2. IMPORTÂNCIA
O leite está entre os seis produtos mais importantes da
agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos
tradicionais como café beneficiado e arroz
O Agronegócio do Leite e seus derivados
desempenham um papel relevante no suprimento de
alimentos e na geração de emprego e renda para a
população
3. • Brasil
– Sexto maior produtor de leite do mundo
– Cresce a uma taxa anual de 4%
• Respondemos por 66% do volume total de leite
– Mercosul
• Importância relativa do produto lácteo
– 248% de aumento contra 78% de todos os segmentos.
4. O Valor Bruto da Produção Agropecuária
Em 2007 foi de 103,5 bilhões de reais.
aproximadamente 41 bilhões de reais produtos pecuários
o leite é um dos principais, com o valor de 6,6 bilhões
de reais, ou 16% do Valor Bruto da Produção Pecuária,
8. Características exteriores do
bovino de leite
A avaliação do animal é feita a partir de:
Aparência geral
Temperamento leiteiro
Capacidade corporal
Sistema mamário
9. Desta forma podemos avaliar as diferentes regiões as
quais devem apresentar as seguintes características:
O animal leiteiro deve ter a pele solta (flácida);
O animal leiteiro não deve ter acúmulo de gordura no
peito, dorso e anca;
Quando a vaca estiver seca o úbere deve estar pregueado
(indica capacidade produtiva);
10. Características da raça que devem ser
consideradas para revelar o aspecto de
"feminilidade" da vaca leiteira:
• Cor
– Dentro dos padrões da raça
• Ex.: no caso da vaca holandesa, deve apresentar manchas
brancas e pretas claramente definidas
• Tamanho
– Atingir o tamanho médio da raça
• Ex: vaca holandesa em produção deve pesar aproximadamente
600Kg de peso vivo (PV)
11. • Chifres
– Não discriminação por ausência
• Cabeça
– Bem constituída, proporcional ao corpo, narinas amplas,
olhar vivo;
• Paletas
– Fortemente unidas
• Dorso
– Reto e forte,
com lombo amplo;
12. Pernas e cascos
Osso plano e forte, de quartela pequena e forte com
jarrete modelado, apresentando curvatura natural,
cascos redondos com talão profundo.
Pescoço
Largo, descarnado e unido suavemente ao tórax;
garganta, papada e peito descarnados.
Cernelha
Aguda, costelas bem separadas com osso amplo, plano e
profundo formando um aspecto de "cunha" com o tórax
do animal
13. Flanco
Profundo e refinado, formando um aspecto de "cunha"
com o corpo do animal, tendo como base à cabeça.
Nádegas
Bem separadas e descarnadas, deixando espaço
suficiente para o úbere e seus ligamentos.
14. Capacidade corporal
• Relativamente grande em proporção ao tamanho do
animal, as partes que se compõe são:
– Costado
• Forte, largo e profundo, apresentando costelas arqueadas.
– Ventre
• Amplo.
– Tórax
• Grande e profundo, com peito amplo
15. Sistema Mamário
Úbere fortemente implantado, bem balanceado, de
grande capacidade e boa textura, indicador de alta
produção e grande vida útil, as partes que o compõe
são:
16. Úbere
Simétrico de longitude,
amplitude e profundidade
moderada, fortemente aderido,
reduzindo após ordenha;
quando a vaca estiver seca o
úbere deve estar pregueado.
Quarto dianteiro
De comprimento moderado,
amplitude uniforme desde a
frente até atrás e fortemente
aderido.
17. • Quarto traseiro
– Alto, amplo e ligeiramente arredondado, com boa
uniformidade desde cima até a base e fortemente
aderida.
• Tetas
– Tamanho uniforme, com aproximadamente 10cm, de
longitude e diâmetro mediano, cilíndricos, bem
separados.
• Veias mamárias
– Grandes, largas, tortuosas e ramificadas.
18. Vacas leiteiras
A produção de leite por vaca continua aumentando 2 a
3% anualmente. O melhoramento genético responde
por 33 a 40% deste crescimento, ao passo que a
nutrição e o manejo perfazem os 60 a 67% restantes.
19. RAÇAS LEITERAS
AYRSHIRE
Taurino britânico
Origem escocesa
Primeiro registro no Brasil é de 1930
Data da fundação da Associação dos Criadores de Ayrshire.
Até 1983
Somava 284 cabeças
Gado de leite
Produção semelhante ao holandês
20.
21. GIR LEITEIRO
A raça gir leiteira originou-se na região de Gir, Península
de Kathawar, na Índia, em 1953
A entrada das raças zebuínas no Brasil ocorreu em
meados do século XVII até a década de 60
São extremamente dóceis,
Lida fácil
Facilitando o esquema de criação confinada.
22. Adaptam facilmente à ordenha
Mesmo aquelas mais velhas, que foram criadas no
sistema de cria ao pé.
O bezerro é facilmente criado, com aleitamento
artificial
Usando mamadeira ou
Com acesso a um dos peitos durante ou após a ordenha.
As vacas gir permitem, sem restrição, a utilização
de ordenharia mecânica;
Expressa seu potencial produtivo com menos
alimento.
23. PADRÃO DA RAÇA
Extremamente dócil
Aptidões para o leite e carne, caracteriza-se por
Apresentar perfil convexo e ultra-convexo
Testa proeminente
Com chifres laterais freqüentemente retorcidos
Barbela desenvolvida
Com pelagens das mais variadas podendo apresentar pêlos
brancos, vermelhos, amarelos e pretos em combinações muito
variadas
24. Uso no Cruzamento
Preferência para cruzamentos com as raças européias
especializadas
Holandesa
Jersey
Pardo-suiço
Produtividade de leite
Sob controle oficial apresenta produção média de 3.233
kg,
Índice que está 290% acima da média nacional
25.
26. GUERNSEY
Origem na Inglaterra,
Na ilha de Guernsey, no Canal da Mancha
hipótese de que seja derivado do cruzamento do gado Bretão
com o Normando
Pelagem:
Amarelo malhado, com combinações variadas
Aptidão:
Leiteira, do grupo das manteigueiras
úbere grande, bem conformado e irrigado, é especializada na
produção de leite gordo, por isso, classificada como raça
manteigueira
É considerada mais rústica que a Jersey
27. Produção no país de origem é de
Aproximadamente 3000 kg de leite
Leite com 4,5 a 5,5% de gordura
Peso médio da fêmea adulta é de 400 a 500 kg, e nos;
Machos, de 700 a 750 kg de peso vivo;
Nos cruzamentos revela grande prepotência na
transmissão de suas qualidades;
Sua criação tem sido recomendada ao lado de vacas de
leite magro para operar misturas de compensação
28.
29. Guzerá
Origem: região central da Índia
Pelagem: predominante é a fumaça (cinza - prateada);
Aptidão: mista, ou seja, é uma raça de corte com
linhagem leiteira; produção média de 2300 kg de leite;
leite com 3,5% de gordura, peso na fêmea adulta é de 500
kg e no macho é de 800 kg
30.
31. HOLANDESA
Pouco se sabe sobre a origem da raça holandesa havendo
anotações que vão até o ano 2000 a.C.
Características
Idade para a primeira cobertura: 16 a 18 meses
Idade para o primeiro parto: 25 a 27 meses
Duração da gestação: 261 dias a 293 dias (média de 280
dias)
Intervalo entre partos: 15 a 17 meses
32. Padrão da raça
Malhadas de preto-branco ou vermelho branco
Cabeça bem moldada
Pescoço longo e delgado
Dorso reto
Garupa comprida
Coxas retas, delgadas e ligeiramente côncavas
Pernas com ossatura limpa
Pele fina e pregueada e pêlo fino e macio
33. Os principais cruzamentos são com a raça gir,
formando o girolando, e com o guzerá, formando o
guzolando (ou guzerando), ambos com livro de
registro genealógico
Desde 1991, todo o gado holandês é registrado desde o
nascimento
34. Média de Produção de Leite em 1998:
- Lactações padronizadas em 305 dias e em 2 ordenhas:
6.622 kg
- Lactações em 2 ordenhas, de 306 a 365 dias: 7.862 kg
- Lactações em 3 ordenhas, até 305 dias: 7.160kg.
35.
36. JERSEY
É originária de uma pequena ilha, no Canal da Mancha
Entre a Inglaterra e a França
No Brasil, o jersey foi introduzido em 1896
Rio Grande do Sul
A raça jersey é uma das mais eficientes e é encontrada
nos cinco continentes
Atualmente, é a segunda raça leiteira criada no mundo
37. Características
Alta precocidade: é possível ter maior lucratividade com as
fêmeas
Adaptação: adaptam-se facilmente a vários tipos de clima,
manejo e condições geográficas
Prolificidade: boa capacidade de reprodução
Facilidade de parição (perpetuada geneticamente): aos 26
meses já cria, voltando a emprenharem em 110 dias
38. Longevidade: permanecem mais tempo no plantel
Tolerância ao calor: escolha lógica para os criadores de raças
leiteiras em regiões tropicais
Conversão alimentar: transforma, de maneira eficiente
Produzindo mais por área
39. Padrão da raça
Cabeça: limpa, bem proporcional, de comprimento
moderado
Pescoço: limpo, moderadamente comprido
Pés: curtos, compactos e redondos; úbere: largo, alto e
amplo
Um úbere de boa qualidade é pregueado, macio, de boa
textura, e descamado
Pele: pigmentada.
40. Cruzamentos
Segundo a ACGJB o jersey tem sido criado em estado
puro há mais tempo que qualquer outra raça leiteira
isto lhe dá grande facilidade para transmitir à progênie as boas
qualidades da raça
A facilidade de parição, elevada produção leiteira e
mantegueira
fazem da jersey uma raça eficiente para cruzamentos com
raças zebuínas, quando se pretende aumentar a produção de
leite
41. Produtividade de leite
Os bons resultados do manejo da vaca de alta produção
requerem ao mesmo tempo ciência e arte. A ciência se
baseia em conhecer e compreender o metabolismo e a
fisiologia da vaca; a arte, na habilidade de fazer uso desse
conhecimento para atingir um resultado final desejado.
42.
43. LAVÍNIA
Origem: Fazenda Sr. Rubens F. Mello
Município de Lavínia - SP
Raça mista, formada de 5/8 Pardo Suíço + 3/8 Zebu
Pelagem: parda - cinzenta, de
Cor mais clara ao redor do focinho e orelhas
Aptidão: mista
Produção de 3000 kg de leite
Leite com 4,0% de gordura
Atinge 450 kg de peso vivo aos 24 meses de idade.
44.
45. MANTIQUEIRA
Origem: Vale do Paraíba Paulista
Pelagem: malhada do preto com partes brancas
salpicadas de preto
Aptidão: leiteira
Produção média de 1863 kg de leite
Leite com 3,4% de gordura, equivalente 76,6 kg
Com lactação média de 232 dias
Porte inferior ao da raça holandesa
Raça de grande adaptação ao regime de campo.
46. Raça nacional
Praticamente desaparecida .
Alta potencialidade genética
Boa produtividade leiteira
Vantagem
Raça inteiramente adaptada as condições de clima
Pastos
Topografia acidentada
Especialmente de Minas Gerais
47. PARDO SUÍÇO
É uma raça pura e milenar, com registros datados de 80 a.C
Há mais de 1000 anos atrás
Características
Alta conversão alimentar
Alta fertilidade de machos e fêmeas
Precocidade sexual: as novilhas entram no cio aos 332 dias
Rusticidade: tolerância ao frio e calor
Camada de gordura na quantidade certa, sem excessos
Produção leiteira: mais de 2.500 quilos de leite em 200 dias
Habilidade materna
Viabilidade econômica em confinamento.
48. Padrão da raça
Boa pigmentação;
Pelo curto, que é capaz de crescer ou se manter
de acordo com o clima;
Cascos: pretos e fortes;
Bons aprumos;
Pêlos de cor parda, variando do muito claro para
o muito escuro.
49. O pardo-suíço é uma das raças mais antigas e puras de
dupla aptidão.
Tem elevada performance para produção de leite e
carne e imprime em sua progênie logo no primeiro
cruzamento e em gerações posteriores, também suas
características fenotípicas e produtivas .
50.
51. PITANGUEIRAS
Touros red poll foram cruzados com vacas guzerás, dando
produtos de meio-sangue. Novilhas 1/2 sangue foram
padreadas por touros guzerás, dando os 3/4 guzerás e 1/4 red
poll. As fêmeas da segunda geração foram fecundadas por
reprodutores red poll, originando mestiços com 5/8 da raça
taurina e 3/8 de sangue zebuíno, que receberam a
denominação de pitangueiras.
Características
Pelagem vermelha, uniforme
Com pequenas variações de tonalidade
Podendo ir do vermelho escuro ao caju e vermelho
claro.
52. Tem como característica principal o fato de
ser geneticamente mocho
Apresenta certa resistência contra várias
moléstias
Mansidão dos touros e vacas
Se submetem perfeitamente ao regime de
ordenha mecânica.
53. Padrão da raça
Estatura: média
Pelos: curtos, lisos, finos, brilhantes
Cor uniforme vermelha variando do vermelho claro ao caju
Temperamento: dócil
Cabeça: leve, de perfil retilíneo
Tronco: musculoso, cilíndrico, de comprimento médio
Garupa: larga, longa, horizontal
Cauda: bem inserida, longa, achatada na base
Quartos: membros de comprimento médio bem
afastados
54. Cruzamentos
O rebanho é estimado em 70 mil cabeças, quase todos
puros, que vem crescendo rapidamente pela
multiplicação natural
Nas explorações leiteiras, são usados reprodutores
pitangueiras na cobertura de vacas mestiças de gado
holandês com fêmeas girolandas e guzolandas
evidente elevação da produtividade, como resultado de maior
heterose, em virtude da participação de três ou quatro raças,
constituindo quase um novo tipo de composto
55. Produtividade de leite
Nos grandes rebanhos:
9 kg na estação seca
11 a 12 Kg no período das águas
As boas produtoras dão 4.000 a 5.000 kg por lactação
em 300 dias
56.
57. SIMENTAL
Origem na Suíça
No Brasil, chegou há mais de 80 anos
Características
Está em primeiro lugar entre as raças européias
Na produção de sêmen congelado
Coleta e
Transferência de embriões
Com opção para cruzamento industrial.
58. A idade média para cobertura de fêmeas é a partir do 14º mês,
quando estarão pesando cerca de 400 kg.
São animais rústicos que podem ser criados a pasto desde o
nascimento.
Padrão da raça
O simental de pura raça é de temperamento dócil
Sua pelagem é branca ou ligeiramente creme
Com grandes manchas amarelas ou vermelhas
Ou uma só grande mancha
Que varia do amarelo trigo ao vermelho castanho.
A cabeça, parte inferior do corpo, dos membros e ponta de
calda é branca.
59. Cruzamentos
Do cruzamento entre as melhores linhagens da raça
simental surgiu o simbrasil - uma raça sintética de
características muito apreciadas, especialmente para a
produção leiteira
Destaca-se também a utilidade do cruzamento do
simental, com vacas girolandas, visando o aumento na
produção leiteira
60. Produtividade leiteira
As vacas podem ter uma produção com média de 20
kg/dia
Concursos leiteiros realizados no Brasil revelam que a
raça registra em media 25 e 30 kg/leite/vaca/dia.