SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 118
Baixar para ler offline
Teoria literária
é a argumentação científica ou filosófica da
interpretação literária, da crítica literária, da História
da Literatura e do conceito de Literatura no geral
(literariedade, poeticidade, o literário, a sua definição
enquanto poesia, etc.)
Professor Cleiton Batista
Teoria
literária
Interpretação literária
História da Literatura
Conceito de Literatura
Crítica literária
Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura
Mapa 2
Linguagens
artísticas
não verbais
Linguagens
artísticas
mistas
Arte
Música
Dança
Pintura
Literatura Teatro
Cinema
História em
quadrinhos
Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura
Mapa 1
Linguagens
artísticas
verbais
“Lat. Litteratura – Arte de escrever,
de littera – letra.
Primitivamente, o vocábulo
designava o ensino do alfabeto ou
das primeiras letras, ou do que hoje
em dia seria a gramática ou a
filologia. Com o tempo, passou a
significar ‘arte das belas letras’ e ,
por fim, ‘arte literária’.”
(Moisés, 2013)
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
O que é literatura?
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Η τέχνη είναι μίμηση
Art is imitatione
“Arte é imitação (mímesis). o imitar é
congênito no homem (e nisso difere dos outros
viventes, pois de todos, é ele o mais imitador
e, por imitação, apreende as primeiras lições),
e os homens se comprazem no imitado”.
A expressão literária
Os novos e inesperados
significados de um
texto literário
dependem de várias
operações do leitor.
Compreensão e análise
do contexto.
Capacidade de
estabelecer relações entre
diversos textos.
Familiaridade
com a literatura.
Capacidade de
estabelecer relações entre
as partes de um texto.
Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura
Mapa 2
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração
Texto literário e texto não literário
Texto 1
Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal
Por te cruzarmos, quantas mães
choraram,
Quantos filhos em vão rezaram
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena,
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu
Mas nele é que espelhou o céu.
(Fernando Pessoa)
Texto 2
TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO LITERÁRIO
Linguagem conotativa (sentido
figurado);
Linguagem denotativa (sentido
real);
Presença da Função Poética Predomínio da Função Referencial
(linguagem direta centrada na
informação);
Presença da Função Emotiva
Presença de figuras de
linguagens;
Linguagem impessoal (sem traços
particulares, escrita em 3ª
pessoa);
Musicalidade
Fatos reais
Funções
da
literatura
lúdica
pragmática
ou social
catártica ou
purificadora
profética
evasiva
“arte pela
arte”
perenizado
ra
cognitiva
1. Função lúdica – forma de brinquedo, diversão,
entretenimento, jogo, despertar de emoções
agradáveis, distração, sem qualquer finalidade prática
e utilitária.
2. Função pragmática ou social – é uma função ética,
utilitária e prática porque é a função do engajamento,
da denúncia, da crítica. É a literatura compromisso –
arte como meio de conscientização. Tem como
objetivo: convencer, atrair adeptos, ensinar e
esclarecer, difundir valores.
3. Função cognitiva – é a função do reconhecimento. A
Literatura funciona como elemento revelador da verdade
oculta sob as aparências. É também a função da
descoberta (cognoscere = conhecer). Esta função está
centrada no conteúdo transmitido.
4. Função catártica ou purificadora – catarse significa
alívio de tensões, desabafo. A catarse é purificadora. Essa
função tem uma longa tradição. Por Aristóteles, século IV
a.C., ela já era apontada na Poética. Tem como objetivo: a
compensação, a terapêutica e a transposição da
personalidade.
Advém do papel das tragédias: provocar reflexão com
finalidade de efeito moral e purificador que proporciona o
alívio desses sentimentos, por meio de finais trágicos com
envenenamento, assassinatos e suicídio.
5. Função perenizadora – literatura é a ânsia de
imortalidade, é o desejo de sobreviver ao tempo,
perenizar-se, eternizar-se. É o desejo de todo ser humano
de extrapolar o limite espaço-temporal. O objetivo desta
função da literatura e das artes em geral é o desejo de
reconhecimento.
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
(Álvares de Azevedo)
6. Função profética – na busca de mundos
imaginários, o escritor, muitas vezes prediz o
futuro com precisão quase absoluta. Não é à toa
que chamamos ao poeta Vate que significa
“cognato do vaticínio” na predição - previsão do
futuro.
7. Função de “arte pela arte” – (parnasianos) é um fim
em si mesma; é o alheamento dos problemas sociais. É a
arte literária que existe apenas e tão somente em função
da busca da beleza, é o isolamento para um trabalho
meticuloso, sem emotividade. Busca da forma perfeita:
versos perfeitos, rimas perfeitas, estrofes simétricas,
palavras raras.
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
8. Função de fuga da realidade, do escapismo ou
da evasão – literatura funcionaria como um
elemento de evasão do “eu”, permitindo-lhe a
fuga à realidade concreta que o cerca.
Pode ser construtiva ou destrutiva.
Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
(Casimiro de Abreu)
GÊNEROS LITERÁRIOS NA ANTIGUIDADE
ÉPICO
• Narração de
fatos
grandiosos,
centrados na
figura de um
herói.
• Segundo
Aristóteles, a
palavra narrada.
DRAMÁTICO
• Textos
destinados para
a representação
cênica, ora na
forma de
tragédia, ora na
forma de
comédia.
• Segundo
Aristóteles, a
palavra
representada.
LÍRICO
• Textos de
caráter
emocional,
centrados na
subjetividade
dos sentimentos
da alma.
• Segundo
Aristóteles, a
palavra
cantada.
O gênero épico e as formas
narrativas em prosa
Conto
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Novela
Romance Fábula
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Uma narrativa longa, com vários
personagens que vivem diferentes
conflitos e cujos desfechos se
cruzam.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Romance
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Narrativa menos abrangente que o
romance, composta de uma série
de unidades encadeadas, mas
articuladas em torno de um número
pequeno de personagens.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Novela
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Narrativa que se concentra em
torno de um só personagem e em
que há apenas um conflito.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Conto
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Breve narrativa que expressa uma
mensagem de fundo moral. Os
personagens das fábulas são
geralmente animais, que
representam tipos humanos.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Fábula
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Espaço
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 3
Personagens
Narrador Tempo Enredo
Elementos de uma
narrativa literária
Narrador
onisciente
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 4
Narrador-
-observador
Narrador-
-personagem
Narrador
A “voz” que conta a história.
Pode ser um dos personagens, isto
é, participar da ação e relacionar-se
com outros personagens.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Narrador-personagem
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 4
O narrador não participa da
história, apenas relata o que fazem
os personagens.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Narrador-observador
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 4
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Sabe tudo o que ocorre na história,
conhece os sentimentos e pensamentos
de todos os personagens.
Narrador onisciente
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 4
Enredo
Sequência dos fatos de uma
narrativa conduzida pelo conflito.
Clímax
Momento
de maior
tensão.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 5
Desenvolvimento
Configuração
do conflito.
Situação
inicial
Exposição do
que ocorria
antes da
manifestação
do conflito.
Desfecho
Configuração
de uma nova
situação.
Tempo
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 6
O tempo psicológico é interior
aos personagens. Por ser
subjetivo, não pode ser medido
ou calculado. É o tempo da
memória, das reflexões.
O tempo cronológico é
exterior aos personagens.
É aquele marcado pela
passagem das horas, dos
dias etc.
Protagonista
Personagem principal
de uma narrativa.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 7
Personagens planos
apresentam poucas
características, são
previsíveis ou caricatos.
Personagens redondos,
mais complexos, que têm
sentimentos variados,
contradições etc.
Personagem
Predomina a expressão do “eu”, ou seja, quando o eu lírico
(“a voz que fala” no texto) projeta seu mundo interior,
revelando sentimentos, desejos e emoções.
O gênero lírico é atemporal, os personagens evocados, os
objetos descritos, tudo, enfim, está a serviço da expressão
do “eu”.
O tema geralmente é o amor, a angústia ou o prazer em relação
à vida, a dor diante da morte, a indignação provocada por uma
injustiça etc.
No texto lírico, ocorre a manifestação plena da subjetividade.
Gênero lírico
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico
Mapa 1
Ritmo
Sequência de
sílabas fortes
e fracas.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico
Mapa 2
Rima
Coincidência ou
semelhança de sons
nos finais dos versos
de um poema.
Metro
Número de
sílabas poéticas
de um verso.
Recursos poéticos
Dodecassílabo
ou alexandrino:
doze sílabas
Eneassílabo:
nove sílabas
Tipos de
verso
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico
Mapa 3
Trissílabo:
três sílabas
Monossílabo:
uma só sílaba
Dissílabo:
duas sílabas
Tetrassílabo:
quatro sílabas
Pentassílabo ou
redondilha menor:
cinco sílabas
Hexassílabo:
seis sílabas
Heptassílabo ou
redondilha maior:
sete sílabas
Octossílabo:
oito sílabas
Decassílabo:
dez sílabas
Hendecassílabo:
onze sílabas
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico
Mapa 4
 Monóstico – um verso
 Dístico – dois versos
 Terceto – três versos
 Quarteto ou quadra – quatro versos
 Quintilha – cinco versos
 Sexteto ou sextilha – seis versos
 Setilha ou sétima – sete versos
 Oitava – oito versos
 Nona – nove versos
 Décima – dez versos
Classificação das estrofes
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 1
 Texto feito para encenação.
 Também apresenta o desenvolvimento de uma ação.
 Em geral, não há um narrador.
 Os atores tomam a palavra e se apresentam diante dos
espectadores, representando as ações das personagens e
fazendo evoluir a história.
 O texto dramático só se realiza de fato quando ocorre a
representação e quando alguém assiste a ela.
 Alguns autores escrevem rubricas, indicações de como
imaginam o cenário, a iluminação e a movimentação
dos atores.
 Os atores podem contar com vários recursos, como
cenário, música, figurinos, iluminação etc.
Gênero dramático
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Formas importantes de
expressão dramática
Monólogo Comédia
Tragédia Farsa Drama
Auto
Peça sobre o destino do ser
humano. Tem um final infeliz que
leva o espectador a meditar sobre
a vida.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Tragédia
Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Peça breve. Tem poucos
personagens e pretende provocar o
riso explorando situações
engraçadas ou grotescas da vida
cotidiana.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Farsa
Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Peça breve, geralmente de conteúdo
religioso e escrita em verso. Surgiu
na Idade Média.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Auto
Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Cena teatral em que um
personagem se encontra sozinho e
fala consigo mesmo em voz alta.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Monólogo
Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Peça que procura criticar a
sociedade e o comportamento
humano por meio do ridículo.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Comédia
Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Peça teatral caracterizada pelo tom sério.
Pode apresentar momentos engraçados,
mas predomina a seriedade de um
conflito humano ou social.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Drama
Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 5 – Estilos literários
Mapa 1
Estilo
Estilo de época
Características comuns a
obras que tiveram origem
no mesmo período.
Estilo individual
Características que
identificam o estilo próprio
de um autor.
Brasil
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 5 – Estilos literários
Mapa 2
Portugal
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 1
Literatura medieval – Quadro geral
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 2
Gênero lírico
Cantigas de
amigo
Cantigas de
amor
 Originárias da península Ibérica.
 A palavra amigo significava namorado ou amante.
 O trovador procura traduzir os sentimentos femininos,
falando como se fosse uma mulher.
 Dirige-se diretamente ao homem ou à mãe ou às amigas.
 Às vezes, procura um ambiente solitário e desabafa
com a natureza.
 A mulher fala de suas expectativas amorosas, das
saudades do amigo.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 2
Cantigas de amigo
 Floresceram em Provença, na França.
 Expressam o amor do trovador pela dama, muitas vezes
uma mulher casada.
 A dama é chamada de senhora e aparece sempre em
posição superior, representando a relação senhor e vassalo.
 Na península Ibérica, no lugar do aspecto sensual,
destaca-se o sofrimento do homem e sua submissão
diante da amada.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 2
Cantigas de amor
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 3
Cantigas de escárnio Cantigas de maldizer
Gênero satírico
As referências à
pessoa satirizada são
indiretas.
O ataque é explícito, até
mesmo com palavras de
baixo calão.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 4
Cancioneiros
Coletâneas de cantigas com características
variadas e escritas por diversos autores.
Cancioneiro
da Ajuda
Cantigas
de Santa
Maria
Cancioneiro
da Biblioteca
Nacional de
Lisboa
Cancioneiro
da Vaticana
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Ciclos das novelas de cavalaria
Bretão ou
arturiano
Trata das
aventuras do rei
Artur e de seus
cavaleiros.
Carolíngio
Aborda as
aventuras de
Carlos Magno e
dos doze pares
de França.
Clássico
Abarca temas extraídos
da Antiguidade grega e
romana, tais como a
guerra de Troia, a vida
de Alexandre Magno e
as aventuras de Eneias.
Capítulo 7 – A primeira época medieval (II) – Novelas de cavalaria
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 3
Cantigas de escárnio Cantigas de maldizer
Gênero satírico
As referências à
pessoa satirizada são
indiretas.
O ataque é explícito, até
mesmo com palavras de
baixo calão.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 4
Cancioneiros
Coletâneas de cantigas com características
variadas e escritas por diversos autores.
Cancioneiro
da Ajuda
Cantigas
de Santa
Maria
Cancioneiro
da Biblioteca
Nacional de
Lisboa
Cancioneiro
da Vaticana
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Ciclos das novelas de cavalaria
Bretão ou
arturiano
Trata das
aventuras do rei
Artur e de seus
cavaleiros.
Carolíngio
Aborda as
aventuras de
Carlos Magno e
dos doze pares
de França.
Clássico
Abarca temas extraídos
da Antiguidade grega e
romana, tais como a
guerra de Troia, a vida
de Alexandre Magno e
as aventuras de Eneias.
Capítulo 7 – A primeira época medieval (II) – Novelas de cavalaria
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Crescimento
da burguesia
e das
cidades.
Harmonização
das culturas
pagãs e
cristãs.
Ser humano
como
preocupação
central.
Tradução e
divulgação
de textos
clássicos.
Humanismo
Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) –
Humanismo: crônicas e poesia
Mapa 1
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Humanismo: crônicas
Fernão Lopes (aproximadamente 1380-1460)
Responsável pelos arquivos do Estado português.
Visão bastante moderna da história.
Interesse pelo lado humano dos fatos e pela
importância dos movimentos populares e das
forças econômicas na história.
Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) –
Humanismo: crônicas e poesia
Mapa 2
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Cancioneiro geral
Coletânea de poemas publicada em 1516.
Humanismo: poesia
Predomina o lirismo
amoroso, mais sutil
que o das cantigas
trovadorescas.
O paralelismo
dá lugar ao
vilancete.
Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) –
Humanismo: crônicas e poesia
Mapa 3
Prevalecem a
redondilha
menor e a maior.
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
O teatro medieval
Religioso
Mistérios e
milagres
Tratavam da vida
de Cristo, de
passagens da
Bíblia ou da vida
de santos.
Farsas
Peças satíricas
que divertiam o
público.
Capítulo 9 – A segunda época medieval (II) –
Humanismo: o teatro de Gil Vicente
Mapa 1
Moralidades
Peças de claro
simbolismo moral,
em que os
personagens
pecadores sofriam
terríveis punições.
Profano
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Visão extremamente crítica da
sociedade da época.
Expressa uma visão teocêntrica numa
época de crise dos valores medievais.
Capítulo 9 – A segunda época medieval (II) –
Humanismo: o teatro de Gil Vicente
Mapa 2
Teatro de fundo moralista, vê na
restauração da pureza da religião
católica o único caminho de salvação.
Principais peças: Farsa de Inês Pereira,
O velho da horta, Auto da barca do
inferno e Auto da alma.
Gil Vicente
e o teatro
em Portugal
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Surgimento da ciência moderna com o
desenvolvimento da matemática e do
método experimental.
A invenção da imprensa ampliou a
difusão de ideias.
Capítulo 10 – O Renascimento – Uma revolução cultural
Mapa 1
Ruptura com o forte teocentrismo da
Idade Média.
Difusão e tradução de obras gregas e
latinas.
Surgimento das primeiras gramáticas
das línguas modernas.
Renascimento
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
A nova arte
Capítulo 10 – O Renascimento – Uma revolução cultural
Mapa 2
Representação
mais humanizada
de personagens
bíblicos.
Desenvolvimento
da técnica da
perspectiva.
Representação
realista e
minuciosa da
natureza.
Capítulo 11 – O Classicismo
Mapa 1
O Classicismo
Arte Engenho Razão
Técnica
adquirida no
estudo dos
clássicos.
Talento
pessoal.
Controla a
expressão das
emoções.
Capítulo 11 – O Classicismo
Mapa 2
Coexistem tradição e inovação, saber letrado e
experiência de vida, mitologia e cristianismo, alegria e
angústia, paixão carnal e idealismo amoroso.
A poesia lírica de Camões
A medida velha:
redondilhas
A medida nova:
sonetos
Capítulo 11 – O Classicismo
Mapa 3
A poesia épica de Camões – Os lusíadas
Narra a viagem de Vasco
da Gama às Índias (1497-
1498), visto como um
símbolo da coletividade
lusitana e da glória das
conquistas.
Como nos antigos poemas
clássicos, em Os lusíadas
algumas entidades
mitológicas (deuses e
ninfas) participam da ação.
Estrutura:
dez cantos;
estrofes de oito versos;
esquema de rima:
ABABABCC;
versos decassílabos;
dividido em 5 partes:
proposição, invocação,
dedicatória, narração,
epílogo.
Cartas e relatos de navegantes, missionários e aventureiros que
estiveram nas terras brasileiras durante os séculos XVI e XVII.
Capítulo 12 – Brasil – Literatura informativa e jesuítica
Mapa 1
Principais obras:
A carta de Pero Vaz de Caminha;
Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa
Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de
Magalhães Gandavo;
Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza.
A literatura informativa
Material de grande interesse cultural e histórico.
Capítulo 12 – Brasil – Literatura informativa e jesuítica
Mapa 2
O principal autor foi José de Anchieta, que
produziu teatro de catequese, poesias líricas e
épicas, cartas, sermões e uma gramática da
língua geral.
Os jesuítas viram na arte uma forma de cativar
a atenção dos nativos, daí o uso constante do
teatro pedagógico e da música nas atividades
de catequese.
Muitas dessas obras eram escritas em
nheengatu, conhecido como “língua geral”.
A literatura
jesuítica
Surge em um momento histórico conturbado,
da Contrarreforma e muitas guerras.
Capítulo 13 – O Barroco
Mapa 1
A antítese entre vida e morte está no centro
da arte barroca.
Os sentimentos se exaltam, não são mais
controlados pela razão.
A linguagem não segue a clareza do
Classicismo e é construída tortuosamente, no
sentido de captar, através de antíteses e
imagens sugestivas, o que é a vida, a morte,
o destino, o amor.
O Barroco
Conceptismo
 o rebuscamento se dá na
expressão do raciocínio,
com a exploração do jogo
de ideias e sutilezas de
argumentação;
 o espanhol Francisco de
Quevedo foi o expoente
desse estilo, que por isso
pode ser chamado também
de quevedismo.
Capítulo 13 – O Barroco
Mapa 2
Cultismo
 utiliza-se do jogo de palavras,
das antíteses, das hipérboles,
das metáforas, das frases
tortuosas, dos paradoxos;
 linguagem preciosa e
rebuscada;
 um dos grandes poetas cultistas
foi o espanhol Luís de Gôngora;
por isso, o cultismo é também
conhecido por gongorismo.
A linguagem barroca
Capítulo 13 – O Barroco
Mapa 3
 Maior nome da poesia barroca brasileira.
 Não teve nenhum livro publicado em vida.
 Sua obra pode ser dividida em três linhas temáticas:
religiosa, amorosa, satírica.
Gregório de Matos
Padre jesuíta e um dos melhores oradores do século XVII.
Principais sermões:
 Sermão do mandato — fala do amor místico de Cristo;
 Sermão da sexagésima — discorre sobre a arte de pregar;
 Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda
— proferido por ocasião do cerco dos holandeses à cidade da Bahia;
 Sermão de Santo Antônio aos peixes — trata da escravidão do indígena.
Discutiu questões políticas, criticou os impostos injustos que sangravam o
Brasil e participou ativamente das expedições de catequese.
Capítulo 13 – O Barroco
Mapa 4
Antônio Vieira
Capítulo 16 – O Romantismo em Portugal
Mapa 5
Linguagem
simples.
Suas obras principais
são os romances As
pupilas do senhor reitor,
A morgadinha dos
canaviais, Os fidalgos da
casa mourisca e Uma
família inglesa.
Júlio Dinis (1839-1871)
Enredos mais simples, que giram em torno
de problemas amorosos e familiares.
No final, os mal-entendidos se esclarecem
e tudo se resolve.
Obras inovaram em
alguns aspectos a
prosa do
Romantismo.
Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução
Mapa 1
A leitura ocorria
num ambiente
doméstico, em
meio a afazeres
tipicamente
femininos, e era
feita em voz alta.
O número de
pessoas
alfabetizadas no
Brasil era muito
pequeno.
Leitores do século XIX
Os leitores
visados por essa
literatura
sentimental
eram, sobretudo,
as mulheres.
Temas ligados à
nossa realidade
social e histórica.
Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução
Mapa 2
Publicação de
Suspiros poéticos e
saudades, de
Gonçalves de
Magalhães.
1836 – início do
Romantismo no Brasil.
O Nacionalismo como projeto
Linguagem mais
próxima da fala
brasileira.
Com a Independência, os escritores
românticos engajaram-se também no
projeto de criação de uma literatura
autenticamente nacional.
O indígena
romântico é um
símbolo do
espírito jovem e
independente da
nação brasileira.
Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução
Mapa 3
Heróis que
ajudaram a
constituir suas
nações
durante a
Idade Média.
Europa
O Indianismo: expressão do
Nacionalismo romântico
O indígena é uma
figura idealizada
e, tal qual o herói
europeu, era
nobre, valoroso
e fiel.
Brasil
Desenvolvimento de várias
expressões artísticas.
Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução
Mapa 4
Início da atividade editorial
e surgimento da imprensa
periódica.
Funcionamento
de tipografias.
A importância da
vinda de D. João VI
Ampliação do público
consumidor de arte.
Folhetins
Características do Romantismo
 Observe no quadro abaixo, as principais diferenças entres os
movimentos clássico e romântico:
Classicismo Romantismo
 geral, universal  particular, individual
 impessoal, objetivo  pessoal, subjetivo
 apelo à imaginação
 razão  sensibilidade
 erudição  folclore
 elitilização  motivos populares
 disciplina  libertação
 imagem racional do
amor e da mulher
 imagem sentimental e subjetiva
do amor e da mulher
 apelo à inteligência
Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)
Mapa 1
Romance histórico
Volta-se para o passado, em uma
reinterpretação nacionalista de fatos
e personagens de nossa história.
Romance sertanejo
ou regionalista
Focaliza a gente do interior, com
seus costumes e valores peculiares.
Romance urbano
ou de costumes
Abrange temas amorosos e
sociais no ambiente urbano.
Romance indianista
Ainda na perspectiva
nacionalista, é aquele que
enfoca a figura do índio.
A prosa romântica
PÉROLAS DA PROSA ROMÂNTICA
Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)
Mapa 2
Marco na
história da
prosa
romântica.
Jornalista, professor e o primeiro
escritor popular brasileiro.
Trama leve e
movimentada.
Linguagem
simples e
coloquial.
Tipos humanos que
circulavam pelo Rio
de Janeiro.
Publicou o romance
A Moreninha (1844).
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)
Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)
Mapa 3
Passa-se nas ruas e nos casebres
do Rio de Janeiro de D. João VI.
Trabalhou como revisor e
redator no Correio Mercantil
e administrador da
Tipografia Nacional.
Publicado em capítulos semanais
em um folhetim.
Linguagem coloquial, comicidade e
tom realista da narração.
Manuel Antônio de Almeida (1831-1861)
Única obra: Memórias de um
sargento de milícias.
Romances mais famosos:
 O seminarista (1872) –
crítica ao celibato religioso;
 A escrava Isaura (1875) –
condição humana do escravo.
Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)
Mapa 4
Bernardo Guimarães (1825-1884)
Juiz, professor,
jornalista e
escritor de livros
de poesia e ficção.
Passa-se no
interior de
Mato Grosso.
Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)
Mapa 5
Visconde de Taunay (1843-1899)
Um dos melhores
exemplos de
romance
regionalista.
Interesse pelos tipos
humanos característicos do
interior e suas rígidas
normas de comportamento
social e familiar.
Escreveu Inocência (1872).
Romances sociais ou urbanos: Cinco
minutos; A viuvinha; Lucíola; Diva; A pata da
gazela; Sonhos d’ouro; Senhora; Encarnação.
Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) –
José de Alencar
Mapa 1
José de Alencar
(1829-1877)
Romances regionalistas: O gaúcho;
O tronco do ipê; Til; O sertanejo.
Romances históricos: O guarani; As minas
de prata; A guerra dos mascates.
Romances indianistas: Iracema; Ubirajara.
História dramática
do amor entre a
índia Iracema e o
português Martim.
Explicação
poética para as
origens do
Ceará.
Linguagem
poética.
Iracema (1865)
Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) –
José de Alencar
Mapa 2
Aurélia: personagem
feminina complexa.
Organização da
história como
uma transação
comercial.
Senhora (1875)
Aborda a questão
do amor marcado
pelas contradições
da sociedade
burguesa.
Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) –
José de Alencar
Mapa 3
O Romantismo no Brasil – Poesia
Temas principais
Inspiração
patriótica e
libertária.
Indianismo.
Desilusão
amorosa.
Saudade.
Morte.
Exaltação da
natureza
brasileira.
Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia
Mapa 1
Cantou também os temas
consagrados pelo
Romantismo europeu:
 dores de amor;
 saudade;
 natureza.
Dimensão poética ao
tema indígena.
Gonçalves Dias e a primeira
geração romântica
Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia
Mapa 2
Segunda
geração
romântica
Principais poetas: Álvares de Azevedo,
Junqueira Freire, Casimiro de Abreu,
Bernardo Guimarães e Laurindo Rabelo.
Influências: Shelley,
Byron, Lamartine e
Musset.
Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia
Mapa 3
Temas: morte, solidão,
tédio e melancolia.
Chamada de
Ultrarromantismo.
Visão trágica
da existência.
Auge da tendência
individualista e
subjetiva.
Macário
Lira dos vinte anos
Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia
Mapa 4
Noite na taverna
Prosa
Poesia
Álvares de Azevedo
(1831-1852)
Teatro
Terceira geração romântica
Amor sensual.
Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia
Mapa 5
Indignação contra as
tiranias e combate
à escravidão.
Castro Alves
(1847-1871).
Preocupação com
os problemas
sociais do Brasil.
Surge com a
peça Hernani, de
Victor Hugo.
Oposição aos
princípios clássicos.
Combinação de aspectos
trágicos e cômicos.
Textos em
prosa.
Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro
Mapa 1
Linguagem
mais comum.
Incorporação das situações da
vida cotidiana e dos problemas
humanos e sociais da época.
O drama: uma nova
ideia em cena
Fundou, em 1833, a
Companhia Dramática
Nacional e, no ano
seguinte, inaugurou o
Teatro Nacional.
Encenou a peça Antônio
José ou O poeta e a
Inquisição – primeira
obra teatral de autor e
tema brasileiros.
O teatro brasileiro como
atividade artística regular
nasceu no Romantismo.
Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro
Mapa 2
Figura mais importante:
João Caetano (1808-1863).
O Romantismo no Brasil – Teatro
José de Alencar (1829-1877) – abordou o
tema da escravidão no drama Mãe (1862) e
desenvolveu a crítica social na comédia O
demônio familiar (1858).
Martins Pena (1815-1848) – autor de
populares comédias de costumes. Suas
peças mais famosas são O juiz de paz na
roça (1842) e O noviço (1853).
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)
– foi membro do Conservatório Dramático e
escreveu muitas comédias de cunho social.
Sua peça mais famosa é
A torre em concurso (1863).
Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro
Mapa 3
Gonçalves Dias (1823-1864) – autor do
drama histórico Leonor de Mendonça (1847).
Principais
dramaturgos do
Romantismo
brasileiro
Literatura como um instrumento de
denúncia dos vícios e da corrupção da
sociedade burguesa.
Rejeição do idealismo romântico.
A literatura
realista
Início em 1857, com o romance Madame
Bovary, de Gustave Flaubert.
O método científico de experimentação e
observação da realidade visto como o único
aceitável para a explicação do mundo.
Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal
Mapa 1
Representação mais objetiva e fiel
da vida social.
Surgiu com a tentativa de Robert Owen de
melhorar as condições de trabalho dos
operários. O conceito foi ampliado por Marx e
Engels, que defendiam o fim do capitalismo.
Sistematizado por Auguste Comte, segundo o
qual as sociedades passam por três estágios:
teológico, metafísico e positivo.
O estágio positivo poderia ser alcançado pelo
método da observação e da experimentação.
Teoria formulada por Charles Darwin, segundo
a qual as espécies se transformam ao longo
do tempo, num processo de adaptação
constante ao meio ambiente.
Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal
Mapa 2
Socialismo
Darwinismo
Positivismo
Naturalismo
O trabalho do
escritor
assemelhava-se ao
de um cientista em
seu laboratório.
O comportamento humano
é condicionado pelo meio
ambiente e pelas
características físicas e
psicológicas hereditárias.
Determinismo Romance
experimental
Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal
Mapa 3
Realizadas no Cassino
Lisbonense, onde se
discutiram a situação de
Portugal e as transformações
por que passava a Europa.
Polêmica entre a velha
e a nova geração.
Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal
Mapa 4
Questão Coimbrã
O Realismo português
Conferências Democráticas
Eça de Queirós
Critica a vida social portuguesa
e a hipocrisia dos valores
burgueses.
Foco no celibato religioso
e na hipocrisia social.
O crime do padre Amaro
Mais importante prosador
realista de Portugal.
Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal
Mapa 5
O primo Basílio
Também expressa
suas inquietações
religiosas e
metafísicas em
diversos sonetos.
Espírito
revolucionário,
engajamento
nas lutas
sociais de seu
tempo.
Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal
Mapa 6
Antero de Quental
Olhar para
realidade das ruas
e para o cotidiano
prosaico e cinzento
das cidades.
Cesário Verde
A poesia realista
O Brasil era
essencialmente agrário,
além de monarquista e
escravocrata.
Expectativas ainda
românticas do público
leitor no Brasil.
Literatura como um instrumento de análise da
realidade brasileira e não apenas como diversão.
Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil
Mapa 1
O Realismo e o Naturalismo no Brasil
O cortiço (1890)
Aluísio Azevedo (1857-1913)
Influência do meio e dos
instintos nos personagens.
O mulato (1881)
Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil
Mapa 2
Questões polêmicas: o
racismo e a corrupção
dos padres.
Princípios do Naturalismo.
Análise
psicológica do
protagonista.
Obra introspectiva,
de caráter
impressionista.
Narração feita
em primeira
pessoa.
Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil
Mapa 3
O Ateneu
Raul Pompeia (1863-1895)
Machado de Assis
(1839-1908)
Mais importante
autor do nosso
Realismo.
Realismo
psicológico de
alcance universal
e atemporal.
Escreveu poesias,
crônicas, peças de teatro
e crítica literária, mas
destacou-se no romance
e no conto.
Capítulo 24 – Machado de Assis
Mapa 1
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)
Brás Cubas revela a hipocrisia
das relações humanas.
Narrador defunto.
Pessimismo radical.
Capítulo 24 – Machado de Assis
Mapa 2
Metalinguagem: o narrador conversa
com o leitor sobre a própria obra.
Ordem da narrativa nem sempre é linear;
ocorre conforme as lembranças de Brás Cubas.
Relações de classe, os
meios de ascensão
social e a influência da
Igreja na vida cotidiana.
Dom Casmurro (1899)
Um rico painel da
sociedade brasileira
da época.
Análise psicológica
dos personagens.
Criação de um
clima de incerteza
e ambiguidade.
Capítulo 24 – Machado de Assis
Mapa 3
Narrado pelo próprio
personagem, que viveu os fatos
muito tempo antes. O tempo da
narração é bem anterior ao
tempo da narrativa.
A vida é um campo de
batalha onde só os mais
fortes sobrevivem.
Quincas Borba (1891)
Teoria do Humanitismo
O protagonista é Rubião,
amigo do filósofo maluco
Quincas Borba
(personagem já presente
em Memórias póstumas
de Brás Cubas).
Capítulo 24 – Machado de Assis
Mapa 4
Essa característica está presente em autores
estrangeiros, como Laurence Sterne e
Xavier de Maistre.
A linguagem machadiana
Leva o leitor a perceber o jogo da ficção.
Interrompe a ação para conversar com o leitor.
Capítulo 24 – Machado de Assis
Mapa 5
França Júnior (1838-1890)
influenciado por Martins Pena,
retratou bem certos tipos
humanos e situações da época;
as peças mais famosas são As
doutoras, Caiu o ministério e
Como se fazia um deputado.
É marcante
a influência
francesa.
O teatro no final
do século XIX
Capítulo 25 – O teatro no final do século XIX
Público interessado em
distração e divertimento fácil.
Comédias predominam
sobre os dramas.
Artur Azevedo (1855-1908)
 batalhador pelo
desenvolvimento de nosso
teatro;
 merecem destaque A capital
federal e O dote.
Poucos autores
brasileiros se destacam.
Novos gêneros:
revista, opereta,
café-concerto.
Frequentes alusões a elementos da mitologia grega e romana.
Observação rigorosa das regras de composição poética.
Poesia parnasiana
Inspiração inicial do Parnasianismo veio da França, de uma antologia
intitulada O Parnaso contemporâneo, publicada em 1866.
Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –
Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 1
Preferência por temas descritivos.
Enfoque sensual e erótico da mulher, com ênfase na descrição física.
Uso (excessivo, às vezes) de palavras raras, rebuscadas.
Evitavam-se os exageros sentimentais que marcaram os
poetas românticos.
Poesias
(1888)
Meridionais
(1884) e
Sonetos e
poemas
(1885)
O Parnasianismo no Brasil
Raimundo
Correia
Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –
Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 2
Alberto de
Oliveira
Olavo
Bilac
Sinfonias
(1883)
Vicente de
Carvalho
Poemas e
canções
(1908)
Enfoque espiritualista da mulher, envolvendo-a num
clima de sonho.
Preferência por temas que tratam da morte, do
destino, de Deus.
Origem francesa, com a obra As flores do mal (1857),
de Charles Baudelaire.
Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –
Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 3
Reação contra o materialismo e o positivismo.
Resgatou o lado místico e espiritual da vida, explorou
o imaginário, o misterioso território dos sonhos.
Escolha de palavras segundo a musicalidade e o
poder de sugestão.
Frequentes alusões a elementos que lembram rituais
religiosos.
Origem e características gerais do Simbolismo
Setenário das dores de
Nossa Senhora, Câmara
ardente, Dona Mística,
Kiriale e Pastoral aos crentes
do amor e da morte.
Missal, Broquéis,
Faróis, Últimos
sonetos e Evocações.
Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –
Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 4
Cruz e Sousa (1861-1898)
Angústia espiritual.
Também publicou
poemas em prosa,
explorando aliterações
e sinestesias.
Alphonsus de Guimaraens
(1870-1921)
Poesia reflexiva e
melancólica sobre a morte,
a fugacidade da vida, os
amores perdidos.
O Simbolismo no Brasil
Temas: morte, decomposição da matéria,
angústia que marca a condição humana.
Eu (1912)
Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –
Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 5
Expressão poética muito original, com
inúmeros termos tirados das ciências naturais.
Expressa com intensidade uma visão trágica
da existência.
Augusto
dos Anjos
(1884-1914)
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
FIM
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini
Elaboração de original: Fernando Cohen
Preparação de texto: Solange Scattolini
Revisão: Aline Souza, Ramiro Morais Torres, Miguel Facchini
EDITORA MODERNA
Diretoria de Tecnologia Educacional
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio
Coordenador de projetos: Cristiano Galan
Editora: Natália Coltri Fernandes
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
Assistente editorial: Mayra Kallás
Assistentes de arte: Adailton Brito, Ana Maria Totaro, Caroline Almeida, Valdeí Prazeres
Iconografia: Maria Clara Antonelli, Rafael Galvão
Revisão: Luiz Alberto de Andrade, Mariana Nascimento
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados.
EDITORA MODERNA
Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho
São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904
Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510
Fax (0__11) 2790-1501
www.moderna.com.br
2012

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Ajudar Pessoas
 
Linha do tempo - Literatura
Linha do tempo - LiteraturaLinha do tempo - Literatura
Linha do tempo - LiteraturaMarô de Paula
 
Romantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaRomantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaCynthia Funchal
 
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIOPLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIOIFMA
 
Gêneros textuais e literários
Gêneros textuais e literáriosGêneros textuais e literários
Gêneros textuais e literáriosMiquéias Vitorino
 
A (nova) literatura marginal (das periferias)
A (nova) literatura marginal (das periferias)A (nova) literatura marginal (das periferias)
A (nova) literatura marginal (das periferias)ma.no.el.ne.ves
 
Mapa Resumo classicismo
Mapa Resumo classicismoMapa Resumo classicismo
Mapa Resumo classicismoJulimac
 
Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Claudio Soares
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literaturajaquemarcondes
 
Palavras Cruzadas sobre funcoes da linguagem 1
Palavras Cruzadas sobre funcoes da linguagem 1Palavras Cruzadas sobre funcoes da linguagem 1
Palavras Cruzadas sobre funcoes da linguagem 1Dilmara Faria
 
Variedades linguísticas- exercício
Variedades linguísticas-  exercícioVariedades linguísticas-  exercício
Variedades linguísticas- exercícioCláudia Heloísa
 

Mais procurados (20)

Romantismo resumo
Romantismo resumoRomantismo resumo
Romantismo resumo
 
Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.
 
Romantismo na literatura
Romantismo na literaturaRomantismo na literatura
Romantismo na literatura
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Linha do tempo - Literatura
Linha do tempo - LiteraturaLinha do tempo - Literatura
Linha do tempo - Literatura
 
Romantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaRomantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - Prosa
 
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIOPLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
 
Gêneros textuais e literários
Gêneros textuais e literáriosGêneros textuais e literários
Gêneros textuais e literários
 
A (nova) literatura marginal (das periferias)
A (nova) literatura marginal (das periferias)A (nova) literatura marginal (das periferias)
A (nova) literatura marginal (das periferias)
 
Mapa Resumo classicismo
Mapa Resumo classicismoMapa Resumo classicismo
Mapa Resumo classicismo
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Terceira geração modernista
Terceira geração modernista
 
Pre modernismo
Pre modernismoPre modernismo
Pre modernismo
 
Generos textuais
Generos textuaisGeneros textuais
Generos textuais
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Teoria literária
Teoria literáriaTeoria literária
Teoria literária
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
 
Metrificação e escansão
Metrificação e escansãoMetrificação e escansão
Metrificação e escansão
 
Palavras Cruzadas sobre funcoes da linguagem 1
Palavras Cruzadas sobre funcoes da linguagem 1Palavras Cruzadas sobre funcoes da linguagem 1
Palavras Cruzadas sobre funcoes da linguagem 1
 
Variedades linguísticas- exercício
Variedades linguísticas-  exercícioVariedades linguísticas-  exercício
Variedades linguísticas- exercício
 

Semelhante a Teoria literária: interpretação, gêneros e funções

21032023085321Gêneros Literários Completo (1).ppt
21032023085321Gêneros Literários Completo (1).ppt21032023085321Gêneros Literários Completo (1).ppt
21032023085321Gêneros Literários Completo (1).pptCAMILADELMONDES3
 
Gêneros Literários Completo com exercícios
Gêneros Literários Completo com exercíciosGêneros Literários Completo com exercícios
Gêneros Literários Completo com exercíciosMaiteFerreira4
 
21032023085321Gêneros Literários Completo.ppt
21032023085321Gêneros Literários Completo.ppt21032023085321Gêneros Literários Completo.ppt
21032023085321Gêneros Literários Completo.pptlluiscarlosdassilva
 
Resumão gêneros literários.pptx
Resumão gêneros literários.pptxResumão gêneros literários.pptx
Resumão gêneros literários.pptxssuser36fc8b
 
LITERATURA - O QUE É E PARA QUE SERVE.pptx
LITERATURA - O QUE É E PARA QUE SERVE.pptxLITERATURA - O QUE É E PARA QUE SERVE.pptx
LITERATURA - O QUE É E PARA QUE SERVE.pptxMychelRodrigues
 
1 1 arte e literatura
1 1 arte e literatura1 1 arte e literatura
1 1 arte e literaturaLuan02
 
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introduçãoLiteratura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introduçãoCarolina Matuck
 
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18   simbolismo em portugal e no brasilAula 18   simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
18 simbolismo-em-portugal-e-no-brasil
18 simbolismo-em-portugal-e-no-brasil18 simbolismo-em-portugal-e-no-brasil
18 simbolismo-em-portugal-e-no-brasilAlineEliasReisSantos
 
Os Gêneros Literários
Os Gêneros LiteráriosOs Gêneros Literários
Os Gêneros Literários7 de Setembro
 
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaModernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaTamara Amaral
 
Conceitos básicos de Literatura
Conceitos básicos de LiteraturaConceitos básicos de Literatura
Conceitos básicos de Literaturaleliovr
 

Semelhante a Teoria literária: interpretação, gêneros e funções (20)

21032023085321Gêneros Literários Completo (1).ppt
21032023085321Gêneros Literários Completo (1).ppt21032023085321Gêneros Literários Completo (1).ppt
21032023085321Gêneros Literários Completo (1).ppt
 
Gêneros Literários Completo com exercícios
Gêneros Literários Completo com exercíciosGêneros Literários Completo com exercícios
Gêneros Literários Completo com exercícios
 
21032023085321Gêneros Literários Completo.ppt
21032023085321Gêneros Literários Completo.ppt21032023085321Gêneros Literários Completo.ppt
21032023085321Gêneros Literários Completo.ppt
 
Resumão gêneros literários.pptx
Resumão gêneros literários.pptxResumão gêneros literários.pptx
Resumão gêneros literários.pptx
 
LITERATURA - O QUE É E PARA QUE SERVE.pptx
LITERATURA - O QUE É E PARA QUE SERVE.pptxLITERATURA - O QUE É E PARA QUE SERVE.pptx
LITERATURA - O QUE É E PARA QUE SERVE.pptx
 
G. Literários
G. LiteráriosG. Literários
G. Literários
 
1 1 arte e literatura
1 1 arte e literatura1 1 arte e literatura
1 1 arte e literatura
 
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introduçãoLiteratura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
 
Gêneros Literários
Gêneros LiteráriosGêneros Literários
Gêneros Literários
 
Texto narrativo
Texto narrativoTexto narrativo
Texto narrativo
 
Gêneros Literários - Professora Lizandra
Gêneros Literários - Professora LizandraGêneros Literários - Professora Lizandra
Gêneros Literários - Professora Lizandra
 
Genêros Literários
Genêros LiteráriosGenêros Literários
Genêros Literários
 
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18   simbolismo em portugal e no brasilAula 18   simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
 
18 simbolismo-em-portugal-e-no-brasil
18 simbolismo-em-portugal-e-no-brasil18 simbolismo-em-portugal-e-no-brasil
18 simbolismo-em-portugal-e-no-brasil
 
Os Gêneros Literários
Os Gêneros LiteráriosOs Gêneros Literários
Os Gêneros Literários
 
Literatura....pdf
Literatura....pdfLiteratura....pdf
Literatura....pdf
 
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaModernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
 
Teoria LiteráRia Ensino MéDio
Teoria LiteráRia Ensino MéDioTeoria LiteráRia Ensino MéDio
Teoria LiteráRia Ensino MéDio
 
Aula cursinho
Aula cursinhoAula cursinho
Aula cursinho
 
Conceitos básicos de Literatura
Conceitos básicos de LiteraturaConceitos básicos de Literatura
Conceitos básicos de Literatura
 

Último

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarIedaGoethe
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 

Último (20)

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 

Teoria literária: interpretação, gêneros e funções

  • 1. Teoria literária é a argumentação científica ou filosófica da interpretação literária, da crítica literária, da História da Literatura e do conceito de Literatura no geral (literariedade, poeticidade, o literário, a sua definição enquanto poesia, etc.) Professor Cleiton Batista
  • 2. Teoria literária Interpretação literária História da Literatura Conceito de Literatura Crítica literária Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura Mapa 2
  • 3. Linguagens artísticas não verbais Linguagens artísticas mistas Arte Música Dança Pintura Literatura Teatro Cinema História em quadrinhos Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura Mapa 1 Linguagens artísticas verbais
  • 4. “Lat. Litteratura – Arte de escrever, de littera – letra. Primitivamente, o vocábulo designava o ensino do alfabeto ou das primeiras letras, ou do que hoje em dia seria a gramática ou a filologia. Com o tempo, passou a significar ‘arte das belas letras’ e , por fim, ‘arte literária’.” (Moisés, 2013) LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA O que é literatura? Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 2
  • 5. Η τέχνη είναι μίμηση Art is imitatione “Arte é imitação (mímesis). o imitar é congênito no homem (e nisso difere dos outros viventes, pois de todos, é ele o mais imitador e, por imitação, apreende as primeiras lições), e os homens se comprazem no imitado”.
  • 6.
  • 7. A expressão literária Os novos e inesperados significados de um texto literário dependem de várias operações do leitor. Compreensão e análise do contexto. Capacidade de estabelecer relações entre diversos textos. Familiaridade com a literatura. Capacidade de estabelecer relações entre as partes de um texto. Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura Mapa 2
  • 8. Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração
  • 9. Texto literário e texto não literário Texto 1 Mar português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena, Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu Mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa)
  • 11. TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO LITERÁRIO Linguagem conotativa (sentido figurado); Linguagem denotativa (sentido real); Presença da Função Poética Predomínio da Função Referencial (linguagem direta centrada na informação); Presença da Função Emotiva Presença de figuras de linguagens; Linguagem impessoal (sem traços particulares, escrita em 3ª pessoa); Musicalidade Fatos reais
  • 13. 1. Função lúdica – forma de brinquedo, diversão, entretenimento, jogo, despertar de emoções agradáveis, distração, sem qualquer finalidade prática e utilitária.
  • 14. 2. Função pragmática ou social – é uma função ética, utilitária e prática porque é a função do engajamento, da denúncia, da crítica. É a literatura compromisso – arte como meio de conscientização. Tem como objetivo: convencer, atrair adeptos, ensinar e esclarecer, difundir valores.
  • 15. 3. Função cognitiva – é a função do reconhecimento. A Literatura funciona como elemento revelador da verdade oculta sob as aparências. É também a função da descoberta (cognoscere = conhecer). Esta função está centrada no conteúdo transmitido.
  • 16. 4. Função catártica ou purificadora – catarse significa alívio de tensões, desabafo. A catarse é purificadora. Essa função tem uma longa tradição. Por Aristóteles, século IV a.C., ela já era apontada na Poética. Tem como objetivo: a compensação, a terapêutica e a transposição da personalidade. Advém do papel das tragédias: provocar reflexão com finalidade de efeito moral e purificador que proporciona o alívio desses sentimentos, por meio de finais trágicos com envenenamento, assassinatos e suicídio.
  • 17. 5. Função perenizadora – literatura é a ânsia de imortalidade, é o desejo de sobreviver ao tempo, perenizar-se, eternizar-se. É o desejo de todo ser humano de extrapolar o limite espaço-temporal. O objetivo desta função da literatura e das artes em geral é o desejo de reconhecimento. Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: Foi poeta - sonhou - e amou na vida. (Álvares de Azevedo)
  • 18. 6. Função profética – na busca de mundos imaginários, o escritor, muitas vezes prediz o futuro com precisão quase absoluta. Não é à toa que chamamos ao poeta Vate que significa “cognato do vaticínio” na predição - previsão do futuro.
  • 19. 7. Função de “arte pela arte” – (parnasianos) é um fim em si mesma; é o alheamento dos problemas sociais. É a arte literária que existe apenas e tão somente em função da busca da beleza, é o isolamento para um trabalho meticuloso, sem emotividade. Busca da forma perfeita: versos perfeitos, rimas perfeitas, estrofes simétricas, palavras raras. Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto relevo Faz de uma flor.
  • 20. 8. Função de fuga da realidade, do escapismo ou da evasão – literatura funcionaria como um elemento de evasão do “eu”, permitindo-lhe a fuga à realidade concreta que o cerca. Pode ser construtiva ou destrutiva. Oh! que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais ! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! (Casimiro de Abreu)
  • 21. GÊNEROS LITERÁRIOS NA ANTIGUIDADE ÉPICO • Narração de fatos grandiosos, centrados na figura de um herói. • Segundo Aristóteles, a palavra narrada. DRAMÁTICO • Textos destinados para a representação cênica, ora na forma de tragédia, ora na forma de comédia. • Segundo Aristóteles, a palavra representada. LÍRICO • Textos de caráter emocional, centrados na subjetividade dos sentimentos da alma. • Segundo Aristóteles, a palavra cantada.
  • 22. O gênero épico e as formas narrativas em prosa Conto LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Novela Romance Fábula Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 2
  • 23. Uma narrativa longa, com vários personagens que vivem diferentes conflitos e cujos desfechos se cruzam. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Romance Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 2
  • 24. Narrativa menos abrangente que o romance, composta de uma série de unidades encadeadas, mas articuladas em torno de um número pequeno de personagens. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Novela Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 2
  • 25. Narrativa que se concentra em torno de um só personagem e em que há apenas um conflito. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Conto Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 2
  • 26. Breve narrativa que expressa uma mensagem de fundo moral. Os personagens das fábulas são geralmente animais, que representam tipos humanos. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Fábula Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 2
  • 27. Espaço LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 3 Personagens Narrador Tempo Enredo Elementos de uma narrativa literária
  • 28. Narrador onisciente LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 4 Narrador- -observador Narrador- -personagem Narrador A “voz” que conta a história.
  • 29. Pode ser um dos personagens, isto é, participar da ação e relacionar-se com outros personagens. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Narrador-personagem Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 4
  • 30. O narrador não participa da história, apenas relata o que fazem os personagens. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Narrador-observador Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 4
  • 31. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Sabe tudo o que ocorre na história, conhece os sentimentos e pensamentos de todos os personagens. Narrador onisciente Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 4
  • 32. Enredo Sequência dos fatos de uma narrativa conduzida pelo conflito. Clímax Momento de maior tensão. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 5 Desenvolvimento Configuração do conflito. Situação inicial Exposição do que ocorria antes da manifestação do conflito. Desfecho Configuração de uma nova situação.
  • 33. Tempo LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 6 O tempo psicológico é interior aos personagens. Por ser subjetivo, não pode ser medido ou calculado. É o tempo da memória, das reflexões. O tempo cronológico é exterior aos personagens. É aquele marcado pela passagem das horas, dos dias etc.
  • 34. Protagonista Personagem principal de uma narrativa. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico Mapa 7 Personagens planos apresentam poucas características, são previsíveis ou caricatos. Personagens redondos, mais complexos, que têm sentimentos variados, contradições etc. Personagem
  • 35. Predomina a expressão do “eu”, ou seja, quando o eu lírico (“a voz que fala” no texto) projeta seu mundo interior, revelando sentimentos, desejos e emoções. O gênero lírico é atemporal, os personagens evocados, os objetos descritos, tudo, enfim, está a serviço da expressão do “eu”. O tema geralmente é o amor, a angústia ou o prazer em relação à vida, a dor diante da morte, a indignação provocada por uma injustiça etc. No texto lírico, ocorre a manifestação plena da subjetividade. Gênero lírico LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico Mapa 1
  • 36. Ritmo Sequência de sílabas fortes e fracas. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico Mapa 2 Rima Coincidência ou semelhança de sons nos finais dos versos de um poema. Metro Número de sílabas poéticas de um verso. Recursos poéticos
  • 37. Dodecassílabo ou alexandrino: doze sílabas Eneassílabo: nove sílabas Tipos de verso LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico Mapa 3 Trissílabo: três sílabas Monossílabo: uma só sílaba Dissílabo: duas sílabas Tetrassílabo: quatro sílabas Pentassílabo ou redondilha menor: cinco sílabas Hexassílabo: seis sílabas Heptassílabo ou redondilha maior: sete sílabas Octossílabo: oito sílabas Decassílabo: dez sílabas Hendecassílabo: onze sílabas
  • 38. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico Mapa 4  Monóstico – um verso  Dístico – dois versos  Terceto – três versos  Quarteto ou quadra – quatro versos  Quintilha – cinco versos  Sexteto ou sextilha – seis versos  Setilha ou sétima – sete versos  Oitava – oito versos  Nona – nove versos  Décima – dez versos Classificação das estrofes
  • 39. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático Mapa 1  Texto feito para encenação.  Também apresenta o desenvolvimento de uma ação.  Em geral, não há um narrador.  Os atores tomam a palavra e se apresentam diante dos espectadores, representando as ações das personagens e fazendo evoluir a história.  O texto dramático só se realiza de fato quando ocorre a representação e quando alguém assiste a ela.  Alguns autores escrevem rubricas, indicações de como imaginam o cenário, a iluminação e a movimentação dos atores.  Os atores podem contar com vários recursos, como cenário, música, figurinos, iluminação etc. Gênero dramático
  • 40. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático Mapa 2 Formas importantes de expressão dramática Monólogo Comédia Tragédia Farsa Drama Auto
  • 41. Peça sobre o destino do ser humano. Tem um final infeliz que leva o espectador a meditar sobre a vida. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Tragédia Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático Mapa 2
  • 42. Peça breve. Tem poucos personagens e pretende provocar o riso explorando situações engraçadas ou grotescas da vida cotidiana. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Farsa Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático Mapa 2
  • 43. Peça breve, geralmente de conteúdo religioso e escrita em verso. Surgiu na Idade Média. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Auto Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático Mapa 2
  • 44. Cena teatral em que um personagem se encontra sozinho e fala consigo mesmo em voz alta. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Monólogo Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático Mapa 2
  • 45. Peça que procura criticar a sociedade e o comportamento humano por meio do ridículo. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Comédia Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático Mapa 2
  • 46. Peça teatral caracterizada pelo tom sério. Pode apresentar momentos engraçados, mas predomina a seriedade de um conflito humano ou social. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Drama Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático Mapa 2
  • 47. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 5 – Estilos literários Mapa 1 Estilo Estilo de época Características comuns a obras que tiveram origem no mesmo período. Estilo individual Características que identificam o estilo próprio de um autor.
  • 48. Brasil LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 5 – Estilos literários Mapa 2 Portugal
  • 49. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo Mapa 1 Literatura medieval – Quadro geral
  • 50. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo Mapa 2 Gênero lírico Cantigas de amigo Cantigas de amor
  • 51.  Originárias da península Ibérica.  A palavra amigo significava namorado ou amante.  O trovador procura traduzir os sentimentos femininos, falando como se fosse uma mulher.  Dirige-se diretamente ao homem ou à mãe ou às amigas.  Às vezes, procura um ambiente solitário e desabafa com a natureza.  A mulher fala de suas expectativas amorosas, das saudades do amigo. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo Mapa 2 Cantigas de amigo
  • 52.  Floresceram em Provença, na França.  Expressam o amor do trovador pela dama, muitas vezes uma mulher casada.  A dama é chamada de senhora e aparece sempre em posição superior, representando a relação senhor e vassalo.  Na península Ibérica, no lugar do aspecto sensual, destaca-se o sofrimento do homem e sua submissão diante da amada. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo Mapa 2 Cantigas de amor
  • 53. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo Mapa 3 Cantigas de escárnio Cantigas de maldizer Gênero satírico As referências à pessoa satirizada são indiretas. O ataque é explícito, até mesmo com palavras de baixo calão.
  • 54. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo Mapa 4 Cancioneiros Coletâneas de cantigas com características variadas e escritas por diversos autores. Cancioneiro da Ajuda Cantigas de Santa Maria Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa Cancioneiro da Vaticana
  • 55. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Ciclos das novelas de cavalaria Bretão ou arturiano Trata das aventuras do rei Artur e de seus cavaleiros. Carolíngio Aborda as aventuras de Carlos Magno e dos doze pares de França. Clássico Abarca temas extraídos da Antiguidade grega e romana, tais como a guerra de Troia, a vida de Alexandre Magno e as aventuras de Eneias. Capítulo 7 – A primeira época medieval (II) – Novelas de cavalaria
  • 56. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo Mapa 3 Cantigas de escárnio Cantigas de maldizer Gênero satírico As referências à pessoa satirizada são indiretas. O ataque é explícito, até mesmo com palavras de baixo calão.
  • 57. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo Mapa 4 Cancioneiros Coletâneas de cantigas com características variadas e escritas por diversos autores. Cancioneiro da Ajuda Cantigas de Santa Maria Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa Cancioneiro da Vaticana
  • 58. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Ciclos das novelas de cavalaria Bretão ou arturiano Trata das aventuras do rei Artur e de seus cavaleiros. Carolíngio Aborda as aventuras de Carlos Magno e dos doze pares de França. Clássico Abarca temas extraídos da Antiguidade grega e romana, tais como a guerra de Troia, a vida de Alexandre Magno e as aventuras de Eneias. Capítulo 7 – A primeira época medieval (II) – Novelas de cavalaria
  • 59. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Crescimento da burguesia e das cidades. Harmonização das culturas pagãs e cristãs. Ser humano como preocupação central. Tradução e divulgação de textos clássicos. Humanismo Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) – Humanismo: crônicas e poesia Mapa 1
  • 60. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Humanismo: crônicas Fernão Lopes (aproximadamente 1380-1460) Responsável pelos arquivos do Estado português. Visão bastante moderna da história. Interesse pelo lado humano dos fatos e pela importância dos movimentos populares e das forças econômicas na história. Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) – Humanismo: crônicas e poesia Mapa 2
  • 61. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Cancioneiro geral Coletânea de poemas publicada em 1516. Humanismo: poesia Predomina o lirismo amoroso, mais sutil que o das cantigas trovadorescas. O paralelismo dá lugar ao vilancete. Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) – Humanismo: crônicas e poesia Mapa 3 Prevalecem a redondilha menor e a maior.
  • 62. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA O teatro medieval Religioso Mistérios e milagres Tratavam da vida de Cristo, de passagens da Bíblia ou da vida de santos. Farsas Peças satíricas que divertiam o público. Capítulo 9 – A segunda época medieval (II) – Humanismo: o teatro de Gil Vicente Mapa 1 Moralidades Peças de claro simbolismo moral, em que os personagens pecadores sofriam terríveis punições. Profano
  • 63. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Visão extremamente crítica da sociedade da época. Expressa uma visão teocêntrica numa época de crise dos valores medievais. Capítulo 9 – A segunda época medieval (II) – Humanismo: o teatro de Gil Vicente Mapa 2 Teatro de fundo moralista, vê na restauração da pureza da religião católica o único caminho de salvação. Principais peças: Farsa de Inês Pereira, O velho da horta, Auto da barca do inferno e Auto da alma. Gil Vicente e o teatro em Portugal
  • 64. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA Surgimento da ciência moderna com o desenvolvimento da matemática e do método experimental. A invenção da imprensa ampliou a difusão de ideias. Capítulo 10 – O Renascimento – Uma revolução cultural Mapa 1 Ruptura com o forte teocentrismo da Idade Média. Difusão e tradução de obras gregas e latinas. Surgimento das primeiras gramáticas das línguas modernas. Renascimento
  • 65. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA A nova arte Capítulo 10 – O Renascimento – Uma revolução cultural Mapa 2 Representação mais humanizada de personagens bíblicos. Desenvolvimento da técnica da perspectiva. Representação realista e minuciosa da natureza.
  • 66. Capítulo 11 – O Classicismo Mapa 1 O Classicismo Arte Engenho Razão Técnica adquirida no estudo dos clássicos. Talento pessoal. Controla a expressão das emoções.
  • 67. Capítulo 11 – O Classicismo Mapa 2 Coexistem tradição e inovação, saber letrado e experiência de vida, mitologia e cristianismo, alegria e angústia, paixão carnal e idealismo amoroso. A poesia lírica de Camões A medida velha: redondilhas A medida nova: sonetos
  • 68. Capítulo 11 – O Classicismo Mapa 3 A poesia épica de Camões – Os lusíadas Narra a viagem de Vasco da Gama às Índias (1497- 1498), visto como um símbolo da coletividade lusitana e da glória das conquistas. Como nos antigos poemas clássicos, em Os lusíadas algumas entidades mitológicas (deuses e ninfas) participam da ação. Estrutura: dez cantos; estrofes de oito versos; esquema de rima: ABABABCC; versos decassílabos; dividido em 5 partes: proposição, invocação, dedicatória, narração, epílogo.
  • 69. Cartas e relatos de navegantes, missionários e aventureiros que estiveram nas terras brasileiras durante os séculos XVI e XVII. Capítulo 12 – Brasil – Literatura informativa e jesuítica Mapa 1 Principais obras: A carta de Pero Vaz de Caminha; Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gandavo; Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza. A literatura informativa Material de grande interesse cultural e histórico.
  • 70. Capítulo 12 – Brasil – Literatura informativa e jesuítica Mapa 2 O principal autor foi José de Anchieta, que produziu teatro de catequese, poesias líricas e épicas, cartas, sermões e uma gramática da língua geral. Os jesuítas viram na arte uma forma de cativar a atenção dos nativos, daí o uso constante do teatro pedagógico e da música nas atividades de catequese. Muitas dessas obras eram escritas em nheengatu, conhecido como “língua geral”. A literatura jesuítica
  • 71. Surge em um momento histórico conturbado, da Contrarreforma e muitas guerras. Capítulo 13 – O Barroco Mapa 1 A antítese entre vida e morte está no centro da arte barroca. Os sentimentos se exaltam, não são mais controlados pela razão. A linguagem não segue a clareza do Classicismo e é construída tortuosamente, no sentido de captar, através de antíteses e imagens sugestivas, o que é a vida, a morte, o destino, o amor. O Barroco
  • 72. Conceptismo  o rebuscamento se dá na expressão do raciocínio, com a exploração do jogo de ideias e sutilezas de argumentação;  o espanhol Francisco de Quevedo foi o expoente desse estilo, que por isso pode ser chamado também de quevedismo. Capítulo 13 – O Barroco Mapa 2 Cultismo  utiliza-se do jogo de palavras, das antíteses, das hipérboles, das metáforas, das frases tortuosas, dos paradoxos;  linguagem preciosa e rebuscada;  um dos grandes poetas cultistas foi o espanhol Luís de Gôngora; por isso, o cultismo é também conhecido por gongorismo. A linguagem barroca
  • 73. Capítulo 13 – O Barroco Mapa 3  Maior nome da poesia barroca brasileira.  Não teve nenhum livro publicado em vida.  Sua obra pode ser dividida em três linhas temáticas: religiosa, amorosa, satírica. Gregório de Matos
  • 74. Padre jesuíta e um dos melhores oradores do século XVII. Principais sermões:  Sermão do mandato — fala do amor místico de Cristo;  Sermão da sexagésima — discorre sobre a arte de pregar;  Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda — proferido por ocasião do cerco dos holandeses à cidade da Bahia;  Sermão de Santo Antônio aos peixes — trata da escravidão do indígena. Discutiu questões políticas, criticou os impostos injustos que sangravam o Brasil e participou ativamente das expedições de catequese. Capítulo 13 – O Barroco Mapa 4 Antônio Vieira
  • 75. Capítulo 16 – O Romantismo em Portugal Mapa 5 Linguagem simples. Suas obras principais são os romances As pupilas do senhor reitor, A morgadinha dos canaviais, Os fidalgos da casa mourisca e Uma família inglesa. Júlio Dinis (1839-1871) Enredos mais simples, que giram em torno de problemas amorosos e familiares. No final, os mal-entendidos se esclarecem e tudo se resolve. Obras inovaram em alguns aspectos a prosa do Romantismo.
  • 76. Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução Mapa 1 A leitura ocorria num ambiente doméstico, em meio a afazeres tipicamente femininos, e era feita em voz alta. O número de pessoas alfabetizadas no Brasil era muito pequeno. Leitores do século XIX Os leitores visados por essa literatura sentimental eram, sobretudo, as mulheres.
  • 77. Temas ligados à nossa realidade social e histórica. Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução Mapa 2 Publicação de Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. 1836 – início do Romantismo no Brasil. O Nacionalismo como projeto Linguagem mais próxima da fala brasileira. Com a Independência, os escritores românticos engajaram-se também no projeto de criação de uma literatura autenticamente nacional.
  • 78. O indígena romântico é um símbolo do espírito jovem e independente da nação brasileira. Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução Mapa 3 Heróis que ajudaram a constituir suas nações durante a Idade Média. Europa O Indianismo: expressão do Nacionalismo romântico O indígena é uma figura idealizada e, tal qual o herói europeu, era nobre, valoroso e fiel. Brasil
  • 79. Desenvolvimento de várias expressões artísticas. Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução Mapa 4 Início da atividade editorial e surgimento da imprensa periódica. Funcionamento de tipografias. A importância da vinda de D. João VI Ampliação do público consumidor de arte. Folhetins
  • 80. Características do Romantismo  Observe no quadro abaixo, as principais diferenças entres os movimentos clássico e romântico: Classicismo Romantismo  geral, universal  particular, individual  impessoal, objetivo  pessoal, subjetivo  apelo à imaginação  razão  sensibilidade  erudição  folclore  elitilização  motivos populares  disciplina  libertação  imagem racional do amor e da mulher  imagem sentimental e subjetiva do amor e da mulher  apelo à inteligência
  • 81. Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I) Mapa 1 Romance histórico Volta-se para o passado, em uma reinterpretação nacionalista de fatos e personagens de nossa história. Romance sertanejo ou regionalista Focaliza a gente do interior, com seus costumes e valores peculiares. Romance urbano ou de costumes Abrange temas amorosos e sociais no ambiente urbano. Romance indianista Ainda na perspectiva nacionalista, é aquele que enfoca a figura do índio. A prosa romântica
  • 82. PÉROLAS DA PROSA ROMÂNTICA
  • 83. Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I) Mapa 2 Marco na história da prosa romântica. Jornalista, professor e o primeiro escritor popular brasileiro. Trama leve e movimentada. Linguagem simples e coloquial. Tipos humanos que circulavam pelo Rio de Janeiro. Publicou o romance A Moreninha (1844). Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)
  • 84. Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I) Mapa 3 Passa-se nas ruas e nos casebres do Rio de Janeiro de D. João VI. Trabalhou como revisor e redator no Correio Mercantil e administrador da Tipografia Nacional. Publicado em capítulos semanais em um folhetim. Linguagem coloquial, comicidade e tom realista da narração. Manuel Antônio de Almeida (1831-1861) Única obra: Memórias de um sargento de milícias.
  • 85. Romances mais famosos:  O seminarista (1872) – crítica ao celibato religioso;  A escrava Isaura (1875) – condição humana do escravo. Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I) Mapa 4 Bernardo Guimarães (1825-1884) Juiz, professor, jornalista e escritor de livros de poesia e ficção.
  • 86. Passa-se no interior de Mato Grosso. Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I) Mapa 5 Visconde de Taunay (1843-1899) Um dos melhores exemplos de romance regionalista. Interesse pelos tipos humanos característicos do interior e suas rígidas normas de comportamento social e familiar. Escreveu Inocência (1872).
  • 87. Romances sociais ou urbanos: Cinco minutos; A viuvinha; Lucíola; Diva; A pata da gazela; Sonhos d’ouro; Senhora; Encarnação. Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) – José de Alencar Mapa 1 José de Alencar (1829-1877) Romances regionalistas: O gaúcho; O tronco do ipê; Til; O sertanejo. Romances históricos: O guarani; As minas de prata; A guerra dos mascates. Romances indianistas: Iracema; Ubirajara.
  • 88. História dramática do amor entre a índia Iracema e o português Martim. Explicação poética para as origens do Ceará. Linguagem poética. Iracema (1865) Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) – José de Alencar Mapa 2
  • 89. Aurélia: personagem feminina complexa. Organização da história como uma transação comercial. Senhora (1875) Aborda a questão do amor marcado pelas contradições da sociedade burguesa. Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) – José de Alencar Mapa 3
  • 90. O Romantismo no Brasil – Poesia Temas principais Inspiração patriótica e libertária. Indianismo. Desilusão amorosa. Saudade. Morte. Exaltação da natureza brasileira. Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia Mapa 1
  • 91. Cantou também os temas consagrados pelo Romantismo europeu:  dores de amor;  saudade;  natureza. Dimensão poética ao tema indígena. Gonçalves Dias e a primeira geração romântica Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia Mapa 2
  • 92. Segunda geração romântica Principais poetas: Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu, Bernardo Guimarães e Laurindo Rabelo. Influências: Shelley, Byron, Lamartine e Musset. Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia Mapa 3 Temas: morte, solidão, tédio e melancolia. Chamada de Ultrarromantismo. Visão trágica da existência. Auge da tendência individualista e subjetiva.
  • 93. Macário Lira dos vinte anos Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia Mapa 4 Noite na taverna Prosa Poesia Álvares de Azevedo (1831-1852) Teatro
  • 94. Terceira geração romântica Amor sensual. Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia Mapa 5 Indignação contra as tiranias e combate à escravidão. Castro Alves (1847-1871). Preocupação com os problemas sociais do Brasil.
  • 95. Surge com a peça Hernani, de Victor Hugo. Oposição aos princípios clássicos. Combinação de aspectos trágicos e cômicos. Textos em prosa. Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro Mapa 1 Linguagem mais comum. Incorporação das situações da vida cotidiana e dos problemas humanos e sociais da época. O drama: uma nova ideia em cena
  • 96. Fundou, em 1833, a Companhia Dramática Nacional e, no ano seguinte, inaugurou o Teatro Nacional. Encenou a peça Antônio José ou O poeta e a Inquisição – primeira obra teatral de autor e tema brasileiros. O teatro brasileiro como atividade artística regular nasceu no Romantismo. Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro Mapa 2 Figura mais importante: João Caetano (1808-1863). O Romantismo no Brasil – Teatro
  • 97. José de Alencar (1829-1877) – abordou o tema da escravidão no drama Mãe (1862) e desenvolveu a crítica social na comédia O demônio familiar (1858). Martins Pena (1815-1848) – autor de populares comédias de costumes. Suas peças mais famosas são O juiz de paz na roça (1842) e O noviço (1853). Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) – foi membro do Conservatório Dramático e escreveu muitas comédias de cunho social. Sua peça mais famosa é A torre em concurso (1863). Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro Mapa 3 Gonçalves Dias (1823-1864) – autor do drama histórico Leonor de Mendonça (1847). Principais dramaturgos do Romantismo brasileiro
  • 98. Literatura como um instrumento de denúncia dos vícios e da corrupção da sociedade burguesa. Rejeição do idealismo romântico. A literatura realista Início em 1857, com o romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert. O método científico de experimentação e observação da realidade visto como o único aceitável para a explicação do mundo. Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal Mapa 1 Representação mais objetiva e fiel da vida social.
  • 99. Surgiu com a tentativa de Robert Owen de melhorar as condições de trabalho dos operários. O conceito foi ampliado por Marx e Engels, que defendiam o fim do capitalismo. Sistematizado por Auguste Comte, segundo o qual as sociedades passam por três estágios: teológico, metafísico e positivo. O estágio positivo poderia ser alcançado pelo método da observação e da experimentação. Teoria formulada por Charles Darwin, segundo a qual as espécies se transformam ao longo do tempo, num processo de adaptação constante ao meio ambiente. Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal Mapa 2 Socialismo Darwinismo Positivismo
  • 100. Naturalismo O trabalho do escritor assemelhava-se ao de um cientista em seu laboratório. O comportamento humano é condicionado pelo meio ambiente e pelas características físicas e psicológicas hereditárias. Determinismo Romance experimental Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal Mapa 3
  • 101. Realizadas no Cassino Lisbonense, onde se discutiram a situação de Portugal e as transformações por que passava a Europa. Polêmica entre a velha e a nova geração. Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal Mapa 4 Questão Coimbrã O Realismo português Conferências Democráticas
  • 102. Eça de Queirós Critica a vida social portuguesa e a hipocrisia dos valores burgueses. Foco no celibato religioso e na hipocrisia social. O crime do padre Amaro Mais importante prosador realista de Portugal. Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal Mapa 5 O primo Basílio
  • 103. Também expressa suas inquietações religiosas e metafísicas em diversos sonetos. Espírito revolucionário, engajamento nas lutas sociais de seu tempo. Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal Mapa 6 Antero de Quental Olhar para realidade das ruas e para o cotidiano prosaico e cinzento das cidades. Cesário Verde A poesia realista
  • 104. O Brasil era essencialmente agrário, além de monarquista e escravocrata. Expectativas ainda românticas do público leitor no Brasil. Literatura como um instrumento de análise da realidade brasileira e não apenas como diversão. Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil Mapa 1 O Realismo e o Naturalismo no Brasil
  • 105. O cortiço (1890) Aluísio Azevedo (1857-1913) Influência do meio e dos instintos nos personagens. O mulato (1881) Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil Mapa 2 Questões polêmicas: o racismo e a corrupção dos padres. Princípios do Naturalismo.
  • 106. Análise psicológica do protagonista. Obra introspectiva, de caráter impressionista. Narração feita em primeira pessoa. Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil Mapa 3 O Ateneu Raul Pompeia (1863-1895)
  • 107. Machado de Assis (1839-1908) Mais importante autor do nosso Realismo. Realismo psicológico de alcance universal e atemporal. Escreveu poesias, crônicas, peças de teatro e crítica literária, mas destacou-se no romance e no conto. Capítulo 24 – Machado de Assis Mapa 1
  • 108. Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) Brás Cubas revela a hipocrisia das relações humanas. Narrador defunto. Pessimismo radical. Capítulo 24 – Machado de Assis Mapa 2 Metalinguagem: o narrador conversa com o leitor sobre a própria obra. Ordem da narrativa nem sempre é linear; ocorre conforme as lembranças de Brás Cubas.
  • 109. Relações de classe, os meios de ascensão social e a influência da Igreja na vida cotidiana. Dom Casmurro (1899) Um rico painel da sociedade brasileira da época. Análise psicológica dos personagens. Criação de um clima de incerteza e ambiguidade. Capítulo 24 – Machado de Assis Mapa 3 Narrado pelo próprio personagem, que viveu os fatos muito tempo antes. O tempo da narração é bem anterior ao tempo da narrativa.
  • 110. A vida é um campo de batalha onde só os mais fortes sobrevivem. Quincas Borba (1891) Teoria do Humanitismo O protagonista é Rubião, amigo do filósofo maluco Quincas Borba (personagem já presente em Memórias póstumas de Brás Cubas). Capítulo 24 – Machado de Assis Mapa 4
  • 111. Essa característica está presente em autores estrangeiros, como Laurence Sterne e Xavier de Maistre. A linguagem machadiana Leva o leitor a perceber o jogo da ficção. Interrompe a ação para conversar com o leitor. Capítulo 24 – Machado de Assis Mapa 5
  • 112. França Júnior (1838-1890) influenciado por Martins Pena, retratou bem certos tipos humanos e situações da época; as peças mais famosas são As doutoras, Caiu o ministério e Como se fazia um deputado. É marcante a influência francesa. O teatro no final do século XIX Capítulo 25 – O teatro no final do século XIX Público interessado em distração e divertimento fácil. Comédias predominam sobre os dramas. Artur Azevedo (1855-1908)  batalhador pelo desenvolvimento de nosso teatro;  merecem destaque A capital federal e O dote. Poucos autores brasileiros se destacam. Novos gêneros: revista, opereta, café-concerto.
  • 113. Frequentes alusões a elementos da mitologia grega e romana. Observação rigorosa das regras de composição poética. Poesia parnasiana Inspiração inicial do Parnasianismo veio da França, de uma antologia intitulada O Parnaso contemporâneo, publicada em 1866. Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX – Parnasianismo e Simbolismo Mapa 1 Preferência por temas descritivos. Enfoque sensual e erótico da mulher, com ênfase na descrição física. Uso (excessivo, às vezes) de palavras raras, rebuscadas. Evitavam-se os exageros sentimentais que marcaram os poetas românticos.
  • 114. Poesias (1888) Meridionais (1884) e Sonetos e poemas (1885) O Parnasianismo no Brasil Raimundo Correia Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX – Parnasianismo e Simbolismo Mapa 2 Alberto de Oliveira Olavo Bilac Sinfonias (1883) Vicente de Carvalho Poemas e canções (1908)
  • 115. Enfoque espiritualista da mulher, envolvendo-a num clima de sonho. Preferência por temas que tratam da morte, do destino, de Deus. Origem francesa, com a obra As flores do mal (1857), de Charles Baudelaire. Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX – Parnasianismo e Simbolismo Mapa 3 Reação contra o materialismo e o positivismo. Resgatou o lado místico e espiritual da vida, explorou o imaginário, o misterioso território dos sonhos. Escolha de palavras segundo a musicalidade e o poder de sugestão. Frequentes alusões a elementos que lembram rituais religiosos. Origem e características gerais do Simbolismo
  • 116. Setenário das dores de Nossa Senhora, Câmara ardente, Dona Mística, Kiriale e Pastoral aos crentes do amor e da morte. Missal, Broquéis, Faróis, Últimos sonetos e Evocações. Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX – Parnasianismo e Simbolismo Mapa 4 Cruz e Sousa (1861-1898) Angústia espiritual. Também publicou poemas em prosa, explorando aliterações e sinestesias. Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) Poesia reflexiva e melancólica sobre a morte, a fugacidade da vida, os amores perdidos. O Simbolismo no Brasil
  • 117. Temas: morte, decomposição da matéria, angústia que marca a condição humana. Eu (1912) Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX – Parnasianismo e Simbolismo Mapa 5 Expressão poética muito original, com inúmeros termos tirados das ciências naturais. Expressa com intensidade uma visão trágica da existência. Augusto dos Anjos (1884-1914)
  • 118. LITERATURA BRASILEIRA E PORTUGUESA FIM ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Elaboração de original: Fernando Cohen Preparação de texto: Solange Scattolini Revisão: Aline Souza, Ramiro Morais Torres, Miguel Facchini EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Coordenador de projetos: Cristiano Galan Editora: Natália Coltri Fernandes Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistente editorial: Mayra Kallás Assistentes de arte: Adailton Brito, Ana Maria Totaro, Caroline Almeida, Valdeí Prazeres Iconografia: Maria Clara Antonelli, Rafael Galvão Revisão: Luiz Alberto de Andrade, Mariana Nascimento © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012