SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 53
Catatonia:
redescobrir o síndrome esquecido?
Sofia Morais
Interna de formação específica de Psiquiatria

Novembro 2013
1. Definição
• síndrome neuropsiquiátrico, complexo, caracterizado por sinais

motores (hipocinéticos ou hipercinéticos), descrito como associado a
doenças psiquiátricas, neurológicas e outras doenças médicas.

(Fink M., Shorter E., and Taylor M., 2010)

• heterogéneo quanto às causas, apresentação clínica e prognóstico
• controverso quanto à etiopatogenia, nosologia e clínica
(Duggal H.S., Singh I., 2005)

1.Definição

• termo definido pela primeira vez por Kahlbaum, em 1874
• historicamente descrito como manifestação de Esquizofrenia, embora se
associe mais frequentemente a Doenças do humor

1. IDENTIFICAÇÃO

Catatonia
2. Vinheta clínica
A.P.S., sexo masculino, 57 anos,
Esquizofrenia Paranóide, seguido em consulta
10h: em mutismo, estupor e negativismo.
Permanece deitado na maca, não reactivo a
estimulos dolorosos.
Olhos abertos, não dirige o olhar para o
entrevistador.

Mãe é cuidadora, diz que doente tem cumprido
a medicação, contudo diz ser analfabeta e não
conseguir confirmar as tomas. Nega consumo
de álcool e drogas.

Antecedentes Pessoais:
- HTA
- FA
- AVC isquémico
- Tromboembolia pulmonar
(2011)
- DM tipo 2
- Dislipidémia
- Obesidade

Pedido no SU:
- Parâmetros vitais
- Controlo analítico
- ECG
- Radiografia tórax
- TC.CE

1. IDENTIFICAÇÃO 2.Vinheta clinica

SU-HUC 12.02.2013
Parâmetros vitais: sem alterações
Controlo analítico: sem alterações
ECG: arrítmico, FC 100
Radiografia do tórax: sobreponível
TC.CE: sem alterações vasculares recentes ou
de natureza expansiva. Observa-se área de
encefalomalacia de provável etiologia
vascular sequelar, em localização parietal
direita. Discreta atrofia cortical frontal.

21:30h: internado

1. IDENTIFICAÇÃO 2.Vinheta clinica

SU-HUC 12.02.2013
12h: Transferido para o SU, após ser
encontrado inconsciente, com rigidez
massetérica.

Tem TC.CE que mostra lesão
com potencial epileptogénico.

No SU: Vigil. Estupor, mordedura da língua,
com sangue na cavidade oral.
Em pós-critico. Sem lateralização motora.

Parâmetros vitais:
TA: 129/83 mmHg
FC: 135 bpm
Temp. axilar: 37.3ºC
Glicemia capilar: 221 mg/dl
Sat O2(aa): 90%

# Crise convulsiva, em póscritico.
Iniciou Levetiracetam 100mg/ml
Enoxaparina 40mg

1. IDENTIFICAÇÃO 2.Vinheta clinica

SU-HUC 13.02.2013
3. Aspectos históricos
Catatonia

1874

1883

1913
1916

1930

1936

1954

1969

(Kahlbaum, 1874)

3. Aspectos históricos

Karl Ludwing Kahlbaum
- define o termo catatonia pela 1º vez
- catatonia como doença independente, comparável à Paralisia
progressiva (ou Neurossífilis)
- com base no curso clínico e prognostico, onde a recuperação é
frequente, por oposição à PP
Catatonia

1874

1883

1913 1916

1930

1936

1954

1969

Emil Kraeplin

-1893, 4ª edição do seu livro - concorda com a visão de Kahlbaum,
considera catatonia como entidade independente, ao lado da
Dementia praecox

-1896, 5ª edição do seu livro - descreve a Catatonia, ao lado da
Dementia praecox e dementia paranoides. (Kraeplin E., 1896).
-1899, 6ª edição do seu livro - muda a sua trajectória e considera a
catatonia como categoria da Dementia praecox. (Kraeplin E.,1899)

-1913, 8ª edição do seu livro - catatonia é um dos 8 subgrupos de
Dementia praecox.
(Kraeplin E., 1913)

3. Aspectos históricos

-1883, 1ª obra, não faz referência à catatonia (Kraeplin E., 1883)
Catatonia

1874

1883

1913
1916

1930

1936

1954

1969

(Urstein M. ,1912)

Karl Jaspers
-catatonia com pares de sintomas opostos
(negativismo vs obediência automática)
-valoriza a inibição e não o curso clinico da doença
(Jaspers K., 1913)

3. Aspectos históricos

Urstein
-contra a visão de Kraeplin
-descreve 30 doentes com catatonia associada a sífilis e outras
doenças infecciosas, estados tóxicos, depressão, mania e delirium
Catatonia

1874

1883

1913
1916

1930

1936

1954

1969

Eugen Bleuler
-inclui a catatonia na Esquizofrenia, como Kraeplin
-influenciado pela psicanálise: catatonia como “defesa psicológica”
(Bleuler E., 1916)

3. Aspectos históricos

Gjessing
-descreve um subtipo: catatonia periódica
-defende o tratamento desta com hormonas tiroideias, e conclui que a
catatonia periódica é uma doença metabólica
(Gjessing R. ,1913)
Catatonia

1874

1883

1913
1916

1930

1936

1954

1969

(Lange J.,1922)

Bleckwenn
- inicia a psicofarmacologia: amobarbital, em injecção intravenosa,
melhora a catatonia
(Bleckwenn WJ, 1930)

Von Economo
- faz estudos epidemiológicos: catatonia como manifestação de
encafalite
(von Economo C. 1931)

3. Aspectos históricos

Lange
-catatonia é mais comum na Doença maníaco-depressiva do que na
Dementia Praecox
Catatonia

1874

1883

1913
1916

1930

1936

1954

1969

(Stauder KH., 1934)

Kurt Schneider
-catatonia como uma complicação de várias doenças
-rejeita formulação de Kraeplin
(Schneider K.,1936)

3. Aspectos históricos

Stauder
-descreve outro subtipo: catatonia maligna ou letal
Catatonia

1874

1883

1913
1916

1930

1936

1954

1969

(Mayer-Gross W, Slater E, Roth M. ,1954)

Pauleikhoff
-catatonia é um síndrome com várias formas, algumas com
prognóstico favorável; não é apenas a fase de uma doença progressiva
que culmina na demência
(Pauleikhoff B.,1969)

3. Aspectos históricos

Willi Mayer-Gross
-considera a catatonia um tipo de Esquizofrenia, tal como Kraeplin
4. Nosologia e Nosografia
Catatonia

1968

CID-6
- subtipo catatónico, da
Esquizofrenia
(WHO, 1948)

1973 1976 1979 1980

1992 1994

CID-10
- introduz catatonia
devida a condição
orgânica (F06.1)
(WHO, 1992)

4. Nosologia e Nosografia

1948 1952
Catatonia

1968

1973 1976 1979 1980

DSM-II
DSM-I
subtipo de
subtipo catatónico, de
Esquizofrenia
Reacção
(APA, 1968)
esquizofrenica
(000-x23)
(APA, 1952)

DSM-III
ignora os vários
estudos
mantém catatonia
como subtipo de
Esquizofrenia
(295.2)

1992 1994

DSM-IV
introduz catatonia
devida a condição
médica (293.89)
(APA, 1994)

(APA, 1980)

Taylor e Abrams
-catatonia é mais frequente na Mania e Depressão, do que na Esquizofrenia
-classificação que limita a catatonia à esquizofrenia é errada
(Taylor MA, Abrams R., 1973); (Abrams R, Taylor MA.,1976);
(Taylor MA, Abrams R., 1977); (Abrams R, Taylor MA, Stolurow KAC., 1979)

4. Nosologia e Nosografia

1948 1952
Catatonia

DSM-5

4 grupos:
-subtipo de Esquizofrenia (295.20)

3 grupos:
-elimina o subtipo catatónico, da
Esquizofrenia

-episódio em Doenças do Humor (296.xx)
-devido a condição médica (293.89)
-efeito adverso de medicação: Sindrome
maligno dos neurolépticos (333.92)
(APA, 2000)

- catatonia passa a ser especificante que
pode ser usado noutras perturbações
psicóticas
-introduz categoria abrangente :
Catatonia sem outra especificação
(298.99)
(www.dsm5.org)
(Tandon R., Heckers S., et al., 2013)

4. Nosologia e Nosografia

DSM-IV-TR
Nosografia: Catatonia pode estar presente…

Patologias associadas

Mania

Depressão

Psicose
não
afectiva

ou
intoxic.
drogas/
fármacos

Epilepsia

Prevalência de doenças associadas a catatonia:
46% Perturbações do humor
20% Esquizofrenia,
6% Esquizoafectiva,
16% doença médica ou neurológica,
4% suspensão de benzodiazepinas
8% outras doenças psiquiátricas

Outras
doenças
neurológi
cas

Perturb.
Doenças
médicas

pervasiva
do
desenvol
vimento

(Jeste DV, Friedman JH, 2006)

4. Nosologia e Nosografia

Suspensão
Nosografia: Catatonia pode estar presente…

- cerca de 17-19% de todos os casos de catatonia de causa médica
(Carroll, B.T., Kennedy, J.C., Goforth, H.W., 2000)

Antipsicóticos
Suspensão Antipsicótico (Clozapina)

Suspensão Benzodiazepinas
Suspensão Dopaminergicos
Suspensão Gabapentina
Abuso opióides

Drogas (cocaína, LSD, mescalina)
Dissulfiram
Corticosteróides
Adaptado de Duggal H.S., Singh I., 2005

4. Nosologia e Nosografia

Fármacos/ Drogas
Nosografia: Catatonia pode estar presente…

Doenças neurológicas
Encefalite

Paralisia geral

Doença de Parkinson

Esclerose tuberosa

Lesão bilateral globus pallidus

Encefalopatia paraneoplasica

Enfarte lobo temporal

Esclerose múltipla

Lesão tálamo

Atrofia cerebelar-pontina familiar

Pinealoma periventricular difuso

Epilepsia

Aneurisma artéria cerebral anterior ou Doença Creutzfeldt-Jakob
Encefalopatia Wernicke
comunicante anterior
Contusão lobo frontal
Demência por HIV
Degeneração primaria do lobo frontal

Narcolepsía

Hemorragia 3º ventrículo
Hematoma subdural
Adaptado Fink, M., Taylor, M.A. ,2003

4. Nosologia e Nosografia

(límbica, lobo temporal,
herpética, letárgica, bilateral lobo parietal)
Nosografia: Catatonia pode estar presente…

Doenças médicas
Encefalopatia hepática

Hipertiroidismo

Purpura trombocitopénica

Hipercalcémia (Adenoma paratiróide)

Lupus eritematoso sistémico

Défice vitamina B12

Mononucleose infecciosa

Porfiria aguda

Carcinoma células de Langerhans

Doença Addison

Tuberculose

Doença Cushing

Febre tifóide

Síndrome secreção inapropriada de
hormona antidiurética (SIADH)
Porfiria, Coproporfiria hereditária

Malária

Homocistinúria,
Glomerulonefrite

Urémia,
Adaptado Fink, M., Taylor, M.A. ,2003

4. Nosologia e Nosografia

Cetoacidose diabética
5. Epidemiologia: prevalência e relevância
Catatonia: prevalência e relevância

• Subdiagnosticada : diagnóstico clinico apenas em 1.3% do internamento de agudos
de psiquiatria, contudo um escrutínio mais apertado mostra que 18% apresenta 2 ou mais
sinais de catatonia
(van der Heijden FM, et al, 2005)

• Não diagnóstico  progressão para complicações  aumenta a
mortalidade e morbilidade.
(Caroff SN, Mann SC, Francis A, Fricchione GL., 2004) (Caroff SN, Ungvari GS., 2007)

5. Epidemiologia: prevalência e relevância

• Prevalência
9-15% (Lee JW, Schwartz DL, Hallmayer J. ,2000)
10% (Fink, M., Taylor, M.A. , 2003)
10-13% (Chalasani P, Healy D, Morriss R., 2005)
… doentes admitidos numa unidade de psiquiatria de agudos têm
critérios para catatonia.
6. Clínica: sinais e subtipos
Sinais

Mutismo

Estupor

Maneirismos

Ecofenómeno

Catatonia
Catalepsia
Ambitendência

Obediência
automática

Estereotipia

Flexibilidade
cérea

6. Clínica: sinais e subtipos

Negativismo
Sinais

Mutismo

(Fink and Taylor, 2003)

Estupor

-não comunica (mutismo=não fala + acinésia =não se movimenta)
embora vigil (Gelder M.,et al., 2009)
- tensão muscular (hipertonia, acinésia ou flacidez)
-horas, dias ou mais
-não reactivo a estímulos ambientais

6. Clínica: sinais e subtipos

-incapacidade de falar (Gelder M.,et al., 2009)
-não associado a imobilidade
-não responde a estímulos dolorosos
-Incompleto: diz algumas palavras sussurradas ou só fala com
determinadas pessoas
Sinais

Negativismo

-Passivo: opõe-se a à manipulação pelo examinador (levantar a
cabeça, tentar abrir olhos pelo examinador), com força proporcional
à aplicada por este

*Oposição (ou Gegenhalten): doente contraria a intenção do
examinador
(Pio Abreu, 2008)

6. Clínica: sinais e subtipos

-é a acentuação da oposição *
-Activo (ou de comando): realiza o oposto das instruções
dadas (levanta em vez de se sentar)
Sinais
-mantém postura corporal bizarra, desconfortável
Catalepsia facial: trejeitos, franzir os lábios, franzir o nariz, espasmo rostral
(schnauzkrampf)
corporal: almofada psicológica

-permite ao examinador que imponha uma postura, como cera
Flexibilidade quente
cérea
-resistência plástica, inicial, que diminui com o movimento
-postura final é preservada

Estereotipia

-movimento repetitivo, não-dirigido
movimento simples: mundano (gesticular, tocar)
vocalização: recorrente, de conteúdo incompreensível
(Gelder M.,et al., 2009)

6. Clínica: sinais e subtipos

-não há resistência à movimentação passiva)
Sinais

-Mitgehen (é forma extrema de cooperação): move o corpo, após
pressão ligeira exercida pelo examinador
(≠ Mitmachen-exige esforço moderado)
-Forced grasp (ou preensão forçada): aperta a mão ao entrevistador,
apesar da instrução para não o fazer

6. Clínica: sinais e subtipos

Obediência -cumpre ordem, apesar das instruções em contrário
automática -Mitmachen (ou cooperação): corpo pode ser colocado em
qualquer posição, sem o doente resistir, embora lhe tenha sido
indicado para resistir a qualquer movimentação. No final doente
retoma a posição inicial
Sinais
-executa série de movimentos para atingir uma acção
voluntária, que nunca chega a cumprir
Ambitendência -hesitação
6. Clínica: sinais e subtipos

-imitação
Ecofenómeno Ecopraxia (de movimentos)
Ecolália (de declarações do examinador )

-movimentos repetitivos, intencionais e bizarros
-expressão pelos gestos, discurso ou objectos, que parecem ter
Maneirismos especial significado para o doente
(ex: peculiaridades na forma de vestir, uso estranho de palavras, movimentos
invulgares das mão quando se cumprimenta alguém)
(Gelder M.,et al., 2009)
Heterogeneidade na definição de catatonia…
≠ definição de cada sinal
≠ número de sinais para a definição do sindrome
≠ DSM-IV-TR(primário e secundário)
hierarquia (2000):

Fink and Taylor (2003):
-1 critério primário (imobilidade, mutismo, estupor durante pelo
menos uma hora) + 1 secundário (catalepsia, obediência automática e
posturing, observado em duas ou mais ocasiões)
- ou 2 critérios secundários

(Sienaert P., Rooseleer J., De Fruyt J. , 2011)

6. Clínica: sinais e subtipos

- Doenças do humor ou Esquizofrenia: 2 / 12 critérios, de 5 clusters
diferentes
- devida a condição médica: 1 critério dos 5 clusters
Distinguir de…
-incapacidade de permanecer parado (de pé ou sentado)
-associada a tensão subjectiva
-agudo (3 a 5 dias apos inicio fármaco)
! ≠Agitação (melhora com antipsicóticos)

Distonia
aguda

-contracção muscular, involuntária ,mantida (face, língua,
pescoço, lombar)

-horas -5 dias
-4 tipos : crises oculogiras, retrocollis e torticollis, protusão
da língua e distonia da laringe ou faringe
Parkinsonismo -bradicinésia, tremor repouso, rigidez roda dentada,

marcha pequenos passos, bradimimia
Discinésia
tardia

-movimentos repetitivos, sem objectivo, (boca, língua e
músculos faciais), associados às doenças mentais

Movimentos
coreicos

-movimentos irregulares, abruptos, semelhantes a
fragmentos de movimentos expressivos ou reactivos
(Gelder M.,et al., 2009)

6. Clínica: sinais e subtipos

Acatísia
Subtipos
• actividade diminuída ou lentificada
• Doenças do humor
• Esquizofrenia

Estuporosa

Periódica

Mutismo
acinético
primário

Maligna

• excitação motora e alteração da percepção
• Doença Bipolar
• Intoxicação aguda (fármacos ou drogas)
•
•
•
•

hiperactividade e estupor alternam de forma recorrente
incidência familiar: cromossomas 15q15 e 22q13
Doença Bipolar (ciclos rápidos)
Esquizofrenia

•
•
•
•

mutismo, imobilidade e rigidez
diminuição nível de consciência, amnésia para o episódio
Lesão tronco cerebral (Sindrome Locked-in)
Lesão diencéfalo, Trauma lobo frontal orbito-mesial,
Tumor terceiro ventrículo, Lesão cingulado anterior, Lesão
hipotálamo região caudal

• febre, e instabilidade autonómica (taquicardia, taquipneia,
hipertensão)
• mutismo, rigidez, e estupor ou hiperactividade
• a) Sindrome Maligno Neurolépticos
(Fink and Taylor, 2003)
• b) Sindrome Serotoninérgico

6. Clínica: sinais e subtipos

Agitada
Henry Meynell Rheam ,1899.
7. Aspectos biológicos
Aspectos biológicos
• Mecanismo exacto não é conhecido
Antagonista NMDA
(Amantadina,
Memantina)

• Hipótese de Hiperactividade↑ glutamatérgica (dos receptores NMDA) na via
estriato-cortical ou cortico-cortical
Agonista GABA-A
(Lorazepam)

↓ dopamina
catatonia  sinais motores e autonómicos.
(Northoff G, 2002)

• Tratamento :
- antagonismo NMDA, para atenuar a hiperactividade glutamatérgica, e aumentar
GABA-A e dopamina nestas áreas onde há défice destes neurotransmissores.
(Thomas C et al., 2005; Carroll BT et al,2005)

7. Aspectos biológicos

• ↓ razão dopamina/ acetilcolina , e ao impacto do GABA nestes dois
neurotransmissores.
Aspectos biológicos
• Não há evidência de alterações anatómicas
(córtex motor primário ou área motora suplementar)

-catatonia associa-se a ansiedade extrema
(Northoff G, Witzel T, Richter A, et al., 2002) (Moskowitz AK., 2004)

Agonista GABA-A na catatonia verifica-se que:
> Cortex orbitofrontal

(Lorazepam)
• ↓ sinal no córtex orbitofrontal
• doentes catatonia, ficam pouco sedados, e há remissão dos
sintomas emocionais e motores rapidamente após lorazepam IV
(Richter A, Grimm S, Northoff G., 2010)

! • Contudo,

a catatonia também se verifica em doenças com hipoactividade
glutamato no córtex prefrontal e região cingulado anterior, como Esquizofrenia e
Perturbações do humor.
(Richter A, Grimm S, Northoff G., 2010)

7. Aspectos biológicos

• Cortex prefrontal
-GABA participa no processamento emoções, que ocorre no córtex prefrontal e
especificamente orbitofrontal
8. Diagnóstico
Estudo diagnóstico

• Não há um marcador biológico para o diagnóstico de catatonia

• Excluir outras CPK elevada – hiperactividade na catatonia, injecção
• doenças médicas
intramuscular
• Avaliar:
• ferro diminuído – catatonia Maligna e SMN por
- medicação em curso
antipsicóticos (quelantes fracos do ferro, e facilitam entrada de ferro
- parâmetros vitais e análises: hemograma e bioquímica (↑ CPK, ↓ferro)
na célula), doenças do movimento
- serologias
- endocrinopatias (H.especifico, mas aumenta a probabilidade de
Não é tiroideias, D. Cushing, D. Addison, SIADH)
- urina (drogas, fármacos) (Fink, M., Taylor, M.A., 2003)
catatonia.
- TC.CE e EEG: para exclusão status epiléptico não convulsivo e encefalopatia.
(Jeste DV, Friedman JH, eds., 2006)

8. Diagnóstico

• Algumas doenças subjacentes podem ser identificadas por análises
laboratoriais, contudo a catatonia secundária a doença psiquiátrica
(Doença do humor ou Psicose não afectiva) não tem sinal laboratorial
patognomónico.
(Fink, M., Taylor, M.A., 2003)
Escalas: há 6…

• Modified Rogers Scale (MRS)
• Rogers Catatonia Scale (RCS)
• Bush–Francis Catatonia Rating Scale (BFCRS)
• Northoff Catatonia Rating Scale (NCRS)
• Braunig Catatonia Rating Scale (BCRS)
• Kanner Scale

(Sienaert P., Rooseleer J., De Fruyt J. , 2011)
Barreiras ao diagnóstico

• falta de definição precisa e válida
• ≠ número de sinais para a definição do sindrome

(Kirkhart, R. et al.,2007) (Sienaert P., Rooseleer J., De Fruyt J. , 2011)

• longos períodos de observação, sendo difícil de identificar durante uma
visita clinica ou curto internamento
• profissionais acreditam que a catatonia já não existe actualmente, não
familiarizados com o conceito, não diagnosticam, não tratam
(van der Heijden FM, Tuinier S, Arts NJ, et.al., 2005)

…atrasa o diagnóstico, aumenta a duração catatonia não tratada!

8. Diagnóstico

• definições variaveis nas diferentes escalas
9. Tratamento
Tratamento

• Não há tratamento profiláctico.

tratar a
catatonia
per se

prevenir
complicaçõ
es

tratar
patologia
associada

• Tratamento sintomático: hidratação, manter nutrição (entubação se
necessário), corrigir desiquilíbrio hidroelectrolítico, corrigir hipertermia,
oxigenação, TA, ritmo cardíaco

• Prevenir complicações: desidratação, alterações do hidroelectrolíticas,
escaras de decúbito, contracturas musculares, pneumonia por aspiração,
infecções urinárias, trombose venosa profunda e tromboembolia
pulmonar – a causa mais frequente de morte nos doentes com catatonia
(Caroff SN, Mann SC, Francis A, Fricchione GL., 2004)

9. Tratamento

tratamento
sintomático
Tratamento da catatonia per se

• Pouco
• Deve

• Lorazepam 1-3 dias, até 6mg/ dia
Electroconvulsivoterapia (ECT)
passo 1 começar exames pré-ECT
utilizada •(estigma, acessibilidade)

• Tentar ECT
serpasso 2 • se ECT na catatonia maligna (Fink M, Taylor MA., 2006)
considerada não disponivel > saltar passo 3

passo 4

• + Memantina 10mg/ dia 3-4 dias

(Mamah D et al., 2005) (Greenhalgh J, et al., 2005)

• + Topiramato 200-400mg /dia

passo
•ECT é eficaz e 5seguro
•Contudo, não há evidência de efectividade e do custo-efectividade do ECT na catatonia

Adaptado Protocolo de tratamento catatonia (Carroll BT,et al., 2005)
(Greenhalgh J, et al., 2007)

9. Tratamento

• +Amantadina 100mg/dia

! Embolia pulmonar: nos100mg cada com trombose venosa profunda
doentes 3-4dias, até max 400mg/dia)
passo 3 • (titular
! Efeitos cognitivos (curto e longo prazo): não há estudos
Preditores de resposta ao tratamento da catatonia

• diagnóstico de Esquizofrenia - pior resposta
(Ungvari GS, Kau LS, Wai-Kwong T, Shing NF., 2001)

(Ungvari GS, Chiu HF, Chow LY, Lau BS, Tang WK. ,1999)

Contudo, estudos contraditórios:
-flexibilidade cérea, preensão forçada – boa resposta BZD
-mutismo –pior resposta BZD
(Narayanaswamy JC, Tibrewal P, et al., 2012)
• duração de catatonia não tratada, independentemente do diagnóstico
de base – pior resposta às BZD
(Narayanaswamy JC, Tibrewal P, et al., 2012)

9. Tratamento

• sinais catatonia :
-flexibilidade cérea, catalepsia – pior resposta
-mutismo - boa resposta à terapêutica.
Bibliografia
Abrams R, Taylor MA.(1976) Catatonia, a prospective clinical study. Arch Gen Psychiatry. 1976;33:579–581.
Abrams R, Taylor MA, Stolurow KAC. (1979)Catatonia and mania: patterns of cerebral dysfunction. Biol Psychiatry. 1979;14:111–117.
Aoki F, Sitar D (1988). Clinical pharmacokinetics of amantadine hydrochloride. Clin Pharmacokinetics; 14:35–51
American Psychiatric Association Committee on Nomenclature and Statistics.Diagnostic and Statistical Manual: Mental Disorders 1952;Washington, DC:APA.
American Psychiatric Association. (1980)Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 3rd ed. Washington, DC: American Psychiatric Association; 1980.
American Psychiatric Association. (2000) Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition (Text Revision). Washington, DC: American Psychiatric Publishing.
Bleuler E.(1916) Lehrbuch der Psychiatrie. Berlin, Germany: Springer.
Bleckwenn WJ (1930). The production of sleep and rest in psychotic cases. Arch Neurol Psychiatry 24: 365–372.
Billstedt, E., Gillberg, I.C., Gillberg, C. ( 2005). Autism after adolescence: population-based 13- to 22-year follow-up study of 120 individuals with autism diagnosed in childhood. J. Autism
Dev. Disord. 35, 351–360.
Braunig, P., Kruger, S., Shugar, G., Hoffler, J., Borner, I. ( 2000). The catatonia rating scale I — development, reliability, and use. Compr. Psychiatry 41,
147–158.

Caligiuri MP, Buitenhuys C. (2005). Do preclinical findings of methamphetamine-induced motor abnormalities translate to an observable clinical phenotype? Neuropsychopharmacology,
Dec;30(12):2125-34.
Caroff SN, Mann SC, Francis A, Fricchione GL. (2004) Catatonia: From Psychopathology to Neurobiology. Washington, DC: American Psychiatric Publishing;
Caroff SN, Ungvari GS. (2007) Expanding horizons in catatonia research.Psychiatr Ann 2007;37(1):7–9.
Carroll, B.T., Kirkhart, R., Ahuja, N., Soovere, I., Lauterbach, E.C., Dhossche, D., Talbert, R.(2008). Katatonia: a new conceptual understanding of catatonia and a new rating scale. Psychiatry
(Edgmont) 5, 42–50.
Carroll, B.T. and Taylor, B.E. (1997) The nondicotomy between lethal catatonia and neuroleptic malignant syndrome. Journal of Clinical Psychopharmacology, 17, 235-36.
Carroll BT, Goforth HW, Thomas C, Ahuja N, McDaniel WW, Kraus MF, Spiegel DR, Franco KN, Pozuelo L, Munoz C. (2007).Review of adjunctive glutamate antagonist therapy in the
treatment of catatonic syndromes. J Neuropsychiatry Clin Neurosci Fall;19(4):406-12.
Carroll, B.T., Kennedy, J.C., Goforth, H.W. (2000) Catatonic signs in medical and psychiatric conditions.CNS Spectr, 5: 66-9.

Carroll BT, Thomas C, Jayanti K, et al (2005). Treating persistent catatonia when benzodiazepines fail. Current Psychiatry; 4:56–64
Carroll BT, Thomas C, Tugrul KC, Coconcea C, Goforth HW. (2007). GABA(A) versus GABA(B) in catatonia. J Neuropsychiatry Clin Neurosci., Fall;19(4):484.
Cavanna, A.E., Robertson, M.M., Critchley, H.D. (2008). Catatonic signs in Gilles de la Tourette syndrome. Cogn. Behav. Neurol. 21, 34–37.
Chalasani P, Healy D, Morriss R. (2005) Presentation and frequency of catatonia in new admissions to two acute psychiatric admission units in India and Wales. Psychol Med;35:1667.
Consoli A, Raffin M, Laurent C, Bodeau N, Campion D, Amoura Z, Sedel F, An-Gourfinkel I, Bonnot O, Cohen D. (2012). Medical and developmental risk factors of catatonia in children and
adolescents: a prospective case-control study. Schizophr Res.May;137(1-3):151-8..
Dalmau, J., Gleichman, A.J.,Hughes, E.G., Rossi, J.E., Peng, X., Lai,M.,Dessain, S.K., Rosenfeld, M.R., Balice-Gordon, R., Lynch, D.R.,( 2008). Anti-NMDA-receptor encephalitis: case series and
analysis of the effects of antibodies. Lancet Neurol. 7, 1091–1098.

Bibliografia

Bush, G., Fink, M., Petrides, G., Dowling, F., Francis, A., (1996a). Catatonia. I. Rating scale and standardized examination. Acta Psychiatr. Scand. 93, 129–136.
Schneider K. (1936)Psychiatrische Vorlesungen fu¨r A¨rzte. 2nd ed.Leipzig, Germany: Thieme
von Economo C. (1931) Encephalitis Lethargica. London, England:Oxford University Press
Smith J.H., Smith V.D., Philbrick K.L., Kumar N. (2012) Catatonic disorder due to a general medical or psychiatric condition. J Neuropsychiatry Clin Neurosci. Spring;24(2):198-207
Sienaert P., Rooseleer J., De Fruyt J. (2011) Measuring catatonia: a systematic review of rating scales. J Affect Disord. Dec;135(1-3):1-9.
Starkstein, S.E., Petracca,G., Teson, A., Chemerinski, E.,Merello, M.,Migliorelli, R., Leiguarda, R. ( 1996). Catatonia in depression: prevalence, clinical correlates, and validation of a scale. J.
Neurol. Neurosurg. Psychiatry 60, 326–332.
Stauder KH. (1934)Die to¨dliche Katatonie. Arch Psychiatr Nervenkr. 1934;102:614–634.

Taylor MA, Abrams R. (1973)The phenomenology of mania: a new look at some old patients. Arch Gen Psychiatry. 1973;29:520–522.
Taylor MA, Abrams R.(1977) Catatonia: prevalence and importance in the manic phase of manic-depressive illness. Arch Gen Psychiatry. 1977;34:1223–1225.
Thomas C, Carroll BT, Maley JT, et al. (2005). Memantine in catatonic schizophrenia. Am J Psychiatry; 162:656

Ungvari GS, Caroff SN, Gerevich J. (2009)The catatonia conundrum: evidence of psychomotor phenomena as a symptom dimension in psychotic disorders. Schizophr Bull. September
23,2009; doi:10.1093/schbul/sbp105.
Ungvari GS, Chiu HF, Chow LY, Lau BS, Tang WK. (1999) Lorazepam for chronic catatonia: a randomized, double-blind, placebo-controlled cross-over study. Psychopharmacology (Berl)
1999;142:393–8.
Urstein M. (1912) Manisch-depressives und Periodisches Irresein als erscheinungsform der Katatonie. Berlin, Germany: Urban & Schwartzberg
van der Heijden FM, Tuinier S, Arts NJ, et al (2005). Catatonia: disappeared or under-diagnosed? Psychopathology 2005; 38:3–8
Wachtel, L.E., Dhossche, D.M. (2010). Self-injury in autism as an alternate sign of catatonia: implications for electroconvulsive therapy. Med. Hypotheses 75, 111–114.
Watchtel LE, Dhossche DM, Kellner CH. (2011).When is electroconvulsive therapy appropriate for children and adolescents? Med Hypotheses.Mar;76(3):395-9.
Weder ND, Muralee S, Penland H, Tampi RR.(2008) Catatonia:a review. Ann Clin Psychiatry.20:97–107.
World Health Organization. (1948) Manual of the International Statistical Classification of Diseases, Injuries, and Causes of Death. Sixth Revision 1948;Vol 1:Geneva, Switzerland: Author,
106.
World Health Organization.(1992) The ICD-10 Classification of Mental and Behavioural Disorders 1992;Geneva, witzerland Author, 91.
www.dsm5.org
De Tiege X, Bier JC, Massat I, et al. (2003). Regional cerebral glucose metabolism in akinetic catatonia and after remission. [erratum appears in J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2003
Aug;74(8):1165]. J Neurol Neurosurg Psychiatry 74: 1003–1004.
Dhossche D, Wing L, Ohta M, Neumarker K (2006) Catatonia in Autism Spectrum Disorders,International Review of Neurobiology Volume 72. New York, NY: Elsevier/Academic Press.
Duggal H.S., Singh I.,(2005) Drug-induced catatonia. Drugs Today(Barc). Sep;41(9):599-607.

Bibliografia

Ungvari GS, Kau LS, Wai-Kwong T, Shing NF. (2001) The pharmacological treatment of catatonia: an overview. Eur Arch Psychiatry Clin Neurosci;251(Suppl 1):I31–4.
Fink M., Shorter E., and Taylor M.(2010) Catatonia Is not Schizophrenia: Kraepelin’s Error and the Need to Recognize Catatonia as an Independent Syndrome in Medical Nomenclature.
Schizophrenia Bulletin vol. 36 no. 2 pp. 314–320
Fink M, Shorter E, Taylor M. (2009) Catatonia is not schizophrenia: Kraepelin’s error and the need to recognize catatonia as an independent syndrome in medical nomenclature. Schizophr
Bull. July 8, 2009; doi:10.1093/schbul/sbp059.
Fink, M., Taylor, M.A. (2003) Catatonia. A Clinician's Guide to Diagnosis and Treatment. Cambridge University Press, New York.
Fink M. (2001) Catatonia: syndrome or schizophrenia subtype? Recognition and treatment.J. Neural Transm.2001; 108(6):637-44.
Fink M, Taylor MA. (2006) Neuroleptic malignant syndrome is malignant catatonia, warranting treatments efficacious for catatonia. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. Aug
30;30(6):1182-3
Heckers S.,Tandon R., Bustillo J.(2010)Catatonia in the DSM- Shall we move or not? Schizophrenia Bull.2010 Mar;36(2):205-7. doi: 10.1093/schbul/sbp136. Epub 2009 Nov 23.
Gelenberg AJ. (1976) The catatonic syndrome. Lancet. 1976;1:1339–1341.
Gelder M., Andreasen N., López-Ibor Jr J.,Geddes J. (2009) New Oxford textbook of Psychiatry, second edition. Pag.529.Oxford University Press, New York

Gianutsos G, Stewart C, Dunn JP (1985) Pharmacologic changes in dopaminergic systems induced by long-term administration of amantadine. Eur J Pharmacol; 110:357–361

Ghaziuddin N, Dhossche D, Marcotte K. (2012).Retrospective chart review of catatonia in child and adolescent psychiatric patients. Acta Psychiatric Scand. Jan;125(1):33-8.
Greenhalgh J, Knight C, Hind D, Beverley C, Walters S.(2005).Clinical and cost-effectiveness of electroconvulsive therapy for depressive illness, schizophrenia, catatonia and mania:
systematic reviews and economic modelling studies. Health Technol Assess. Mar;9(9):1-156, iii-iv. Nuffield Institute for Health, University of Leeds, UK
Gjessing R. (1913) Contributions to the Somatology of Periodic Catatonia.Oxford, England: Pergamon Press; 1976.
Jaspers K. (1913)Allgemeine Psychopathologie. Berlin, Germany: Springer; 1913:283.
Jeste DV, Friedman JH, eds.(2006) Current Clinical Neurology: Psychiatry for Neurologists. Totowa, NJ: Humana Press Inc; 81–92.
Kahlbaum KL. (1984) Die katatonie oder das Spannungsirrescien. Berlin, Germany: Verlag Ausgust Hirshwald
Kaplan G, Leite-Morris K (2002) Introduction to neural signaling pathways, in Brain Circuitry and Signaling in Psychiatry: Basic Science and Clinical Implications. Edited by Kaplan G,
Hammer R. Washington, DC, American Psychiatric Publishing, pp 31– 65
Kraepelin E. (1883) Compendium der Psychiatrie. Leipzig, Germany: Abel
Kraepelin E. (1896) Psychiatrie: Ein Lehrbuch. 5th ed. Leipzig,Germany: Barth; 1896:442.
Kraepelin E. (1899) Psychiatrie: Ein Lehrbuch. 6th ed. Leipzig, Germany: Barth
Kraepelin E.(1913) Psychiatrie: Ein Lehrbuch. 8th ed. Leipzig,Germany: Barth; Vol 3(2). 1913:809.

Bibliografia

Gervin M, Browne S, Lane A, Clarke M, Waddington JL, Larkin C, O’Callaghan E. (1998).Spontaneous abnormal involuntary movements in first-episode schizophrenia and schizophreniform
disorder: baseline rate in a group of patients from an Irish catchment area. Am J Psychiatry. Sep;155(9):1202-6.
Kindt H (1980) Katatonie. Ein Modell psychischer Krankheit. Enke, Stuttgart
Kirkhart, R., et al. (2007) The detection andmeasurement of catatonia.Psychiatry (Edgmont) 4, 52–56.
Lahutte B, Cornic F, Bonnot O, Consoli A, An-Gourfinkel I, Amoura Z, Sedel F, Cohen D. (2008). Multidisciplinary approach of organic catatonia in children and adolescents may improve
treatment decision making. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. Aug 1;32(6):1393-8.
Lange J. (1922) Katatonische Erscheinungen im Rahmen manischer Erkrankungen. Monographien aus dem Gesamtgebiete der Neurologie und Psychiatrie. Berlin, Germany: Julius
Springer; Vol 31. 1922:169.
Lee JW, Schwartz DL, Hallmayer J. (2000) Catatonia in a psychiatric intensive care facility: incidence and response to benzodiazepines. Ann Clin Psychiatry.12:89–96.
Logie HB, ed.(1933) A Standard Classified Nomenclature of Disease, Compiled by the National Conference on Nomenclature of Disease. New York, NY: Commonwealth Fund; 1933:88.
Lund, C.E., Mortimer, A.M., Rogers, D., McKenna, P.J.( 1991). Motor, volitional and behavioural disorders in schizophrenia. 1: assessment using the Modified Rogers Scale. Br. J. Psychiatry
158, 323–327 333–326.
Mamah D, Lammle M, Isenberg KE. (2005) Pulmonary embolism after ECT. J ECT. 21(1):39–40.

McDaniel WW, Spiegel D, Sahata AK (2006). Topirimate effect in catatonia: a case series. J Neuropsychiatry Clin Neurosci; 18:23– 238
Morrison JR.(1975) Catatonia: diagnosis and treatment. Hosp Community Psychiatry. 1975;26:91–94.
Moskowitz AK. (2004). ‘‘Scared Stiff’’: catatonia as an evolutionary-based fear response. Psychol Rev 111: 984–1002.
Narayanaswamy JC, Tibrewal P, et al, (2012) Clinical predictors of response to treatment in catatonia. Gen Hosp Psychiatry. May-Jun;34(3):312-6.
Northoff, G., Koch, A., Wenke, J., Eckert, J., Boker, H., Pflug, B., Bogerts, B. (1999). Catatonia as a psychomotor syndrome: a rating scale and extrapyramidal motor symptoms. Mov. Disord.
14, 404–416.
Northoff G. (2002). What catatonia can tell us about “top down modulation”: a neuropsychiatric hypothesis. Behav Brain Sci; 25:555–604
Northoff G, Witzel T, Richter A, et al. (2002). GABA-ergic modulation of prefrontal spatio-temporal activation pattern during emotional processing: a combined fMRI/MEG study with
placebo and lorazepam. J Cogn Neurosci 14: 348–370.
Pio Abreu, J. (2008) Introdução á psicopatologia Compreensiva, 6ª ed, Fundação caloute Gulbenkian
Pauleikhoff B. (1969) Die Katatonie (1868-1968). Fortschr Neurol Psychiatr Grenzgeb. 1969;37:461–496.
Phan KL, Wager T, Taylor SF, Liberzon I. (2002). Functional neuroanatomy of emotion: a meta-analysis of emotion activation studies in PET and fMRI. Neuroimage 16: 331–348.
Richter A, Grimm S, Northoff G. (2010)Lorazepam modulates orbitofrontal signal changes during emotional processing in catatonia. Hum Psychopharmacol. Jan;25(1):55-62.
Rosebush PI, Hildebrand AM et al. (1990)Catatonic syndrome in a general psychiatric inpatient population: frequency, clinical presentation, and response to lorazepam. J Clin Psychiatry.
Sep;51(9):357-62.
Rosebush PI, Mazurek MF. (2010). Catatonia and its treatment. Schizophr Bull,Mar;36(2):239-42.
Sachdev, P.S. (2005). A rating scale for neuroleptic malignant syndrome. Psychiatry Res. 135, 249–256.

Bibliografia

Mayer-Gross W, Slater E, Roth M. (1954)Clinical Psychiatry. London, England: Cassell
Catatonia:
redescobrir o síndrome esquecido?
Sofia Morais
Interna de formação específica de Psiquiatria

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

PSICOPATOLOGIA II: Aula 04 (CID-10 - F10 a F19)
PSICOPATOLOGIA II: Aula 04 (CID-10 - F10 a F19)PSICOPATOLOGIA II: Aula 04 (CID-10 - F10 a F19)
PSICOPATOLOGIA II: Aula 04 (CID-10 - F10 a F19)Alexandre Simoes
 
Anamnese psicopatologia diagn psiq
Anamnese psicopatologia diagn psiq   Anamnese psicopatologia diagn psiq
Anamnese psicopatologia diagn psiq Cláudio Costa
 
Avaliação do estado mental
Avaliação  do estado mentalAvaliação  do estado mental
Avaliação do estado mentalElaine Bedin
 
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividadeTranstorno de déficit de atenção e hiperatividade
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividadeAna Larissa Perissini
 
117435947 psicopatologia-ii
117435947 psicopatologia-ii117435947 psicopatologia-ii
117435947 psicopatologia-iiSilvana Eloisa
 
Conceituação cognitiva
Conceituação cognitivaConceituação cognitiva
Conceituação cognitivaSarah Karenina
 
O problema no Psicodiagnóstico
O problema no PsicodiagnósticoO problema no Psicodiagnóstico
O problema no Psicodiagnósticohelogaliza
 
Estudo de caso psicologia clínica
Estudo de caso psicologia clínicaEstudo de caso psicologia clínica
Estudo de caso psicologia clínicaEndriely Teodoro
 
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DA DEPRESSÃO
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DA DEPRESSÃOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DA DEPRESSÃO
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DA DEPRESSÃOSerafim Carvalho, MD, PhD
 
Coesão Grupal e Fatores Terapêuticos
Coesão Grupal e Fatores TerapêuticosCoesão Grupal e Fatores Terapêuticos
Coesão Grupal e Fatores TerapêuticosFernanda Valentin
 
Neurociência da esquizofrenia
Neurociência da esquizofreniaNeurociência da esquizofrenia
Neurociência da esquizofreniaCaio Maximino
 

Mais procurados (20)

PSICOPATOLOGIA II: Aula 04 (CID-10 - F10 a F19)
PSICOPATOLOGIA II: Aula 04 (CID-10 - F10 a F19)PSICOPATOLOGIA II: Aula 04 (CID-10 - F10 a F19)
PSICOPATOLOGIA II: Aula 04 (CID-10 - F10 a F19)
 
Psicoterapias
PsicoterapiasPsicoterapias
Psicoterapias
 
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental
TCC - Terapia Cognitiva ComportamentalTCC - Terapia Cognitiva Comportamental
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental
 
Anamnese psicopatologia diagn psiq
Anamnese psicopatologia diagn psiq   Anamnese psicopatologia diagn psiq
Anamnese psicopatologia diagn psiq
 
Esquizofrenia
EsquizofreniaEsquizofrenia
Esquizofrenia
 
Avaliação do estado mental
Avaliação  do estado mentalAvaliação  do estado mental
Avaliação do estado mental
 
Psicoterapias miriam
Psicoterapias miriamPsicoterapias miriam
Psicoterapias miriam
 
Conceitualização em Terapia Cognitiva
Conceitualização em Terapia CognitivaConceitualização em Terapia Cognitiva
Conceitualização em Terapia Cognitiva
 
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividadeTranstorno de déficit de atenção e hiperatividade
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
 
117435947 psicopatologia-ii
117435947 psicopatologia-ii117435947 psicopatologia-ii
117435947 psicopatologia-ii
 
Terapia Comportamental e Cognitiva
Terapia Comportamental e CognitivaTerapia Comportamental e Cognitiva
Terapia Comportamental e Cognitiva
 
TCC - Terapia Cognitivo Comportamental
TCC - Terapia Cognitivo ComportamentalTCC - Terapia Cognitivo Comportamental
TCC - Terapia Cognitivo Comportamental
 
ESQUIZOFRENIAS EM GERAL.2418 esquizofrenia site
ESQUIZOFRENIAS   EM  GERAL.2418 esquizofrenia siteESQUIZOFRENIAS   EM  GERAL.2418 esquizofrenia site
ESQUIZOFRENIAS EM GERAL.2418 esquizofrenia site
 
Transtornos de personalidade DSM 4 e TCC
Transtornos de personalidade DSM 4 e TCCTranstornos de personalidade DSM 4 e TCC
Transtornos de personalidade DSM 4 e TCC
 
Conceituação cognitiva
Conceituação cognitivaConceituação cognitiva
Conceituação cognitiva
 
O problema no Psicodiagnóstico
O problema no PsicodiagnósticoO problema no Psicodiagnóstico
O problema no Psicodiagnóstico
 
Estudo de caso psicologia clínica
Estudo de caso psicologia clínicaEstudo de caso psicologia clínica
Estudo de caso psicologia clínica
 
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DA DEPRESSÃO
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DA DEPRESSÃOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DA DEPRESSÃO
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DA DEPRESSÃO
 
Coesão Grupal e Fatores Terapêuticos
Coesão Grupal e Fatores TerapêuticosCoesão Grupal e Fatores Terapêuticos
Coesão Grupal e Fatores Terapêuticos
 
Neurociência da esquizofrenia
Neurociência da esquizofreniaNeurociência da esquizofrenia
Neurociência da esquizofrenia
 

Destaque

Empresa 20 v 04.01
Empresa 20 v 04.01Empresa 20 v 04.01
Empresa 20 v 04.01Publis NCM
 
Ubicomp 2008 Opening
Ubicomp 2008 OpeningUbicomp 2008 Opening
Ubicomp 2008 OpeningJoe McCarthy
 
Blackstone's - Common Law
Blackstone's - Common LawBlackstone's - Common Law
Blackstone's - Common LawChuck Thompson
 
8 herramientas de la web 2.0
8 herramientas de la web 2.08 herramientas de la web 2.0
8 herramientas de la web 2.0alfonsoypunto
 
Plan marketing gsr nov 2012/2013
Plan marketing gsr nov 2012/2013 Plan marketing gsr nov 2012/2013
Plan marketing gsr nov 2012/2013 renggos
 
Presentacion plan de gestion uso de las tics (1)
Presentacion  plan de gestion uso de las tics (1)Presentacion  plan de gestion uso de las tics (1)
Presentacion plan de gestion uso de las tics (1)CARRILLAGORAS
 
K2 Extreme CPE Copyright Alvarion, all rights reserved
K2 Extreme CPE Copyright Alvarion, all rights reservedK2 Extreme CPE Copyright Alvarion, all rights reserved
K2 Extreme CPE Copyright Alvarion, all rights reservedDavid_Tickner
 
Sustainable Soy Newsletter edition September 2015
Sustainable Soy Newsletter edition September 2015Sustainable Soy Newsletter edition September 2015
Sustainable Soy Newsletter edition September 2015Suresh07
 
Revista-Homenaje a Ernesto Würth - Sabor Artístico
Revista-Homenaje a Ernesto Würth - Sabor ArtísticoRevista-Homenaje a Ernesto Würth - Sabor Artístico
Revista-Homenaje a Ernesto Würth - Sabor ArtísticoSaborArtistico
 
Human Rights Watch - Transparency and Accountability in Angola - 2010
Human Rights Watch - Transparency and Accountability in Angola - 2010Human Rights Watch - Transparency and Accountability in Angola - 2010
Human Rights Watch - Transparency and Accountability in Angola - 2010SOS Habitat
 
Digital Transformation & Customer Digital Experience
Digital Transformation & Customer Digital ExperienceDigital Transformation & Customer Digital Experience
Digital Transformation & Customer Digital ExperienceActivo Consulting
 
Manual esp sordoceguera buenisimo
Manual esp sordoceguera  buenisimoManual esp sordoceguera  buenisimo
Manual esp sordoceguera buenisimocarolramirez05
 
New Colours from Old Worlds - Contemporary Art from Oceania
New Colours from Old Worlds - Contemporary Art from OceaniaNew Colours from Old Worlds - Contemporary Art from Oceania
New Colours from Old Worlds - Contemporary Art from OceaniaHoward Charing
 
"Las Expectativas Empresariales ante la Resolución del Conflicto"
"Las Expectativas Empresariales ante la Resolución del Conflicto""Las Expectativas Empresariales ante la Resolución del Conflicto"
"Las Expectativas Empresariales ante la Resolución del Conflicto"Asier Real
 

Destaque (20)

Catatonia
CatatoniaCatatonia
Catatonia
 
Problemas tema4
Problemas tema4Problemas tema4
Problemas tema4
 
Prabha Choudhary Manifesto
Prabha Choudhary ManifestoPrabha Choudhary Manifesto
Prabha Choudhary Manifesto
 
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
 
Apache Eng
Apache EngApache Eng
Apache Eng
 
Empresa 20 v 04.01
Empresa 20 v 04.01Empresa 20 v 04.01
Empresa 20 v 04.01
 
Ubicomp 2008 Opening
Ubicomp 2008 OpeningUbicomp 2008 Opening
Ubicomp 2008 Opening
 
Blackstone's - Common Law
Blackstone's - Common LawBlackstone's - Common Law
Blackstone's - Common Law
 
8 herramientas de la web 2.0
8 herramientas de la web 2.08 herramientas de la web 2.0
8 herramientas de la web 2.0
 
Plan marketing gsr nov 2012/2013
Plan marketing gsr nov 2012/2013 Plan marketing gsr nov 2012/2013
Plan marketing gsr nov 2012/2013
 
Presentacion plan de gestion uso de las tics (1)
Presentacion  plan de gestion uso de las tics (1)Presentacion  plan de gestion uso de las tics (1)
Presentacion plan de gestion uso de las tics (1)
 
K2 Extreme CPE Copyright Alvarion, all rights reserved
K2 Extreme CPE Copyright Alvarion, all rights reservedK2 Extreme CPE Copyright Alvarion, all rights reserved
K2 Extreme CPE Copyright Alvarion, all rights reserved
 
Sustainable Soy Newsletter edition September 2015
Sustainable Soy Newsletter edition September 2015Sustainable Soy Newsletter edition September 2015
Sustainable Soy Newsletter edition September 2015
 
Revista-Homenaje a Ernesto Würth - Sabor Artístico
Revista-Homenaje a Ernesto Würth - Sabor ArtísticoRevista-Homenaje a Ernesto Würth - Sabor Artístico
Revista-Homenaje a Ernesto Würth - Sabor Artístico
 
Human Rights Watch - Transparency and Accountability in Angola - 2010
Human Rights Watch - Transparency and Accountability in Angola - 2010Human Rights Watch - Transparency and Accountability in Angola - 2010
Human Rights Watch - Transparency and Accountability in Angola - 2010
 
Digital Transformation & Customer Digital Experience
Digital Transformation & Customer Digital ExperienceDigital Transformation & Customer Digital Experience
Digital Transformation & Customer Digital Experience
 
Manual esp sordoceguera buenisimo
Manual esp sordoceguera  buenisimoManual esp sordoceguera  buenisimo
Manual esp sordoceguera buenisimo
 
New Colours from Old Worlds - Contemporary Art from Oceania
New Colours from Old Worlds - Contemporary Art from OceaniaNew Colours from Old Worlds - Contemporary Art from Oceania
New Colours from Old Worlds - Contemporary Art from Oceania
 
"Las Expectativas Empresariales ante la Resolución del Conflicto"
"Las Expectativas Empresariales ante la Resolución del Conflicto""Las Expectativas Empresariales ante la Resolución del Conflicto"
"Las Expectativas Empresariales ante la Resolución del Conflicto"
 
Apache
ApacheApache
Apache
 

Semelhante a Catatonia Sofia Morais (11/2013)

Modelo Nosológico Kraepeliniano
Modelo Nosológico KraepelinianoModelo Nosológico Kraepeliniano
Modelo Nosológico KraepelinianoLuiz Miranda-Sá
 
Modelo NosolóGico Kraepeliniano
Modelo NosolóGico KraepelinianoModelo NosolóGico Kraepeliniano
Modelo NosolóGico Kraepelinianoguest971c8f
 
Transtornos psicóticos, esquizofrenia - tutoria
Transtornos psicóticos, esquizofrenia - tutoriaTranstornos psicóticos, esquizofrenia - tutoria
Transtornos psicóticos, esquizofrenia - tutoriajuliacamargo42
 
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIAHISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIASolangerubim111
 
AnaClaudiaAlmeidaTaveira
AnaClaudiaAlmeidaTaveiraAnaClaudiaAlmeidaTaveira
AnaClaudiaAlmeidaTaveiraAna Taveira
 
Doença de huntington e outras coreias
Doença de huntington e outras coreiasDoença de huntington e outras coreias
Doença de huntington e outras coreiaslcviana
 
Diagnosticos em psicologia lpcc 2
Diagnosticos em psicologia lpcc 2Diagnosticos em psicologia lpcc 2
Diagnosticos em psicologia lpcc 2Rui Pedro Dias Ruca
 

Semelhante a Catatonia Sofia Morais (11/2013) (20)

Modelo Nosológico Kraepeliniano
Modelo Nosológico KraepelinianoModelo Nosológico Kraepeliniano
Modelo Nosológico Kraepeliniano
 
Modelo NosolóGico Kraepeliniano
Modelo NosolóGico KraepelinianoModelo NosolóGico Kraepeliniano
Modelo NosolóGico Kraepeliniano
 
Transtornos psicóticos, esquizofrenia - tutoria
Transtornos psicóticos, esquizofrenia - tutoriaTranstornos psicóticos, esquizofrenia - tutoria
Transtornos psicóticos, esquizofrenia - tutoria
 
V21n1a10
V21n1a10V21n1a10
V21n1a10
 
Sindrome de tourette
Sindrome de touretteSindrome de tourette
Sindrome de tourette
 
Saude MENTAL
Saude MENTAL Saude MENTAL
Saude MENTAL
 
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIAHISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
 
AnaClaudiaAlmeidaTaveira
AnaClaudiaAlmeidaTaveiraAnaClaudiaAlmeidaTaveira
AnaClaudiaAlmeidaTaveira
 
Doença de Alzheimer
Doença de AlzheimerDoença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
 
Pick
PickPick
Pick
 
Epilepsia
EpilepsiaEpilepsia
Epilepsia
 
Epilepsia
EpilepsiaEpilepsia
Epilepsia
 
A Evolução do Conceito de Esquizofrenia neste Século
A Evolução do Conceito de Esquizofrenia neste SéculoA Evolução do Conceito de Esquizofrenia neste Século
A Evolução do Conceito de Esquizofrenia neste Século
 
SAÚDE DO ADULTO I
SAÚDE DO ADULTO ISAÚDE DO ADULTO I
SAÚDE DO ADULTO I
 
Ataxia - Doenças Cerebelares
Ataxia - Doenças CerebelaresAtaxia - Doenças Cerebelares
Ataxia - Doenças Cerebelares
 
Esclerose Multipla
Esclerose MultiplaEsclerose Multipla
Esclerose Multipla
 
Doença de huntington e outras coreias
Doença de huntington e outras coreiasDoença de huntington e outras coreias
Doença de huntington e outras coreias
 
O Processo de Elaboração do Luto em Um Paciente com Diagnóstico de Esquizofre...
O Processo de Elaboração do Luto em Um Paciente com Diagnóstico de Esquizofre...O Processo de Elaboração do Luto em Um Paciente com Diagnóstico de Esquizofre...
O Processo de Elaboração do Luto em Um Paciente com Diagnóstico de Esquizofre...
 
Diagnosticos em psicologia lpcc 2
Diagnosticos em psicologia lpcc 2Diagnosticos em psicologia lpcc 2
Diagnosticos em psicologia lpcc 2
 
Doença de Alzheimer
Doença de AlzheimerDoença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
 

Último

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 

Último (6)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 

Catatonia Sofia Morais (11/2013)

  • 1. Catatonia: redescobrir o síndrome esquecido? Sofia Morais Interna de formação específica de Psiquiatria Novembro 2013
  • 3. • síndrome neuropsiquiátrico, complexo, caracterizado por sinais motores (hipocinéticos ou hipercinéticos), descrito como associado a doenças psiquiátricas, neurológicas e outras doenças médicas. (Fink M., Shorter E., and Taylor M., 2010) • heterogéneo quanto às causas, apresentação clínica e prognóstico • controverso quanto à etiopatogenia, nosologia e clínica (Duggal H.S., Singh I., 2005) 1.Definição • termo definido pela primeira vez por Kahlbaum, em 1874 • historicamente descrito como manifestação de Esquizofrenia, embora se associe mais frequentemente a Doenças do humor 1. IDENTIFICAÇÃO Catatonia
  • 5. A.P.S., sexo masculino, 57 anos, Esquizofrenia Paranóide, seguido em consulta 10h: em mutismo, estupor e negativismo. Permanece deitado na maca, não reactivo a estimulos dolorosos. Olhos abertos, não dirige o olhar para o entrevistador. Mãe é cuidadora, diz que doente tem cumprido a medicação, contudo diz ser analfabeta e não conseguir confirmar as tomas. Nega consumo de álcool e drogas. Antecedentes Pessoais: - HTA - FA - AVC isquémico - Tromboembolia pulmonar (2011) - DM tipo 2 - Dislipidémia - Obesidade Pedido no SU: - Parâmetros vitais - Controlo analítico - ECG - Radiografia tórax - TC.CE 1. IDENTIFICAÇÃO 2.Vinheta clinica SU-HUC 12.02.2013
  • 6. Parâmetros vitais: sem alterações Controlo analítico: sem alterações ECG: arrítmico, FC 100 Radiografia do tórax: sobreponível TC.CE: sem alterações vasculares recentes ou de natureza expansiva. Observa-se área de encefalomalacia de provável etiologia vascular sequelar, em localização parietal direita. Discreta atrofia cortical frontal. 21:30h: internado 1. IDENTIFICAÇÃO 2.Vinheta clinica SU-HUC 12.02.2013
  • 7. 12h: Transferido para o SU, após ser encontrado inconsciente, com rigidez massetérica. Tem TC.CE que mostra lesão com potencial epileptogénico. No SU: Vigil. Estupor, mordedura da língua, com sangue na cavidade oral. Em pós-critico. Sem lateralização motora. Parâmetros vitais: TA: 129/83 mmHg FC: 135 bpm Temp. axilar: 37.3ºC Glicemia capilar: 221 mg/dl Sat O2(aa): 90% # Crise convulsiva, em póscritico. Iniciou Levetiracetam 100mg/ml Enoxaparina 40mg 1. IDENTIFICAÇÃO 2.Vinheta clinica SU-HUC 13.02.2013
  • 9. Catatonia 1874 1883 1913 1916 1930 1936 1954 1969 (Kahlbaum, 1874) 3. Aspectos históricos Karl Ludwing Kahlbaum - define o termo catatonia pela 1º vez - catatonia como doença independente, comparável à Paralisia progressiva (ou Neurossífilis) - com base no curso clínico e prognostico, onde a recuperação é frequente, por oposição à PP
  • 10. Catatonia 1874 1883 1913 1916 1930 1936 1954 1969 Emil Kraeplin -1893, 4ª edição do seu livro - concorda com a visão de Kahlbaum, considera catatonia como entidade independente, ao lado da Dementia praecox -1896, 5ª edição do seu livro - descreve a Catatonia, ao lado da Dementia praecox e dementia paranoides. (Kraeplin E., 1896). -1899, 6ª edição do seu livro - muda a sua trajectória e considera a catatonia como categoria da Dementia praecox. (Kraeplin E.,1899) -1913, 8ª edição do seu livro - catatonia é um dos 8 subgrupos de Dementia praecox. (Kraeplin E., 1913) 3. Aspectos históricos -1883, 1ª obra, não faz referência à catatonia (Kraeplin E., 1883)
  • 11. Catatonia 1874 1883 1913 1916 1930 1936 1954 1969 (Urstein M. ,1912) Karl Jaspers -catatonia com pares de sintomas opostos (negativismo vs obediência automática) -valoriza a inibição e não o curso clinico da doença (Jaspers K., 1913) 3. Aspectos históricos Urstein -contra a visão de Kraeplin -descreve 30 doentes com catatonia associada a sífilis e outras doenças infecciosas, estados tóxicos, depressão, mania e delirium
  • 12. Catatonia 1874 1883 1913 1916 1930 1936 1954 1969 Eugen Bleuler -inclui a catatonia na Esquizofrenia, como Kraeplin -influenciado pela psicanálise: catatonia como “defesa psicológica” (Bleuler E., 1916) 3. Aspectos históricos Gjessing -descreve um subtipo: catatonia periódica -defende o tratamento desta com hormonas tiroideias, e conclui que a catatonia periódica é uma doença metabólica (Gjessing R. ,1913)
  • 13. Catatonia 1874 1883 1913 1916 1930 1936 1954 1969 (Lange J.,1922) Bleckwenn - inicia a psicofarmacologia: amobarbital, em injecção intravenosa, melhora a catatonia (Bleckwenn WJ, 1930) Von Economo - faz estudos epidemiológicos: catatonia como manifestação de encafalite (von Economo C. 1931) 3. Aspectos históricos Lange -catatonia é mais comum na Doença maníaco-depressiva do que na Dementia Praecox
  • 14. Catatonia 1874 1883 1913 1916 1930 1936 1954 1969 (Stauder KH., 1934) Kurt Schneider -catatonia como uma complicação de várias doenças -rejeita formulação de Kraeplin (Schneider K.,1936) 3. Aspectos históricos Stauder -descreve outro subtipo: catatonia maligna ou letal
  • 15. Catatonia 1874 1883 1913 1916 1930 1936 1954 1969 (Mayer-Gross W, Slater E, Roth M. ,1954) Pauleikhoff -catatonia é um síndrome com várias formas, algumas com prognóstico favorável; não é apenas a fase de uma doença progressiva que culmina na demência (Pauleikhoff B.,1969) 3. Aspectos históricos Willi Mayer-Gross -considera a catatonia um tipo de Esquizofrenia, tal como Kraeplin
  • 16. 4. Nosologia e Nosografia
  • 17. Catatonia 1968 CID-6 - subtipo catatónico, da Esquizofrenia (WHO, 1948) 1973 1976 1979 1980 1992 1994 CID-10 - introduz catatonia devida a condição orgânica (F06.1) (WHO, 1992) 4. Nosologia e Nosografia 1948 1952
  • 18. Catatonia 1968 1973 1976 1979 1980 DSM-II DSM-I subtipo de subtipo catatónico, de Esquizofrenia Reacção (APA, 1968) esquizofrenica (000-x23) (APA, 1952) DSM-III ignora os vários estudos mantém catatonia como subtipo de Esquizofrenia (295.2) 1992 1994 DSM-IV introduz catatonia devida a condição médica (293.89) (APA, 1994) (APA, 1980) Taylor e Abrams -catatonia é mais frequente na Mania e Depressão, do que na Esquizofrenia -classificação que limita a catatonia à esquizofrenia é errada (Taylor MA, Abrams R., 1973); (Abrams R, Taylor MA.,1976); (Taylor MA, Abrams R., 1977); (Abrams R, Taylor MA, Stolurow KAC., 1979) 4. Nosologia e Nosografia 1948 1952
  • 19. Catatonia DSM-5 4 grupos: -subtipo de Esquizofrenia (295.20) 3 grupos: -elimina o subtipo catatónico, da Esquizofrenia -episódio em Doenças do Humor (296.xx) -devido a condição médica (293.89) -efeito adverso de medicação: Sindrome maligno dos neurolépticos (333.92) (APA, 2000) - catatonia passa a ser especificante que pode ser usado noutras perturbações psicóticas -introduz categoria abrangente : Catatonia sem outra especificação (298.99) (www.dsm5.org) (Tandon R., Heckers S., et al., 2013) 4. Nosologia e Nosografia DSM-IV-TR
  • 20. Nosografia: Catatonia pode estar presente… Patologias associadas Mania Depressão Psicose não afectiva ou intoxic. drogas/ fármacos Epilepsia Prevalência de doenças associadas a catatonia: 46% Perturbações do humor 20% Esquizofrenia, 6% Esquizoafectiva, 16% doença médica ou neurológica, 4% suspensão de benzodiazepinas 8% outras doenças psiquiátricas Outras doenças neurológi cas Perturb. Doenças médicas pervasiva do desenvol vimento (Jeste DV, Friedman JH, 2006) 4. Nosologia e Nosografia Suspensão
  • 21. Nosografia: Catatonia pode estar presente… - cerca de 17-19% de todos os casos de catatonia de causa médica (Carroll, B.T., Kennedy, J.C., Goforth, H.W., 2000) Antipsicóticos Suspensão Antipsicótico (Clozapina) Suspensão Benzodiazepinas Suspensão Dopaminergicos Suspensão Gabapentina Abuso opióides Drogas (cocaína, LSD, mescalina) Dissulfiram Corticosteróides Adaptado de Duggal H.S., Singh I., 2005 4. Nosologia e Nosografia Fármacos/ Drogas
  • 22. Nosografia: Catatonia pode estar presente… Doenças neurológicas Encefalite Paralisia geral Doença de Parkinson Esclerose tuberosa Lesão bilateral globus pallidus Encefalopatia paraneoplasica Enfarte lobo temporal Esclerose múltipla Lesão tálamo Atrofia cerebelar-pontina familiar Pinealoma periventricular difuso Epilepsia Aneurisma artéria cerebral anterior ou Doença Creutzfeldt-Jakob Encefalopatia Wernicke comunicante anterior Contusão lobo frontal Demência por HIV Degeneração primaria do lobo frontal Narcolepsía Hemorragia 3º ventrículo Hematoma subdural Adaptado Fink, M., Taylor, M.A. ,2003 4. Nosologia e Nosografia (límbica, lobo temporal, herpética, letárgica, bilateral lobo parietal)
  • 23. Nosografia: Catatonia pode estar presente… Doenças médicas Encefalopatia hepática Hipertiroidismo Purpura trombocitopénica Hipercalcémia (Adenoma paratiróide) Lupus eritematoso sistémico Défice vitamina B12 Mononucleose infecciosa Porfiria aguda Carcinoma células de Langerhans Doença Addison Tuberculose Doença Cushing Febre tifóide Síndrome secreção inapropriada de hormona antidiurética (SIADH) Porfiria, Coproporfiria hereditária Malária Homocistinúria, Glomerulonefrite Urémia, Adaptado Fink, M., Taylor, M.A. ,2003 4. Nosologia e Nosografia Cetoacidose diabética
  • 25. Catatonia: prevalência e relevância • Subdiagnosticada : diagnóstico clinico apenas em 1.3% do internamento de agudos de psiquiatria, contudo um escrutínio mais apertado mostra que 18% apresenta 2 ou mais sinais de catatonia (van der Heijden FM, et al, 2005) • Não diagnóstico  progressão para complicações  aumenta a mortalidade e morbilidade. (Caroff SN, Mann SC, Francis A, Fricchione GL., 2004) (Caroff SN, Ungvari GS., 2007) 5. Epidemiologia: prevalência e relevância • Prevalência 9-15% (Lee JW, Schwartz DL, Hallmayer J. ,2000) 10% (Fink, M., Taylor, M.A. , 2003) 10-13% (Chalasani P, Healy D, Morriss R., 2005) … doentes admitidos numa unidade de psiquiatria de agudos têm critérios para catatonia.
  • 26. 6. Clínica: sinais e subtipos
  • 28. Sinais Mutismo (Fink and Taylor, 2003) Estupor -não comunica (mutismo=não fala + acinésia =não se movimenta) embora vigil (Gelder M.,et al., 2009) - tensão muscular (hipertonia, acinésia ou flacidez) -horas, dias ou mais -não reactivo a estímulos ambientais 6. Clínica: sinais e subtipos -incapacidade de falar (Gelder M.,et al., 2009) -não associado a imobilidade -não responde a estímulos dolorosos -Incompleto: diz algumas palavras sussurradas ou só fala com determinadas pessoas
  • 29. Sinais Negativismo -Passivo: opõe-se a à manipulação pelo examinador (levantar a cabeça, tentar abrir olhos pelo examinador), com força proporcional à aplicada por este *Oposição (ou Gegenhalten): doente contraria a intenção do examinador (Pio Abreu, 2008) 6. Clínica: sinais e subtipos -é a acentuação da oposição * -Activo (ou de comando): realiza o oposto das instruções dadas (levanta em vez de se sentar)
  • 30. Sinais -mantém postura corporal bizarra, desconfortável Catalepsia facial: trejeitos, franzir os lábios, franzir o nariz, espasmo rostral (schnauzkrampf) corporal: almofada psicológica -permite ao examinador que imponha uma postura, como cera Flexibilidade quente cérea -resistência plástica, inicial, que diminui com o movimento -postura final é preservada Estereotipia -movimento repetitivo, não-dirigido movimento simples: mundano (gesticular, tocar) vocalização: recorrente, de conteúdo incompreensível (Gelder M.,et al., 2009) 6. Clínica: sinais e subtipos -não há resistência à movimentação passiva)
  • 31. Sinais -Mitgehen (é forma extrema de cooperação): move o corpo, após pressão ligeira exercida pelo examinador (≠ Mitmachen-exige esforço moderado) -Forced grasp (ou preensão forçada): aperta a mão ao entrevistador, apesar da instrução para não o fazer 6. Clínica: sinais e subtipos Obediência -cumpre ordem, apesar das instruções em contrário automática -Mitmachen (ou cooperação): corpo pode ser colocado em qualquer posição, sem o doente resistir, embora lhe tenha sido indicado para resistir a qualquer movimentação. No final doente retoma a posição inicial
  • 32. Sinais -executa série de movimentos para atingir uma acção voluntária, que nunca chega a cumprir Ambitendência -hesitação 6. Clínica: sinais e subtipos -imitação Ecofenómeno Ecopraxia (de movimentos) Ecolália (de declarações do examinador ) -movimentos repetitivos, intencionais e bizarros -expressão pelos gestos, discurso ou objectos, que parecem ter Maneirismos especial significado para o doente (ex: peculiaridades na forma de vestir, uso estranho de palavras, movimentos invulgares das mão quando se cumprimenta alguém) (Gelder M.,et al., 2009)
  • 33. Heterogeneidade na definição de catatonia… ≠ definição de cada sinal ≠ número de sinais para a definição do sindrome ≠ DSM-IV-TR(primário e secundário) hierarquia (2000): Fink and Taylor (2003): -1 critério primário (imobilidade, mutismo, estupor durante pelo menos uma hora) + 1 secundário (catalepsia, obediência automática e posturing, observado em duas ou mais ocasiões) - ou 2 critérios secundários (Sienaert P., Rooseleer J., De Fruyt J. , 2011) 6. Clínica: sinais e subtipos - Doenças do humor ou Esquizofrenia: 2 / 12 critérios, de 5 clusters diferentes - devida a condição médica: 1 critério dos 5 clusters
  • 34. Distinguir de… -incapacidade de permanecer parado (de pé ou sentado) -associada a tensão subjectiva -agudo (3 a 5 dias apos inicio fármaco) ! ≠Agitação (melhora com antipsicóticos) Distonia aguda -contracção muscular, involuntária ,mantida (face, língua, pescoço, lombar) -horas -5 dias -4 tipos : crises oculogiras, retrocollis e torticollis, protusão da língua e distonia da laringe ou faringe Parkinsonismo -bradicinésia, tremor repouso, rigidez roda dentada, marcha pequenos passos, bradimimia Discinésia tardia -movimentos repetitivos, sem objectivo, (boca, língua e músculos faciais), associados às doenças mentais Movimentos coreicos -movimentos irregulares, abruptos, semelhantes a fragmentos de movimentos expressivos ou reactivos (Gelder M.,et al., 2009) 6. Clínica: sinais e subtipos Acatísia
  • 35. Subtipos • actividade diminuída ou lentificada • Doenças do humor • Esquizofrenia Estuporosa Periódica Mutismo acinético primário Maligna • excitação motora e alteração da percepção • Doença Bipolar • Intoxicação aguda (fármacos ou drogas) • • • • hiperactividade e estupor alternam de forma recorrente incidência familiar: cromossomas 15q15 e 22q13 Doença Bipolar (ciclos rápidos) Esquizofrenia • • • • mutismo, imobilidade e rigidez diminuição nível de consciência, amnésia para o episódio Lesão tronco cerebral (Sindrome Locked-in) Lesão diencéfalo, Trauma lobo frontal orbito-mesial, Tumor terceiro ventrículo, Lesão cingulado anterior, Lesão hipotálamo região caudal • febre, e instabilidade autonómica (taquicardia, taquipneia, hipertensão) • mutismo, rigidez, e estupor ou hiperactividade • a) Sindrome Maligno Neurolépticos (Fink and Taylor, 2003) • b) Sindrome Serotoninérgico 6. Clínica: sinais e subtipos Agitada
  • 38. Aspectos biológicos • Mecanismo exacto não é conhecido Antagonista NMDA (Amantadina, Memantina) • Hipótese de Hiperactividade↑ glutamatérgica (dos receptores NMDA) na via estriato-cortical ou cortico-cortical Agonista GABA-A (Lorazepam) ↓ dopamina catatonia  sinais motores e autonómicos. (Northoff G, 2002) • Tratamento : - antagonismo NMDA, para atenuar a hiperactividade glutamatérgica, e aumentar GABA-A e dopamina nestas áreas onde há défice destes neurotransmissores. (Thomas C et al., 2005; Carroll BT et al,2005) 7. Aspectos biológicos • ↓ razão dopamina/ acetilcolina , e ao impacto do GABA nestes dois neurotransmissores.
  • 39. Aspectos biológicos • Não há evidência de alterações anatómicas (córtex motor primário ou área motora suplementar) -catatonia associa-se a ansiedade extrema (Northoff G, Witzel T, Richter A, et al., 2002) (Moskowitz AK., 2004) Agonista GABA-A na catatonia verifica-se que: > Cortex orbitofrontal (Lorazepam) • ↓ sinal no córtex orbitofrontal • doentes catatonia, ficam pouco sedados, e há remissão dos sintomas emocionais e motores rapidamente após lorazepam IV (Richter A, Grimm S, Northoff G., 2010) ! • Contudo, a catatonia também se verifica em doenças com hipoactividade glutamato no córtex prefrontal e região cingulado anterior, como Esquizofrenia e Perturbações do humor. (Richter A, Grimm S, Northoff G., 2010) 7. Aspectos biológicos • Cortex prefrontal -GABA participa no processamento emoções, que ocorre no córtex prefrontal e especificamente orbitofrontal
  • 41. Estudo diagnóstico • Não há um marcador biológico para o diagnóstico de catatonia • Excluir outras CPK elevada – hiperactividade na catatonia, injecção • doenças médicas intramuscular • Avaliar: • ferro diminuído – catatonia Maligna e SMN por - medicação em curso antipsicóticos (quelantes fracos do ferro, e facilitam entrada de ferro - parâmetros vitais e análises: hemograma e bioquímica (↑ CPK, ↓ferro) na célula), doenças do movimento - serologias - endocrinopatias (H.especifico, mas aumenta a probabilidade de Não é tiroideias, D. Cushing, D. Addison, SIADH) - urina (drogas, fármacos) (Fink, M., Taylor, M.A., 2003) catatonia. - TC.CE e EEG: para exclusão status epiléptico não convulsivo e encefalopatia. (Jeste DV, Friedman JH, eds., 2006) 8. Diagnóstico • Algumas doenças subjacentes podem ser identificadas por análises laboratoriais, contudo a catatonia secundária a doença psiquiátrica (Doença do humor ou Psicose não afectiva) não tem sinal laboratorial patognomónico. (Fink, M., Taylor, M.A., 2003)
  • 42. Escalas: há 6… • Modified Rogers Scale (MRS) • Rogers Catatonia Scale (RCS) • Bush–Francis Catatonia Rating Scale (BFCRS) • Northoff Catatonia Rating Scale (NCRS) • Braunig Catatonia Rating Scale (BCRS) • Kanner Scale (Sienaert P., Rooseleer J., De Fruyt J. , 2011)
  • 43. Barreiras ao diagnóstico • falta de definição precisa e válida • ≠ número de sinais para a definição do sindrome (Kirkhart, R. et al.,2007) (Sienaert P., Rooseleer J., De Fruyt J. , 2011) • longos períodos de observação, sendo difícil de identificar durante uma visita clinica ou curto internamento • profissionais acreditam que a catatonia já não existe actualmente, não familiarizados com o conceito, não diagnosticam, não tratam (van der Heijden FM, Tuinier S, Arts NJ, et.al., 2005) …atrasa o diagnóstico, aumenta a duração catatonia não tratada! 8. Diagnóstico • definições variaveis nas diferentes escalas
  • 45. Tratamento • Não há tratamento profiláctico. tratar a catatonia per se prevenir complicaçõ es tratar patologia associada • Tratamento sintomático: hidratação, manter nutrição (entubação se necessário), corrigir desiquilíbrio hidroelectrolítico, corrigir hipertermia, oxigenação, TA, ritmo cardíaco • Prevenir complicações: desidratação, alterações do hidroelectrolíticas, escaras de decúbito, contracturas musculares, pneumonia por aspiração, infecções urinárias, trombose venosa profunda e tromboembolia pulmonar – a causa mais frequente de morte nos doentes com catatonia (Caroff SN, Mann SC, Francis A, Fricchione GL., 2004) 9. Tratamento tratamento sintomático
  • 46. Tratamento da catatonia per se • Pouco • Deve • Lorazepam 1-3 dias, até 6mg/ dia Electroconvulsivoterapia (ECT) passo 1 começar exames pré-ECT utilizada •(estigma, acessibilidade) • Tentar ECT serpasso 2 • se ECT na catatonia maligna (Fink M, Taylor MA., 2006) considerada não disponivel > saltar passo 3 passo 4 • + Memantina 10mg/ dia 3-4 dias (Mamah D et al., 2005) (Greenhalgh J, et al., 2005) • + Topiramato 200-400mg /dia passo •ECT é eficaz e 5seguro •Contudo, não há evidência de efectividade e do custo-efectividade do ECT na catatonia Adaptado Protocolo de tratamento catatonia (Carroll BT,et al., 2005) (Greenhalgh J, et al., 2007) 9. Tratamento • +Amantadina 100mg/dia ! Embolia pulmonar: nos100mg cada com trombose venosa profunda doentes 3-4dias, até max 400mg/dia) passo 3 • (titular ! Efeitos cognitivos (curto e longo prazo): não há estudos
  • 47. Preditores de resposta ao tratamento da catatonia • diagnóstico de Esquizofrenia - pior resposta (Ungvari GS, Kau LS, Wai-Kwong T, Shing NF., 2001) (Ungvari GS, Chiu HF, Chow LY, Lau BS, Tang WK. ,1999) Contudo, estudos contraditórios: -flexibilidade cérea, preensão forçada – boa resposta BZD -mutismo –pior resposta BZD (Narayanaswamy JC, Tibrewal P, et al., 2012) • duração de catatonia não tratada, independentemente do diagnóstico de base – pior resposta às BZD (Narayanaswamy JC, Tibrewal P, et al., 2012) 9. Tratamento • sinais catatonia : -flexibilidade cérea, catalepsia – pior resposta -mutismo - boa resposta à terapêutica.
  • 49. Abrams R, Taylor MA.(1976) Catatonia, a prospective clinical study. Arch Gen Psychiatry. 1976;33:579–581. Abrams R, Taylor MA, Stolurow KAC. (1979)Catatonia and mania: patterns of cerebral dysfunction. Biol Psychiatry. 1979;14:111–117. Aoki F, Sitar D (1988). Clinical pharmacokinetics of amantadine hydrochloride. Clin Pharmacokinetics; 14:35–51 American Psychiatric Association Committee on Nomenclature and Statistics.Diagnostic and Statistical Manual: Mental Disorders 1952;Washington, DC:APA. American Psychiatric Association. (1980)Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 3rd ed. Washington, DC: American Psychiatric Association; 1980. American Psychiatric Association. (2000) Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition (Text Revision). Washington, DC: American Psychiatric Publishing. Bleuler E.(1916) Lehrbuch der Psychiatrie. Berlin, Germany: Springer. Bleckwenn WJ (1930). The production of sleep and rest in psychotic cases. Arch Neurol Psychiatry 24: 365–372. Billstedt, E., Gillberg, I.C., Gillberg, C. ( 2005). Autism after adolescence: population-based 13- to 22-year follow-up study of 120 individuals with autism diagnosed in childhood. J. Autism Dev. Disord. 35, 351–360. Braunig, P., Kruger, S., Shugar, G., Hoffler, J., Borner, I. ( 2000). The catatonia rating scale I — development, reliability, and use. Compr. Psychiatry 41, 147–158. Caligiuri MP, Buitenhuys C. (2005). Do preclinical findings of methamphetamine-induced motor abnormalities translate to an observable clinical phenotype? Neuropsychopharmacology, Dec;30(12):2125-34. Caroff SN, Mann SC, Francis A, Fricchione GL. (2004) Catatonia: From Psychopathology to Neurobiology. Washington, DC: American Psychiatric Publishing; Caroff SN, Ungvari GS. (2007) Expanding horizons in catatonia research.Psychiatr Ann 2007;37(1):7–9. Carroll, B.T., Kirkhart, R., Ahuja, N., Soovere, I., Lauterbach, E.C., Dhossche, D., Talbert, R.(2008). Katatonia: a new conceptual understanding of catatonia and a new rating scale. Psychiatry (Edgmont) 5, 42–50. Carroll, B.T. and Taylor, B.E. (1997) The nondicotomy between lethal catatonia and neuroleptic malignant syndrome. Journal of Clinical Psychopharmacology, 17, 235-36. Carroll BT, Goforth HW, Thomas C, Ahuja N, McDaniel WW, Kraus MF, Spiegel DR, Franco KN, Pozuelo L, Munoz C. (2007).Review of adjunctive glutamate antagonist therapy in the treatment of catatonic syndromes. J Neuropsychiatry Clin Neurosci Fall;19(4):406-12. Carroll, B.T., Kennedy, J.C., Goforth, H.W. (2000) Catatonic signs in medical and psychiatric conditions.CNS Spectr, 5: 66-9. Carroll BT, Thomas C, Jayanti K, et al (2005). Treating persistent catatonia when benzodiazepines fail. Current Psychiatry; 4:56–64 Carroll BT, Thomas C, Tugrul KC, Coconcea C, Goforth HW. (2007). GABA(A) versus GABA(B) in catatonia. J Neuropsychiatry Clin Neurosci., Fall;19(4):484. Cavanna, A.E., Robertson, M.M., Critchley, H.D. (2008). Catatonic signs in Gilles de la Tourette syndrome. Cogn. Behav. Neurol. 21, 34–37. Chalasani P, Healy D, Morriss R. (2005) Presentation and frequency of catatonia in new admissions to two acute psychiatric admission units in India and Wales. Psychol Med;35:1667. Consoli A, Raffin M, Laurent C, Bodeau N, Campion D, Amoura Z, Sedel F, An-Gourfinkel I, Bonnot O, Cohen D. (2012). Medical and developmental risk factors of catatonia in children and adolescents: a prospective case-control study. Schizophr Res.May;137(1-3):151-8.. Dalmau, J., Gleichman, A.J.,Hughes, E.G., Rossi, J.E., Peng, X., Lai,M.,Dessain, S.K., Rosenfeld, M.R., Balice-Gordon, R., Lynch, D.R.,( 2008). Anti-NMDA-receptor encephalitis: case series and analysis of the effects of antibodies. Lancet Neurol. 7, 1091–1098. Bibliografia Bush, G., Fink, M., Petrides, G., Dowling, F., Francis, A., (1996a). Catatonia. I. Rating scale and standardized examination. Acta Psychiatr. Scand. 93, 129–136.
  • 50. Schneider K. (1936)Psychiatrische Vorlesungen fu¨r A¨rzte. 2nd ed.Leipzig, Germany: Thieme von Economo C. (1931) Encephalitis Lethargica. London, England:Oxford University Press Smith J.H., Smith V.D., Philbrick K.L., Kumar N. (2012) Catatonic disorder due to a general medical or psychiatric condition. J Neuropsychiatry Clin Neurosci. Spring;24(2):198-207 Sienaert P., Rooseleer J., De Fruyt J. (2011) Measuring catatonia: a systematic review of rating scales. J Affect Disord. Dec;135(1-3):1-9. Starkstein, S.E., Petracca,G., Teson, A., Chemerinski, E.,Merello, M.,Migliorelli, R., Leiguarda, R. ( 1996). Catatonia in depression: prevalence, clinical correlates, and validation of a scale. J. Neurol. Neurosurg. Psychiatry 60, 326–332. Stauder KH. (1934)Die to¨dliche Katatonie. Arch Psychiatr Nervenkr. 1934;102:614–634. Taylor MA, Abrams R. (1973)The phenomenology of mania: a new look at some old patients. Arch Gen Psychiatry. 1973;29:520–522. Taylor MA, Abrams R.(1977) Catatonia: prevalence and importance in the manic phase of manic-depressive illness. Arch Gen Psychiatry. 1977;34:1223–1225. Thomas C, Carroll BT, Maley JT, et al. (2005). Memantine in catatonic schizophrenia. Am J Psychiatry; 162:656 Ungvari GS, Caroff SN, Gerevich J. (2009)The catatonia conundrum: evidence of psychomotor phenomena as a symptom dimension in psychotic disorders. Schizophr Bull. September 23,2009; doi:10.1093/schbul/sbp105. Ungvari GS, Chiu HF, Chow LY, Lau BS, Tang WK. (1999) Lorazepam for chronic catatonia: a randomized, double-blind, placebo-controlled cross-over study. Psychopharmacology (Berl) 1999;142:393–8. Urstein M. (1912) Manisch-depressives und Periodisches Irresein als erscheinungsform der Katatonie. Berlin, Germany: Urban & Schwartzberg van der Heijden FM, Tuinier S, Arts NJ, et al (2005). Catatonia: disappeared or under-diagnosed? Psychopathology 2005; 38:3–8 Wachtel, L.E., Dhossche, D.M. (2010). Self-injury in autism as an alternate sign of catatonia: implications for electroconvulsive therapy. Med. Hypotheses 75, 111–114. Watchtel LE, Dhossche DM, Kellner CH. (2011).When is electroconvulsive therapy appropriate for children and adolescents? Med Hypotheses.Mar;76(3):395-9. Weder ND, Muralee S, Penland H, Tampi RR.(2008) Catatonia:a review. Ann Clin Psychiatry.20:97–107. World Health Organization. (1948) Manual of the International Statistical Classification of Diseases, Injuries, and Causes of Death. Sixth Revision 1948;Vol 1:Geneva, Switzerland: Author, 106. World Health Organization.(1992) The ICD-10 Classification of Mental and Behavioural Disorders 1992;Geneva, witzerland Author, 91. www.dsm5.org De Tiege X, Bier JC, Massat I, et al. (2003). Regional cerebral glucose metabolism in akinetic catatonia and after remission. [erratum appears in J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2003 Aug;74(8):1165]. J Neurol Neurosurg Psychiatry 74: 1003–1004. Dhossche D, Wing L, Ohta M, Neumarker K (2006) Catatonia in Autism Spectrum Disorders,International Review of Neurobiology Volume 72. New York, NY: Elsevier/Academic Press. Duggal H.S., Singh I.,(2005) Drug-induced catatonia. Drugs Today(Barc). Sep;41(9):599-607. Bibliografia Ungvari GS, Kau LS, Wai-Kwong T, Shing NF. (2001) The pharmacological treatment of catatonia: an overview. Eur Arch Psychiatry Clin Neurosci;251(Suppl 1):I31–4.
  • 51. Fink M., Shorter E., and Taylor M.(2010) Catatonia Is not Schizophrenia: Kraepelin’s Error and the Need to Recognize Catatonia as an Independent Syndrome in Medical Nomenclature. Schizophrenia Bulletin vol. 36 no. 2 pp. 314–320 Fink M, Shorter E, Taylor M. (2009) Catatonia is not schizophrenia: Kraepelin’s error and the need to recognize catatonia as an independent syndrome in medical nomenclature. Schizophr Bull. July 8, 2009; doi:10.1093/schbul/sbp059. Fink, M., Taylor, M.A. (2003) Catatonia. A Clinician's Guide to Diagnosis and Treatment. Cambridge University Press, New York. Fink M. (2001) Catatonia: syndrome or schizophrenia subtype? Recognition and treatment.J. Neural Transm.2001; 108(6):637-44. Fink M, Taylor MA. (2006) Neuroleptic malignant syndrome is malignant catatonia, warranting treatments efficacious for catatonia. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. Aug 30;30(6):1182-3 Heckers S.,Tandon R., Bustillo J.(2010)Catatonia in the DSM- Shall we move or not? Schizophrenia Bull.2010 Mar;36(2):205-7. doi: 10.1093/schbul/sbp136. Epub 2009 Nov 23. Gelenberg AJ. (1976) The catatonic syndrome. Lancet. 1976;1:1339–1341. Gelder M., Andreasen N., López-Ibor Jr J.,Geddes J. (2009) New Oxford textbook of Psychiatry, second edition. Pag.529.Oxford University Press, New York Gianutsos G, Stewart C, Dunn JP (1985) Pharmacologic changes in dopaminergic systems induced by long-term administration of amantadine. Eur J Pharmacol; 110:357–361 Ghaziuddin N, Dhossche D, Marcotte K. (2012).Retrospective chart review of catatonia in child and adolescent psychiatric patients. Acta Psychiatric Scand. Jan;125(1):33-8. Greenhalgh J, Knight C, Hind D, Beverley C, Walters S.(2005).Clinical and cost-effectiveness of electroconvulsive therapy for depressive illness, schizophrenia, catatonia and mania: systematic reviews and economic modelling studies. Health Technol Assess. Mar;9(9):1-156, iii-iv. Nuffield Institute for Health, University of Leeds, UK Gjessing R. (1913) Contributions to the Somatology of Periodic Catatonia.Oxford, England: Pergamon Press; 1976. Jaspers K. (1913)Allgemeine Psychopathologie. Berlin, Germany: Springer; 1913:283. Jeste DV, Friedman JH, eds.(2006) Current Clinical Neurology: Psychiatry for Neurologists. Totowa, NJ: Humana Press Inc; 81–92. Kahlbaum KL. (1984) Die katatonie oder das Spannungsirrescien. Berlin, Germany: Verlag Ausgust Hirshwald Kaplan G, Leite-Morris K (2002) Introduction to neural signaling pathways, in Brain Circuitry and Signaling in Psychiatry: Basic Science and Clinical Implications. Edited by Kaplan G, Hammer R. Washington, DC, American Psychiatric Publishing, pp 31– 65 Kraepelin E. (1883) Compendium der Psychiatrie. Leipzig, Germany: Abel Kraepelin E. (1896) Psychiatrie: Ein Lehrbuch. 5th ed. Leipzig,Germany: Barth; 1896:442. Kraepelin E. (1899) Psychiatrie: Ein Lehrbuch. 6th ed. Leipzig, Germany: Barth Kraepelin E.(1913) Psychiatrie: Ein Lehrbuch. 8th ed. Leipzig,Germany: Barth; Vol 3(2). 1913:809. Bibliografia Gervin M, Browne S, Lane A, Clarke M, Waddington JL, Larkin C, O’Callaghan E. (1998).Spontaneous abnormal involuntary movements in first-episode schizophrenia and schizophreniform disorder: baseline rate in a group of patients from an Irish catchment area. Am J Psychiatry. Sep;155(9):1202-6.
  • 52. Kindt H (1980) Katatonie. Ein Modell psychischer Krankheit. Enke, Stuttgart Kirkhart, R., et al. (2007) The detection andmeasurement of catatonia.Psychiatry (Edgmont) 4, 52–56. Lahutte B, Cornic F, Bonnot O, Consoli A, An-Gourfinkel I, Amoura Z, Sedel F, Cohen D. (2008). Multidisciplinary approach of organic catatonia in children and adolescents may improve treatment decision making. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. Aug 1;32(6):1393-8. Lange J. (1922) Katatonische Erscheinungen im Rahmen manischer Erkrankungen. Monographien aus dem Gesamtgebiete der Neurologie und Psychiatrie. Berlin, Germany: Julius Springer; Vol 31. 1922:169. Lee JW, Schwartz DL, Hallmayer J. (2000) Catatonia in a psychiatric intensive care facility: incidence and response to benzodiazepines. Ann Clin Psychiatry.12:89–96. Logie HB, ed.(1933) A Standard Classified Nomenclature of Disease, Compiled by the National Conference on Nomenclature of Disease. New York, NY: Commonwealth Fund; 1933:88. Lund, C.E., Mortimer, A.M., Rogers, D., McKenna, P.J.( 1991). Motor, volitional and behavioural disorders in schizophrenia. 1: assessment using the Modified Rogers Scale. Br. J. Psychiatry 158, 323–327 333–326. Mamah D, Lammle M, Isenberg KE. (2005) Pulmonary embolism after ECT. J ECT. 21(1):39–40. McDaniel WW, Spiegel D, Sahata AK (2006). Topirimate effect in catatonia: a case series. J Neuropsychiatry Clin Neurosci; 18:23– 238 Morrison JR.(1975) Catatonia: diagnosis and treatment. Hosp Community Psychiatry. 1975;26:91–94. Moskowitz AK. (2004). ‘‘Scared Stiff’’: catatonia as an evolutionary-based fear response. Psychol Rev 111: 984–1002. Narayanaswamy JC, Tibrewal P, et al, (2012) Clinical predictors of response to treatment in catatonia. Gen Hosp Psychiatry. May-Jun;34(3):312-6. Northoff, G., Koch, A., Wenke, J., Eckert, J., Boker, H., Pflug, B., Bogerts, B. (1999). Catatonia as a psychomotor syndrome: a rating scale and extrapyramidal motor symptoms. Mov. Disord. 14, 404–416. Northoff G. (2002). What catatonia can tell us about “top down modulation”: a neuropsychiatric hypothesis. Behav Brain Sci; 25:555–604 Northoff G, Witzel T, Richter A, et al. (2002). GABA-ergic modulation of prefrontal spatio-temporal activation pattern during emotional processing: a combined fMRI/MEG study with placebo and lorazepam. J Cogn Neurosci 14: 348–370. Pio Abreu, J. (2008) Introdução á psicopatologia Compreensiva, 6ª ed, Fundação caloute Gulbenkian Pauleikhoff B. (1969) Die Katatonie (1868-1968). Fortschr Neurol Psychiatr Grenzgeb. 1969;37:461–496. Phan KL, Wager T, Taylor SF, Liberzon I. (2002). Functional neuroanatomy of emotion: a meta-analysis of emotion activation studies in PET and fMRI. Neuroimage 16: 331–348. Richter A, Grimm S, Northoff G. (2010)Lorazepam modulates orbitofrontal signal changes during emotional processing in catatonia. Hum Psychopharmacol. Jan;25(1):55-62. Rosebush PI, Hildebrand AM et al. (1990)Catatonic syndrome in a general psychiatric inpatient population: frequency, clinical presentation, and response to lorazepam. J Clin Psychiatry. Sep;51(9):357-62. Rosebush PI, Mazurek MF. (2010). Catatonia and its treatment. Schizophr Bull,Mar;36(2):239-42. Sachdev, P.S. (2005). A rating scale for neuroleptic malignant syndrome. Psychiatry Res. 135, 249–256. Bibliografia Mayer-Gross W, Slater E, Roth M. (1954)Clinical Psychiatry. London, England: Cassell
  • 53. Catatonia: redescobrir o síndrome esquecido? Sofia Morais Interna de formação específica de Psiquiatria