3. Lei de Lenz
Um efeito induzido ocorre sempre de forma a se opor à causa que o
produziu.
4. Auto-indutância
• Capacidade que um condutor possui de
induzir tensão nele mesmo;
• Propriedade de uma bobina de se opor à
variação de qualquer corrente.
𝑒 = 𝐿 ∙
d𝑖
d𝑡
𝐿 = 𝑁 ∙
dΦ
d𝑖
5. Indutância mútua
A indutância mútua entre dois enrolamentos é proporcional à taxa de variação
de fluxo de um dos enrolamentos em função da taxa de variação da corrente no
outro enrolamento.
6. Indutância mútua
• Fator de acoplamento relação de
acoplamento das indutâncias próprias e
mútua entre duas bobinas. Quanto mais
próximo da unidade, maior é o acoplamento
magnético entre as bobinas, o que significa
um sistema mais eficiente, com menos perdas
e dispersão magnética.
7. Transformador
• Dois ou mais enrolamentos
concatenados por um fluxo
magnético mútuo;
• Partes integrantes:
a. Enrolamento primário
Local onde é aplicada uma
tensão;
b. Enrolamento secundário
Local onde é conectada a
carga
c. Núcleo magnético meio
magnético onde é
confinado o fluxo
magnético.
Secundário
V2V1
I1 I2
Núcleo de chapa
magnética isolada
Primário
Fluxo magnético
10. Aplicações de transformadores
• Transformadores de medição:
transformadores de potencial (TP’s) e
transformadores de corrente (TC’s)
11. Transformador ideal
• Resistências dos enrolamentos desprezíveis;
• Fluxo magnético totalmente confinado ao núcleo
(todo o fluxo do primário se concatena com o
secundário);
• Perdas magnéticas desprezíveis;
• Permeabilidade magnética do núcleo é infinita.
12. Transformador ideal
• Corrente:
• Fluxo:
• Tensão induzida no primário:
• Tensão induzida no secundário:
• Dividindo E1 e E2:
• Como não há resistência nos condutores do
primário, então:
𝑒1 = 𝑤 ∙ 𝑁1 ∙ Φ 𝑚 ∙ sen 𝑤𝑡 + 90°
𝑖1 = 2 ∙ 𝐼1∙ sen 𝑤𝑡
𝜙 𝑚 = Φ 𝑚 ∙ sen 𝑤𝑡
𝐸1 = 4,44 ∙ 𝑓 ∙ 𝑁1 ∙ Φ 𝑚
𝐸2 = 4,44 ∙ 𝑓 ∙ 𝑁2 ∙ Φ 𝑚
𝑒1 = 𝑁1 ∙
𝑑𝜙 𝑚
𝑑𝑡
𝐸1
𝐸2
=
𝑁1
𝑁2
𝑉1
𝑉2
=
𝑁1
𝑁2
= 𝑎 𝑎 Relação de transformação
Se 𝑎 < 1, transformador elevador Se 𝑎 > 1, transformador abaixador
13. Transformador ideal
• Tensão induzida no secundário do transformador
estabelece uma corrente i2 através de uma carga.
• Fmm no secundário:
• Fmm no primário e secundário devem permanecer
inalteradas para o mesmo fluxo mútuo no núcleo.
• Para neutralizar a fmm no secundário que tende a
alterar o fluxo mútuo, uma corrente adicional deve
circular no primário: componente de carga da corrente
do primário:
• Corrente total no primário:
• a corrente no primário necessária para estabelecer o
fluxo:
𝑁2 ∙ 𝑖2
𝑖2
′
𝑖1 = 𝑖2
′
+ 𝑖 𝜙 𝑚
𝑖 𝜙 𝑚
16. Exercício 1
• Um transformador ideal com N1 = 40 espiras e
N2 = 5 espiras tem uma carga puramente
resistiva de 2 kΩ conectada ao secundário.
Essa carga requer uma corrente eficaz no
secundário de 100 mA. Determine:
a. O módulo da corrente no primário e das
tensões no primário e secundário;
b. A resistência da carga referida ao primário.
18. Perdas magnéticas: histerese
Hmáx p/ H = 0, B = Br
Br Densidade de fluxo magnético residual, também conhecida
como retentividade.
O material não se desmagnetiza devido ao atrito molecular.
H = 0 p/ H = - Hc, B = 0
Hc Campo coercitivo, força coerciva ou coercitividade. Hc é o
valor de campo H necessário para eliminar a densidade de fluxo
residual.
• H = -Hc p/ H = -Hmáx, B = -Bmáx
H = -Hmáx p/ H = 0, B = -Br
H = 0 p/ H = Hc, B = 0
H = Hc p/ H = Hmáx, B = Bmáx.
O Constante vai-e-vem dos domínios gera um atrito interno que
produz aquecimento no núcleo, que se traduz em perda.
19. Perdas magnéticas: correntes de
Foucault
• Também conhecidas como correntes
parasitas, são correntes que circulam pelo
núcleo magnético produzidas pelo fluxo
magnético alternado.
20. Perdas magnéticas: correntes de
Foucault
• A laminação do núcleo e isolação das chapas são os
meios mais eficientes de se diminuir os efeitos das
correntes parasitas. Entretanto, pode-se também
trabalhar a constituição do núcleo, principalmente
no tocante à porcentagem de carbono, que altera a
resistividade do mesmo e influencia portanto, na
redução das correntes parasitas.
21. Transformador real
• Resistências dos enrolamentos não são
desprezíveis;
• Nem todo fluxo magnético produzido no
enrolamento primário se concatena com o
enrolamento secundário (há fluxo disperso);
• Perdas magnéticas não são desprezíveis.
22. Transformador real
• À tensão aplicada V1 opõem-se três fasores: a
queda de tensão na resistência do primário, a
queda de tensão originada pelo fluxo disperso
no primário e a fcem.
23. Transformador real
• A corrente no primário deve satisfazer duas
exigências:
1. Produzir o fluxo mútuo resultante no núcleo
(corrente de excitação, no máximo 5% da
corrente nominal do primário do TRAFO);
2. Contrabalancear o efeito desmagnetizante da
corrente do secundário (componente de
carga). 𝑖1 = 𝑖2
′
+ 𝑖 𝜙 𝑚
𝐼2
′
=
𝑁2
𝑁1
∙ 𝐼2
24. Transformador real
• Corrente de excitação pode ser decomposta:
1. Componente de perdas no núcleo (histerese
e correntes de Foucault) resistência gn;
2. Componente de magnetização indutância
bm.
25. Transformador real
• No secundário, também há queda de tensão
nas bobinas;
• Também há fluxo disperso no secundário;
• Transformador real é um transformador ideal
acrescido de impedâncias externas.
26. Transformador real
• Referindo todas as impedâncias para o lado primário.
• Despreza-se o ramo de magnetização para trafo’s de
grande potência
28. Exercício 2
• Um transformador real tem os seguintes
parâmetros: R1 = R2 = 1 Ω; X1 = X2 = 2 Ω; N1 =
100 espiras; N2 = 50 espiras. Foi conectada ao
secundário um resistor de 60 Ω (carga),
produzindo uma corrente I1 = 20 /_0º A.
Desprezando o ramo de magnetização,
determine:
a. A impedância equivalente do TRAFO visto do
lado primário;
b. As tensões na fonte e na carga.
29. Ensaios do transformador: curto-
circuito
• É realizado no lado de maior tensão do
transformador;
• Equipamentos necessários: voltímetro,
amperímetro e wattímetro.
30. Ensaios do transformador: curto-
circuito
• Procedimentos:
1. Curto-circuitar os terminais de menor tensão;
2. Calcular a corrente nominal do lado de maior
tensão;
𝐼 𝑁 = 𝐼 𝐶𝐶 =
𝑆 𝑁
𝑉𝑁 (𝐴𝑇)
3. Ajustar a fonte de tensão até que o
amperímetro registre ICC;
31. Ensaios do transformador: curto-
circuito
4. Com o voltímetro, medir a tensão da fonte
VCC (tensão situada entre 2 e 12% da tensão
nominal do enrolamento de maior tensão),
necessária para fazer circular ICC no
enrolamento de maior tensão;
5. Com o wattímetro, medir a potência ativa PCC
(perdas no cobre).
32. Ensaios do transformador: curto-
circuito
• A partir das medições, calcular:
Impedância equivalente referida ao lado de AT (ZCC =
Zeq1):
𝑍 𝑒𝑞1 = 𝑍 𝐶𝐶 =
𝑉𝐶𝐶
𝐼 𝐶𝐶
Resistência equivalente referida ao lado de AT (RCC =
Req1):
𝑅 𝑒𝑞1 = 𝑅 𝐶𝐶 =
𝑃𝐶𝐶
𝐼 𝐶𝐶
2
Reatância equivalente referida ao lado de AT (XCC =
Xeq1):
𝑋 𝑒𝑞1 = 𝑋 𝐶𝐶 = 𝑍 𝑒𝑞1
2
− 𝑅 𝑒𝑞1
2
33. Ensaios do transformador: circuito
aberto
• É realizado no lado de menor tensão do
transformador;
• Equipamentos necessários: amperímetro e
wattímetro.
34. Ensaios do transformador: circuito
aberto
• Procedimentos:
1. Deixar o enrolamento de maior tensão em
aberto;
2. Aplicar tensão nominal (VCA) no enrolamento
de menor tensão;
3. Medir PCA (perdas no núcleo) e ICA = Iφ
(corrente de excitação).
35. Ensaios do transformador: circuito
aberto
• A partir das medições, calcular:
Admitância equivalente referida ao lado de BT (YCA =
Yeq2):
𝑌𝐶𝐴 =
𝐼 𝐶𝐴
𝑉𝐶𝐴
Condutância equivalente referida ao lado de BT (gCA =
g2):
𝑔 𝐶𝐴 = 𝑔 𝑛 =
𝑃𝐶𝐴
𝑉𝐶𝐴
2
Susceptância equivalente referida ao lado de BT (bCA =
b2):
𝑏 𝐶𝐴 = 𝑏 𝑚 = 𝑌𝐶𝐴
2
− 𝑔 𝐶𝐴
2
36. Exercício 3
• Um TRAFO monofásico de 50 kVA, 2.400 / 120 V
tem os seguintes dados relativos aos seus
ensaios:
Ensaio de curto-circuito: PCC = 810 W, VCC = 92 V;
Ensaio de circ. aberto: PCA = 396 W, ICA = 9,65 A;
• Determine:
a. Os parâmetros do TRAFO vistos do lado de
maior tensão;
b. Os parâmetros do TRAFO vistos do lado de
menor tensão.
37. Rendimento
• O rendimento de um transformador é dado
por:
𝜂 =
𝑃𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎
𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
• Reescrevendo:
𝜂 =
𝑃𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎
𝑃𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 + 𝑃𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑓𝑒𝑟𝑟𝑜 + 𝑃𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒
39. Rendimento diário
• Como a carga é variável, calcula-se o
rendimento máximo a partir da energia em
cada período:
𝜂 𝑑 =
𝑊1 + 𝑊2 + ⋯ + 𝑊𝑛
𝑊1 + 𝑊2 + ⋯ + 𝑊𝑛 + 𝑊𝑓𝑒 + 𝑊𝑐1 + 𝑊𝑐2 + ⋯ + 𝑊𝑐𝑛
40. Regulação de tensão
• A regulação de tensão mede a variação da
tensão secundária em duas situações
distintas: plena carga (corrente nominal) e
vazio (circuito aberto):
𝑅𝑒𝑔 =
𝑉2𝑉 − 𝑉2𝑛𝑜𝑚
𝑉2𝑛𝑜𝑚
41. Exercício 4
• Para o transformador apresentado no
exercício 3, determinar:
a. O rendimento do transformador quando este
solicita potência aparente nominal no
secundário e fator de potência 0,8 indutivo;
b. A regulação de tensão do transformador.