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Aula 16

Modelagem de
Transformador
Modelagem
Iremos apresentar o modelo do transformador
    para uso no cálculo de fluxo de potência
    em redes de alta tensão.
Estes modelos descrevem matematicamente o
    comportamento do transformador sob
    condições estacionárias, com as tensões e
    correntes variando senoidalmente, ou seja,
    em regime permanente para a freqüência
    fundamental do sistema (60 Hz).
Para estas condições poderemos representar os
    transformadores trifásicos por seu
    equivalente de seqüência positiva.
No caso de ligações em delta iremos converter
    para ligações em estrela equivalentes para
    podermos trabalhar com a seqüência
    positiva.
Modelagem (cont.)
Os transformadores utilizados em sistema de
    potência (alta tensão) têm algumas
    características diferentes dos demais.
Em geral os efeitos de corrente de
    magnetização podem ser desprezados (em
    condições de regime permanente).
Os modelos que iremos utilizar serão
    semelhantes aos modelos Pis utilizados
    para linhas de transmissão.
Iremos rever o sistema pu e aplicaremos o
    conceito para transformadores.
Finalmente apresentaremos as equações de
    fluxo de potência para os transformadores
    em condições de regime permanente
    (representados por seu equivalente de
    seqüência positiva em pu).
Equivalentes de transformador
           monofásico
Dado o transformador monofásico a seguir




Podemos representá-lo pelo modelo
  abaixo.
    Ip                     rd   j xd       Is
    +                                  +

         Vp         gm   j bm          Vs
     -                                 -

              a:1


Este modelo será utilizado para dedução
  da expressão de fluxo de potência
  através do transformador.
Modelo teórico

No modelo o comportamento elétrico do
  transformador é representado por um
  transformador ideal, com relação de
  transformação a:1.
A impedância série representa o fluxo de
  dispersão (reatância) e a perda no cobre
  (resistência).
A admitância transversal representa a perda
  de magnetização (susceptância) e as
  perdas no ferro (Foucault -condutância).
Indutâncias

Da teoria de transformadores surgem as
  indutâncias
• Lp – indutância própria do primário
• Ls – indutância própria do secundário
• Mps – indutância mútua primário-
  secundário
Estas indutâncias são descritas pela
  permeabilidade magnética do material,
  um fator que depende da geometria do
  trafo e um fator de dispersão, além do
  número de espiras dos enrolamentos
  primário e secundário.
Indutâncias (cont.)

Analisando os fasores das tensões no
 primário e no secundário do
 transformador pode-se relacionar estas
 indutâncias com as impedâncias
 longitudinais e transversais do modelo.
Transformador monofásico ideal
• Circuito equivalente:




• Relações de tensão:
                      dϕ                  dϕ
              v1 = N1            v2 = N 2
                      dt                  dt
                     V1 N1
                       =    =a
                     V2 N 2
                          • a – relação de espiras
• Relação de corrente:

              i1 N1 − i2 N 2 = 0
                  i1 N 2 1
                    =   =
                  i2 N1 a
Transformador monofásico ideal
• Relações de Potência:

     S1 = V I = V2 I 2 = S 2
                *          *
             1 1

 • Não há perdas (potência de entrada igual a
 potência de saida)

• Relações de impedâncias(reflexão):




         V1 a V2     2 V2
     Z1 = =       =a      = a Z2
                             2

         I1 I 2        I2
                a
Transformador monofásico real
• Considera-se:
•Perdas ôhmicas, resistência dos enrrolamentos do
primário e secundário (r1 , r2 );
• Perdas magnéticas por dispersão de fluxo
magnético Representadas por Reatâncias lineares
(x1 , x2).
•Perdas no núcleo – Perdas ativas por Foulcaut e
histerese representada por resistência (rc) e a
magnetização do núcleo aproximada por reatância
linear (aprox. Pela componente de 1ª h da Corrente de
magnetização em quadratura com o fluxo) - xm ;
• Circuito equivalente:




• A relação de espiras é válida para V1’ e V2’ e para I1’
e I2.
Transformador 1φ real (em vazio)
• EM VAZIO (SECUNDÁRIO EM ABERTO)
• I2 = 0   I1’ = 0;

• A impedância do ramo de magnetização (rc e xm ) é
muito maior que a impedância série equivalente
(pode-se desprezar os parâmetros série).

• Circuito equivalente:




•Corrente no primário (da ordem de 5 % da corrente
nominal do trafo):
                      i1 (t ) = iϕ (t ) + im (t )
• Corrente no tensão no secundário:
                               V1
                          V2 =
                               a
Transformador 1φ real (em vazio)
• Devido à não linearidades da curva B x H do núcleo
(ciclo de histerese e eventualmente saturação):
        • A corrente de excitação não é senoidal;
        • A análise de Fourier mostra que a corrente
        de magnetização possui uma componente
        fundamental em fase com o fluxo e
        harmónicas de ordem ímpar (3ª, 5ª, … )
        • Como a If é pequena considera-se somente a
        componente de primeira harmônica:
                             I1 = Iϕ
        • Diagrama fasorial
Transformador 1φ real (com carga)
• I2 ≠ 0 Todos os parâmetros do circuito
equivalente são considerados;

•Podemos eliminar o transformador ideal refletindo as
impedâncias do secundário para o primário e
utilizando a relação de transformação de tensão e
corrente.
• Circuito equivalente:




• Como Iϕ << I1 pode-se desprezar o ramo de
magnetização:




• Em geral para trafos de Potência (centenas de kVA),
depreza-se as perdas ôhmicas.
Ensaios

A partir de ensaios é possível determinar
  os parâmetros do modelo do
  transformador nas condições de regime
  permanente :
• Curto-circuito
   – Com o lado de baixa (secundário) em curto-
     circuito impõe-se uma tensão menor do que
     a nominal no lado de alta (primário) de
     modo a se ter corrente nominal no
     secundário em curto e mede-se a tensão e a
     corrente no primário, além da corrente no
     secundário e a potência consumida no
     primário.
• Em Vazio
   – Com o terminal do lado de alta (secundário)
     em vazio ompõe-se tensão nominal no lado
     de baixa (primário) e mede-se a tensão no
     secundário, além da corrente no primário e
     a potência consumida no primário.
Determinação de parâmetros (Ensaio em
vazio)
• Teste em aberto: Um dos lados do transformador é
deixado em aberto, normalmente o lado de alta tensão.
Instrumentos de medição são conectados para medir a
corrente I1, V1 e a potência ativa na entrada P1. A
tensão aplicada V1 deve ser igual a tensão nominal do
transformador (dado de placa).

• Como um dos lados em vazio teremos:

•I2 = 0   I1’ = 0;

• A impedância do ramo de magnetização (rc e xm ) é
muito maior que a impedância série equivalente
(pode-se desprezar os parâmetros série).

• Toda a corrente é responsável pela magnetização do
núcleo do trafo.
Determinação de parâmetros (Ensaio em
vazio)
• Como foram desprezadas as perdas ôhmicas no
cobre, toda a potência ativa medida representa as
perdas ôhmicas no núcleo do tranformador, e desta
forma calculamos rc e xm:

• Resistência do ramo de magnetização
                         2
                       V1
                 rc1 =
                       P0
• Correntes Ic e Im do ramo de magnetização

          V1
     Ic =            I m = I1 − I c
                                2       2
          rc
• Reatância de magnetização:

                         V1
                  X m1 =
                         Im

• Nota: Os parâmetros são referentes ao lado de
aplicação da tensão V1.
Determinação de parâmetros (ensaio em
curto)
• Ensaio em curto: Um dos lados do transformador é
curto-circuitado, normalmente o lado de baixa tensão.
Instrumentos de medição são conectados para medir
as correntes I2, I1, V2 e potência ativa na entrada P2. A
tensão aplicada V2 deve ser tal que I1 seja igual a
corrente nominal do transformador (dado de placa).

• Com o terminal em curto (situação de plena carga) a
tensão aplicada que resulta na corrente nominal é
muito menor que a tensão nominal do trafo no lado
em que a tensão é aplicada;

• Como vimos a corrente de magnétização é de
pequena ordem de grandeza, na prática as perdas no
ramo de magnetização são desprezadas neste ensaio.
Determinação de parâmetros (ensaio em
curto)
• Desta forma calcula-se o módulo da impedância, Z2

                      V2
                 Z2 =
                      I2

• Resistência de perdas no cobre:

                            P2
                requiv 2   = 2
                            I1

• Reatância de dispersão:


               xequiv 2 = Z 2 − r2
                                 2   2
Exemplos (circuito equivalente)

• Testes são feitos em um transformador monofásico,
10 kVA, 2200/220, 60 Hz e anotados na tabela abaixo.

                     Circuito Aberto   Curto Circuito


       Tensão (V)         220               150

      Corrente (A)         2,5             4,55


      Potência (W)        100               215


• (a)Encontre o circuito equivalente aproximado, com
os parametros refletidos de alta e do lado de baixa
tensão.

•(b)Expressa a corrente de excitação como uma
porcentagem da corrente nominal.

•(c)Determine o fator de potência para os testes de
circuito aberto (sem carga) e curto circuito(plena
carga).
Solução:
Os valores nominais (em módulo) do trafo são
descritos abaixo.
  V2(nominal) = 2200 V                V1(nominal) = 220 V
         2200
   a=         = 10
         220
                   10000                       10000
  I 2(nominal)   =       = 4,55 A I1(nominal) = 220 = 45,5 A
                    2200
                  V2 I 2(nominal) = V1I1(nominal) = 10 kVA
•(a) Parâmetros do Circuito equivalente.
•Diagrama fasorial para o teste de circuito aberto.
           2
       V1   220 2
 rc1 =    =       = 484
       P1   100
         V1 220
  Ic =     =    = 0,45 A
         rc 484

  I m = I1 − I c = 2,52 − 0,452 = 2,46 A
                 2     2


          V1 220
   X m1 =    =     = 89,4
          I m 2,46
•Parâmetros referidos para o lado de alta
    rc 2 = a 2 rc 2 = 48400 Ω       X m 2 = a 2 X m1 = 8940 Ω
Solução:
•Circuito equivalente e diagrama fasorial para o teste
de curto-circuito.
                     P2    215
           requiv 2 = 2 =      2
                                 = 10,4
                     I1   4,55
                  150
             Z2 =      = 32,97 Ω
                  4,55
  xequiv 2 = Z 2 − r2 equiv = 32,97 2 − 10,4 2 = 31,3 Ω
                 2             2



•Parâmetros referidos para o lado de baixa

                                               1
            1
  requiv1 = 2 rc 2 = 0,104 Ω       xequiv1 =      x
                                                 2 equiv 2
                                                           = 0,313 Ω
           a                                   a
Solução:
•(b) Relação porcentual entre corrente de
magnetização e nominal. Do teste de circuito aberto, a
corrente (magnetização) é de 2,5 A. Portanto:

           Iϕ            2,5
                      %=      = 5,5%
        I no min al      45,5
  •(c) Fatores de potência

      •Teste de circuito aberto

                 P100
         fp =  =          = 0,182
              S 2,5 ⋅ 220

      •Teste de curto-circuito


                 P100
         fp =  =         = 0,315
              S 4,5 ⋅150
Modelos referidos ao primário e
          secundário
Nos modelos para regime permanente o
 transformador é representado por um
 transformador ideal, com sua relação de
 transformação e a impedância série
 referida a um dos lados. O ramo da
 magnetização e as perdas no ferros são
 desprezados.
Modelo referido ao secundário
            Ip                   zs           Is
            +                                 +

                Vp                           Vs
            -                                 -

                       a:1
Modelo referido ao primário
       Ip            zp = a2zs          Is
       +                                +

           Vp                          Vs
       -                                -
                                 a:1
Conexões de transformadores
             trifásicos
Transformadores trifásicos são utilizados para
mudar a tensão dos sistemas trifásicos.
Normalmente em alta tensão se utiliza bancos
de transformadores trifásicos formador por 03
unidades monofásicas.
Os enrolamentos primário e secundário podem
ser conectados em delta ou estrela, formando
bancos ∆- ∆; ∆ Y ; Y ∆ ou Y Y.
Os transformadores Y-Y têm um menor custo
de isolamento (tensão do enrolamento menor)
e permitem acesso ao neutro para aterramento.
Para eliminar harmônicas um terceiro
conjunto de enrolamento (terciário) é
conectado em delta (harmônicas de seqüência
zero – 3a harm.).
O enrolamento terciário é utilizado para
alimentação local e instalação de compensação
reativa.
Conexões de transformadores
         trifásicos (cont.)
A tensão do enrolamento terciário é
normalmente menor (por ex., 500 Y – 230 Y –
69 ∆).
A conexão em delta tem que se isolada para
tensão de linha (custo maior).
As conexões ∆ Y e Y ∆ são bastante
freqüentes e são utilizadas como
transformadores elevadores junto a usinas e
transformadores abaixadores junto a cargas. O
neutro do Y normalmente é aterrado.
Relação de transformação de
          transformadores trifásicos
Define-se a relação de transformação dos
transformadores trifásicos como sendo a
relação entre as tensões nominais dos
enrolamentos primário e secundário (relação
entre o número de espiras).

 a                               a'
             Transformador
                                                      Zc
 VenrP                                VenrS
                         VenrP                carga
                a eq =
                         VenrS
b                                b'
                                              Zc       Zc

c                                c'




Vamos analisar o banco de transformador Y-Y
e Y-∆ .
Transformador Y-Y ou ∆−∆
Como definimos, a relação de transformação a
é definida pela razão entre as tensões dos
enrolamentos primário e secundário.
a                                                          a'

                                                 b'
b
                                                                Zc

                                                      Zc
                                                                 carga
Vp                                          Vs
                                                                 Zc

c                                                c'


No caso do banco trifásico com conexão Y-Y
(ou ∆−∆) a relação entre as tensões de linha
primário/secundário é igual à relação entre as
tensões de fase primário/secundário (igual à
tensão dos enrolamentos) e não há defasagem
entre as tensões dos lados de alta e baixa :
                                Vp φφ
           Vp       Vp φt                        Vp φφ
      a=        =           =           3 =
           Vs       Vs φt       Vs φφ            Vs φφ
                                        3
Ou seja, para o transformador trifásico Y-Y
(ou ∆−∆) a relação de transformação a pode
ser obtida da razão entre as tensões
nominais de linha ou da razão entre as
tensões nominais de fase dos lados
primário/secundário.
Exercício 1

Um banco de transformador conectado em Y-
Y alimenta uma carga de 80 MVA fp 0,85 ind.
Representar o conjunto transformador + carga
em Ω.
           N1            N2




                              carga
                Diagrama unifilar

                      Dados
        Transformador               Carga
 138 kV/13,8 kV                S = 80 MVA
 Xdispersão : 15,23 Ω (alta)  fp – 0,85 atras.
 Potência nominal S = 100 MVA Vnominal 13,8 kV
Carga no lado de baixa
         2
     •

                          (        )
     V                             2 6
−                Vf 2   13,8 / 3 .10      13,82
S=           ⇒Z=      =                 =       = 2,3805 Ω
     −
     Z
                 S1φ      (80 / 3).10 6    80



Carga vista do lado de alta
                                   2
                           138 
         Zalta = 2,3805 × 
                                 = 238,05 Ω
                           13,8 
                                 
Ângulo da impedância

                  θ = cos −1 0,85 = 31,79 °

Reatância de dispersão no lado de baixa

                              2
                      13,8 
         X = 15,23 ×        = 0,01523 Ω
                      138 
Sistema visto do lado de alta

    N1    j 15,23 Ω     N2




                              202,34 + j 125,40 Ω
           trafo
                      carga




 Sistema visto do lado de baixa
     N1   j 0,1523 Ω N2
                                  2,0234 + j 1,2540 Ω




            trafo
                      carga
Transformador Y-∆ ou ∆−Y
                         ∆
Analisando o transformador trifásico Y-∆ e
lembrando que a relação de transformação é
dada pela relação entre as tensões dos
enrolamentos primário/secundário vemos que :
• No lado em Y a tensão do enrolamento
corresponde à tensão de fase do sistema,
• No lado em ∆ a tensão do enrolamento
corresponde à tensão de linha do sistema.

a                           b'             a'

b
                                                Zc

    Vp                      Vs        Zc
                                                 carga

                                                 Zc

c                                c'
Desta forma temos :

             Vp φt        Vp φφ
        a=           ou           = 3a
             Vs φφ        Vs φφ


No caso do banco trifásico com conexão Y-∆
a relação entre as tensões de linha é igual a ◊3
vezes a relação entre as espiras.
Lembrando do diagrama fasorial trifásico
vemos que um transformador ∆-Y atua como
um elemento defasador, por incluir uma
defasagem de 30º entre as tensões ∆/Y.


             ca       c       −b        ab


                                    a


                      b



                             bc
A relação de transformação passa a ser
vetorial, onde a tensão no lado do ∆ está
adiantada de 30º em relação a do lado Y.
                                Vp φφ
     −        Vp φt                       3 − jπ / 6
     a=                     =              .e
          Vs φφ .e jπ / 6        Vs φφ

A relação de transformação pode ser
representada como a associação em série de
dois elementos, o primeiro com relação de
transformação real e o segundo somente com a
defasagem.


                                Vp φφ
            −         −
                                          3 − jπ / 6
           aT = ar + ad =                  .e
                                  Vs φφ
                  Vp φφ
                            3
           ar =
                    Vs φφ
            −
           a d = 1.e − jπ / 6
Normalmente a defasagem é cancelada devido
à existência de vários transformadores em
cascata.
Num sistema radial a defasagem pode ser
ignorada a não ser que haja interesse no
ângulo das tensões. Com relação ao fluxo de
potência no sistema radial não há impacto
porque tanto a tensão quanto a corrente sofrem
o mesmo defasamento.
Em sistemas com malha fechada é preciso
verificar se a defasagem precisa ser
representada.
No Brasil existe uma interligação entre Cemig
e Escelsa onde foi instalado um transformador
Y-∆ (300 MVA 230/138 kV) para gerar a
defasagem devido à restrições de fluxo de
potência e esta defasagem deve ser
corretamente modelada.
Y equivalente
Vamos então desprezar a defasagem e lembrar
que estamos trabalhando com a representação
de seqüência positiva (“uma fase”).
Iremos representar a conexão ∆ por um Y
equivalente e assim trabalharemos somente
com uma fase, supondo que o sistema esteja
equilibrado (para que os neutros estejam no
mesmo potencial).
Quando uma impedância for referida ao lado
do ∆ ela deve ser corrigida para o Y
equivalente, lembrando que

                    Z∆
               ZY =
                     3
Neste caso a relação de transformação Y-Yeq
passa a ser dada pelas relações entre as tensões
de linha (como no caso Y-Y).
∆
        Exercício 2 – Trafo Y-∆

Represente o transformador conectado em Y-
∆ por seu equivalente de seqüência positiva.
Desprezar a defasagem gerada pelo
transformador.

               N1           N2




              Diagrama unifilar
                    Dados

                Transformador
          138 kV/13,8 kV – Y-∆
          Xdispersão : 15,23 Ω (alta)
          Potência nominal S = 100 MVA
Reatância de dispersão no lado de baixa

                          2
                  13,8 
     X = 15,23 ×          
                  138 / 3  = 0,4569 Ω
                          


Trabalhando com Y equivalente

Reatância de dispersão no lado de baixa

             0,4569
          X=        = 0,1523 Ω
                3
Transformador visto do lado de alta

        N1     j 15,23 Ω   N2

                trafo
      138 kV




Transformador visto do lado de baixa (Y
equivalente seq pos)

         N1     j 0,1523 Ω N2

                   trafo
         13,8 kV
Reparem que as impedâncias variam com a
relação de entre as tensões de linha.
O transformador Y-∆ pode ser substituído por
um equivalente Y-Y :


N1               N2        N1                N2




     138 kV-13,8 kV             138 kV-13,8 kV


As relações de transformação serão :

         Vf 1                         VL1
      a=                         a=
         VL 2                         VL 2

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Transformadores

  • 2. Modelagem Iremos apresentar o modelo do transformador para uso no cálculo de fluxo de potência em redes de alta tensão. Estes modelos descrevem matematicamente o comportamento do transformador sob condições estacionárias, com as tensões e correntes variando senoidalmente, ou seja, em regime permanente para a freqüência fundamental do sistema (60 Hz). Para estas condições poderemos representar os transformadores trifásicos por seu equivalente de seqüência positiva. No caso de ligações em delta iremos converter para ligações em estrela equivalentes para podermos trabalhar com a seqüência positiva.
  • 3. Modelagem (cont.) Os transformadores utilizados em sistema de potência (alta tensão) têm algumas características diferentes dos demais. Em geral os efeitos de corrente de magnetização podem ser desprezados (em condições de regime permanente). Os modelos que iremos utilizar serão semelhantes aos modelos Pis utilizados para linhas de transmissão. Iremos rever o sistema pu e aplicaremos o conceito para transformadores. Finalmente apresentaremos as equações de fluxo de potência para os transformadores em condições de regime permanente (representados por seu equivalente de seqüência positiva em pu).
  • 4. Equivalentes de transformador monofásico Dado o transformador monofásico a seguir Podemos representá-lo pelo modelo abaixo. Ip rd j xd Is + + Vp gm j bm Vs - - a:1 Este modelo será utilizado para dedução da expressão de fluxo de potência através do transformador.
  • 5. Modelo teórico No modelo o comportamento elétrico do transformador é representado por um transformador ideal, com relação de transformação a:1. A impedância série representa o fluxo de dispersão (reatância) e a perda no cobre (resistência). A admitância transversal representa a perda de magnetização (susceptância) e as perdas no ferro (Foucault -condutância).
  • 6. Indutâncias Da teoria de transformadores surgem as indutâncias • Lp – indutância própria do primário • Ls – indutância própria do secundário • Mps – indutância mútua primário- secundário Estas indutâncias são descritas pela permeabilidade magnética do material, um fator que depende da geometria do trafo e um fator de dispersão, além do número de espiras dos enrolamentos primário e secundário.
  • 7. Indutâncias (cont.) Analisando os fasores das tensões no primário e no secundário do transformador pode-se relacionar estas indutâncias com as impedâncias longitudinais e transversais do modelo.
  • 8. Transformador monofásico ideal • Circuito equivalente: • Relações de tensão: dϕ dϕ v1 = N1 v2 = N 2 dt dt V1 N1 = =a V2 N 2 • a – relação de espiras • Relação de corrente: i1 N1 − i2 N 2 = 0 i1 N 2 1 = = i2 N1 a
  • 9. Transformador monofásico ideal • Relações de Potência: S1 = V I = V2 I 2 = S 2 * * 1 1 • Não há perdas (potência de entrada igual a potência de saida) • Relações de impedâncias(reflexão): V1 a V2 2 V2 Z1 = = =a = a Z2 2 I1 I 2 I2 a
  • 10. Transformador monofásico real • Considera-se: •Perdas ôhmicas, resistência dos enrrolamentos do primário e secundário (r1 , r2 ); • Perdas magnéticas por dispersão de fluxo magnético Representadas por Reatâncias lineares (x1 , x2). •Perdas no núcleo – Perdas ativas por Foulcaut e histerese representada por resistência (rc) e a magnetização do núcleo aproximada por reatância linear (aprox. Pela componente de 1ª h da Corrente de magnetização em quadratura com o fluxo) - xm ; • Circuito equivalente: • A relação de espiras é válida para V1’ e V2’ e para I1’ e I2.
  • 11. Transformador 1φ real (em vazio) • EM VAZIO (SECUNDÁRIO EM ABERTO) • I2 = 0 I1’ = 0; • A impedância do ramo de magnetização (rc e xm ) é muito maior que a impedância série equivalente (pode-se desprezar os parâmetros série). • Circuito equivalente: •Corrente no primário (da ordem de 5 % da corrente nominal do trafo): i1 (t ) = iϕ (t ) + im (t ) • Corrente no tensão no secundário: V1 V2 = a
  • 12. Transformador 1φ real (em vazio) • Devido à não linearidades da curva B x H do núcleo (ciclo de histerese e eventualmente saturação): • A corrente de excitação não é senoidal; • A análise de Fourier mostra que a corrente de magnetização possui uma componente fundamental em fase com o fluxo e harmónicas de ordem ímpar (3ª, 5ª, … ) • Como a If é pequena considera-se somente a componente de primeira harmônica: I1 = Iϕ • Diagrama fasorial
  • 13. Transformador 1φ real (com carga) • I2 ≠ 0 Todos os parâmetros do circuito equivalente são considerados; •Podemos eliminar o transformador ideal refletindo as impedâncias do secundário para o primário e utilizando a relação de transformação de tensão e corrente. • Circuito equivalente: • Como Iϕ << I1 pode-se desprezar o ramo de magnetização: • Em geral para trafos de Potência (centenas de kVA), depreza-se as perdas ôhmicas.
  • 14. Ensaios A partir de ensaios é possível determinar os parâmetros do modelo do transformador nas condições de regime permanente : • Curto-circuito – Com o lado de baixa (secundário) em curto- circuito impõe-se uma tensão menor do que a nominal no lado de alta (primário) de modo a se ter corrente nominal no secundário em curto e mede-se a tensão e a corrente no primário, além da corrente no secundário e a potência consumida no primário. • Em Vazio – Com o terminal do lado de alta (secundário) em vazio ompõe-se tensão nominal no lado de baixa (primário) e mede-se a tensão no secundário, além da corrente no primário e a potência consumida no primário.
  • 15. Determinação de parâmetros (Ensaio em vazio) • Teste em aberto: Um dos lados do transformador é deixado em aberto, normalmente o lado de alta tensão. Instrumentos de medição são conectados para medir a corrente I1, V1 e a potência ativa na entrada P1. A tensão aplicada V1 deve ser igual a tensão nominal do transformador (dado de placa). • Como um dos lados em vazio teremos: •I2 = 0 I1’ = 0; • A impedância do ramo de magnetização (rc e xm ) é muito maior que a impedância série equivalente (pode-se desprezar os parâmetros série). • Toda a corrente é responsável pela magnetização do núcleo do trafo.
  • 16. Determinação de parâmetros (Ensaio em vazio) • Como foram desprezadas as perdas ôhmicas no cobre, toda a potência ativa medida representa as perdas ôhmicas no núcleo do tranformador, e desta forma calculamos rc e xm: • Resistência do ramo de magnetização 2 V1 rc1 = P0 • Correntes Ic e Im do ramo de magnetização V1 Ic = I m = I1 − I c 2 2 rc • Reatância de magnetização: V1 X m1 = Im • Nota: Os parâmetros são referentes ao lado de aplicação da tensão V1.
  • 17. Determinação de parâmetros (ensaio em curto) • Ensaio em curto: Um dos lados do transformador é curto-circuitado, normalmente o lado de baixa tensão. Instrumentos de medição são conectados para medir as correntes I2, I1, V2 e potência ativa na entrada P2. A tensão aplicada V2 deve ser tal que I1 seja igual a corrente nominal do transformador (dado de placa). • Com o terminal em curto (situação de plena carga) a tensão aplicada que resulta na corrente nominal é muito menor que a tensão nominal do trafo no lado em que a tensão é aplicada; • Como vimos a corrente de magnétização é de pequena ordem de grandeza, na prática as perdas no ramo de magnetização são desprezadas neste ensaio.
  • 18. Determinação de parâmetros (ensaio em curto) • Desta forma calcula-se o módulo da impedância, Z2 V2 Z2 = I2 • Resistência de perdas no cobre: P2 requiv 2 = 2 I1 • Reatância de dispersão: xequiv 2 = Z 2 − r2 2 2
  • 19. Exemplos (circuito equivalente) • Testes são feitos em um transformador monofásico, 10 kVA, 2200/220, 60 Hz e anotados na tabela abaixo. Circuito Aberto Curto Circuito Tensão (V) 220 150 Corrente (A) 2,5 4,55 Potência (W) 100 215 • (a)Encontre o circuito equivalente aproximado, com os parametros refletidos de alta e do lado de baixa tensão. •(b)Expressa a corrente de excitação como uma porcentagem da corrente nominal. •(c)Determine o fator de potência para os testes de circuito aberto (sem carga) e curto circuito(plena carga).
  • 20. Solução: Os valores nominais (em módulo) do trafo são descritos abaixo. V2(nominal) = 2200 V V1(nominal) = 220 V 2200 a= = 10 220 10000 10000 I 2(nominal) = = 4,55 A I1(nominal) = 220 = 45,5 A 2200 V2 I 2(nominal) = V1I1(nominal) = 10 kVA •(a) Parâmetros do Circuito equivalente. •Diagrama fasorial para o teste de circuito aberto. 2 V1 220 2 rc1 = = = 484 P1 100 V1 220 Ic = = = 0,45 A rc 484 I m = I1 − I c = 2,52 − 0,452 = 2,46 A 2 2 V1 220 X m1 = = = 89,4 I m 2,46 •Parâmetros referidos para o lado de alta rc 2 = a 2 rc 2 = 48400 Ω X m 2 = a 2 X m1 = 8940 Ω
  • 21. Solução: •Circuito equivalente e diagrama fasorial para o teste de curto-circuito. P2 215 requiv 2 = 2 = 2 = 10,4 I1 4,55 150 Z2 = = 32,97 Ω 4,55 xequiv 2 = Z 2 − r2 equiv = 32,97 2 − 10,4 2 = 31,3 Ω 2 2 •Parâmetros referidos para o lado de baixa 1 1 requiv1 = 2 rc 2 = 0,104 Ω xequiv1 = x 2 equiv 2 = 0,313 Ω a a
  • 22. Solução: •(b) Relação porcentual entre corrente de magnetização e nominal. Do teste de circuito aberto, a corrente (magnetização) é de 2,5 A. Portanto: Iϕ 2,5 %= = 5,5% I no min al 45,5 •(c) Fatores de potência •Teste de circuito aberto P100 fp = = = 0,182 S 2,5 ⋅ 220 •Teste de curto-circuito P100 fp = = = 0,315 S 4,5 ⋅150
  • 23. Modelos referidos ao primário e secundário Nos modelos para regime permanente o transformador é representado por um transformador ideal, com sua relação de transformação e a impedância série referida a um dos lados. O ramo da magnetização e as perdas no ferros são desprezados. Modelo referido ao secundário Ip zs Is + + Vp Vs - - a:1 Modelo referido ao primário Ip zp = a2zs Is + + Vp Vs - - a:1
  • 24. Conexões de transformadores trifásicos Transformadores trifásicos são utilizados para mudar a tensão dos sistemas trifásicos. Normalmente em alta tensão se utiliza bancos de transformadores trifásicos formador por 03 unidades monofásicas. Os enrolamentos primário e secundário podem ser conectados em delta ou estrela, formando bancos ∆- ∆; ∆ Y ; Y ∆ ou Y Y. Os transformadores Y-Y têm um menor custo de isolamento (tensão do enrolamento menor) e permitem acesso ao neutro para aterramento. Para eliminar harmônicas um terceiro conjunto de enrolamento (terciário) é conectado em delta (harmônicas de seqüência zero – 3a harm.). O enrolamento terciário é utilizado para alimentação local e instalação de compensação reativa.
  • 25. Conexões de transformadores trifásicos (cont.) A tensão do enrolamento terciário é normalmente menor (por ex., 500 Y – 230 Y – 69 ∆). A conexão em delta tem que se isolada para tensão de linha (custo maior). As conexões ∆ Y e Y ∆ são bastante freqüentes e são utilizadas como transformadores elevadores junto a usinas e transformadores abaixadores junto a cargas. O neutro do Y normalmente é aterrado.
  • 26. Relação de transformação de transformadores trifásicos Define-se a relação de transformação dos transformadores trifásicos como sendo a relação entre as tensões nominais dos enrolamentos primário e secundário (relação entre o número de espiras). a a' Transformador Zc VenrP VenrS VenrP carga a eq = VenrS b b' Zc Zc c c' Vamos analisar o banco de transformador Y-Y e Y-∆ .
  • 27. Transformador Y-Y ou ∆−∆ Como definimos, a relação de transformação a é definida pela razão entre as tensões dos enrolamentos primário e secundário. a a' b' b Zc Zc carga Vp Vs Zc c c' No caso do banco trifásico com conexão Y-Y (ou ∆−∆) a relação entre as tensões de linha primário/secundário é igual à relação entre as tensões de fase primário/secundário (igual à tensão dos enrolamentos) e não há defasagem entre as tensões dos lados de alta e baixa : Vp φφ Vp Vp φt Vp φφ a= = = 3 = Vs Vs φt Vs φφ Vs φφ 3
  • 28. Ou seja, para o transformador trifásico Y-Y (ou ∆−∆) a relação de transformação a pode ser obtida da razão entre as tensões nominais de linha ou da razão entre as tensões nominais de fase dos lados primário/secundário.
  • 29. Exercício 1 Um banco de transformador conectado em Y- Y alimenta uma carga de 80 MVA fp 0,85 ind. Representar o conjunto transformador + carga em Ω. N1 N2 carga Diagrama unifilar Dados Transformador Carga 138 kV/13,8 kV S = 80 MVA Xdispersão : 15,23 Ω (alta) fp – 0,85 atras. Potência nominal S = 100 MVA Vnominal 13,8 kV
  • 30. Carga no lado de baixa 2 • ( ) V 2 6 − Vf 2 13,8 / 3 .10 13,82 S= ⇒Z= = = = 2,3805 Ω − Z S1φ (80 / 3).10 6 80 Carga vista do lado de alta 2  138  Zalta = 2,3805 ×    = 238,05 Ω  13,8   Ângulo da impedância θ = cos −1 0,85 = 31,79 ° Reatância de dispersão no lado de baixa 2  13,8  X = 15,23 ×   = 0,01523 Ω  138 
  • 31. Sistema visto do lado de alta N1 j 15,23 Ω N2 202,34 + j 125,40 Ω trafo carga Sistema visto do lado de baixa N1 j 0,1523 Ω N2 2,0234 + j 1,2540 Ω trafo carga
  • 32. Transformador Y-∆ ou ∆−Y ∆ Analisando o transformador trifásico Y-∆ e lembrando que a relação de transformação é dada pela relação entre as tensões dos enrolamentos primário/secundário vemos que : • No lado em Y a tensão do enrolamento corresponde à tensão de fase do sistema, • No lado em ∆ a tensão do enrolamento corresponde à tensão de linha do sistema. a b' a' b Zc Vp Vs Zc carga Zc c c'
  • 33. Desta forma temos : Vp φt Vp φφ a= ou = 3a Vs φφ Vs φφ No caso do banco trifásico com conexão Y-∆ a relação entre as tensões de linha é igual a ◊3 vezes a relação entre as espiras. Lembrando do diagrama fasorial trifásico vemos que um transformador ∆-Y atua como um elemento defasador, por incluir uma defasagem de 30º entre as tensões ∆/Y. ca c −b ab a b bc
  • 34. A relação de transformação passa a ser vetorial, onde a tensão no lado do ∆ está adiantada de 30º em relação a do lado Y. Vp φφ − Vp φt 3 − jπ / 6 a= = .e Vs φφ .e jπ / 6 Vs φφ A relação de transformação pode ser representada como a associação em série de dois elementos, o primeiro com relação de transformação real e o segundo somente com a defasagem. Vp φφ − − 3 − jπ / 6 aT = ar + ad = .e Vs φφ Vp φφ 3 ar = Vs φφ − a d = 1.e − jπ / 6
  • 35. Normalmente a defasagem é cancelada devido à existência de vários transformadores em cascata. Num sistema radial a defasagem pode ser ignorada a não ser que haja interesse no ângulo das tensões. Com relação ao fluxo de potência no sistema radial não há impacto porque tanto a tensão quanto a corrente sofrem o mesmo defasamento. Em sistemas com malha fechada é preciso verificar se a defasagem precisa ser representada. No Brasil existe uma interligação entre Cemig e Escelsa onde foi instalado um transformador Y-∆ (300 MVA 230/138 kV) para gerar a defasagem devido à restrições de fluxo de potência e esta defasagem deve ser corretamente modelada.
  • 36. Y equivalente Vamos então desprezar a defasagem e lembrar que estamos trabalhando com a representação de seqüência positiva (“uma fase”). Iremos representar a conexão ∆ por um Y equivalente e assim trabalharemos somente com uma fase, supondo que o sistema esteja equilibrado (para que os neutros estejam no mesmo potencial). Quando uma impedância for referida ao lado do ∆ ela deve ser corrigida para o Y equivalente, lembrando que Z∆ ZY = 3 Neste caso a relação de transformação Y-Yeq passa a ser dada pelas relações entre as tensões de linha (como no caso Y-Y).
  • 37. Exercício 2 – Trafo Y-∆ Represente o transformador conectado em Y- ∆ por seu equivalente de seqüência positiva. Desprezar a defasagem gerada pelo transformador. N1 N2 Diagrama unifilar Dados Transformador 138 kV/13,8 kV – Y-∆ Xdispersão : 15,23 Ω (alta) Potência nominal S = 100 MVA
  • 38. Reatância de dispersão no lado de baixa 2  13,8  X = 15,23 ×    138 / 3  = 0,4569 Ω   Trabalhando com Y equivalente Reatância de dispersão no lado de baixa 0,4569 X= = 0,1523 Ω 3
  • 39. Transformador visto do lado de alta N1 j 15,23 Ω N2 trafo 138 kV Transformador visto do lado de baixa (Y equivalente seq pos) N1 j 0,1523 Ω N2 trafo 13,8 kV
  • 40. Reparem que as impedâncias variam com a relação de entre as tensões de linha. O transformador Y-∆ pode ser substituído por um equivalente Y-Y : N1 N2 N1 N2 138 kV-13,8 kV 138 kV-13,8 kV As relações de transformação serão : Vf 1 VL1 a= a= VL 2 VL 2