1. MENSAGEM
JOGO INTERTEXTUAL COM
OS LUSÍADAS
“Camões e Pessoa são como irmãos gémeos: distinguem-
se pela roupagem, mas assemelham-se pelo amor a uma
pátria que não existe ou existe no Sonho.”
Jacinto Prado Coelho
2. MENSAGEM OS LUSÍADAS
Contexto político da nação
Século XX Século XVI
Fim do Império Início da decadência
Crise político-cultural Crise de valores
Proposta de solução Proposta de solução
Propósito da obra
Epopeia do Mundo Epopeia Renascentista
Moderno (“Fulgor baço”) (Novos tempos)
Assunto: Essência de Portugal Assunto: Os portugueses
Poeta lírico – registo autobiográfico
Atitude pessimista Plano das reflexões do
“Escrevo meu livro à beira-mágoa” poeta – crítica à nação
“No mais, musa, no mais”
3. Orgulho da expansão de Portugal
“O Mar sem fim é português” “E mais mundo houvera,
lá chegara” (VIII, 14)
Transcendência da condição humana
“o porto sempre por achar” “honras que a vida fazem
“o desejar poder querer” sublimada”; “como de alto
assento, / vendo o baixo trato
humano”
Escrita – missão patriótica
“Propósito impessoal de engrandecer “vereis um novo exemplo
a pátria e contribuir para a evolução De amor dos pátrios fei-
da humanidade” tos valerosos(…)”
Pessimismo/ Esperança/ Apelo final
“Portugal a entristecer”/ “Pátria (…) vil tristeza.”/
“(Que ânsia distante perto chora?)”/ “Por isso, vós, ó Rei, olhai…”
“É a hora!” (Nevoeiro) (X, 146 – 153)
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Proposta de uma solução transcendente Busca de situação concreta que
para “ressuscitar a Pátria portuguesa” reverta a situação da Pátria
4. MENSAGEM
“Fernando Pessoa foi o primeiro que percebeu que Os Lusíadas já não nos
podiam ler como até então nos tinham lido e que chegara o tempo de sermos
nós a lê-lo a ele.”
Eduardo Lourenço
PROPÓSITO ÉPICO – MODO LÍRICO
SEBASTIANISMO
Pátria perdeu grandeza com D. Sebastião, com ele (mito) a recuperará
- Esperança de um novo império – espiritual/ cultural - é fundada no mito,
enquanto possibilidade de fecundar a pátria, renovada pelo seu espírito.
DIMENSÃO SIMBÓLICA
- Símbolos e numerologia (divisões/ subdivisões/ títulos)
- Figuras emblemáticas
- Ideia unificadora
- Linguagem aforística, metafórica, elíptica, de carácter abstrato
5. Valorização de uma ATITUDE CONTEMPLATIVA
Interpretação dos factos como resultado da
INTUIÇÃO face ao futuro – PREDESTINAÇÃO
HISTÓRICA
Heróis encarnam a ESSÊNCIA DE PORTUGAL:
- “grandeza de alma”,“febre de além”,“loucura”,
“buscar o oceano por achar”
(metafísica do “ser português”)
Conceção diferente de HEROÍSMO
HERÓI Não o que alcança a virtude
Mas o que foi consagrado por Deus
E tem a capacidade de sonhar
UTOPIA – O PORTO SEMPRE POR ACHAR
6. O ESPÍRITO MOVE A MATÉRIA
IMPÉRIO MATERIAL IMPÉRIO ESPIRITUAL
O das Quinas “A vida é breve” “A alma é vasta”
“Ter é tardar.”
D. Seb. “ser que houve” “o que há”
condição mortal mito encarna grandeza
Infante “Cumpriu-se o mar” “Falta cumprir-se Port.”
Padrão “Mar com fim” “Mar sem fim”
Padrão “a obra é imperfeita” “a alma é divina”
Mar Port. “Quanto do teu sal são Necessário para surgir um
lágrimas de Portugal” novo império espiritual
(Sofrimento) “tudo vale a pena se…”
Q. Imp. “Triste de quem vive em casa,/ “ser descontente é ser
contente com o seu lar (…)” homem”
Q. Imp “Quem vem viver a verdade
que morreu D. Sebastião?” Morte » ressureição
(Morte – como imolado Mito vive, mas “a vida,
Ulisses para gerar vida) metade de nada, morre”