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Introdução
Diante do assunto em questão a teoria clássica e a teoria moderna em relação aos
gêneros literários são importantes observar que no texto apresentado para estudo
relatam alguns poemas pelos quais se destacam os gêneros literários. Como vimos nas
citações de Proença Filho que as manifestações em verso envolvem dimensões líricas,
épicas e dramáticas, ou seja, em um sentido que lhe confere ao critico, porém já o
romance, novela e conto referem-se a manifestações literárias na qual se predomina o
épico. Os gêneros na concepção clássica exigem uma forma e conteúdo que são
separáveis, predominando a primeira como elemento fundamental da criação literária;
ou seja realização imitativa da natureza, consoante os exemplos colhidos nas obras
dos clássicos antigos; como teoria normativa e preceptiva: os gêneros são fixos e
distinto. A teoria clássica é normativa e perceptiva, a teoria clássica não somente crê
que um gênero difere de outro tanto na natureza como na hierarquia, como também
que se deve mantê-los separados.
Já a teoria moderna os gêneros são três e representam alguns estágios da
humanidade, usando as fases com atitudes individuais que o homem assume perante a
existência e o mundo, também a forma e conteúdo são indivisíveis; esta teoria é
descritiva. Os gêneros não são fixos e podem misturar-se. A moderna teoria dos
gêneros é manifestadamente descritiva, não limita o número de possíveis gêneros nem
dita regra aos autores, supõe que os gêneros tradicionais podem misturar-se ou
mesclar-se e produzir um novo gênero.
Podemos dizer que se observando os textos apresentados sobre a controvérsia das duas
teorias clássica é moderna que todo o escritor tem seu estilo próprio, isto é, sua
expressão tem uma forma característica, que nada mais é, do que a manifestação de
seus impulsos emotivos, da sua sensibilidade e a aparência peculiar do seu próprio
espírito. Podemos, pois, afirmar que o estilo é o espelho onde se reflete a alma do
escritor, a tela em que se projeta a personalidade do artista.. Mas, além destas
características individuais que diferenciam os autores uns dos outros, o estilo revela
também os traços psicológicos das raças e as tendências das diversas escolas literárias,
sendo dessa forma podemos dizer que há um estilo clássico, um barroco, um
modernista.
Desenvolvimento
Guimaraes Rosa, Terceiro ocupante da Cadeira 2, eleito em 6 de agosto de 1963, na
sucessão de João Neves da Fontoura e recebido pelo Acadêmico Afonso Arinos de
Melo Franco em 16 de novembro de 1967.
Guimarães Rosa (João G. R.), contista, novelista, romancista e diplomata, nasceu em
Cordisburgo, MG, em 27 de junho de 1908, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de
novembro de 1967.
Foram seus pais Florduardo Pinto Rosa e Francisca Guimarães Rosa. Aos 10 anos
passou a residir e estudar em Belo Horizonte Em 1930, formou-se pela Faculdade de
Medicina da Universidade de Minas Gerais. Tornou-se capitão médico por concurso, da
Força Pública do Estado de Minas Gerais.
Questão 2:A relação entre fábula, fabulista e fabuloso. Em "Um estranho chamado
João", a palavra "chamado" é um adjetivo cujo sentido é o mesmo das expressões "que
se chama", "que se denomina", "que se nomeia", "que pode ser chamado de". No último
verso da terceira estrofe ([acudindo] "a chamado geral"), "chamado" é um substantivo
que representa o ato de chamar a atenção, de pedir ajuda, fazer uma convocação. Então,
o título do poema - "Um chamado João" - explora o duplo sentido que a palavra
“chamada” tem no poema.
Os termos "fabulista" e "fabuloso" podem ser considerados derivações sufixais de
"fábula". O sufixo "-ista" designa aquele que pratica uma atividade ("fabulista" é quem
produz fábulas), enquanto o sufixo "-oso" forma substantivos a partir de adjetivos,
produzindo um efeito de sentido de intensificação ("fabuloso" é o que ultrapassa a
imaginação e, por extensão de sentido, que é admirável, incrível, fantástico). Pode-se
observar que o poema de Drummond começa classificando Rosa como um produtor de
fábulas, para depois valorizá-lo como um escritor fabuloso e, por fim, tomá-lo como a
própria fábula, como se autor e obra se fundissem numa coisa só. Essas três palavras
possuem a mesma função sintática - predicativo do sujeito - e têm a mesma origem,
produzindo, no plano sintático e morfológico, um efeito de repetição, de reiteração, de
corroboração.
Um Chamado João
De Carlos Drummond de Andrade
João era fabulista
fabuloso
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum?
“Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?”
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
Era um teatro
e todos os artistas
no mesmo papel,
ciranda multívoca?
João era tudo?
tudo escondido, florindo
como flor é flor, mesmo não semeada?
Mapa com acidentes
deslizando para fora, falando?
Guardava rios no bolso
cada qual em sua cor de água
sem misturar, sem conflitar?
E de cada gota redigia
nome, curva, fim,
e no destinado geral
seu fado era saber
para contar sem desnudar
o que não deve ser desnudado
e por isso se veste de véus novos?
Mágico sem apetrechos,
civilmente mágico, apelador
de precípites prodígios acudindo
a chamado geral?
Embaixador do reino
que há por trás dos reinos,
dos poderes, das
supostas fórmulas
de abracadabra, sésamo?
Reino cercado
não de muros, chaves, códigos,
mas o reino-reino?
Por que João sorria
se lhe perguntavam
que mistério é esse?
E propondo desenhos figurava
menos a resposta que
outra questão ao perguntante?
Tinha parte com… (sei lá
o nome) ou ele mesmo era
a parte de gente
servindo de ponte
entre o sub e o sobre
que se arcabuzeiam
de antes do princípio,
que se entrelaçam
para melhor guerra,
para maior festa?
Ficamos sem saber o que era João
e se João existiu
de se pegar.
O poema relatou ‘um homem chamado João, isto é, um homem denominado como
João. João passa a ser uma qualidade, em função da força de sua obra. Familiarizado
com o estilo de Guimarães Rosa, é lícito desenvolver mais profundamente este sentido.
Podemos dizer que João é o próprio chamado.
Conclusão
Neste trabalho realizado relatou alguns gêneros literários que desde o inicio da
elaboração deste veio a contribuir ricamente para o nosso desempenho, pois o mesmo
exigiu leitura e nos levou a refletir sobre o assunto proposto, contribuindo assim
positivamente para o nosso desempenho. Em todas as partes foi notável a suma
importância de cada ponto para meu conhecimento, compreensão e aprofundamento do
tema. Os gêneros literários sua importância, diferenças e semelhanças apresentadas
durante o trabalho. Desta forma podemos concluir lembrando que o objetivo proposto
foi alcançado da mesma forma como foi almejado.
Referencias Bibliográficas:
PROENÇA FILHO,DOMICIO.A Linguagem literária.8.ed.São Paulo:Ática,2007.
http://www.klick.com.br/bcoresp/bcoresp_mostra/0,6674,POR-774-2129,00.htm

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  • 1. Introdução Diante do assunto em questão a teoria clássica e a teoria moderna em relação aos gêneros literários são importantes observar que no texto apresentado para estudo relatam alguns poemas pelos quais se destacam os gêneros literários. Como vimos nas citações de Proença Filho que as manifestações em verso envolvem dimensões líricas, épicas e dramáticas, ou seja, em um sentido que lhe confere ao critico, porém já o romance, novela e conto referem-se a manifestações literárias na qual se predomina o épico. Os gêneros na concepção clássica exigem uma forma e conteúdo que são separáveis, predominando a primeira como elemento fundamental da criação literária; ou seja realização imitativa da natureza, consoante os exemplos colhidos nas obras dos clássicos antigos; como teoria normativa e preceptiva: os gêneros são fixos e distinto. A teoria clássica é normativa e perceptiva, a teoria clássica não somente crê que um gênero difere de outro tanto na natureza como na hierarquia, como também que se deve mantê-los separados. Já a teoria moderna os gêneros são três e representam alguns estágios da humanidade, usando as fases com atitudes individuais que o homem assume perante a existência e o mundo, também a forma e conteúdo são indivisíveis; esta teoria é descritiva. Os gêneros não são fixos e podem misturar-se. A moderna teoria dos gêneros é manifestadamente descritiva, não limita o número de possíveis gêneros nem dita regra aos autores, supõe que os gêneros tradicionais podem misturar-se ou mesclar-se e produzir um novo gênero. Podemos dizer que se observando os textos apresentados sobre a controvérsia das duas teorias clássica é moderna que todo o escritor tem seu estilo próprio, isto é, sua expressão tem uma forma característica, que nada mais é, do que a manifestação de seus impulsos emotivos, da sua sensibilidade e a aparência peculiar do seu próprio espírito. Podemos, pois, afirmar que o estilo é o espelho onde se reflete a alma do escritor, a tela em que se projeta a personalidade do artista.. Mas, além destas características individuais que diferenciam os autores uns dos outros, o estilo revela também os traços psicológicos das raças e as tendências das diversas escolas literárias,
  • 2. sendo dessa forma podemos dizer que há um estilo clássico, um barroco, um modernista.
  • 3. Desenvolvimento Guimaraes Rosa, Terceiro ocupante da Cadeira 2, eleito em 6 de agosto de 1963, na sucessão de João Neves da Fontoura e recebido pelo Acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco em 16 de novembro de 1967. Guimarães Rosa (João G. R.), contista, novelista, romancista e diplomata, nasceu em Cordisburgo, MG, em 27 de junho de 1908, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de novembro de 1967. Foram seus pais Florduardo Pinto Rosa e Francisca Guimarães Rosa. Aos 10 anos passou a residir e estudar em Belo Horizonte Em 1930, formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais. Tornou-se capitão médico por concurso, da Força Pública do Estado de Minas Gerais. Questão 2:A relação entre fábula, fabulista e fabuloso. Em "Um estranho chamado João", a palavra "chamado" é um adjetivo cujo sentido é o mesmo das expressões "que se chama", "que se denomina", "que se nomeia", "que pode ser chamado de". No último verso da terceira estrofe ([acudindo] "a chamado geral"), "chamado" é um substantivo que representa o ato de chamar a atenção, de pedir ajuda, fazer uma convocação. Então, o título do poema - "Um chamado João" - explora o duplo sentido que a palavra “chamada” tem no poema. Os termos "fabulista" e "fabuloso" podem ser considerados derivações sufixais de "fábula". O sufixo "-ista" designa aquele que pratica uma atividade ("fabulista" é quem produz fábulas), enquanto o sufixo "-oso" forma substantivos a partir de adjetivos, produzindo um efeito de sentido de intensificação ("fabuloso" é o que ultrapassa a imaginação e, por extensão de sentido, que é admirável, incrível, fantástico). Pode-se observar que o poema de Drummond começa classificando Rosa como um produtor de fábulas, para depois valorizá-lo como um escritor fabuloso e, por fim, tomá-lo como a própria fábula, como se autor e obra se fundissem numa coisa só. Essas três palavras possuem a mesma função sintática - predicativo do sujeito - e têm a mesma origem,
  • 4. produzindo, no plano sintático e morfológico, um efeito de repetição, de reiteração, de corroboração. Um Chamado João De Carlos Drummond de Andrade João era fabulista fabuloso fábula? Sertão místico disparando no exílio da linguagem comum? “Projetava na gravatinha a quinta face das coisas inenarrável narrada? Um estranho chamado João para disfarçar, para farçar o que não ousamos compreender?” Tinha pastos, buritis plantados no apartamento? no peito? Vegetal ele era ou passarinho sob a robusta ossatura com pinta de boi risonho? Era um teatro e todos os artistas no mesmo papel, ciranda multívoca? João era tudo? tudo escondido, florindo como flor é flor, mesmo não semeada? Mapa com acidentes deslizando para fora, falando?
  • 5. Guardava rios no bolso cada qual em sua cor de água sem misturar, sem conflitar? E de cada gota redigia nome, curva, fim, e no destinado geral seu fado era saber para contar sem desnudar o que não deve ser desnudado e por isso se veste de véus novos? Mágico sem apetrechos, civilmente mágico, apelador de precípites prodígios acudindo a chamado geral? Embaixador do reino que há por trás dos reinos, dos poderes, das supostas fórmulas de abracadabra, sésamo? Reino cercado não de muros, chaves, códigos, mas o reino-reino? Por que João sorria se lhe perguntavam que mistério é esse? E propondo desenhos figurava menos a resposta que outra questão ao perguntante? Tinha parte com… (sei lá o nome) ou ele mesmo era a parte de gente servindo de ponte
  • 6. entre o sub e o sobre que se arcabuzeiam de antes do princípio, que se entrelaçam para melhor guerra, para maior festa? Ficamos sem saber o que era João e se João existiu de se pegar. O poema relatou ‘um homem chamado João, isto é, um homem denominado como João. João passa a ser uma qualidade, em função da força de sua obra. Familiarizado com o estilo de Guimarães Rosa, é lícito desenvolver mais profundamente este sentido. Podemos dizer que João é o próprio chamado.
  • 7. Conclusão Neste trabalho realizado relatou alguns gêneros literários que desde o inicio da elaboração deste veio a contribuir ricamente para o nosso desempenho, pois o mesmo exigiu leitura e nos levou a refletir sobre o assunto proposto, contribuindo assim positivamente para o nosso desempenho. Em todas as partes foi notável a suma importância de cada ponto para meu conhecimento, compreensão e aprofundamento do tema. Os gêneros literários sua importância, diferenças e semelhanças apresentadas durante o trabalho. Desta forma podemos concluir lembrando que o objetivo proposto foi alcançado da mesma forma como foi almejado.
  • 8. Referencias Bibliográficas: PROENÇA FILHO,DOMICIO.A Linguagem literária.8.ed.São Paulo:Ática,2007. http://www.klick.com.br/bcoresp/bcoresp_mostra/0,6674,POR-774-2129,00.htm