2. OBRA COMPLETA
Deu-me Deus o seu gládio porque eu faça
A sua santa guerra.
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Às horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.
E eu vou, e a luz do gládio erguido dá
Em minha face calma.
Cheio de Deus, não temo o que virá,
Pois, venha o que vier, nunca será
Maior do que a minha alma.
3. ESTRUTURA INTERNA
• Este poema é constituído por :
Três quintilhas, sendo os versos essencialmente decassilábicos e hexassilábicos
Esquema rimático : ABAAB, rima interpolada em B, cruzada e emparelhada em A .
Deu-me Deus o seu gládio porque eu faça A
A sua santa guerra. B
Sagrou-me seu em honra e em desgraça, A
Às horas em que um frio vento passa A
Por sobre a fria terra. B
4. ACERCA DE D. FERNANDO …
• Nasce a 29 de Setembro de 1402 , Santarém, Portugal.
• Foi nomeado 2º administrador da Ordem de Avis pelo seu pai , D. João I
• Mais tarde convencido pelos seus irmãos , parte para as expansões
5. CONTINUAÇÃO …
• Acaba por falecer em cativeiro, com 41 anos, no dia 5 de junho de 1443
• Aclamado D. Infante de Portugal devido ao seu amor á pátria
• Últimas palavras :
7. PARTES …
• 1ª
• Referência relativamente à espada consagrada a D. Fernando como instrumento ao
serviço de Deus ;
• 2ª
• Após definido o caminho , D. Fernando exprime a força de vontade de Deus em
reconquistar Portugal, ou seja vontade de ser grande em nome de Deus;
• 3ª
• É realçada a calma proferida ao infante por Deus , A lealdade ao reino Deus mostra a
força divina de uma alma digna .
8. ALGUMAS FIGURAS DE ESTILO …
• “A sua santa guerra “ – paradoxo
• “Sagrou – me seu em honra e em desgraça “ – Antítese
• “E esta febre de Além, que me consome,
• E este querer – grandeza são seu nome “ – Anáfora
• “Em minha face calma . “ - hipálage