O documento discute Green Bonds e seu potencial no Brasil para financiar projetos sustentáveis de energia renovável. Green Bonds são títulos de renda fixa usados para captar recursos para projetos verdes, trazendo benefícios ambientais como redução de emissões de gases de efeito estufa. Embora o Brasil tenha atraído interesse de investidores por seu potencial no setor de energia renovável, a emissão doméstica desses títulos ainda é limitada devido à competição com outros ativos e concentração do merc
2. Introdução
1. O que são os Green Bonds?
2. Como podem ser utilizados?
3. Qual o principal benefício ambiental?
3. Introdução
1. O que são os Green Bonds?
2. Como podem ser utilizados?
3. Qual o principal benefício ambiental?
Títulos de Renda Fixa
4. Introdução
1. O que são os Green Bonds?
2. Como podem ser utilizados?
3. Qual o principal benefício ambiental?
Títulos de Renda Fixa
Financiamento de projetos “verdes”
5. Introdução
1. O que são os Green Bonds?
2. Como podem ser utilizados?
3. Qual o principal benefício ambiental?
Títulos de Renda Fixa
Financiamento de projetos “verdes”
Redução das emissões de GEE
6. Emissões anuais de Green Bonds em bilhões de US$
Fonte: Climate Bonds Initiative. Elaboração Própria.
Contextualização
Emitido pela primeira vez em 2007, os Green Bonds têm se mostrado um importante veículo
para que governos, instituições multilaterais e empresas possam levantar capital, junto a
investidores institucionais - como fundos de pensão – a fim de investi-lo em projetos
ambientalmente sustentáveis.
7. No Brasil
• O país tem despertado o interesse de investidores institucionais, principalmente,
pelo seu potencial no setor de energias renováveis.
Fonte: Sistema de estimativa de emissões de gases de efeito estufa. Elaboração Própria.
8. No Brasil
Dificuldades: Competição com títulos públicos federais e a existência
de um mercado de investidores concentrado.
Ponto de Partida: A primeira captação por uma empresa nacional ocorreu
somente em junho de 2015, com a emissão de €500 milhões pela
companhia de alimentos BRF, sendo os títulos totalmente colocados no
mercado europeu (Bonds and Climate Change, 2015).
10. Valoração
Método de Custos de Reposição
• Gastos para repor externalidades positivas de energias renováveis;
• Preços de bens substitutos;
• Combustíveis fósseis com bens substitutos de fontes renováveis;
• Custo Social do Carbono (CSC) com preço de mercado.
11. Valoração
VEEP = GEE x CSC
VEEP: Valor Estimado das Externalidades Positivas ao ano, em US$;
GEE: Gases do Efeito Estufa evitados, em tCO2;
CSC: Custo Social do Carbono em US$ / tCO2
12. Resultado
Emissões anuais de GEE evitadas, em tCO2 (2015)
Nome do projeto Emissões anuais de GEE evitadas em tCO2
China - Beijing Rooftop Solar Photovoltaic Scale-Up (S
unshine Schools)
89.590
China - Green Energy Schemes for Low-carbon City in
Shanghai
165.000
China - Jiangxi Shihutang Navigation & Hydropower 450.000
India - Rampur Hydropower Project 1.407.700
Indonesia - Indonesia Geothermal Energy 1.100.000
Mexico - Integrated Energy Services 241.000
Mexico - Sustainable Rural Development 283.900
Morocco – Noor Ouarzazate Concentrated Solar Power 522.000
Turkey - Private Sector Renewable Energy and Energy
Efficiency Project
3.507.000
Turkey - Renewable Energy Integration 690.000
Total 8.456.190
Fonte: The World Bank Green Bond – Impact Report (2015). Elaboração própria.
13. Fonte: Technical Update of the Social Cost of Carbon for Regulatory Impact Anal
ysis Under Executive Order 12866 (May 2013, Revised July 2015)
Resultado
Custo Social do Carbono, 2015-2050 (em US$ de 2014 por tCO2)
Fonte: Technical Update of the Social Cost of Carbon for Regulatory Impact Analysis Under Executive Order 12866
(May 2013, Revised July 2015). Elaboração Própria.
14. Resultado
VEEP = GEE x CSC =
8.456.190 tCO2 x US$ 40,00 =
tCO2
US$ 338.247.600,00 anuais
15. Conclusão
Impactos negativos ao bem estar da sociedade e ao meio ambiente
Conscientização da necessidade de um desenvolvimento sustentável
Verifica-se, assim, um mercado dinâmico e atrativo aos Green Bonds:
• Potencial - país rico em recursos para energia renovável;
• Diversificação de portfólio;
• Retorno ambiental, social e econômico;
• Ganhos de imagem e reputação para emissores.
16. Conclusão
• Economia Ambiental é capaz de auxiliar nas tomadas de decisões dos
agentes econômicos, ao desenvolver ferramentas para mensuração dos
impactos ambientais e sociais das atividades econômicas.
são títulos de renda fixa emitidos por governos, bancos ou organizações autorizadas para incentivar o financiamento de projetos ambientalmente responsáveis.
como mecanismo de captação de recursos direcionados a investimentos no setor de energias renováveis brasileiro, por exemplo.
Estes títulos geram recursos para o financiamento de projetos ou compra de equipamentos em diversas áreas, reduzindo as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).
são títulos de renda fixa emitidos por governos, bancos ou organizações autorizadas para incentivar o financiamento de projetos ambientalmente responsáveis.
como mecanismo de captação de recursos direcionados a investimentos no setor de energias renováveis brasileiro, por exemplo.
Estes títulos geram recursos para o financiamento de projetos ou compra de equipamentos em diversas áreas, reduzindo as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).
são títulos de renda fixa emitidos por governos, bancos ou organizações autorizadas para incentivar o financiamento de projetos ambientalmente responsáveis.
como mecanismo de captação de recursos direcionados a investimentos no setor de energias renováveis brasileiro, por exemplo.
Estes títulos geram recursos para o financiamento de projetos ou compra de equipamentos em diversas áreas, reduzindo as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).
são títulos de renda fixa emitidos por governos, bancos ou organizações autorizadas para incentivar o financiamento de projetos ambientalmente responsáveis.
como mecanismo de captação de recursos direcionados a investimentos no setor de energias renováveis brasileiro, por exemplo.
Estes títulos geram recursos para o financiamento de projetos ou compra de equipamentos em diversas áreas, reduzindo as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).
Nota-se que 89% dos investimentos se dão na modalidade asset finance, que corresponde ao investimento em unidades de geração de energia, com uso de recursos próprios de empreendedores, investidores diretos e empréstimos. Os valores investidos por meio do mercado de capitais e fundos de capital de risco (VE/PE) ficam reduzidos à ordem de US$ 140mi. O Sistema Financeiro Nacional e a Economia Verde, 2014, pg. 76
O país tem despertado o interesse de investidores institucionais, principalmente, pelo seu potencial no setor de energias renováveis.
Em 2014 a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) criou um comitê
para identificar as potencialidades, os desafios e as propostas para o
desenvolvimento deste mercado.
http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-de-energia-podem-cair-40,1765907
A BRF divulgou uma nota informando onde será investido tal montante, pretendendo utilizar os recursos obtidos com a oferta das Notes para financiar projetos sustentáveis nas áreas de eficiência energética, redução da emissão de gases de efeito estufa, energia renovável, gestão de uso da água, gestão de resíduos, uso de embalagens sustentáveis e eficientes, gestão sustentável de áreas florestais e redução do uso de matéria-prima, bem como no pagamento de taxas relacionadas à emissão das Notes. As Notes cumprem com o Green Bond Principles editados pela Associação Internacional de Mercado de Capitais (International Capital Market Association)
Como valorar economicamente o bem ambiental, uma vez que se trata de um bem com características tão
particulares?
Nota-se que 89% dos investimentos se dão na modalidade asset finance, que corresponde ao investimento em unidades de geração de energia, com uso de recursos próprios de empreendedores, investidores diretos e empréstimos. Os valores investidos por meio do mercado de capitais e fundos de capital de risco (VE/PE) ficam reduzidos à ordem de US$ 140mi. O Sistema Financeiro Nacional e a Economia Verde, 2014, pg. 76
Segundo, como procedimento metodológico para valorar monetariamente bens ambientais, utilizou-se do Método de Custos de Reposição (MCR) com o intuito de estimar os gastos teoricamente necessários para repor os benefícios das energias renováveis, caso fossem substituídas por alternativas fósseis, que geram impactos nocivos sobre o meio ambiente e a sociedade. Considerando dados emitidos pelo Banco Mundial (World Bank), procurou-se analisar as externalidades positivas (benefícios) de investimentos em energias renováveis, financiados por Green Bonds. Neste caso, as externalidades referem-se às estimativas de emissões de GEE pela queima de combustíveis fósseis que foram evitadas; e como o uso de fontes renováveis evita as emissões de tais gases, as externalidades são consideradas positivas. Quanto aos gases do efeito estufa não emitidos, eles foram quantificados em toneladas de CO2 (tCO2) e para sua valoração, baseou-se no Custo Social do Carbono (CSC).
Custo Social do Carbono (CSC): parâmetro do custo estimado de possíveis impactos que a adição de uma tonelada de CO2 na atmosfera pode acarretar sobre a produtividade agrícola; na saúde humana; bem como danos a propriedades públicas e privadas decorrentes dos riscos associados às mudanças climáticas - como enchentes.
Mesmo que não sejam o tipo mais rentável de investimento, abrir o horizonte de investimento de uma empresa para diferentes setores pode gerar segurança, pois você diversifica seu capital e se torna menos vulnerável a variações brusca de mercados ou prospecções.
Esse foi o caso, por exemplo, da BRF que recentemente anunciou seu posicionamento favorável a investimentos em Green Bonds e teve seu rating elevado de “BBB-“ para “BBB” em maio desse ano.