O documento discute a construção e manutenção de ciclovias e ciclofaixas em Maceió. Há divergências entre o movimento Bicicletada e a prefeitura sobre a quantidade, qualidade e planejamento das ciclovias, com o movimento argumentando que a prefeitura deveria priorizar os ciclistas urbanos e não demonstra interesse real em melhorar a mobilidade por bicicleta. Ciclistas urbanos também criticam o estado das ciclovias, mas um ciclista nota melhorias recentes.
1. A Prefeitura de Maceió e a Mobilidade Urbana
Construção e manutenção de ciclovias e ciclofaixas divide opinião entre os usuários
POR PEDRO CORREIA
Por meio de órgãos como a Superintendência de Municipal de Transporte e Trânsito de
Maceió (SMTT), a prefeitura de Maceió tem desenvolvido a mobilidade urbana para aqueles
que utilizam a bicicleta como meio de transporte. Com a construção de ciclovias e ciclofaixas
na capital, assim como a manutenção das mesmas, a prefeitura visa atender tal demanda de
forma eficaz.
Apesar de ser uma ação que visa atender toda a população, segundo o movimento
Bicicletada de Maceió, a prefeitura deveria primeiramente atender os ciclistas urbanos
(aqueles que necessitam da bicicleta como meio de transporte principal) por necessitarem da
bicicleta para sobreviver. O movimento aponta alguns problemas em tal intenção pelo fato de
não existir uma possibilidade real de locomoção na capital por meio das ciclovias e ciclofaixas.
Para exemplificar o caso, o movimento criou uma comparação entre o esperado em
i lovias e i lofaixas a apital e o ue a p efeitu a o st uiu desde os a os 97 . Maceió
hoje necessita de pelo menos 200 km de malha cicloviária mas dispões apenas de 40 km, e
pela velo idade ue o p efeito ve o st ui do, só al a ça esse pata a o fi do s ulo ,
ironiza.
A respeito da estrutura das ciclovias e ciclofaixas, o movimento reafirma o que foi dito
anteriormente e apo ta e os a gestão. Em termos de quantidade insuficiente, em qualidade
a maioria precisa de manutenção. A única parte que a prefeitura ainda cuida melhor é o trecho
da orla entre [os bairros] Pajuçara e Cruz Das Almas, mas que serve apenas para o lazer. O
fluxo de ciclistas é maior pela Fernandes Lima, via exp essa e pela Si uei a a pos , iti a.
Adilson Santos, ciclista urbano, concorda com a opinião do movimento Bicicletada
Ma eió o ue diz espeito est utu a das i lovias e i lofaixas. Ciclovias e ciclofaixas de
Maceió são péssimas. Estreitas, mal projetadas... as da praia da avenida estão esburacadas e
há locais que desapareceram. Claro, as novas, como as da Josefa de Melo, são largas, mas há
locais em que os carros têm que entrar para chegar nas garagens. Além disso, são mal
si alizadas , apo ta.
Já para Thalles Williams, também ciclista urbano, a estrutura apresenta uma melhora
o o te po. Na minha opinião melhorou bastante, como moro no litoral norte, pelo menos
aqui a Ciclovia est e est utu ada , apo ta.
Ao ser questionado sobre a questão da ciclofaixa da Av. Dep. José Lages, Santos
afirmou que a ciclofaixa não apresenta problemas e que a classe empreendedora apresenta
esist ia e de isões ue o t a ie seus i te esses. Não vejo problemas na ciclovia.
Sempre há resistência dos comerciantes alegando perdas. Já vi aqui em Maceió o absurdo de
se entrar na justiça para evitar a troca de sentido de uma rua porque se alegava que as vitrines
foram construídas pensado no sentido inverso , expli a.
Para Williams o que deve ser feito é um planejamento sério para não prejudicar
ninguém; sua opinião é uma crítica a forma que a ciclofaixa foi projetada (antes do meio-fio
onde se estacionam carros). Para ele, o planejamento deve ser feito pensando em todos, não
2. apenas nos ciclistas e nos condutores de veículos como carros e motos, para que no fim não
seja feito um projeto que interfira na vida da população.
Segundo o movimento Bicicletada de Maceió, a prefeitura apresenta um discurso em
que, supostamente, haveria um interesse em melhorar, de fato, a mobilidade urbana para
aqueles que utilizam a bicicleta como principal forma de transporte público, mas não se
percebem na prática atitudes que demonstrem tal interesse.
Como argumento, o movimento cita o Plano Plurianual 2014 - 2017 da prefeitura de
Maceió onde em 2014 foram destinados R$700 mil e em 2015, 2016 e 2017 foram destinados
R$500 mil para construção de ciclovias e compara com a verba destinada para reurbanização
do bairro de Cruz das Al as o de fo a desti ados R$ i só o p i ei o a o. Vale
ressaltar que no plano plurianual a prefeitura separou miséria para construção de ciclovia, mas
100 milhões para urbanização da cruza das almas e o st ução de viaduto a Ca o a ,
critica.
Santos também critica a conduta da prefeitura a respeito das ciclovias e ciclofaixas de
Ma eió o ue se efe e s suas i te ções. Muito pouco ou nada [interessada em melhorar a
mobilidade urbana]. E principalmente, não ouve os ciclistas. Então, as poucas ações acabam
se do i ó uas , apo ta.
Williams se mostra mais confiante nesta questão, afirma que houve melhorias na
est utu a da o ilidade u a a pa a ue usa a i i leta. A ui em Jacarecica houve a
construção da ciclovia emendando com a Cruz das Almas e Jatiúca, fora o acostamento que
fize a a odovia , explica.
A respeito do assunto, a SMTT não se manifestou.