Aula de Concreto voltado ao curso de Inspetor de Dutos Terrestres da Fundação Brasileira de Tecnologia e Soldagem (FBTS).
Tags: Faixa de Dutos, Inspetor de dutos terrestres, Jaqueta de Concreto, Revestimento, Resistência, Mpa, Petrobras, Transpetro.
Autor: Engº Esp. Marco Taveira
2. Introdução
Na construção de dutos terrestres, os serviços devem
possuir um projeto executivo, este irá definir as
especificações técnicas a serem adotadas nos dutos durante
a sua construção e montagem dos seus complementos.
Dentre os serviços adotados, destacamos a concretagem
externa de tubos, destinadas ao revestimento para proteção
mecânica e/ou flutuação negativa dos mesmos, e ainda
durante a construção dos dutos, a execução de fundações e
bases de equipamentos, canaletas de drenagem pluvial,
muros de contenção, caixas de passagem, provadores de
corrosão, etc...
Normalmente para tubos com diâmetro maior que 4”
7. Introdução
Nas travessias, cruzamentos e onde indicado
no projeto, as juntas soldadas de campo de
tubos revestidos externamente com concreto,
devem ser igualmente concretadas com as
mesmas características construtivas
utilizadas nos tubos.
9. Concreto Convencional
Aquele preparado em central de concreto,
transportado até o local de aplicação, através de
caminhões betoneiras, lançado diretamente na fôrma
por ação da gravidade ou com auxílio de bombas e
adensado por meio vibradores tipo parede, aplicados
em concretagem de tubos, ou tipo agulha, utilizados
nas demais concretagens de obras civis.
14. Procedimentos de Aplicação
a) objetivo
b) normas de referência
c) definições
d) recebimento, manuseio e armazenamento de
materiais
e) instalação da tela de reforço (armadura)
f) dosagem experimental do concreto
g) controle tecnológico do concreto e da tela de reforço
15. Procedimentos de Aplicação
h) execução de fôrma
i) execução de concretagem
J) equipamentos e recursos humanos
k) metodologia de registro de resultados;
l) inspeções e testes;
m) execução de reparos;
n) transporte, manuseio e estocagem dos tubos.
16. Qualificação do procedimento
A critério do cliente, os testes de qualificação de
procedimento descritos no item 3.1, podem ser
testemunhados por seus técnicos ou profissionais por
ele credenciados.
Antes do início dos trabalhos de aplicação do
revestimento em concreto, os materiais empregados
no revestimento de concreto devem ser submetidos a
todas as inspeções ou testes definidos nesta Norma de
modo a assegurar que eles atendam às respectivas
especificações.
17. Devem ser revestidos 5 (cinco) tubos, em
conformidade com o procedimento de aplicação,
numerado e aprovado, e neles devem ser realizados
todos os testes, verificações e inspeções definidas
nesta Norma.
A dimensão e quantidade de corpos-de-prova, os
critérios de aceitação, o local e o cronograma de
execução dos testes de qualificação devem ser
previamente definidos e informados ao cliente.
Qualificação do procedimento
18. Qualificação do procedimento
A dimensão e quantidade de corpos-de-prova, os critérios
de aceitação, o local e o cronograma de execução dos testes
de qualificação devem ser previamente definidos e
informados ao cliente. Em quaisquer circunstâncias, o
produto da escavação da vala será colocado a sua esquerda
da mesma, com um afastamento mínimo de 1,00m da sua
borda, sempre evitando o assoreamento dos cursos naturais
de água nas proximidades da vala e o deslizamento para
dentro da mesma, sendo que o maquinário em “stand-by”
deverá permanecer no mínimo a 3,00m da mesma.
Os testes de qualificação devem ser repetidos sempre que
houver mudança em, pelo menos, um dos parâmetros
abaixo:
19. Qualificação do procedimento
Concluídos os trabalhos de qualificação do
procedimento, a empresa aplicadora do concreto deve
emitir um Relatório de Qualificação, contendo
informações pertinentes.
20. Uso de Explosivos
Nas escavações onde haja necessidade do desmonte de
rochas é obrigatória a adoção de “Plano de Fogo”
elaborado por profissional habilitado, chamado
“blaster”, responsável pelo transporte,
armazenamento, preparação das cargas, carregamento
das minas, ordem de fogo, detonação e retirada de
explosivos não detonados e providências quanto ao
destino adequado das sobras de explosivos.
25. Cuidados Durante a Abertura de Vala
Riscos em Escavações: Ruptura, deslocamento ou deslizamento
(desprendimento) do solo e de rochas devido basicamente a:
Operação de máquinas pesadas;
Sobrecarga na borda dos taludes;
Execução de talude inadequado;
Encharcamento do solo devido a chuvas;
Falta de escoamento de águas pluviais e drenagem de valas;
26. Cuidados Durante a Abertura de Vala
Vibrações na obra e adjacências; ..Vídeos4 - Vibrações Bate-
Estaca.MPG
Realização de escavação abaixo do lençol freático;
Realização de escavação sob condições meteorológicas adversas;
Interferências de cabos elétricos e de telefonia, redes de água potável e
de sistema de esgoto;
Obstrução de vias públicas;
Recalque e bombeamento de lençóis freáticos por carro vácuo (suga a
água da vala e a armazena em tanque); ..Vídeos3 - Rebaixamento de
Lençol Freático - Sistema de Ponteiras.wmv
27. Cuidados Durante a Abertura de Vala
Falta de espaço na pista para a operação e
movimentação de máquinas pesadas.
Observação: A pista pode abranger parte ou até a
largura total da faixa de domínio, quando necessário.
29. Medidas Preventivas
O projeto executivo de escavações deve levar em conta
as condições geológicas e os parâmetros geotécnicos
específicos do local da obra, tais como coesão do solo e
ângulo de atrito. Em função do nível de água e das
condições climáticas podem ocorrer variações desses
parâmetros.
O responsável técnico da executante deverá
encaminhar ao CREA e aos proprietários das
edificações vizinhas, cópias dos projetos executivos,
incluindo as técnicas e os horários de escavação a
serem adotados.
47. Medidas Preventivas
Convém a realização de vistoria de vizinhança antes do
início das atividades objetivando detectar irregularidades
já existentes.
Monitoramento de todo o processo de escavação,
objetivando observar zonas de instabilizarão global ou
localizada nas edificações e instalações vizinhas e vias
públicas.
As escavações com profundidade maior que 1,25m devem
dispor de escoramento de aço específico e ainda ter escadas
de acesso com o próprio solo compactado em locais
estratégicos, que permitam a saída rápida dos
trabalhadores em caso de emergência (rota de fuga).
48. Medidas Preventivas
No caso de risco de queda de árvores, de linhas de
transmissão elétrica, de rochas e objetos pesados de
qualquer natureza é necessário o escoramento, a
amarração ou retirada dos mesmos, durante a
atividade de escavação.
Devemos ainda em função de cargas e sobrecargas
adicionais ou ocorrência de trepidação (vibrações),
calcular as dimensões para determinação de
escoramentos, elementos estruturais de sustentação ou
das paredes de taludes.
..procedimentosITS ESCAVAۂO E DESMONTE.doc
50. Técnicas Utilizadas
Na abertura da vala devem ser observadas as seguintes técnicas de
desmonte e movimentação de terra:
A movimentação de terra será feita de maneira que não haja
carreamento de sólidos que levem ao assoreamento das redes
naturais de drenagem, para tanto, a movimentação de terra deve
ter plano específico para cada situação encontrada.
Os equipamentos de escavação (escavadeira e retroescavadeira),
ou no caso de escavação manual, só devem iniciar a escavação
após tomar os devidos cuidados com as interferências locais
subterrâneas, procurando evitar o rompimento de cabos
elétricos, de fibra ótica, cabos do sistema de proteção
catódica, quando aplicável, na existência de dutos
paralelos na mesma faixa.
52. Técnicas Utilizadas
Nos casos de cruzamento com linhas de transmissão
aéreas, e havendo instalações de cabos de aterramento ao
longo das respectivas faixas de servidão, será solicitado à
concessionária o corte do cabo e seu afastamento do ponto
de passagem (deve ser entre as duas torres ),
Durante a escavação, no caso de cruzamento com outras
instalações já existentes (água, esgoto, cabos subterrâneos,
etc) a vala será executada de modo a possibilitar um
espaçamento mínimo entre as geratrizes mais próximas, a
fim de garantir a integridade das instalações ( será visto no
tópico Cruzamento e Travessia)
53. Técnicas Utilizadas
Para o corte de taludes, trechos de encostas e em locais
onde for constatado, por surgência, a existência de
nascentes, infiltrações e percolações de água, devem ser
previstos meios adequados para sua drenagem no fundo da
vala, tais como: colchão de areia, dreno cego, dreno com
tubo poroso (Tubo de drenagem acoplado a uma bomba,
que lateralmente a vala é disposto para sucção d’água do
lençol freático que corre próximo desta.) Deverá ser evitado
que o material escavado da vala interfira com o sistema
provisório de drenagem, e com o sistema já existente.
61. Técnicas Utilizadas
Em rampas íngremes com declividade > 30°, serão
observados fatores de segurança a fim de se evitar
rolamentos e desmoronamentos em virtude do
deslocamento de máquinas, dentre eles devemos
adotar a sustentação do maquinário por meio do uso
de cabos de aço fixados á sua estrutura e a do “âncora”,
que permanece parado sem içar carga durante a subida
ou descida em um plano inclinado.
62.
63. Técnicas Utilizadas
A vala deve permanecer aberta somente o tempo mínimo
necessário à execução do serviço de abaixamento, devemos
ainda construir diques de contenção engatados a vala antes
da cobertura para evitar deslizamentos ou erosão do
material de cobertura a ser colocado posteriormente.
Os diques são usados para conter a erosão do solo. UMA
VALA EM UMA LADEIRA, COM O DUTO JÁ ABAIXADO
E COM 3 DIQUES COM SACO DE AREIA ESPAÇADOS
APROXIMADAMENTE UNS 30M ENTRE SI.
65. Técnicas Utilizadas
Nos casos de rios, igarapés, lagoas e outros, a terra
proveniente da escavação deve ser colocada à beira dos
mesmos, caso não seja possível a terra deverá ser
espalhada ao longo da pista preparada para montagem.
69. Técnicas Utilizadas
Se houver necessidade de manilhamento ou desvio de cursos d’água,
em hipótese alguma este curso deve ser reduzido em sua razão de
escoamento.
Em rampas muito íngremes e de solo de pouca coesão, serão
observados fatores de segurança, como diques de contenção ou
“escavação taludada“ ou “escavação protegida” por meio de mantas
chamadas de “cortinas” a fim de se evitar rolamentos e
desmoronamentos, permanecendo aberta a vala somente o tempo
mínimo necessário à execução do serviço.
Todo o material proveniente das escavações deve ser disposto em local
adequado definido na pista (bota-fora), de modo a não causar
obstruções ou riscos a terceiros.
70. Estabilidade da Vala
Escavações com profundidade inferior a 1,25m de
profundidade :
Nestes casos após a emissão da L.V – Lista de
Verificação da escavação, que deve ser assinada pelos
executantes da obra, os responsáveis pelo SMS na fase
e pela Fiscalização do proprietário do duto devem
iniciar a escavação atendendo as recomendações
descritas no item 2.0 deste trabalho.
71. Estabilidade da Vala
Escavações com profundidade superior a 1,25 m de
profundidade :
Antes de iniciadas devem obrigatoriamente ser vistoriadas
por responsável técnico, legalmente habilitado em
Geotécnica (especialista em tipos de solos) que emitirá um
Certificado de Escavação com Estabilidade Garantida.
Devem dispor de escadas de acesso largas em locais
estratégicos além de escoramento obrigatório com estacas
metálicas ou pranchões de madeira, de tal forma que
permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores do seu
interior em casos de emergência.
72. Verificação da estabilidade
Verificação de Estabilidade:
Após a abertura da vala, o ID-N1 qualificado em
conjunto com o Inspetor de Equipamentos,
Encarregado da Fase e Engenheiro de C&M da
executante (cuidado, pois normalmente quer a obra
corrida), de posse dos documentos e desenhos de
projeto verificarão o estado do fundo e perfil da vala, e
iniciará a preparação que consta das seguintes
atividades:
73. Verificação da estabilidade
nivelamento com diferentes profundidades recomenda-se a
concordância natural do duto com o fundo da vala;
estabilidade (escoramento, cortinas, etc);
acabamento superficial das laterais e do fundo;
retirada de interferências e materiais pontiagudos do fundo
da vala;
74. Verificação da estabilidade
colocação de material selecionado no fundo da vala;
deverá enviar relatório (L.V - Lista de verificação) ao setor
de produção, para liberação da distribuição de tubos
(desfile) ou em alguns casos do abaixamento da coluna.
devem ser evitados trabalhos que exijam a presença do
homem dentro da vala. Caso isto seja impossível, critérios
adicionais de segurança devem ser implementados de
acordo com NR-18 e ABNT NBR 9061.
75. Verificação da estabilidade
Na soldagem do “tie-in” ( devem ficar flexionados de
dois a três tubos para cada lado da solda final do
niple), o interior da vala, deve ser alargada no mínimo
1,0m para cada lado e aprofundada de 0,60m além da
cota de fundo projetada em um comprimento de 1,20m
conhecido como ”cachimbo” para segurança da equipe
de soldadores, devendo ser prevista a condição de
estabilidade do solo e das paredes da vala, recomenda-
se, além disso, a blindagem metálica para escoramento
da vala e travamento do duto.
79. Questione a Segurança
Foi colocado sinalização de advertência no local da
escavação? (Isolamento)
O operador do bate estacas é qualificado e tem registro
na carteira?
As condições do equipamento Bate-Estaca oferecem
segurança?
Os muros e edificações vizinhas foram escorados?
Foi colocado escada para escavações acima de 1,25m?
Foi depositado os resíduos a uma distancia superior a
metade da profundidade?
80. Questione a Segurança
Existe sinalização de advertência noturna?
Todos os profissionais estão utilizando EPI adequado?
Foram colocados escoramentos com resistência
adequada?
Foram colocadas rampas com antiderrapantes com
resistência adequada?
Foi obtida licença junto aos órgãos fiscalizadores
(meio ambiente, prefeitura, etc)?
A área está limpa?
Foi realizada sondagem? (verificação do tipo de solo)
81. Questione a Segurança
Foram colocadas passarelas e escoramentos com resistência
adequada?
Foram colocadas guarda-corpos com resistência adequada?
Os taludes estão estáveis?
As condições climáticas são favoráveis?
Existe um profissional legalmente habilitado para conduzir
os trabalhos?
Foi elaborado certificado de escavação com estabilidade
garantida?
Foi localizado exatamente as instalações subterrâneas?
82. Questione a Segurança (Máquinas)
O operador foi treinado?
O operador está usando EPI?
O operador é devidamente habilitado?
Os faróis da máquina estão funcionando?
A sinalização sonora está funcionando, quando engatada a ré?
O sistema hidráulico está em perfeito estado?
Os pneus estão em boas condições de uso?
A retro-escavadeira/ escavadeira possui extintor?
O sistema de freio está em boas condições de uso?
O operador de máquinas ao ausentar-se da mesma, acionou os
sistemas de freios e/ou travas de câmbio.
OBS: Nenhuma máquina deverá permanecer com o motor ligado,
sem operador no posto de trabalho.
83. Segurança
Realizar ao início de cada expediente ou início de cada
tarefa o Diálogo Diário de Segurança (D.D.S.) - Enfoca
os riscos da tarefa a ser executada no dia.
Todos os trabalhadores devem usar e cuidar
devidamente dos seus EPI’s e da sua segurança e de
seus colegas, comunicando a seu superior ou ao SMS
da Fiscalização da contratante sempre que se deparar
com uma condição que constatar como sendo
insegura.
84. Riscos Comuns em Escavações
queda de materiais;
queda de pessoas;
fechamento das paredes do poço;
interferência com redes hidráulicas, elétricas,
telefônicas e de abastecimento de gás;
inundação;
eletrocussão (choque elétrico)
asfixia. (espaço confinado)
85. Equipamentos de Proteção
Individual
Capacete com jugular;
Óculos contra impacto com proteção lateral;
Luva de raspa cano médio para trabalhos gerais;
Botina do tipo coturno com caneleira;
Protetor auricular tipo plug;
Uniforme.
86. Saúde
Não beber água que não tenha sido tratada.
Fazer a sinalização de toda água potável.
Em caso de acidente com picadas de animais peçonhentos, tentar
identificar a espécie e encaminhar sempre o paciente ao médico
de plantão imediatamente.
Não permitir a execução de qualquer tarefa no campo sem que
haja na fase uma maleta de primeiros socorros e uma pessoa na
equipe habilitada a prestar os primeiros socorros, que sempre
deverá ser acionada em caso de acidente - Socorrista identificado
por selo do SMS.
Hoje já existem UTI’s móveis com paramédicos e disfibrilador,
todos devem estar cientes dos hospitais mais próximos da obra.
O cigarro é prejudicial à saúde, evite fumar durante a realização
de qualquer tarefa (local próprio para isto – fumódromo)
87. Meio Ambiente
A caça e a pesca estão terminantemente proibidas,
bem como agredir, tirar fotos ou aprisionar animais
silvestres.
Evitar sempre qualquer derrame de óleo e/ou
combustível no solo, em caso de vazamento utilizar os
kits para derramamentos e seguir o procedimento para
controle de derrames.
Recolher todos os resíduos e lixo gerados pela fase ou
não, e encaminhar para triagem/separação.
88. Patrimônio Arqueológico
Avisar imediatamente ao Encarregado, Supervisor
ou Chefe imediato e ao Inspetor Ambiental, no caso
de serem encontrados parcial ou completamente
enterrados, quaisquer resquícios de:
Evidencias culturais antigas
Ossadas pré-históricas
Sítios arqueológicos
Artefatos Indígenas
Quaisquer trabalhos que possam danificar ou prejudicar os
achados deverão ser imediatamente paralisados e o Encarregado
da Fase deverá comunicar o fato à fiscalização, que deverá definir
as medidas de contingência.
89. Sinalização em Escavações
Nas escavações em vias públicas ou em canteiros é obrigatória a
utilização de sinalizações de advertência e barreiras de isolamento,
tais como:
Cones
Fitas
Cavaletes
Pedestal com iluminação
Placas de advertência
Bandeirolas
Grades de proteção para passadiços de aço ou prancha de madeira
de acordo com a carga a ser suportada
Tapumes
Sinalizadores luminosos noturnos