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SEGUNDAFASE DO MODERNISMO – GERAÇÃO DE 30: JORGE
AMADO E RACHEL DE QUEIROZ
Thaynã Emanoela Guedes Carneiro
Letras/ 7º Período
Universidade de Pernambuco – Campus Mata Norte
1. JORGE AMADO: DIFUSOR DAS DIVERSIDADES ECONÔMICAS E
CULTURAIS DA BAHIA
Nascido na Bahia, em 1912, o escritor é um dos representantes modernistas do
regionalismo brasileiro. Em suas obras, Jorge Amado dá ênfase aos problemas sociais
nos quais ele analisa sobre um olhar marxista. Seus romances marcam a passagem da
sociedade agrária para a industrial, e ainda traz a preocupação com os problemas
coletivos, ambientando suas narrativas no quadro rural e urbano da sua terra natal, como
o faz nas obras “Seara Vermelha” e “Cacau, Terras do Sem fim”. Seus personagens
geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao
cais, em Salvador, Capital da Bahia.
Segundo Bosi em seu livro “História Concisa da Literatura Brasileira”, Jorge
Amado é visto por seus leitores como: “Exemplos de atitudes vitais: românticas e
sensuais” que, vez por outra, emprestaria matizes políticos. A rigor, não caminhou além
dessa colagem psicológica a ideologia do festejado escritor baiano. “Nem a sua poética,
que passou incólume pelo realismo crítico e pelas demais experiências da prosa
moderna, ancorada como estava em um modelo oral-convencional de narração
regionalista”.
Possui grande talento narrativo e de grande força sócio poética. A prosa do autor
consegue dominar o leitor por sua maneira de descrever os personagens
minuciosamente, além de criar um mundo próprio. Ele não segue uma construção
literária com normas gramaticais e ortográficas tornando sua narrativa descontraída,
simples e coloquial, de grande conteúdo humano. Sua linguagem é também abundante
em elementos populares e folclóricos mais explicitamente em suas obras “Mar Morto”,
“Tenda dos Milagres”, “Capitães da Areia”.
Seu registro literário é importante para o entendimento de nossa realidade social e
histórica no qual ele retrata temas como: infância abandonada, a miséria do cais do
porto da cidade (Bahia), os retirantes da seca, o cangaço, a exploração do trabalhador
urbano e rural, o coronelismo em sua famosa obra “Gabriela, Cravo e Canela”,
discriminação racial, e outros. Jorge buscava estar comprometido com o povo e que
seus livros “buscam servir à transformação da sociedade”.
2. RACHEL DE QUEIROZ: EXPOENTE DO REGIONALISMO NORDESTINO
Nascida no Ceará em 1910, Rachel de Queirós retrata de forma modernista, seca e
viva, o nordeste; mais especificamente o Ceará. Além de retratar a seca e o interesse
social, ela também expõe sua preocupação com os traços psicológicos do homem dessa
região, como demonstrou em seus dois primeiros romances: “O Quinze” e “João
Miguel”. Essa concordância entre o social e o psicológico mostra uma nova posição na
temática do romance nordestino.
Ela foi definida por Alfredo Bosi no livro “História Concisa da Literatura
Brasileira”: “ela passaria do socialismo libertário de “Caminho de Pedras” às crônicas
(...) de espírito conservador”. (...) Curva ideológica que se explica muito bem se inserida
no roteiro do tenentismo que a condicionou; verbalmente revolucionário em 30,
sentimentalmente liberal e esquerdizante em face da ditadura, acabou enfim, passada a
guerra, identificando- se com a defesa passional das raízes do status quo.”
Suas crônicas também tratam dos mais diversos temas como: lembranças, fatos
históricos, opiniões, críticas, indignações, etc. Além disso, as crônicas também
apresentam atualidades no qual se refere a um experimentalismo literário, que muitas
vezes a aproxima de um conto. Muitas de suas obras contêm caráter autobiográfico, ao
passo que são baseados em lembranças e fatos reais vividos pela escritora podendo ser
encontrados na obra “Pátria Amada”. Contém também uma linguagem simples na qual
o leitor sente que é um diálogo com o mesmo, a autora possui essa preocupação com a
simplicidade de seus textos e com a linguagem oral e natural. Também é notável à
intertextualidade que se dá com frequência, pela citação de elementos de obras e autores
conhecidos, como Manuel Bandeira. Vale ressaltar também o foco narrativo, que na
maioria das vezes se apresenta em primeira pessoa. Às vezes o narrador pode se
apresentar como uma garota em sua infância, outras vezes na mocidade e muitas vezes
na idade madura recordando suas memórias.
Além do sertão, outros temas bastantes presentes em suas crônicas são as rotinas
cariocas, aventuras amorosas da juventude e paixões proibidas como o fez em - “Rosa e
o fuzileiro” e “Vozes d’África”. Ela também põe em destaque temas como o tempo, a
velhice e a morte explícita em sua obra “Não aconselho envelhecer”.
3. REFERÊNCIAS
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1998.

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Modernismo de 30 - Rachel de Queiroz e Jorge Amado (Análise Literária)

  • 1. SEGUNDAFASE DO MODERNISMO – GERAÇÃO DE 30: JORGE AMADO E RACHEL DE QUEIROZ Thaynã Emanoela Guedes Carneiro Letras/ 7º Período Universidade de Pernambuco – Campus Mata Norte 1. JORGE AMADO: DIFUSOR DAS DIVERSIDADES ECONÔMICAS E CULTURAIS DA BAHIA Nascido na Bahia, em 1912, o escritor é um dos representantes modernistas do regionalismo brasileiro. Em suas obras, Jorge Amado dá ênfase aos problemas sociais nos quais ele analisa sobre um olhar marxista. Seus romances marcam a passagem da sociedade agrária para a industrial, e ainda traz a preocupação com os problemas coletivos, ambientando suas narrativas no quadro rural e urbano da sua terra natal, como o faz nas obras “Seara Vermelha” e “Cacau, Terras do Sem fim”. Seus personagens geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, Capital da Bahia. Segundo Bosi em seu livro “História Concisa da Literatura Brasileira”, Jorge Amado é visto por seus leitores como: “Exemplos de atitudes vitais: românticas e sensuais” que, vez por outra, emprestaria matizes políticos. A rigor, não caminhou além dessa colagem psicológica a ideologia do festejado escritor baiano. “Nem a sua poética, que passou incólume pelo realismo crítico e pelas demais experiências da prosa moderna, ancorada como estava em um modelo oral-convencional de narração regionalista”. Possui grande talento narrativo e de grande força sócio poética. A prosa do autor consegue dominar o leitor por sua maneira de descrever os personagens minuciosamente, além de criar um mundo próprio. Ele não segue uma construção literária com normas gramaticais e ortográficas tornando sua narrativa descontraída, simples e coloquial, de grande conteúdo humano. Sua linguagem é também abundante em elementos populares e folclóricos mais explicitamente em suas obras “Mar Morto”, “Tenda dos Milagres”, “Capitães da Areia”. Seu registro literário é importante para o entendimento de nossa realidade social e histórica no qual ele retrata temas como: infância abandonada, a miséria do cais do
  • 2. porto da cidade (Bahia), os retirantes da seca, o cangaço, a exploração do trabalhador urbano e rural, o coronelismo em sua famosa obra “Gabriela, Cravo e Canela”, discriminação racial, e outros. Jorge buscava estar comprometido com o povo e que seus livros “buscam servir à transformação da sociedade”. 2. RACHEL DE QUEIROZ: EXPOENTE DO REGIONALISMO NORDESTINO Nascida no Ceará em 1910, Rachel de Queirós retrata de forma modernista, seca e viva, o nordeste; mais especificamente o Ceará. Além de retratar a seca e o interesse social, ela também expõe sua preocupação com os traços psicológicos do homem dessa região, como demonstrou em seus dois primeiros romances: “O Quinze” e “João Miguel”. Essa concordância entre o social e o psicológico mostra uma nova posição na temática do romance nordestino. Ela foi definida por Alfredo Bosi no livro “História Concisa da Literatura Brasileira”: “ela passaria do socialismo libertário de “Caminho de Pedras” às crônicas (...) de espírito conservador”. (...) Curva ideológica que se explica muito bem se inserida no roteiro do tenentismo que a condicionou; verbalmente revolucionário em 30, sentimentalmente liberal e esquerdizante em face da ditadura, acabou enfim, passada a guerra, identificando- se com a defesa passional das raízes do status quo.” Suas crônicas também tratam dos mais diversos temas como: lembranças, fatos históricos, opiniões, críticas, indignações, etc. Além disso, as crônicas também apresentam atualidades no qual se refere a um experimentalismo literário, que muitas vezes a aproxima de um conto. Muitas de suas obras contêm caráter autobiográfico, ao passo que são baseados em lembranças e fatos reais vividos pela escritora podendo ser encontrados na obra “Pátria Amada”. Contém também uma linguagem simples na qual o leitor sente que é um diálogo com o mesmo, a autora possui essa preocupação com a simplicidade de seus textos e com a linguagem oral e natural. Também é notável à intertextualidade que se dá com frequência, pela citação de elementos de obras e autores conhecidos, como Manuel Bandeira. Vale ressaltar também o foco narrativo, que na maioria das vezes se apresenta em primeira pessoa. Às vezes o narrador pode se apresentar como uma garota em sua infância, outras vezes na mocidade e muitas vezes na idade madura recordando suas memórias.
  • 3. Além do sertão, outros temas bastantes presentes em suas crônicas são as rotinas cariocas, aventuras amorosas da juventude e paixões proibidas como o fez em - “Rosa e o fuzileiro” e “Vozes d’África”. Ela também põe em destaque temas como o tempo, a velhice e a morte explícita em sua obra “Não aconselho envelhecer”. 3. REFERÊNCIAS BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1998.