritos
22. Muro de flexão em concreto armado
Pontos favoráveis Pontos desfavoráveis Pontos impeditivos
Execução relativamente
simples
Promovem apenas a
estabilização local
correspondente ao desnível
máximo arrimado
Não promovem a estabilização
global do maciço
Custos relativamente
baixos
Difícil implantação ao longo
da encosta
A distribuição dos muros ao
longo da encosta prejudica a
estabilização global do maciço
pois implica em colocar mais
peso em local de estabilidade
precária
Necessidade, em função do
exíguo espaço no pé da
encosta, de execução de
escavações para sua
implantação, gerando
situações de grande risco
Não promovem a estabilização
de locais com cicatrizes de
escorregamentos pretéritos
23. Solo grampeado
Pontos favoráveis Pontos desfavoráveis Pontos impeditivos
A solução se adequa à
geometria da encosta
Difícil implantação ao longo da
encosta
Necessidade de remoção da
densa vegetação arbórea,
substituindo-a por concreto
projetado
Não necessita de
escavações para sua
implantação
Necessidade de implantação
da solução em toda a encosta
Necessidade de grande
densidade e elevados
comprimentos de grampos
para a estabilização em função
das dimensões da encosta
Requer implementação de vias
de acesso provisórios
Custo alto
24. Estrutura de contenção atirantada
Pontos favoráveis Pontos desfavoráveis Pontos impeditivos
A solução técnica de
maior confiabilidade
Requer empresas de execução
especializada
Controle das cargas de
protensão dos tirantes
aplicadas
Custo alto
Permite implantação de
vegetação na encosta
remanescente
Utilização de equipamentos de
porte pequeno e médio
Adequação à geometria
da encosta
Requer implementação de vias
de acesso provisórios
26. PROJETOS NAS ÁREAS DE RISCO
MA-21 - CANAÃ - RUA JACARANDÁ
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MAUÁ
SECRETARIA DE OBRAS
ESTUDOS GEOTÉCNICOS DE ESTABILIDADE, 2015
CASO 02
A QUESTÃO TÉCNICA
30. 1.561
SOLO B
SOLO C
SOLO D
SOLO E
SOLO F
N.A.
SOBRECARGA
SOBRECARGA
DIST.(m)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135
ELEV.(m)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
Círculo de ruptura crítico e fator de
segurança obtido considerando o reforço do
talude de montante da Rua Jacarandá com
chumbadores (Solo Grampeado).
1.501
SOLO B
SOLO C
SOLO D
SOLO E
SOLO F
N.A.
SOBRECARGA
SOBRECARGA
DIST.(m)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135
ELEV.(m)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
Círculo de ruptura crítico e fator de
segurança obtido considerando a
estabilização do talude de jusante a Rua
Jacarandá com a solução de Cortina
Atirantada.
A SOLUÇÃO
37. Solo Grampeado [R$] Cortina Atirantada [R$] Remoções [R$] Aterro [R$] Total das contenções [R$]
Projeto Original (anternativa 1) 12.486.391,8 3.016.816,8 209.683,76* Não se aplica 15.503.208,6
Solo Grampeado + Remoções (alternativa 2) 12.486.391,8 745.916,3 2.445.491,74** 4.646.164,4 20.323.964,2
* Para o Projeto original foi estimada a remoção de um total de 34 moradias, contudo a maioria barracos
** Na alternativa 2, além das 34 moradias previstas no projeto original, foi prevista a remoção de mais 53 moradias, todas em alvenária e a maioria com 2 pavimentos.
39. Solo Grampeado [R$] Cortina Atirantada [R$] Remoções [R$] Aterro [R$] Total das contenções [R$]
Projeto Original (anternativa 1) 12.486.391,8 3.016.816,8 209.683,76* Não se aplica 15.503.208,6
Solo Grampeado + Remoções (alternativa 2) 12.486.391,8 745.916,3 2.445.491,74** 4.646.164,4 20.323.964,2
* Para o Projeto original foi estimada a remoção de um total de 34 moradias, contudo a maioria barracos
** Na alternativa 2, além das 34 moradias previstas no projeto original, foi prevista a remoção de mais 53 moradias, todas em alvenária e a maioria com 2 pavimentos.
41. Conceitos básicos de
infraestrutura a partir da sua
relação com o urbanismo
Método de planejamento
urbano a partir do projeto de
infraestrutura
Integração dos conceitos na
construção do território
47. 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA
ÁREA OCUPÁVEL
PONTO MAIS ALTO E
PONTO MAIS BAIXO
LINHAS DE DRENAGEM
NATURAL
Norte
1 Km
48. 3. PARTIDO PROJETUAL
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
COLETA DE ESGOTO
DRENAGEM NATURAL
SISTEMA VIÁRIO
VALORIZAÇÃO
DAS CARACTERÍSTICAS
DO TERRITÓRIO
Norte
1 Km
49. 3. PARTIDO PROJETUAL
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
COLETA DE ESGOTO
DRENAGEM NATURAL
SISTEMA VIÁRIO
VALORIZAÇÃO
DAS CARACTERÍSTICAS
DO TERRITÓRIO
Norte
1 Km
56. Contextualizar as soluções
técnicas no ambiente urbano
Demonstrar como as redes e
sistemas de infra podem ser
essenciais
Explorando um dos princípios
do urbanismo, de integração
das disciplinas para a
qualificação territorial
73. Estação São Bento de Metrô
Local: São Paulo, Brasil
Arquitetura: Marcello Fragelli e colaboradores
Ano da Construção: a partir de 1968
Programa: Estação de Metrô, Praça e Sede da Companhia do
Metrô
Praça do Patriarca
Local: São Paulo, Brasil
Arquitetura: Paulo Mendes da Rocha e
colaboradores
Ano da Cosntrução: 2002
Programa: Biblioteca, Centro Comunitário e Centro
Cultural
74. CEU Rosas da China
Local: São Paulo, SP.
Autores: Alexandre Delijaicov, André
Takiya e Wanderley Ariza
Programa: Bloco maior: salas de aula,
refeitórios, biblioteca, programa de
inclusão digital, padaria-escola, áreas
para exposições e para a convivência,
bloco cirOcular: creche; bloco menor:
teatro, ginásio esportivo e sala de
ensaios musicais.
Foto David Rego Jr
Parque Biblioteca Pública León de Greiff
Local: Medelin, Colômbia
Arquitetura: Giancarlo Mazzanti e colaboradores: Andrés
Sarmiento, Juan Manuel Gil, Fredy Pantoja, Pedro Saa, Gustavo
Vasquez, Iván Ucros
Ano da Construção: 2006 e 2007
Área Total: 4.191 m2
Programa: Biblioteca, Centro Comunitário e Centro Cultural
75. 1. Equipamentos que respondem a mais de
uma função de interesse social
2. Equipamentos que valorizam a terra
3. Equipamentos que transformam a relação
de Trabalho
76. Na escala urbana, toda forma de qualificação do
território pelas ações arquitetônicas e urbanísticas
transforma-o equipando as cidades. Na escala
regional, cidades e infraestrutura compõem a Terra
Equipada. Equipar a terra, portanto, torna-se
condição geral para a urbanização.
(TAVARES, 2015)
78. Para além da funcionalidade dos equipamentos, ou seja do aspecto
propriamente prático a partir do qual um determinado equipamento foi
concebido, construído e utilizado, importa também seus efeitos no
aspecto cultural de construção de valores históricos e sociais no âmbito
coletivo (LOJKINE, 1981, p. 132).
Porém, temos que compreender que os equipamentos que qualificam a
terra também têm um viés relacionado aos investimentos que os
inserem (a terra e os equipamentos) no processo econômico
(JARAMILLO GONZÁLEZ, 2010, p. 315).
1. Equipamentos que respondem a mais de
uma função de interesse social:
FUNÇÃO SOCIAL + FUNÇÃO ECONÔMICA
79. Como capital-fixo, infraestrutura é apropriada para desempenhar um
papel específico na reprodução do capital. Os equipamentos que
qualificam o espaço são instrumentos que transformam a natureza do
espaço urbanizando-o e lhe conferindo condições apropriadas para essa
função. Podemos considerar os equipamentos que qualificam o espaço
como parte do processo de criação e realização da mais-valia. Esses
equipamentos devem ser considerados capital-fixo porque detém maior
tempo na produção de valor na relação entre força de trabalho e
processo produtivo e como meio de produção não se esgotam no tempo
em que se finaliza o produto (FOLIN, 1976, p. 110 e 111).
2. Equipamentos que valorizam a terra
CAPITAL FIXO
80. A provisão de infraestrutura sobre a terra, em geral é promovida pelo
Estado na forma de qualificação urbana. Esses equipamentos geram a
valorização da terra (propriedade privada ou pública) e pelo aumento da
competitividade promovem o aumento de renda, pois transformam a
terra para ser explorada como meio de produção: “[...] Basta aplicar às
terras, já transformadas em meio de produção, novas somas de capital,
para aumentar a terra-capital sem nada acrescentar à terra matéria, ou
seja, à extensão da terra. [...]” (MARX, sem data, p. 140).
2. Equipamentos que valorizam a terra
TERRA CAPITAL
81. A Terra Equipada proporciona a alteração da relação de trabalho pela
qualificação do espaço e pela organização do território. Ao servir à
reprodução do Capital, torna-se se condição geral para a urbanização.
3. Equipamentos que transformam a relação
de Trabalho
TERRA EQUIPADA
82. INSERIR HIDROANEL (INFRA ARTICULADA COM
OUTRAS FUNÇÕES E QUE VALORIZARÃO O
ENTORNO)
TERMINAIS DE ÔNIBUS E ESTAÇÕES DE METRO
(NÓS QUE VALORIZAM O ENTORNO)