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SCHNEIDER, Eduarda Maria
emschneiderbio@hotmail.com
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MAGALHÃES JÚNIOR, Carlos Alberto de Oliveira
juniormagalhaes@hotmail.com
Universidade Estadual de Maringá - UEM
Palavras-chave: Formação Inicial de Professores – Perspectivas de Ensino,
Representações sociais sobre a profissão docente.
INTRODUÇÃO
As mudanças na sociedade, decorrentes do desenvolvimento mundial impulsionado pelo
fenômeno da globalização paralelamente aos avanços científicos e tecnológicos
acarretam inovações para a constituição da sociedade e suscitam mudanças tanto no
âmbito econômico, político, sociocultural como na educação, exigindo uma nova
configuração da prática pedagógica.
Referente à formação de professores de ciências, Krasilchik (2000) afirma que esta
recebeu maior ênfase no Brasil após a Segunda Guerra Mundial, principalmente a partir
da década de 1950, devido ao desenvolvimento econômico, cultural e social e a
necessidade do desenvolvimento científico e tecnológico no país. Nessa época, o Ensino
de Ciências foi introduzido e desenvolvido sob o parâmetro de outras disciplinas,
seguindo a metodologia do ensino tradicional, caracterizada por aulas teóricas em que o
professor explana o conteúdo, reforçando as características positivas da ciência clássica
e estável do século XIX, com base em livros didáticos estrangeiros (europeus).
Entre os anos 1960 e 1970, o Ensino de Ciências foi fortemente influenciado por uma
concepção empirista de ciência, segundo a qual as teorias são originadas a partir da
experimentação, de observações seguras e da objetividade e neutralidade dos cientistas.
Preconizava-se que os estudantes vivenciassem o método científico. No contexto da
ditadura Militar (a partir de 1964), o modelo econômico implantado priorizou os
investimentos para a produção capitalista industrial, destacando um ensino
profissionalizante, amparado na concepção tecnicista, devido à aceleração da
industrialização (CORTELLA, 1998). No mesmo período, segundo Bastos e Nardi (2008),
delineou-se na educação o perfil profissional moldado a partir da racionalidade técnica ou
“aplicacionista”, no qual se entende o professor como técnico e sua atividade profissional
como instrumental dirigida à solução de problemas via aplicação de teorias e técnicas
aprendidas na universidade. Um exemplo clássico da influência deste modelo é a
reprodução dos professores iniciantes em sala de aula das suas experiências prévias
como alunos, sendo que a maioria dessas experiências enfatizou apenas a transmissão e
assimilação memorística de conteúdos. Ou seja, a formação inicial nesse modelo
estimula o aprendizado passivo e, assim, os professores se acostumam apenas com a
transmissão e recepção de conhecimento e não buscam auxiliar o aluno a construir suas
próprias concepções, interrompendo momentos de questionamento, discussão, reflexão e
até mesmo de iniciativa a docência (JUSTINA et al., 2005; BASTOS; NARDI, 2008).
A partir da década de 1980, o modelo da racionalidade técnica, ao enfatizar o uso de
técnicas pré-determinadas por especialistas para a solução dos problemas da profissão
sem considerar a experiência docente e as diversas outras instâncias que influenciam em
sala de aula, como, número e diversidade dos alunos, condições sociais, culturais e
ambientais em que se encontram todos os membros da escola, foi amplamente
questionado e criticado. Passou-se, então, a almejar uma educação crítica e
transformadora, centralizada na formação de professores como sujeitos históricos,
críticos, capazes não apenas de se adaptar à sociedade em que vivem, mas de
transformá-la e reinventá-la (CANDAU, 1996).
No Brasil, diferentes abordagens da formação de professores têm sido divulgadas e
investigadas nos anos recentes, como por exemplo, a ideia do pensamento crítico, que
observa a realidade e o cotidiano com uma argúcia investigativa, que questiona a forma
como a sociedade está estruturada e delineia possibilidades para a transformação social.
Nesse contexto, entende-se o professor como intelectual crítico/transformador, capaz de
estabelecer a relação de sua disciplina com aspectos sociais, econômicos, políticos,
históricos e culturais. Como intelectual, percebe-se que o professor precisa estar sempre
em busca de conhecimentos, ter uma cultura geral bem fundamentada e ser capaz de um
conhecimento multidisciplinar. Como transformador, compreende-se que não basta o
professor ter um conhecimento erudito, mas que esse conhecimento tem que estar à
disposição de uma construção social justa e igualitária (GIROUX, 1997). Sendo assim, a
ideia de intelectuais transformadores combina reflexão e ação para a formação de
professores de modo que estes possam analisar o mundo criticamente e transformá-lo.
O pensamento de Giroux (1997), concebendo as escolas como esferas públicas
democráticas, nas quais professores e alunos trabalham para construir uma visão
emancipadora da sociedade, vem a contribuir para a superação dos desafios decorrentes
das mudanças socioeconômicas, culturais, científicas e tecnológicas que exigem cada
vez mais uma formação de professores que valorize a construção de atitudes e valores
necessários para a efetivação e aplicabilidade do conhecimento de acordo com o
contexto atual (FUSINATO, 2005). Terrazzan e Gama (2007) corroboram com essa
afirmação, apontando que a crescente e rápida produção de conhecimentos nas
diferentes áreas e as mudanças ocorridas na sociedade atual vêm exigindo novas
necessidades de formação, tanto para os futuros profissionais em termos de formação
inicial, como para aqueles que já estão em serviço com a formação continuada. Ou seja,
as transformações atuais demandam profissionais qualificados para a aquisição e
construção de novos conhecimentos, que por sua vez, deverão ser aplicados a sua
prática profissional cotidiana.
Como afirmam Pietrocola et al. (2003) uma das necessidades mais importantes do
cenário educacional atual é dar significado aos conteúdos científicos escolares, bem
como discutir o papel das ciências e das tecnologias na sociedade contemporânea.
Entretanto, esse desafio se torna a cada dia mais complexo e difícil devido ao acúmulo
de informações e conhecimentos produzidos pela sociedade.
Um dos grandes debates das pesquisas educacionais é a formação docente e novos
enfoques metodológicos no processo de ensino e aprendizagem. As novas metodologias
são propostas mediante uma abordagem diferencial do ensino de ciências tradicional,
termo designado ao ensino centrado no professor como detentor e transmissor do
conhecimento e que possui pouca relevância para o aluno, sendo este apenas receptor
passivo do conhecimento (DELIZOICOV; ANGOTTI, 1990; KRASILCHIK, 2000).
Segundo Krasilchik (2004) há várias formas de propor e organizar o trabalho pedagógico
do professor para a disciplina de ciências. Cachapuz, Praia e Jorge (2000) caracterizam
quatro perspectivas de ensino: Ensino por Transmissão (EPT), o qual baseia-se no
racionalismo acadêmico, onde o conhecimento é verdadeiro, estável e cresce por
acumulação, e não valoriza o conhecimento e história do aluno; Ensino por Descoberta
(EPD), que se estrutura tomando como base o empirismo, estabelecendo um rigor
decorrente do método científico e que é replicado em aula; Ensino por Mudança
Conceitual (EMC), caracterizado pela perspectiva da substituição de modelos teóricos
trazidos pelo educando por novos modelos e; Ensino por Pesquisa (EPP), perspectiva
que busca fomentar a pesquisa pelos alunos, valorizando o erro no processo ensino-
aprendizagem, a história da ciência, a investigação e reflexão, compreendendo que o
conhecimento está em permanente mudança e colocando o aluno como sujeito ativo na
construção do seu próprio conhecimento.
Quanto ao sistema escolar, o que se pretende é que a escola compreenda a necessidade
de colocar a educação a serviço das novas finalidades, que atendam efetivamente as
complexidades, contradições e proposições da contemporaneidade, tendo em vista que,
os fatos contemporâneos ligados aos avanços científicos e tecnológicos, a globalização
da sociedade, as mudança dos processos de produção e suas consequências trazem
para a educação novas exigências, que consequentemente geram transformações na
formação dos professores, pois, não basta saber como se ensina, mas também como se
aprende (SILVA, 2002). Nesse sentido, a reflexão permite avançar em um processo de
transformação do trabalho pedagógico centrado em ações reflexivas, críticas,
responsáveis e compromissadas com o ensino mais ativo, mais participativo e mais
centrado nos interesses dos alunos e da sociedade como um todo (SANTOS;
FERREIRA, 2004). Antes de tudo não se deve esquecer que o professor desempenha
um papel imprescindível e insubstituível no processo de mudança social, o que implica
em uma responsabilidade perante o outro, que deseja estar inserido no grupo do qual faz
parte, de forma participativa, dinâmica e consciente de seu papel social. Para isso, é
necessário investir na formação dos professores e em seu desenvolvimento profissional,
para que os mesmos reflitam e compreendam as necessidades formativas atuais, cuja
essência está no aprender continuadamente e desenvolver novas competências a cada
situação (MATTAR, 2002; DELIZOICOV et al., 2002).
METODOLOGIA
Este trabalho é decorrente de um projeto de intervenção durante o Estágio
Supervisionado do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá –
UEM. O projeto visava apresentar aos licenciando as possibilidades de trabalhar as
diferentes perspectivas de ensino. Inicialmente foi proposto aos futuros professores que
respondessem a um questionário estruturado, que buscava identificar a perspectiva de
ensino que os licenciandos tinham como referência, além de identificar as concepções
que eles possuíam sobre as diferentes perspectivas de ensino.
Além do questionário inicial, foram utilizados como instrumento de coleta de dados planos
de aula elaborados pelos licenciandos e um questionário final, que objetivava verificar as
dificuldades que os licenciando encontravam em diversificar as perspectivas de ensino a
serem trabalhadas no decorrer do estágio.
Por fim todos os materiais foram submetidos a uma análise de conteúdo que de acordo
com Bardin (1977, p. 42):
Consiste em um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando
obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das
mensagens, indicadores (qualitativos ou não) que permitam a inferência de
conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens.
Optou-se por este tipo de análise, pois nosso interesse não consiste apenas na descrição
dos conteúdos, mas sim no que estes poderão ensinar após serem tratados.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram entrevistados quinze licenciandos do Curso de Ciências Biológicas da
Universidade Estadual de Maringá – UEM. Dos entrevistados doze concluíram o ensino
médio há menos de seis anos e três concluíram a mais de oito anos.
Quando questionados sobre as lembranças que eles tinham de suas aulas de ciências,
dez dos participantes da pesquisa apresentaram uma lembrança de um ensino
tradicional, onde o professor seguia normalmente o livro didático, com poucas atividades
experimentais e predominava a autoridade do professor como o único detentor do
conhecimento, estas visões podem ser identificadas nos seguintes relatos:
“O professor utilizava-se do livro didático apenas, cada aluno lia
um paragráfo do texto e ele discutia sobre. Durante três anos
visitamos duas vezes o laboratório de ciências e tivemos uma aula
de campo”.
“O professor era tradicional, mal humorado e não gostava de ser
questionado”.
“Eram realizadas apenas aulas teóricas. Houve uma exceção uma
aula o professor levou a turma para o laboratório, nesta aula ele
utilizou materiais de laboratório e indicadores de PH, os quais se
tornaram coloridos em diferentes PH, mas foi apenas uma aula,
nas outras aulas o professor utilizava apenas o livro e o quadro
negro”.
Pode-se observar que a maioria dos alunos teve como referência um professor que
seguia o método tradicional, mesmo que as aulas em laboratórios ou de campo fossem
consideradas mais prazerosas para os alunos.
Em relação aos pontos positivos e negativos relacionados a atuação de seus professores
de Ciências foram elencados como elementos positivos as aulas de laboratórios, a
organização das feiras de ciências, a paciência do professor para com os alunos, o
companheirismo do professor, as visitas técnicas, as atividades práticas, atividades de
pesquisa sobre fatos do cotidiano, os trabalhos em grupo, os vídeos, as discussões,
também foram citados como fatores positivos o domínio do conteúdo e o amor pela
profissão.
Em contrapartida os entrevistados também apontaram alguns fatores que eles
consideram negativo na atuação do professor e dentre estes fatores pode-se destacar a
utilização apenas do método de ensino tradicional, a dependência do livro didático,
quando este constitui o único recurso didático utilizado pelo professor, a falta de
contextualização dos conteúdos, a desmotivação dos professores, a quantidade
exagerada de conteúdos, a visão de alguns professores da ciência como algo pronto,
absoluto e acabado cabendo ao aluno apenas memorizar estes conteúdos. Esta visão
pode ser constatada no relato a seguir.
“Alguns professores de ciências mostravam que a disciplina de
ciências era algo pronto que nos devíamos memorizar”.
Ao serem questionados sobre as metodologias que mais contribuem para a sua
aprendizagem foram indicadas as seguintes: aulas práticas, confecção de maquetes,
materiais didáticos diferenciados, as pesquisas, a contextualização do conteúdo
aplicando-os a realidade, o trabalho com vídeos, músicas, aulas de campo, os trabalhos
em grupo, as apresentações de seminários, a problematização dos conteúdos. Conforme
observado todos os participantes remeteram-se a metodologias que buscam contemplar
o aluno como protagonista de sua aprendizagem, mostrando que os indivíduos ao longo
de sua formação conseguem identificar a forma de aprender a aprender assim como nos
apresenta Novak (1996).
Apesar dos entrevistados indicarem os pontos positivos e negativos que eles consideram
importantes na atuação do professor, em suas atuações eles acabam reproduzindo
muitas das ações reprovadas por eles em relação a forma como o professor deve
conduzir sua aula, como muitas atividades remetendo apenas ao livro didático, aulas
expositivas, poucos trabalhos em grupo, copias de texto, falta de contextualização dos
conteúdos, dentre outros.
Autores como Carvalho e Gil Perez (2011, p. 71) alegam que isto acontece devido ao
pensamento docente espontâneo, “fruto da impregnação ambiental que se produz ao
longo dos muitos anos em que os alunos veem a atuação de seus professores”.
De acordo com Nardi (apud ADAMS; KROCKOVER, 1997) os licenciandos quando vão
para sala de aula, carregam visões do que é ser professor, adquiridas durante suas
vivências enquanto alunos na educação básica e para responder a situações de aula, os
professores acabam agindo segundo experiências prévias adquiridas.
As crenças educacionais se originam enquanto o futuro professor encontra-se na
situação de aluno da educação básica, neste período, através da observação o aluno
constrói formas peculiares de entender o processo de ensino e aprendizagem, o papel da
escola, além de criar um modelo de professor que perpetuam a graduação e que podem
ser observadas na sala de aula, ou seja, “os licenciando quando chegam aos cursos de
licenciatura eles trazem essas imagens vivas do trabalho do professor, que raramente se
alinham com as orientações dos programas de formação inicial” (CARVALHO;
BEJARANO, 2003, p.2).
Essas visões sobre a atuação docente é decorrente das representações sociais do que é
ser professor que são compartilhadas pelos indíviduos. Por sua vez, as representações
iram determinar a forma como os futuros professores agem e conduzem sua prática
docente. Em alguns casos as representações podem se confirugar como um obstáculo
tanto para o desenvolvimento da formação dos licenciandos como para aprendizagem de
novas práticas pedagógicas.
A dificuldade em aceitar novas práticas pedágogicas podem estar relacionadas a
existencia de um núcleo central destas representações, assim como nos apresenta
(ABRIC, 2001) que são resistentes a mudança. Por isso sua identificação é importante
para que caminhos sejam propostos para intervenção na formação inicial.
Em relação as diferentes perspectivas de ensino, quatorze participantes disseram não ter
ouvido falar sobre elas e apenas um disse que sim.
Ao serem questionados sobre a perspectiva de ensino por pesquisa oito dos
entrevistados disseram conhecer esta perspectiva sete indicaram não conhecer. A seguir
segue alguns relatos sobre a concepção dos licenciandos pesquisado sobre a
perspectiva de ensino por pesquisa.
“É a aprendizagem dos alunos através do método de pesquisa”
“Ensino por pesquisa é o ensino em que o professor aguça a
curiosidade do aluno”
“A partir do tema exposto pelo professor, o aluno busca alguma
relação com o meio, a sociedade, seu dia-a-dia e procura se
aprofundar na questão, levando-a para sala de aula”
“É uma abordagem insvestigativa, onde os alunos pesquisam os
conteúdos”
Por fim, os licenciandos foram questionados sobre as principais dificuldades em trabalhar
esta perspectiva de ensino, dentre os fatores que dificultam a utilização desta perspectiva
os licenciandos apontaram: achar metodologias e práticas sobre o assunto a ser
trabalhado; inserir a história da ciência; encontrar o momento adequado para realizar as
questões problemas; saber reconhecer as principais atividades que são relacionadas a
perspectiva de ensino por pesquisa; como avaliar de acordo com a perspectiva de ensino
por pesquisa; adequar o tempo das atividades com a quantidade de conteúdo que deve
ser trabalhado, dentre outros fatotes.
Todas essas dificuldades elecandas mostram, mais uma vez, a fragilidade que nos temos
em lidar com o novo, com o que não nós é familiar, pois as maiores dificuldades estão
relacionadas as atividades caracteristicas das demais perspectivas de ensino, diferentes
das propostas pelo ensino tradicional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se constatar que os licenciandos ao ingresarem em um curso de licenciatura já
possuem um referencial da atuação docente, fruto de sua experiência enquanto aluno. O
que constitui as representações sociais que os indivíduos compartilham sobre a profissão
docente. Essa representação do ser professor influência na forma como os licenciandos
estruturam suas aulas, pois de acordo com autores da área de representação social
como Jodelet (2001), Moscovici (2003) Sá ( ) as ações dos indivíduos são guiadas
pelas representações que eles possuem sobre os diversos fenômenos, além disso, estas
representações são fruto do convívio social, e são construídas a partir da vivência do
sujeito com o fenômeno, portanto a vivência que os licenciando tem enquanto alunos vão
ser fontes para as representações sociais sobre a atuação docente que eles possuem.
Devido à prevalência do ensino tradicional entre os professores é comum que os
licenciando reproduza em sua prática esta perspectiva de ensino, perpetuando a
dependência da perspectiva de ensino tradicional. Essa perspectiva é a mais difundida ao
se falar de ensino o que limita os indíviduos a conhecerem as demais perspectivas, ao
longo do projeto de interverção pode-se analisar que a um desconhecimento sobre as
demais perspectivas de ensino o que dificulta a utilização delas na preparação das aulas.
Assim torna-se importante pensar em estratégias que desconfigure o núcleo central das
representações dos licenciandos sobre a atuação docente para que assim eles possam
estar abertos a construção de conhecimentos sobre as demais perspectivas, mas que
isso, que eles possam ter uma formação adequada que contribua para a diversificação de
metodologias em sala de aula, contribuindo para melhorias no processo de ensino e
aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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de professores em escolas de educação básica. Educação & Linguagem. 10. (15), 161-
192.
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DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENTES PERSPECTIVAS DE ENSINO

  • 1. Problemas sobre os professores principiantes em seus processos de inserção profissional INFORMES DE INVESTIGAÇÃO DIFICULDADES DOS LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM TRABALHAR AS DIFERENTES PERSPECTIVAS DE ENSINO GALVÃO, Camila Brito camilabritogalvao@gmail.com Universidade Estadual de Maringá - UEM SCHNEIDER, Eduarda Maria emschneiderbio@hotmail.com Universidade Estadual de Maringá – UEM MAGALHÃES JÚNIOR, Carlos Alberto de Oliveira juniormagalhaes@hotmail.com Universidade Estadual de Maringá - UEM Palavras-chave: Formação Inicial de Professores – Perspectivas de Ensino, Representações sociais sobre a profissão docente. INTRODUÇÃO As mudanças na sociedade, decorrentes do desenvolvimento mundial impulsionado pelo fenômeno da globalização paralelamente aos avanços científicos e tecnológicos acarretam inovações para a constituição da sociedade e suscitam mudanças tanto no âmbito econômico, político, sociocultural como na educação, exigindo uma nova configuração da prática pedagógica. Referente à formação de professores de ciências, Krasilchik (2000) afirma que esta recebeu maior ênfase no Brasil após a Segunda Guerra Mundial, principalmente a partir da década de 1950, devido ao desenvolvimento econômico, cultural e social e a necessidade do desenvolvimento científico e tecnológico no país. Nessa época, o Ensino de Ciências foi introduzido e desenvolvido sob o parâmetro de outras disciplinas, seguindo a metodologia do ensino tradicional, caracterizada por aulas teóricas em que o professor explana o conteúdo, reforçando as características positivas da ciência clássica e estável do século XIX, com base em livros didáticos estrangeiros (europeus). Entre os anos 1960 e 1970, o Ensino de Ciências foi fortemente influenciado por uma concepção empirista de ciência, segundo a qual as teorias são originadas a partir da experimentação, de observações seguras e da objetividade e neutralidade dos cientistas. Preconizava-se que os estudantes vivenciassem o método científico. No contexto da
  • 2. ditadura Militar (a partir de 1964), o modelo econômico implantado priorizou os investimentos para a produção capitalista industrial, destacando um ensino profissionalizante, amparado na concepção tecnicista, devido à aceleração da industrialização (CORTELLA, 1998). No mesmo período, segundo Bastos e Nardi (2008), delineou-se na educação o perfil profissional moldado a partir da racionalidade técnica ou “aplicacionista”, no qual se entende o professor como técnico e sua atividade profissional como instrumental dirigida à solução de problemas via aplicação de teorias e técnicas aprendidas na universidade. Um exemplo clássico da influência deste modelo é a reprodução dos professores iniciantes em sala de aula das suas experiências prévias como alunos, sendo que a maioria dessas experiências enfatizou apenas a transmissão e assimilação memorística de conteúdos. Ou seja, a formação inicial nesse modelo estimula o aprendizado passivo e, assim, os professores se acostumam apenas com a transmissão e recepção de conhecimento e não buscam auxiliar o aluno a construir suas próprias concepções, interrompendo momentos de questionamento, discussão, reflexão e até mesmo de iniciativa a docência (JUSTINA et al., 2005; BASTOS; NARDI, 2008). A partir da década de 1980, o modelo da racionalidade técnica, ao enfatizar o uso de técnicas pré-determinadas por especialistas para a solução dos problemas da profissão sem considerar a experiência docente e as diversas outras instâncias que influenciam em sala de aula, como, número e diversidade dos alunos, condições sociais, culturais e ambientais em que se encontram todos os membros da escola, foi amplamente questionado e criticado. Passou-se, então, a almejar uma educação crítica e transformadora, centralizada na formação de professores como sujeitos históricos, críticos, capazes não apenas de se adaptar à sociedade em que vivem, mas de transformá-la e reinventá-la (CANDAU, 1996). No Brasil, diferentes abordagens da formação de professores têm sido divulgadas e investigadas nos anos recentes, como por exemplo, a ideia do pensamento crítico, que observa a realidade e o cotidiano com uma argúcia investigativa, que questiona a forma como a sociedade está estruturada e delineia possibilidades para a transformação social. Nesse contexto, entende-se o professor como intelectual crítico/transformador, capaz de estabelecer a relação de sua disciplina com aspectos sociais, econômicos, políticos, históricos e culturais. Como intelectual, percebe-se que o professor precisa estar sempre em busca de conhecimentos, ter uma cultura geral bem fundamentada e ser capaz de um conhecimento multidisciplinar. Como transformador, compreende-se que não basta o professor ter um conhecimento erudito, mas que esse conhecimento tem que estar à disposição de uma construção social justa e igualitária (GIROUX, 1997). Sendo assim, a ideia de intelectuais transformadores combina reflexão e ação para a formação de professores de modo que estes possam analisar o mundo criticamente e transformá-lo. O pensamento de Giroux (1997), concebendo as escolas como esferas públicas democráticas, nas quais professores e alunos trabalham para construir uma visão emancipadora da sociedade, vem a contribuir para a superação dos desafios decorrentes das mudanças socioeconômicas, culturais, científicas e tecnológicas que exigem cada vez mais uma formação de professores que valorize a construção de atitudes e valores necessários para a efetivação e aplicabilidade do conhecimento de acordo com o contexto atual (FUSINATO, 2005). Terrazzan e Gama (2007) corroboram com essa afirmação, apontando que a crescente e rápida produção de conhecimentos nas diferentes áreas e as mudanças ocorridas na sociedade atual vêm exigindo novas
  • 3. necessidades de formação, tanto para os futuros profissionais em termos de formação inicial, como para aqueles que já estão em serviço com a formação continuada. Ou seja, as transformações atuais demandam profissionais qualificados para a aquisição e construção de novos conhecimentos, que por sua vez, deverão ser aplicados a sua prática profissional cotidiana. Como afirmam Pietrocola et al. (2003) uma das necessidades mais importantes do cenário educacional atual é dar significado aos conteúdos científicos escolares, bem como discutir o papel das ciências e das tecnologias na sociedade contemporânea. Entretanto, esse desafio se torna a cada dia mais complexo e difícil devido ao acúmulo de informações e conhecimentos produzidos pela sociedade. Um dos grandes debates das pesquisas educacionais é a formação docente e novos enfoques metodológicos no processo de ensino e aprendizagem. As novas metodologias são propostas mediante uma abordagem diferencial do ensino de ciências tradicional, termo designado ao ensino centrado no professor como detentor e transmissor do conhecimento e que possui pouca relevância para o aluno, sendo este apenas receptor passivo do conhecimento (DELIZOICOV; ANGOTTI, 1990; KRASILCHIK, 2000). Segundo Krasilchik (2004) há várias formas de propor e organizar o trabalho pedagógico do professor para a disciplina de ciências. Cachapuz, Praia e Jorge (2000) caracterizam quatro perspectivas de ensino: Ensino por Transmissão (EPT), o qual baseia-se no racionalismo acadêmico, onde o conhecimento é verdadeiro, estável e cresce por acumulação, e não valoriza o conhecimento e história do aluno; Ensino por Descoberta (EPD), que se estrutura tomando como base o empirismo, estabelecendo um rigor decorrente do método científico e que é replicado em aula; Ensino por Mudança Conceitual (EMC), caracterizado pela perspectiva da substituição de modelos teóricos trazidos pelo educando por novos modelos e; Ensino por Pesquisa (EPP), perspectiva que busca fomentar a pesquisa pelos alunos, valorizando o erro no processo ensino- aprendizagem, a história da ciência, a investigação e reflexão, compreendendo que o conhecimento está em permanente mudança e colocando o aluno como sujeito ativo na construção do seu próprio conhecimento. Quanto ao sistema escolar, o que se pretende é que a escola compreenda a necessidade de colocar a educação a serviço das novas finalidades, que atendam efetivamente as complexidades, contradições e proposições da contemporaneidade, tendo em vista que, os fatos contemporâneos ligados aos avanços científicos e tecnológicos, a globalização da sociedade, as mudança dos processos de produção e suas consequências trazem para a educação novas exigências, que consequentemente geram transformações na formação dos professores, pois, não basta saber como se ensina, mas também como se aprende (SILVA, 2002). Nesse sentido, a reflexão permite avançar em um processo de transformação do trabalho pedagógico centrado em ações reflexivas, críticas, responsáveis e compromissadas com o ensino mais ativo, mais participativo e mais centrado nos interesses dos alunos e da sociedade como um todo (SANTOS; FERREIRA, 2004). Antes de tudo não se deve esquecer que o professor desempenha um papel imprescindível e insubstituível no processo de mudança social, o que implica em uma responsabilidade perante o outro, que deseja estar inserido no grupo do qual faz parte, de forma participativa, dinâmica e consciente de seu papel social. Para isso, é necessário investir na formação dos professores e em seu desenvolvimento profissional, para que os mesmos reflitam e compreendam as necessidades formativas atuais, cuja
  • 4. essência está no aprender continuadamente e desenvolver novas competências a cada situação (MATTAR, 2002; DELIZOICOV et al., 2002). METODOLOGIA Este trabalho é decorrente de um projeto de intervenção durante o Estágio Supervisionado do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá – UEM. O projeto visava apresentar aos licenciando as possibilidades de trabalhar as diferentes perspectivas de ensino. Inicialmente foi proposto aos futuros professores que respondessem a um questionário estruturado, que buscava identificar a perspectiva de ensino que os licenciandos tinham como referência, além de identificar as concepções que eles possuíam sobre as diferentes perspectivas de ensino. Além do questionário inicial, foram utilizados como instrumento de coleta de dados planos de aula elaborados pelos licenciandos e um questionário final, que objetivava verificar as dificuldades que os licenciando encontravam em diversificar as perspectivas de ensino a serem trabalhadas no decorrer do estágio. Por fim todos os materiais foram submetidos a uma análise de conteúdo que de acordo com Bardin (1977, p. 42): Consiste em um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens, indicadores (qualitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens. Optou-se por este tipo de análise, pois nosso interesse não consiste apenas na descrição dos conteúdos, mas sim no que estes poderão ensinar após serem tratados. RESULTADOS E DISCUSSÕES Foram entrevistados quinze licenciandos do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá – UEM. Dos entrevistados doze concluíram o ensino médio há menos de seis anos e três concluíram a mais de oito anos. Quando questionados sobre as lembranças que eles tinham de suas aulas de ciências, dez dos participantes da pesquisa apresentaram uma lembrança de um ensino tradicional, onde o professor seguia normalmente o livro didático, com poucas atividades experimentais e predominava a autoridade do professor como o único detentor do conhecimento, estas visões podem ser identificadas nos seguintes relatos: “O professor utilizava-se do livro didático apenas, cada aluno lia um paragráfo do texto e ele discutia sobre. Durante três anos visitamos duas vezes o laboratório de ciências e tivemos uma aula de campo”. “O professor era tradicional, mal humorado e não gostava de ser questionado”.
  • 5. “Eram realizadas apenas aulas teóricas. Houve uma exceção uma aula o professor levou a turma para o laboratório, nesta aula ele utilizou materiais de laboratório e indicadores de PH, os quais se tornaram coloridos em diferentes PH, mas foi apenas uma aula, nas outras aulas o professor utilizava apenas o livro e o quadro negro”. Pode-se observar que a maioria dos alunos teve como referência um professor que seguia o método tradicional, mesmo que as aulas em laboratórios ou de campo fossem consideradas mais prazerosas para os alunos. Em relação aos pontos positivos e negativos relacionados a atuação de seus professores de Ciências foram elencados como elementos positivos as aulas de laboratórios, a organização das feiras de ciências, a paciência do professor para com os alunos, o companheirismo do professor, as visitas técnicas, as atividades práticas, atividades de pesquisa sobre fatos do cotidiano, os trabalhos em grupo, os vídeos, as discussões, também foram citados como fatores positivos o domínio do conteúdo e o amor pela profissão. Em contrapartida os entrevistados também apontaram alguns fatores que eles consideram negativo na atuação do professor e dentre estes fatores pode-se destacar a utilização apenas do método de ensino tradicional, a dependência do livro didático, quando este constitui o único recurso didático utilizado pelo professor, a falta de contextualização dos conteúdos, a desmotivação dos professores, a quantidade exagerada de conteúdos, a visão de alguns professores da ciência como algo pronto, absoluto e acabado cabendo ao aluno apenas memorizar estes conteúdos. Esta visão pode ser constatada no relato a seguir. “Alguns professores de ciências mostravam que a disciplina de ciências era algo pronto que nos devíamos memorizar”. Ao serem questionados sobre as metodologias que mais contribuem para a sua aprendizagem foram indicadas as seguintes: aulas práticas, confecção de maquetes, materiais didáticos diferenciados, as pesquisas, a contextualização do conteúdo aplicando-os a realidade, o trabalho com vídeos, músicas, aulas de campo, os trabalhos em grupo, as apresentações de seminários, a problematização dos conteúdos. Conforme observado todos os participantes remeteram-se a metodologias que buscam contemplar o aluno como protagonista de sua aprendizagem, mostrando que os indivíduos ao longo de sua formação conseguem identificar a forma de aprender a aprender assim como nos apresenta Novak (1996). Apesar dos entrevistados indicarem os pontos positivos e negativos que eles consideram importantes na atuação do professor, em suas atuações eles acabam reproduzindo muitas das ações reprovadas por eles em relação a forma como o professor deve conduzir sua aula, como muitas atividades remetendo apenas ao livro didático, aulas expositivas, poucos trabalhos em grupo, copias de texto, falta de contextualização dos conteúdos, dentre outros.
  • 6. Autores como Carvalho e Gil Perez (2011, p. 71) alegam que isto acontece devido ao pensamento docente espontâneo, “fruto da impregnação ambiental que se produz ao longo dos muitos anos em que os alunos veem a atuação de seus professores”. De acordo com Nardi (apud ADAMS; KROCKOVER, 1997) os licenciandos quando vão para sala de aula, carregam visões do que é ser professor, adquiridas durante suas vivências enquanto alunos na educação básica e para responder a situações de aula, os professores acabam agindo segundo experiências prévias adquiridas. As crenças educacionais se originam enquanto o futuro professor encontra-se na situação de aluno da educação básica, neste período, através da observação o aluno constrói formas peculiares de entender o processo de ensino e aprendizagem, o papel da escola, além de criar um modelo de professor que perpetuam a graduação e que podem ser observadas na sala de aula, ou seja, “os licenciando quando chegam aos cursos de licenciatura eles trazem essas imagens vivas do trabalho do professor, que raramente se alinham com as orientações dos programas de formação inicial” (CARVALHO; BEJARANO, 2003, p.2). Essas visões sobre a atuação docente é decorrente das representações sociais do que é ser professor que são compartilhadas pelos indíviduos. Por sua vez, as representações iram determinar a forma como os futuros professores agem e conduzem sua prática docente. Em alguns casos as representações podem se confirugar como um obstáculo tanto para o desenvolvimento da formação dos licenciandos como para aprendizagem de novas práticas pedagógicas. A dificuldade em aceitar novas práticas pedágogicas podem estar relacionadas a existencia de um núcleo central destas representações, assim como nos apresenta (ABRIC, 2001) que são resistentes a mudança. Por isso sua identificação é importante para que caminhos sejam propostos para intervenção na formação inicial. Em relação as diferentes perspectivas de ensino, quatorze participantes disseram não ter ouvido falar sobre elas e apenas um disse que sim. Ao serem questionados sobre a perspectiva de ensino por pesquisa oito dos entrevistados disseram conhecer esta perspectiva sete indicaram não conhecer. A seguir segue alguns relatos sobre a concepção dos licenciandos pesquisado sobre a perspectiva de ensino por pesquisa. “É a aprendizagem dos alunos através do método de pesquisa” “Ensino por pesquisa é o ensino em que o professor aguça a curiosidade do aluno” “A partir do tema exposto pelo professor, o aluno busca alguma relação com o meio, a sociedade, seu dia-a-dia e procura se aprofundar na questão, levando-a para sala de aula” “É uma abordagem insvestigativa, onde os alunos pesquisam os conteúdos” Por fim, os licenciandos foram questionados sobre as principais dificuldades em trabalhar esta perspectiva de ensino, dentre os fatores que dificultam a utilização desta perspectiva
  • 7. os licenciandos apontaram: achar metodologias e práticas sobre o assunto a ser trabalhado; inserir a história da ciência; encontrar o momento adequado para realizar as questões problemas; saber reconhecer as principais atividades que são relacionadas a perspectiva de ensino por pesquisa; como avaliar de acordo com a perspectiva de ensino por pesquisa; adequar o tempo das atividades com a quantidade de conteúdo que deve ser trabalhado, dentre outros fatotes. Todas essas dificuldades elecandas mostram, mais uma vez, a fragilidade que nos temos em lidar com o novo, com o que não nós é familiar, pois as maiores dificuldades estão relacionadas as atividades caracteristicas das demais perspectivas de ensino, diferentes das propostas pelo ensino tradicional. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se constatar que os licenciandos ao ingresarem em um curso de licenciatura já possuem um referencial da atuação docente, fruto de sua experiência enquanto aluno. O que constitui as representações sociais que os indivíduos compartilham sobre a profissão docente. Essa representação do ser professor influência na forma como os licenciandos estruturam suas aulas, pois de acordo com autores da área de representação social como Jodelet (2001), Moscovici (2003) Sá ( ) as ações dos indivíduos são guiadas pelas representações que eles possuem sobre os diversos fenômenos, além disso, estas representações são fruto do convívio social, e são construídas a partir da vivência do sujeito com o fenômeno, portanto a vivência que os licenciando tem enquanto alunos vão ser fontes para as representações sociais sobre a atuação docente que eles possuem. Devido à prevalência do ensino tradicional entre os professores é comum que os licenciando reproduza em sua prática esta perspectiva de ensino, perpetuando a dependência da perspectiva de ensino tradicional. Essa perspectiva é a mais difundida ao se falar de ensino o que limita os indíviduos a conhecerem as demais perspectivas, ao longo do projeto de interverção pode-se analisar que a um desconhecimento sobre as demais perspectivas de ensino o que dificulta a utilização delas na preparação das aulas. Assim torna-se importante pensar em estratégias que desconfigure o núcleo central das representações dos licenciandos sobre a atuação docente para que assim eles possam estar abertos a construção de conhecimentos sobre as demais perspectivas, mas que isso, que eles possam ter uma formação adequada que contribua para a diversificação de metodologias em sala de aula, contribuindo para melhorias no processo de ensino e aprendizagem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRIC, J. C. A. (2001). Abordagem estrutural das representações sociais. In: MOREIRA, A. S. P., OLIVEIRA, D. C. (Org.). Estudos interdisciplinares de representação social. (2ª. Ed). Goiânia: AB. BARDIN, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.
  • 8. BASTOS, F, & NARDI, R. (2008). Debates recentes sobre formação de professores: considerações sobre contribuições da pesquisa acadêmica. In. BASTOS, F.; NARDI, R. (Org.). Formação de professores e práticas pedagógicas no ensino de Ciências: contribuições da pesquisa na área. São Paulo: Escrituras. CACHAPUZ, A, F; PRAIA, J. F, & JORGE, M. (2000). Perspectivas de Ensino de Ciências. Porto: Centro de Estudos de Educação em Ciências. CANDAU, V. M. F. (1996). Formação Continuada de Professores: tendências atuais. In: REALI, A. M. R., & MIZUKAMI, M. G. N. (Org.). Formação de professores: tendências atuais. São Carlos: EDUFSCar. CARVALHO, A. M. P., & BEJARANO, N. R. R. (2003) Tornando-se Professor de Ciências: Crenças e Conflitos. Ciência e Educação, 9, (1), 1–15. CARVALHO, A. M. P., & GIL-PÉREZ, D. (2011). Formação de Professores de Ciências: tendências e inovações. (10ª Ed). São Paulo: Cortez. CORTELLA, M. S. (1998). A Escola e o Conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI. J. P. & PERNAMBUCO, M. M. (2002). Ensino de Ciências: fundamentos e métodos São Paulo: Cortez. FUSINATO, P. A. (2005). O estágio supervisionado e a formação do professor de ciências. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 5,. 2005, Bauru. Anais/Bauru: São Paulo. GIROUX, H. A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. (1997). Porto Alegre: Artmed. JUSTINA, L. A. D.; FERRAZ, D. F.; BARROS, J. H. S.; POLINARSKI, C. A.; AMARAL, A. Q.; OLIVEIRA, F. M.; HOLDEFER, M. L.; SILVA, P. S.; PALMA, D., & REIS, C. F. (2005). Formação inicial de professores de ciências biológicas: uma experiência com o método de projetos. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 5,. 2005, Bauru. Anais/Bauru: São Paulo. KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo em Perspectiva. v. 14, n. 1, p. 85-93, 2000. KRASILCHIK, M. (2004). Prática de Ensino de Biologia. (4.ed). rev. e ampl. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. MATTAR, S. M. (2002). A contribuição da sociologia na formação do pedagogo crítico. 2002. 97 f. Dissertação de Mestrado em Educação. PUC/PR, Curitiba. NARDI, R.; BASTOS, F., & DINIZ, R. (2004). Pesquisas em ensino de Ciências: contribuições para a formação de professores. (5ª Ed). São Paulo: Escrituras. NOVAK, J. D. & GOWIN, D. B. (1996). Aprender a aprender. Lisboa: Plátano Edições Técnicas. PIETROCOLA, M.; FILHO, J. P. A., & PINHEIRO, T. F. (2003). Prática interdisciplinar na formação disciplinar de professores de ciências. Investigações em Ensino de Ciências, 8, (2), 131-152. SILVA, M. A. de O. (2002). A Formação Continuada: um olhar diferenciado. 2002. 154 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Regional de Blumenau. TERRAZAN, E. A., & GAMA, M. E. (2007). Condicionantes para a formação continuada de professores em escolas de educação básica. Educação & Linguagem. 10. (15), 161- 192.