1. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CÂMPUS CARAÚBAS
ENGENHARIA CIVIL
ESTRADAS I
DRENAGEM SUPERFICIAL
COMPONENTES:
ANDERSON NUNES SILVA
CAROLINA MENDES LEMOS
PEDRO HENRIQUE MORAIS DO ROSARIO
THAYNON BRENDON PINTO NORONHA
CARAÚBAS – RN
2017
3. Sumário
Os tópicos seguem a ordem e numeração do MANUAL DE DRENAGEM
DE RODOVIAS-DNIT-Versão Preliminar 2006.
3 DRENAGEM SUPERFICIAL .......................................................................137
3.1. Valetas de proteção de corte........................................................................ 140
3.2. Valetas de proteção de aterro .................................................................... .147
3.3. Sarjetas de corte ......................................................................................... 148
3.4. Sarjetas de aterro........................................................................................ 157
3.5. Valeta do canteiro central............................................................................ 166
3.6. Descidas d`água ......................................................................................... 168
3.7. Saídas d`água ............................................................................................. 177
4. 3.0 Drenagem superficial
CONCEITO/FUNÇÃO
4
O processo de drenagem é a forma que se emprega para
que a água escorra mais facilmente e se afaste o mais rápido
possível do local onde possa causar danos.
A função da drenagem superficial de uma rodovia é
interceptar e captar as águas que vem das áreas adjacentes à
rodovia e aquelas que se precipitam sobre a mesma. Desse
modo, as conduzem ao deságue seguro, resguardando a
segurança e estabilidade da rodovia.
5. 3.0 Drenagem superficial
DISPOSITIVOS UTILIZADOS PARA SISTEMAS DE DRENAGEM SUPERFICIAL
5
• Valetas de proteção de cortes;
• Valetas de proteção de aterros;
• Sarjetas de cortes;
• Sarjetas de aterros;
• Sarjeta de canteiro central;
• Descidas d'água;
• Saídas d'água;
• Caixas coletoras;
• Bueiros de greide;
• Dissipadores de energia;
• Escalonamento de taludes;
• Corta-rios.
7. 3.1 Valetas de proteção de corte
CONCEITO/OBJETIVO
7
As valetas de proteção de cortes são dispositivos de
drenagem superficial que objetivam interceptar as águas que
escorrem pelo terreno natural a montante impedindo-as de
atingir o talude de corte.
8. 3.1 Valetas de proteção de corte
CARACTERISTICAS/APLICAÇÃO
8
• As valetas de proteção serão construídas em trechos em corte
onde o escoamento superficial proveniente dos terrenos
adjacentes possam atingir o talude, comprometendo a
estabilidade do corpo estradal.
• Deverão ser localizadas proximamente paralelas as cristas dos
cortes, a uma distância entre 2,0 a 3,0 metros.
• O material resultante da escavação deve ser colocado entre a
valeta e a crista do corte e apiloado manualmente.
9. 3.1 Valetas de proteção de corte
CARACTERISTICAS
9
Figura 1: Características da valeta de proteção de corte.
10. 3.1 Valetas de proteção de corte
ELEMENTOS DE PROJETO
10
TIPOS DE SEÇÕES:
• Triangulares (pouco recomendadas para grandes vazões, plano
preferencial de escoamento d'água);
• Retangulares (cortes em rochas, facilidade na execução);
• Trapezoidais (maior eficiência hidráulica).
Figura 2: Representação das seções de valetas de proteção de corte.
11. 3.1 Valetas de proteção de corte
Materiais de revestimento:
11
• Concreto;
• Alvenaria de tijolo ou pedra;
• Pedra arrumada;
• Vegetação.
ELEMENTOS DE PROJETO
12. Figura 3: Valetas de proteção de corte.
12
3.1 Valetas de proteção de corte
ELEMENTOS DE PROJETO
13. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
13
Para o dimensionamento da valeta faz-se necessário
estimar a descarga de contribuição, onde a área de
drenagem é limitada pela própria valeta e pela linha do
divisor de águas da vertente a montante.
Q =
c. i. A
36. 104
Onde:
Q = descarga de contribuição em m3/s;
c = coeficiente de escoamento, adimensional;
i = intensidade de precipitação, em cm/h;
A = área de contribuição, em m2
.
14. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
14
Fixada a vazão de contribuição, passa-se ao
dimensionamento hidráulico propriamente dito através da
fórmula de Manning e da equação da continuidade.
𝑉 =
𝑅2 3. 𝐼1 2
𝑛
; 𝑄 = 𝑉. 𝐴
Onde:
V = velocidade de escoamento, em m/s;
I = declividade longitudinal da valeta, em m/m;
n = coeficiente de rugosidade de Manning, adimensional;
R = raio hidráulico, em m;
Q = vazão admissível na valeta, em 𝑚3/s;
A = área molhada, em 𝑚2.
15. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
15
Verifica-se o regime do fluxo através do cálculo da
altura crítica cujas fórmulas a empregar para as diversas
seções são:
Onde:
hc = altura crítica, em m;
Q = vazão de projeto na valeta em 𝑚3/s;
B = base da valeta, em m;
z = inclinação da parede da valeta;
h = altura do fluxo, em m;
v = velocidade do escoamento, em m/s;
g = aceleração da gravidade m/𝑠2.
16. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
16
Caso:
h < hc o regime do fluxo é supercrítico
h > hc o regime do fluxo é subcrítico
h = hc o regime do fluxo é crítico
A altura do fluxo na valeta, na situação de projeto,
dentro de uma faixa de 10% da altura crítica deve ser
evitada.
17. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
17
Valetas em terra com capacidade até 0,3𝑚3
/s:
f = 0,2.h
Valetas em terra com capacidade de 0,3 a 10,0 𝑚3
/s:
f = 46 . h
Onde:
f = folga (bordo livre), em cm;
h = profundidade da valeta, em cm.
18. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
18
Para o cálculo da folga f em valetas revestidas pode ser
usada a seguinte tabela:
19. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
19
Quando a declividade longitudinal da valeta não
puder acompanhar a declividade natural do terreno, devido a
velocidade do escoamento ser superior à permissível, ela
deverá ser escalonada em trechos de menor declividade (2%,
no máximo) por meio de pequenas barragens transversais.
20. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
20
O espaçamento entre as barragens será calculado pela
expressão:
Onde:
E = espaçamento, em m;
H = altura da barragem do vertedouro em m;
α = declividade natural do terreno, em %;
β = declividade desejada para o nível d'água em cada trecho
escalonado em %.
21. 3.1 Valetas de proteção de corte
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
21
É recomendado que o espaçamento não seja maior
que 50 m.
As pequenas barragens podem ser executadas com
diversos materiais:
• Madeiras;
• Concreto;
• Chapas metálicas.
23. 3.2 Valetas de proteção de aterro
CONCEITO/OBJETIVO
23
São valas que interceptam as águas que escoam pelo
terreno a montante, impedindo-as de atingir o pé do talude de
aterro.
Objetivam receber as águas das sarjetas e valetas de
corte, conduzindo-as com segurança, ao dispositivo de
transposição de talvegues.
24. 24
• As valetas de proteção de aterro deverão, estar localizada,
aproximadamente paralelas ao pé do talude de aterro a uma
distancia entre 2,0 e 3,0 metros.
• O material resultante da escavação deve ser colocado entre
a valeta e o pé do talude de aterro, apiloado manualmente
com o objetivo de suavizar a interseção das superfícies do
talude e do terreno natural.
3.2 Valetas de proteção de aterro
CARACTERISTICAS/APLICAÇÃO
25. ELEMENTOS DE PROJETO
25
TIPOS DE SEÇÕES:
• Retangulares;
• Trapezoidais.
Figura 4: Valetas de proteção de aterro.
3.2 Valetas de proteção de aterro
26. 26
• Concreto;
• Alvenaria de tijolo ou pedra;
• Pedra arrumada;
• Vegetação.
3.2 Valetas de proteção de aterro
Materiais de revestimento:
ELEMENTOS DE PROJETO
28. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
28
Faz-se o dimensionamento hidráulico das valetas de
proteção de aterro de forma idêntica ao das valetas de
proteção de corte.
Deve-se tomar cuidado na fixação da área de
contribuição quando a valeta tiver o objetivo de proteger o
talude de aterro e captar as águas das sarjetas e valetas de
proteção de corte.
3.2 Valetas de proteção de aterro
30. 3.3 Sarjetas de Corte
CONCEITO/OBJETIVO
30
Dispositivo de drenagem que capta as águas que se
precipitam sobre a plataforma e taludes de corte, para
posteriormente, conduzi-las, longitudinalmente à rodovia, até
o ponto de transição entre o corte e o aterro, de forma a
permitir a saída lateral para o terreno natural ou para a valeta
de aterro, ou então, para a caixa coletora de um bueiro de
greide.
31. 31
As sarjetas devem localizar-se em todos os cortes,
sendo construídas à margem dos acostamentos, terminando
em pontos de saída convenientes (pontos de passagem de
corte para aterro ou caixas coletoras).
3.3 Sarjetas de Corte
CARACTERISTICAS/APLICAÇÃO
32. ELEMENTOS DE PROJETO
TIPOS DE SEÇÕES:
• Sarjeta triangular (capacidade de vazão, reduz acidentes
e declividade de 25%);
• Sarjeta trapezoidal (barreira tipo meio-fio e melhor
eficiência hidráulica);
Figura 6: Sarjeta de corte triangular. Figura 7: Sarjeta de corte trapezoidal.
32
3.3 Sarjetas de Corte
33. ELEMENTOS DE PROJETO
TIPOS DE SEÇÕES:
• Sarjeta trapezoidal capeada descontinuamente (entrada
d'água pela cobertura e evita a obstrução);
• Sarjeta retangular (pode variar a profundidade ao longo
do percurso e barreira);
Figura 8: Sarjeta de corte trapezoidal
capeada descontinuamente.
Figura 9: Sarjeta de corte retangular.
3.3 Sarjetas de Corte
33
34. Materiais de revestimento:
34
• Concreto;
• Alvenaria de tijolo;
• Alvenaria de pedra argamassada;
• Pedra arrumada revestida;
• Pedra arrumada;
• Revestimento vegetal.
ELEMENTOS DE PROJETO
3.3 Sarjetas de Corte
35. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
35
Coeficiente médio de escoamento superficial (C)
Onde:
L1 = faixa da plataforma da rodovia que contribui para a sarjeta;
L2 = largura da projeção horizontal equivalente do talude de corte;
C1 = coeficiente de escoamento superficial da plataforma da rodovia;
C2 = coeficiente de escoamento superficial do talude de corte.
3.3 Sarjetas de Corte
36. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
36
Intensidade de precipitação (i)
O valor da intensidade de precipitação é obtido na
curva de intensidade - duração - frequência, fornecida pelo
estudo hidrológico para um tempo de duração de 5 minutos e
tempo de recorrência de 10 anos.
3.3 Sarjetas de Corte
37. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
37
Área de contribuição (A)
A bacia de contribuição para a sarjeta é um retângulo
equivalente onde um dos lados é o comprimento a determinar
e o outro a largura do implúvio, composto da seção da
plataforma contribuinte e da projeção horizontal equivalente
do talude de corte.
3.3 Sarjetas de Corte
38. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
38
3.3 Sarjetas de Corte
Comprimento crítico
Os valores de A, R, n são conhecidos, de acordo com
a sarjeta projetada, os valores C, i, L são conhecidos em
função da chuva de projeto, do tipo de revestimento da pista
e das características geométricas da rodovia, ficando I,
declividade longitudinal da sarjeta, como única variável ao
longo do trecho estudado.
d = 36x104
AR2/3I1/2
C x i x L x n
41. 3.4 Sarjetas de Aterro
CONCEITO/OBJETIVO
41
A sarjeta de aterro são dispositivos que captam as
águas precipitadas sobre a plataforma de modo a impedir que
provoquem erosões na borda do acostamento e/ou no talude
do aterro, conduzindo-as ao local de deságue seguro.
42. 42
• Trechos onde a velocidade das águas provenientes da pista
provoque erosão na borda da plataforma;
• Trechos onde, em conjunto com a terraplenagem, for mais
econômica a utilização da sarjeta de aterro que outros
dispositivos;
• Coletar e conduzir as águas provenientes na pista.
CARACTERISTICAS/APLICAÇÃO
3.4 Sarjetas de Aterro
43. ELEMENTOS DE PROJETO
TIPOS DE SEÇÕES:
Um tipo de sarjeta de aterro muito usado
atualmente nas rodovias federais, estaduais,
interseções e trechos urbanos é o meio-fio-
sarjeta conjugados.
43
• Triangulares;
• Trapezoidais;
• Retangulares.
Figura 11: Meio-fio-sarjeta conjugados.
3.4 Sarjetas de Aterro
44. Materiais de revestimento:
• Concreto cimento;
• Concreto betuminoso;
• Solo betume;
• Solo cimento;
• Solo.
44
ELEMENTOS DE PROJETO
3.4 Sarjetas de Aterro
46. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
46
3.4 Sarjetas de Aterro
O cálculo da velocidade do escoamento na borda da plataforma
determinará a necessidade ou não da utilização da sarjeta.
Os elementos básicos para o dimensionamento da sarjeta de
aterro são:
• As características geométricas da rodovia;
• Área de implúvio;
• Elementos hidrológicos para o cálculo da descarga de projeto;
• Elementos para o cálculo da vazão.
47. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
47
3.4 Sarjetas de Aterro
Para a determinação da velocidade de escoamento na borda da
plataforma, alguns cálculos preliminares precisam ser feitos, tendo em
vista que o escoamento se dará na direção da reta de maior declive,
função da declividade longitudinal do greide e declividade transversal da
plataforma.
48. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
48
3.4 Sarjetas de Aterro
Comprimento da reta de maior declive:
𝐷 =
𝐿
𝛽
𝛼2 + 𝛽2
α = declividade longitudinal da rodovia;
β = declividade transversal da plataforma da rodovia;
L = largura do implúvio;
49. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
49
3.4 Sarjetas de Aterro
Declividade da reta de maior declive:
𝐼 = 𝛼2 + 𝛽2
α = declividade longitudinal da rodovia;
β = declividade transversal da plataforma da rodovia.
50. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
50
3.4 Sarjetas de Aterro
Determinação da descarga no bordo da plataforma:
𝑄 =
𝐶 𝑥 𝑖 𝑥 𝐴 𝛼2 + 𝛽2
𝛽𝑥36𝑥104
α = declividade longitudinal da rodovia;
β = declividade transversal da plataforma da rodovia.
Q = descarga no borda da plataforma em, m³/m;
c = coeficiente de escoamento,
i = intensidade de precipitação em cm/h;
A = área de contribuição por metro linear da sarjeta em m²/m.
51. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
51
3.4 Sarjetas de Aterro
Cálculo da velocidade de escoamento na borda da plataforma:
𝑉 =
𝐼7/10 𝑥 𝐾3/5 𝑥 𝐶2/5 𝑥 𝑖2/5 𝑥 𝐿2/5
166,9 𝑥 𝛽2/5
I = declividade da reta de maior declive.
β = declividade transversal da plataforma da rodovia;
L = largura do implúvio;
i = intensidade de precipitação em cm/h;
K= é o coeficiente de rugosidade de Strickler;
C = coeficiente de escoamento, função do tipo de revestimento da rodovia.
52. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
52
3.4 Sarjetas de Aterro
Caso seja necessário o projeto do dispositivo, o dimensionamento
hidráulico, tem a seguinte sistemática apresentada a seguir:
𝑄 =
𝐶 𝑥 𝑖 𝑥 𝐴
36𝑥104
Q = vazão de contribuição em m³/s;
i = intensidade de precipitação em cm/h;
A = área de contribuição em m²;
C = coeficiente de escoamento superficial.
53. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
53
3.4 Sarjetas de Aterro
Cálculo da capacidade hidráulica máxima da sarjeta
𝑄 =
1
𝑛
𝐴𝑅2/3 𝐼1/2
Q = vazão máxima admitida na sarjeta em m³/s;
n = coeficiente de rugosidade;
A = área molhada da sarjeta em m²;
R = raio hidráulico em m;
I = declividade longitudinal da sarjeta em m/m.
54. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
54
3.4 Sarjetas de Aterro
Cálculo do comprimento crítico da sarjeta
𝑑 = 36𝑥104
𝐴𝑅2/3
𝐼1/2
𝐶𝑥𝑖𝑥𝐿𝑥𝑛
Os valores de A, R, n são conhecidos, de acordo com a sarjeta
projetada, os valores C, i, L são conhecidos em função da chuva de projeto,
do tipo de revestimento da pista e das características geométricas da
rodovia, ficando I, declividade longitudinal da sarjeta, como única variável
ao longo do trecho estudado.
55. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
55
3.4 Sarjetas de Aterro
Verificação da velocidade de projeto:
Quando a velocidade de escoamento ultrapassar a máxima
permissível, ou seja, a velocidade limite de erosão, que pode ser
calculada de acordo com a equação da continuidade deve-se usar
dissipadores de energia, ou reduzir o espaçamento entre saídas
d'água. Com este procedimento, reduz-se a altura da lâmina d´água,
de forma a obter a velocidade de escoamento abaixo dos valores
críticos de erosão.
57. 3.5 Valetas do canteiro central
CONCEITO/OBJETIVO
57
Dispositivo encontrado, geralmente, em rodovias
projetada com pista dupla, isto é, onde as pistas são
separadas por um canteiro central côncavo.
A valeta do canteiro central tem como objetivo captar
as águas provenientes das pistas e do próprio canteiro central
e conduzi-las longitudinalmente até serem captadas por
caixas coletoras de bueiros de greide.
58. 58
• Entre pistas duplas projetadas;
• Coletar e conduzir as águas provenientes nas pistas.
CARACTERISTICAS/APLICAÇÃO
3.5 Valetas do canteiro central
59. TIPOS DE SEÇÕES:
• Triangular
• Trapezoidais;
• Retangulares; .
• Circular.
59
ELEMENTOS DE PROJETO
3.5 Valetas do canteiro central
60. Materiais de revestimento:
60
ELEMENTOS DE PROJETO
3.5 Valetas do canteiro central
• Revestimento vegetal (inconveniente do alto custo de
conservação);
• Sem revestimento vegetal(devem ser evitadas, a não ser em caso
de canteiros largos e planos).
Na execução do revestimento das valetas do canteiro
central devem ser obedecidas as Especificações de Serviço
DEP-ES-D 01-88 e demais recomendações feitas para a valeta
de corte.
62. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
62
Dimensionamento hidráulico da valeta do canteiro
central segue a mesma metodologia para sarjeta de corte
baseada na fórmula de Manning associada à equação de
continuidade.
3.5 Valetas do canteiro central
65. 65
CARACTERISTICAS/APLICAÇÃO
3.6 Descidas d’água
• Tratando-se de cortes, as descidas d'água têm como objetivo principal
conduzir as águas das valetas quando atingem seu comprimento
crítico, ou de pequenos talvegues, desaguando numa caixa coletora
ou na sarjeta de corte.
• No aterro as descidas d'água conduzem as águas provenientes das
sarjetas de aterro quando é atingido seu comprimento crítico, e nos
pontos baixos, através das saídas d'água, desaguando no terreno
natural.
• As descidas d'água também atendem, no caso de cortes e aterros, às
valetas de banquetas quando é atingido seu comprimento crítico e em
pontos baixos.
• Não raramente, devido à necessidade de saída de bueiros elevados
desaguando no talude do aterro, as descidas d'água são necessárias
visando conduzir o fluxo pelo talude até o terreno natural.
66. As descidas d'agua podem ter a seção de vazão das seguintes
formas:
• Retangulares(em calha tipo rápido ou em degraus); .
• Semicircular(meia cana, de concreto ou metálica);
• Em tubos de concreto ou metálicos.
66
ELEMENTOS DE PROJETO
3.6 Descidas d’água
68. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
68
O dimensionamento pode ser feito por dois métodos:
• Pela fórmula empírica, baseada em experiências de laboratório,
ou através da teoria hidráulica do movimento uniformemente
variado.
• A escolha do método depende da precisão que se queira dar aos
cálculos. Evidentemente o segundo método é mais preciso,
embora o primeiro possa ser considerado satisfatório para obras
de repercussão econômica menos significativa.
3.6 Descidas d’água
70. 3.7 Saída d’água
CONCEITO/OBJETIVO
70
As saídas d'água, nos meios rodoviários também
denominados de entradas d'água, são dispositivos destinados
a conduzir as águas coletadas pelas sarjetas de aterro
lançando-as nas descidas d'agua. São, portanto, dispositivos
de transição entre as sarjetas de aterro e as descidas d'água.
71. 71
CARACTERISTICAS/APLICAÇÃO
Localizam-se na borda da plataforma, junto aos
acostamentos ou em alargamentos próprios para sua
execução, nos pontos onde é atingido o comprimento crítico
da sarjeta, nos pontos baixos das curvas verticais côncavas,
junto às pontes, pontilhões e viadutos e, algumas vezes, nos
pontos de passagem de corte para aterro.
3.7 Saída d’água
72. Considerando sua localização as saídas d'água devem ser
projetadas obedecendo aos critérios:
• Greide em rampa (neste caso o fluxo d'água se realiza num
único sentido);
• Curva vertical côncava, (neste caso o fluxo d'água se dá nos
dois sentidos).
72
ELEMENTOS DE PROJETO
3.7 Saída d’água
75. Materiais de revestimento:
75
ELEMENTOS DE PROJETO
• Revestidas com concreto com a superfície lisa: As saídas
d'água de concreto são executadas no local conjuntamente
com as descidas d'água.
• Revestidas com chapas metálicas: São moldadas no
canteiro de obra e fixadas no local, através de
chumbadores.
3.7 Saída d’água
77. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
77
O dimensionamento hidráulico da saída d'água consiste em
determinar a largura da entrada de forma
Onde temos:
L = comprimento da abertura na sarjeta ou largura da saída d'água, de
modo a interceptar
todo o seu fluxo (m);
Q = descarga afluente peia sarjeta (m³/s);
g = aceleração da gravidade (m/s²);
y = altura do fluxo na sarjeta em m;
K = coeficiente, função da declividade, tomado igual a 0,20 para
declividades das sarjetas entre 2% e 5%, (adimensional).
3.7 Saída d’água