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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE LETRAS
CURSO DE LETRAS
TRABALHO FINAL: Drummond e a Poesia “Procura”
Trabalho final da disciplina
TEORIA DA LITERATURA II com a
professora Livia Bueloni Goncalves
Irani Coelho de Souza
Oswald Stuart Nascimento Rabelo
Junho 2016
Drummond foi um poeta e escritor brasileiro que viveu entre os anos de 1902 a 1987.
Escritor do período modernista, teve sua escrita influenciada por Mário de Andrade e
Oswald de Andrade, empregando verso livre e misturando um estilo subjetivo e objetivo
em suas obras. Drummond possui uma atitude irônica e de crítica social em seus
poemas e na poesia analisada neste trabalho, se destaca o seu teor metalinguísitco.
O poema “Procura” em “A rosa do povo” de Carlos Drummond de Andrade fala sobre o
que é necessário para se fazer uma poesia, apontando que a “palavra” deve ser usada
com sensibilidade. O poema apresenta uma ideia sobre como deveria ser o conteúdo de
um poema.
No verso “o que pensas e sentes, ainda não é poesia” fica clara a intenção do autor de
dizer que a poesia não poderia ser usada apenas para externar em palavras, sensações
e pensamentos experimentados pelo poeta, pois tais sentimentos não seriam por si só
transformados em um poema. A poesia deve usar as palavras na construção de
sentimentos, que podem ser percebidos pelo leitor, através da mensagem demonstrada
na poesia, não apenas para eternizar experiências pessoais do poeta.
Segundo Antonio Cândido, a realidade do mundo não tem nada de poético, por isso o
poeta precisa trabalhar a matéria bruta da linguagem na arte, quer por meio de
inspiração, quer seja com técnica artística, para manipular as palavras “em estado de
dicionário” e torná-las numa nova estrutura que cause estranhamento no leitor e quebre
a normalidade do verbo.
Segundo Talarico (2006), A procura da poesia é uma poesia abstrata e subjetiva, pois ela
coloca em questão o próprio fazer poético, categorizando maneiras de fazer poesia de
forma relevante e de forma má. O Eu lírico critica a poesia de “versos sobre
acontecimentos”, concreto (“cidade”, “movimento de máquinas”), mas também inclui a
poesia nesta categoria as demasiadas subjetivas (“teus sentimentos, que se prevalecem
do equívoco e tentam a longa viagem”, “o que pensas e sentes”).
A poesia de Drummond também estabelece um diálogo entre um “Eu” e “Tu”, com
vários versos escrito na segunda pessoa do singular (““Penetra surdamente…” ;
“Convive com teus poemas…”; “Tem paciência…”; “Espera que cada um…”; “Não
forces o poema…”; “Não colhas no chão…”; “Chega mais perto…”; “Trouxeste a
chave?” ) que pode ser lido como uma característica da poesia moderna de dialogar com
o público. Ao mesmo tempo, o poema se destoa de certas características da primeira
fase do modernismo, com uso de linguagem cotidiana e coloquial, ao utilizar termos
mais erudutos, como “limbo” “ermas” e a forma pouco usual do emprego de verbos na
segunda pessoa do singular. Há empregos de muitas metáforas (“infenso à efusão
lírica”) e conotações (“bile”significando azedume). , fornecendo a esta poesia um certo
aspecto mais tradicional, apesar de a temática metalinguística ser moderna.
A poesia não pode apenas servir para retratar as experiências pessoais da infância, de
um momento específico vivenciado, que se tenta perpetuar no tempo ou modular a
intensidade de seu significado.
As palavras devem possibilitar ao leitores várias percepções de conteúdo, a partir de
seu significado, mas dentro do contexto da combinação de seu uso na construção de
cada verso. As palavras podem despertar no poema, através do poeta, um ritmo
impregnado de conteúdo que levam a um transbordo de mensagem e ideias.
È possível verificar nos versos do poema que o poeta tenta ensinar a usar as palavras a
partir de mensagens contraditórias que levam impressão de conteúdo diversificado ao
poema. O contraditório identificado nos versos “ Não cantes tua cidade, deixa-a e paz.
O canto não é movimento das máquinas nem o segredo das casas” revela a intenção de
demonstrar que a poesia vai além de palavras usadas para representar experiências ou
sensações.
Ou seja, o sentido das palavras do poema está na diferença, no exagero das palavras
usadas para explicar como se fazer poesia. Este exagero, às vezes combinando palavras
que levam a estranhamentos, induzem um sentido poético da mensagem.
O “Eu lírico” apresenta-se de forma descritiva, dando ênfase aos adornos ou detalhes
das imagens que tenta representar; descrevendo nos versos claramente o sentido da
mensagem, utilizando-se de palavras simples do cotidiano, mas nem sempre ritmados.
O “Eu lírico” utiliza-se do fazer poesia sem a intenção deixar claro essa intenção, que
apresenta caráter metalinguístico, pois a poesia parece falar de si mesmo. È uma
vontade implícita de querer explicar o que parece não estar claro para o poeta,
demonstrando apenas sua intenção de fazê-lo, sem talvez conseguir alcançar seu
objetivo. As relações estabelecidas no poema implicam no estado de alma do poeta e o
tema discutido nos versos em que tenta estabelecer sua intenção através da significação
das palavras.
Referências:
Lima, V. de C. P. PROCURA DA POESIA, A ROSA DO POVO, CARLOS
DRUMMOND DE ANDRADE Blog [Internet]. 2001 Ago - [citado em 2017 Junho
21]. Disponível em: http://valiteratura.blogspot.com.br/2011/08/procura-da-poesia-rosa-
do-povo-carlos.html
Talarico, F. B. F. História e poesia : texto e contexto em A rosa do povo (1943-1945), de
Carlos Drummond de Andrade. 2006 . 295 p. Tese (Doutorado) - FFLCH -
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS. São Paulo 2006.
TEXTO PARA INTERPRETAÇÃO 94 – PROCURA DA POESIA (Nível Médio)
[citado em 2017 Jun 21] http://portugues.camerapro.com.br/texto-para-interpretacao-
94-procura-da-poesia-nivel-medio/
WIKIPÉDIA. Desenvolvido pela Wikimedia Foundation. Apresenta conteúdo
enciclopédico. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Wikip
%C3%A9dia&oldid=15762238>. Acesso em: 21 Jun 2017

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Drummond e a poesia 'Procura

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE LETRAS CURSO DE LETRAS TRABALHO FINAL: Drummond e a Poesia “Procura” Trabalho final da disciplina TEORIA DA LITERATURA II com a professora Livia Bueloni Goncalves Irani Coelho de Souza Oswald Stuart Nascimento Rabelo Junho 2016
  • 2. Drummond foi um poeta e escritor brasileiro que viveu entre os anos de 1902 a 1987. Escritor do período modernista, teve sua escrita influenciada por Mário de Andrade e Oswald de Andrade, empregando verso livre e misturando um estilo subjetivo e objetivo em suas obras. Drummond possui uma atitude irônica e de crítica social em seus poemas e na poesia analisada neste trabalho, se destaca o seu teor metalinguísitco. O poema “Procura” em “A rosa do povo” de Carlos Drummond de Andrade fala sobre o que é necessário para se fazer uma poesia, apontando que a “palavra” deve ser usada com sensibilidade. O poema apresenta uma ideia sobre como deveria ser o conteúdo de um poema. No verso “o que pensas e sentes, ainda não é poesia” fica clara a intenção do autor de dizer que a poesia não poderia ser usada apenas para externar em palavras, sensações e pensamentos experimentados pelo poeta, pois tais sentimentos não seriam por si só transformados em um poema. A poesia deve usar as palavras na construção de sentimentos, que podem ser percebidos pelo leitor, através da mensagem demonstrada na poesia, não apenas para eternizar experiências pessoais do poeta. Segundo Antonio Cândido, a realidade do mundo não tem nada de poético, por isso o poeta precisa trabalhar a matéria bruta da linguagem na arte, quer por meio de inspiração, quer seja com técnica artística, para manipular as palavras “em estado de dicionário” e torná-las numa nova estrutura que cause estranhamento no leitor e quebre a normalidade do verbo. Segundo Talarico (2006), A procura da poesia é uma poesia abstrata e subjetiva, pois ela coloca em questão o próprio fazer poético, categorizando maneiras de fazer poesia de forma relevante e de forma má. O Eu lírico critica a poesia de “versos sobre acontecimentos”, concreto (“cidade”, “movimento de máquinas”), mas também inclui a poesia nesta categoria as demasiadas subjetivas (“teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem”, “o que pensas e sentes”). A poesia de Drummond também estabelece um diálogo entre um “Eu” e “Tu”, com vários versos escrito na segunda pessoa do singular (““Penetra surdamente…” ; “Convive com teus poemas…”; “Tem paciência…”; “Espera que cada um…”; “Não forces o poema…”; “Não colhas no chão…”; “Chega mais perto…”; “Trouxeste a chave?” ) que pode ser lido como uma característica da poesia moderna de dialogar com
  • 3. o público. Ao mesmo tempo, o poema se destoa de certas características da primeira fase do modernismo, com uso de linguagem cotidiana e coloquial, ao utilizar termos mais erudutos, como “limbo” “ermas” e a forma pouco usual do emprego de verbos na segunda pessoa do singular. Há empregos de muitas metáforas (“infenso à efusão lírica”) e conotações (“bile”significando azedume). , fornecendo a esta poesia um certo aspecto mais tradicional, apesar de a temática metalinguística ser moderna. A poesia não pode apenas servir para retratar as experiências pessoais da infância, de um momento específico vivenciado, que se tenta perpetuar no tempo ou modular a intensidade de seu significado. As palavras devem possibilitar ao leitores várias percepções de conteúdo, a partir de seu significado, mas dentro do contexto da combinação de seu uso na construção de cada verso. As palavras podem despertar no poema, através do poeta, um ritmo impregnado de conteúdo que levam a um transbordo de mensagem e ideias. È possível verificar nos versos do poema que o poeta tenta ensinar a usar as palavras a partir de mensagens contraditórias que levam impressão de conteúdo diversificado ao poema. O contraditório identificado nos versos “ Não cantes tua cidade, deixa-a e paz. O canto não é movimento das máquinas nem o segredo das casas” revela a intenção de demonstrar que a poesia vai além de palavras usadas para representar experiências ou sensações. Ou seja, o sentido das palavras do poema está na diferença, no exagero das palavras usadas para explicar como se fazer poesia. Este exagero, às vezes combinando palavras que levam a estranhamentos, induzem um sentido poético da mensagem. O “Eu lírico” apresenta-se de forma descritiva, dando ênfase aos adornos ou detalhes das imagens que tenta representar; descrevendo nos versos claramente o sentido da mensagem, utilizando-se de palavras simples do cotidiano, mas nem sempre ritmados. O “Eu lírico” utiliza-se do fazer poesia sem a intenção deixar claro essa intenção, que apresenta caráter metalinguístico, pois a poesia parece falar de si mesmo. È uma vontade implícita de querer explicar o que parece não estar claro para o poeta, demonstrando apenas sua intenção de fazê-lo, sem talvez conseguir alcançar seu objetivo. As relações estabelecidas no poema implicam no estado de alma do poeta e o
  • 4. tema discutido nos versos em que tenta estabelecer sua intenção através da significação das palavras.
  • 5. Referências: Lima, V. de C. P. PROCURA DA POESIA, A ROSA DO POVO, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE Blog [Internet]. 2001 Ago - [citado em 2017 Junho 21]. Disponível em: http://valiteratura.blogspot.com.br/2011/08/procura-da-poesia-rosa- do-povo-carlos.html Talarico, F. B. F. História e poesia : texto e contexto em A rosa do povo (1943-1945), de Carlos Drummond de Andrade. 2006 . 295 p. Tese (Doutorado) - FFLCH - FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS. São Paulo 2006. TEXTO PARA INTERPRETAÇÃO 94 – PROCURA DA POESIA (Nível Médio) [citado em 2017 Jun 21] http://portugues.camerapro.com.br/texto-para-interpretacao- 94-procura-da-poesia-nivel-medio/ WIKIPÉDIA. Desenvolvido pela Wikimedia Foundation. Apresenta conteúdo enciclopédico. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Wikip %C3%A9dia&oldid=15762238>. Acesso em: 21 Jun 2017