2. Início de
Conversa
O pensamento religioso faz referência a textos fundados
(os evangelhos), considerados sagrados porque de origem
supra-humana.
Neste sentido, o próprio da mensagem cristá não é
intelectual? é uma mensagem de amor - amor pelo outro,
seja ele qual for, e de amor a Deus -, um convite a
resolver o problema da condição humana fazendo apelo
aos recursos emocionais e afetivos do ser humano e não
prioritariamente à sua razão.
Em razão das diferenças profundas de concepção de
mundo em relação a toda a produção intelectual da
Antiguidade, os cristãos classificavam como pagã a
cultura greco-romana.
3. Início de
Conversa
A fim de converter os pagãos e justificar a prevalência
da fé, os primeiros teóricos cristãos escreveram obras de
apologética (discurso para justificar, defender ou louvar”.
Além da Bíblia, os teólogos resolveram usar os textos
dos filósofos pagãos, adaptando-os.
As teorias estoicas foram bem-aceitas ainda na época do
Imério Romano e fecundaram as ideias ascéticas do
período medieval, que preconizavam o controle das
paixões tendo em vista a vidafutura.
Os apologistas se debruçaram sobre alguns temas, como:
a estreita relação de Deus com sua criatura; a natureza
divina da alma; o confronto entre o bem e o mal; a noção
de pecado.
4. Patrística
Patrística está relacionada aos primeiros
filósofos da doutrina cristã, os chamados Padres
da Igreja - Séculos II ao V.
o Auge da Patrística ocorreu entre os séculos
IV e V, com Agostinho de Hipona.
Com o objetivo de fundamentar a doutrina
cristã à razão, Agostinho de Hipona adaptou o
platonismo à fé católica.
Em sua obra “A Cidade de Deus”, Agostinho
empregou a perspectiva dual sobre o mundo,
existente em Platão. Ele refere-se à existência
de duas cidades: “cidade de Deus” e “cidade
terrestre”.
5. Patrística:
Agostinho de
Hipona
Cidade Terreste: Cabe zelar pelo bem-estar das
pessoas. Aqio, no entanto, é o reino do pedaco e
esta será aniquilida no fim dos tempos.
Cidade de Deus: Não se refere somente ao
reino divino que sucede à vida terrena e
corresponde à comunidade dos cristãos.
Em sua perspectiva, portanto, o Estado deveria
conduzir os indivíduos a uma vida
fundamentada na moral cristã (crítica ao
ceticismo).
Além disso, adaptou a Teoria da Reminiscência
da Platão ao dogma cristão, compreendendo-a
como Teoria da Iluminação.
8. Patrística:
Agostinho de
Hipona
Propôs também o exame da intimidade a partir
da constante análise do seu eu interior (dos
desenganos e fraquezas) - A interdição da carne,
Levítico.
Em sua perspectiva sobre o Livre-Arbítrio,
Agostinho opõe razão e vontade. A razão é
oriunda de Deus. A vontade, desta forma, seria
um espaço conflituoso entre a Verdade e as
Ilusões (desejos) da vida terrena.
Para ele, a vontade de mudar (seguir a ética
cristã) deveria prevalecer.
10. Escolástica
(IX - XIII)
A Escolástica é a filosofia/teologia produzida na universidade
medieval.
O contexto de surgimento da escolástica: 1) Período de
prosperidade econômica; 2) Surgimento de novas cidades; 3)
Novas especialidades de trabalho; 4) Novos estudantes.
Os níveis de ensino oferecidos eram: Teologia, Medicina e
Direito.
Um dos maiores representantes da Escolástica com Tomás de
Aquino (1225-1274).
Tomás de Aquivo é reconhecido, entre outras coisas, por se
valer do pensamento aristotélico para a construção de seu
pensamento teológico.
11. Escolástica
(IX - XIII)
Tomás de Aquino, em um primeiro momento, irá adaptar a
noção de virtude e felicidade de Aristóteles. Coerente com a
visão religiosa do mundo, Aquino concluiu que o Estado
conduz o ser huma_x0002_no até determinado ponto, quando
então é neces_x0002_sário o concurso do poder da Igreja, sem
dúvida superior, para cuidar da dimensão sobrenatural de seu
destino.
Nesta perspectiva, a felicidade estava em consonância com a
perseguição dos valores cristãos.
Ao refletir sobre a relação corpo e alma, Tomás de Aquino
retoma também a teoria aristotélica da união entre matéria-
prima e a forma substancial: a alma é a forma substancial do
corpo que subsiste mesmo após a morte da matéria (uma vez
que a natureza espiritual da alma é criada por Deus).
12. Escolástica
(IX - XIII)
Por fim, ele utiliza a Teoria das Quatro Causas, de Aristóteles,
para provar a existência de Deus: