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A Avaliação na Educação Infantil
Gerência de Educação Infantil
Secretaria Municipal de Educação-RJ
Junho/2013
Pauta do dia
1. Sensibilização
2. Informes
3. Diálogo
4. Avaliação
Objetivos:
• Dialogar sobre o processo avaliativo na Educação
Infantil
• Apresentar as ideias do Caderno “Avaliação na
Educação Infantil”, elaborado e organizado pela
Gerência de Educação Infantil da SME
“O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a
imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás de
casa. Passou um homem depois e disse: Essa volta que o
rio faz por trás de sua casa se chama enseada. Não era
mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia a volta
atrás de casa. Era uma enseada. Acho que o nome
empobreceu a imagem.”
Manoel de Barros
Qual é o nosso ponto de partida?
Observar, acompanhar e monitorar
o desenvolvimento das crianças é
dirigir nosso olhar atento para elas,
é respeitá-las na intensidade em
que elas merecem e é, acima de
tudo, tarefa dos profissionais da
educação infantil.
Hoffman (1996,p.42) defende que a avaliação em educação infantil precisa
resgatar urgentemente o sentido essencial de acompanhamento do
desenvolvimento infantil, de reflexão permanente sobre as crianças em seu
cotidiano como elo da continuidade da ação pedagógica.”
O que dizem os documentos oficiais?
“Repetir, repetir, até ficar diferente.”
Manoel de Barros
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), na seção II, em seu artigo 31,
inciso I, Lei nº 12.796/2013, referente à Educação Infantil, "(...) a avaliação
mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental" e
ainda no inciso V, sobre o registro da avaliação, “expedição de
documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança”.
• Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998) define a
avaliação como o conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir
sobre as condições de aprendizagem oferecidas e a ajustar sua prática às
necessidades colocadas pelas crianças.
O que dizem os documentos oficiais?
• As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Dezembro de
2009), em seu artigo 10º postula que
“As instituições de educação infantil devem criar procedimentos para
acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do
desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou
classificação, garantindo:
I – a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações
das crianças no cotidiano;
II - utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças
(relatórios, fotografias, desenhos, álbuns, etc.);
III – a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de
estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela
criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior
da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino
Fundamental);
IV – documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da
instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança na Educação Infantil;
V – a não retenção das crianças na Educação Infantil.” (páginas 4 e 5)
Orientações Curriculares para a Educação Infantil
(objetivos e habilidades para cada faixa etária)
e
Caderno de Planejamento
( metas para o processo de aprendizagem)
Quais são os documentos norteadores
da avaliação no Rio de Janeiro?
No Rio de Janeiro...
A Rede Municipal de Educação do Rio de
Janeiro defende a avaliação como um processo
contínuo que deve acompanhar o processo de
desenvolvimento e aprendizagem da criança.
O que se pretende?
• Acompanhamento
• Observação
• Registro
Para Quê?
Conhecer cada criança assim como ela é, para então subsidiar
suas ações e planejamentos para intervir pedagogicamente.
O que isso significa?
Hoffman (1996) discute a avaliação mediadora defendendo que a
mediação é um “estado de alerta permanente” do educador que observa
e acompanha o desenvolvimento da criança e sua história.
Repetir, repetir até ficar diferente.
Manoel de Barros
Movimento dinâmico do Desenvolvimento, da Aprendizagem
e das Relações das crianças – Comando da Avaliação
Dos bebês às crianças de 5 anos, a dinâmica da avaliação se
repete:
INTERAGIR
ACOMPANHAR
REGISTRAR
DIALOGAR OBSERVAR INTERVIR
Qual é o nosso desafio?
Ressignificar a avaliação na educação infantil,
afastando o risco de comparar, classificar e rotular as
crianças.
Ex. “capaz ou incapaz de..” ou “atingiu ou não atingiu os
objetivos propostos”
Visão classificatória e excludente
X
Observações atentas + Interações positivas
=
enriquecer as relações, aprendizagens e
desenvolvimento.
Então, qual é a dinâmica da avaliação?
Planejar
Agir
Avaliar
Crianças e
Adultos
Observar
Registrar
Refletir
Crianças e
Adultos
Como deve ser feito o acompanhamento do desenvolvimento e
da aprendizagem das crianças?
“O planejamento, seja ele de qual nível for, depende, para
seu sucesso, de avaliações constantes das ações de todos
os envolvidos no ambiente educativo. Acompanhar com
olhar crítico e avaliativo contribui para tomadas de
decisão pertinentes com o que se entende como ação
pedagógica. Ao longo do percurso, é importante manter
uma revisão das metas da educação infantil, assim como
das metas institucionais. A avaliação das nossas ações
assim como o monitoramento dos avanços das crianças,
ajudam-nos a planejar com responsabilidade, criatividade
e pertinência.” (Caderno de Planejamento, p. 17)
O objetivo da Educação Infantil é garantir um
espaço que promova experiências
potencializadoras do desenvolvimento infantil.
Nos interessa saber o que as crianças pensam,
planejam, sabem e o que desejam saber. A
participação da criança é importante pois ela é
objeto de observação.
O nosso esforço atual é...
Avaliar as práticas
Avaliar os contextos educativos
Avaliar a aprendizagem e
desenvolvimento das crianças
Então, para que a avaliação
deve ser feita?
• Professores: deve estar centrada do processo de
desenvolvimento e no processo de relação da criança
com o mundo. Deve servir para subsidiar as ações e
planejamentos para o futuro.
• Pais: revelar o conhecimento de outros sobre o seu
filho a fim de trazer informações construtivas.
• Crianças: explorar com elas seus trabalhos e
contribuições resgatando suas opiniões sobre
diferentes situações que fazem parte da trajetória do
seu desenvolvimento.
Como a avaliação deve ser feita?
Sugerimos o registro do desenvolvimento da criança
no processo de aprendizagem através de pequenas
anotações habituais, ora privilegiando algumas
crianças individualmente, ora, em outros momentos,
elencando outro pequeno grupo de crianças, os
quais deverão ser norteados pelos objetivos gerais
(ação intencional do educador) e pela ação da
criança ao interagir com as propostas planejadas
para ela (habilidades).
Anexo 1 – Subsídios para retroinformar a
avaliação do grupo e a prática pedagógica
Registros do andamento do grupo
Informações realizadas através de observações e anotações que
podem nos orientar para registrar de maneira a subsidiar a
avaliação das crianças e da prática e que irão influenciar os
caminhos do planejamento.
Anexo 2- Relatório do grupo a ser entregue às famílias
no 1º e 3º bimestres do ano letivo:
Análise sobre a dinâmica das crianças enquanto grupo,
suas relações, produções e avanços. Este tipo de
registro nos ajuda a visualizar cada criança dentro do
grupo e nos permite considerar cada uma delas para o
crescimento delas e da dinâmica do grupo.
Anexo 3 - Anotações e observações individuais
da criança
Subsidiar a prática pedagógica (planejamento,
relatórios e avaliação da criança) e apontar
caminhos para possíveis mudanças,
potencialização e/ou manutenção do trabalho.
Anexo 4- Relatório individual da criança a ser
entregue ao final do 2º e 4º bimestres
Fornecer informações sobre a criança e o
trabalho pedagógico desenvolvido no período,
visando o acompanhamento, monitoramento
e indicações futuras para o desenvolvimento e
a aprendizagem da mesma.
Exemplos de Instrumentos de avaliação
Checklist
Lista de aspectos, como por exemplo aqueles sobre o desenvolvimento
infantil
Foco nos resultados e produtos: aquilo que a criança produziu
(individual)
Relatórios/Pareceres
Perguntas orientadoras; itens descritivos; aspectos pedagógicos e de
desenvolvimento.
Foco nos resultados/produtos e processos. Individual e/ou coletivo.
Portfolios
Trabalhos individuais e coletivos. Natureza interativa.
Foco nos processos e nas interações. Possibilidade de avaliar com a
criança.
Documentação Pedagógica
• Compilação de textos, tarefas, instruções, fotos, filmes,
atividades... Planejamentos do adulto e aqueles feitos
em conjunto com as crianças.
• Foco nos processos pedagógicos, nas atividades,
experiências, interações, na construção dos trabalhos
na Educação Infantil.
O que fazer com os resultados?
Saber utilizar as informações para:
• Ressignificar a própria prática;
• Constituir em um conjunto de informações que
expresse avanços,mudanças e novos jeitos de
pensar e de fazer.
• Avançar no processo de aprendizagem e
crescimento.
• Favorecer o desenvolvimento da autonomia da
criança.
“Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais, e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer..’
Epitáfio – Titãs
Quando uma criança nasce, seus pais se preocupam em registrar, através de álbuns de fotografias a história de seus
bebês. Alguns adolescentes escrevem em seus diários, outros, deixam suas pistas nas páginas da internet. Sempre foi
assim, desde os tempos mais remotos o homem já se preocupava em deixar suas marcas nas cavernas. Tais registros
constroem nossa história. Precisamos do registro, aliás, este exercício nos faz diferentes dos animais.
Os anos passam, o cotidiano nos consome. Vivências e experiências se perdem em nossa trajetória. Momentos
ímpares que deveriam ser documentados. Tarefas que nem sempre são tão essenciais, e por vezes, deixamos de
observar o mais importante: o aprendizado da criança.
O professor deve desenvolver um olhar sensível e voltar seus olhos para onde quer chegar. Para ver o caminho,
precisa recorrer a estes materiais. Registrar não significa amontoar papéis, significa procurar instrumentos efetivos
que sintetizem da melhor forma os progressos, os obstáculos, para que durante todo o processo possam acontecer as
intervenções necessárias. Hoje temos a tecnologia em nossas mãos, que nos auxilia na recuperação desta memória,
tornando-a visível, como fotos, filmagens e blogs.
Queria ter registrado mais. Esta frase sempre vem à minha mente quando ouço esta canção. Peço licença aos Titãs e
afirmo: como eu queria ter registrado mais! Quantas atividades realizadas se perdem com o tempo, as falas, as
aprendizagens, os sorrisos.
Queria ter registrado mais, quando me lembro de bilhetes com letrinhas tortas, mas únicas! Rostinhos, frases e ações,
que nos ajudam a refletir sobre qual seria o caminho certo.
Queria ter registrado mais, ao pensar que poderia direcionar melhor o meu olhar e enxergar a riqueza que estava ao
meu redor e os novos rumos que eu poderia ter tomado.
Queria ter registrado mais, quando me deparo com outras experiências e constato que um dia já vivenciei algo
parecido, mas não possuo este acervo e nem posso confiar em minha memória.
Vários caminhos podem ser trilhados. O professor tem a liberdade de escolhê-los. O importante é que ele siga em
frente e neste processo tenha a sensação de ter “registrado mais”.
Estas “Últimas Considerações” foram escritas pela nossa querida e saudosa Dayse Malagole (1974 – 2011), integrante
da equipe de educação infantil da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, em vinte e seis de agosto de
dois mil e onze, numa tentativa de registrar suas reflexões sobre o tema deste caderno. A publicação literal de seu
texto é uma homenagem que a equipe da Gerência de Educação Infantil faz a ela em agradecimento a sua dedicação
e trabalho nesta rede. Sem saber, ela conseguiu concluir este caderno exatamente da maneira que a equipe esperava
fazer, valorizando importantes aspectos da avaliação de crianças pequenas.
Referências Bibliográficas
Brasil, LDB. 1996
Brasil, MEC. Referenciais 1998
Brasil MEC. Diretrizes. 2009
Brasil/MEC. Critérios para atendimento na creche. 2009
DAHLBERG, Gunilla; MOSS, Peter; PENCE, Alan. Qualidade na educação da
primeira infância: perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003.
HOFFMAN, Jussara. A avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre
a criança. Porto Alegre: Mediação, 1996.
MORO. Catarina . (Desa)Fios da Avaliação. Revista Educação. Publicação Especial –
Educação Infantil. São Paulo: Editora Segmento. 2011, pág. 30 -43.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO do Rio de Janeiro. Orientações
Curriculares para a Educação Infantil, 2010.
SECRETARIA MUNICIPAL de EDUCAÇÃO do Rio de Janeiro. Cadernos Pedagógicos,
Planejamento, 2011.
SOUZA, Sandra Záquia. Debater é preciso. Revista Escola Pública, Avaliação
Educacional. São Paulo: Editora Segmento, 2011, pág. 16-29.

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AAvaliacaonaEducacaoInfantil2013.pdf

  • 1. A Avaliação na Educação Infantil Gerência de Educação Infantil Secretaria Municipal de Educação-RJ Junho/2013
  • 2. Pauta do dia 1. Sensibilização 2. Informes 3. Diálogo 4. Avaliação
  • 3. Objetivos: • Dialogar sobre o processo avaliativo na Educação Infantil • Apresentar as ideias do Caderno “Avaliação na Educação Infantil”, elaborado e organizado pela Gerência de Educação Infantil da SME
  • 4. “O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa. Passou um homem depois e disse: Essa volta que o rio faz por trás de sua casa se chama enseada. Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia a volta atrás de casa. Era uma enseada. Acho que o nome empobreceu a imagem.” Manoel de Barros
  • 5. Qual é o nosso ponto de partida? Observar, acompanhar e monitorar o desenvolvimento das crianças é dirigir nosso olhar atento para elas, é respeitá-las na intensidade em que elas merecem e é, acima de tudo, tarefa dos profissionais da educação infantil. Hoffman (1996,p.42) defende que a avaliação em educação infantil precisa resgatar urgentemente o sentido essencial de acompanhamento do desenvolvimento infantil, de reflexão permanente sobre as crianças em seu cotidiano como elo da continuidade da ação pedagógica.”
  • 6. O que dizem os documentos oficiais? “Repetir, repetir, até ficar diferente.” Manoel de Barros • Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), na seção II, em seu artigo 31, inciso I, Lei nº 12.796/2013, referente à Educação Infantil, "(...) a avaliação mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental" e ainda no inciso V, sobre o registro da avaliação, “expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança”. • Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998) define a avaliação como o conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e a ajustar sua prática às necessidades colocadas pelas crianças.
  • 7. O que dizem os documentos oficiais? • As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Dezembro de 2009), em seu artigo 10º postula que “As instituições de educação infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo: I – a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano; II - utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns, etc.); III – a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental); IV – documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil; V – a não retenção das crianças na Educação Infantil.” (páginas 4 e 5)
  • 8. Orientações Curriculares para a Educação Infantil (objetivos e habilidades para cada faixa etária) e Caderno de Planejamento ( metas para o processo de aprendizagem) Quais são os documentos norteadores da avaliação no Rio de Janeiro?
  • 9. No Rio de Janeiro... A Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro defende a avaliação como um processo contínuo que deve acompanhar o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança.
  • 10. O que se pretende? • Acompanhamento • Observação • Registro Para Quê? Conhecer cada criança assim como ela é, para então subsidiar suas ações e planejamentos para intervir pedagogicamente. O que isso significa? Hoffman (1996) discute a avaliação mediadora defendendo que a mediação é um “estado de alerta permanente” do educador que observa e acompanha o desenvolvimento da criança e sua história.
  • 11. Repetir, repetir até ficar diferente. Manoel de Barros Movimento dinâmico do Desenvolvimento, da Aprendizagem e das Relações das crianças – Comando da Avaliação Dos bebês às crianças de 5 anos, a dinâmica da avaliação se repete: INTERAGIR ACOMPANHAR REGISTRAR DIALOGAR OBSERVAR INTERVIR
  • 12. Qual é o nosso desafio? Ressignificar a avaliação na educação infantil, afastando o risco de comparar, classificar e rotular as crianças. Ex. “capaz ou incapaz de..” ou “atingiu ou não atingiu os objetivos propostos” Visão classificatória e excludente X Observações atentas + Interações positivas = enriquecer as relações, aprendizagens e desenvolvimento.
  • 13. Então, qual é a dinâmica da avaliação? Planejar Agir Avaliar Crianças e Adultos Observar Registrar Refletir Crianças e Adultos
  • 14. Como deve ser feito o acompanhamento do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças? “O planejamento, seja ele de qual nível for, depende, para seu sucesso, de avaliações constantes das ações de todos os envolvidos no ambiente educativo. Acompanhar com olhar crítico e avaliativo contribui para tomadas de decisão pertinentes com o que se entende como ação pedagógica. Ao longo do percurso, é importante manter uma revisão das metas da educação infantil, assim como das metas institucionais. A avaliação das nossas ações assim como o monitoramento dos avanços das crianças, ajudam-nos a planejar com responsabilidade, criatividade e pertinência.” (Caderno de Planejamento, p. 17)
  • 15. O objetivo da Educação Infantil é garantir um espaço que promova experiências potencializadoras do desenvolvimento infantil. Nos interessa saber o que as crianças pensam, planejam, sabem e o que desejam saber. A participação da criança é importante pois ela é objeto de observação.
  • 16. O nosso esforço atual é... Avaliar as práticas Avaliar os contextos educativos Avaliar a aprendizagem e desenvolvimento das crianças
  • 17. Então, para que a avaliação deve ser feita? • Professores: deve estar centrada do processo de desenvolvimento e no processo de relação da criança com o mundo. Deve servir para subsidiar as ações e planejamentos para o futuro. • Pais: revelar o conhecimento de outros sobre o seu filho a fim de trazer informações construtivas. • Crianças: explorar com elas seus trabalhos e contribuições resgatando suas opiniões sobre diferentes situações que fazem parte da trajetória do seu desenvolvimento.
  • 18. Como a avaliação deve ser feita? Sugerimos o registro do desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem através de pequenas anotações habituais, ora privilegiando algumas crianças individualmente, ora, em outros momentos, elencando outro pequeno grupo de crianças, os quais deverão ser norteados pelos objetivos gerais (ação intencional do educador) e pela ação da criança ao interagir com as propostas planejadas para ela (habilidades).
  • 19. Anexo 1 – Subsídios para retroinformar a avaliação do grupo e a prática pedagógica Registros do andamento do grupo Informações realizadas através de observações e anotações que podem nos orientar para registrar de maneira a subsidiar a avaliação das crianças e da prática e que irão influenciar os caminhos do planejamento.
  • 20. Anexo 2- Relatório do grupo a ser entregue às famílias no 1º e 3º bimestres do ano letivo: Análise sobre a dinâmica das crianças enquanto grupo, suas relações, produções e avanços. Este tipo de registro nos ajuda a visualizar cada criança dentro do grupo e nos permite considerar cada uma delas para o crescimento delas e da dinâmica do grupo.
  • 21. Anexo 3 - Anotações e observações individuais da criança Subsidiar a prática pedagógica (planejamento, relatórios e avaliação da criança) e apontar caminhos para possíveis mudanças, potencialização e/ou manutenção do trabalho.
  • 22. Anexo 4- Relatório individual da criança a ser entregue ao final do 2º e 4º bimestres Fornecer informações sobre a criança e o trabalho pedagógico desenvolvido no período, visando o acompanhamento, monitoramento e indicações futuras para o desenvolvimento e a aprendizagem da mesma.
  • 23. Exemplos de Instrumentos de avaliação Checklist Lista de aspectos, como por exemplo aqueles sobre o desenvolvimento infantil Foco nos resultados e produtos: aquilo que a criança produziu (individual) Relatórios/Pareceres Perguntas orientadoras; itens descritivos; aspectos pedagógicos e de desenvolvimento. Foco nos resultados/produtos e processos. Individual e/ou coletivo. Portfolios Trabalhos individuais e coletivos. Natureza interativa. Foco nos processos e nas interações. Possibilidade de avaliar com a criança.
  • 24. Documentação Pedagógica • Compilação de textos, tarefas, instruções, fotos, filmes, atividades... Planejamentos do adulto e aqueles feitos em conjunto com as crianças. • Foco nos processos pedagógicos, nas atividades, experiências, interações, na construção dos trabalhos na Educação Infantil.
  • 25. O que fazer com os resultados? Saber utilizar as informações para: • Ressignificar a própria prática; • Constituir em um conjunto de informações que expresse avanços,mudanças e novos jeitos de pensar e de fazer. • Avançar no processo de aprendizagem e crescimento. • Favorecer o desenvolvimento da autonomia da criança.
  • 26. “Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais, e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer..’ Epitáfio – Titãs Quando uma criança nasce, seus pais se preocupam em registrar, através de álbuns de fotografias a história de seus bebês. Alguns adolescentes escrevem em seus diários, outros, deixam suas pistas nas páginas da internet. Sempre foi assim, desde os tempos mais remotos o homem já se preocupava em deixar suas marcas nas cavernas. Tais registros constroem nossa história. Precisamos do registro, aliás, este exercício nos faz diferentes dos animais. Os anos passam, o cotidiano nos consome. Vivências e experiências se perdem em nossa trajetória. Momentos ímpares que deveriam ser documentados. Tarefas que nem sempre são tão essenciais, e por vezes, deixamos de observar o mais importante: o aprendizado da criança. O professor deve desenvolver um olhar sensível e voltar seus olhos para onde quer chegar. Para ver o caminho, precisa recorrer a estes materiais. Registrar não significa amontoar papéis, significa procurar instrumentos efetivos que sintetizem da melhor forma os progressos, os obstáculos, para que durante todo o processo possam acontecer as intervenções necessárias. Hoje temos a tecnologia em nossas mãos, que nos auxilia na recuperação desta memória, tornando-a visível, como fotos, filmagens e blogs. Queria ter registrado mais. Esta frase sempre vem à minha mente quando ouço esta canção. Peço licença aos Titãs e afirmo: como eu queria ter registrado mais! Quantas atividades realizadas se perdem com o tempo, as falas, as aprendizagens, os sorrisos. Queria ter registrado mais, quando me lembro de bilhetes com letrinhas tortas, mas únicas! Rostinhos, frases e ações, que nos ajudam a refletir sobre qual seria o caminho certo. Queria ter registrado mais, ao pensar que poderia direcionar melhor o meu olhar e enxergar a riqueza que estava ao meu redor e os novos rumos que eu poderia ter tomado. Queria ter registrado mais, quando me deparo com outras experiências e constato que um dia já vivenciei algo parecido, mas não possuo este acervo e nem posso confiar em minha memória. Vários caminhos podem ser trilhados. O professor tem a liberdade de escolhê-los. O importante é que ele siga em frente e neste processo tenha a sensação de ter “registrado mais”. Estas “Últimas Considerações” foram escritas pela nossa querida e saudosa Dayse Malagole (1974 – 2011), integrante da equipe de educação infantil da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, em vinte e seis de agosto de dois mil e onze, numa tentativa de registrar suas reflexões sobre o tema deste caderno. A publicação literal de seu texto é uma homenagem que a equipe da Gerência de Educação Infantil faz a ela em agradecimento a sua dedicação e trabalho nesta rede. Sem saber, ela conseguiu concluir este caderno exatamente da maneira que a equipe esperava fazer, valorizando importantes aspectos da avaliação de crianças pequenas.
  • 27. Referências Bibliográficas Brasil, LDB. 1996 Brasil, MEC. Referenciais 1998 Brasil MEC. Diretrizes. 2009 Brasil/MEC. Critérios para atendimento na creche. 2009 DAHLBERG, Gunilla; MOSS, Peter; PENCE, Alan. Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003. HOFFMAN, Jussara. A avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Mediação, 1996. MORO. Catarina . (Desa)Fios da Avaliação. Revista Educação. Publicação Especial – Educação Infantil. São Paulo: Editora Segmento. 2011, pág. 30 -43. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO do Rio de Janeiro. Orientações Curriculares para a Educação Infantil, 2010. SECRETARIA MUNICIPAL de EDUCAÇÃO do Rio de Janeiro. Cadernos Pedagógicos, Planejamento, 2011. SOUZA, Sandra Záquia. Debater é preciso. Revista Escola Pública, Avaliação Educacional. São Paulo: Editora Segmento, 2011, pág. 16-29.