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II Congreso Internacional
sobre profesorado
principiante e inserción
profesional a la docencia
El acompañamiento a los docentes noveles:
prácticas y concepciones
Buenos Aires, del 24 al 26 de febrero de 2010
II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia
Pryjma, Marielda 2
Eixo temático: Investigaciones y experiencias de iniciación a la docencia.
Particularidades de los diferentes ámbitos de inserción.
Tipo de apresentação: Reportes de investigación
A FORMAÇÃO INICIAL PARA O DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Pryjma, Marielda
RG 422427 / MAER
marielda@utfpr.edu.br
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Palavras-chave: docência; educação superior; desenvolvimento profissional.
O desenvolvimento profissional do docente que atua na educação superior foi o tema
deste estudo. Esse foi analisado sob três vertentes: o desenvolvimento pessoal, o
profissional e o organizacional propostas por Day (2001) e Nóvoa (1997). A formação do
professor é composta por diferentes aspectos da vida pessoal e profissional do docente,
bem como das políticas e contextos institucionais que configuram o saber fazer
profissional do professor. Partiu-se do pressuposto que o desenvolvimento contínuo do
professor faz parte da natureza do seu próprio trabalho. Sob tal perspectiva, o presente
trabalho teve como objetivo compreender como a formação inicial para a docência
contribui com o desenvolvimento profissional dos professores da Educação Superior;
conhecer como a formação para a docência ocorreu durante a vida profissional desses
professores; e entender qual a percepção de formação docente que esse professor
apresenta. A proposta metodológica escolhida, para este estudo, foi a abordagem
qualitativa e a entrevista semiestruturada foi definida e construída num formato que,
embora flexível, comporta um guia constituído por questões que refletem as
preocupações básicas de investigação. Esta possibilitou conhecer o significado que os
sujeitos dão para a sua prática docente. Os resultados indicaram que a formação inicial é
uma condição para o desenvolvimento profissional e esse consolida-se, pela atitude
pessoal do professor, constitui uma condição para o desenvolvimento profissional desse
docente e depende das ações institucionais para sua estabilização como prática contínua
para a formação docente.
II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia
Pryjma, Marielda 3
A FORMAÇÃO INICIAL PARA O DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
INTRODUÇÃO
A sociedade atual, plural e globalizada, solicita que o professor tenha uma
formação crítica, que compreenda as diversas interfaces que envolvem as relações
sociais e as relações de trabalho. O profissionalismo docente é tema de estudo em
diversos espaços educacionais. Na Inglaterra, por exemplo, Hargreaves indica que a
tendência para o desenvolvimento profissional docente está considerando quatro
premissas que se inter-relacionam: os professores têm necessidades profissionais ao
longo de sua vida; as necessidades de desenvolvimento profissional devem ser
analisadas por meio de uma avaliação; as escolas devem conceber um plano de
desenvolvimento profissional dos professores e assegurar que eles tenham êxito; as
necessidades profissionais individuais devem ser conciliadas com as coletivas das
instituições de ensino. Estas considerações contemplam que todos os professores têm
direito ao desenvolvimento profissional e as oportunidades para estes devem ser
equitativas (HARGREAVES1
apud DAY, 1999, p. 28).
A profissionalização e a construção da profissionalidade envolvem diversos
aspectos que envolvem uma profissão em si, levando à necessidade de conhecer,
objetiva e subjetivamente2
, as interfaces do trabalho a ser realizado e as suas relações
com a sociedade (PENIN, 2008, p. 649).
A formação inicial foi o enfoque deste estudo, particularmente como esta contribui
para o desenvolvimento profissional do professor que atua na educação superior. Esse
desenvolvimento foi analisado sob três vertentes teóricas: o desenvolvimento pessoal, o
profissional e o organizacional propostas por Day (2001) e Nóvoa (1997).
Assim, o presente trabalho teve como objetivo compreender como a formação
inicial para a docência contribui com o desenvolvimento profissional dos professores da
Educação Superior e conhecer como a formação para a docência ocorreu durante a vida
profissional desses professores, buscando entender qual a percepção de formação
docente que esse professor apresenta.
Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada e essa
possibilitou conhecer o significado que os sujeitos dão para a sua prática docente.
Participaram desta pesquisa quinze professores que atuam na educação superior e a
1
HARGREAVES, D. The new professionalism: the synthesis of professional and institutional
development. Teaching and Teacher Education. 10, 4. pp. 423-438.
2
As questões objetivas envolvem aspectos externos à profissão como salário, carreira, aspectos
legais, condições para atuação; já as subjetivas referem-se à vivencia diária de um profissional no
cotidiano, as angustias e alegrias surgidas nas relações sociais de trabalho (PENIN, 2008, p. 650).
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Pryjma, Marielda 4
compreensão dos resultados usou o embasamento teórico proposto pela análise de
conteúdo (BARDIN, 1977).
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
As formas de ensinar variaram, ao longo dos tempos, de acordo com o contexto
sócio, econômico, político e cultural da sociedade. O ensino é o eixo principal do trabalho
docente e a formação do professor, localizada no campo da formação especializada, se
coloca numa dimensão de formação profissional, ou seja, “no campo do esforço para
preparar e capacitar pessoas para exercerem uma atividade de trabalho, que requer
conhecimentos e habilidades específicas” (ALMEIDA M. I., 2008, p. 476).
A formação especializada provê o exercício docente de inúmeras possibilidades,
para além do domínio de conteúdos articulado ao domínio de técnicas de transmissão.
Esta formação poderá contemplar a compreensão acerca das modificações que ocorrem
entre a relação escola e sociedade, necessárias para uma formação condizente, que
prepare o indivíduo competente para atuar neste meio social.
Esta situação já foi vista na história recente do país, já que a formação escolar
passou a ser co-responsável pelo desenvolvimento econômico, o aumento das classes
menos favorecidas no ensino fundamental, a partir do término da Segunda Guerra (Ibid),
repercutindo em duas situações distintas: a primeira é que a profissão docente passou a
ser difundida, reconhecida e ampliada, gerando um processo de organização profissional,
de reivindicações e melhorias das condições de trabalho; e a segunda, que este docente
não tinha uma formação profissional que pudesse atender às necessidades da própria
profissão.
A função social da escola passou a ser um processo preocupante para os órgãos
reguladores já que ela poderia, ao mesmo tempo, criticar ou aceitar o modelo social
vigente. A preocupação com essa organização social fez com que ela fosse constituída
de maneira fragmentada, hierarquizada e desarticulada, com o intuito de ter o controle
burocrático e administrativo sobre ela, retirando autonomia dos profissionais que nela
atuam. Day confirma tal pressuposto e alega que “as novas estruturas administrativas
servem, não para emancipar, mas para desprofissionalizar, e que é impossível que todas
as necessidades de desenvolvimento profissional dos professores sejam identificadas ou
surjam em contextos institucionais” (DAY, 1999, p. 28).
A profissão docente se constituiu por um enquadramento e intervenção do Estado,
no momento em que a educação foi retirada da tutela da Igreja (NÓVOA, 1997, p. 15). A
exigência de uma licença para ensinar, definida como obrigatória pelo Estado, foi decisiva
para a profissionalização docente por estabelecer um conjunto de competências
necessárias à atuação docente, legitimando, socialmente, as atividades escolares e a
função do professor (Ibid.).
II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia
Pryjma, Marielda 5
Os sistemas de ensino, na medida em que foram sendo estruturados, trouxeram
novas características a todo o processo e, principalmente, para os professores. Eles
passaram a ter novas condições de controle, normas e regras que deveriam ser
exercidas sob a tutela desses sistemas. Essa condição trouxe também novas exigências
para esses profissionais. O ingresso na carreira docente dependeria do atendimento
desses critérios estabelecidos e de competências para atuação, fortalecendo uma nova
carreira profissional.
A criação das primeiras escolas para formação docente marcou o contexto social
por caracterizar a necessidade de se investir na formação de professores no início do
século XX e, notoriamente, foi marcado pela criação de inúmeras escolas voltadas à
profissão do professor e sua formação para a atividade docente. “As escolas normais
constituem o lugar central da produção e da reprodução do corpo de saberes e do
sistema de normas próprios da profissão docente e inscrevem-se na gênese da história
contemporânea da profissão docente (COSTA, 1995, p. 80).
A idéia de identidade profissional está vinculada ao desempenho de uma
profissão socialmente aceita e reconhecida. O século XIX é marcado pelo fortalecimento
das profissões liberais como modelos de excelência. O período após a segunda guerra
transformou esta percepção e as profissões que eram exercida de forma liberal e privada,
passaram a desempenhadas no interior de grandes corporações, modificando o poder da
própria profissão pela sua nova forma de organização coletiva (NÓVOA3
apud COSTA,
1995, p. 86).
A partir dos pressupostos que uma profissão necessita especialização para ter
reconhecimento social, a profissionalização docente teve início com a proposta de
Dewey, na Universidade de Chicago, com a criação de um curso de pós-graduação de
alto nível, destinado aos professores, para valorizar, a partir da aquisição de
conhecimentos científicos e legitimados pela universidade, a profissão docente (COSTA,
1995, p. 93).
Partindo da idéia de profissão e profissionalização, chega-se ao conceito de
desenvolvimento profissional. Este conceito tem origem na construção da trajetória
profissional, na formação inicial, nas experiências adquiridas ao longo da sua atuação,
necessárias para responder aos contextos sociais, pessoais, profissionais,
organizacionais e políticos do cotidiano de trabalho (Elliot 4
apud DAY, 1999, p.90). Isto
significa que o desenvolvimento profissional é contínuo e, também, é composto pelo
conjunto de circunstâncias, fatos, histórias pessoais e profissionais, atividades formais e
informais que constituem a carreira docente.
O processo para tornar-se professor deve ser construído durante a longa trajetória
da história profissional de cada um. A definição de desenvolvimento profissional deve
ultrapassar a concepção de domínio de técnicas e conhecimentos necessários para a
3
NÓVOA, António. Le temps des professeurs. Lisboa, Portugal: Instituto Nacional de Investigação
Científica, 1987.
4
ELLIOT, J. What have we learned from action research in school-based evaluation? Educational
Action Research, 2,1, pp. 133-137.
II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia
Pryjma, Marielda 6
atividade de ensino e Day contempla outros propósitos ao explicar a idéia de
desenvolvimento profissional:
O desenvolvimento profissional envolve todas as experiências
espontâneas de aprendizagem e as actividades conscientemente
planificadas, realizadas para benefício, directo ou indirecto, do indivíduo,
do grupo ou da escola e que contribuem, através destes, para a
qualidade da educação na sala de aula. É o processo através do qual os
professores, enquanto agentes de mudança, revêem, renovam e
ampliam, individual ou colectivamente, o seu compromisso com os
propósitos morais do ensino, adquirem e desenvolvem, de forma crítica,
juntamente com as crianças, jovens e colegas, o conhecimento, as
destrezas e a inteligência emocional, essenciais para uma reflexão,
planificação e prática profissionais eficazes, em cada uma das fases das
suas vidas profissionais (DAY, 1999, p. 21).
Nesse sentido, Nóvoa (apud VEIGA, 2008, p. 472) defende que a identidade
docente (desempenho de uma profissão socialmente reconhecida) é constituída
considerando três dimensões: o desenvolvimento pessoal (processos de construção de
vida do professor; desenvolvimento profissional (aspectos da profissionalização docente);
e desenvolvimento institucional ((referem-se aos investimentos da instituição para o
alcance dos objetivos propostos).
Em síntese, a profissão docente se constrói durante toda profissional do professor
e rever e re-analisar as suas práticas deve ser uma condição primordial para acompanhar
essa nova configuração social, para que a escola atenda a essas novas necessidades do
mundo do trabalho.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS
A opinião sobre os cursos de formação profissional expressa as percepções
que os professores têm em relação aos processos de formação docente. A formação
inicial é entendida como prioritária para o ingresso e exercício da profissão e é indicada
no discurso de dois professores. O primeiro explica que
a formação inicial deve ser imprescindível para profissionalizar o professor. É
necessário um curso que situe o professor no contexto da educação superior”
(Professor A).
O segundo depoimento apresenta a concepção de formação inicial para o
professor novo em uma instituição de ensino e não necessariamente na carreira docente,
revelando a necessidade dessa formação durante todo o desenvolvimento profissional.
II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia
Pryjma, Marielda 7
Na verdade não sei, tem coisas que só se sabe quando alguém conta. Quando
comecei a dar aulas nesta faculdade, eu não sabia fazer plano de ensino, qual o
papel do professor, como funciona uma instituição, a parte instrumental, senti
muita falta. É preciso alguém assumir a responsabilidade em ajudar a formar este
professor (Professor B).
No entanto, o discurso aponta as fragilidades que um professor que inicia a
profissão demonstra. Nesse sentido, a necessidade de se acompanhar um profissional
“novo” permanece existente no contexto institucional.
As semanas pedagógicas são as principais responsáveis pelos cursos de
formação continuada. Na fala dos Professores C, H e M, eles analisam a sua validade e
seu propósito. Esses docentes consideram que a formação pedagógica dos professores
se restringem a esses momentos pontuais.
As instituições de ensino, a partir desta percepção, de que são as principais
responsáveis pela formação continuada, necessitam desenvolver projetos destinados
para esse fim e buscar assegurar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem
como um todo.
Os cursos de formação nas semanas pedagógicas são muito bem organizados e
idealizados, pelo menos na experiência que tenho, mas alguns professores, de
certos cursos, consideram que eles não são válidos e não participam. A instituição
é representada por todos os docentes, então, todos deveriam se atualizar ou
aprender (Professor C).
Esporadicamente participo de cursos de formação. No início de cada ano letivo a
Instituição de Ensino Superior que trabalho organiza uma Semana Pedagógica e
convida conferencistas para tratar de questões pedagógicas da docência no
Ensino Superior (Professor I).
A preparação pedagógica fica restrita as semanas pedagógicas das instituições
onde leciono. (Professor
M)
A fala do professor revela a necessidade de se oportunizar mais momentos de
formação e que atendam às necessidades e expectativas docentes em relação a esses
propósitos.
As percepções sobre um curso de formação docente destinado à educação
superior são apresentadas no discurso do Professor D. A metodologia utilizada pelo
II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia
Pryjma, Marielda 8
professor ministrante do curso é elogiada e é responsável pela constituição do
profissional entrevistado.
A metodologia que ele utilizava era a seguinte: ele disponibilizou uns 15 artigos
mais ou menos em inglês. Cada aluno precisava escolher entre 5 ou 6 artigos
para organizar uma apresentação. A apresentação precisava ser bem didática,
todos os colegas deveriam entender do que se tratava os temas e para isso era
preciso articular as ideias apresentadas. Os alunos é que faziam isto. Essa
metodologia, ao meu ver, foi essencial para a aprendizagem. No primeiro
semestre deste ano, por exemplo, fui extremamente rígido com os alunos e em
conversas com os colegas descobri que não precisava ser assim, não deveria ser
tão rígido. A rigidez foi influência do seu professor do mestrado? Com certeza, ela
tem origem lá. O professor deste curso exigia muito e nos momentos da
apresentação ele observava a barba, a roupa, era muito rígido. Sempre eu saía da
empresa e ia direto para a aula, então sempre estava de terno e gravata. No dia
minha apresentação descontou nota porque eu estava de calça jeans. Mas o meu
pai é assim também, bem rígido, muito sistemático, muito certinho no que faz e
sempre passou esses valores para mim e ele é muito parecido com o professor.
Sou assim também, organizo as aulas, preparo material, gosto das coisas
corretas.
(Professor D)
A reflexão sobre a ação docente foi desencadeadora da mudança de postura
profissional. A troca de experiência e a discussão com os colegas oportunizaram, para o
Professor D, o entendimento de sua ação.
O Professor N considera que os cursos de formação docente não são necessários
à sua constituição profissional e essa afirmativa está clara em seu discurso. Ele assume
a sua formação e opina sobre a razão que leva os seus colegas a participarem de cursos
de formação docente e alerta que outros têm outras preocupações e deixam essa
formação numa condição secundária.
Eu nunca fiz um curso para o magistério superior, mas acho que são os embates
na sala de aula que levam os colegas a procurarem um curso de formação. Eu
acho que do meu círculo de relação, dos meus colegas, acho que pouca gente
fez, mas do outro círculo de relações que eu tenho são mais profissionais e eles
acabam não pensando no magistério superior, nessa formação. São outras as
preocupações com mestrado e doutorado, várias aplicações do trabalho.
(Professor N)
II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia
Pryjma, Marielda 9
As oportunidades individuais de reflexão caracterizaram um momento particular
das entrevistas. A percepção, durante a própria fala dos professores, sobre a sua
aprendizagem foi destacada por oito entrevistados. A menção ao papel do professor,
relativa à aprendizagem profissional, é destacada nas falas do Professor G e do
Professor I.
Os estágios na Federal são bastante acadêmicos, você faz junto com o seu
professor da disciplina então isso faz com que você veja a realidade daquele
pesquisador, daquela grande área que você gosta. Eu tive essa sorte, acho que
fiz dois ou três anos de estágio voluntário com a professora que foi a minha
orientadora de mestrado depois. (Professor G)
A constituição do profissional a partir da aprendizagem, vivência e experiência
profissional são notadas nos discursos a seguir.
Eu acho que estamos começando a produzir professores na educação superior
por meio de pesquisas, ele está começando a se tornar professor.(Professor A)
Na docência acontece o mesmo, eles utilizam as experiências anteriores,
experiências próprias sem tentar entender a razão disto e quando precisam
modificar algo, não conseguem por falta de embasamento. Às vezes eu acho que
é falta de predisposição, todos podem ser professores, mas alguns têm mais
paixão do que outros, talvez alguns tenham mais conhecimentos que outros.
(Professor B)
A formação de um professor demanda tempo e experiência. Ainda me considero
um iniciante, mas tenho uma noção de docência muito interessante comparando-
se com os professores da minha área de conhecimento. Minha graduação é em
Direito, mas o mestrado em Educação, o que abriu muito os horizontes de
pesquisa.(Professor M)
A atitude reflexiva deriva da atitude individual de aprendizagem e apresenta, como
pressuposto principal, que a percepção individual acerca das necessidades profissionais
proporcionará o reconhecimento desse profissional. Esta foi revelada, com veemência,
nos discursos dos professores.
II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia
Pryjma, Marielda 10
As opiniões sobre cursos de formação incitaram a necessidade de se rever os
seus propósitos originais. As opiniões sobre esses cursos demonstram que as suas
intencionalidades de formação não são atendidas.
As oportunidades individuais de reflexão apareceram, claramente, durante as
entrevistas e elas foram entendidas como momento em que o professor consegue
compreender a sua necessidade profissional e, a partir de tais reflexões, pode agir em
busca de soluções para a sua atuação. O discurso revelou que a dificuldade está
justamente em perceber que a reflexão se faz necessária e o compartilhamento de
experiências, a partir dessas reflexões individuais, não ocorre com frequência por receio
pessoal de ser visto como um profissional não competente. A transposição entre a
reflexão para a ação requer apoio (dos colegas, dos profissionais, dos alunos e/ou
familiares) para que o desejo de solucionar as questões advindas do cotidiano
educacional extrapole o pensamento individual.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. I. Ensino com pesquisa na licenciatura como base da formação docente. In: C
EGGERT, E.; TRAVERSINI, C; PERES, .E; BONIN, I. (Orgs.) .Trajetórias e processos de ensinar
e aprender: didatica e formação de professores. (Vol. 2). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora 70, 1977.
COSTA, M. C. Trabalho docente e profissionalismo. Uma análise sobre gênero, classe e
profissionalismo no trabalho de professoras e professores de classes populares. Porto Alegre:
Sulina, 1995.
DAY, C. (1999). Desenvolvimento profissional de professores. Os desafios da aprendizagem
permanente. Porto, Portugal: Porto Editora
NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: A. (. NÓVOA, Os professores e a
sua formação. Lisboa, Portugal: Dom Quixote: Instituto de Inovação Educacional, 1997.
PENIN, S. T. Profissionalidade: o embate entre o concebido e o vivido. In: EGGERT, E.;
TRAVERSINI, C; PERES, .E; BONIN, I. (Orgs.) .Trajetórias e processos de ensinar e aprender:
didatica e formação de professores. (Vol. 1). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
VEIGA, I. P. As contribuições da metodologia do ensino superior para o desenvolvimento
profissional de docentes universitários: questões epistêmicas. EGGERT, E.; TRAVERSINI, C;
PERES, .E; BONIN, I. (Orgs.). Trajetórias e processos de ensinar e aprender: didatica e formação
de professores. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2008.

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  • 1. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia El acompañamiento a los docentes noveles: prácticas y concepciones Buenos Aires, del 24 al 26 de febrero de 2010
  • 2. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 2 Eixo temático: Investigaciones y experiencias de iniciación a la docencia. Particularidades de los diferentes ámbitos de inserción. Tipo de apresentação: Reportes de investigación A FORMAÇÃO INICIAL PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO SUPERIOR Pryjma, Marielda RG 422427 / MAER marielda@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná Palavras-chave: docência; educação superior; desenvolvimento profissional. O desenvolvimento profissional do docente que atua na educação superior foi o tema deste estudo. Esse foi analisado sob três vertentes: o desenvolvimento pessoal, o profissional e o organizacional propostas por Day (2001) e Nóvoa (1997). A formação do professor é composta por diferentes aspectos da vida pessoal e profissional do docente, bem como das políticas e contextos institucionais que configuram o saber fazer profissional do professor. Partiu-se do pressuposto que o desenvolvimento contínuo do professor faz parte da natureza do seu próprio trabalho. Sob tal perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo compreender como a formação inicial para a docência contribui com o desenvolvimento profissional dos professores da Educação Superior; conhecer como a formação para a docência ocorreu durante a vida profissional desses professores; e entender qual a percepção de formação docente que esse professor apresenta. A proposta metodológica escolhida, para este estudo, foi a abordagem qualitativa e a entrevista semiestruturada foi definida e construída num formato que, embora flexível, comporta um guia constituído por questões que refletem as preocupações básicas de investigação. Esta possibilitou conhecer o significado que os sujeitos dão para a sua prática docente. Os resultados indicaram que a formação inicial é uma condição para o desenvolvimento profissional e esse consolida-se, pela atitude pessoal do professor, constitui uma condição para o desenvolvimento profissional desse docente e depende das ações institucionais para sua estabilização como prática contínua para a formação docente.
  • 3. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 3 A FORMAÇÃO INICIAL PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO SUPERIOR INTRODUÇÃO A sociedade atual, plural e globalizada, solicita que o professor tenha uma formação crítica, que compreenda as diversas interfaces que envolvem as relações sociais e as relações de trabalho. O profissionalismo docente é tema de estudo em diversos espaços educacionais. Na Inglaterra, por exemplo, Hargreaves indica que a tendência para o desenvolvimento profissional docente está considerando quatro premissas que se inter-relacionam: os professores têm necessidades profissionais ao longo de sua vida; as necessidades de desenvolvimento profissional devem ser analisadas por meio de uma avaliação; as escolas devem conceber um plano de desenvolvimento profissional dos professores e assegurar que eles tenham êxito; as necessidades profissionais individuais devem ser conciliadas com as coletivas das instituições de ensino. Estas considerações contemplam que todos os professores têm direito ao desenvolvimento profissional e as oportunidades para estes devem ser equitativas (HARGREAVES1 apud DAY, 1999, p. 28). A profissionalização e a construção da profissionalidade envolvem diversos aspectos que envolvem uma profissão em si, levando à necessidade de conhecer, objetiva e subjetivamente2 , as interfaces do trabalho a ser realizado e as suas relações com a sociedade (PENIN, 2008, p. 649). A formação inicial foi o enfoque deste estudo, particularmente como esta contribui para o desenvolvimento profissional do professor que atua na educação superior. Esse desenvolvimento foi analisado sob três vertentes teóricas: o desenvolvimento pessoal, o profissional e o organizacional propostas por Day (2001) e Nóvoa (1997). Assim, o presente trabalho teve como objetivo compreender como a formação inicial para a docência contribui com o desenvolvimento profissional dos professores da Educação Superior e conhecer como a formação para a docência ocorreu durante a vida profissional desses professores, buscando entender qual a percepção de formação docente que esse professor apresenta. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada e essa possibilitou conhecer o significado que os sujeitos dão para a sua prática docente. Participaram desta pesquisa quinze professores que atuam na educação superior e a 1 HARGREAVES, D. The new professionalism: the synthesis of professional and institutional development. Teaching and Teacher Education. 10, 4. pp. 423-438. 2 As questões objetivas envolvem aspectos externos à profissão como salário, carreira, aspectos legais, condições para atuação; já as subjetivas referem-se à vivencia diária de um profissional no cotidiano, as angustias e alegrias surgidas nas relações sociais de trabalho (PENIN, 2008, p. 650).
  • 4. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 4 compreensão dos resultados usou o embasamento teórico proposto pela análise de conteúdo (BARDIN, 1977). DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL As formas de ensinar variaram, ao longo dos tempos, de acordo com o contexto sócio, econômico, político e cultural da sociedade. O ensino é o eixo principal do trabalho docente e a formação do professor, localizada no campo da formação especializada, se coloca numa dimensão de formação profissional, ou seja, “no campo do esforço para preparar e capacitar pessoas para exercerem uma atividade de trabalho, que requer conhecimentos e habilidades específicas” (ALMEIDA M. I., 2008, p. 476). A formação especializada provê o exercício docente de inúmeras possibilidades, para além do domínio de conteúdos articulado ao domínio de técnicas de transmissão. Esta formação poderá contemplar a compreensão acerca das modificações que ocorrem entre a relação escola e sociedade, necessárias para uma formação condizente, que prepare o indivíduo competente para atuar neste meio social. Esta situação já foi vista na história recente do país, já que a formação escolar passou a ser co-responsável pelo desenvolvimento econômico, o aumento das classes menos favorecidas no ensino fundamental, a partir do término da Segunda Guerra (Ibid), repercutindo em duas situações distintas: a primeira é que a profissão docente passou a ser difundida, reconhecida e ampliada, gerando um processo de organização profissional, de reivindicações e melhorias das condições de trabalho; e a segunda, que este docente não tinha uma formação profissional que pudesse atender às necessidades da própria profissão. A função social da escola passou a ser um processo preocupante para os órgãos reguladores já que ela poderia, ao mesmo tempo, criticar ou aceitar o modelo social vigente. A preocupação com essa organização social fez com que ela fosse constituída de maneira fragmentada, hierarquizada e desarticulada, com o intuito de ter o controle burocrático e administrativo sobre ela, retirando autonomia dos profissionais que nela atuam. Day confirma tal pressuposto e alega que “as novas estruturas administrativas servem, não para emancipar, mas para desprofissionalizar, e que é impossível que todas as necessidades de desenvolvimento profissional dos professores sejam identificadas ou surjam em contextos institucionais” (DAY, 1999, p. 28). A profissão docente se constituiu por um enquadramento e intervenção do Estado, no momento em que a educação foi retirada da tutela da Igreja (NÓVOA, 1997, p. 15). A exigência de uma licença para ensinar, definida como obrigatória pelo Estado, foi decisiva para a profissionalização docente por estabelecer um conjunto de competências necessárias à atuação docente, legitimando, socialmente, as atividades escolares e a função do professor (Ibid.).
  • 5. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 5 Os sistemas de ensino, na medida em que foram sendo estruturados, trouxeram novas características a todo o processo e, principalmente, para os professores. Eles passaram a ter novas condições de controle, normas e regras que deveriam ser exercidas sob a tutela desses sistemas. Essa condição trouxe também novas exigências para esses profissionais. O ingresso na carreira docente dependeria do atendimento desses critérios estabelecidos e de competências para atuação, fortalecendo uma nova carreira profissional. A criação das primeiras escolas para formação docente marcou o contexto social por caracterizar a necessidade de se investir na formação de professores no início do século XX e, notoriamente, foi marcado pela criação de inúmeras escolas voltadas à profissão do professor e sua formação para a atividade docente. “As escolas normais constituem o lugar central da produção e da reprodução do corpo de saberes e do sistema de normas próprios da profissão docente e inscrevem-se na gênese da história contemporânea da profissão docente (COSTA, 1995, p. 80). A idéia de identidade profissional está vinculada ao desempenho de uma profissão socialmente aceita e reconhecida. O século XIX é marcado pelo fortalecimento das profissões liberais como modelos de excelência. O período após a segunda guerra transformou esta percepção e as profissões que eram exercida de forma liberal e privada, passaram a desempenhadas no interior de grandes corporações, modificando o poder da própria profissão pela sua nova forma de organização coletiva (NÓVOA3 apud COSTA, 1995, p. 86). A partir dos pressupostos que uma profissão necessita especialização para ter reconhecimento social, a profissionalização docente teve início com a proposta de Dewey, na Universidade de Chicago, com a criação de um curso de pós-graduação de alto nível, destinado aos professores, para valorizar, a partir da aquisição de conhecimentos científicos e legitimados pela universidade, a profissão docente (COSTA, 1995, p. 93). Partindo da idéia de profissão e profissionalização, chega-se ao conceito de desenvolvimento profissional. Este conceito tem origem na construção da trajetória profissional, na formação inicial, nas experiências adquiridas ao longo da sua atuação, necessárias para responder aos contextos sociais, pessoais, profissionais, organizacionais e políticos do cotidiano de trabalho (Elliot 4 apud DAY, 1999, p.90). Isto significa que o desenvolvimento profissional é contínuo e, também, é composto pelo conjunto de circunstâncias, fatos, histórias pessoais e profissionais, atividades formais e informais que constituem a carreira docente. O processo para tornar-se professor deve ser construído durante a longa trajetória da história profissional de cada um. A definição de desenvolvimento profissional deve ultrapassar a concepção de domínio de técnicas e conhecimentos necessários para a 3 NÓVOA, António. Le temps des professeurs. Lisboa, Portugal: Instituto Nacional de Investigação Científica, 1987. 4 ELLIOT, J. What have we learned from action research in school-based evaluation? Educational Action Research, 2,1, pp. 133-137.
  • 6. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 6 atividade de ensino e Day contempla outros propósitos ao explicar a idéia de desenvolvimento profissional: O desenvolvimento profissional envolve todas as experiências espontâneas de aprendizagem e as actividades conscientemente planificadas, realizadas para benefício, directo ou indirecto, do indivíduo, do grupo ou da escola e que contribuem, através destes, para a qualidade da educação na sala de aula. É o processo através do qual os professores, enquanto agentes de mudança, revêem, renovam e ampliam, individual ou colectivamente, o seu compromisso com os propósitos morais do ensino, adquirem e desenvolvem, de forma crítica, juntamente com as crianças, jovens e colegas, o conhecimento, as destrezas e a inteligência emocional, essenciais para uma reflexão, planificação e prática profissionais eficazes, em cada uma das fases das suas vidas profissionais (DAY, 1999, p. 21). Nesse sentido, Nóvoa (apud VEIGA, 2008, p. 472) defende que a identidade docente (desempenho de uma profissão socialmente reconhecida) é constituída considerando três dimensões: o desenvolvimento pessoal (processos de construção de vida do professor; desenvolvimento profissional (aspectos da profissionalização docente); e desenvolvimento institucional ((referem-se aos investimentos da instituição para o alcance dos objetivos propostos). Em síntese, a profissão docente se constrói durante toda profissional do professor e rever e re-analisar as suas práticas deve ser uma condição primordial para acompanhar essa nova configuração social, para que a escola atenda a essas novas necessidades do mundo do trabalho. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS A opinião sobre os cursos de formação profissional expressa as percepções que os professores têm em relação aos processos de formação docente. A formação inicial é entendida como prioritária para o ingresso e exercício da profissão e é indicada no discurso de dois professores. O primeiro explica que a formação inicial deve ser imprescindível para profissionalizar o professor. É necessário um curso que situe o professor no contexto da educação superior” (Professor A). O segundo depoimento apresenta a concepção de formação inicial para o professor novo em uma instituição de ensino e não necessariamente na carreira docente, revelando a necessidade dessa formação durante todo o desenvolvimento profissional.
  • 7. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 7 Na verdade não sei, tem coisas que só se sabe quando alguém conta. Quando comecei a dar aulas nesta faculdade, eu não sabia fazer plano de ensino, qual o papel do professor, como funciona uma instituição, a parte instrumental, senti muita falta. É preciso alguém assumir a responsabilidade em ajudar a formar este professor (Professor B). No entanto, o discurso aponta as fragilidades que um professor que inicia a profissão demonstra. Nesse sentido, a necessidade de se acompanhar um profissional “novo” permanece existente no contexto institucional. As semanas pedagógicas são as principais responsáveis pelos cursos de formação continuada. Na fala dos Professores C, H e M, eles analisam a sua validade e seu propósito. Esses docentes consideram que a formação pedagógica dos professores se restringem a esses momentos pontuais. As instituições de ensino, a partir desta percepção, de que são as principais responsáveis pela formação continuada, necessitam desenvolver projetos destinados para esse fim e buscar assegurar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem como um todo. Os cursos de formação nas semanas pedagógicas são muito bem organizados e idealizados, pelo menos na experiência que tenho, mas alguns professores, de certos cursos, consideram que eles não são válidos e não participam. A instituição é representada por todos os docentes, então, todos deveriam se atualizar ou aprender (Professor C). Esporadicamente participo de cursos de formação. No início de cada ano letivo a Instituição de Ensino Superior que trabalho organiza uma Semana Pedagógica e convida conferencistas para tratar de questões pedagógicas da docência no Ensino Superior (Professor I). A preparação pedagógica fica restrita as semanas pedagógicas das instituições onde leciono. (Professor M) A fala do professor revela a necessidade de se oportunizar mais momentos de formação e que atendam às necessidades e expectativas docentes em relação a esses propósitos. As percepções sobre um curso de formação docente destinado à educação superior são apresentadas no discurso do Professor D. A metodologia utilizada pelo
  • 8. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 8 professor ministrante do curso é elogiada e é responsável pela constituição do profissional entrevistado. A metodologia que ele utilizava era a seguinte: ele disponibilizou uns 15 artigos mais ou menos em inglês. Cada aluno precisava escolher entre 5 ou 6 artigos para organizar uma apresentação. A apresentação precisava ser bem didática, todos os colegas deveriam entender do que se tratava os temas e para isso era preciso articular as ideias apresentadas. Os alunos é que faziam isto. Essa metodologia, ao meu ver, foi essencial para a aprendizagem. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, fui extremamente rígido com os alunos e em conversas com os colegas descobri que não precisava ser assim, não deveria ser tão rígido. A rigidez foi influência do seu professor do mestrado? Com certeza, ela tem origem lá. O professor deste curso exigia muito e nos momentos da apresentação ele observava a barba, a roupa, era muito rígido. Sempre eu saía da empresa e ia direto para a aula, então sempre estava de terno e gravata. No dia minha apresentação descontou nota porque eu estava de calça jeans. Mas o meu pai é assim também, bem rígido, muito sistemático, muito certinho no que faz e sempre passou esses valores para mim e ele é muito parecido com o professor. Sou assim também, organizo as aulas, preparo material, gosto das coisas corretas. (Professor D) A reflexão sobre a ação docente foi desencadeadora da mudança de postura profissional. A troca de experiência e a discussão com os colegas oportunizaram, para o Professor D, o entendimento de sua ação. O Professor N considera que os cursos de formação docente não são necessários à sua constituição profissional e essa afirmativa está clara em seu discurso. Ele assume a sua formação e opina sobre a razão que leva os seus colegas a participarem de cursos de formação docente e alerta que outros têm outras preocupações e deixam essa formação numa condição secundária. Eu nunca fiz um curso para o magistério superior, mas acho que são os embates na sala de aula que levam os colegas a procurarem um curso de formação. Eu acho que do meu círculo de relação, dos meus colegas, acho que pouca gente fez, mas do outro círculo de relações que eu tenho são mais profissionais e eles acabam não pensando no magistério superior, nessa formação. São outras as preocupações com mestrado e doutorado, várias aplicações do trabalho. (Professor N)
  • 9. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 9 As oportunidades individuais de reflexão caracterizaram um momento particular das entrevistas. A percepção, durante a própria fala dos professores, sobre a sua aprendizagem foi destacada por oito entrevistados. A menção ao papel do professor, relativa à aprendizagem profissional, é destacada nas falas do Professor G e do Professor I. Os estágios na Federal são bastante acadêmicos, você faz junto com o seu professor da disciplina então isso faz com que você veja a realidade daquele pesquisador, daquela grande área que você gosta. Eu tive essa sorte, acho que fiz dois ou três anos de estágio voluntário com a professora que foi a minha orientadora de mestrado depois. (Professor G) A constituição do profissional a partir da aprendizagem, vivência e experiência profissional são notadas nos discursos a seguir. Eu acho que estamos começando a produzir professores na educação superior por meio de pesquisas, ele está começando a se tornar professor.(Professor A) Na docência acontece o mesmo, eles utilizam as experiências anteriores, experiências próprias sem tentar entender a razão disto e quando precisam modificar algo, não conseguem por falta de embasamento. Às vezes eu acho que é falta de predisposição, todos podem ser professores, mas alguns têm mais paixão do que outros, talvez alguns tenham mais conhecimentos que outros. (Professor B) A formação de um professor demanda tempo e experiência. Ainda me considero um iniciante, mas tenho uma noção de docência muito interessante comparando- se com os professores da minha área de conhecimento. Minha graduação é em Direito, mas o mestrado em Educação, o que abriu muito os horizontes de pesquisa.(Professor M) A atitude reflexiva deriva da atitude individual de aprendizagem e apresenta, como pressuposto principal, que a percepção individual acerca das necessidades profissionais proporcionará o reconhecimento desse profissional. Esta foi revelada, com veemência, nos discursos dos professores.
  • 10. II Congreso Internacional sobre profesorado principiante e inserción profesional a la docencia Pryjma, Marielda 10 As opiniões sobre cursos de formação incitaram a necessidade de se rever os seus propósitos originais. As opiniões sobre esses cursos demonstram que as suas intencionalidades de formação não são atendidas. As oportunidades individuais de reflexão apareceram, claramente, durante as entrevistas e elas foram entendidas como momento em que o professor consegue compreender a sua necessidade profissional e, a partir de tais reflexões, pode agir em busca de soluções para a sua atuação. O discurso revelou que a dificuldade está justamente em perceber que a reflexão se faz necessária e o compartilhamento de experiências, a partir dessas reflexões individuais, não ocorre com frequência por receio pessoal de ser visto como um profissional não competente. A transposição entre a reflexão para a ação requer apoio (dos colegas, dos profissionais, dos alunos e/ou familiares) para que o desejo de solucionar as questões advindas do cotidiano educacional extrapole o pensamento individual. REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. I. Ensino com pesquisa na licenciatura como base da formação docente. In: C EGGERT, E.; TRAVERSINI, C; PERES, .E; BONIN, I. (Orgs.) .Trajetórias e processos de ensinar e aprender: didatica e formação de professores. (Vol. 2). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora 70, 1977. COSTA, M. C. Trabalho docente e profissionalismo. Uma análise sobre gênero, classe e profissionalismo no trabalho de professoras e professores de classes populares. Porto Alegre: Sulina, 1995. DAY, C. (1999). Desenvolvimento profissional de professores. Os desafios da aprendizagem permanente. Porto, Portugal: Porto Editora NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: A. (. NÓVOA, Os professores e a sua formação. Lisboa, Portugal: Dom Quixote: Instituto de Inovação Educacional, 1997. PENIN, S. T. Profissionalidade: o embate entre o concebido e o vivido. In: EGGERT, E.; TRAVERSINI, C; PERES, .E; BONIN, I. (Orgs.) .Trajetórias e processos de ensinar e aprender: didatica e formação de professores. (Vol. 1). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. VEIGA, I. P. As contribuições da metodologia do ensino superior para o desenvolvimento profissional de docentes universitários: questões epistêmicas. EGGERT, E.; TRAVERSINI, C; PERES, .E; BONIN, I. (Orgs.). Trajetórias e processos de ensinar e aprender: didatica e formação de professores. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2008.