SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Jean-Jacques Rousseau (Nasceu em Genebra em 28 de Junho de 1712 -- e
morreu em Ermenonville em 2 de Julho de 1778) foi um importante
filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um
dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.



                   Discurso Sobre as Ciências e as Artes
                    Discurso Sobre a Origem da
                   Desigualdade Entre os Homens
                    Do Contrato Social
                    Da Educação
                    Os Devaneios de um Caminhante Solitário
Nesta obra, Rousseau expõe a sua noção de Contrato Social, que difere muito
das de Hobbes e Locke: para Rousseau, o homem é naturalmente bom, sendo
a sociedade, instituição regida pela política, a culpada pela "degeneração" do
mesmo.
A obra Do Contrato Social, publicada em 1762, propõe que todos os
homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do
homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde
predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos.
Indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que
levam as pessoas a formar Estados ou manter a ordem social. Essa noção de
contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um
governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse
prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo
qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de
regras, de um regime político ou de um governante.
                           O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição
                           humana na ausência de qualquer ordem social
                           estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza". Nesse
                           estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu
                           poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das
                           teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como
                           foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria
                           no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.
No primeiro livro da obra, e Jean-Jacques
                    Rousseau passa em exame as principais
                    questões da vida política. Sua principal
                    preocupação já se expõe na primeira frase do
                    primeiro capítulo deste livro: O homem nasce
                    livre, e por toda a parte encontra-se
                    acorrentado.
Nesse sentido, Rousseau começa Do contrato social questionando o
motivo de os homens viverem sob os grilhões da vida em sociedade, do
porquê de os homens abandonarem o estado de natureza, uma vez que
todos nascem homens e livres.
À questão do direito do mais forte, Rousseau
responde que: ceder à força constitui ato de
necessidade, não de vontade; quando muito, ato de
prudência. Em que sentido poderá representar um
dever?, ou seja, a força difere do direito porque
pode se impor, mas não obrigar. Assim, para
Rousseau, Força é diferente de Direito - o último é
um conceito moral, fundado na razão, enquanto a
força é um fato. Por isso não há direito (nem
Contrato) na submissão de um homem pela força.
Nenhum homem aliena sua liberdade gratuitamente
a um outro - tampouco um povo a um indivíduo.
A Escravidão não tem sentido para Rousseau, porque para o
autor, o homem depende da liberdade: a liberdade é
condição necessária da condição humana. Por isso, ele
afirma que renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de
homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios
deveres.
Neste capítulo, o autor fornece uma introdução sobre o assunto
mencionado no livro que é a relação entre o direito de vida ou
morte e a escravidão. Rousseau indaga porque um homem nascido
livre se torna um escravo.


 O Homem nasce livre
Das primeiras sociedades


 a mais antiga de todas as sociedades e a
únicanatural , é a família.
se continuam unidos, já não é de maneira
natural.
É a família o primeiro modelo das sociedades
políticas.
Rousseau discorre sobre o poder do mais forte. Rousseau descreve então
as falhas e os buracos desse modo de pensamento. O mais comum é que o
senhor tenha o direito de governar e os súditos tenham o dever
inquestionável de obedecer. Mas que direito é esse que depende da força?
A partir do momento em que se cessa a força, a obediência também cessa.
Conclui-se que “a força não faz o direito e que só se é obrigado a obedecer
aos poderes legítimos”.
O mais forte nunca é bastante forte para
ser sempre o senhor.
A força é um ato de necessidade, e não
de vontade.
Neste capítulo, o assunto tratado é a escravidão. Se a força de um homem sobre
outro não é legítima, sobra somente o poder legítimo. A escravidão seria
legítima, pois foi com razão que o escravo se tornou um escravo? Não. A
escravidão não pode ser legítima, pelo menos não para uma população inteira. Se
uma pessoa pode se tornar escravo por vontade própria, porque populações não
o podem também? Porque uma pessoa se torna escrava em troca de
subsistência. Já uma população, quando se torna escrava, perdendo sua
liberdade, também perde seus bens que passas para o imperador. Nenhuma
população aceitaria isso o que torna a escravidão de uma população ilegítima.
 Um particular pode alienar sua liberdade
e converter-se em escravo de um senhor.
Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade
de homem.
A guerra não é,pois,uma relação de homem
para homem, mas uma relação de Estado
para Estado.
Só se tem o direito de matar o inimigo quando não
se pode escravizá-lo.
As palavras escravidão e direito são
contraditórias; excluem-se mutuamente.
De como sempre é preciso remontar a uma
               primeira convenção.
Aqui o autor separa uma agregação de um senhor e seus escravos e uma
população e seu imperador. Aqui ele remete à lei do mais forte. Para um povo se
entregar a um rei, é necessário que ele seja aprovado. No caso de não
unanimidade, como seria definida a votação? Poderia ser maioria de votos? Ou
número de votos, sendo que alguns votos contam mais que outros. Para essas
escolhas é necessária uma convenção anterior, que é a base deste capítulo.
Sempre haverá grande diferença entre submeter uma multidão
e reger uma sociedade.
Antes de examinar o ato pelo qual um povo
ele um rei, seria bom examinar o ato pelo
qual um povo é um povo.
Do pacto social

Neste capítulo, o autor mostra como se formou um primeiro pacto social.
Quando os homens não tinham mais a capacidade de subsistência
individual, precisaram se unir e agregar-se. Formou-se assim o primeiro
pacto social. A partir desse momento o homem passou do estado natural
para o estado civil.

Encontrar uma forma de associação que
defenda e proteja com toda a força comum a
pessoa e os bens de cada associado , e pela
qual cada um, unindo-se a todos, só obedeça
, contudo, a si mesmo e permaneã tão livre
quanto antes.
Pessoa pública, assim formada pela união de todas
as demais , recebe o nome de cidade.

 Aos associados , eles recebem coletivamente
o nome de povo.
 Cidadãos,são súditos, enquanto submetidos
às leis do estado.
Do soberano


Quando se elege um soberano, que pode tanto ser um indivíduo como um
corpo político, estabelece-se uma relação entre os povos e o soberano. Cada
um deve ajudar ao outro.


 Associação encerra um compromisso
recíproco do público com os particulares.
Do estado civil


Quando o homem passa do estado natural para o civil, várias mudanças
ocorrem. Ele substitui o instinto pela justiça e adiciona moral à sua conduta.
O homem perde sua liberdade natural e o direito a tudo que puder alcançar. E
ganha a liberdade civil, que é limitada pela vontade geral, e impossibilidade de
passar sobre os direitos de outro indivíduo.

O que o homem perde pelo contrato social
é a liberdade natural.
O que com ele ganha é a liberdade civil e a
propriedade de tudo o que possui.
Do domínio real


  Cada indivíduo de uma comunidade entrega-se a ela com todas as forças.
 A posse não muda de mãos, mas na verdade é a força da comunidade que
 aumenta.
 Todo homem tem direito ao que lhe é necessário, mas o ato positivo, que o
torna proprietário de qualquer bem, o exclui de tudo o mais. Não deve se
preocupar com nada além de sua parte.

 O pacto fundamental substitui, ao contrário, por uma igualdade moral e
legítima aqui que a natureza traria de desigualdade física entre os homens.
Os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural (quando o coração
ainda não havia corrompido, existindo uma piedade natural),necessitariam
ganhar em troca a liberdade civil, sendo tal contrato um mecanismo para isso.
O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto
é, agente do processo de elaboração das leis e de cumprimento
destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo
seria um ato de liberdade.
Do contrato social Vol. 1

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauJean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauDanyellaL
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauAlison Nunes
 
Os contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeOs contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeRogerio Terra
 
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato Social
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato SocialJean-Jacques Rousseau - Do Contrato Social
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato SocialJossadan Ventura
 
Natureza Humana Hobbes E Rousseau
Natureza Humana   Hobbes E RousseauNatureza Humana   Hobbes E Rousseau
Natureza Humana Hobbes E Rousseaubianca.carneiro
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poderArlindo Picoli
 
Barão de montesquieu
Barão de montesquieuBarão de montesquieu
Barão de montesquieuedsonfgodoy
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08Rodrigo Cisco
 
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.Nábila Quennet
 
Estado, sociedade e poder 3 II
Estado, sociedade e poder 3 IIEstado, sociedade e poder 3 II
Estado, sociedade e poder 3 IIedsonfgodoy
 
Evolução histórica do estado
Evolução histórica do estadoEvolução histórica do estado
Evolução histórica do estadoMarcelo Alencar
 
Separação dos poderes
Separação dos poderesSeparação dos poderes
Separação dos poderesDireito Nabuco
 
Trabalho sobre Jean Jacques-Rousseau
Trabalho sobre Jean Jacques-RousseauTrabalho sobre Jean Jacques-Rousseau
Trabalho sobre Jean Jacques-Rousseaupedagogiaempauta2014
 

Mais procurados (20)

Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauJean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Contratualistas
ContratualistasContratualistas
Contratualistas
 
John locke
John lockeJohn locke
John locke
 
Os contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeOs contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e Locke
 
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato Social
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato SocialJean-Jacques Rousseau - Do Contrato Social
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato Social
 
Rousseau
RousseauRousseau
Rousseau
 
Montesquieu
Montesquieu Montesquieu
Montesquieu
 
Natureza Humana Hobbes E Rousseau
Natureza Humana   Hobbes E RousseauNatureza Humana   Hobbes E Rousseau
Natureza Humana Hobbes E Rousseau
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poder
 
Barão de montesquieu
Barão de montesquieuBarão de montesquieu
Barão de montesquieu
 
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauJean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau
 
Montesquieu
MontesquieuMontesquieu
Montesquieu
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
 
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
 
Estado, sociedade e poder 3 II
Estado, sociedade e poder 3 IIEstado, sociedade e poder 3 II
Estado, sociedade e poder 3 II
 
Evolução histórica do estado
Evolução histórica do estadoEvolução histórica do estado
Evolução histórica do estado
 
Separação dos poderes
Separação dos poderesSeparação dos poderes
Separação dos poderes
 
Ciência política [1o gq] Locke, Montesquieu & Rousseau
Ciência política [1o gq] Locke, Montesquieu & RousseauCiência política [1o gq] Locke, Montesquieu & Rousseau
Ciência política [1o gq] Locke, Montesquieu & Rousseau
 
Trabalho sobre Jean Jacques-Rousseau
Trabalho sobre Jean Jacques-RousseauTrabalho sobre Jean Jacques-Rousseau
Trabalho sobre Jean Jacques-Rousseau
 

Destaque

Destaque (17)

Formação do Estado segundo Rousseau
Formação do Estado segundo RousseauFormação do Estado segundo Rousseau
Formação do Estado segundo Rousseau
 
Contrato social 2
Contrato social 2Contrato social 2
Contrato social 2
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Emílio, ou da educação
Emílio, ou da educaçãoEmílio, ou da educação
Emílio, ou da educação
 
Rosseau
RosseauRosseau
Rosseau
 
06. contrato social john locke
06. contrato social   john locke06. contrato social   john locke
06. contrato social john locke
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistas
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
Música no japão
Música no japãoMúsica no japão
Música no japão
 
Rousseau
RousseauRousseau
Rousseau
 
emilio-ou-da-educacao-rousseau
 emilio-ou-da-educacao-rousseau emilio-ou-da-educacao-rousseau
emilio-ou-da-educacao-rousseau
 
Jean-Jacques Rousseau Project
Jean-Jacques Rousseau ProjectJean-Jacques Rousseau Project
Jean-Jacques Rousseau Project
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
O símbolo perdido - Dan Brown
O símbolo perdido - Dan Brown O símbolo perdido - Dan Brown
O símbolo perdido - Dan Brown
 
Lentes & defeitos da visão.
Lentes & defeitos da visão.Lentes & defeitos da visão.
Lentes & defeitos da visão.
 
Aula filosofia contrato&governo
Aula filosofia contrato&governoAula filosofia contrato&governo
Aula filosofia contrato&governo
 

Semelhante a Do contrato social Vol. 1

Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreContrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreAdilsonivp
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistasConrado_p_m
 
Aulla iv john locke 15042014
Aulla iv   john locke 15042014Aulla iv   john locke 15042014
Aulla iv john locke 15042014Bruno Uchôas
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Carlagi Gi
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Carlagi Gi
 
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...A. Rui Teixeira Santos
 
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptxSEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptxMariaClaraBatista16
 
Aula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
Aula 2 [1-2022-filo] - ContratualistasAula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
Aula 2 [1-2022-filo] - ContratualistasGerson Coppes
 
cidania e democracia.pdf
cidania e democracia.pdfcidania e democracia.pdf
cidania e democracia.pdfFernanda Bastos
 
Jusnaturalismo 3
Jusnaturalismo 3Jusnaturalismo 3
Jusnaturalismo 3Allan Jacks
 
Paper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaPaper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaNelson Sena
 
Filosofia (eixos temáticos da uel)
Filosofia (eixos temáticos da uel)Filosofia (eixos temáticos da uel)
Filosofia (eixos temáticos da uel)Thiago Castro Bueno
 
I seminário da disciplina estado e política educacional
I seminário da disciplina estado e política educacionalI seminário da disciplina estado e política educacional
I seminário da disciplina estado e política educacionalRosyane Dutra
 

Semelhante a Do contrato social Vol. 1 (20)

Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreContrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistas
 
Liberdade vs. Igualdade
Liberdade vs. IgualdadeLiberdade vs. Igualdade
Liberdade vs. Igualdade
 
Aulla iv john locke 15042014
Aulla iv   john locke 15042014Aulla iv   john locke 15042014
Aulla iv john locke 15042014
 
Rousseau
RousseauRousseau
Rousseau
 
FILOSOFIA POLÍTICA - 3 ANO
FILOSOFIA  POLÍTICA - 3 ANOFILOSOFIA  POLÍTICA - 3 ANO
FILOSOFIA POLÍTICA - 3 ANO
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2
 
Nicolau Maquiavel
Nicolau MaquiavelNicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
 
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
 
Teoria do Estado... Introdução...
Teoria do Estado... Introdução...Teoria do Estado... Introdução...
Teoria do Estado... Introdução...
 
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptxSEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
 
Aula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
Aula 2 [1-2022-filo] - ContratualistasAula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
Aula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
 
cidania e democracia.pdf
cidania e democracia.pdfcidania e democracia.pdf
cidania e democracia.pdf
 
Jusnaturalismo 3
Jusnaturalismo 3Jusnaturalismo 3
Jusnaturalismo 3
 
Paper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaPaper de ética jurídica
Paper de ética jurídica
 
Concepções de Estado 02
Concepções  de Estado 02Concepções  de Estado 02
Concepções de Estado 02
 
Concepções do Estado....
Concepções do Estado.... Concepções do Estado....
Concepções do Estado....
 
Filosofia (eixos temáticos da uel)
Filosofia (eixos temáticos da uel)Filosofia (eixos temáticos da uel)
Filosofia (eixos temáticos da uel)
 
I seminário da disciplina estado e política educacional
I seminário da disciplina estado e política educacionalI seminário da disciplina estado e política educacional
I seminário da disciplina estado e política educacional
 

Último

M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasrfmbrandao
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfLidianeLill2
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfFbioFerreira207918
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaCentro Jacques Delors
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfAutonoma
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfJuliana Barbosa
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPEli Gonçalves
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 

Último (20)

M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 

Do contrato social Vol. 1

  • 1.
  • 2. Jean-Jacques Rousseau (Nasceu em Genebra em 28 de Junho de 1712 -- e morreu em Ermenonville em 2 de Julho de 1778) foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.  Discurso Sobre as Ciências e as Artes  Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens  Do Contrato Social  Da Educação  Os Devaneios de um Caminhante Solitário
  • 3.
  • 4. Nesta obra, Rousseau expõe a sua noção de Contrato Social, que difere muito das de Hobbes e Locke: para Rousseau, o homem é naturalmente bom, sendo a sociedade, instituição regida pela política, a culpada pela "degeneração" do mesmo. A obra Do Contrato Social, publicada em 1762, propõe que todos os homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos.
  • 5. Indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formar Estados ou manter a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante. O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza". Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.
  • 6.
  • 7. No primeiro livro da obra, e Jean-Jacques Rousseau passa em exame as principais questões da vida política. Sua principal preocupação já se expõe na primeira frase do primeiro capítulo deste livro: O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado. Nesse sentido, Rousseau começa Do contrato social questionando o motivo de os homens viverem sob os grilhões da vida em sociedade, do porquê de os homens abandonarem o estado de natureza, uma vez que todos nascem homens e livres.
  • 8. À questão do direito do mais forte, Rousseau responde que: ceder à força constitui ato de necessidade, não de vontade; quando muito, ato de prudência. Em que sentido poderá representar um dever?, ou seja, a força difere do direito porque pode se impor, mas não obrigar. Assim, para Rousseau, Força é diferente de Direito - o último é um conceito moral, fundado na razão, enquanto a força é um fato. Por isso não há direito (nem Contrato) na submissão de um homem pela força. Nenhum homem aliena sua liberdade gratuitamente a um outro - tampouco um povo a um indivíduo.
  • 9. A Escravidão não tem sentido para Rousseau, porque para o autor, o homem depende da liberdade: a liberdade é condição necessária da condição humana. Por isso, ele afirma que renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres.
  • 10. Neste capítulo, o autor fornece uma introdução sobre o assunto mencionado no livro que é a relação entre o direito de vida ou morte e a escravidão. Rousseau indaga porque um homem nascido livre se torna um escravo.  O Homem nasce livre
  • 11. Das primeiras sociedades  a mais antiga de todas as sociedades e a únicanatural , é a família. se continuam unidos, já não é de maneira natural. É a família o primeiro modelo das sociedades políticas.
  • 12. Rousseau discorre sobre o poder do mais forte. Rousseau descreve então as falhas e os buracos desse modo de pensamento. O mais comum é que o senhor tenha o direito de governar e os súditos tenham o dever inquestionável de obedecer. Mas que direito é esse que depende da força? A partir do momento em que se cessa a força, a obediência também cessa. Conclui-se que “a força não faz o direito e que só se é obrigado a obedecer aos poderes legítimos”. O mais forte nunca é bastante forte para ser sempre o senhor. A força é um ato de necessidade, e não de vontade.
  • 13. Neste capítulo, o assunto tratado é a escravidão. Se a força de um homem sobre outro não é legítima, sobra somente o poder legítimo. A escravidão seria legítima, pois foi com razão que o escravo se tornou um escravo? Não. A escravidão não pode ser legítima, pelo menos não para uma população inteira. Se uma pessoa pode se tornar escravo por vontade própria, porque populações não o podem também? Porque uma pessoa se torna escrava em troca de subsistência. Já uma população, quando se torna escrava, perdendo sua liberdade, também perde seus bens que passas para o imperador. Nenhuma população aceitaria isso o que torna a escravidão de uma população ilegítima.
  • 14.  Um particular pode alienar sua liberdade e converter-se em escravo de um senhor. Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem. A guerra não é,pois,uma relação de homem para homem, mas uma relação de Estado para Estado. Só se tem o direito de matar o inimigo quando não se pode escravizá-lo. As palavras escravidão e direito são contraditórias; excluem-se mutuamente.
  • 15. De como sempre é preciso remontar a uma primeira convenção. Aqui o autor separa uma agregação de um senhor e seus escravos e uma população e seu imperador. Aqui ele remete à lei do mais forte. Para um povo se entregar a um rei, é necessário que ele seja aprovado. No caso de não unanimidade, como seria definida a votação? Poderia ser maioria de votos? Ou número de votos, sendo que alguns votos contam mais que outros. Para essas escolhas é necessária uma convenção anterior, que é a base deste capítulo. Sempre haverá grande diferença entre submeter uma multidão e reger uma sociedade. Antes de examinar o ato pelo qual um povo ele um rei, seria bom examinar o ato pelo qual um povo é um povo.
  • 16. Do pacto social Neste capítulo, o autor mostra como se formou um primeiro pacto social. Quando os homens não tinham mais a capacidade de subsistência individual, precisaram se unir e agregar-se. Formou-se assim o primeiro pacto social. A partir desse momento o homem passou do estado natural para o estado civil. Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja com toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado , e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedeça , contudo, a si mesmo e permaneã tão livre quanto antes.
  • 17. Pessoa pública, assim formada pela união de todas as demais , recebe o nome de cidade.  Aos associados , eles recebem coletivamente o nome de povo.  Cidadãos,são súditos, enquanto submetidos às leis do estado.
  • 18. Do soberano Quando se elege um soberano, que pode tanto ser um indivíduo como um corpo político, estabelece-se uma relação entre os povos e o soberano. Cada um deve ajudar ao outro.  Associação encerra um compromisso recíproco do público com os particulares.
  • 19. Do estado civil Quando o homem passa do estado natural para o civil, várias mudanças ocorrem. Ele substitui o instinto pela justiça e adiciona moral à sua conduta. O homem perde sua liberdade natural e o direito a tudo que puder alcançar. E ganha a liberdade civil, que é limitada pela vontade geral, e impossibilidade de passar sobre os direitos de outro indivíduo. O que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural. O que com ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.
  • 20. Do domínio real  Cada indivíduo de uma comunidade entrega-se a ela com todas as forças. A posse não muda de mãos, mas na verdade é a força da comunidade que aumenta.  Todo homem tem direito ao que lhe é necessário, mas o ato positivo, que o torna proprietário de qualquer bem, o exclui de tudo o mais. Não deve se preocupar com nada além de sua parte.  O pacto fundamental substitui, ao contrário, por uma igualdade moral e legítima aqui que a natureza traria de desigualdade física entre os homens.
  • 21. Os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural (quando o coração ainda não havia corrompido, existindo uma piedade natural),necessitariam ganhar em troca a liberdade civil, sendo tal contrato um mecanismo para isso. O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto é, agente do processo de elaboração das leis e de cumprimento destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo seria um ato de liberdade.