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Citação Métodos, Instrumentos
e Técnicas de Pesquisa
GIL, Antonio Carlos. Metodos e Técnicas de Pesquisa Social. Capítulo 1.
Editora atlas,
“O ser humano, valendo-se de suas capacidades, procura conhecer o mundo que o
rodeia. Ao longo dos séculos, vem desenvolvendo sistemas mais ou menos
elaborados que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento
das pessoas. Pela observação o ser humano adquire grande quantidade de
conhecimentos. Valendo-se dos sentidos, recebe e interpreta as informações do
mundo exterior. Olha para o céu e vê formarem-se nuvens cinzentas. Percebe que
vai chover e procura abrigo. A observação constitui, sem dúvida, importante fonte
de conhecimento”. (GIL, p. 02)
“Outra forma de conhecimento é derivada da autoridade. Pais e professores descrevem o
mundo para as crianças. Governantes, líderes partidários, jornalistas e escritores definem
normas e procedimentos que para eles são os mais adequados. E à medida que segmentos
da população lhes dão crédito, esses conhecimentos são tidos como verdadeiros”. (GIL, p.
02)
“Essas formas de conhecimento, entretanto, não satisfazem aos espíritos mais críticos.
Alegam que a observação casual dos fatos conduz a graves equívocos, visto serem os
homens maus observadores dos fenômenos mais simples. As religiões são as mais
variadas e fornecem informações contraditórias. A poesia é subjetiva, assim como o
romance. Pais, professores e políticos também não podem ser tidos como guias de toda
confiança, posto que o argumento da autoridade na maioria das vezes acaba por deixar
transparecer sua fragilidade. O conhecimento filosófico, a despeito de seus inegáveis
méritos, não raro avança para o terreno das explicações metafísica e absolutistas, que não
possibilitam sua adequada verificação.” ( GIL, p.03)
“Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo
formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada - se possível, com auxílio da
linguagem matemática -, leis que regem os fenômenos. Embora sendo as mais variadas,
essas leis apresentam vários pontos em comum: são capazes de descrever séries de
fenômenos; são comprováveis por meio da observação e da experimentação; são capazes
de prever - pelo menos de forma probabilística - acontecimentos futuros”. ( GIL, p.04)
“A partir destas características torna-se possível, em boa parte dos casos, distinguir entre o
que é ciência e o que não é. Há situações, entretanto, em que não se torna possível
determinar com toda clareza se determinado conhecimento pertence à ciência ou à
filosofia. Estas situações ocorrem sobretudo no domínio das ciências humanas, o que é
compreensível, visto que há autores que incluem a filosofia no rol dessas ciências”. ( GIL,
p.05)
“As ciências empíricas, por sua vez, podem ser classificadas em naturais e sociais. Dentre
as ciências naturais estão: a Física, a Química, a Astronomia e a Biologia. Dentre as
ciências sociais estão: a Sociologia, a Antropologia, a Ciência Política, a Economia e a
História. A Psicologia, a despeito de apresentar algumas características que a aproximam
das ciências naturais, constitui também uma ciência social. Isto porque, ao tratar do
estudo do comportamento humano, trata-o sobretudo a partir da interação entre os
indivíduos”. (GIL, p.05)
“As ciências sociais foram constituídas principalmente no século XIX, graças à
influência da orientação positivista. Tanto é que Augusto Comte, o Pai do
Positivismo, é considerado também o Pai da Sociologia. Assim, as ciências
sociais, fundamentadas na perspectiva positivista, supõem que os fatos
humanos são semelhantes aos da natureza, observados sem idéias
preconcebidas, submetidos à experimentação, expressos em termos
quantitativos e explicados segundo leis gerais. Mas esse modelo proposto para
as ciências sociais logo passou a ser questionado, pois ficaram claras as suas
limitações para o estudo do homem e da sociedade”. (GIL, p.06)
“Isto não significa, que a pretensão de estudar cientificamente o homem e a
sociedade deva ser abandonada. Torna-se necessário, porém, reconhecer que
os objetos das ciências humanas e sociais são muito diferentes dos das
ciências físicas e biológicas e ressaltar algumas das dificuldades daquelas
ciências”. (GIL, p.06)
“Emile Durkheim (1973), um dos pioneiros da investigação científica nas Ciências Sociais,
estabeleceu em. As regras do método sociológico que a primeira e mais fundamental regra
para o sociólogo é tratar os fatos sociais como coisas. Trata-se de clara tentativa de adotar
nas ciências sociais procedimentos semelhantes aos das ciências naturais, plenamente
consoantes com a doutrina positivista”. (GIL, p.06)
“Também é difícil discordar da alegação de que o grande adiantamento de uma ciência
pode ser determinado pela precisão de seus instrumentos de medida. Contudo, o
problema da quantificação em ciências sociais, se analisando com a merecida
profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico do que aparenta”. (GIL. P.06)
“É impossível negar que o cientista social lida com variáveis de difícil quantificação.
Também é difícil discordar da alegação de que o grande adiantamento de uma ciência
pode ser determinado pela precisão de seus instrumentos de medida. Contudo, o
problema da quantificação em ciências sociais, se analisando com a merecida
profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico do que aparenta. Mas os fatos sociais
dificilmente podem ser tratados como coisas, pois são produzidos por seres que sentem,
pensam, agem e reagem, sendo capazes, portanto, de orientar a situação de diferentes
maneiras. Da mesma forma o pesquisador, pois ele é também um ator que sente, age e
exerce sua influência sobre o que pesquisa”. (GIL, p.06)
“Não há como deixar de admitir que a experimentação representa uma das mais
notáveis contribuições ao desenvolvimento da ciência. Isto não significa, no entanto, que
se deva superestimar o papel do experimento controlado. A guisa de exemplo, pode-se
lembrar que a Astronomia e a Geologia não devem sua respeitabilidade à utilização de
procedimentos experimentais. A Embriologia, até há bem pouco, desenvolveu-se
independentemente da experimentação”. (GIL, p.07)
“Não há como negar as limitações das ciências sociais; não apenas em relação à
objetividade, mas também à generalidade. Se as pesquisas nas ciências naturais com
freqüência conduzem ao estabelecimento de leis, nas ciências sociais não conduzem mais
do que à identificação de tendências. Em relação à criminalidade, por exemplo, pesquisas
poderão indicar áreas em que sua ocorrência é maior, fatores que contribuem para a
maior incidência de delitos criminais ou efeitos de medidas preventivas. O máximo que um
pesquisador experiente pode almejar é a construção de teorias, que provavelmente não
serão tão gerais quanto ele gostaria que fossem”. (GIL, p.08)

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  • 1. Citação Métodos, Instrumentos e Técnicas de Pesquisa
  • 2. GIL, Antonio Carlos. Metodos e Técnicas de Pesquisa Social. Capítulo 1. Editora atlas, “O ser humano, valendo-se de suas capacidades, procura conhecer o mundo que o rodeia. Ao longo dos séculos, vem desenvolvendo sistemas mais ou menos elaborados que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento das pessoas. Pela observação o ser humano adquire grande quantidade de conhecimentos. Valendo-se dos sentidos, recebe e interpreta as informações do mundo exterior. Olha para o céu e vê formarem-se nuvens cinzentas. Percebe que vai chover e procura abrigo. A observação constitui, sem dúvida, importante fonte de conhecimento”. (GIL, p. 02)
  • 3. “Outra forma de conhecimento é derivada da autoridade. Pais e professores descrevem o mundo para as crianças. Governantes, líderes partidários, jornalistas e escritores definem normas e procedimentos que para eles são os mais adequados. E à medida que segmentos da população lhes dão crédito, esses conhecimentos são tidos como verdadeiros”. (GIL, p. 02) “Essas formas de conhecimento, entretanto, não satisfazem aos espíritos mais críticos. Alegam que a observação casual dos fatos conduz a graves equívocos, visto serem os homens maus observadores dos fenômenos mais simples. As religiões são as mais variadas e fornecem informações contraditórias. A poesia é subjetiva, assim como o romance. Pais, professores e políticos também não podem ser tidos como guias de toda confiança, posto que o argumento da autoridade na maioria das vezes acaba por deixar transparecer sua fragilidade. O conhecimento filosófico, a despeito de seus inegáveis méritos, não raro avança para o terreno das explicações metafísica e absolutistas, que não possibilitam sua adequada verificação.” ( GIL, p.03)
  • 4. “Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada - se possível, com auxílio da linguagem matemática -, leis que regem os fenômenos. Embora sendo as mais variadas, essas leis apresentam vários pontos em comum: são capazes de descrever séries de fenômenos; são comprováveis por meio da observação e da experimentação; são capazes de prever - pelo menos de forma probabilística - acontecimentos futuros”. ( GIL, p.04) “A partir destas características torna-se possível, em boa parte dos casos, distinguir entre o que é ciência e o que não é. Há situações, entretanto, em que não se torna possível determinar com toda clareza se determinado conhecimento pertence à ciência ou à filosofia. Estas situações ocorrem sobretudo no domínio das ciências humanas, o que é compreensível, visto que há autores que incluem a filosofia no rol dessas ciências”. ( GIL, p.05)
  • 5. “As ciências empíricas, por sua vez, podem ser classificadas em naturais e sociais. Dentre as ciências naturais estão: a Física, a Química, a Astronomia e a Biologia. Dentre as ciências sociais estão: a Sociologia, a Antropologia, a Ciência Política, a Economia e a História. A Psicologia, a despeito de apresentar algumas características que a aproximam das ciências naturais, constitui também uma ciência social. Isto porque, ao tratar do estudo do comportamento humano, trata-o sobretudo a partir da interação entre os indivíduos”. (GIL, p.05)
  • 6. “As ciências sociais foram constituídas principalmente no século XIX, graças à influência da orientação positivista. Tanto é que Augusto Comte, o Pai do Positivismo, é considerado também o Pai da Sociologia. Assim, as ciências sociais, fundamentadas na perspectiva positivista, supõem que os fatos humanos são semelhantes aos da natureza, observados sem idéias preconcebidas, submetidos à experimentação, expressos em termos quantitativos e explicados segundo leis gerais. Mas esse modelo proposto para as ciências sociais logo passou a ser questionado, pois ficaram claras as suas limitações para o estudo do homem e da sociedade”. (GIL, p.06) “Isto não significa, que a pretensão de estudar cientificamente o homem e a sociedade deva ser abandonada. Torna-se necessário, porém, reconhecer que os objetos das ciências humanas e sociais são muito diferentes dos das ciências físicas e biológicas e ressaltar algumas das dificuldades daquelas ciências”. (GIL, p.06)
  • 7. “Emile Durkheim (1973), um dos pioneiros da investigação científica nas Ciências Sociais, estabeleceu em. As regras do método sociológico que a primeira e mais fundamental regra para o sociólogo é tratar os fatos sociais como coisas. Trata-se de clara tentativa de adotar nas ciências sociais procedimentos semelhantes aos das ciências naturais, plenamente consoantes com a doutrina positivista”. (GIL, p.06) “Também é difícil discordar da alegação de que o grande adiantamento de uma ciência pode ser determinado pela precisão de seus instrumentos de medida. Contudo, o problema da quantificação em ciências sociais, se analisando com a merecida profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico do que aparenta”. (GIL. P.06)
  • 8. “É impossível negar que o cientista social lida com variáveis de difícil quantificação. Também é difícil discordar da alegação de que o grande adiantamento de uma ciência pode ser determinado pela precisão de seus instrumentos de medida. Contudo, o problema da quantificação em ciências sociais, se analisando com a merecida profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico do que aparenta. Mas os fatos sociais dificilmente podem ser tratados como coisas, pois são produzidos por seres que sentem, pensam, agem e reagem, sendo capazes, portanto, de orientar a situação de diferentes maneiras. Da mesma forma o pesquisador, pois ele é também um ator que sente, age e exerce sua influência sobre o que pesquisa”. (GIL, p.06) “Não há como deixar de admitir que a experimentação representa uma das mais notáveis contribuições ao desenvolvimento da ciência. Isto não significa, no entanto, que se deva superestimar o papel do experimento controlado. A guisa de exemplo, pode-se lembrar que a Astronomia e a Geologia não devem sua respeitabilidade à utilização de procedimentos experimentais. A Embriologia, até há bem pouco, desenvolveu-se independentemente da experimentação”. (GIL, p.07)
  • 9. “Não há como negar as limitações das ciências sociais; não apenas em relação à objetividade, mas também à generalidade. Se as pesquisas nas ciências naturais com freqüência conduzem ao estabelecimento de leis, nas ciências sociais não conduzem mais do que à identificação de tendências. Em relação à criminalidade, por exemplo, pesquisas poderão indicar áreas em que sua ocorrência é maior, fatores que contribuem para a maior incidência de delitos criminais ou efeitos de medidas preventivas. O máximo que um pesquisador experiente pode almejar é a construção de teorias, que provavelmente não serão tão gerais quanto ele gostaria que fossem”. (GIL, p.08)