O documento descreve a obra Mensagem de Fernando Pessoa, comparando-a com Os Lusíadas de Camões. Apresenta o imaginário épico de ambas as obras, com temas como o passado glorioso de Portugal e os problemas do presente. Descreve também a estrutura, estilo e dimensão simbólica da obra de Pessoa, que vê Portugal como herói destinado a liderar o Quinto Império.
2. O imaginário épico
Mensagem – O imaginário épico
Cantores do Império
(em momentos distintos da História portuguesa)
Os Lusíadas
Epopeia do Renascimento
Conteúdo maravilhoso,
alegórico, mítico e fantástico
Incentivo dos heróis
Valorização dos feitos
Mensagem
Canto épico do século XX
Matéria real: queda do Império
e perda da identidade nacional
Valorização do passado e apelo
à esperança no futuro
Camões Pessoa
3. O imaginário épico
Mensagem – O imaginário épico
Os Lusíadas Mensagem
Camões Pessoa
Temas comuns
O Passado:
. As Descobertas
marítimas
. A História de Portugal
O (seu) Presente:
. Egoísmo mercenário
. Falta de patriotismo
. Deficiência de valores
. Esquecimento do passado áureo
. Descrédito pelas letras
. Falta de identidade nacional
4. Natureza épico-lírica da obra
Mensagem – O imaginário épico
Características do
discurso épico
Características do
discurso lírico
▪ uso da 3.ª pessoa (narratividade);
▪ exaltação de ações heroicas com
proteção sobrenatural;
▪ integração de figuras e
acontecimentos históricos;
▪ protagonistas de elevado estatuto
(social e moral);
▪ glorificação e mitificação do herói
(celebração e recompensa).
▪ uso da 1.ª pessoa (intimismo e
subjetividade);
▪ identificação “eu”/pátria;
▪ tom emotivo e linguagem
expressiva;
▪ forma fragmentária (44 poemas).
5. Estrutura da obra
Mensagem – O imaginário épico
• Fundação e consolidação da nacionalidade
1.ª Parte – Brasão
• Saga das descobertas e concretização do destino
providencialista do país
2.ª Parte – Mar Português
• Futuro de Portugal e Quinto Império
3.ª Parte – O Encoberto
6. Dimensão simbólica do herói
Mensagem – O imaginário épico
▪ Portugal como herói:
a nova pátria e o
Quinto Império.
▪ As figuras históricas
de dimensão exemplar
no plano espiritual.
Outras Expressões, 12.º ano
7. ▪ A dimensão mítica dos heróis, marcados pela
inspiração divina.
Dimensão simbólica do herói
Mensagem – O imaginário épico
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce” (“O Infante”)
O agente primeiro,
que deseja
O receptor da
inspiração/vontade divina,
que a executa
A concretização da vontade
divina e o resultado da
ação humana
+ Teofania:
revelação de uma
intenção divina
8. Dimensão simbólica do herói
Mensagem – O imaginário épico
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”
“Deus quis que a terra fosse
toda uma, / Que o mar
unisse, já não separasse”
“Sagrou-te”
“Foste desvendando a
espuma”
O desejo divino de unir por via marítima a Terra levou à escolha e
sagração do Infante D. Henrique que, com a sua ação, cumpriu a obra
espiritualmente concebida. O Infante é representante de Deus,
concretizador da sua obra.
Exemplo: “O Infante”
+
9. Exaltação patriótica
Mensagem – O imaginário épico
▪ O nacionalismo: Portugal como tema.
▪ O passado de inspiração, o presente de frustração
e o futuro de concretização.
▪ O sentido providencial e messiânico de Portugal:
povo eleito para a instituição do Quinto Império.
Outras Expressões, 12.º ano
10. Sebastianismo
Mensagem – O Sebastianismo
Outras Expressões, 12.º ano
▪ Da História ao mito: a inspiração providencial da
figura de D. Sebastião.
▪ D. Sebastião e o Encoberto: a dimensão
messiânica de um salvador da pátria.
▪ A mitologia nacional: o Sebastianismo como
crença na regeneração futura de Portugal e
ideologia impulsionadora do Quinto Império.